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Análise qualitativa da capacidade para o trabalho de pessoas com 60
anos de idade ou mais e de suas condições de trabalho: um estudo em
uma organização de grande porte do segmento aeronáutico
Arnoldo Rodrigues Junior (UNIARA) arnoldo_jr1979@yahoo.com.br
José Luís Garcia Hermosilla (UNIARA) jlghermosilla@hotmail.com
Ethel Cristina Chiari da Silva (UNIARA) e-chiari@uol.com.br
Resumo: O presente estudo tem por objetivo avaliar a relação entre a capacidade para o
trabalho e o ambiente no qual o trabalhador exerce a sua função bem como sua capacidade
para o trabalho. A coleta de dados foi realizada com 8 colaboradores de uma organização do
segmento aeronáutico localizada no interior do Estado de São Paulo por meio da aplicação
de 2 instrumentos (questionários): um questionário com perguntas abertas para a
caracterização do trabalhador e se sua atividade e outro para o cálculo do Índice de
Capacidade para o Trabalho (ICT). A capacidade para o trabalho destes colaboradores
alterou de 39 a 45 pontos; classificação considerada de boa a excelente. Os trabalhadores
apontaram diversas ações que poderiam ser consideradas para a melhoria do desempenho
dos funcionários com 60 anos de idade ou mais, dentre as quais se destacam: redução da
jornada de trabalho, cuidados médicos diferenciados e programas de capacitação.
Palavras-chave: Capacidade de trabalho; Idoso; Índice de Capacidade para o Trabalho;
segmento aeronáutico.
Abstract: This research aims to assess the relationship between the capacity for work and the
environment in which the worker exerts its function as well as their ability to work. Data
collection was carried out with 8 employees of a large company located in São Paulo’s
countryside by applying 2 instruments (questionnaires): one of them with general questions to
characterize the worker and his/her activity and another to calculate the work ability index
(WAI). The ability to work of these employees changed from 39 to 45 points, classification
considered good to excellent. The workers pointed out various actions that could be
considered for improving the performance of employees with 60 years of age or older, such
as: reduction of the workday, differentiated and medical care training of employees.
Keywords: Work ability; Aging; Work Ability Index; Aeronautical sector.
1. Introdução
O processo de envelhecimento da população vem se acelerando na América Latina,
com aumento esperado da população idosa para os próximos períodos da ordem de 300%, fato
este comprovado por diversos relatórios técnicos da Organização das Nações Unidas (ONU)
que apontam um crescimento da população mundial idosa com mais de 60 anos, de cerca de
2
três vezes para os próximos 43 anos (FELIX, 2007; GIATTI e BARRETO, 2003).
Na análise de Camarano (2004), esse crescimento populacional de idosos, verificado
primeiro em países desenvolvidos e mais recentemente em países em desenvolvimento, é
resultado da queda da mortalidade em todas as idades, função principalmente de políticas
econômicas e sociais e aspectos médico tecnológicos, aliados a uma melhoria generalizada
nas condições de vida e saúde da população. Em contra partida, Nasri (2008), destaca que o
processo de envelhecimento populacional não resulta do declínio da mortalidade e sim do
declínio da fecundidade, sendo capaz, desta maneira, de transformar a estrutura etária
populacional, passando de predominância jovem para adulta/idosa.
Enquanto esta transição demográfica levou cerca de um século em alguns países
europeus, no Brasil e em diversos outros países em desenvolvimento, este fenômeno da nova
estrutura etária ocorreu em apenas 30 anos, em ritmo bem mais acelerado que o próprio
desenvolvimento econômico e social (QUEIROZ e PRADO,2010).
O envelhecimento populacional constitui um problema com implicações sociais,
econômicas, políticas e médicas devido às modificações provocadas pelo processo em si
(BIMBATO, 2008). A Organização Mundial da Saúde (OMS) também tem demonstrado
preocupação com o envelhecimento da população e com a consequente diminuição de sua
capacidade funcional (HERMOSILLA et al, 2012), e também, com a questão do
envelhecimento relacionado ao trabalho, pois as exigências decorrentes deste, principalmente
as mentais, tendem a aumentar à medida que o trabalhador adquire mais experiência nas
tarefas que executa, podendo levar ao envelhecimento funcional precoce. (ILMARINEN et al.
1991). A OMS reconhece ainda que, o trabalho pode causar modificações nos vários sistemas
do corpo humano gerando diminuição da capacidade funcional do indivíduo.
O aumento da idade leva a degeneração nas articulações fazendo com que o
trabalhador tenha sua capacidade para o trabalho diminuída, afetando sua produtividade
dentre outros aspectos como absenteísmo; no entanto, dependendo das condições ergonômicas
do trabalho essa degeneração pode ser atenuada (KLOIMULLER et al., 2000).
No Brasil, além do processo de envelhecimento populacional, há a inserção precoce de
trabalhadores no mercado de trabalho, e ainda, um grande contingente da população não
possui condições de vida, saúde e trabalho adequadas. Isso torna relevante a realização de
estudos da relação trabalho-saúde visando o desenvolvimento de medidas de promoção à
saúde, à população em idade produtiva que está envelhecendo, tendo em vista a preservação
de sua capacidade para o trabalho e a manutenção da qualidade de vida dentro e fora do
trabalho (ANDRADE e MONTEIRO, 2007).
Essa situação de desequilíbrio pode ser amenizada por meio de incentivos para a
permanência por mais tempo na força de trabalho, alternativa esta que tem sido incluída nas
propostas recentes de mudanças na legislação do Sistema de Seguridade Social Brasileiro
(WONG e CARVALHO, 2006).
Nota-se já alterações na vida da população, nas estruturas familiares e na composição
da força de trabalho devido ao processo de envelhecimento (KRELING, 2010).
Diante deste contexto, esta pesquisa tem por objetivo analisar as condições
socioeconômicas e as condições de trabalho de trabalhadores com sessenta anos de idade ou
3
mais, em atividade ou não, de uma organização do segmento aeronáutico localizada no
interior do Estado de São Paulo, assim como sua capacidade para o trabalho.
2. Justificativa
Camarano (2001) relata que a taxa de atividade dos idosos aposentados no mercado de
trabalho, entre os anos de 1978 a 1988 cresceu de 51,2% para 77,6%, entre os homens, e no
grupo das mulheres a variação foi de 31,1% para 53,1%. De forma análoga, Furtado (2005)
utilizando dados da PNAD/2003 comparou a participação dos idosos masculinos na força de
trabalho de diversos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico(OCDE) mostrando que 46% dos idosos brasileiros aposentados estão em
atividade remunerada, por necessidade de manutenção do padrão de vida, para a
complementação da renda domiciliar ou para manter as condições mínimas de sobrevivência.
