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Santo Amaro – Bahia, 2012
ECO ALDEIAS OU COMUNIDADES AUTO SUFICIENTES E SOLUÇÕES
ENERGÉTICAS RENOVÁVEIS (SSC).
*Angeles López Agüera (PQ) 1,2,6, *João Domingues Azevedo (PQ) 1,6, *Daniel
Rey Rey(PQ)1,2,8, Iago Rodríguez Cabo (PQ) 1,2, Vicente Gándara Villadoniga
(PQ)1, Esteban Vieites Montes (PQ)1, Juan Peralta(PQ)1,3 , Ian Sosa (PQ)1,5,
Jose Guerra (PQ)6, Maria Alguacil (PQ)7,
Department of Particle Physics & Galician Institute of High Energy Physics.
1 Sustentable Energetic Applications Group. 2 Astroparticle Group.
Physics Faculty, Santiago of Compostela University
Rúa Xosé María Suárez Núñez. s/n 15782. Santiago of Compostela (Spain)
Phone/Fax number: 0034 981563100 ext.. 14000, e-mail:
(daniel.rey.rey@gmail.com,a.lopez.aguera@gmail.com, patico@iol.pt )
3
Escuela Superior Politecnica del Litoral Centro de Desarrollo Tecnologico SustentableVia Perimetral
30.5 Km, Guayaquil Ecuador Phone/Fax number: 00530042269359 cdts@espol.edu.ec
4
Universidad Nacional de Colombia. Facultad de Arquitectura.Carrera 45 N° 26-85 - Edificio Uriel
Gutiérrez
Bogotá D.C. – Colômbia
5
Instituto Tecnológico de Sonora. 5 de Febrero 818 Sur, Col. Centro, Ciudad Obregón, Sonora,
México.
6
Escuela de Arquitectura, Universidad Católica del Norte Antofagasta, Chile
7
Universidad Nacional de Cuyo. Instituto de la Energía. Centro Universitario .M5502JMA. Mendoza,
Argentina
8
Universidade Federal de Bahia. Salvador de Bahía, Brasil
Palavras-chave: Eco aldeias, renováveis, necessidades
INTRODUÇÃO
Um projeto multidisciplinar focada no desenvolvimento de comunidades auto-
suficientes é apresentado. O objetivo final é implementar um protocolo de ações
inter-relacionadas capazes de provar que soluções integrais comuns com base em
energias renováveis e desenvolvimento sustentável, podem satisfazer as exigências
de comunidades e aumentar a sua resiliência. Além disso, será reproduzido em
outras comunidades com diferentes condições geográficas, sociais e econômicas,
tornando-as tão auto-suficientes e resilientes quanto possível de forma a melhorar a
sua qualidade de vida. As hipóteses iniciais, os parâmetros de analise dominantes, o
desenvolvimento do protocolo, as soluções técnicas e experiências são
apresentados.
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DESENVOLVIMENTO
Em 2009, uma equipe multidisciplinar de especialistas de Universidades
Ibero-americanas começou uma nova iniciativa com um objetivo claro: demonstrar a
viabilidade de um novo modelo de desenvolvimento sustentável em que uma
comunidade pode ser auto-suficiente e resiliente, independentemente da sua
idiossincrasia (geografia, economia , desenvolvimento social e outros). A auto-
suficiencia precisa ser entendida em um sentido global, integrando a exploração dos
recursos energéticos, auto-produção de alimentos, gestão da água, planejamento
urbano, arquitetura eficiente, bem como o desenvolvimento social, educacional e
econômico baseado em atividades produtividade autóctones.
Todas as ações propostas estão planejadas para promover um desenvolvimento
social e econômico extra para as comunidades. Os impactos sociais do projeto são
matematicamente quantificados usando inquéritos anuais pessoais durante os
primeiros 3-5 anos.
O projeto é realizado como uma estrutura horizontal e cooperativa, de forma que as
prioridades de cada parceiro são incluídas no projeto com o acordo de todos os
parceiros. Uma vez que a comunidade alvo é identificada, definimos as principais
tarefas a executar como:
A. Observação e delimitação de cenários de ação no ambiente de cada grupo.
1 População
2) contexto rural-urbana
3) Climatologia
4) Características económicas e sociais
5) Avaliação das necessidades e recursos
6) Características especiais
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3. V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Santo Amaro – Bahia, 2012
B. Análise e avaliação de recursos energéticos, a disponibilidade de água, fertilidade
do solo, resíduos, etc...
C. Identificação dos agentes participantes do processo e detalhes do projeto em
foco.
1) A riqueza de geração de agentes
2) Agentes Tecnológicos
3) Agentes governamentais
4) Os agentes económicos
5) Os agentes sociais
C. Estudo dos Mercados de Energia
1) Planeamento de análise de políticas e cenários
2) Análise de Mercado
3) Regulamentos de Energia
4) Energia como fonte de desenvolvimento e competitividade das regiões
D. Proposta de conceitos de concepção do projeto com base em soluções de auto-
gestão da energia.
E. Definição da cadeia logística e seleção de ações prioritárias.
F. Adaptação e implementação de tecnologias para cada cenário
1) Descrição do processo para se desenvolver.
2) Implementação do processo selecionado.
3) Sensibilização e educação social.
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4. V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
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G. Observação e avaliação da iniciativa como uma fonte de desenvolvimento.
1) Retorno social
2) Retorno econômico
3) Benefício Ambiental
4) Reprodutibilidade da Iniciativa
5) Nível de Resiliência
No presente momento, estamos desenvolvendo intervenções em comunidades do
Chile [1], Equador [2], México [3], Colômbia [4], Bolívia, Argentina, Brasil e Espanha.
Figura 1 Metodologia cíclica usada no projeto. (Fonte própria).
CASOS DE ESTUDO
Cerrito de los Morreños (Ecuador)
População: De acordo com a “Direccion Provincial de Salud del Guayas” em Junho
de 2010 a população de “Cerrito de los Morreños” era de 720 habitantes, onde 50%
das famílias são pelo menos de 5 membros.
A principal atividade econômica é a pesca e a captura de caranguejos, produtos que
são vendidos em mercados regionais.
