2. A cartografia é a área do
conhecimento que procura estudar,
analisar e produzir mapas,
cartogramas, plantas e demais tipos
de representações espaciais.
Por meio da cartografia, quaisquer
levantamentos (ambientais,
socioeconômicos, educacionais, de
saúde, etc.) podem ser represen-
tados espacialmente.
Não se pode esquecer, no entanto,
que os mapas, como meios de
representação, traduzem os
interesses e objetivos de quem os
propõe, podendo se aproximar ou se
afastar da realidade representada.
3. CARTOGRAFIA É A TÉCNICA DE
CONFECCIONAR MAPAS.
PODER
• ESTRATÉGIA DE GUERRA;
• CONHECER E PONTUAR RIQUEZAS
NATURAIS;
• APONTAR OS MELHORES ESPAÇOS PARA AS
ATIVIDADES
• ECONÔMICAS; ETC.
4. Neste tipo de projeção ocorre distorção crescente conforme se
eleva as latitudes (norte e sul), como consequência os territórios
ficam desproporcionais ao seu real tamanho, gerando
interpretação equivocada da dimensão.
5. Muito antes de escrever, o ser humano já
desenhava Mapas. Imagina-se que , na
Pré-história, o mapas tivessem como
função registrar os caminhos e locais de
caça por onde passavam os povos
nômades.
Um dos mapas mais antigos de que se tem
conhecimento foi encontrado na região da
Mesopotâmia, entre os rios Tigre e
Eufrates, onde atualmente fica o Iraque.
O mapa possui aproximadamente 8 cm de
altura e 7 com de largura, foi
confeccionado artesanalmente em argila
entre os anos 3.500 e 2.500 a.C..
Ele foi encontrado nas ruínas da antiga
cidade de Ga-sur e, por isso, recebeu o
nome de Mapa Ga-sur.
6.
7. GLOBO - representação sobre
uma Superfície Esférica, em
Escala Pequena, dos Aspectos
Naturais (bacias, rios, mares,
lagos, montanhas, serras,
planaltos, chapadas etc.) e
Artificiais (elementos físicos
criados pelo homem) de uma
figura planetária, com finalidade
cultural e ilustrativa.
MAPA - representação sobre uma
Superfície Plana, em Escala
Pequena, dos aspectos naturais e
artificiais de uma figura
planetária, com finalidade
cultural e ilustrativa.
CARTA - representação no plano, em
Escala Média ou Grande, dos aspectos
artificiais e naturais de uma área
tomada de uma determinada superfície
do planeta. Permitem transmitir
informações mais detalhadas.
PLANTA - é um caso particular de carta
onde o desenho é puramente
topográfico. A representação se
restringe a uma área muito limitada e
a escala é grande. Permitem Informar
sobre um espaço menor com grande
riqueza de detalhes.
8.
9. Ao longo do tempo, o ser
humano foi descobrindo e
ocupando novas áreas na
superfície terrestre. Os Pontos
Cardeais e Colaterais foram
criados.
Pontos Cardeais: Norte, Sul,
Leste e Oeste.
Pontos Colaterais: Nordeste –
NE, Sudeste – SE, Noroeste –
NO ou NW e Sudoeste – SO –
SW.
10. Para melhor localizar um ponto na superfície terrestre, foi criado
um sistema de coordenadas geográficas. Esse sistema corresponde
a uma rede de referencia formada por linhas imaginárias.
Meridianos: traçados no sentido Norte-Sul
Paralelos: traçados no sentido Leste-Oeste paralelamente à linha
do Equador
11. LATITUDE: A latitude de um ponto qualquer na superfície terrestre é a distância,
medida em graus, entre o Equador e o ponto considerado, variando de 0 a 90
para norte ou para sul.
LONGITUDE: A longitude de um ponto qualquer na superfície terrestre é a
distância, medida em graus, entre esse ponto e o meridiano de Greenwich,
variando de 0 a 180 para leste ou para oeste.
12. São linhas imaginárias traçadas
horizontalmente sobre o globo terrestre,
dando uma volta completa sobre ele.
Elas recebem esse nome por serem paralelas ao
Equador, sobre o qual foi delimitada a Linha do
Equador, que divide a Terra em Hemisfério
Norte e Hemisfério Sul.