No Brasil não existe impedimento legal para que o idoso aposentado não permaneça
ou retorne para o mercado de trabalho; os mesmos são incentivados a continuar no mercado
para estimular o aumento da arrecadação e reduzir o déficit previdenciário. Por sua vez, a
permanência ou retorno do idoso ao mercado de trabalho gera consequências, como a
competição com a mão de obra dos mais jovens, menores salários e garantias trabalhistas,
assim como, a precarização das relações de trabalho.
A pressão sobre o sistema previdenciário e o aumento da idade média da população
com reflexos sobre a população trabalhadora, apontam para a necessidade de se conhecer
melhor esse fenômeno mundial de envelhecimento da população e em especial o caso
brasileiro que experimenta taxas mais elevadas de envelhecimento em prazos menores.
É importante neste contexto monitorar a capacidade do trabalhador ao longo de sua
vida e para isso pode-se usar o Índice de Capacidade para o Trabalho – ICT, que serve para
revelar quão bem um trabalhador é capaz de realizar seu trabalho. Trata-se de um questionário
auto respondente que considera as exigências físicas e mentais do trabalho, bem como o
estado de saúde do trabalhador. Seu resultado final é um escore que poderá variar de 7 a 49
(tabela 1), retratando a percepção que o trabalhador tem sobre sua própria capacidade para o
trabalho. Um benefício deste monitoramento é a identificação precoce de trabalhadores e
ambientes de trabalho que precisam de medidas de apoio (TUOMI, et al, 2010).
Tabela 1 – Classificação do Índice de Capacidade para o Trabalho com base na pontuação.
Pontuação
Capacidade para o
Trabalho
Objetivos da medida
7 – 27 Baixa
Restaurar a capacidade para o
trabalho
28 -36 Moderada
Melhorar a capacidade para o
trabalho
37 - 43 Boa Apoiar a capacidade para o trabalho
44 – 49 Ótima Manter a capacidade para o trabalho
Fonte: Tuomi et al. (2010).
3. Metodologia
Como o interesse da investigação reside no contexto ambiental do trabalho do idoso,
4
esta pesquisa de natureza qualitativa, tomará como base os trabalhadores com 60 anos de
idade ou mais de uma grande organização do segmento aeronáutico.
A pesquisa buscou avaliar tanto a capacidade para o trabalho do funcionário idoso,
como suas condições de trabalho e sua percepção sobre o mesmo. Para isso, utilizou como
instrumento para a coleta dos dados, um questionário com perguntas abertas e fechadas e de
identificação opcional, constituído basicamente de duas partes. A primeira estruturada de
forma a levantar aspectos gerais dos trabalhadores e suas condições de trabalho e a outra
constituída por questões do Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT).
A parte inicial trata dos seguintes aspectos:
Situação de moradia; com quantas pessoas mora; ocupação/profissão atual; raça; se
trabalha atualmente, qual o setor da economia, qual a sua principal função e qual o
tipo de vínculo empregatício; se é aposentado ou pensionista e se contribui para a
renda mensal familiar; caso seja aposentado e não trabalha mais, por que não
trabalha; caso seja aposentado e trabalha, por que trabalha;
Durante o decorrer da vida profissional, quais foram as atividades predominantes
no trabalho; sente dificuldade em realizar alguma atividade e qual é essa atividade;
qual a maior limitação para as atividades do dia-a-dia e por que; o que poderia
facilitar a vida na realização das atividades do dia-a-dia;
Se faz algum tipo de exercício físico com regularidade; se tem algum hábito que
considera ruim para sua saúde e qual é esse hábito; a frequência com que visita o
médico; que tipo de médico;
Qual a sugestão para que as atividades diárias possam ser realizadas de maneira
mais apropriada; quais as principais exigências do trabalho; qual sugestão para que
as atividades do trabalho possam ser realizadas de maneira mais apropriada; quais
as maiores dificuldades na realização das tarefas (rapidez, movimentação,
raciocínio, esforço físico, lembrar dados, atenção e concentração, visualização,
tarefas manuais, relacionar-se com pessoas ou outros);
Como classificaria sua saúde atual comparada ao seu melhor; qual a principal
dificuldade em relação ao ambiente de trabalho; se existe algum tipo de adaptação
em relação ao ambiente de trabalho ou tarefa desenvolvida que possa ajudar a ser
mais produtivo e qual é essa adaptação; se existe dificuldade de convívio com
pessoas de outras faixas etárias e por quê; quais as expectativas em relação a
trabalho depois dos 60; falta oportunidade de emprego para as pessoas com 60 anos
ou mais de idade; quais setores são os mais fáceis de conseguir trabalho após os 60
anos; o que poderia ser feito em relação a essa situação.
Quanto ao bloco de questões referentes ao ICT, o mesmo foi elaborado pelo Instituto
de Saúde Ocupacional da Finlândia (Finnish Institute of Occupational Health), com o
objetivo de medir a capacidade para o trabalho e alguns fatores que podem afetar essa
condição. Foi traduzido e adaptado por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo (departamento de Saúde Ambiental), do Centro de Estudos e
Pesquisas sobre o Envelhecimento, da Universidade Federal de São Carlos (departamento de
Enfermagem), da Fundação Oswaldo Cruz (Escola Nacional de Saúde Pública - Centro de
5
Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana) (Meira, 2004) e foi utilizado da forma
como foi traduzido e adaptado pelos pesquisadores mencionados.
Em consulta ao sistema de gestão da empresa (módulo Recursos Humanos), foram
identificados os funcionários que se enquadravam nos critérios de inclusão da pesquisa. No
período de 15 de agosto de 2013 à 18 de outubro de 2013 foram levantados 11 colaboradores
nestas condições, porém somente 8 se dispuseram a participar da pesquisa. Os três
colaboradores que não participaram alegaram não se sentir confortáveis para responder às
questões.
Em virtude das atividades exercidas por estes colaboradores e para que não houvesse
influencia do entrevistado sobre o entrevistador, foi entregue o questionário aos funcinários e
um prazo foi acordado para devolução do material. Os funcionários participantes da pesquisa
podem ser categorizados por setor de atividade como pode ser visto na tabela 3 que segue:
Tabela 3 – Número de trabalhadores envolvidos por setor.
Setor Quantidade
RH 2
Centro de Serviços 4
Defesa e Segurança 1
Asa 190/195 1
Total 8
Fonte: Elaboração própria.