As principais necessidades detectadas na região são: agua potável, eletricidade, um
confiável sistema de transporte para o continente, cuidados de saúde, plano de
manejo e agricultura sustentável.
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5. V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
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Figura 2 Comunidade “ Cerrito Morreños” (Fonte própria).
Irradiação Solar: Não há estações meteorológicas que meçam a radiação solar no
Golfo de Guayaquil , neste caso, os estudos de radiação solar foram feitos utilizando
imagens satélites dadas pelo “Surface meteorology and Solar Energy” da NASA.
Figura 3 Irradiação media solar
Vento: Os maiores valores de velocidade do vento são encontrados entre os meses
de agosto e Dezembro com cerca de 3,6 m / s. A direção predominante do vento é
do Sul - Oeste.
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Precipitação: De acordo com INOCAR em média a precipitação anual para esta
região é 680L/m2.
Figura 4 Velocidade media mensal do vento
Houve várias intervenções na região por parte de ONGs e pelo setor público, a fim
de cobrir a demanda de energia. No ano de 2005, o Departamento de Eletricidade e
Energia Renovável instalou 3 sistemas de energia solar fotovoltaica na escola
primária da ilha principal. Em 2009 houve uma outra intervenção pela Associação
Eurosolar a fim de fornecer energia a um centro de informática destinado a
comunidade.
Em 2010, foi instalado um gerador de energia diesel de 145 kWh de capacidade,
que está atualmente fora de serviço. No final do mesmo ano, o governo, através do
“Fondo de Electrificacion Urbano del Marginal Equador” , implementou sistemas
fotovoltaicos em 99 casas da ilha. A ajuda das ONGs tem tido um papel importante
no desenvolvimento das ilhas, principalmente nos aspectos de saúde,
infraestructuras e educação.
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7. V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Santo Amaro – Bahia, 2012
Figura 5 Sistemas fotovoltaicos ds terceira implementação.
No presente momento, as atividades do grupo concentram-se na avaliação do
rendimento dos sistemas fotovoltaicos, na caracterização de microalgas existentes,
auditorias energéticas, analise de necessidades e agricultura sustentável.
Mexico (South Sonora Region)
A agricultura é a atividade econômica mais importante na região, principalmente com
a produção de grãos.
No entanto a agricultura intensiva nesta área tão árida teve um impacto negativo
significativo no abastecimento de água.
O estado tem uma pecuária tradicional, com uma reputação de qualidade. Na região
sul, bovinos de corte e porco são os mais importantes. Através da linha costeira,
pesca e aquicultura são realmente importantes para a região.
Esta é um das principais regiões produtoras de peixe do país. Grande parte da
pesca comercial e esportiva é essencialmente não regulamentada e tem tido um
V SEMAD – 04 a 06 de Junho de 2012 88
8. V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Santo Amaro – Bahia, 2012
impacto muito pronunciado no Golfo da Califórnia, com espécies comercialmente
importantes, tais como camarão que foram colhidas bem acima da sustentabilidade.
No zona de pré-montanha, a mineração é uma atividade importante, que vem sendo
explorada ao longo dos anos. Existem algumas minas abandonadas através da
região.·.
População
De acordo com o SEDESOL dois municípios do sul de Sonora são classificados
como de alta
marginalização e quatro deles são considerados marginalizados. A densidade
populacional é de 14 habitantes por metro quadrado, que contém 38% dos
habitantes do estado.
Recursos
A região Sul de Sonora tem uma rede de 28 estações meteorológicas dispersas em
torno de seu território desde 1997.
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Figura 5. Rede meteorológica na região de Sonora.
Esta rede meteorológica irá ajudar a identificar potencialidades da região. Sendo
alguns dos resultados obtidos mapas de alta radiação solar. Além disso, os resíduos
animais são já utilizados nas maiores fazendas de suínos da região para produzir
biogás. As explorações de suínos pequenos precisam ser alertados sobre as
emissões evitadas através deste método.
O sul de Sonora tem uma chuva de 363 milímetros por ano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde o início do projeto SSC, o número de governos locais envolvidos têm
aumentado substancialmente. O uso de soluções baseadas em energias renováveis
para comunidades pequenas tem sido aceite como uma alternativa confiável aos
métodos tradicionais de gestão de energia, água, geração e utilização de resíduos.
Algumas soluções já foram implementadas com feedback positivo.
O principal constrangimento que temos enfrentado é o financiamento de
equipamentos de energias renováveis para projetos de maior escala. A criação de
acordos com agências e departamentos de energia nacionais tem sido um dos
nossos principais alvos durante todo o processo.
O principal objetivo para o período seguinte é conseguir que todas as comunidades
envolvidas possam depender o menos possível de fontes de fornecimento externo
de energia, alimentos e água.
AGRADECIMENTOS
Um especial agradecimento a todos os elementos das 16 Universidades que
colaboram neste projeto multidisciplinar. Outro aos governos locais das
comunidades em questão que nos apoiam cada vez mais e sobretudo a todos os
elementos das comunidades envolvidas no projeto , sem os quais seria impossível
executar qualquer das intervenções realizadas.
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10. V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Santo Amaro – Bahia, 2012
REFERÊNCIAS
1.- Ecoaldeas or Self-Sustainable Communities and renewable energy
solutions (SSC). Potential in the II Region of Chile (Atacama Desert). AZEVEDO J.
DOMINGUES, GUERRA J. , CABO I. RODRÍGUEZ 1, REY D. REY, MONTES E.
VIEITES, AGÜERA A.LÓPEZ. ICREPQ12
2.- Feasibility study for sustainable development in the island cerrito de los
morreños (ecuador). PERALTA JUAN J , AZEVEDO J. DOMINGUES , AGÜERA
A.LÓPEZ, BARRIGA ALFREDO R , DELGADO EMÉRITA , ARBOLEDA IVAN , D.
REY REY. ICREPQ12
3.- Ecoaldeas or Self-Sustainable communities and renewable energy solutions
(SSC). Potential in the South of Sonora, México . SOSA I., AGÜERA A.LÓPEZ.
ICREPQ12
4.- Experience of bioclimatic architecture integrated with a photovoltaic system
for an isolated community in Colombia (La Primavera, Vichada) ALDANA P. A.