Os paralelos têm como principal função a
medição das LATITUDES. Além da Linha do
Equador, o principal paralelo, existem outros
paralelos notáveis que são utilizados como
referência na localização e orientação no espaço
e apresentam outras funções, como a
demarcação das zonas térmicas do planeta.
Veja abaixo as coordenadas de latitude de cada
um deles:
Círculo Polar Ártico: 66º33’ N.
Trópico de Câncer: 23º27’ N.
Linha do Equador: 0º
Trópico de Capricórnio: -23º27’ S.
Círculo Polar Antártico: -66º33’ S.
13. Os meridianos são linhas imaginárias
traçadas verticalmente sobre o globo
terrestre, perpendicularmente aos paralelos.
Diferentemente dos paralelos, os meridianos
descrevem um meio círculo e se encontram,
todos, nos dois polos terrestres.
Em função disso, todos os meridianos
possuem o mesmo tamanho.
Os meridianos têm como principal função a
determinação das LONGITUDES.
Apresentando longitude de 0°, o Meridiano
de Greenwich é o meridiano de referência
para o sistema de coordenadas geográficas,
na determinação das longitudes, e também
para a contagem dos fusos horários.
14.
15.
16. As coordenadas geográficas de um
determinado ponto no espaço podem
ser identificadas por meio do
cruzamento de um paralelo e de um
meridiano, que indicam em qual
latitude e longitude,
respectivamente, aquele referencial
está situado na superfície terrestre.
17.
18.
19. É a forma pela qual uma superfície esférica (no caso, a Terra) é
representada num plano, ou seja, no mapa. Por representarem uma
superfície esférica, apresentam deformações, sendo assim, nenhuma
representa fielmente essa superfície, pois nunca estará livre de
distorções.
20.
21. Não há como evitar as deformações do globo e, por isso, classifica-se cada tipo
de projeção de acordo com a característica que permanece correta:
Projeção conforme: são as projeções em que há o cruzamento de
paralelos e meridianos em ângulos retos. Nesse tipo de projeção, os
ângulos são conservados e as áreas apresentam deformações.
Projeção equivalente: são as projeções que apresentam bastante
deformidade em torno de um ponto devido à variação da escala. Nesse
tipo de projeção, há conservação das áreas e distorção dos ângulos.
Projeção equidistante: são as projeções que não apresentam
deformidades lineares, ou seja, as distâncias estarão condizentes com a
realidade apenas em uma direção. Nesse tipo de projeção, preserva as
distâncias, mas deforma as áreas e os ângulos.
Projeção afilática: são as projeções que não preservam forma, ângulo,
distância ou área, ou seja, não há conservação das propriedades. Porém,
nesse tipo de projeção, há minimização das deformações em conjunto.
22. Corresponde à projeção em que a superfície terrestre é projetada
sobre um plano tocante. O ponto tocante ao plano normalmente
representa ou o polo norte ou o polo sul. Nessa projeção, os
paralelos e meridianos são projetados formando círculos
concêntricos.
Essa projeção pode ser de três tipos: polar, equatorial e oblíqua.
É normalmente utilizada para representar áreas menores.
As Projeções azimutais são as mais usadas geopoliticamente, pois
podem realçar o “status” de um país em relação aos demais da Terra;
O emblema da ONU é uma projeção azimutal.
• Símbolo da ONU
23. É obtida com a projeção da superfície terrestre, com os paralelos e
os meridianos, sobre um cilindro em que o mapa será desenhado;
A projeção cilíndrica conforme conserva a forma dos continentes,
direções e ângulos, mas altera a proporção das superfícies;
A projeção cilíndrica equivalente preserva o tamanho real da
superfície representada, mas não mantém as formas, direções e
ângulos.
24. Um cone imaginário em contato com a esfera é a base para
a elaboração do mapa;
Os meridianos formam uma rede de linhas retas
convergentes nos polos e os paralelos formam círculos
concêntricos;
É mais utilizada para representar as latitudes médias,
pois somente as áreas próximas do Equador aparecem
retas;
25. Projeção Cilíndrica e conforme
(Preserva as Formas);
Bastante utilizada na navegação
marítima; Bela Representação do
litoral;
Os ângulos representados são
idênticos aos do globo. As formas
terrestres são representadas sem
distorções, porém com alterações
no tamanho de suas áreas.
