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Sumário
Introdução
Glaura
Local
Intervenção
Balões
Monóculos
Motores
Iluminação
Resultado
Créditos
01
03
04
07
09
13
17
21
25
30
introdução
Este caderno visa
descrever uma intervenção
realizada em Junho
de 2015, por alunos
do primeiro período
d e A r q u i t e t u r a e
Urbanismo da UFMG, com
o intuito de modificar
temporariamente um
local, levando
em consideração todas
as caracteristicas e
especificidades deste.
local
A cidade escolhida foi
a antiga e pacata Casa
Branca (também conhecida
por Glaura) - que na
verdade é um distrito
do município de Ouro
Preto - Minas Gerais).
Criada aproximadamente
no século XVIII - auge
da exploração do ouro
no Brasil - a cidade
mantém uma arquitetura
colonial, com um clima
muito acolhedor assim
como seus moradores.
glaura
O local escolhido pelo
grupo foi um grande
muro localizado na Rua
do Contorno. A escolha
do local foi devido à
discrepância que este
gera em relação à cidade,
seu tamanho e monotonia
quebram a harmonia de
Casa Branca. A parte da
rua que localiza-se o
muro é bem estreita e a
largura da calçada não
passa de 40cm, tornando
a passagem inóspita.
intervenção
O objetivo da nossa
intervenção foi quebrar
a monotonia e estagnação
da rua causadas pelo
muro - aproveitando o
aspecto de passagem.
Também instigar a
curiosidade de quem
passa se perguntando
o que há por trás
dele. Para dar mais
movimento, usamos balões
pendurados um a um, as
sombras geradas foram
mais um elemento visual
que ajudou a tornar
a passagem agradável.
Para a questão da
curiosidade, montamos
monóculos com fotos
em seu interior e os
fixamos nos tijolos de
concreto, simulando
a situação de alguém
olhando através do muro.
Optamos em montar também
um sistema com motores
para vibrar os cordões
em que estavam amarrados
os balões, criando um
movimento diferenciado.
Ao ligar todos, o som
gerado pelos motores
criou uma ambiência e
enriqueceu bastante o
efeito que queríamos, ao
diversificar os elementos
presentes na rua.
Baloes
Cobrimos um “corredor”
de 50 metros da rua
com 500 balões tamanho
5. Para pendurá-los,
usamos fios de nylon
ligando o muro com as
casas do outro lado da
rua (aproximadamente 4
metros). No muro, usamos
ganchos de arame para
prender uma ponta do fio
e nas casas amarramos
nas estruturas dos
telhados, ou calhas
por exemplo. Com um
espaçamento médio de
1 metro entre os fios,
totalizaram 50 fileiras
com 10 balões cada. Para
conectar o balão a esses
fios, cortamos pedaços
menores de nylon (entre
30 e 100 cm) e amarramos
uma ponta num balão e a
outra no fio. O tamanho
desses nylons menores,
são o suficiente para
que os balões chegassem
a altura da cabeça de
uma pessoa de estatura
média. Para facilitar
o processo, usamos
inflador elétrico para
os balões. Após dar o
nó, é importante achatar
o balão, moldando-o
para que perca seu
aspecto de festa e
adquira um formato mais
arredondado.
;;
Monóculos
Construímos 10 monóculos,
presos com cola quente no
muro, cada um com uma foto
em seu interior, e ao
que a pessoa interagia
com o tubo móvel, mais
elementos dessa foto
se revelava. A parte
externa fizemos de papel
paraná - no formato
mostrado nas fotos a
seguir - e para o tubo
usamos metade de uma
garrafa pet de 300mL,
sendo que na parte da
tampa colamos um rolo
de acetato (saíndo do
monóculo) que é onde
a pessoa aproxima os
olhos, já a abertura
da garrafa virada
pra dentro, colamos
uma lente de aumento
feita de plástico
(vende em formato de
cartão em papelarias),
proporcionando uma
certa imersão. Para o
mecanismo de tornar o
tubo móvel, furamos 4
lados da garrafa e as
4 faces do monóculo,
passamos pelos furos
aqueles elásticos de
escritório. A foto só
terá um bom efeito se for
de resolução muito boa
e com muitos elementos.
Para a iluminação
dessas fotos, fizemos
um circuito em série
de 3 leds brancos de
alto brilho com um
resistor e uma bateria
de 9v, colamos esses
componentes nas paredes
internas dos monóculos,
de modo que não apareça
nenhum componente nem
os fios quando alguém
estiver utilizando.
Tomamos cuidado também
para o led não formar
pontos de reflexo na
foto e os colamos com
uma certa inclinação,
não virado diretamente
para a foto.