GÓMEZ, CASTELLANOS A. P. PARRA, RICO G. E. RODRÍGUEZ , DE LOS RÍOS
AND O. PÉREZ. ICREPQ12
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11. V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Santo Amaro – Bahia, 2012
TRILHANDO AÇÕES SUSTENTÁVEIS NO INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA (IFBA): FOCO NO CAMPUS
SANTO AMARO.
1 2
Adriana Vieira , Angelo Alerson , Almir Vinícius, Kênnya Rosa, Luis Gustavo,
*
Moisés Almeida, Victor Hugo Araújo .
*Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) campus Santo Amaro.
1-adrianavieira@ifba.edu.br
2-angelo.sousa@ifba.edu.br
RESUMO
O artigo avalia ações sustentáveis a serem realizadas no Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) com foco no consumo de água do instituto localizado
no município de Santo Amaro. As ações sustentáveis objetivam a redução e o consumo
consciente da água e de outros recursos naturais e para isso foi proposto a formação de um
ecotime. Um levantamento sobre ações sustentáveis realizadas em outros institutos federais
foi feito e está aqui apresentado.
Palavras-chave: sustentabilidade, ecotime, instituto federal
INTRODUÇÃO
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia campus
Santo Amaro, tem um terreno de área de 50.700 m², sendo 2.306 m² de área
construída, È constituido de 1 pavilhão administrativo (onde situa-se o setor de
manutenção e a cantina), 1 pavilhão de aulas e 1 prédio onde se localiza o
laboratório de mecânica e uma área no 1° andar destinada a empresa tercerizada , e
uma guarita .
A água proveniente do centro de distribuição da empresa de águas da Bahia
(Embasa), no município de Santo Amaro, passa pelo hidrômetro, localizado na
entrada do campus , indo para um tanque onde através de bombeamento se desloca
a um reservatório principal onde é distribuído para os tanques no pavilhão
administrativo e um outro reservatório que abastece o setor de manutenção e
cantina. A água encanada,das torneiras e também das bacias sanitárias, tem sua
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12. V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Santo Amaro – Bahia, 2012
utilidade na limpeza do campus e na ingestão para saciar sede dos servidores,
prestadores de serviços, alunos e visitantes.
Em relação às áreas de consumo de água nas instalações do campus, tem-se
5 banheiros coletivos (3 no pavilhão administrativo e 2 no pavilhão de aulas), 4
banheiros para pessoas com necessidades especiais ( 2 no pavilhão administrativo
e 2 no pavilhão de aulas), 4 laboratórios (de biologia, química, física e hidráulica), 1
cantina e 4 bebedouros de pressão.
O ecotime monitorará as atividades de consumo consciente da água no IFBA
Campus Santo Amaro tornando o seu aproveitamento necessário o quanto for
possível, fiscalizando e indo de encontro às ações tomadas que contornam o
caminho da sustentabilidade, colaborando na tarefa de conscientização na utilização
adequada dos recursos naturais.
PROJETOS E AÇÕES SUSTENTÁVEIS NOS INSTITUTOS FEDERAIS.
Uma parceria entre o Instituto Federal do Acre (IFAC campus Xapuri) e o
Governo do Acre possibilitará que, no segundo semestre de 2012, o IFAC
desenvolva atividades sustentáveis no município de Xapuri, com o objetivo de
reforçar os propósitos de defesa da Floresta Amazônica. O projeto denomina-se
“Sustentabilidade na Amazônia: a trajetória dos povos da Floresta”. Os alunos do
Instituto Federal do Pará (IFPA campus Ananindeua) juntamente com os moradores
de Ananindeua fundaram o dia de monitoramento da qualidade da água da bacia do
rio Maguari - Açu. A atividade consiste em analisar a água do rio, e tem objetivo de
conscientizar sobre a importância da preservação dos recursos naturais do rio
Maguari – Açu. No IFPA (campus Belém) está em desenvolvimento o projeto
Reciclar que tem como objetivo informar a comunidade sobre a importância da
coleta seletiva e implantar um conjunto de atitudes que eliminem os impactos
ambientais associados à produção e a destinação do lixo, é a chamada gestão de
resíduos sólidos. No Instituto Federal de Amazonas (IFAM campus Coari), o projeto
de extensão estimula a criação peixes em tanques de pequenos portes, em parceria
com a Universidade Federal do Amazonas, e tem o objetivo de recordar os pratos
tradicionais da comunidade de São José do Saúba; discutindo os valores da higiene
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13. V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Santo Amaro – Bahia, 2012
e incentivando uma prática alimentar saudável, interagindo ainda com a piscicultura
como uma atividade econômica sustentável.
No Instituto Federal de São Paulo (IFSP), campus Cubatão, os alunos
plantaram um pomar. As espécies plantadas são grumixama, goiaba vermelha,
limão, mexerica, acerola, jambo-rosa, flor de merenda e jasmim branco. O plantio
teve a preocupação de considerar o melhor ponto de incidência do sol, os
espaçamentos entre as árvores para não haver invasão e a distribuição de água. As
frutas cítricas, que precisam de muita água para se desenvolver, foram plantadas
em uma região do terreno que acumula mais água da chuva.
No Instituto Federal do Maranhão (IFMA campus Caxias), alunos e
professores do curso de Meio Ambiente do campus Caxias, realizaram um ato
simbólico sobre o rio Itapecuru como forma de demonstrar o compromisso por um
futuro sustentável. Dentre as atividades, foi realizada a operação "pente fino" para
limpeza do parque. Pensando também em aspectos da sustentabilidade, o Instituto
Federal de Alagoas (IFAL) campus Maceió criou um comitê que possui como
principais objetivos elaborar e implantar o Plano de Gestão Ambiental ( é um sistema
de administração empresarial que realça a sustentabilidade) do instituto, ao lado de
projetos que visem à redução dos impactos ambientais negativos das atividades
desta instituição. Os membros do comitê estabeleceram como metas a serem
alcançadas, a implantação da coleta seletiva no campus Maceió e um Projeto de
compras Sustentáveis para este ano de 2012, além de outras ações. A instituição
demonstra, portanto, o interesse em modernizar-se para contribuir na busca da
sustentabilidade ambiental. No Instituto Federal do Rio Grande do Norte, campus
João Camâra, já está fabricando sabão sustentável a partir do óleo residual de
cozinha. O objetivo do projeto foi, primeiramente, orientar e conscientizar os alunos
e comunidades locais quanto aos malefícios que esse óleo causa à natureza quando
descartados indevidamente nas pias ou no solo. Depois pesquisaram, avaliando o
nível de conhecimentos da sociedade, o local quanto à destinação que ela estava
dando ao óleo que utilizava em suas residências ou comércios e se estava disposta
a contribuir com a preservação da natureza, doando esse óleo com a finalidade
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Santo Amaro – Bahia, 2012
social de ajudar as lavadeiras carentes da cidade, através da transformação do
produto em sabão, atividade essa de sustentabilidade.
