Marco Ferreira relata sua experiência em um intercâmbio internacional na Finlândia onde explorou métodos participativos de teatro para promover a diversidade cultural e o diálogo entre comunidades. Ele reflete sobre como o teatro pode aprender a ser uma arte mais participativa capaz de criar novos significados e espaços estéticos.
O documento discute a concorrência crescente no mercado de estúdios de gravação em Belo Horizonte e as adaptações necessárias dos proprietários para sobreviver. Dois músicos investiram R$700 mil para criar o maior estúdio da cidade, o Mamute Estúdio, com quatro salas e equipamentos de qualidade, visando atrair clientes com produções musicais de alto nível.
O documento apresenta três histórias curtas: 1) Um padre dá um sermão com interrupção de um papagaio; 2) Um japonês quer dar um nome brasileiro ao seu filho e recebe uma sugestão engraçada; 3) Um caipira tenta fazer o sinal da cruz durante a confissão, mas não consegue "espaiar" os dedos corretamente.
Versão integral da edição n.º 8453 do semanário “O Despertar”, que se publica em Coimbra. Última edição dirigida por Fausto Correia, antes da sua trágica morte. Jornal fundado em 1917. 4.10.2007.
Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt ,
www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 ,
http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal
Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ ,
http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ ,
http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html
O documento relata as condições precárias do transporte público em Itaboraí, com passageiros tendo que esperar na calçada sem proteção ou conforto. Além disso, comenta a situação nos distritos, que deve ser ainda pior. O texto também homenageia Nelson Mandela e sua luta contra o apartheid na África do Sul.
O documento descreve a reabertura do Teatro Castro Alves em Araçatuba após quase duas décadas fechado. O teatro será reaberto para o Festival de Teatro de Araçatuba (Festara) em outubro, mesmo antes das obras estarem totalmente concluídas. O espaço passou por reformas que ampliaram o palco e criaram novos camarins e uma cabine técnica.
1) Itanhaém terá sinal digital de TV até o final de 2021 com a instalação de uma antena e dois transmissores digitais pela TV Tribuna.
2) Itanhaém participará da 8a edição do festival Revelando São Paulo entre os dias 23 e 26 de junho em Iguape, com danças, músicas e artesanato.
3) Estão abertas as inscrições para a 2a etapa do Incentive Surf Treino em Cibratel até o dia 17, com doação de 1kg de alimento.
O documento discute os contrastes entre as áreas ricas e pobres de Guararema, Brasil. Afirma que enquanto dinheiro é gasto na cidade, pouca atenção é dada à infraestrutura básica nas áreas pobres. Também alerta sobre a poluição causada por esgotos não tratados que estão matando peixes e causando o crescimento excessivo de plantas aquáticas no principal rio da cidade.
1) Saramago fala sobre ter sido obrigado a aderir à Mocidade Portuguesa na juventude salazarista, mas conseguiu escapar de usar o uniforme graças a um funcionário bêbado.
2) Ele diz nunca ter sentido simpatia pelo ditador Salazar e revela ter pertencido à Mocidade Portuguesa quando jovem, apesar de suas posições ideológicas atuais.
3) Saramago aconselha Lula a não se acomodar no poder e a manter os olhos abertos para os problemas sociais do
O documento discute a concorrência crescente no mercado de estúdios de gravação em Belo Horizonte e as adaptações necessárias dos proprietários para sobreviver. Dois músicos investiram R$700 mil para criar o maior estúdio da cidade, o Mamute Estúdio, com quatro salas e equipamentos de qualidade, visando atrair clientes com produções musicais de alto nível.
O documento apresenta três histórias curtas: 1) Um padre dá um sermão com interrupção de um papagaio; 2) Um japonês quer dar um nome brasileiro ao seu filho e recebe uma sugestão engraçada; 3) Um caipira tenta fazer o sinal da cruz durante a confissão, mas não consegue "espaiar" os dedos corretamente.
Versão integral da edição n.º 8453 do semanário “O Despertar”, que se publica em Coimbra. Última edição dirigida por Fausto Correia, antes da sua trágica morte. Jornal fundado em 1917. 4.10.2007.
Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt ,
www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 ,
http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal
Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ ,
http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ ,
http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html
O documento relata as condições precárias do transporte público em Itaboraí, com passageiros tendo que esperar na calçada sem proteção ou conforto. Além disso, comenta a situação nos distritos, que deve ser ainda pior. O texto também homenageia Nelson Mandela e sua luta contra o apartheid na África do Sul.
O documento descreve a reabertura do Teatro Castro Alves em Araçatuba após quase duas décadas fechado. O teatro será reaberto para o Festival de Teatro de Araçatuba (Festara) em outubro, mesmo antes das obras estarem totalmente concluídas. O espaço passou por reformas que ampliaram o palco e criaram novos camarins e uma cabine técnica.
1) Itanhaém terá sinal digital de TV até o final de 2021 com a instalação de uma antena e dois transmissores digitais pela TV Tribuna.
2) Itanhaém participará da 8a edição do festival Revelando São Paulo entre os dias 23 e 26 de junho em Iguape, com danças, músicas e artesanato.
3) Estão abertas as inscrições para a 2a etapa do Incentive Surf Treino em Cibratel até o dia 17, com doação de 1kg de alimento.
O documento discute os contrastes entre as áreas ricas e pobres de Guararema, Brasil. Afirma que enquanto dinheiro é gasto na cidade, pouca atenção é dada à infraestrutura básica nas áreas pobres. Também alerta sobre a poluição causada por esgotos não tratados que estão matando peixes e causando o crescimento excessivo de plantas aquáticas no principal rio da cidade.
1) Saramago fala sobre ter sido obrigado a aderir à Mocidade Portuguesa na juventude salazarista, mas conseguiu escapar de usar o uniforme graças a um funcionário bêbado.
2) Ele diz nunca ter sentido simpatia pelo ditador Salazar e revela ter pertencido à Mocidade Portuguesa quando jovem, apesar de suas posições ideológicas atuais.
3) Saramago aconselha Lula a não se acomodar no poder e a manter os olhos abertos para os problemas sociais do
O documento discute diversos eventos e assuntos da região, incluindo: 1) o Outubro Rosa contra o câncer de mama; 2) a importância das mulheres de 40 anos fazerem mamografia; 3) o IX Fórum do Meio Ambiente no Parque Marapendi; 4) as imperdíveis histórias de viagens de Paulo Sérgio Valle pelo mundo; 5) a inauguração e reforma no Bosque da Barra.
Versão integral da edição n.º 8388 do semanário “O Despertar”, que se publica em Coimbra. Ao tempo dirigido por Fausto Correia. Edição que assinala remodelação gráfica, passagem de 16 para 24 páginas e impressão em offset.
Esta nova fase de “O Despertar” passa a contar com uma série de novos e prestigiados colaboradores: José Henrique Dias, Carlos Esperança, Maria Pinto, Luís Pato, René Tapia, entre muitos outros. Os cabeçalhos das páginas do jornal e títulos de algumas rubricas são uma homenagem a jornais que se publicaram em Coimbra e entretanto desaparecidos (Alvorada, Voz de Coimbra, Espaço Repórter, Yo-Yo, O Distrito de Coimbra, O País, Revista Estrangeira, O Comércio de Coimbra, Correspondência, Cartão de Visita, O Académico, O Observador, O Reclame, Voz Desportiva, O Pregoeiro, Crepúsculo). Ideia original de Fausto Correia.
Jornal fundado em 1917. 12.05.2006.
Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt ,
www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 ,
http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal
Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ ,
http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ ,
http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html
Versão integral da edição n.º 14 do quinzenário “O Centro”, que se publica em Coimbra. Director: Jorge Castilho. 15.11.2006.
Não se esqueça de que pode ver o documento em ecrã inteiro, bastando para tal clicar na opção “full” que se encontra no canto inferior direito do ecrã onde visualiza os slides.
Também pode descarregar o documento original. Deve clicar em “Download file”. É necessário que se registe primeiro no slideshare. O registo é gratuito.
Para além de poderem ser úteis para o público em geral, estes documentos destinam-se a apoio dos alunos que frequentam as unidades curriculares de “Arte e Técnicas de Titular”, “Laboratório de Imprensa I” e “Laboratório de Imprensa II”, leccionadas por Dinis Manuel Alves no Instituto Superior Miguel Torga (www.ismt.pt).
Para saber mais sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747
Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa,
www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 ,
http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal
Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ ,
http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ ,
http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html
1) Uma mulher deu à luz seu 15o filho em Criciúma e precisa de ajuda;
2) O distrito de Rio Maina vai ganhar uma Casa da Cultura para divulgar a cultura local;
3) O atacante Zé Carlos está confiante para a nova temporada do futebol catarinense.
Galeno Amorim: O missionário das LetrasGaleno Amorim
Este documento apresenta perfis de personalidades importantes para a literatura brasileira como Raquel de Queiroz e Galeno Amorim, além de entrevistar o diretor da distribuidora de papéis Labate. A matéria também discute o hábito da leitura no Brasil e como a internet tem influenciado o mercado editorial.
O presidente da Junta de Freguesia de S. Vicente, Jorge Pires, discute os planos para a nova sede da Junta. Ele diz que o momento alto do seu mandato foi começar as obras no novo Centro Cívico, que espera inaugurar no primeiro semestre deste ano. Ele também fala sobre os desafios sociais na freguesia, como o desemprego e a pobreza, e os esforços da Junta para ajudar os mais necessitados, como a criação de uma loja social.
Ano 3 nº8 - Janeiro Fevereiro Março - 2011inbrasci
1) O boletim informativo do InBrasCI destaca projetos culturais e datas comemorativas do trimestre.
2) O projeto "Livros Infanto-Juvenis" visa promover a cultura e história de vários povos através de livros escritos por crianças.
3) O boletim anuncia concursos de poesia para incentivar a expressão literária e construção da paz entre os povos lusófonos.
Uma Coisa em Forma de Assim é uma obra coreográfica co-criada por nove coreógrafos portugueses para a Companhia Nacional de Bailado. A obra estreia no Teatro Aveirense em 18 de Junho e contará com música e interpretação ao vivo de Bernardo Sassetti ao piano. A direção artística está a cargo de Luísa Taveira.
1) Faz um ano desde um incêndio que destruiu quase todo o património e equipamento do projeto Tocá Rufar.
2) As seguradoras recusam pagar os prejuízos causados pelo incêndio, alegando que a culpa não está clara.
3) Apesar das dificuldades, o Tocá Rufar continuou as suas atividades com menos recursos, focando-se nos valores imateriais da música.
O documento resume as atividades do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares do Vale do Paraíba e Litoral Norte no mês de novembro de 2011, incluindo sua participação no II Encontro Racial Regional da CSP-Conlutas e um ato político em São Paulo. Além disso, fornece informações sobre a história e importância de Zumbi e do Quilombo dos Palmares para o Dia da Consciência Negra.
O jornal "Centro" aprovou a criação de um parque tecnológico em Coimbra que visa gerar 5 mil novos postos de trabalho. O Presidente da República esteve presente na cerimónia de encerramento de um curso de empreendedorismo na Universidade de Coimbra. O diretor do jornal foi criticado por ter exagerado em uma coluna de opinião ao afirmar que nada restou da revolução de 25 de Abril.