Mapa Eurocêntrico
26. Projeção Cilíndrica e equivalente
(Preserva as áreas);
Apresentada em 1973 integra o conjunto
de iniciativas promovidas em busca de
uma projeção politicamente mais
adequada, na qual Terceiro Mundo fosse
fortalecido, mostrando seu tamanho real
em relação ao chamado Primeiro Mundo;
Mantém a dimensão proporcional das
terras emersas.
As áreas se mantêm proporcionalmente
idênticas às do globo terrestre, embora as
formas estejam deformadas em
comparação com a realidade.
27. Foi elaborada pelo geógrafo e
cartógrafo americano Arthur H.
Robinson (1915-2004). Esse tipo de
projeção cilíndrica e afilática, altera
as formas e as áreas dos continentes.
Por isso, ela está na categoria de não
equivalente e não conforme.
Nela, os meridianos são as linhas
curvas, enquanto os paralelos, as
linhas retas. Atualmente, esse modelo
é o mais utilizado para representar o
Mapa Mundi, sendo, portanto, a mais
conhecida.
28. PROJEÇÃO DE GOODE
PROJEÇÃO DE AITOFF - MOLLWEIDE
• É uma projeção descontínua, pois
tenta eliminar várias áreas
oceânicas. Goode coloca os
meridianos centrais da projeção
correspondendo aos meridianos
quase centrais dos continentes
para lograr maior exatidão.
• Tem formato elíptico; Muito
utilizada na confecção de
planisfério;
• As zonas centrais apresentam
grande exatidão, tanto em área
como em configuração, mas as
extremidades apresentam grandes
distorções.
• É equivalente, ou seja, conserva a
proporção das terras continentais,
mas altera as suas formas.
29.
30. Converte números e
estatísticas em
mapas;
As áreas de um país
ou continente
assumem o tamanho
proporcional ao dado
que se quer
REPRESENTAR.
Mapa - representa cada parte do
mundo com uma dimensão proporcional à
renda per capita.
31.
32.
33. ESCALA É a razão entre a distância no
mapa e distância real.
TIPOS DE ESCALA
GRÁFICA NUMÉRICA
ESCALA
1:30.000.000
34. Escala cartográfica é a razão entre as dimensões da superfície
real e a sua representação no plano.
Serve para a confecção de plantas e de mapas, além de indicar o
quanto uma área foi reduzida para que pudesse ser representada
graficamente na superfície plana.
A escala cartográfica é um elemento obrigatório dos mapas.
Existem dois tipos de escala: gráfica e numérica.
O cálculo da escala é feito da seguinte maneira: E = d/D, sendo:
d = dimensões no mapa;
D = dimensões reais, no terreno.
35. É representada por meio de
uma reta graduada em
centímetros que indica a
relação entre as distâncias
reais e as distâncias no mapa.
No caso da escala gráfica, as
distâncias reais podem estar
indicadas em qualquer
unidade de medida: metros,
quilômetros, centímetros.
A sua leitura sempre será da
mesma forma: cada
centímetro no mapa
representa uma distância x no
terreno.
36. A escala do mapa do Brasil
produzido pelo IBGE que
aparece na figura.
A escala gráfica indica que
cada centímetro
representado no mapa
corresponde a 250 km na
superfície real.
Dois centímetros são
equivalentes a 500 km,
três centímetros são 750
km na realidade, e assim
sucessivamente.
37.
38.
39. Indica a proporção entre as medidas no mapa e as medidas
na superfície real.
Diferentemente da escala gráfica, na numérica, as
dimensões reais são sempre expressas em centímetros.
Veja, a seguir, alguns exemplos de escala numérica:
1:5000 = indica que cada centímetro do mapa corresponde a
5000 centímetros no terreno, o que seria equivalente a 50
metros.
1:50.000 = nessa escala, cada centímetro no mapa
corresponde a 50.000 centímetros na realidade, ou 0,5
quilômetro.
1:5.000.000 = cada centímetro no mapa representa 50
quilômetros na realidade.
1:25.000.000 = é a escala numérica do mapa do Brasil que
apresentamos acima. Cada centímetro no mapa corresponde
a 25 milhões de centímetros na realidade, ou 250
quilômetros.