Destaque para os projetos desenvolvidos no Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). O projeto “Regional e sustentável dos
produtores de farinha de mandioca do município de Lafaiete Coutinho-BA: Uma
intervenção do IFBA campus Jequié” tem como objetivo analisar o processo da
produção da farinha de mandioca do Município de Lafaiete Coutinho e ao mesmo
tempo possibilitar uma melhoria da situação social e econômica dos produtores.
PROPOSTAS SUSTENTÁVEIS NO IFBA
Diante do processo de degradação pelo qual o planeta terra está passando, é
essencial que pequenas atitudes comecem a ser tomadas por cada cidadão que no
somatório possa render grandes resultados em prol de retardar o esgotamento de
recursos indispensáveis para a sobrevivência humana.
Por esse motivo e muitos outros, o projeto de inserção da sustentabilidade
nas escolas tem uma grande importância de despertar nos jovens a consciência da
verdadeira situação do meio no qual estão inseridos. O mesmo tem o objetivo de
fazer valer a ideia de sustentabilidade no Instituto, aumentar o grau de conhecimento
dos alunos a respeito do tema, agir de forma consciente com o meio no qual estão
inseridos e reduzir os gastos, reutilizar alguns recursos além de aproveitar a
estrutura ociosa do campus para fins de realização de algumas atividades.
A primeira proposta é a captação de água da chuva através de calhas e
tubulações de baixo custo (PVC) ligadas a uns tanques reservatórios instalados ao
lado dos pavilhões de aula e administrativo. O objetivo é de utilizar essa água
captada para lavagem de salas, e outras instalações, além de utilizar na irrigação
das plantas.
A segunda proposta é da fabricação de sabão junto a uma cooperativa de
mães carentes a partir do óleo que é descartado na cantina do colégio, essa
proposta que em longo prazo irá atuar como uma forma de geração de renda para
essas mães. A terceira proposta é de painéis solares de baixo custo feitos apenas
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Santo Amaro – Bahia, 2012
com o interior de caixas de leite líquido, onde serão instaladas no telhado,
possibilitando a redução da incidência dos raios solares nos pavilhões, dando uma
sensação de climatização maior. A quarta proposta é a instalação das lixeiras
coletoras seletivas do lixo para que possam ser reaproveitados alguns materiais
descartados e estes sejam trabalhados também pela cooperativa de mães citado na
segunda proposta.
Uma proposta que pode ser implementada, em curto prazo, pelo acesso a
internet e pela disponibilidade do curso de Tecnologia da Informação que temos no
instituto é a utilização das redes sociais para discussões e ações em prol de um
futuro sustentável. É interessante, especialmente para os jovens, o acesso a redes
sociais para tratar de determinando assunto tendo em vista a rapidez na
comunicação. Ações como estas já foram iniciadas no IFBA campus Santo Amaro
através do blog praxisifba1 que divulga projetos com a temática sustentabilidade.
Por último, a ideia do inspetor voluntário, que no caso atuaria no sentido de
procurar pelo campus irregularidades e poder consertá-las ou contatar a
manutenção para fazer determinado serviço, a exemplo, vazamento de água,
ventiladores e ar condicionados ligados sem pessoas no local, luz acesa, entre
outras situações.
AÇÕES NO CAMPUS SANTO AMARO
No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA)
campus Santo Amaro foi planejado e montado um grupo, denominado ecotime,
formado inicialmente por docentes, discentes e pessoas que realizam serviço
terceirizado na instituição. O ecotime é formado por sujeitos com a finalidade de
monitorar as atividades, fiscalizando e indo de encontro às ações tomadas que
contornam o caminho da sustentabilidade, colaborando na tarefa de conscientização
da utilização adequada dos recursos naturais com objetivo de salvaguardar as
gerações futuras.
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O ecotime foi organizado para avaliar quantitativamente o consumo de água
no IFBA campus Santo Amaro identificando se há consumo excessivo de acordo
com as atividades realizadas, e/ou deficiências de distribuição de água dentro do
próprio campus (tubulação avariada) ou externo, caracterizando furto ou falta de
manutenção da tubulação; juntamente com a produção de estatísticas por meio dos
dados coletados, possibilitando o conhecimento dos períodos onde mais se
consome e o “porquê” deste, propondo ações sustentáveis de consumo consciente e
redução. Para que se alcancem os objetivos propostos, no dia 05 de março de 2012
foram iniciadas as medições no hidrômetro do campus em 08 horários diferentes,
num processo semelhante ao realizado pela Empresa Baiana de Águas e
Saneamento Ltda. (EMBASA) responsável pelo fornecimento de água. Nessas
medições são coletados os dados de consumo em m³ para posterior avaliação e
produção de estatísticas.
As medições foram realizadas pelo ecotime formado pelo projeto que visa a
sustentabilidade. A formação do ecotime é uma inovação dentro da rede federal em
nosso estado, onde alunos e professores juntos buscam soluções para instalar um
sistema de Produção Mais Limpa (PmaisL), onde a redução pode gerar ganhos não
só econômicos mas socioambientais.
A economia no uso da água é importante em sentidos ambientais, pois a água
doce e potável é pouca comparada ao tamanho da nossa população atual e/ou
futura. No sentido de organização do ensino federal é importante que o IFBA
campus Santo Amaro economize água, numa ideia de ganho ou retorno, onde o
recurso que se deixa de gastar com o uso exagerado de água pode ser utilizado em
outras ações importantes dentro da receita da unidade de ensino e que em algumas
vezes deixam de serem realizadas. Além disso, é importante que se realizem ações
como estas para que sirvam de exemplo às outras unidades e para que formemos
um IFBA mais sustentável a cada dia.