José Anselmo Nascimento trabalha na Coopervale há 24 anos. A Coopervale começou em 1985 para fornecer opções de compras aos funcionários da Vale após o fechamento do Supermercado Bandeirantes. Ao longo dos anos, a Coopervale modernizou suas operações e cresceu, celebrando seus colaboradores por sua longa história de dedicação.
O documento discute vários tópicos, incluindo:
1) O novo site do time de futsal Moitas está sendo atualizado com informações sobre a história do time.
2) A blog da escola Paulo França em Cerro Negro está bem feito e divulgando eventos da escola.
3) Comentários sobre política, esporte e outros assuntos de interesse geral.
O documento relata sobre:
1) A implementação do padrão Vapt Vupt no Detran de Goiás para melhorar o atendimento;
2) O deputado Carlos Leréia debatendo acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia;
3) A comitiva de Leréia sendo recebida na República Tcheca para estreitar relações bilaterais.
O artigo discute a base de cálculo dos emolumentos devidos em atos notariais e de registro de doações de imóveis situados em São Paulo. Defende que o valor atribuído pelo município paulistano para fins de ITBI pode ser utilizado como base de cálculo, desde que seja o maior entre os parâmetros previstos em lei, que são: o valor da transação declarado pelas partes, o valor tributário do imóvel e o preço de mercado apurado em laudo.
Este documento discute três tópicos principais: 1) a história de 54 anos da CEPLAC e seu papel no desenvolvimento da cacauicultura no Brasil; 2) a importância do combate à dengue, incluindo uma receita caseira de repelente; 3) uma lista de assuntos polêmicos raramente discutidos por políticos.
Versão integral da edição n.º 61 do quinzenário “O Centro”, que se publica em Coimbra. Director: Jorge Castilho. 05.11.2008.
Site do Instituto Superior Miguel Torga: www.ismt.pt
Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa,
www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 ,
http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal
Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ ,
http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ ,
http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html
Hipertireoidismo relacionado à síndrome de mc cune albrightadrianomedico
Este documento resume um estudo sobre o tratamento do hipertireoidismo na síndrome de McCune-Albright. A síndrome é rara e caracterizada por manchas de café com leite, displasia fibrosa óssea e endocrinopatias como puberdade precoce e hipertireoidismo. O estudo revisou 85 casos e encontrou que 26 tinham hipertireoidismo. A maioria foi tratada cirurgicamente ou com radioiodoterapia, embora alguns receberam drogas antitireoidianas inicialmente.
1) O Conselho de Ministros concede tolerância de ponto na tarde de Quinta-feira Santa para funcionários públicos.
2) É republicado o Código do Mercado de Valores Mobiliários com novas regras para ofertas públicas e transparência do mercado.
3) São alterados artigos do Código das Empresas Comerciais sobre emissão de obrigações por sociedades comerciais.
The document provides summaries of 10 pizza restaurants in the New Haven, Connecticut area. It includes the location, a brief description of each restaurant's pizza offerings and style, and a suggested pie. The restaurants range from classic New Haven coal-fired spots like Pepe's and Sally's Apizza to neighborhood joints like Primo Pizza and the unexpected pizza option at Bar Pizza nightclub.
O documento discute diversos eventos e assuntos da região, incluindo: 1) o Outubro Rosa contra o câncer de mama; 2) a importância das mulheres de 40 anos fazerem mamografia; 3) o IX Fórum do Meio Ambiente no Parque Marapendi; 4) as imperdíveis histórias de viagens de Paulo Sérgio Valle pelo mundo; 5) a inauguração e reforma no Bosque da Barra.
Versão integral da edição n.º 8388 do semanário “O Despertar”, que se publica em Coimbra. Ao tempo dirigido por Fausto Correia. Edição que assinala remodelação gráfica, passagem de 16 para 24 páginas e impressão em offset.
Esta nova fase de “O Despertar” passa a contar com uma série de novos e prestigiados colaboradores: José Henrique Dias, Carlos Esperança, Maria Pinto, Luís Pato, René Tapia, entre muitos outros. Os cabeçalhos das páginas do jornal e títulos de algumas rubricas são uma homenagem a jornais que se publicaram em Coimbra e entretanto desaparecidos (Alvorada, Voz de Coimbra, Espaço Repórter, Yo-Yo, O Distrito de Coimbra, O País, Revista Estrangeira, O Comércio de Coimbra, Correspondência, Cartão de Visita, O Académico, O Observador, O Reclame, Voz Desportiva, O Pregoeiro, Crepúsculo). Ideia original de Fausto Correia.
Jornal fundado em 1917. 12.05.2006.
Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt ,
www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 ,
http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal
Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ ,
http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ ,
http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html
Versão integral da edição n.º 14 do quinzenário “O Centro”, que se publica em Coimbra. Director: Jorge Castilho. 15.11.2006.
Não se esqueça de que pode ver o documento em ecrã inteiro, bastando para tal clicar na opção “full” que se encontra no canto inferior direito do ecrã onde visualiza os slides.
Também pode descarregar o documento original. Deve clicar em “Download file”. É necessário que se registe primeiro no slideshare. O registo é gratuito.
Para além de poderem ser úteis para o público em geral, estes documentos destinam-se a apoio dos alunos que frequentam as unidades curriculares de “Arte e Técnicas de Titular”, “Laboratório de Imprensa I” e “Laboratório de Imprensa II”, leccionadas por Dinis Manuel Alves no Instituto Superior Miguel Torga (www.ismt.pt).
Para saber mais sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747
Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa,
www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 ,
http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal
Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ ,
http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ ,
http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html
1) Uma mulher deu à luz seu 15o filho em Criciúma e precisa de ajuda;
2) O distrito de Rio Maina vai ganhar uma Casa da Cultura para divulgar a cultura local;
3) O atacante Zé Carlos está confiante para a nova temporada do futebol catarinense.
Galeno Amorim: O missionário das LetrasGaleno Amorim
Este documento apresenta perfis de personalidades importantes para a literatura brasileira como Raquel de Queiroz e Galeno Amorim, além de entrevistar o diretor da distribuidora de papéis Labate. A matéria também discute o hábito da leitura no Brasil e como a internet tem influenciado o mercado editorial.
O presidente da Junta de Freguesia de S. Vicente, Jorge Pires, discute os planos para a nova sede da Junta. Ele diz que o momento alto do seu mandato foi começar as obras no novo Centro Cívico, que espera inaugurar no primeiro semestre deste ano. Ele também fala sobre os desafios sociais na freguesia, como o desemprego e a pobreza, e os esforços da Junta para ajudar os mais necessitados, como a criação de uma loja social.
Ano 3 nº8 - Janeiro Fevereiro Março - 2011inbrasci
1) O boletim informativo do InBrasCI destaca projetos culturais e datas comemorativas do trimestre.
2) O projeto "Livros Infanto-Juvenis" visa promover a cultura e história de vários povos através de livros escritos por crianças.
3) O boletim anuncia concursos de poesia para incentivar a expressão literária e construção da paz entre os povos lusófonos.
Uma Coisa em Forma de Assim é uma obra coreográfica co-criada por nove coreógrafos portugueses para a Companhia Nacional de Bailado. A obra estreia no Teatro Aveirense em 18 de Junho e contará com música e interpretação ao vivo de Bernardo Sassetti ao piano. A direção artística está a cargo de Luísa Taveira.
1) Faz um ano desde um incêndio que destruiu quase todo o património e equipamento do projeto Tocá Rufar.
2) As seguradoras recusam pagar os prejuízos causados pelo incêndio, alegando que a culpa não está clara.
3) Apesar das dificuldades, o Tocá Rufar continuou as suas atividades com menos recursos, focando-se nos valores imateriais da música.
O documento resume as atividades do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares do Vale do Paraíba e Litoral Norte no mês de novembro de 2011, incluindo sua participação no II Encontro Racial Regional da CSP-Conlutas e um ato político em São Paulo. Além disso, fornece informações sobre a história e importância de Zumbi e do Quilombo dos Palmares para o Dia da Consciência Negra.
O jornal "Centro" aprovou a criação de um parque tecnológico em Coimbra que visa gerar 5 mil novos postos de trabalho. O Presidente da República esteve presente na cerimónia de encerramento de um curso de empreendedorismo na Universidade de Coimbra. O diretor do jornal foi criticado por ter exagerado em uma coluna de opinião ao afirmar que nada restou da revolução de 25 de Abril.
José Anselmo Nascimento trabalha na Coopervale há 24 anos. A Coopervale começou em 1985 para fornecer opções de compras aos funcionários da Vale após o fechamento do Supermercado Bandeirantes. Ao longo dos anos, a Coopervale modernizou suas operações e cresceu, celebrando seus colaboradores por sua longa história de dedicação.
O documento discute vários tópicos, incluindo:
1) O novo site do time de futsal Moitas está sendo atualizado com informações sobre a história do time.
2) A blog da escola Paulo França em Cerro Negro está bem feito e divulgando eventos da escola.
3) Comentários sobre política, esporte e outros assuntos de interesse geral.
O documento relata sobre:
1) A implementação do padrão Vapt Vupt no Detran de Goiás para melhorar o atendimento;
2) O deputado Carlos Leréia debatendo acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia;
3) A comitiva de Leréia sendo recebida na República Tcheca para estreitar relações bilaterais.
O artigo discute a base de cálculo dos emolumentos devidos em atos notariais e de registro de doações de imóveis situados em São Paulo. Defende que o valor atribuído pelo município paulistano para fins de ITBI pode ser utilizado como base de cálculo, desde que seja o maior entre os parâmetros previstos em lei, que são: o valor da transação declarado pelas partes, o valor tributário do imóvel e o preço de mercado apurado em laudo.
Este documento discute três tópicos principais: 1) a história de 54 anos da CEPLAC e seu papel no desenvolvimento da cacauicultura no Brasil; 2) a importância do combate à dengue, incluindo uma receita caseira de repelente; 3) uma lista de assuntos polêmicos raramente discutidos por políticos.
Versão integral da edição n.º 61 do quinzenário “O Centro”, que se publica em Coimbra. Director: Jorge Castilho. 05.11.2008.
Site do Instituto Superior Miguel Torga: www.ismt.pt
Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa,
www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 ,
http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal
Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ ,
http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ ,
http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html
Hipertireoidismo relacionado à síndrome de mc cune albrightadrianomedico
Este documento resume um estudo sobre o tratamento do hipertireoidismo na síndrome de McCune-Albright. A síndrome é rara e caracterizada por manchas de café com leite, displasia fibrosa óssea e endocrinopatias como puberdade precoce e hipertireoidismo. O estudo revisou 85 casos e encontrou que 26 tinham hipertireoidismo. A maioria foi tratada cirurgicamente ou com radioiodoterapia, embora alguns receberam drogas antitireoidianas inicialmente.
1) O Conselho de Ministros concede tolerância de ponto na tarde de Quinta-feira Santa para funcionários públicos.
2) É republicado o Código do Mercado de Valores Mobiliários com novas regras para ofertas públicas e transparência do mercado.
3) São alterados artigos do Código das Empresas Comerciais sobre emissão de obrigações por sociedades comerciais.
The document provides summaries of 10 pizza restaurants in the New Haven, Connecticut area. It includes the location, a brief description of each restaurant's pizza offerings and style, and a suggested pie. The restaurants range from classic New Haven coal-fired spots like Pepe's and Sally's Apizza to neighborhood joints like Primo Pizza and the unexpected pizza option at Bar Pizza nightclub.
