1. A Sociedade do Espetáculo revisitada
João Freire Filho
RESENHA – ATIVIDADE A1
NOME: Laura C. Nogueira Cruz RA: 2375915 TURMA: 092204A10
Tecnologia da Informação e Comunicação na Educação – Prof. Euclides
Em “A sociedade do espetáculo revisitada”, João Freire Filho questiona o conceito
de “espetáculo”, que seria o fenômeno pelo qual a sociedade vêm passando, onde
as imagens tomam o lugar do real, moldando nossa percepção de mundo, nos
privando da naturalidade. Focando na obra de Guy Debord, ele critica como Debord
trata esse fenômeno como um agente de manipulação das massas, transformando
a sociedade em mercadoria, onde as necessidades do homem são formadas pela
pressão social causada pelas imagens (publicidade).
Freire Filho, então, coloca essa rede de imagens mediada pela tecnologia digital não
como um meio de manipulação do capitalismo, mas pelo contrário, um mecanismo
para revolução do que seria o “proletariado”, onde os jovens que tem acesso à esse
meio podem utiliza-lo de forma completamente livre, contra a publicidade, contra o
capitalismo, até mesmo contra o governo. “Fico imaginando, a propósito, qual seria a
reação de Debord caso pudesse testemunhar os trabalhos de perfil político e antiinstitucional
de dezenas de ‘coletivos’ de jovens artistas brasileiros [...]”. A tecnologia digital é, sem
dúvidas, um espaço de autonomia e hoje em dia isso é até mesmo questionado: a
internet é uma terra sem leis. O que dizer do ciber-crime? Como Freire Filho pontua,
essas movimentações são incontroláveis.
Pontuo, por fim, que o ser humano possui essa necessidade natural de encenar,
representar, mostrar sua criatividade. E essa evolução tecnológica para o fenômeno
imagético atual é apenas a saciedade dos desejos do próprio homem. Com as redes
atuais como Facebook e Instagram principalmente, o homem está o tempo todo
“espetacularizando” a si mesmo, representando e encenando sua realidade
individual. Esse mecanismo onde todos podem ter voz acaba sendo muito mais
benéfico que maléfico. Porém, como Freire Filho pontua ao final, não podemos
deixar de refletir sobre a ação do mercado nesse meio como Debord – apesar de
equivocado – coloca em A Sociedade do Espetáculo.