Em longo prazo, as ações do ecotime visam a reutilização da água da chuva,
além de reutilizar a gordura, proveniente das refeições da “cantina” que antes eram
descartados incorretamente no solo, na fabricação de sabão, criando uma
cooperativa de mães vendedoras, onde este sabão poderá complementar a renda
familiar, além de ser mais uma ação sustentável dentro do campus e por meio da
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cooperativa trazer a comunidade santoamarense conceitos como
empreendedorismo, cooperativismo, reutilização e sustentabilidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sustentabilidade abrange vários níveis de organização e através da
formação de ecotimes e a partir da adoção dessa estratégia é possível que a rede
federal interaja com a comunidade ao seu redor preservando o meio ambiente para
não comprometer os recursos naturais das gerações futuras. A iniciativa para a
formação do ecotime pretende ser divulgada para outros institutos federais já que as
ações apresentadas ainda estão sendo desenvolvidas, mas já permitiram perceber
que é necessário que o IFBA trilhe ações sustentáveis
1-http://www.praxisifba.blogspot.com.br/p/pesquisa.html
REFERÊNCIAS
ANASTAS, P.T.; WARNER, J.C. Green Chemistry. Theory and Practice. New
York: Oxford University Press Inc., 2000, 135 p.
COMISSÃO BRUNDTLAND. Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento. Nosso futuro comum. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Getúlio
Vargas, 1991.
OLIVEIRA, Gilson Batista de; SOUZA-LIMA, José Edmilson (Orgs.). O
desenvolvimento sustentável em foco: uma contribuição multidisciplinar, Annablume,
2006.
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DA INSTRUMENTALIZAÇÃO À CONSTRUÇÃO DE REDES FORMATIVAS:
Reflexões sobre a formação de professores e as novas tecnologias
Cristiane da Conceição Gomes de Almeida*1
Verônica Domingues Almeida*2
*Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) campus Santo Amaro.
1- cris_ufba@hotmail.com
2-vedominguesues@hotmail.com
Resumo
Este artigo objetiva promover discussões a respeito da formação de professores de
Computação na atualidade. Considerando a larga escala de acesso das tecnologias da
informação e comunicação (TIC) no contexto educacional, discutimos como esses recursos
podem marcar uma nova forma de compreender a formação de professores e como
os educadores podem, continuamente, se apropriar desse movimento em sua formação.
Levantamos, também, questionamentos sobre a necessidade da atuação de um professor
de Computação nas escolas básicas, que possua formação multidisciplinar em
conhecimentos pedagógicos e técnico-computacionais, para instituir possibilidades de
intercâmbios formativos mais significativos, quanto ao uso da informática na educação
formal. Fazemos uma discussão a respeito das políticas públicas de inserção das TIC nas
escolas a partir de um breve histórico da inserção da formação de professores nesse
campo. Em seguida, propomos algumas reflexões sobre a possibilidade de troca de
conhecimentos entre os professores regentes da educação básica e os professores de
Computação, que possibilite uma formação para além da instrumentalização, visando a
construção de redes formativas de conhecimentos no espaço educacional. Para finalizar
pontuamos que se faz necessária a compreensão da formação de professores enquanto
processo contínuo no espaço escolar e da inserção das Tecnologias da Informação e
Comunicação como propulsoras dessa formação, fazendo uso da internet para preparação
dos educadores para a rede, na rede e em rede, instituindo posturas mais cooperativas e
colaborativas.
Palavras-chave: Formação de professores, computação, redes, tecnologias da informação
e comunicação.
A formação de professores é um tema que gera inúmeras discussões e
questionamentos na atualidade e, quando se trata de formação de professores e o
campo das novas tecnologias, o assunto toma uma dimensão ainda mais ampla e
complexa. Muitos educadores, ao longo das últimas décadas, vêm buscando
formação apropriada para utilizarem a informática de modo significativo na escola,
todavia, muitos destes cursos e atividades indicam apenas uma proposta
instrumental, o que limita a atuação docente. Isso ocorre, pois os educadores
possuem formação pedagógica, mas, na maioria das vezes, não dominam a parte
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técnica destes recursos, o que torna a atuação dos mesmos, restrita a instrução de
comandos ou repetição de conteúdos com o uso de um aparato tecnológico
diferente.
A tecnologia na escola precisa ser percebida, não como um instrumento à
parte da atividade educacional, e sim, como a própria atividade na/em atividade. Os
atores/autores dos processos educativos necessitam reconhecer as possibilidades
trazidas pelas tecnologias da informação e comunicação (TIC) e aproveitá-las como
estimuladoras de processos colaborativos de construção de conhecimentos, ou seja,
como propulsoras da criação de redes formativas. Mas, como conceber a educação
no seio das novas tecnologias, em uma proposta de construção de redes de
formação de conhecimentos, sem possuir a formação apropriada? Para responder a
esta pergunta, podemos recorrer a formação de professores de Computação, que
vem surgindo no cenário nacional como uma possibilidade concreta de aliar, em um
só profissional, o conhecimento técnico e o conhecimento pedagógico necessários
para ampliar compreensão e utilização das TIC nas escolas.
Os cursos de Licenciatura em Computação instituem-se a partir de políticas
públicas que refletem a necessidade de compreensão do amplo uso das TIC na
sociedade, em particular nas escolas de educação básica. Esta demanda faz a
indicação de um intercâmbio na formação acadêmica, dentro dos campos das TIC e
da Pedagogia, ou seja, a instituição de tal curso é uma possibilidade de revisita a
posicionamentos teóricos que predominam nas práticas de cada uma destas áreas,
mas que não se sustentam quando distintamente aplicados. Esta formação implica,
portanto, na contextualização da informática na educação, a partir da prática de um
profissional multidisciplinar que alia as demandas técnicas e pedagógicas em seu
trabalho. É de conhecimento comum que as TIC transformam as relações entre os
sujeitos, bem como seus processos cognitivos, o que não se compreendia era como
aliar as competências tecnológicas e as pedagógicas na prática docente, o professor
de computação surge, portanto, para atuar de modo multidisciplinar, aliando
conhecimentos teóricos, práticos, pedagógicos e técnicos nos processos formativos
de pessoas.