Motores
Para o sistema de
vibração dos cordões
e também o som da
intervenção, usamos
como suporte uma placa
quadrada de 10x10cm
de papel paraná e
fixamos nele um motor
de corrente contínua
de 3,5V conectado
numa bateria de 9V.
No caso do motor, não
faz diferença em qual
terminal conectar o
positivo da bateria,
isso apenas controla
o sentido de rotação.
Para interligar aos
cordões, colamos uma tampa
de garrafa pet ao motor
, para isso furamos o
meio da tampa com ferro
de solda e encaixamos
no eixo do motor ,
após isso colamos com
cola quente (não foi
a melhor solução nesse
caso, em pouco tempo de
funcionamento a tampa
se solta do motor).
Colamos na tampa um
pedaço de arame e nele
um segundo pedaço foi
colocado para interligar
ao cordão (fotos a
seguir). Ao todo foram 25
placas alternadas nos 50
cordões e para fixa-las
ao topo do muro usamos
bastante cola quente.
vv
iluminação
A iluminação do projeto
também é um elemento
importante para causar
o clima certo para a
proposta. Usamos 4 mini
olofotesdistribuídosnos
50 metros de intervenção
- apoiados nos telhados
das casas,iluminando
os balões. Cobrimos
os olofotes com folha
gelatina nas cores
vermelho e azul. Optamos
por duas cores para
produzir mais sombras.
No caso da azul, a cor
não ficou tão forte,
mas nossa tentativa
de colocar duas folhas
juntas foi falha, pois
a gelatina funciona
se resfriando na face
voltada para o ambiente,
logo, colocando duas, a
de dentro se derreteu
pois não houve o
resfriamento. Outra dica
é desligar o poste de
iluminação da rua, para
as cores dos olofotes se
intensificarem. Para a
fonte de energia usamos
5 extensões grandes
e pedimos as tomadas
nas casas à frente, é
importante isolar bem
os cabos para evitar
curto circuitos.
resultado
Ao final do dia, a
populaçãodacidadecomeçou
a chegar e se apropriar
das intervenções. O que
poderia ter melhorado
mais o resultado, seria
se os monóculos tivesem
algum mecanismo de
ajuste de altura para
que pessoas de todas
as alturas pudessem
ver as fotos sem
dificuldade. Fora isso,
ficamos satisfeitos com a
reação de todos, e
a ideia de tornar a
passagem da rua mais
agradável foi atingida.
Integrantes:
antonino calichio, carolina almeida
jordan de oliveira, lucas dias
mayara almeida, natalia ravagnani
raquel ivo, rayane minas
Fotografia por:
carolina almeida, lagear - ufmg
lucas dias
Edição:
jordan de oliveira
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  • 2.
  • 4. introdução Este caderno visa descrever uma intervenção realizada em Junho de 2015, por alunos do primeiro período d e A r q u i t e t u r a e Urbanismo da UFMG, com o intuito de modificar temporariamente um local, levando em consideração todas as caracteristicas e especificidades deste.
  • 5. local A cidade escolhida foi a antiga e pacata Casa Branca (também conhecida por Glaura) - que na verdade é um distrito do município de Ouro Preto - Minas Gerais). Criada aproximadamente no século XVIII - auge da exploração do ouro no Brasil - a cidade mantém uma arquitetura colonial, com um clima muito acolhedor assim como seus moradores. glaura O local escolhido pelo grupo foi um grande muro localizado na Rua do Contorno. A escolha do local foi devido à discrepância que este gera em relação à cidade, seu tamanho e monotonia quebram a harmonia de Casa Branca. A parte da rua que localiza-se o muro é bem estreita e a largura da calçada não passa de 40cm, tornando a passagem inóspita.
  • 6.
  • 7. intervenção O objetivo da nossa intervenção foi quebrar a monotonia e estagnação da rua causadas pelo muro - aproveitando o aspecto de passagem. Também instigar a curiosidade de quem passa se perguntando o que há por trás dele. Para dar mais movimento, usamos balões pendurados um a um, as sombras geradas foram mais um elemento visual que ajudou a tornar a passagem agradável. Para a questão da curiosidade, montamos monóculos com fotos em seu interior e os fixamos nos tijolos de concreto, simulando a situação de alguém olhando através do muro. Optamos em montar também um sistema com motores para vibrar os cordões em que estavam amarrados os balões, criando um movimento diferenciado. Ao ligar todos, o som gerado pelos motores criou uma ambiência e enriqueceu bastante o efeito que queríamos, ao diversificar os elementos presentes na rua.