Este documento presenta un libro compilado sobre organizaciones inteligentes en Latinoamérica. El libro incluye contribuciones de varios autores que analizan temas como la salud, las finanzas, la competitividad y la innovación en organizaciones públicas y privadas de la región desde perspectivas de la gobernabilidad y la gobernanza. El objetivo es fomentar el desarrollo tecnológico y cognitivo en Latinoamérica a través de discusiones sobre problemas comunes en las sociedades de la región.
Political Economy for Activists : Productivity & Heterodox EconomicsConor McCabe
The document discusses the concept of "Rational Economic Man", describing him as an autonomous agent who is able bodied, independent, rational, and heterosexual. He weighs the costs and benefits of different options to maximize his utility and is self-interested in the marketplace while altruistic at home.
Irish Political Economy: Housing and the Middleman StateConor McCabe
The document discusses the history of housing and mortgages in Ireland from 1966 to 1999. It notes that the 1966 Housing Act allowed public housing tenants to purchase their homes, with 220,000 of 330,000 units sold by the early 1990s. A 1973 newspaper article highlighted that the average building society mortgage at the time was only about 10 years, allowing people to buy multiple homes in their lifetime. Key reports and schemes that impacted the housing market are also mentioned, such as the Kenny Report in 1974 and the introduction of tax relief in 1988.
The document discusses the benefits of exercise for mental health. Regular physical activity can help reduce anxiety and depression and improve mood and cognitive function. Exercise causes chemical changes in the brain that may help protect against mental illness and improve symptoms.
Este documento contém uma conversa por mensagens de texto entre Vinicius e Vitor ao longo de vários dias em maio e junho de 2013. Eles discutem sobre amigos, planos, fotos no Facebook e mensagens "subliminares". Vinicius parece tentar enganar ou manipular Vitor em alguns momentos.
#OpenGeoData:DATI GEOGRAFICI liberi occasione di crescita e sviluppoMaurizio Foderà
Relazione Introduttiva dell'evento:"Catasto Digitale, Geosdi, Open Data, Cloud:Come progettare in modo innovativo in un mondo sempre più open e digitale"
22.10.2014 ore 14:00 - 17:00 SAIE ACADEMY SALA E PADIGLIONE 26 Bologna Fiere
http://www.eventi.saie.bolognafiere.it/eventi/saie-built-academy/innovazione-nella-progettazione/catasto-digitale-geosdi-open-data-cloud/3260.html
This document is a handbook summarizing the events of the 1916 Easter Rising in Dublin. It provides a detailed narrative of the fighting that occurred, lists of casualties, military and rebel communications, details on prisoners and those deported or released, and reports from subsequent inquiries. It aims to be a complete record of the rebellion for readers in 1917.
Accredited in Public Relations (APR): Does it serve its purpose?PRSANational
The document discusses ways to enhance the Accredited in Public Relations (APR) credential. It analyzes the current context and challenges facing the APR, including declining numbers of PRSA members holding the credential and perceptions that it lacks value. The document outlines three potential paths forward: making low-key changes, discontinuing the APR, or overhauling the credential. It recommends overhauling the credential by taking steps to increase its credibility, value, and improve the credential itself. This would involve obtaining third-party accreditation, making the governing body independent, strengthening relationships, clarifying the purpose and marketing, and re-evaluating parts of the assessment process.
The document discusses talent and technology in business. It profiles five talented individuals at the company and what they seek in their work. It describes the employees as self-sufficient problem solvers who want to take on large challenging problems. It notes that the company's secret weapon is its talented team of technology and project experts who helped build the company.
Sélection de livres pour la Journée internationale de la Femme. Par Emmanuelle Rousseau, conseillère pédagogique chez Messageries ADP. Pour plus de détails, consultez l'article sur le blogue. www.adp-pedago.com
This document provides an overview of the history and future of the US aerospace industry. It discusses key events like the early development of aircraft and rockets in the 1900s and 1900s, the growth of the industry during World War 2 and the Cold War, and concerns about the industry declining as global competition increases. The document also examines important companies and sectors within the aerospace industry like helicopters, and considers potential future technologies such as hypersonic and reusable vehicles that could shape the industry going forward.
Uma Coisa em Forma de Assim é uma obra coreográfica co-criada por nove coreógrafos portugueses para a Companhia Nacional de Bailado. A obra estreia no Teatro Aveirense em 18 de Junho e contará com música original e interpretação ao vivo de Bernardo Sassetti ao piano. A direção artística está a cargo de Luísa Taveira.
Apresentação do ciclo de charla & caipirinha raízes afro 16 03_2012casadobrasil
Apresentação do Ciclo de Charla & Caipirinha Raízes Afro - 2012. Temática: "Desdobramentos da escravidão: resistência cultural e marginalização social”. Ministrante: Prof. Fábio Oliveira.
Aroeira Jornal Do Espaço Cultural Mané GarrinchaMANE
O documento apresenta o boletim do Espaço Cultural Mané Garrincha, que tem como objetivos (1) congregar as forças lutadoras do povo num ambiente livre de influências comerciais ou conservadoras, (2) apropriar-se do saber e do prazer de forma plena e humana, longe da mercantilização, e (3) homenagear o jogador de futebol Mané Garrincha, símbolo do homem comum capaz de driblar os infortúnios.
1) O documento apresenta um projeto da Universidade Estadual da Paraíba chamado "Nas Trilhas da Língua Portuguesa" que tem como objetivo estudar a cultura paraibana.
2) Os alunos irão analisar textos sobre a história, as raízes culturais e a realidade socioeconômica da Paraíba, com foco no grupo afro-brasileiro.
3) O projeto convida os alunos a participarem das atividades para aprenderem sobre a língua portuguesa e a cultura do estado
O documento discute o crescente investimento em cultura em Joinville, Brasil. A cultura agora é vista como uma alternativa socioeconômica importante e recebe fundos para equipamentos, eventos e profissionais. Isso está gerando empregos e renda e elevando a qualidade de vida. Exemplos incluem o Centreventos Cau Hansen, o Complexo Cultural da Antarctica, museus renovados e o planejamento de um teatro e orquestra nova.
Apresentacao sabores da terra [somente leitura]agro_SEBRAE
A Feira Estadual de Agroturismo de Capixaba tem como objetivo promover os produtos e serviços rurais da região, capacitar os produtores e gerar negócios e renda no meio rural. Contará com espaços temáticos para divulgação da agricultura, artesanato, culinária e atrações culturais do Espírito Santo. Será realizada em parceria com várias entidades de apoio ao setor.
O documento descreve a realização de uma ação cidadania nos municípios de Cachoeira do Piriá e Bragança pelo Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC) da Assembleia Legislativa do Pará, a pedido da deputada Simone Morgado. A ação beneficiou cerca de 3 mil pessoas com emissão de documentos e atendimento jurídico. A deputada comemorou o sucesso da iniciativa. O repórter critica a falta de cobertura da imprensa local sobre a produção da Dança da Galera em Bra
[1] O documento discute a beleza das mulheres da região do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, destacando que a mistura de raças produziu uma geração de beldades.
[2] Três mulheres de Ituporanga irão representar a cidade na Festa da Cebola e poderiam facilmente trabalhar como modelos.
[3] O texto também menciona um time de futsal de Marechal Candido Rondon e seus jogadores e técnicos.
O documento discute a importância do setor cultural para a cidade de Anápolis e os desafios para o prefeito recém-reeleito. Em três frases: (1) O setor cultural deseja ser mais do que entretenimento e gerar políticas públicas e demandas da população. (2) Espaços culturais, economia criativa e educação cultural são pontos importantes. (3) É necessário investimento em fundos e planos culturais municipais para fomentar a cultura na cidade.
Este documento fornece informações sobre o Festival Escrita na Paisagem de 2011, incluindo:
1) A programação do festival inclui performances de companhias teatrais italianas e projetos de artistas portugueses.
2) O festival explora temas mitológicos através de linguagens artísticas contemporâneas.
3) A programação inclui uma "Embaixada do Teatro Italiano" com nove espetáculos de seis companhias italianas estreando em Portugal.
O documento descreve a história da Cia Boi da Cara Preta, uma companhia de teatro fundada em Ilhéus, Bahia, em 2007. A companhia se apresenta com espetáculos inspirados na cultura popular brasileira, como o Auto do Boi da Cara Preta e Lendas da Lagoa Encantada. O texto fornece detalhes sobre as montagens, elencos e direção das peças realizadas pela companhia ao longo dos anos.
O documento discute a produção artística na cidade de Araçatuba, apresentando a opinião do músico Márcio Kadá sobre o assunto. Kadá acredita que a cidade tem potencial para desenvolver talentos musicais e que os artistas locais precisam se divulgar mais para alcançar maior público e reconhecimento. O texto também descreve um projeto social que usa atividades musicais para reduzir a ansiedade de pacientes em uma clínica odontológica.
Este documento apresenta três notícias principais: 1) O governador Ivo Cassol visitou um produtor de uvas em Pimenta Bueno que teve muito sucesso cultivando a fruta apesar das dificuldades iniciais; 2) A banda musical Soda Acústica se apresentou em Ariquemes para divulgar seu primeiro CD; 3) Uma infectologista dá dicas sobre medidas preventivas contra a gripe suína em resposta a uma pergunta de Neodi.
Este documento é uma edição da revista Santos Arte e Cultura de março de 2010. Contém artigos sobre diversos temas culturais como poesia, arquitetura religiosa, educação feminina e biografias de mulheres notáveis. A capa apresenta uma foto da Basílica de Santo Antônio do Embaré em Santos.
Este documento relata (1) a tradicional festa de São Martinho na Academia de Cultura da UMP, (2) um cruzeiro no Mediterrâneo realizado por alunos da Academia no final do ano letivo anterior, visitando várias cidades europeias, e (3) uma doação recebida pelo Centro de Acolhimento de Crianças da Misericórdia de Gaia por parte da loja C&A Kids.
1. Tili Tonse
MukTadhara
Guardar ÁGuas
TeaTro no
alenTejo
MÁrio Barradas
Valsa n.º 6
BAALZINE
nº 04 dezembro 2006 | Baal 17 - Companhia de Teatro na Educação do Baixo Alentejo
| Baal 17 - Companhia de Teatro na Educação do Baixo Alentejo nº 04 dezembro 2006
2. Colectivo Baal 17: cultura, etc., etc., etc.). Tremendo valor acrescentado para a
Da esquerda para a direita: região. Para a sua valorização enquanto espaço moderno.
Rui Ramos, Sandra Serra,
Com a famosa “massa crítica” presente e cada vez mais a
Marco Ferreira, Ana Antão,
Rui Garcia, Sónia Botelho. olhar para além da linha de fronteira. Entre eles, pois claro,
De pé: Telma Saião e Paulo a gente do Teatro. Essa fauna incomparável. 7 Estruturas
Troncão. Profissionais financiadas de forma sustentada pelo Instituto
das Artes. Mais 9 outros grupos profissionais. Dezenas de
grupos de teatro amador. Um mar de gente neste imenso
Alentejo.