Outra categorização importante para a análise dos dados é quanto ao cargo ocupado
pelos participanetes da pesquisa, que pode ser visto a seguir:
• Diretor Industrial: é responsável por administrar todos os tipos de recursos
desta unidade fabril para garantir a satisfação de clientes, sociedade e garantir
rentabilidade para os acionistas.
• Supervisor da Engenharia Ocupacional e Meio Ambiente: é responsável por
gerenciar as atividades de segurança do trabalho e de meio ambiente e garantir
que todas as normas e ações de meio ambiente e segurança estejam sendo
rigorosamente cumpridas.
• Mecânico de aeronaves: tem a responsabilidade de fazer selagem de aeronaves,
ajustes e montagem de material composto, realizar reparos mecânicos em
aeronaves, realizar testes elétricos e eletrônicos em aeronaves.
• Engenheiro de Manufatura: é responsável por desenvolver métodos e
processos para a produção executar de forma padronizada suas atividades.
4. Resultados
Como a pesquisa é de caráter qualitativo e a amostra não é numerosa, optou-se por
mostrar o resumo dos depoimentos dos 8 entrevistados, com os pontos mais importantes de
sua participação como seguem.
6
Voluntário A
O Voluntário A é do sexo masculino, possui pós graduação completa, aposentado de
62 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2001 na área administrativa. O
motivo de ainda estar trabalhando é de complementar a renda do Instituto Nacional do
Serviço Social (INSS). Não sente dificuldades em realizar as suas atividades e não possui
limitações no trabalho. Sua opinião para facilitar a vida seria a de melhorar a acessibilidade
em calçadas, shopping, supermercados etc. Faz exercícios físicos todos os dias e consultas
médicas regularmente. As principais exigências do seu trabalho são a concentração e o
relacionamento com outras pessoas.
Apesar das atividades do trabalho serem adequadas, ele sugere que a redução da
burocracia seria de muita valia para executar suas atividades. Sente dificuldades para realizar
as tarefas que exijam esforço físico, visualização e tarefas manuais. Comparado ao melhor de
sua saúde, o colaborador classifica a sua saúde atual como boa, podendo realizar as suas
atividades normalmente, exceto as que necessitem de grande esforço físico. Não possuí
dificuldades em relação ao ambiente de trabalho. Sua expectativa em relação a trabalho
depois dos 60 é regular, por ter bastante experiência de trabalho e estar devidamente
qualificado em uma área que esta crescendo no país que é a de segurança ocupacional e meio
ambiente.
Em sua opinião, a falta de oportunidade de emprego para pessoas com 60 anos ou mais
de idade esta relacionada com a cultura do país, na qual a experiência não é valorizada. O
setor mais fácil de conseguir trabalho após os 60 anos é na área de serviços como consultor. O
funcinário finaliza o questionário sugerindo que as leis do idoso sejam cumpridas pela
sociedade e cita Japão e Alemanha como referência. Seu ICT foi de 45 pontos, capacidade de
trabalho classificada como excelente, o melhor dentre os entrevistados.
Voluntário B
O Voluntário B é do sexo masculino, possui faculdade completa, aposentado de 62
anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2007 na área administrativa. O motivo
de ainda estar trabalhando é a necessidade de ter uma rotina igual à anterior da aposentadoria.
Não sente dificuldades em realizar as suas atividades e não possui limitações no trabalho. Faz
exercícios físicos duas ou três vezes por semana e consulta os médicos quando sente
necessidade.
As principais exigências do seu trabalho são a concentração e a rapidez. Apesar das
atividades do trabalho ser adequadas, o funcionário sugere que a padronização das rotinas de
trabalho seria de muito valia para executar suas atividades. Comparado ao melhor de sua
saúde, o colaborador classifica a sua saúde atual como muito boa, podendo realizar as suas
atividades normalmente, exceto as que necessitem de grandes esforços físicos.
Não possuí dificuldades em relação ao ambiente de trabalho. Sua expectativa em
relação a trabalho depois dos 60 é muito boa, por ter bastante experiência de trabalho e
possuir uma rede de relações muito eficiente. Em sua opinião, não falta oportunidade de
emprego para pessoas com 60 anos ou mais de idade. O setor mais fácil de conseguir trabalho
após os 60 anos é na área de serviços como consultor e/ou professor. Suas principais
atividades do dia-a-dia são: administrar todos os tipos de recursos para garantir a satisfação de
clientes e rentabilidade para os acionistas. O funcionário finaliza o questionário sugerindo que
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os profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados como “mentor” dos funcionários
mais jovens, pois acredita que desta forma, a cultura da empresa se manteria viva. Seu ICT foi
de 44 pontos, capacidade de trabalho classificada como excelente.
Voluntário C
O Voluntário C é do sexo masculino, possui curso técnico de primeiro grau
incompleto, aposentado de 60 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2006 na
produção. O motivo de ainda estar trabalhando é de complementar a renda do INSS. Não
sente dificuldades em realizar as suas atividades e não possui limitações no trabalho. Sua
opinião para facilitar a vida seria de morar mais próximo do trabalho, pois considera que o
longo trajeto até o trabalho reduz bastante a sua produtividade no trabalho. Raramente faz
exercícios físicos e sempre consulta um cardiologista.
As principais exigências do seu trabalho são esforço físico, movimentação e
visualização. Apesar das atividades do trabalho ser adequadas, o funcionário sugere uma
redução da jornada de trabalho para melhorar a qualidade de vida. Comparado ao melhor de
sua saúde, o colaborador classifica a sua saúde atual como boa, classificação esta que só não é
melhor devido o seu sedentarismo.
Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é muito boa, por ter bastante
experiência de trabalho. Em sua opinião, falta oportunidade de emprego para pessoas com 60
anos ou mais de idade. O funcionário finaliza o questionário sem sugestão para que os
profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados. Seu ICT foi de 43 pontos, capacidade
de trabalho classificada como excelente.
Voluntário D
O Voluntário D é do sexo masculino, possui ensino médio completo, aposentado de 64
anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2007 na produção. O motivo de ainda
estar trabalhando é de complementar a renda do INSS. Não sente dificuldades em realizar as
suas atividades. Faz exercícios físicos duas ou três vezes por semana e sempre consulta um
cardiologista e um clínico geral.
As principais exigências do seu trabalho são movimentação e relacionar-se com outras
pessoas. Apesar das atividades do trabalho ser adequadas, o funcionário sugere uma
reciclagem e aprendizado contínuo para que as atividades possam ser realizadas de maneira
mais adequadas. Comparado ao melhor de sua saúde, o colaborador classifica a sua saúde
atual como boa.
Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é muito boa, por ter bastante
experiência de trabalho. Em sua opinião, falta oportunidade de emprego para pessoas com 60
anos ou mais de idade. O setor mais fácil de conseguir trabalho após os 60 anos é na área de
serviços.. O funcionário finaliza o questionário sugerindo que os profissionais com 60 anos ou
mais sejam aproveitados. Seu ICT foi de 39 pontos, capacidade de trabalho classificada como
boa.
Voluntário E
O Voluntário E é do sexo masculino, possui curso técnico de primeiro grau completo,
aposentado de 61 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2006 na produção. O
motivo de ainda estar trabalhando é de complementar a renda do INSS. Não sente
8
dificuldades em realizar as suas atividades.
Visita médicos quando sente necessidade. As principais exigências do seu trabalho são
raciocínio e esforço físico. Apesar das atividades do trabalho ser adequadas, o funcionário
sugere uma redução da jornada de trabalho para melhorar a qualidade de vida. Comparado ao
melhor de sua saúde, o colaborador classifica a sua saúde atual como boa.
Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é boa, por ser bastante
comunicativo e ter cursos referente a vendas. Em sua opinião, falta oportunidade de emprego
para pessoas com 60 anos ou mais de idade. O setor mais fácil de conseguir trabalho após os
60 anos é na área de serviços como vendedor. O funcionário finaliza o questionário sem
sugestão para que os profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados. Seu ICT foi de
43 pontos, capacidade de trabalho classificada como boa.
Voluntário F
O Voluntário F é do sexo masculino, possui curso técnico de primeiro grau completo,
aposentado de 63 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2005 na produção. O
motivo de ainda estar trabalhando é de complementar a renda do INSS e para auxiliar na
renda das filhas. Não sente dificuldades em realizar as suas atividades. Em sua opinião para
facilitar a vida seria que o governo ausentasse os idosos de pagar seus medicamentos. Nunca
faz exercícios físicos e consulta os médicos quando sente necessidade.
As principais exigências do seu trabalho são esforço físico e visualização. Apesar das
atividades do trabalho serem adequadas, o funcionário sugere uma redução do tamanho das
escadas de manutenção. Comparado ao melhor de sua saúde, o funcinário classifica a sua
saúde atual como boa.
Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é regular. Em sua opinião, falta
oportunidade de emprego para pessoas com 60 anos ou mais de idade. O setor mais fácil de
conseguir trabalho após os 60 anos é na área de serviços. O funcinário finaliza o questionário
sem sugestão para que os profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados. Seu ICT foi
de 41 pontos, capacidade de trabalho classificada como boa.
Voluntário G
O Voluntário G é do sexo masculino, possui curso técnico de primeiro grau
incompleto, aposentado de 65 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2004 na
produção. O motivo de ainda estar trabalhando é de complementar a renda do INSS. Não
sente dificuldades em realizar as suas atividades. Nunca faz exercícios físicos e consulta o
médico quando sente necessidade.
As principais exigências do seu trabalho são movimentação e rapidez. Apesar das
atividades do trabalho serem adequadas, o funcionário sugere melhorar as instruções de
trabalho atuais, pois as letras são minúsculas. Comparado ao melhor de sua saúde, o
funcionário classifica a sua saúde atual como boa. Sua expectativa em relação a trabalho
depois dos 60 é boa. Em sua opinião, falta oportunidade de emprego para pessoas com 60
anos ou mais de idade. O setor mais fácil de conseguir trabalho após os 60 anos é na área de
serviços. O funcionário finaliza o questionário sem sugestão para que os profissionais com 60
anos ou mais sejam aproveitados. Seu ICT foi de 43 pontos, capacidade de trabalho
classificada como boa.
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Voluntário H
O Voluntário H é do sexo masculino, possui pós-graduação incompleta, aposentado de
60 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2004 na produção. O motivo de
ainda estar trabalhando é a necessidade de ter uma rotina igual a anterior da aposentadoria.
Não sente dificuldades em realizar as suas atividades. Nunca faz exercícios físicos e consulta
o médico quando sente necessidade.
As principais exigências do seu trabalho são concentração e relacionar-se com
pessoas. Apesar das atividades do trabalho serem adequadas, o funcionário sugere estar
sempre de bom humor para que as atividades diárias possam ser realizadas de maneira mais
adequada. Comparado ao melhor de sua saúde, o funcionário classifica a sua saúde atual
como boa.
Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é boa por ter experiência
profissional e qualificação. Em sua opinião, falta oportunidade de emprego para pessoas já a
partir dos 50 anos. O setor mais fácil de conseguir trabalho após os 60 anos é na área de
serviços. O funcionário finaliza o questionário sugerindo a redução do uso de programas de
computadores para que os profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados. Seu ICT foi
de 43 pontos, capacidade de trabalho classificada como boa.
4.1 Análise dos dados
A partir da análise dos dados foi possível observar que os funcionários desta da
empresa estudada com 60 anos ou mais de idade são todos do sexo masculino, aposentados e
com situação financeira estabilizada independentemente do setor. Setenta e cinco por cento
dos entrevistados continuaram trabalhando para complementar a sua renda do INSS, já que
houve uma queda significativa do valor recebido ao final da carreira com o teto do INSS. Os
outros vinte e cinco por cento necessitavam ter uma rotina igual a que tinham antes da
aposentadoria, pois relataram que as rotinas domésticas os incomodavam ou que de alguma
forma prejudicaria sua saúde.
Destaca-se também que muitos indicaram a distância da família como um fator de
limitação do dia-a-dia e não fatores físicos ou mentais como a bibliografia sinaliza. Observa-
se que mais de sessenta e dois por cento dos entrevistados possuem nível técnico. Estes
trabalham na produção como técnicos ou como mecânicos de aeronaves. Os outros trinta e
sete por cento que possuem nível superior, trabalham nas áreas administrativas atuando como
engenheiro ocupacional e de meio ambiente, diretor industrial e engenheiro de manufatura.
Dentre as limitações demonstradas, destaca-se a importância dada a família. Em suas
opiniões a família ajuda a melhorar os aspectos sentimentais e profissionais. Os principais
motivos relacionadas a família são de estruturar a vida de seus filhos com nível superior e/ou
adquirirem a casa própria.
Três fatores chamaram a atenção na análise dos dados: a) os trabalhadores raramente
realizam atividades físicas, b) possuem hábitos não saudáveis como o tabagismo e c) não
fazem exames preventivos de saúde com regularidade. A empresa possui em sua área de
saúde e bem estar um programa voluntário de antitabagismo, mas nenhum deles está
engajado. Estes trabalhadores tratam sua saúde de forma reativa, procurando assistência
médica somente quando sentem a necessidade.
10
Vale destacar que cinquenta por cento dos entrevistados, sugeriram que para realizar
as atividades diárias de maneira mais apropriada, a empresa deveria reduzir sua carga horária.
