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As soluções do vento gradiente

1. Definições

No sistema de coordenadas naturais a coordenada s está alinhada com a direção local do
vento horizontal (V) , enquanto que a coordenada n está perpendicular a s e apontando para à
esquerda (figura I). Os vetores unitários são t e n, respectivamente.




                Figura 1. Esboço da definição do sistema de coodenadas naturais.

A consequência dessa escolha é que

                         ⃗   (     )                                  ( )

onde o valor da componente, na direção de s, é V a qual é sempre positiva e o valor da
componente na direção n é sempre 0.

Para o vento gradiente frequentemente precisaremos do raio de curvatura (R).




           Figura 2. Definição dos valores positivo e negativo do raio de curvatura (R).
Se o centro do círculo está na mesma direção de n, então o raio de curvatura (R) é positivo, se
está apontando na direção oposta de n, R é negativo (figura 2).




2. A equação do vento gradiente

No sistema de coordenadas naturais a equação para o vento gradiente é


                                  √                                   ( )


ou


                                  √                                   ( )




Como ambos R e            podem positivos ou negativos e temos o sinal       na frente da raiz
quadrada, há 8 possíveis combinações na equação (3). Temos que manter em mente, não
importa como, V deve sempre ser positivo, afim de ter uma solução fisicamente real.




3. Soluções para a equação do vento gradiente

Analisemos a equação (3) e dividimos como segue


                                         √


com       √
Solução 1                                      A < 0, então V < 0: sem solução
                                               fisicamente real
R > 0: rotação ciclônica

             : pressão aumentando para
dentro

 √

Análise:

D > 0, então B < fR/2


Solução 2                                      A < 0, então V <<0: sem solução
                                               fisicamente real
R > 0: rotação ciclônica

               pressão     aumentando   para
dentro

 √

Análise:

D > 0, então B < fR/2




Solução 3

R < 0: circulação anticiclônica

             : pressão aumentando para fora

 √

Análise:

D < 0, então B > fR/2

A > 0, então V >> 0: baixa pressão
antibárica
Solução 4

R < 0: rotação anticiclônica

            pressão aumentando para fora

 √

Análise:

D < 0, então B > f|R|/2

A > 0, então V < 0: sem solução
fisicamente real




Solução 5                                     A < 0, então V > 0: sistema de baixa
                                              pressão normal
R > 0: rotação anticiclônica

              pressão     diminuindo   para
dentro

 √

Análise:

D < 0, então B > fR/2
Solução 6                                            A < 0, então V < 0: sem solução
                                                     fisicamente real
R > 0: rotação ciclônica

              pressão      diminuindo   para
dentro

 √

Análise:

D < 0, então B > fR/2



Solução 7

R < 0: rotação anticiclônica

            pressão diminuindo para fora

 √

Análise:

D > 0, então B > f|R|/2

A > 0, então V >> 0: sistema de alta
pressão anômala




Solução 8

R < 0: rotação anticiclônica

            pressão diminuindo para fora

 √

Análise:

D > 0, então B < f|R|/2

A > 0, então V > 0: sistema de alta pressão normal
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  • 1. As soluções do vento gradiente 1. Definições No sistema de coordenadas naturais a coordenada s está alinhada com a direção local do vento horizontal (V) , enquanto que a coordenada n está perpendicular a s e apontando para à esquerda (figura I). Os vetores unitários são t e n, respectivamente. Figura 1. Esboço da definição do sistema de coodenadas naturais. A consequência dessa escolha é que ⃗ ( ) ( ) onde o valor da componente, na direção de s, é V a qual é sempre positiva e o valor da componente na direção n é sempre 0. Para o vento gradiente frequentemente precisaremos do raio de curvatura (R). Figura 2. Definição dos valores positivo e negativo do raio de curvatura (R).
  • 2. Se o centro do círculo está na mesma direção de n, então o raio de curvatura (R) é positivo, se está apontando na direção oposta de n, R é negativo (figura 2). 2. A equação do vento gradiente No sistema de coordenadas naturais a equação para o vento gradiente é √ ( ) ou √ ( ) Como ambos R e podem positivos ou negativos e temos o sinal na frente da raiz quadrada, há 8 possíveis combinações na equação (3). Temos que manter em mente, não importa como, V deve sempre ser positivo, afim de ter uma solução fisicamente real. 3. Soluções para a equação do vento gradiente Analisemos a equação (3) e dividimos como segue √ com √
  • 3. Solução 1 A < 0, então V < 0: sem solução fisicamente real R > 0: rotação ciclônica : pressão aumentando para dentro √ Análise: D > 0, então B < fR/2 Solução 2 A < 0, então V <<0: sem solução fisicamente real R > 0: rotação ciclônica pressão aumentando para dentro √ Análise: D > 0, então B < fR/2 Solução 3 R < 0: circulação anticiclônica : pressão aumentando para fora √ Análise: D < 0, então B > fR/2 A > 0, então V >> 0: baixa pressão antibárica
  • 4. Solução 4 R < 0: rotação anticiclônica pressão aumentando para fora √ Análise: D < 0, então B > f|R|/2 A > 0, então V < 0: sem solução fisicamente real Solução 5 A < 0, então V > 0: sistema de baixa pressão normal R > 0: rotação anticiclônica pressão diminuindo para dentro √ Análise: D < 0, então B > fR/2
  • 5. Solução 6 A < 0, então V < 0: sem solução fisicamente real R > 0: rotação ciclônica pressão diminuindo para dentro √ Análise: D < 0, então B > fR/2 Solução 7 R < 0: rotação anticiclônica pressão diminuindo para fora √ Análise: D > 0, então B > f|R|/2 A > 0, então V >> 0: sistema de alta pressão anômala Solução 8 R < 0: rotação anticiclônica pressão diminuindo para fora √ Análise: D > 0, então B < f|R|/2 A > 0, então V > 0: sistema de alta pressão normal