Gente que teimosamente trava uma luta, por vezes bastante
inglória, pelo reconhecimento da pertinência do Teatro, e da
cultura claro está, no desenvolvimento do Alentejo. Não só
ao nível da transformação de mentalidades, mas também
Teatro. Alentejo. Teatro Alentejano? como efectivo desenvolvimento económico. A riqueza
Para que serve a arte de Aristóteles numa das regiões mais
gerada pelo sector cultural, 2,6% do PIB, supera por exemplo
pobres da zona euro? Dinheiros públicos mal gastos nos
a riqueza gerada pela indústria automóvel e pelo sector
tempos que correm? Ainda se fosse como o La Féria (que
imobiliário. Se atendermos ao valor inscrito em orçamento
por sinal é alentejano de Vila Nova de São Bento), com
de estado para a cultura pelo governo da República
casas cheias, Amálias, e sem um cêntimo do orçamento de
Portuguesa, 0,47% do PIB, não é necessário dizer mais nada,
estado…
pois não? Em relação à precariedade dos artistas e demais
A cultura constrói-se pela adição e não pela subtracção.
profissionais da cultura? Olhemos as palavras do caríssimo
Muito menos pela mercantilização ou por qualquer
colunista Desbocado Doidinho. E mais não se escreve, por
indicador macroeconómico. Nunca a peso.
pudor.
Uma cultura viva tem, obrigatoriamente, de beber na
Felizmente nem tudo são espinhos.
comunidade onde se insere. Tem também de olhar para
Está a nascer o Sol no Alentejo…
o exterior e efectuar uma leitura atenta do mundo. Acima Rui Garcia
de tudo tem de contribuir para um saudável [e suportável]
desconforto aquando da confrontação com o público – nos
P – Caro(a) leitor, tenha um 2007 cheio de Cultura e Teatro.
.S.
temas, nas formas, nas palavras… Em Festa. Por aqui iremos tentar contribuir para que este
Aqui, hoje, neste terço de Portugal, trabalham milhares de nosso desejo se torne realidade.
profissionais da cultura (actores, músicos, bailarinos, artistas P II – Um abraço do tamanho do mundo para o Mário
.S.
plásticos, escritores, produtores culturais, técnicos de Barradas.
FICHA TéCNICA
0 Agora Digo eu Évora, abria as portas
Propriedade: Baal 7 – Companhia de Teatro na Desbocado Doidinho tem à descentralização
Educação do Baixo Alentejo uma amiga cujo filho quer teatral no Alentejo. Hoje,
Cine-Teatro Municipal de Serpa ser actor, ou melhor: Um mal são 6 as companhias
Apartado 780 Serpa governado. profissionais, sete
www.baal7.com
delas sustentadas pelo
Telefone: 84 549 488
E-mail: baal.7@mail.telepac.pt 04 Baal Diário Ministério da Cultura.
ou baalzine@gmail.com Marco Ferreira, na Finlândia,
Coordenação: Sandra Serra e Telma Saião, na Índia, 7 BaalTeatro
Colaboram nesta edição: Carla Ferreira, Cendrev, relatam na Baalzine, o Caldo Verde é a primeira
Marco Ferreira, Pim Teatro, Rui Gracia, Rui Ramos,
diário das suas experiências peça de teatro original
Teatro ao Largo, Teatro do Mar, Telma Saião, Tiago
Fróis, e Vírginia Fróis. profissionais, sociais e de Rui Ramos, director
Concepção gráfica: Verónica Guerreiro pessoais. artístico da Baal 7.
Bloco d, design comunicação (www.blocod.com)
Impressão: Gráfica Comercial, Loulé 06 Baalolhares 9 Baal. com Livros
Periodicidade: Sai três vezes por ano
Virgínia Fróis, Tiago Fróis Dois livros, duas formas
Tiragem: 000 exemplares
e Pedro Conceição, da de, também, dizer
associação Oficinas do Alentejo.
COMPANHIA FINANCIADA POR
Convento, deitam olhares à
comunidade de oleiras de 0 Baal em Banho Maria
Cabo Verde. “A História Maravilhosa
da Cidade de Bronze” e
09 Baal Dossiê “Valsa n.º 6”, as novas
Há Teatro no Alentejo produções da Baal 7, em
Em 975, o Cendrev Banho Maria.
– à altura centro Cultural de
3. OS MAL-
-GOVERnADOS
Por Desbocado Doidinho
A minha amiga Filomena tem um filho
que quer ser actor. Isto, de um filho, ainda
para mais único, querer ser actor é uma
desgraça para qualquer mãe. Mas para a
Filomena é deveras trágico.
- São todos uns mal governados com esta ideia, informou-se e agora podem. Se mete um baixa, metem
– diz ela aconselhando o filho diz-me que: todos, que o espectáculo é assim,
quando este sonha com o seu futuro - A maior parte das pessoas que tem não pode parar. E mesmo que
profissional. esse emprego nunca arranja trabalho pudessem… Eu informei-me. A maior
Eu não sei como é no resto do país certo, anda de um lado para o outro, parte trabalha com uma coisa que
mas na minha terra “mal governado” trabalha três meses aqui e três meses eles chamam “recibos verdes” que
é aquele que não se sabe governar a ali e corre o país de lés-a-lés. é parecido com aquilo que há nas
si próprio, que não se sabe orientar - Mas ganham bem, essa é que é auto-estradas, é pra despachar,
na vida. essa. Ganham bem e fartam-se de pra não dar chatices. Resultado, a
À primeira vista, “mal governado” passear. maior parte daqueles que têm essa
poderia ser aquele que vive sob - Qual quê?! Não ganham nada. profissão – actores, se adoecem
um mau governo, ou seja, que vive Eu que passo a ferro para fora ficam por conta própria, se o trabalho
num país onde o Governo não sabe ganho mais do que ele algum acaba ficam no desemprego, e o
governar, que vive portanto num país dia vai ganhar. Sem despesas e desemprego acontece quase sempre
mal governado. descansadinha em casa. E se se me de três em três meses ou coisa
Mas voltemos à Filomena. Ela sabe acabar a roupa jogo-me a outra coisa que o valha. Estás desempregado?
que se o seu filho vier a ser actor, que a mim não há trabalho que me Aqui não há subsídio pra ninguém.
não lhe vai pôr os olhos em cima enoje. Mas esses “artistas”?? é como Arranja-te, vai pedir sopa à mãe. E os
com muita frequência nos próximos os drogados, quando entram nessa descontos? Ai, não me faças falar!!
anos. Mas vai continuar a favorece-lo vida já não podem sair, coitados, não - E porque é que não se organizam?
financeiramente por muito tempo. sabem fazer mais nada. E quando Façam greve.
Eu cá não sei como é, mas a adoecem? Como é que é? Ahm?? - Tás maluco? Não ouviste nada do
Filomena, desde que o filho apareceu - Diz-me tu que eu não sei. Eu que eu disse. Achas que eles vão
quando adoeço meto baixa e fico dar-se ao luxo de fazer greve? Já
em casa. viste um artista fazer greve? E quem
- Metes tu. Achas é que se vai agora importar que este
que eles podem ou aquele não trabalhe, o que há
meter baixa? mais por aí são outros para ocupar
Não o lugar. Se é pra ficar em casa então
AGORA DIGO EU
que fique desde já. E até te digo mais:
acho que se fizessem todos greve ao
mesmo tempo ninguém ia reparar.
Isto aqui não é o estrangeiro. Isto
é um país mal governado. Ai, não
era isto que eu queria dizer… Que
sei eu de política? Estava a falar da
profissão que o meu moço quer ter.
Olha, não te digo mais nada, é uma
vida pra gente mal governada.
Eu não sei se a Filomena tem razão
ou não. Parece-me muito estranho
que as coisas possam ser assim
num país do primeiro mundo como
o nosso. Cá para mim é mais uma
maluquice da Filomena.
Duas Tentações e um pneu furado.
Pelo Al-Masrah Teatro, Tavira 2005
4. BAAL DIÁRIO
TiLi TOnSE*
UniãO PELA DiVERSiDADE
“Todo o ser humano é teatro” Augusto Boal
Aprender através do Teatro (ou Drama) Finlândia e Lituânia. enchendo de informação e ideologias. Eles
é dar a possibilidade de sonhar, de Os valores, a diversidade, as diferentes são vistos como pontos de partida radiantes
transcender, superar limites e desbravar línguas e olhares sobre o mundo, as da sua própria aprendizagem, criando
novos caminhos em direcção ao culturas e sub-culturas, formaram as suas próprias regras, interpretações
conhecimento, identificação e consciência esse conjunto de aprendizagem. Um e modelos de aprendizagem. Só assim o
do mundo que nos rodeia. Quando um processo determinado a contribuir para aluno tem a possibilidade de se valorizar, de
aluno interpreta uma personagem ou uma educação sustentável assente na se integrar harmoniosamente num grupo,
improvisa uma situação, revela uma parte diversidade cultural, onde professor aluno num clima de liberdade onde liberta as
de si mesmo, mostra como sente, pensa aprendem juntos, partilham valores e, acima suas potencialidades, expressando os seus
e vê o mundo. O Teatro/Drama amplia o de tudo, valorizam o diálogo como a mais sentimentos, explorando todas as formas de
seu horizonte, melhora a sua auto-estima e importante ferramenta. comunicação humana, emoções, medos e
colabora para um sentido crítico e aberto do O curso (Participatory Drama and sensações, aprendendo com a diversidade
mundo em que vive. Aprender com o teatro Education) foi centrado na utilização, e não apenas memorizando as respostas
é uma procura de novas interpretações, pesquisa e aplicação de métodos certas.
é moldar o nosso pensamento de forma participativos (Process Drama, Participatory
a construir novos significados, é usar o approach/research, Future Workshop, Agora, pergunto-me, o que deve então o
diálogo no sentido de ser verdadeiro, de não Teatro Fórum, Playback theatre) explorando teatro aprender para transformar-se numa
nos trairmos. é usar o coração. a multiculturalidade de valores, costumes arte participativa? Deve partir de nós, 4
e tradições e a utilização de elementos actores, encenadores, professores ou deve
Em Setembro de 2006, fui convidado a tradicionais (contos, danças, canções) na ser encontrado no público, nos alunos?
participar no projecto Tili Tonse*, um aplicação e desenvolvimento sociocultural O teatro (actores, encenador, público)
intercâmbio internacional na Finlândia criando diálogo entre as comunidades. como o conhecemos hoje em Portugal não
realizado na Universidade de Ciências Os alunos foram envolvidos num processo representa mais estes valores, não entra
Aplicadas de Seinäajoki. Este projecto, de grupo de aprendizagem social e por este caminho. é um teatro desligado.
coordenado pelo pedagogo Jouni Piekkari, emocional, aprendendo a negociar, a Porquê?