Esta redução ajudaria os trabalhadores a passarem mais tempo com a família e ter um
descanso mais equilibrado.
Setenta e cinco por cento dos entrevistados, tem expectativas muito boas ou boas em
relação a trabalho depois dos 60 anos de idade, mesmo mais de oitenta e sete por cento
opinando que faltam oportunidades de emprego para as pessoas com 60 anos ou mais.
Destaca-se o setor de serviços (consultoria, professor de cursos técnico em geral, vendas,
segurança de prédio, entre outros) como o mais fácil de conseguir emprego após o 60 anos de
idade.
Embora todos afirmem que haja dificuldades de trabalho depois dos 60 anos de idade,
os respondentes com nível superior demonstraram uma maior segurança em suas respostas em
relação ao futuro, pois conseguem unir experiência profissional com qualificação. A
capacidade para o trabalho destes colaboradores variou de 39 a 45 pontos, classificação que se
caracteriza como boa e excelente.
5. Considerações Finais
Foi detectado nas entrevistas que não há ações diferenciadas ou ações que mereçam
destaque nos postos de trabalho para melhorar a produção ou adaptação dos trabalhadores
para nenhuma faixa etária.
Este trabalho constatou um otimismo do trabalhador idoso quanto a sua capacidade de
continuar na ativa, bem como disponibilidade para contribuir. Entretanto é necessário que
existam condições para o aproveitamento dessa mão de obra tão específica, de modo que o
trabalho não se configure, para o idoso, como mais uma fonte de limitação ou fator de
dependência, tornando-se prejudicial em sua vida.
De acordo com os respondentes do questionário há algumas hipóteses que podem ser
propostas para melhorar as condições socioeconômicas e de trabalho destes colaboradores:
a) Redução da jornada de trabalho: esta redução implicaria em uma maior
motivação profissional, pois estes colaboradores não terão aumento salarial ao
longo de sua vida, mesmo tendo experiência e qualificação. Outro aspecto
relevante seria uma melhor qualidade de vida, pois a carga de trabalho e o
convívio com a família traria um maior equilíbrio físico-mental.
b) Cuidados médicos diferenciados: a necessidade de cuidados médicos
diferenciado para os respondentes seria uma medida para monitorar e atuar de
forma preventiva na saúde destes colaboradores. Haja vista que a maioria dos
respondentes possuem hábitos que são prejudiciais a saúde como o tabagismo
e o sedentarismo.
c) Capacitação dos funcionários: capacitar estes funcionários para que a empresa
possa usar a experiência profissional adquirida e a graduação para serem
instrutores ou até mesmo consultores internos. Seria também uma forma digna
de “devolver” a sociedade aqueles que de alguma forma contribuiu para o
crescimento da empresa.
Este trabalho possui uma análise comparativa limitada, devido a quantidade de
11
entrevistados na empresa estudada com as características pretendidas.
Sendo este um assunto complexo, foi sugerido a organização estender o período de
analise no sentido de monitorar as medidas sugeridas e se as mesmas de fato podem melhorar
as condições socioeconômicas e de trabalho das pessoas com sessenta anos de idade ou mais.
Outra sugestão apresentada a empresa foi a de avaliar as práticas que auxiliem os
colaboradores idosos a produzirem em igualdade as demais faixas etárias
Referências
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NASRI, F. O envelhecimento populacional no Brasil. Einstein, São Paulo, 6 (Supl 1): S4 – S6, 2008.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Ministério da Saúde, 2006. p. 383-398.
QUEIROZ, Z.P.V. PRADO, A.R.A. Mudanças adequadas aos usuários idosos: humanização do atendimento na
instituição hospitalar. Rev. A terceira idade – estudos sobre envelhecimento SESC/SP, São Paulo, vol.21, n°
49, 2010.
TUOMI, K. Índice de capacidade para o trabalho. Traduzido por Frida Marina Fischer (Coord). São Carlos.
EDUFSCar, 2010.
WONG, L.L.R. CARVALHO, J.A. O rápido processo de envelhecimento populacional do Brasil: sérios desafios
para as políticas públicas. Revista Bras. Est. Pop., São Paulo, v. 23, n. 1, p. 5 – 26, jan/jun. 2006.

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  • 1. 1 Análise qualitativa da capacidade para o trabalho de pessoas com 60 anos de idade ou mais e de suas condições de trabalho: um estudo em uma organização de grande porte do segmento aeronáutico Arnoldo Rodrigues Junior (UNIARA) arnoldo_jr1979@yahoo.com.br José Luís Garcia Hermosilla (UNIARA) jlghermosilla@hotmail.com Ethel Cristina Chiari da Silva (UNIARA) e-chiari@uol.com.br Resumo: O presente estudo tem por objetivo avaliar a relação entre a capacidade para o trabalho e o ambiente no qual o trabalhador exerce a sua função bem como sua capacidade para o trabalho. A coleta de dados foi realizada com 8 colaboradores de uma organização do segmento aeronáutico localizada no interior do Estado de São Paulo por meio da aplicação de 2 instrumentos (questionários): um questionário com perguntas abertas para a caracterização do trabalhador e se sua atividade e outro para o cálculo do Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). A capacidade para o trabalho destes colaboradores alterou de 39 a 45 pontos; classificação considerada de boa a excelente. Os trabalhadores apontaram diversas ações que poderiam ser consideradas para a melhoria do desempenho dos funcionários com 60 anos de idade ou mais, dentre as quais se destacam: redução da jornada de trabalho, cuidados médicos diferenciados e programas de capacitação. Palavras-chave: Capacidade de trabalho; Idoso; Índice de Capacidade para o Trabalho; segmento aeronáutico. Abstract: This research aims to assess the relationship between the capacity for work and the environment in which the worker exerts its function as well as their ability to work. Data collection was carried out with 8 employees of a large company located in São Paulo’s countryside by applying 2 instruments (questionnaires): one of them with general questions to characterize the worker and his/her activity and another to calculate the work ability index (WAI). The ability to work of these employees changed from 39 to 45 points, classification considered good to excellent. The workers pointed out various actions that could be considered for improving the performance of employees with 60 years of age or older, such as: reduction of the workday, differentiated and medical care training of employees. Keywords: Work ability; Aging; Work Ability Index; Aeronautical sector. 1. Introdução O processo de envelhecimento da população vem se acelerando na América Latina, com aumento esperado da população idosa para os próximos períodos da ordem de 300%, fato este comprovado por diversos relatórios técnicos da Organização das Nações Unidas (ONU) que apontam um crescimento da população mundial idosa com mais de 60 anos, de cerca de