  • 8. Baloes Cobrimos um “corredor” de 50 metros da rua com 500 balões tamanho 5. Para pendurá-los, usamos fios de nylon ligando o muro com as casas do outro lado da rua (aproximadamente 4 metros). No muro, usamos ganchos de arame para prender uma ponta do fio e nas casas amarramos nas estruturas dos telhados, ou calhas por exemplo. Com um espaçamento médio de 1 metro entre os fios, totalizaram 50 fileiras com 10 balões cada. Para conectar o balão a esses fios, cortamos pedaços menores de nylon (entre 30 e 100 cm) e amarramos uma ponta num balão e a outra no fio. O tamanho desses nylons menores, são o suficiente para que os balões chegassem a altura da cabeça de uma pessoa de estatura média. Para facilitar o processo, usamos inflador elétrico para os balões. Após dar o nó, é importante achatar o balão, moldando-o para que perca seu aspecto de festa e adquira um formato mais arredondado.
  • 9.
  • 10. ;; Monóculos Construímos 10 monóculos, presos com cola quente no muro, cada um com uma foto em seu interior, e ao que a pessoa interagia com o tubo móvel, mais elementos dessa foto se revelava. A parte externa fizemos de papel paraná - no formato mostrado nas fotos a seguir - e para o tubo usamos metade de uma garrafa pet de 300mL, sendo que na parte da tampa colamos um rolo de acetato (saíndo do monóculo) que é onde a pessoa aproxima os olhos, já a abertura da garrafa virada pra dentro, colamos uma lente de aumento feita de plástico (vende em formato de cartão em papelarias), proporcionando uma certa imersão. Para o mecanismo de tornar o tubo móvel, furamos 4 lados da garrafa e as 4 faces do monóculo, passamos pelos furos aqueles elásticos de escritório. A foto só terá um bom efeito se for de resolução muito boa e com muitos elementos. Para a iluminação dessas fotos, fizemos um circuito em série de 3 leds brancos de alto brilho com um resistor e uma bateria de 9v, colamos esses componentes nas paredes internas dos monóculos, de modo que não apareça nenhum componente nem os fios quando alguém estiver utilizando. Tomamos cuidado também para o led não formar pontos de reflexo na foto e os colamos com uma certa inclinação, não virado diretamente para a foto.
  • 11.
  • 12. Motores Para o sistema de vibração dos cordões e também o som da intervenção, usamos como suporte uma placa quadrada de 10x10cm de papel paraná e fixamos nele um motor de corrente contínua de 3,5V conectado numa bateria de 9V. No caso do motor, não faz diferença em qual terminal conectar o positivo da bateria, isso apenas controla o sentido de rotação. Para interligar aos cordões, colamos uma tampa de garrafa pet ao motor , para isso furamos o meio da tampa com ferro de solda e encaixamos no eixo do motor , após isso colamos com cola quente (não foi a melhor solução nesse caso, em pouco tempo de funcionamento a tampa se solta do motor). Colamos na tampa um pedaço de arame e nele um segundo pedaço foi colocado para interligar ao cordão (fotos a seguir). Ao todo foram 25 placas alternadas nos 50 cordões e para fixa-las ao topo do muro usamos bastante cola quente.
  • 13.
  • 14. vv iluminação A iluminação do projeto também é um elemento importante para causar o clima certo para a proposta. Usamos 4 mini olofotesdistribuídosnos 50 metros de intervenção - apoiados nos telhados das casas,iluminando os balões. Cobrimos os olofotes com folha gelatina nas cores vermelho e azul. Optamos por duas cores para produzir mais sombras. No caso da azul, a cor não ficou tão forte, mas nossa tentativa de colocar duas folhas juntas foi falha, pois a gelatina funciona se resfriando na face voltada para o ambiente, logo, colocando duas, a de dentro se derreteu pois não houve o resfriamento. Outra dica é desligar o poste de iluminação da rua, para as cores dos olofotes se intensificarem. Para a fonte de energia usamos 5 extensões grandes e pedimos as tomadas nas casas à frente, é importante isolar bem os cabos para evitar curto circuitos.
  • 15.
  • 16. resultado Ao final do dia, a populaçãodacidadecomeçou a chegar e se apropriar das intervenções. O que poderia ter melhorado mais o resultado, seria se os monóculos tivesem algum mecanismo de ajuste de altura para que pessoas de todas as alturas pudessem ver as fotos sem dificuldade. Fora isso, ficamos satisfeitos com a reação de todos, e a ideia de tornar a passagem da rua mais agradável foi atingida.
  • 17.
  • 18. Integrantes: antonino calichio, carolina almeida jordan de oliveira, lucas dias mayara almeida, natalia ravagnani raquel ivo, rayane minas Fotografia por: carolina almeida, lagear - ufmg lucas dias Edição: jordan de oliveira