do qual fui assistente e que, anteriormente criar novos significados e soluções, a Sempre me fascinou transportar o teatro
trabalhou com a Baal 17 no projecto utilizar argumentos e valores, a partilhar para diferentes contextos e criar novos
europeu Drama-a way to social inclusion, pensamentos espirituais, a reflectir espaços estéticos, procurando redescobrir
tinha por objectivo estudar e partilhar experiências, a usar a intuição como emoções e vidas. Vejo muitas vezes o teatro
diferentes formas artísticas e métodos impulso criativo e outras capacidades a sair para a rua, vejo também o teatro
participativos utilizados no desenvolvimento essenciais em processos de educação. numa reunião de família ou num encontro
cultural, comunitário e sustentável. Durante três meses aprendi que na de amigos num café. Mas, principalmente,
Durante três meses partilhei o meu trabalho, Finlândia o chamado paradigma o que me faz acreditar no teatro é observar
a minha cultura, o meu pensamento e construtivista na educação é a base de um como as pessoas se transformam em
as minhas emoções com mais de trinta sistema de ensino modelo em que os alunos actores e, transformando-se em actores
pessoas de três culturas diferentes: Zâmbia, não são como vasos vazios que se vão das suas vidas, estão a representar de uma
5. forma diferente as suas comunidades. Um das nossas vidas? projecto, em fase piloto, é financiado pela CIMO (Centre
for International Mobility), uma organização tutelada
cidadão actor consciente desse processo “A grande generosidade está em lutar para pelo Ministério da Educação e Ministério dos Negócios
está a contribuir de uma forma criativa que, cada vez mais, essas mãos, sejam de Estrangeiros da Finlândia que encoraja a comunicação
transcultural e cooperação entre os chamados países
através do teatro para o desenvolvimento homens ou de povos, se estendam menos, do terceiro mundo. O objectivo do programa é estudar
da sua comunidade. Quantas são as em gestos de súplica. Súplica de humildes e partilhar as diferentes formas artísticas e métodos
participativos utilizados para o desenvolvimento
comunidades que ainda intervém desta a poderosos. E se vão fazendo, cada vez cultural, comunitário e sustentável entre os dois países.
forma usando as suas próprias tradições? mais, mãos humanas, que trabalhem e O intercâmbio levou à Finlândia seis estudantes
da Universidade de Lusaka, um professor de artes
Se queremos cultura compramos um bilhete transformem o mundo.” Paulo Freire performativas que trabalharam com os alunos do curso
social cultural work/project managment da Universidade
para o teatro, para um concerto, cinema, Marco Ferreira*
de Ciências Aplicadas de Seinäjoki e quatro estudantes
compramos um CD ou um DVD. Para *Tili Tonse significa, traduzindo à letra – Estamos Juntos,
(Erasmus) do Vilnius College da Lituânia.
onde nos leva esta cultura globalizada e em Nyanja, uma das cerca de 70 línguas oficias da
*Marco Ferreira foi professor assistente convidado
Zâmbia. Tili Tonse é também um programa internacional
capitalista, onde pagamos a alguém para de intercâmbio criado em parceria entre as Universidades
pela Universidade de Ciências Aplicadas de Seinäjoki e
bolseiro para a especialização e valorização profissional
cantar, dançar e representar as histórias de Ciências Aplicadas de Seinäjoki e Helsínquia na
da Fundação Calouste Gulbenkian.
Finlândia e a Universidade de Lusaka na Zâmbia. O
MUkTADHARA – 006
OPRESSãO E JAnAS
SAnSkRiTi
Cheguei a Calcutá no dia 15 Outubro, com o do Janas Sanskriti, situado num local ter pertencido à Frente Esquerda Indiana,
propósito de conhecer e vivênciar o trabalho muito verde um jardim magnífico povoado a política esteve muito presente nas nossas
5 de um Grupo de Teatro do Oprimido Indiano. por famílias – recordo o som do “hello” discussões. E ali, compreendemo-nos,
À minha espera, Sajana e Shoto e um cartão das crianças e as suas pequenas mãos respeitamo-nos e percebemos que como
que dizia: Janas Sanskriti. estendidas para nos cumprimentar –. Era pessoas de continentes diferentes e culturas
Jana Sanskriti é o nome do grupo que chegada a altura de falar com as pessoas distintas, partilhamos o mesmo respeito ao
há mais de 20 anos utiliza o teatro como do grupo, conhecer os outros participantes, próximo, e a mesma vontade de mudar o
ferramenta de intervenção social. Chega e para perceber que me sentia em casa. mundo.
a aldeias isoladas na Índia, e com o povo A Índia estava em preparação para a Festa No final do workshop prepararam-se
desenvolve um trabalho para dar voz da Deusa Khali, festa cheia de luzes e muitos apresentações sobre a opressão feita às
às suas necessidades, ajudando-os a foguetes (parecia que a índia estava a ser mulheres, a pobreza e a opressão pelo
atacada!). Por poder e pela globalização, realizadas numa
todo o lado aldeia, numa zona isolada, e onde podemos
construíam- presenciar o Grupo a utilizar as técnicas de
se grandes Teatro Fórum com os habitantes locais.
templos de O dia 22 de Outubro viria a ser um dia
Khali, repletos emocionante. Mais de 10 000 pessoas,
de flores, maioritariamente mulheres, reivindicando a
grandes arte pela opressão do poder, foi sem dúvida
tambores e um acontecimento marcante.
muita luz. O Festival de Teatro do Oprimido decorreu
Foi neste num jardim no centro da cidade de Calcutá.
ambiente que Todos os dias o Festival iniciava e terminava
se realizou com a apresentação de um grupo de Musica
libertarem-se das opressões, trabalho este o Workshop, onde iríamos aprender as (precursão e circo), e a programação
bastante significativo com as mulheres técnicas de Teatro do Oprimido utilizadas integrava Grupos de Teatro do Oprimido do
AAL DIÁRIO
indianas. pelo grupo, e onde participaram 40 pessoas Brasil, Palestina, Áustria e da Índia.
Começava assim a master classe sobre vindas da Áustria, França, Espanha, E assim se passaram os dias, e as noites,
aquela fantástica zona da Índia – West Alemanha, Reino Unido, Colômbia, em terras da Índia. Assim ficaram as
Bengal –; tinha agora também o primeiro Argentina, EUA e Portugal. emoções, os conhecimentos, as reflexões,
contacto com a população pobre, naquela Sanjoy, o director do Janas Sankriti, como esta, de Augusto Boal : “Unificação e
que é uma das zonas mais intelectuais acompanhado pelo seu “irmão” de luta Uniformização não tem o mesmo significado,
da Índia. Durante o percurso de jipe Julian Boal, conduziu o trabalho com a unificação dos povos faz com que se
impressionou-me a paisagem com muitas exercícios de dinâmicas de grupo, dança e encontrem pontos comuns mantendo a
árvores e grandes lagos, o trânsito caótico, conversas sobre as experiências do trabalho individualidade de cada ser, a uniformização
numa estrada de carros, bicicletas, motas, do Grupo nas aldeias e da expansão desta dos povos transforma os indivíduos em
autocarros, vacas e pessoas a pé. O fim arte na ajuda da conquista dos direitos a Robots objectivo do imperialismo”.
do percurso levou-me ao Centro, a sede quem os reivindica. Pelo facto de Sanjoy Telma Saião
6. BAAL OLHARES
PROJECTO ARTÍSTiCO
MARCA REiniCiO DA
ACTiViDADE OLEiRA
“GUARDAR ÁGUAS”
Três percursos de autor exploram o mesmo objecto: A
comunidade de oleiras, na Vila do Tarrafal, em Cabo Verde.
Fotografia, escultura e vídeo por Virgínia Fróis, Tiago Fróis e
Pedro Conceição, da associação Oficinas do Convento em
Montemor-o-Novo.
O “Projecto Guardar Águas” desenvolveu- dar continuidade às práticas da Olaria de visual, Fotografia e Vídeo, cobrindo a
-se de 27 de Março a 19 de Setembro de Mulheres e, deste modo, contribuir para a actividade oleira e também o seu contexto
2006, na localidade de Trás os Montes no requalificação da vida desta comunidade. vivencial, assim como o ciclo da cultura
Concelho da Vila do Tarrafal, na Ilha de A produção da Olaria revelou a interesse do milho em todas as vertentes que
Santiago em Cabo Verde, por Virgínia Fróis. destas mulheres em criar novas formas estão associadas a esta Arte. Tiveram
O resultado que aqui mostramos e que se dentro da sua tradição. O trabalho foi particular importância no entendimento
apresenta na exposição realizado com a orientação das últimas destas práticas os seguintes aspectos: a
O que se apresenta na exposição “Guardar Mestras Oleiras: Pascoalina Borges, adaptação da comunidade ao território, 6
Águas” corresponde aos primeiros Isabel Semedo e Saturnina Tavares, com a sua vivência, a paisagem, a geologia e
resultados de um trabalho de Animação idades compreendidas entre os 63 e 74 a situação geográfica no extremo norte
Cultural. São três percursos de autor, que anos. A actividade foi retomada nas suas da ilha, um local árido e isolado mas de
partilham o mesmo objecto - o território oficinas em Trás os Montes (Trás di Monti), surpreendente beleza.
e a comunidade de Oleiras - e a mesma seguindo o modelo tradicional. O reinício O Projecto contou com o apoio da Câmara
necessidade de “guardar” a memória de desta actividade, parada há vários anos, Municipal da Vila do Tarrafal (que suportou
um modo de vida determinado. As peças permitiu também a 20 jovens mulheres do os custos relativos à formação das oleiras),
criadas, as Fotografias, de Tiago Fróis, lugar iniciar a aprendizagem da olaria. A com o aconselhamento e disponibilidade
as Esculturas de Virgínia Fróis e o Vídeo, laboração nas oficinas começou no final do director do Centro Cultural Português
resultado de um trabalho colectivo de Maio e terminou em Julho, com o início da na Cidade da Praia, e como os apoios
Pedro Conceição com os dois criadores já sementeira do milho e da época das portugueses do IA -Instituto das Artes, da
referidos, são o resultado desta interacção. chuvas. FCG - Fundação Calouste Gulbenkian e da
Esta acção teve como objectivo incentivar e Foi recolhida bastante documentação Câmara Municipal de Montemor-o-Novo.
7. 7
A exposição “Guardar Águas” Fotografia/Escultura e Vídeo de Virginia Fróis, Tiago Fróis, Pedro conceição e João Bastos,
está patente ao público na Galeria Municipal de Montemor-o-Novo e está inserida no projecto “Conversas à Volta das
Margens”, iniciativa da Associação Oficinas do Convento. A mostra segue para o Palácio da Cultura Ildo Lobo, na Cidade
da Praia, em Cabo Verde, no dia 5 de Janeiro de 2007. Associação de Arte e Comunicação “Oficinas do Convento” teve
início em 1996 e tem a sua sede no Convento de S. Francisco em Montemor-o-Novo. A sua acção desenvolve-se no âmbito
das artes, com actividades no âmbito da arte pública, da paisagem e do património natural e arquitectónico. Hoje em dia,
a associação conta com três departamentos distintos: Escultura, Música e Imagem. (www.oficinasdoconvento.com).
9. HÁ TEATRO nO ALEnTEJO
Desde 1975, com a formação do profissionais sustentadas pelo
Cendrev, a primeira companhia da Ministério da Cultura, mais nove não
descentralização, o panorama teatral sustentadas, a que se juntam mais
no Alentejo tem vindo a crescer, de 20 grupos de teatro de amadores.
não só no número de companhias A Baalzine falou com alguns dos
profissionais aqui sediadas, intervenientes que têm contribuído
como na qualidade do trabalho para o desenvolvimento do teatro no
apresentado. Sete companhias Alentejo.
SãO SETE AS COMPAnHiAS DE TEATRO
SUSTEnTADAS nO ALEnTEJO... MAS HÁ MAiS
ExiSTE UMA FORMA
9
DE FAzER TEATRO nO
E PARA O ALEnTEJO?