Diante desta perspectiva, é preciso voltar o olhar para a formação destes
profissionais, buscando compreendê-la como um processo que pressupõe uma
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estrutura curricular específica, voltada para o conhecimento pedagógico e técnico,
com atualizações1 constantes, levando em conta que o educador na atualidade
necessita ser “[...] um incansável pesquisador; um profissional que se reinventa a
cada dia, que aceita os desafios e a imprevisibilidade da época para se aprimorar
cada vez mais”. (KENSKI, 2003, p. 90). Nesse parâmetro os professores que atuam
com computação são, também, instituídos e instituíntes de seus processos de
formação e aliam as influências externas às suas subjetividades, estabelecendo um
diálogo entre as políticas institucionais e o seu percurso formativo; a utilização mais
intencional e significativa das TIC abre possibilidades para que essa relação ocorra
de maneira contínua e mais colaborativa.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES: PANORAMA ATUAL E AS POLÍTICAS
PÚBLICAS
As últimas décadas do século XX foram marcadas por debates sistematizados
sobre a necessidade de adequar a atividade docente às mudanças acontecidas na
sociedade. No Brasil, a partir dos anos 1990, com a Conferência Mundial de
Educação para Todos, realizada na Tailândia, e com a aprovação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394/96, as discussões se
intensificaram e ocorreram algumas (re)formulações legais no escopo educativo,
inclusive o surgimento do Pacto pela Valorização do Magistério e Qualidade da
Educação. Apesar do Governo da época, descumprir acordos firmados e, assim, não
desencadear muitas das ações previstas, não podemos, como nos afirma Mello
(1999), negar a contribuição ao debate e a problematização apontada para a
formação dos professores advindas desses documentos.
Em relação à formação do professor para o campo da computação, desde a
década de 1970, que universidades brasileiras, como exemplo, a UFRJ, UFRGS e a
UNICAMP, buscam debater esta demanda. A culminância destes debates se deu na
década de 1980, com a ampliação dos investimentos em atividades de pesquisa e
1 Aqui vale uma reflexão a respeito da compreensão do termo atualização. Neste artigo o termo não se trata da
atualização volátil que percebe o conhecimento como capital descartável, e sim, da concepção de atualização
formativa que possibilita a ampliação da esfera do ser em sua existência no mundo. Autores como Heidegger,
Gadamer, Roseli de Sá e Teixeira Coelho trabalham com essas disposições.
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extensão e a criação do projeto EDUCOM que foi pioneiro em contemplar
abordagens técnicas e pedagógicas na prática educativa, com o trabalho de
desenvolvimento de softwares educativos e com o uso do computador como recurso
para resolução de problemas no campo educacional. Ao longo dos anos, assim
como o EDUCOM, outros projetos de outras universidades foram instituídos e
tiveram seu valor formativo local. Em nível nacional, outra política que obteve uma
amplitude válida foi o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (PROINFO),
criado em 1997, que, popularizou o acesso do computador nas escolas púbicas,
assim como se voltou para a problemática da formação de professores e o campo
da computação na escola.
Iniciativas como estas foram precursoras do processo atual de expansão de
licenciaturas técnicas e tecnológicas que vem acontecendo, mais precisamente, no
escopo das escolas superiores federais e estaduais de todo o país. Um dos
resultados desta expansão é a criação de cursos de Licenciatura da Computação,
que, segundo o censo de 2006, realizado pelo INEP, já estão em número de 70
cursos, assim distribuídos nas regiões do país: Centro-Oeste (12), Nordeste (24),
Norte (3), Sudeste (22) e Sul (9)2. A implantação dos cursos de licenciatura técnica
e tecnológica, em especial Licenciatura em Computação, atende aos princípios da
lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ao Decreto nº 3276, de 06 de
dezembro de 1999, que dispõe sobre formação em nível superior de professores
para atuar na Educação Básica, e ao Decreto 3554 de 07 de agosto de 2000, que dá
nova redação ao §2º do art. 3º do Decreto 3276/99. Além disso, os recentes
processos de reformulação de matrizes curriculares das escolas de educação
básica, vêm, mesmo que forma tímida, inserindo a disciplina de Informática em seus
currículos.
Tais iniciativas de formação de professores vêm provocando uma expansão
dos debates em torno da qualidade da educação e propiciaram a reorganização do
poderio público em termos do cumprimento de metas educacionais estabelecidas
pelas agências financiadoras internacionais como o Banco Mundial (BIRD) e o
Fundo Monetário Internacional (FMI). Porém, vale alertar, que diante dos parâmetros
2 Dados retirados do Projeto Pedagógico do Curso Superior de Licenciatura Plena em Informática, na
modalidade presencial do Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Norte, 2009.
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dessas agências que determinam as metas para a educação, eqüidade e qualidade
se confundem com quantidade, e o acesso à escola sem condições adequadas é
considerado suficiente para atender às suas demandas.
Diante deste fato, muitas discussões se originaram no contexto político-legal
da formação de educadores, desde a desarticulação das políticas públicas com as
universidades e as escolas em geral, até a implantação de legislações sobrepostas
que não são tratadas e nem sequer compreendidas pelo professorado. Orientações
aligeiradas para a conclusão dos cursos superiores, implantação de licenciaturas
tecnológicas sem a estruturação e dimensão curricular apropriada, incoerências
sobre os espaços de formação e a desvalorização do magistério, configuram-se
como contradições profundas nos parâmetros legais que tratam sobre a formação
inicial e continuada dos educadores.
Essa realidade é traduzida através de pacotes de formação de
professores estabelecidos pelo MEC e distribuídos para as unidades escolares3.