  • 2. 2 três vezes para os próximos 43 anos (FELIX, 2007; GIATTI e BARRETO, 2003). Na análise de Camarano (2004), esse crescimento populacional de idosos, verificado primeiro em países desenvolvidos e mais recentemente em países em desenvolvimento, é resultado da queda da mortalidade em todas as idades, função principalmente de políticas econômicas e sociais e aspectos médico tecnológicos, aliados a uma melhoria generalizada nas condições de vida e saúde da população. Em contra partida, Nasri (2008), destaca que o processo de envelhecimento populacional não resulta do declínio da mortalidade e sim do declínio da fecundidade, sendo capaz, desta maneira, de transformar a estrutura etária populacional, passando de predominância jovem para adulta/idosa. Enquanto esta transição demográfica levou cerca de um século em alguns países europeus, no Brasil e em diversos outros países em desenvolvimento, este fenômeno da nova estrutura etária ocorreu em apenas 30 anos, em ritmo bem mais acelerado que o próprio desenvolvimento econômico e social (QUEIROZ e PRADO,2010). O envelhecimento populacional constitui um problema com implicações sociais, econômicas, políticas e médicas devido às modificações provocadas pelo processo em si (BIMBATO, 2008). A Organização Mundial da Saúde (OMS) também tem demonstrado preocupação com o envelhecimento da população e com a consequente diminuição de sua capacidade funcional (HERMOSILLA et al, 2012), e também, com a questão do envelhecimento relacionado ao trabalho, pois as exigências decorrentes deste, principalmente as mentais, tendem a aumentar à medida que o trabalhador adquire mais experiência nas tarefas que executa, podendo levar ao envelhecimento funcional precoce. (ILMARINEN et al. 1991). A OMS reconhece ainda que, o trabalho pode causar modificações nos vários sistemas do corpo humano gerando diminuição da capacidade funcional do indivíduo. O aumento da idade leva a degeneração nas articulações fazendo com que o trabalhador tenha sua capacidade para o trabalho diminuída, afetando sua produtividade dentre outros aspectos como absenteísmo; no entanto, dependendo das condições ergonômicas do trabalho essa degeneração pode ser atenuada (KLOIMULLER et al., 2000). No Brasil, além do processo de envelhecimento populacional, há a inserção precoce de trabalhadores no mercado de trabalho, e ainda, um grande contingente da população não possui condições de vida, saúde e trabalho adequadas. Isso torna relevante a realização de estudos da relação trabalho-saúde visando o desenvolvimento de medidas de promoção à saúde, à população em idade produtiva que está envelhecendo, tendo em vista a preservação de sua capacidade para o trabalho e a manutenção da qualidade de vida dentro e fora do trabalho (ANDRADE e MONTEIRO, 2007). Essa situação de desequilíbrio pode ser amenizada por meio de incentivos para a permanência por mais tempo na força de trabalho, alternativa esta que tem sido incluída nas propostas recentes de mudanças na legislação do Sistema de Seguridade Social Brasileiro (WONG e CARVALHO, 2006). Nota-se já alterações na vida da população, nas estruturas familiares e na composição da força de trabalho devido ao processo de envelhecimento (KRELING, 2010). Diante deste contexto, esta pesquisa tem por objetivo analisar as condições socioeconômicas e as condições de trabalho de trabalhadores com sessenta anos de idade ou
  • 3. 3 mais, em atividade ou não, de uma organização do segmento aeronáutico localizada no interior do Estado de São Paulo, assim como sua capacidade para o trabalho. 2. Justificativa Camarano (2001) relata que a taxa de atividade dos idosos aposentados no mercado de trabalho, entre os anos de 1978 a 1988 cresceu de 51,2% para 77,6%, entre os homens, e no grupo das mulheres a variação foi de 31,1% para 53,1%. De forma análoga, Furtado (2005) utilizando dados da PNAD/2003 comparou a participação dos idosos masculinos na força de trabalho de diversos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OCDE) mostrando que 46% dos idosos brasileiros aposentados estão em atividade remunerada, por necessidade de manutenção do padrão de vida, para a complementação da renda domiciliar ou para manter as condições mínimas de sobrevivência. No Brasil não existe impedimento legal para que o idoso aposentado não permaneça ou retorne para o mercado de trabalho; os mesmos são incentivados a continuar no mercado para estimular o aumento da arrecadação e reduzir o déficit previdenciário. Por sua vez, a permanência ou retorno do idoso ao mercado de trabalho gera consequências, como a competição com a mão de obra dos mais jovens, menores salários e garantias trabalhistas, assim como, a precarização das relações de trabalho. A pressão sobre o sistema previdenciário e o aumento da idade média da população com reflexos sobre a população trabalhadora, apontam para a necessidade de se conhecer melhor esse fenômeno mundial de envelhecimento da população e em especial o caso brasileiro que experimenta taxas mais elevadas de envelhecimento em prazos menores. É importante neste contexto monitorar a capacidade do trabalhador ao longo de sua vida e para isso pode-se usar o Índice de Capacidade para o Trabalho – ICT, que serve para revelar quão bem um trabalhador é capaz de realizar seu trabalho. Trata-se de um questionário auto respondente que considera as exigências físicas e mentais do trabalho, bem como o estado de saúde do trabalhador. Seu resultado final é um escore que poderá variar de 7 a 49 (tabela 1), retratando a percepção que o trabalhador tem sobre sua própria capacidade para o trabalho. Um benefício deste monitoramento é a identificação precoce de trabalhadores e ambientes de trabalho que precisam de medidas de apoio (TUOMI, et al, 2010). Tabela 1 – Classificação do Índice de Capacidade para o Trabalho com base na pontuação. Pontuação Capacidade para o Trabalho Objetivos da medida 7 – 27 Baixa Restaurar a capacidade para o trabalho 28 -36 Moderada Melhorar a capacidade para o trabalho 37 - 43 Boa Apoiar a capacidade para o trabalho 44 – 49 Ótima Manter a capacidade para o trabalho Fonte: Tuomi et al. (2010). 3. Metodologia Como o interesse da investigação reside no contexto ambiental do trabalho do idoso,