Em 1975, o Cendrev, à altura Centro Cultural Mar) e Odemira (Teatro ao Largo). Além das sete
de Évora, seria a primeira companhia de teatro companhias sustentadas, trabalham no Alentejo
profissional sediada no Alentejo. Depois disso, e outras nove companhias não sustentadas, a grande
aberto o caminho à descentralização teatral, várias maioria com sede em Évora (Trimagisto; A Bruxa
companhias de teatro foram instalando-se ou criando Teatro; Trulé- Investigação de Formas Animadas; Era
raízes na região. Hoje, são sete as companhias uma Vez – teatro de marionetas; e Cépia – Amonte
no alentejo
de teatro sustentadas pelo Ministério da Cultura Produções), mas também em Moura (Teatro Fórum
AAL DOSSIÊ há teatro
com sede no Alentejo, nomeadamente em Évora de Mora), Beja (Lêndias d’Encantar), Grândola
(Cendrev e Pim Teatro), Portalegre (O Semeador), (Associação Cultural Horas Extraordinárias Teatro de
Beja (Arte Pública), Serpa (Baal 17), Sines (Teatro do Grândola) e Odemira (3 em Pipa).
Depois do caminho iniciado pelo Cendrev, de desenvolvimento da criatividade, que Com a mudança de década, continuam
surgiria, também no Alto Alentejo, em transformem as mentalidades, que alterem a surgir novos projectos teatrais, a Baal
Portalegre, “O Semedor”, em 1981, e, a forma de ver e pensar o mundo”, e 17, deitaria semente à terra em Serpa,
passados cinco anos, em 1986, seria vez de o Arte Pública, o primeira companhia a no 2000, com o principal objectivo de
nascer em Sines, com pessoas de Sines, surgir alargando o seu conceito estético trabalhar o mundo rural como matéria
o Teatro do Mar, com o objectivo principal ao das Artes Performativas. Em 1994, pela de criação artística, tornando-se na mais
“da promoção, criação e produção mão do inglês Steve Johnston, surgiria nova companhia teatral no Alentejo com
teatral particularmente vocacionada o Teatro ao Largo, como “um grupo apoio sustentado por parte do Ministério
para jovens audiências”. A década de teatro comunitário para Portugal” e da Cultural. Na cidade de évora, três
de 90 foi profícua no aparecimento de fundamentado na firme convicção de que o novos projectos surgiriam com o volver do
companhias de teatro, não só no Alentejo teatro profissional pertence a, e pode nutrir, milénio: Trimagisto e Bruxa Teatro, em 2001,
como também um pouco por todo o País. cada comunidade, por mais pequena e por e Cépia-Amonte Produções, em 2002. O
O ano de 1993 veria nascer o Pim Teatro, mais isolada que seja”. Ainda na década mais recente projecto de teatro profissional
com a pura convicção de querer fazer de 90, as companhias Lêndias d’Encantar, a sedar-se no Alentejo, aconteceria em
“um teatro capaz de provocar no público em Beja, e 3 em Pipa, em Odemira, juntar- Moura, em 2006, com o Teatro Fórum de
experiências estéticas que sejam motor se-iam ao panorama teatral no Alentejo. Moura.
10. BAAL DOSSIÊ nO teAtrO
São diversos e variados os objectivos porque uma tem na outra as suas
artísticos das companhias de teatro raízes, a sua fonte de vida, a sua razão
no Alentejo. Desde a abordagem de existir”. E também por essa razão
dos clássicos, à criação de Teatro o PIM- TEATRO “chegou a povoações
contemporâneo. Do Teatro “de arte” onde não havia teatro há 30 anos, com
ao teatro social. Do meio rural como salas que não tinham as condições
objecto de criação artística, às artes técnicas mínimas, onde as crianças
performativas. Da itinerância em busca não conheciam os mais elementares
da promoção, criação e produção teatral códigos da comunicação teatral e foi pela
particularmente vocacionada para jovens continuidade que ajudou a transformar
audiências, ao teatro comunitário. estas realidades. Procurou fazer do
Centremo-nos então nos objectivos de espectáculo um trampolim para a
quatro das sete companhias sustentadas descoberta das suas próprias convenções
do Alentejo: Teatro do Mar; Teatro ao e, consequentemente, formar o público
há
Largo; Pim Teatro e Baal 17, companhias para o teatro de amanhã”.
que representam o Baixo Alentejo, o Já o Teatro ao Largo define-se
ALentejO
Alentejo Litoral e o Alto Alentejo. exactamente como “um grupo de teatro
A ligação Companhia/Comunidade comunitário para Portugal”, tendo
em que se insere é um elo delicado a sua criação sido fundamentada
e dedicado. Quatro companhias “na firme convicção de que o teatro
profissionais; quatro identidades profissional pertence a, e pode nutrir,
artísticas; variados objectivos; uma cada comunidade, por mais pequena e
palavra inerente a todas: Comunidade. por mais isolada que seja. Desde 1994,
Talvez aqui resista a diferença entre parte centenas de representações fizeram-se
das companhias da descentralização e em recintos públicos: no largo principal,
as companhias “da capital”, onde tal elo na festa do Município, na feira de
não é procurado. Para o PIM-TEATRO, artesanato, na festa da aldeia - para
por exemplo, a ligação à comunidade é os idosos em centros de dia, para as
a sua própria razão de existência. “Estar crianças na sala de aula, e para os 0
0
no PIM-TEATRO é mais que trabalhar veraneantes nas estações de veraneio
numa companhia, é abraçar um projecto da costa alentejana. Representar nestas
“Em 13 anos de trabalho o Pim-Teatro desenvolve um teatro
para crianças que não é infantil ou infantilizado mas que, pelo
artístico onde a arte e a comunidade situações é um acto de escolha. Como
seu valor estético e artístico, é um teatro para todos.” interagem numa relação simbiótica, grupo e como indivíduos dedicamo-nos à
ideia de teatro comunitário”. A itinerância,
é “o sangue que dá vida ao grupo” que
percorre um pouco todo o País, e, em
Odemira, o concelho mais vasto do país
e também um dos mais despovoados e
com a população mais dispersa”, o grupo
apresenta anualmente o seu espectáculo
itinerante principal nas aldeias, durante
o Verão, e visita cada uma das escolas
de ensino básico com um espectáculo de
Natal”.
Na Baal 17 o trabalho com e para a
comunidade onde se insere é imperativo.
Para além de trabalhar, se bem que
não em exclusivo, o mundo rural como
matéria de criação artística, a Baal 17,
para além das três produções anuais
estreadas em Serpa, percorre todo o
concelho com as mesmas, desenvolve um
Programa de Interacção Teatral Escolar,
organiza um Festival Cultural, sempre
com o objectivo da intervenção com e na
comunidade.
E será que esta busca constante
da ligação à comunidade pelas
companhias, faz com que exista a
“força” do desbravar caminhos, levar
Com Daimonian, em 2006, o Teatro do Mar
alcançou a almejada internacionalização. A
companhia radicada em Sines há 20 anos, mantém
como objectivo fazer teatro itinerante e para um
público jovem.
11. a Arte mais além, lutar para que o teatro tradições e o ruralismo. Mas, o trabalho
chegue a todos e a qualquer lugar, tendo final do Teatro do Mar, vocacionado para
para isso tantas vezes que trabalhar jovens audiências e para a rua mais
sem as condições necessárias ou ideais? particularmente, pode ser entendido por
Trazer as pessoas ao Teatro ou levar o públicos de um festival internacional no
Teatro às pessoas? estrangeiro, do Centro Cultural de Belém
Levar o teatro às pessoas é objectivo em Lisboa ou de qualquer pequena cidade
do Teatro ao Largo. De acordo com a do Alentejo”.
companhia, o objectivo para os próximos Mas será que persiste a ideia (errónea) de
anos é o “de consolidar o seu trabalho na que o Teatro que se faz fora da capital é
função de um grupo de teatro comunitário de algum modo inferior?
acessível, dedicado a levar espectáculos O Teatro do Mar acredita que se continua
de teatro enérgico e estimulante às zonas a alimentar esse preconceito, muito por
rurais. O Teatro ao Largo é um projecto a culpa do escasso, para não dizer inexistente
longo prazo. O grupo foi fundamentado na feedback do trabalho, por parte da crítica
firme convicção de que o teatro profissional e da imprensa. “Tendo em conta que
pertence a, e pode nutrir, cada comunidade, somos uma companhia descentralizada
por mais pequena e por mais isolada que e itinerante por excelência, outra das Em 1994, o inglês Steve Jonhston fundava o Teatro
ao Largo com base num modelo particular de teatro
seja”, estando, no entanto, conscientes de dificuldades que encontramos é o feedback comunitário itinerante, desenvolvido nos anos 70 na
Cornualha em Inglaterra.
que este “é um processo lento e cumulativo” do nosso trabalho junto da imprensa e
e que “só uma persistência obstinada e crítica especializada, concentrada nos
uma fidelidade constante ao objectivo grandes centros e sem facilidade de
durante muitos anos, produzirão resultados deslocação a outros pontos do país. Este portas à comunidade e desenvolver o seu
permanentes”. A Baal 17, a mais recente facto continua a alimentar o preconceito trabalho como associação é neste momento
das companhias sustentadas do Alentejo, generalizado de que o produto artístico a sua “luta”.
acredita profundamente que a criação criado fora das grandes cidades, sobretudo O círculo é vicioso: os promotores
de públicos se faz com a abertura da fora da capital, é de algum modo inferior. compram pouco e compram o que alcança
companhia à Comunidade. A postura de A este nível, no nosso caso particular, e de visibilidade dada pela imprensa. Sirva
como mote para incremento das vendas
ficar no palco à espera que a sala encha certo modo infeliz e ironicamente, temos
de espectáculos ou não, como aumento
não é nem pode ser profícua. O trabalho encontrado uma resposta muito mais
nas escolas, nomeadamente nas escolas positiva no estrangeiro do que no nosso da visibilidade da companhia ou não, o
isoladas do concelho, no ensino secundário, próprio país”. certo é que não pode continuar a ignorar
as digressões por localidades onde por Para além da dificuldade de afirmação, que Há Teatro no Alentejo, sobretudo
vezes nem os quadros eléctricos aguentam não junto da população, das pessoas que quando o panorama teatral do Alentejo
meia dúzia de projectores, o festival cultural conhecem o seu trabalho, mas junto de está “a crescer, a solidificar-se e a inovar-se
Noites na Nora e mais recentemente a quem compra e de quem dá a conhecer, sobretudo com o surgimento e afirmação
Mostra de Teatro Folha Caída têm também existe a claro, a maior das dificuldades: de novas companhias na região”, como
esse objectivo, o de revitalizar ou vitalizar o a financeira, como subscreve o Teatro sustenta o Teatro do Mar. De futuro, e
teatro no interior alentejano. do Mar. “Vivemos num país pequeno, também por “culpa” do Novo Regime
À pergunta existe uma forma de fazer com imensas restrições económicas, Jurídico de Apoio às Artes”, o panorama
teatro diferente no e para o Alentejo, que afectam o nosso principal mercado, actual, nomeadamente em relação aos
comparativamente ao trabalho desenvolvido constituído essencialmente por Câmaras apoio concedidos às estruturas, mudará.
no alentejo
pelas Companhias “da capital?, o Teatro Municipais. A nossa maior carência actual Esperemos que para melhor. Esperemos
do Mar revela alguma dificuldade em é a ausência de um espaço próprio onde que para um sistema que exija e dê em
AAL DOSSIÊ há teatro
responder objectivamente a esta questão. possamos apresentar o nosso trabalho, sem troca.