Esses e outros empreendimentos são definidos para a demanda formativa de
educadores, e os estados, os municípios e as escolas organizam espaços de
formação, para atender tais exigências do Ministério. Em se tratando de informática,
muitas unidades educativas estão sendo equipadas com computadores ligados a
web e cursos vêm sendo oferecidos aos professores, mas a dimensão técnico-
pedagógica é limitada aos aspectos instrucionais, ou seja, acontece apenas um
treinamento para uso das TIC e não uma formação que contemple de modo
multidisciplinar as amplitudes técnica e pedagógica do uso das novas tecnologias na
escola. Assim, os órgãos centrais posicionam-se para atender as demandas das
agências financiadoras e os sistemas de ensino organizam-se precariamente,
restringindo a inserção das tecnologias na escola a uma instrumentalização infértil
de comandos limitados, tornando-se cada vez mais longe de configurarem-se como
redes de construção formativas. Com isso, fica evidenciada, portanto, uma carência
de profissionais de educação em computação, privando as escolas de introduzirem a
informática nos currículos regulares; de promoverem projetos multidisciplinares e
transversais com a intervenção efetiva das TIC; da criação de softwares
3 Alguns deles são: Rede Nacional de Formação Continuada de Professores, o Pró-letramento, Pró-licenciatura e
o Programa de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio. Vide: www.mec.gov.br
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educacionais, objetos e ambientes virtuais de aprendizagem de qualidade, dentre
muitas outras ações pedagógicas.
Diante desta vertente, as políticas públicas de formação de professores
apresentam-se dicotômicas. De um lado, os programas do governo são implantados
sem a devida orientação e sem o necessário sentimento de pertença da comunidade
escolar sobre os projetos, ou seja, os sistemas federal, estadual e municipal
indicam, os caminhos e finalidades de cada pacote de formação e arriscam,
inclusive, definir resultados diante dessa atuação, sempre visando à manutenção
das metas e fins das agências financiadoras; do outro lado, a carência e a atuação
instrumental dos professores da educação básica em relação a computação que
deflagra uma batalha pedagógica nos espaços educacionais. Os professores
clamam por formação apropriada e pela inserção de um profissional qualificado no
espaço educativo, não só como um suporte técnico, mas como um construtor de
redes formativas na escola, um educador na área tecnológica com conhecimentos
pedagógicos e técnicos em sua práxis educacional.
Diante dessa realidade percebe-se uma tensão entre os sistemas de
formação organizados e definidos pelos veículos legais e as redes formativas,
criadas e alimentadas por educadores em seus percursos. O MEC e as secretarias
de educação dispõem os caminhos formativos dos educadores de forma
desarticulada, defendendo metas e alimentando índices estatísticos e os
educadores, mesmo que inseridos nesse escopo, tentam tecer alternativas que
priorizem os caminhos formativos em condições favoráveis a profissionalização
docente, buscando outras possibilidades práticas e agregando valor a inserção de
um professor da área de computação nas escolas.
A conquista da integração de políticas públicas aliadas à formação de
qualidade que respeitem os a-con-teceres e as dimensões de cada sujeito parece
distante. Nelson Pretto no artigo “Formação de professores exige rede”, expressa a
necessidade de uma política educacional que considere os educadores em suas
singularidades. Para ele, isso só poderá acontecer através da atualização de
projetos e políticas que fortaleçam os locais, as regiões, e não de “projetos que
sejam elaborados por iluminados especialistas e distribuídos em broadcasting para o
conjunto de brasileiros que está na escola e fora dela.” PRETTO (2001,
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p.125). Pretto reafirma a necessidade da existência de uma relação interativa entre
as políticas públicas de formação e a formação dos professores em seus processos,
nas suas diferenças e relações com o outro. O que vem ocorrendo é uma
disparidade entre esses processos que aponta distorções quanto à percepção da
formação do educador e a ausência de convocação formal do professor de
computação para agregar valor a práxis pedagógica nas escolas.
Nos parece que as políticas públicas não entendem o processo formativo dos
educadores em sua dimensão singular e trazem as propostas de formação como
pacotes comuns que podem ser traduzidos homogeneamente por todos, de maneira
indiscriminada. As condições de trabalho e particularidades de cada realidade
escolar e de cada pessoa em formação são negadas e o processo de inserção das
TIC pode tornar-se limitado e obsoleto. A cada dia se faz mais necessária a
introdução de um profissional qualificado para atuar com as TIC na escola de modo
mais significativo e abrangente. O que se discute não é a alienação do professor
regente quanto ao uso das novas tecnologias no espaço escolar, e sim, a agregação
de valor as práticas docentes, a partir do intercâmbio de conhecimentos entre estes
profissionais para a construção de redes formativas, que podem englobar não só os
alunos, mas a formação continuada de todos os educadores no espaço educacional.
REDES DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: POTENCIALIDADES.
A inserção das tecnologias da informação e da comunicação no cenário
educativo é ampla, todavia, complexa e difusa. De acordo com as concepções que
se firmam no ideário educacional sobre a formação dos educadores e do uso das
TIC nas escolas, é possível traçar dois perfis de inclusão de práticas para as
mesmas. Um dos perfis, e talvez o mais difundido, é a limitação das tecnologias a
máquinas, ou seja, é a utilização das TIC como meras substitutas dos instrumentos
que auxiliam os professores em suas aulas. Este uso das tecnologias, que é o mais
comum devido a formação estrita dos educadores da escola básica, não possibilita a
criação de redes de formação, apenas as configura como instrumentos, alimentando
dessa maneira a ideologia famigerada dos bancos investidores. Já o outro perfil de
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utilização das TIC, as percebe como movimento e concebe a web como uma grande
teia de inter-conexões, sendo compreendida como propulsora de redes de
construção formativas.
Para criar redes de formação no espaço escolar é preciso que os profissionais
envolvidos construam modos de colaboração participativa e instituam comunidades
interativas nas quais a formação a-con-tece4, sendo promotora inclusive de
possíveis transformações sociais. A construção de uma rede formativa complexa nas
escolas demanda conhecimento específico e ação intencional dos educadores, além
de necessitar da atuação de um profissional multidisciplinar, que compreenda a
interação entre as demandas técnicas e pedagógicas: o professor de computação;
este, aliando-se aos demais educadores da unidade escolar, poderá instituir uma
cultura tecnológica mais significativa nas escolas, ampliando, inclusive, o seu
escopo formativo e colaborando com o de seus colegas.