  • 4. 4 esta pesquisa de natureza qualitativa, tomará como base os trabalhadores com 60 anos de idade ou mais de uma grande organização do segmento aeronáutico. A pesquisa buscou avaliar tanto a capacidade para o trabalho do funcionário idoso, como suas condições de trabalho e sua percepção sobre o mesmo. Para isso, utilizou como instrumento para a coleta dos dados, um questionário com perguntas abertas e fechadas e de identificação opcional, constituído basicamente de duas partes. A primeira estruturada de forma a levantar aspectos gerais dos trabalhadores e suas condições de trabalho e a outra constituída por questões do Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). A parte inicial trata dos seguintes aspectos: Situação de moradia; com quantas pessoas mora; ocupação/profissão atual; raça; se trabalha atualmente, qual o setor da economia, qual a sua principal função e qual o tipo de vínculo empregatício; se é aposentado ou pensionista e se contribui para a renda mensal familiar; caso seja aposentado e não trabalha mais, por que não trabalha; caso seja aposentado e trabalha, por que trabalha; Durante o decorrer da vida profissional, quais foram as atividades predominantes no trabalho; sente dificuldade em realizar alguma atividade e qual é essa atividade; qual a maior limitação para as atividades do dia-a-dia e por que; o que poderia facilitar a vida na realização das atividades do dia-a-dia; Se faz algum tipo de exercício físico com regularidade; se tem algum hábito que considera ruim para sua saúde e qual é esse hábito; a frequência com que visita o médico; que tipo de médico; Qual a sugestão para que as atividades diárias possam ser realizadas de maneira mais apropriada; quais as principais exigências do trabalho; qual sugestão para que as atividades do trabalho possam ser realizadas de maneira mais apropriada; quais as maiores dificuldades na realização das tarefas (rapidez, movimentação, raciocínio, esforço físico, lembrar dados, atenção e concentração, visualização, tarefas manuais, relacionar-se com pessoas ou outros); Como classificaria sua saúde atual comparada ao seu melhor; qual a principal dificuldade em relação ao ambiente de trabalho; se existe algum tipo de adaptação em relação ao ambiente de trabalho ou tarefa desenvolvida que possa ajudar a ser mais produtivo e qual é essa adaptação; se existe dificuldade de convívio com pessoas de outras faixas etárias e por quê; quais as expectativas em relação a trabalho depois dos 60; falta oportunidade de emprego para as pessoas com 60 anos ou mais de idade; quais setores são os mais fáceis de conseguir trabalho após os 60 anos; o que poderia ser feito em relação a essa situação. Quanto ao bloco de questões referentes ao ICT, o mesmo foi elaborado pelo Instituto de Saúde Ocupacional da Finlândia (Finnish Institute of Occupational Health), com o objetivo de medir a capacidade para o trabalho e alguns fatores que podem afetar essa condição. Foi traduzido e adaptado por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (departamento de Saúde Ambiental), do Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Envelhecimento, da Universidade Federal de São Carlos (departamento de Enfermagem), da Fundação Oswaldo Cruz (Escola Nacional de Saúde Pública - Centro de
  • 5. 5 Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana) (Meira, 2004) e foi utilizado da forma como foi traduzido e adaptado pelos pesquisadores mencionados. Em consulta ao sistema de gestão da empresa (módulo Recursos Humanos), foram identificados os funcionários que se enquadravam nos critérios de inclusão da pesquisa. No período de 15 de agosto de 2013 à 18 de outubro de 2013 foram levantados 11 colaboradores nestas condições, porém somente 8 se dispuseram a participar da pesquisa. Os três colaboradores que não participaram alegaram não se sentir confortáveis para responder às questões. Em virtude das atividades exercidas por estes colaboradores e para que não houvesse influencia do entrevistado sobre o entrevistador, foi entregue o questionário aos funcinários e um prazo foi acordado para devolução do material. Os funcionários participantes da pesquisa podem ser categorizados por setor de atividade como pode ser visto na tabela 3 que segue: Tabela 3 – Número de trabalhadores envolvidos por setor. Setor Quantidade RH 2 Centro de Serviços 4 Defesa e Segurança 1 Asa 190/195 1 Total 8 Fonte: Elaboração própria. Outra categorização importante para a análise dos dados é quanto ao cargo ocupado pelos participanetes da pesquisa, que pode ser visto a seguir: • Diretor Industrial: é responsável por administrar todos os tipos de recursos desta unidade fabril para garantir a satisfação de clientes, sociedade e garantir rentabilidade para os acionistas. • Supervisor da Engenharia Ocupacional e Meio Ambiente: é responsável por gerenciar as atividades de segurança do trabalho e de meio ambiente e garantir que todas as normas e ações de meio ambiente e segurança estejam sendo rigorosamente cumpridas. • Mecânico de aeronaves: tem a responsabilidade de fazer selagem de aeronaves, ajustes e montagem de material composto, realizar reparos mecânicos em aeronaves, realizar testes elétricos e eletrônicos em aeronaves. • Engenheiro de Manufatura: é responsável por desenvolver métodos e processos para a produção executar de forma padronizada suas atividades. 4. Resultados Como a pesquisa é de caráter qualitativo e a amostra não é numerosa, optou-se por mostrar o resumo dos depoimentos dos 8 entrevistados, com os pontos mais importantes de sua participação como seguem.