40. Ex: Escala 1:30.000.000
Essa escala indica que 1 cm no mapa corresponde a 30.000.000 de cm
na realidade.
Convertendo os centímetros em quilômetros, obtém-se:
KM HM DAM M DM CM MM
1 cm = 30.000.000 cm = 300 km.
Ou seja, 1 cm no mapa corresponde a 300 km na realidade.
41. (Enem 2011) Sabe-se que a distância real, em linha reta, de uma cidade A,
localizada no estado de São Paulo, a uma cidade B, localizada no estado de
Alagoas, é igual a 2.000 km. Um estudante, ao analisar um mapa, verificou com
sua régua que a distância entre essas duas cidades, A e B, era 8 cm. Os dados nos
indicam que o mapa observado pelo estudante está na escala de:
(A) 1 : 250
(B) 1 : 2.500
(C) 1 : 25.000
(D) 1 : 25.000.000
42. A questão solicita ao candidato para calcular a escala numérica do mapa. Na representação
acima, a distância real entre a cidade A, localizada no Estado de São Paulo, e a cidade B,
situada em Alagoas é de 2.000 km, medidos no mapa em uma distância de 8 cm.
Como queremos descobrir a escala numérica do mapa, elaboremos então uma Regra de Três
com os dados contidos no enunciado:
1 _________________ x (valor da escala numérica que queremos descobrir)
8 cm ______________ 2.000 km
Para realizar o cálculo, primeiramente é necessário transformar todos os dados em cm:
2.000 km –> cm
km hm dam m dm cm mm
= 200.000.000 cm
Vamos resolver então a regra de três com todos os dados na unidade de cumprimento
correta:
1 ____________ x
8 ________ 200.000.000
200.000.000 = 8.x
200.000.000/8 = x
25.000.000 = x
Como o valor de x é 25.000.000, a escala numérica do mapa é de
1:25.000.000, ou seja, 1 centímetro no mapa corresponde a 25.000.000
cm de distância real representada.
43. MENOR DENOMINADOR MAIOR A ESCALA ESCALA GRANDE
• Quanto menor o denominador, maior será a escala.
• Maior riqueza de detalhes do mapa e melhor visualização dos locais.
• Ex: 1/100.000 é uma escala maior que 1/500.000, uma vez que, em
1/100.000, 1 cm representa os eventos ou locais na distância de 1 km,
enquanto na outra escala o mesmo centímetro representa os eventos ou
locais na distância de 5 km.
MAIOR DENOMINADOR MENOR A ESCALA ESCALA PEQUENA
• Quanto maior o denominador, menor será a escala.
• Maior será a área mapeada e menos detalhes serão destacados.
Ex: O globo terrestre somente pode ser representado com uma escala
muito pequena, proporcionando um detalhamento sempre pequeno.
44.
45. Amplamente utilizadas para
representar o relevo terrestre, as
curvas de nível são linhas
imaginárias que unem pontos
com a mesma altitude em
determinada superfície.
Quando representam uma área
com terreno muito íngreme,
essas curvas se apresentam
muito próximas umas das outras;
quando representam um terreno
pouco íngreme, aparecem mais
distantes.
Assim, as formas das curvas de
nível são determinadas em
função da natureza da topografia
do terreno.
46.
47. É a técnica de obtenção
de informações acerca
de um objeto, área ou
fenômeno localizado na
Terra, sem que haja
contato físico com o
mesmo. As informações
podem ser obtidas
através de satélites.
48. Mais conhecido pela sigla GPS.
É um sistema de navegação por
satélite que fornece a um
aparelho receptor móvel a sua
posição, assim como o horário,
sob quaisquer condições
atmosféricas, a qualquer
momento e em qualquer lugar na
Terra;
49. É um dos métodos utilizados para
o mapeamento da superfície
terrestre.
O voo fotogramétrico é realizado
por uma aeronave, na qual é
acoplada uma câmera
fotogramétrica que cobre toda a
área a ser mapeada.
Para obter uma cobertura
completa do terreno a ser
representado, as fotografias
aéreas são tomadas de modo
sobreposto. Com o auxilio de um
aparelho fotogramétrico, realiza-
se a restituição, processo de
confecção do mapa, através de
um modelo tridimensional.