“Há companhias na capital que procuram os normais constrangimentos da utilização Sandra Serra
apresentar um repertório temático de de espaços públicos, que nos condiciona
características urbanas e outras não, em horários e enquadramentos com outras
há companhias descentralizadas que programações. Encontrar este espaço, após
procuram um teatro vocacionado para 20 anos de actividade, continua a ser um
públicos com menos acesso à cultura, e dos nossos maiores objectivos”. Do mesmo
outras não têm esse tipo de preocupações. objectivo “padece” a Baal 17, actualmente
é uma questão relativa. No nosso caso, com escritório no Cine-Teatro Municipal de
optamos por um repertório com temáticas Serpa, com uso de palco e de instalações,
universais. E, esteticamente, o resultado sujeitos a constrangimentos. Um espaço
do nosso trabalho espelha um pouco a próprio onde a Baal 17 possa
realidade ambivalente da nossa cidade ainda mais
de residência, Sines, que tem referências abrir as
urbanas em plena convivência com as suas
“Ary” é a 17.ª produção da Baal 17, uma companhia
que tem como projecto a procura de novas
aproximações e perspectivas no teatro como forma
de arte, inspirado no sentir das gentes, dos costumes,
da terra, criando uma resposta cultural, social e
educativa para a região.
12. BAAL DOSSIÊ nO tEAtRO
EnTRE OS CLÁSSiCOS
E AS nOVAS
DRAMATURGiAS
Entrevista por Carla Ferreira
HÁ
Foi a primeira companhia profissional portuguesa a fazer teatro fora da capital,
já lá vão 31 anos. Hoje, o Centro Dramático de Évora (Cendrev), que continua a
ter casa no Teatro Garcia de Resende, tem uma equipa estável e experimentada
ALEntEjO
que se orgulha do seu papel na formação de um público de “gosto apurado”,
apesar dos recursos financeiros, que se mantêm iguais desde há uma década.
O longo percurso, recorda José Russo, director da estrutura, tem passado por
uma produção própria, sempre muito próxima dos grandes textos da tradição
mundial teatral, mas também por um trabalho na área da programação, que vai
beber à sua rede de relações artísticas. Actualmente, as atenções viram-se para
os autores contemporâneos, de uma forma que nunca tinha sido experimentada
pela companhia – congregando novos dramaturgos, portugueses e espanhóis,
num espaço chamado Encontro de Teatro Ibérico, cuja quarta edição foi
cumprida recentemente.
Como avalia o período de vida actual do actividades culturais na cidade. Desde no Festival da Folha Caída] é disso um
Cendrev, companhia que foi pioneira, há 31 logo, por via da sua produção. Nós fazemos exemplo.
anos, na experiência de descentralização anualmente, em média, cerca de 200 E é também a vossa contribuição para
da actividade teatral? Expansão, representações, metade das quais em comemorar o centenário da morte do dra-
estabilidade, maturidade? évora, sendo que a outra é espalhada pela maturgo norueguês…
Expansão é difícil em Portugal, porque região, pelo País e também um pouco pelo Sim, essa é outra vertente. Para o ano, por
os meios de que dispomos são muito estrangeiro. Depois, pelo que organizamos exemplo, vamos estar envolvidos num pro-
reduzidos. A vontade de expansão, nós e fazemos acontecer na cidade, quer por jecto a propósito dos 300 anos do Goldoni.
manifestámo-la em 1990, quando tentámos via da programação, quer das relações Estamos ainda a conversar com o Teatro
fazer a fusão com o Teatro da Rainha, daí que temos com um conjunto de instituições, Nacional, que nos desafiou para fazer uma
resultando o Centro Dramático de évora quer ainda das co-produções em que nos co-produção, em que participa também o
(Cendrev). Isso pressupunha determinados envolvemos e das relações internacionais Teatro dos Aloés. Estes projectos também
compromissos do Estado em relação que temos com um conjunto de estruturas. são importantes. Estamos num País em que
a projectos e o Estado nunca assumiu Como têm conseguido equilibrar, ao nível do a actividade cultural, privada como a nossa,
esses compromissos. Concluindo, nós não repertório, aquilo que são as preferências carece muito de espaço público em termos
estamos numa fase de expansão, estamos de um público contemporâneo com o que de divulga-
numa fase de estabilização. Há um dado artisticamente consideram mais oportuno e ção. O
que para nós é importante: a experiência relevante em cada momento? facto
de muitos anos e uma equipa estável, Tem havido, nas nossas opções estéticas de
que é a alma deste projecto. Ao todo, e dramatúrgicas, uma aproximação clara
somos 24 pessoas, entre actores, técnicos, à abordagem dos clássicos, dos grandes
administrativos e pessoal auxiliar. é uma textos da tradição mundial teatral. Somos
estrutura que, tendo em conta a dimensão das companhias portuguesas que mais
da região, tem algum peso. espectáculos de Gil Vicente já montaram
Com três décadas de trabalho junto de uma – à volta de 18 – ou seja, já percorremos
comunidade, que é a cidade de évora e as uma boa parte da dramaturgia vicentina.
localidades próximas, é já possível avaliar Por um lado, Gil Vicente é uma grande
o impacto da vossa actividade na forma- referência no teatro português e até
ção e fidelização de públicos. O que é que europeu, e, por outro, permite-nos cumprir
concluem? um objectivo, que é a ligação directa com
Concluímos claramente que évora, hoje, o público do secundário, um dos nossos
tem um público com uma formação e públicos alvo. Paralelamente, mas com
um gosto extremamente desenvolvidos, menos importância, temos abordado
apurados. E isso resulta necessariamente autores contemporâneos, como Brecht.
de uma actividade regular que a cidade Este texto que vamos mostrar hoje, do
tem mantido. Nessa medida, o Cendrev Henrik Ibsen [“Um inimigo do
é um, senão o maior, agente promotor de povo”, apresentado em Serpa,
13. aproveitarmos estas efemérides é também comunitários vinham, cada vez mais, coisas que não faz porque as condições que
no sentido de ver se apanhamos a embala- a dificultar a existência de projectos a tem não o permitem. Temos apenas estes
gem de alguma coisa, para que possamos longo prazo, sendo que a nossa escola núcleo de pessoas e não podemos pensar
ter uma outra dimensão. funcionava a três anos, o tempo de duração em contratar mais. Essa é também uma das
Vêm também desenvolvendo uma relação de cada curso. A prova disso é que, nos razões por que recorremos, neste momento,
com Espanha, através do Encontro de Teatro últimos dois cursos que fizemos, só já a co-produções. é um problema estrutural.
Ibérico… tivemos financiamento para metade dessa E neste momento há dados que provam que
Vamos fazer agora [Dezembro] a quarta formação. O resto já decorreu de uma forma as estruturas de cultura contribuem mais
edição do Encontro de Teatro Ibérico, que muito precária, porque foi com base no para o PIB do que a indústria automóvel. No
é já o resultado de um percurso que temos nosso orçamento. entanto, continua a dizer-se que o teatro é
vindo a trilhar com algumas estruturas Pensam retomar esse projecto de formação? uma actividade subsidiária e o Orçamento
espanholas, nomeadamente em Sevilha. Não, porque a realidade nacional também de Estado volta a estar nos 0,4 por cento
Trata-se de um desafio mais ambicioso, se alterou, felizmente. Quando se criou a para a cultura, o que é terrível porque voltá-
que já resultou no Fórum Teatral Ibérico, Escola em évora, só existia o Conservatório mos para trás.
um projecto que junta gente de teatro e funcionava muito mal. Foi a primeira Es- Fale-me da vossa próxima peça, “Eunuco de
de Espanha – Madrid, Mérida, Sevilha, cola de Formação de Actores, logo em 1975. Inês de Castro”, do dramaturgo eborense
Badajoz – e de Portugal, não só de évora, Entretanto, já se constituíram muitas outras Armando Nascimento Rosa.
como também de Lisboa e de outras escolas. E para nós é muito difícil manter Essa é uma outra vertente do nosso
localidades. é um movimento que estamos um projecto de formação, nos moldes em trabalho, que é a de permitirmos que um
a fazer em torno das novas dramaturgias, que o tínhamos, se não houver financia- dramaturgo se junte a nós durante um ciclo
uma vertente nova tal como a estamos a mento. Já fazemos tanta coisa e a estrutura de trabalho. Esta é a terceira peça que
assumir agora. Nós sempre fomos fazendo não cresceu, pelo contrário, diminuiu… As vamos montar deste dramaturgo, nestes
autores contemporâneos, mas desta vez condições económicas são as mesmas de últimos três anos, e vamos estreá-la agora,
estamos a dar-lhe uma atenção particular há 10 anos; as comparticipações do Estado no dia 1 de Dezembro. Isto integra-se nesta
e a encontrar formas, do ponto de vista da não aumentaram e as da autarquia também lógica das novas dramaturgias. Queremos
organização e das iniciativas, que possam não, mantiveram-se. Nós não temos aumen- abrir também espaço para permitir lançar
potenciar e congregar essas dinâmicas tos na casa há cinco anos… nova gente, inclusivamente nesta área da
– chamar jovens dramaturgos, trabalhar Há quem defenda um tratamento diferente, escrita que, durante muitos anos, esteve
com eles, fazê-los juntar uns com os outros, em termos de financiamento do Estado, carente em Portugal. Este texto anda à volta
juntar portugueses com espanhóis. para as companhias com longos anos de re- do mito de Inês de Castro e de D. Pedro, um
Os Bonecos de Santo Aleixo vieram trazer conhecido serviço público, como o Cendrev. ícone do nosso espaço amoroso português,
uma nova dinâmica à vida da companhia, Concorda? conhecido mundialmente. é uma peça que
a partir da década de 80, tanto mais que Eu penso que, para além da existência dos se passa hoje, no “País do Mortos” e que
foram os impulsionadores também da Bie- teatros nacionais, no Porto e em Lisboa, coloca a tónica numa história, mais desco-
nal Internacional de Marionetas de évora. deveria haver uma pequena rede de centros nhecida, de que fala o Fernão Lopes na sua
Alguma vez vão deixar de lhes dar vida? dramáticos espalhados pelo País. Seriam crónica. Trata-se da relação amorosa de D.
Não é previsível que os deixemos de três ou quatro estruturas financiadas Pedro com um seu aio, o Afonso Madeira,
representar. Assumimos a responsabili- de uma outra forma, entre as quais nós que ele depois mandou capar por causa de
dade de fazer essa recuperação – com o entendemos que o Cendrev deveria estar, uma relação deste com uma dama.
mestre Talhinhas, o último bonecreiro, que com condições que permitissem desenvol-
já faleceu – e agora somos nós que temos ver estas estruturas, potenciando as suas
às costas a responsabilidade de manter capacidades. O Cendrev, ao longo destes
“Um Inimigo do Povo”, de Ibsen, Encenação de António
vivo este espólio da nossa cultura popular. anos, já provou uma série de coisas, e há Mercado. Fotografia de Paulo Nuno Silva. Cendrev 2006
A fórmula que hoje continuamos
nO ALEntEjO
a utilizar já vem de há mais de 20
anos. é um grupo de actores da
BAAL DOSSIÊ HÁ tEAtRO
companhia, entre os quais eu me
incluo, que vai prosseguindo este
trabalho, mas se calhar vamos ter
que adoptar uma outra fórmula,
constituir uma outra família. Esse
processo, de alguma maneira,
já estamos a fazê-lo. Os últimos
alunos da Escola de Formação de
Actores de évora já fizeram ate-
liers com os Bonecos, assim como
os estudantes da Universidade
de évora, que estão hoje no curso
de Estudos Teatrais. O que quer
dizer que já estamos, de alguma
maneira, a formar gente à qual
possamos recorrer um dia.