A ideia de rede compreendida enquanto entrelaçamento e malha nos remete
a reflexões mais amplas em torno da formação do educador e nos leva a entender
esse processo a partir de uma dinâmica de compartilhamento e não mais como uma
formação solitária e estática. Tal concepção propõe uma formação construída nos
grupos aos quais os sujeitos pertencem, em conjunto com seus pares, seus alunos e
colegas. As redes são então compreendidas como comunidades, virtual ou
presencialmente constituídas, que possibilitam uma reunião mais abrangente e
democrática de indivíduos e instituições, em torno de objetivos comuns. Para Silva
(2008) a percepção dessa identidade comunitária da rede é muito importante para a
compreensão conceitual. Ele expõe que “[...] as definições de rede falam de células,
nós, conexões orgânicas, sistemas... tudo isso é essencial e até mesmo
historicamente correto para a conceituação, mas é a ideia de comunidade que
permite a problematização do tema e, conseqüentemente, o seu entendimento”
(SILVA, 2008). Segundo o referido autor, as redes são estruturas flexíveis e
cadenciadas que se estabelecem por relações horizontais, interconexas e em
dinâmicas que supõem o trabalho colaborativo e participativo. Elas se sustentam
4 Termo cunhado pela Profª Drª Maria Inêz Carvalho no artigo: O a-con-tecer de uma formação.
Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade. Salvador, v. 17, n. 29, jan./jun. 2008, p.
159 -168.
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pela perspectiva comunitária pautada na vontade e afinidade de seus integrantes,
caracterizando-se como um significativo recurso organizacional, tanto para as
relações pessoais quanto para a estruturação social, pois são formadas pela
cooperação e colaboração.
É nesse âmbito que o alicerce das TIC pode ser inserido na atividade
formativa, a partir da atuação de um profissional qualificado, promovendo a
organização pedagógica do espaço escolar em uma dinâmica de rede, com
conhecimentos técnicos suficientes para entremear possibilidades formativas e
promover aprendizagens diversificadas, buscando esgotar os potenciais existentes e
criar novas demandas de formação. O papel de um “educador de redes” volta-se
para construir redes presenciais ou à distância, formais ou livres e ainda outras que
se configuram como espectro do desejo de cada um, contemplando espaços
comunitários e configurando redes de formação comuns, que abarcam as
subjetividades e as coletividades simultaneamente.
Redes são de fato possibilidades de formação em potência. Os limites de
tempo e espaço são superados e as buscas pelas atualizações podem surgir pela
necessidade de comunicação e, sobretudo, pelo desejo. As novas tecnologias
aparecem apontando um referencial estruturante que potencializa as redes de
formação - formais ou informais - tanto presenciais, quanto eletrônicas. As TIC
necessitam ser percebidas, trabalhadas e compreendidas nessa dimensão ampla e
dinâmica para que se configurem como potências de formações nas infinitudes dos
processos de cada sujeito no mundo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Perceber a formação de educadores como um processo contínuo da
formação do ser é de grande valia na compreensão das demandas de formação de
cada pessoa. Sendo a formação processo, as relações que se estabelecem na
trajetória de cada indivíduo formam uma trama de associações e ligações que não
acontecem de maneira estanque e dissociada do contexto da vivência de cada um.
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Estas malhas de relações e referências múltiplas ligam-se ao conhecimento que o
educador constrói em seu percurso profissional e pessoal, o professor de
computação, em particular, possui, portanto, uma rede de conhecimentos
encadeados, não de forma hierárquica, mas de maneira integrada, pois sendo ele
um educador multidisciplinar, ou seja, um profissional que abarque em seu repertório
formativo, conhecimentos técnicos e pedagógicos, a sua formação configura-se
numa complexa rede de atualizações.
O que se faz necessário é discutir as concepções de formação presentes nos
cursos de Licenciatura da Computação, para que a formação pedagógica inicial se
configure em um contínuo. Desse modo, é importante também, salientar que os
currículos de tais cursos precisam pensar o preparo do professor, para além da
dimensão estritamente técnica ou puramente pedagógica, mas habilitar tais
profissionais para contribuírem com o trabalho educativo em uma dimensão de rede,
aliando a formação técnico-pedagógica a sua metodologia de trabalho.
Formar-se para a rede pressupõe esforço crítico-reflexivo, autoria, desejo e
postura investigativa. O educador que forma-se para a rede compreende que a
“pesca” na internet não se limita ao copiar e colar. Ele entende a internet como
espaço de colaboração na composição das informações que geram conhecimentos
e na difusão dos conhecimentos de sua autoria. Formar-se para a rede, portanto, vai
além da dimensão técnica do manuseio da máquina, pois é a retomada da rede web
como uma retroalimentadora do percurso pessoal e profissional dos educadores de
forma contínua, utilizando, inclusive a rede web como propulsora destas demandas.
Preparado para a rede e na rede, o educador poderá vivenciar plenamente a
formação em rede. Em uma perspectiva que vai além da colaboração, os
educadores se encontram em um estágio de cooperação, em um ambiente coletivo.
Neste parâmetro a formação é contínua e livre, não há limite de tempo ou espaço, o
que rege é o desejo de construir conhecimentos, difundi-los, utilizá-los, o interesse é
em formar-se escolhendo os trajetos virtuais/reais na complexidade, em rede.
A formação para a rede, na rede e em rede não pode ser considerada em
etapas organizadas hierarquicamente. Ela é fruto de reflexões coletivas e da
utilização das ferramentas de maneira mais cooperativa, pois acontece respeitando
os percursos de cada sujeito, no acontecer de cada processo formativo.
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A rede web pode contribuir para a formação colaborativa de educadores que
montam suas próprias redes formativas nesta rede, mas para isso é preciso ter
conhecimento adequado destes suportes construtivos de conhecimentos. A rede é
uma dimensão dialógica que pode provocar grandes alterações no processo
formativo e descosturar as amarras da formação sistematizada percebida enquanto
meta. Em conjunto com o educador regente, o professor de computação poderá,
trabalhando para a rede, na rede e em rede, promover alterações no escopo
educativo atual e na sociedade contemporânea que privilegia a informação veloz.
Diante dessa perspectiva, acredita-se que os percursos formativos do ser tendem a
promover o alicerce da postura investigativa e aprendente do educador, visando à
configuração de uma sociedade voltada para a aprendizagem colaborativa, na qual o
foco esteja para além da informação e do conhecimento e volte-se para as
aprendências dos sujeitos no mundo com o outro.
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