O que esteve na origem do fim da
Escola de Formação de Actores?
A escola terminou há quatro
ou cinco anos. Funcionava
com os dinheiros do Fundo
Social Europeu e os quadros
14. BAAL DOSSIÊ nO tEAtRO
BAAL DOSSIÊHÁ ALEntEjO
A PROPÓSiTO DA
MOSTRA DE TEATRO DE
SAnTO AnDRÉ
A AJAGATO realiza desde há sete anos a A AJAGATO, associação juvenil de Amigos do Gato AS é,
porventura, a associação/grupo de teatro de amadores
nO ALentejO
há teAtrO
Mostra de Teatro de Santo André. O projecto
cresceu e consolidou-se muito por força da a desenvolver mais trabalho no Baixo Alentejo. Uma das
adesão do público e do nível de exigência
suas principais actividades, a Mostra de Teatro de Santo
que este nos coloca cada vez mais.
Orgulhamo-nos de ter atingido um prestígio
André, vive várias dificuldades orçamentais, enquanto
significativo, que hoje nos abre portas para “na aldeia onde, há mais de quinhentos anos, Gil
um crescimento ainda maior, sempre dentro Vicente nasceu, fazem-se hoje récitas de Natal de uma
das limitações estruturais e financeiras em ingenuidade confrangedora…”
que nos movemos. Provámos assim que é
possível sonhar com um grande Festival que aguardam depois a atribuição dos Até podemos criar acontecimentos
de Teatro sedeado nesta região e que subsídios, por vezes com atrasos superiores episódicos de euforia ou fenómenos
corresponda de facto à dinâmica teatral que a um ano. sazonais de grande animação, com a
aqui criámos e à necessidade da população Tudo isto constitui um “colete-de-forças” vinda de gente de fora para aproveitar as
bem manifestada nos elevados números da de que não conseguimos sair sozinhos e ofertas programadas, mas no dia seguinte,
frequência média dos espectáculos. que não nos permite adequar a qualidade depois da debandada, o que é que restará?
Mas, no entanto, e apesar da contenção artística do projecto com a melhoria dos Podemos despertar entusiasmos mas quem 4
orçamental nos manter dentro de limites aspectos organizativos e a projecção que já enquadrará depois essa curiosidade e essa
quase ridículos para uma iniciativa desta merece e reclama. vontade de experimentar?
dimensão, nos últimos anos temos sido Então o que fazer? Continuar até à exaustão O objectivo principal é apenas preparar
confrontados com dificuldades acrescidas este processo, mendigando apoios, batendo e concretizar Planos de Actividades
de financiamento e de apoio logístico. a portas fechadas pela insensibilidade dando o “ar” de grande dinamismo
Depois os processos são muitas vezes e pelo autismo das instituições que ou, pelo contrário, provocar com elas o
marcados por grandes burocracias e confundem a dimensão dos projectos enriquecimento cultural, a coesão social, o
demoras perfeitamente incompreensíveis! e metem todos os pedidos no mesmo reforço da identidade das regiões?
Como compreender, por exemplo, que saco? Persistir ainda assim teimosamente Penso que, se queremos realmente elevar
o apoio (dos fundos comunitários) dado recorrendo às rotinas que liquidam toda a o nível cultural da população, temos de
ao projecto de animação teatral das actividade artística? fazer opções de fundo e adoptar estratégias
escolas do 1º ciclo, em que há alguns Estamos numa encruzilhada e teremos de de desenvolvimento real de dinâmicas
anos envolvemos todo o concelho, um ano clarificar as condições essenciais para a consistentes e duradouras. Teremos de
depois de concluído ainda não estivesse continuação do projecto! pensar mais na “Escola” do que na “Festa”,
completamente pago? Como gerir os apoios na “Sementeira” do que no “Banquete”, na
da autarquia que são atribuídos sem data Acentua-se cada vez mais a macrocefalia valorização do “Trabalho” do que no recurso
prevista para a disponibilização efectiva das cultural deste país, ou pelo menos a sistemático à “Improvisação”.
verbas e acumulam atrasos sucessivos que existência de duas divisões distintas. Não podemos continuar a esgotar os
desvirtuam em muito a sua eficácia? Como Que política de desenvolvimento cultural recursos financeiros com actividades
rentabilizar os protocolos de cooperação queremos afinal para este Portugal B? do tipo “fogo de vista”, numa política de
assinados em Julho e disponibilizados em comprar tudo feito, propostas geralmente
Setembro do ano a que respeitam, quando 1.Um desenvolvimento integrado e seleccionadas com um critério duvidoso e
80% das actividades já estão realizadas? sustentado, mas também ambicioso destinadas apenas a assinalar o momento,
Como chegar às verbas que o Estado e exigente, apoiado nas estruturas no dia seguinte já cá não estarão e voltamos
disponibiliza para o apoio aos projectos associativas locais e nas dinâmicas todos ao mesmo...
culturais, como são os financiamentos culturais já existentes. Entretanto, para consumo interno,
do IPAE, sem uma estrutura de produção 2.Ou uma gestão corrente de iniciativas alimentamos o ego com as mesmas
qualificada, ou, o que é mais perverso, sem avulsas, com a comemoração de datas estafadas iniciativas, esvaziadas de sentido
um padrinho que nos leve pela mão… mais ou menos importantes onde se escoam pela própria rotina e pequenez, como
grande parte dos recursos económicos do acontece nas escolas com as festinhas que
Deste modo, a Mostra fez-se nos dois erário público? teimosamente fazemos duas ou três vezes
últimos anos à custa de um esforço por ano…
pessoal cada vez maior dos organizadores Será que basta contratar técnicos e injectar
e da capacidade de financiamento da dinheiro e meios logísticos num punhado Na aldeia onde, há mais de quinhentos
Associação que assumiu parte significativa de iniciativas compradas por catálogo aos anos, Gil Vicente nasceu, fazem-se hoje
das despesas (em 2006 assegurámos agentes artísticos nacionais para que a récitas de Natal de uma ingenuidade
3.157,96€ num valor global de 17.487,96€) estrutura social e cultural se transforme e confrangedora…
e adiantando verbas ainda mais elevadas enriqueça? Mário Primo
15. MÁRiO BARRADAS
UM HOMEM nO TEATRO
Actor, encenador, pedagogo, director, Mário Barradas foi, aos 75 anos,
homenageado pelo CENDREV- Centro Dramático de Évora, casa que ele
construi, ainda como Centro Cultural de Évora, em 1975 – era a primeira
companhia da descentralização. Uma descentralização que, de acordo com
Mário Barradas, “nunca resultou em Portugal”. “Um Homem no Teatro” é o
título da monografia que recolhe testemunhos, histórias e memórias de uma
vida ligada ao teatro e sobre a qual a Baalzine conversou com o “velho”.
Mário Barradas nasceu em Ponta Delgada, em 1931. “desviar a atenção PIDE que naqueles anos andava
Licenciou-se em Direito, na Universidade de Lisboa, bastante activa”. Em Dili viria a conhecer a sua esposa,
em busca de um curso “mais rentável”. Mas a Arte Joana Pessoa. “Estava o Mário a dizer a belíssima Ode
Dramática estava-lhe no sangue, desde a altura do ao Mar de Vitorino Nemésio. Foi amor à primeira vista”,
liceu, onde começou, “como toda a gente”, mas recorda Joana Pessoa em “Um Homem no Teatro” na
“bem”, adverte, com Gil Vicente, Almeida monografia. Acabou por fundar um grupo de teatro em
Garret. Aos 22 anos, em Março de 1954, Timor e levar à cena “A Farsa de Mestre Pathelin”.
dia da luta anti-colonial, Mário Barradas Parte para Moçambique, onde abre um consultório de
seria “empurrado” para a sua primeira advocacia. “Mas cedo se deu conta de que a advocacia
encenação, no Clube Marítimo de Lisboa, não preenchia a alma do Mário Barradas. A sua paixão
5 com um texto de um poeta guineense era o teatro”, como revive o amigo António de Almeida
que “não passou pela censura”. Santos, na monografia. Criou o Teatro Amador de
“Embora eu não fosse das colónias, Lourenço Marques (TALM), onde levou à cena 19 peças.
era considerado como tal. Em Numa delas, “A História do Jardim Zoológico”, de
Coimbra as pessoas pensavam Albee, em 1966 – “muito antes de aqui terem descoberto
que era Angolano”, recorda o Albee” – teve a visita especial de Sá Machado, que
Mário Barradas. foi presidente da Gulbenkian e director dos Serviços do
Recusou-se a seguir Ultramar à altura. “Nesse dia ele disse-me: ‘você tem
o caminho do teatro de ir para o teatro, gostei muito do espectáculo’”.
profissional em Portugal, “Advoguei em Moçambique durante seis anos, até que
“numa malha censória um dia decidi que não podia ser mais. Não aguentava
muito apertada”, numa nem o escritório nem o ritmo. Saía dos ensaios à meia-
altura em que, recorda, noite e ia para o escritório redigir minutas até às três da
“fazer teatro em manhã. Tratei de tudo, não disse nada nem à família.
nO ALEntEjO
Portugal era um horror. Escrevi para Estrasburgo disseram que me aceitavam,
As únicas pessoas que mas que tinha de lá ir para uma entrevista e prestar
AAL DOSSIÊ HÁ tEAtRO
fizeram algum teatro, uma prova. Comprei o bilhete de avião e dois dias antes
foram a Amélia Rey disse à família que ia para Lisboa. Já tinha dois filhos
Colaço e o Robles pequenos”. Partiu para a escola do Teatro Nacional de
Monteiro que tiveram Estrasburgo, fonte da descentralização teatral francesa,
a coragem de renovar como bolseiro da Gulbenkian e onde viria leccionar.
um pouco o repertório Foi em França que Mário Barradas percebeu o que
do teatro português era a descentralização teatral: “a única maneira de
com o Shaskespear e desenvolver a este nível um País”, mas, “infelizmente,
outros. Foram as únicas em Portugal, nunca ninguém percebeu isso, pelo menos
pessoas que tiveram alguma os governantes”, lamenta.
capacidade, sempre com Em 1917 regressa a Portugal convidado por Madalena
muito cuidado e as peças Perdigão para fazer parte da Experiência Pedagógica
vinham cheias de cortes realizada no Conservatório Nacional, do qual foi
da censura. De resto director entre 1972 e 1974. “Em 1974”, relembra, “julguei
recusei-me sempre a ir que finalmente isto ia mudar”. Um ano mais tarde,
para o teatro profissional em 1975, criava o Centro Cultural de évora, dando-
nestas condições”. se também início ao “processo sinuoso, pejado de
Seguiu para Timor, em contradições e equívocos” da descentralização teatral.
cumprimento do serviço (Mário Barradas, in Adágio, n.15/16).
militar, e para o qual se tinha “Hoje há umas pequenas companhias na província,
Mário Barradas.
Foto de Paulo Nuno Silva oferecido, também, para não tenho a certeza que as escolhas sejam as mais