  • 6. 6 Voluntário A O Voluntário A é do sexo masculino, possui pós graduação completa, aposentado de 62 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2001 na área administrativa. O motivo de ainda estar trabalhando é de complementar a renda do Instituto Nacional do Serviço Social (INSS). Não sente dificuldades em realizar as suas atividades e não possui limitações no trabalho. Sua opinião para facilitar a vida seria a de melhorar a acessibilidade em calçadas, shopping, supermercados etc. Faz exercícios físicos todos os dias e consultas médicas regularmente. As principais exigências do seu trabalho são a concentração e o relacionamento com outras pessoas. Apesar das atividades do trabalho serem adequadas, ele sugere que a redução da burocracia seria de muita valia para executar suas atividades. Sente dificuldades para realizar as tarefas que exijam esforço físico, visualização e tarefas manuais. Comparado ao melhor de sua saúde, o colaborador classifica a sua saúde atual como boa, podendo realizar as suas atividades normalmente, exceto as que necessitem de grande esforço físico. Não possuí dificuldades em relação ao ambiente de trabalho. Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é regular, por ter bastante experiência de trabalho e estar devidamente qualificado em uma área que esta crescendo no país que é a de segurança ocupacional e meio ambiente. Em sua opinião, a falta de oportunidade de emprego para pessoas com 60 anos ou mais de idade esta relacionada com a cultura do país, na qual a experiência não é valorizada. O setor mais fácil de conseguir trabalho após os 60 anos é na área de serviços como consultor. O funcinário finaliza o questionário sugerindo que as leis do idoso sejam cumpridas pela sociedade e cita Japão e Alemanha como referência. Seu ICT foi de 45 pontos, capacidade de trabalho classificada como excelente, o melhor dentre os entrevistados. Voluntário B O Voluntário B é do sexo masculino, possui faculdade completa, aposentado de 62 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2007 na área administrativa. O motivo de ainda estar trabalhando é a necessidade de ter uma rotina igual à anterior da aposentadoria. Não sente dificuldades em realizar as suas atividades e não possui limitações no trabalho. Faz exercícios físicos duas ou três vezes por semana e consulta os médicos quando sente necessidade. As principais exigências do seu trabalho são a concentração e a rapidez. Apesar das atividades do trabalho ser adequadas, o funcionário sugere que a padronização das rotinas de trabalho seria de muito valia para executar suas atividades. Comparado ao melhor de sua saúde, o colaborador classifica a sua saúde atual como muito boa, podendo realizar as suas atividades normalmente, exceto as que necessitem de grandes esforços físicos. Não possuí dificuldades em relação ao ambiente de trabalho. Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é muito boa, por ter bastante experiência de trabalho e possuir uma rede de relações muito eficiente. Em sua opinião, não falta oportunidade de emprego para pessoas com 60 anos ou mais de idade. O setor mais fácil de conseguir trabalho após os 60 anos é na área de serviços como consultor e/ou professor. Suas principais atividades do dia-a-dia são: administrar todos os tipos de recursos para garantir a satisfação de clientes e rentabilidade para os acionistas. O funcionário finaliza o questionário sugerindo que
  • 7. 7 os profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados como “mentor” dos funcionários mais jovens, pois acredita que desta forma, a cultura da empresa se manteria viva. Seu ICT foi de 44 pontos, capacidade de trabalho classificada como excelente. Voluntário C O Voluntário C é do sexo masculino, possui curso técnico de primeiro grau incompleto, aposentado de 60 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2006 na produção. O motivo de ainda estar trabalhando é de complementar a renda do INSS. Não sente dificuldades em realizar as suas atividades e não possui limitações no trabalho. Sua opinião para facilitar a vida seria de morar mais próximo do trabalho, pois considera que o longo trajeto até o trabalho reduz bastante a sua produtividade no trabalho. Raramente faz exercícios físicos e sempre consulta um cardiologista. As principais exigências do seu trabalho são esforço físico, movimentação e visualização. Apesar das atividades do trabalho ser adequadas, o funcionário sugere uma redução da jornada de trabalho para melhorar a qualidade de vida. Comparado ao melhor de sua saúde, o colaborador classifica a sua saúde atual como boa, classificação esta que só não é melhor devido o seu sedentarismo. Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é muito boa, por ter bastante experiência de trabalho. Em sua opinião, falta oportunidade de emprego para pessoas com 60 anos ou mais de idade. O funcionário finaliza o questionário sem sugestão para que os profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados. Seu ICT foi de 43 pontos, capacidade de trabalho classificada como excelente. Voluntário D O Voluntário D é do sexo masculino, possui ensino médio completo, aposentado de 64 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2007 na produção. O motivo de ainda estar trabalhando é de complementar a renda do INSS. Não sente dificuldades em realizar as suas atividades. Faz exercícios físicos duas ou três vezes por semana e sempre consulta um cardiologista e um clínico geral. As principais exigências do seu trabalho são movimentação e relacionar-se com outras pessoas. Apesar das atividades do trabalho ser adequadas, o funcionário sugere uma reciclagem e aprendizado contínuo para que as atividades possam ser realizadas de maneira mais adequadas. Comparado ao melhor de sua saúde, o colaborador classifica a sua saúde atual como boa. Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é muito boa, por ter bastante experiência de trabalho. Em sua opinião, falta oportunidade de emprego para pessoas com 60 anos ou mais de idade. O setor mais fácil de conseguir trabalho após os 60 anos é na área de serviços.. O funcionário finaliza o questionário sugerindo que os profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados. Seu ICT foi de 39 pontos, capacidade de trabalho classificada como boa. Voluntário E O Voluntário E é do sexo masculino, possui curso técnico de primeiro grau completo, aposentado de 61 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2006 na produção. O motivo de ainda estar trabalhando é de complementar a renda do INSS. Não sente
  • 8. 8 dificuldades em realizar as suas atividades. Visita médicos quando sente necessidade. As principais exigências do seu trabalho são raciocínio e esforço físico. Apesar das atividades do trabalho ser adequadas, o funcionário sugere uma redução da jornada de trabalho para melhorar a qualidade de vida. Comparado ao melhor de sua saúde, o colaborador classifica a sua saúde atual como boa. Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é boa, por ser bastante comunicativo e ter cursos referente a vendas. Em sua opinião, falta oportunidade de emprego para pessoas com 60 anos ou mais de idade. O setor mais fácil de conseguir trabalho após os 60 anos é na área de serviços como vendedor. O funcionário finaliza o questionário sem sugestão para que os profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados. Seu ICT foi de 43 pontos, capacidade de trabalho classificada como boa. Voluntário F O Voluntário F é do sexo masculino, possui curso técnico de primeiro grau completo, aposentado de 63 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2005 na produção. O motivo de ainda estar trabalhando é de complementar a renda do INSS e para auxiliar na renda das filhas. Não sente dificuldades em realizar as suas atividades. Em sua opinião para facilitar a vida seria que o governo ausentasse os idosos de pagar seus medicamentos. Nunca faz exercícios físicos e consulta os médicos quando sente necessidade. As principais exigências do seu trabalho são esforço físico e visualização. Apesar das atividades do trabalho serem adequadas, o funcionário sugere uma redução do tamanho das escadas de manutenção. Comparado ao melhor de sua saúde, o funcinário classifica a sua saúde atual como boa. Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é regular. Em sua opinião, falta oportunidade de emprego para pessoas com 60 anos ou mais de idade. O setor mais fácil de conseguir trabalho após os 60 anos é na área de serviços. O funcinário finaliza o questionário sem sugestão para que os profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados. Seu ICT foi de 41 pontos, capacidade de trabalho classificada como boa. Voluntário G O Voluntário G é do sexo masculino, possui curso técnico de primeiro grau incompleto, aposentado de 65 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2004 na produção. O motivo de ainda estar trabalhando é de complementar a renda do INSS. Não sente dificuldades em realizar as suas atividades. Nunca faz exercícios físicos e consulta o médico quando sente necessidade. As principais exigências do seu trabalho são movimentação e rapidez. Apesar das atividades do trabalho serem adequadas, o funcionário sugere melhorar as instruções de trabalho atuais, pois as letras são minúsculas. Comparado ao melhor de sua saúde, o funcionário classifica a sua saúde atual como boa. Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é boa. Em sua opinião, falta oportunidade de emprego para pessoas com 60 anos ou mais de idade. O setor mais fácil de conseguir trabalho após os 60 anos é na área de serviços. O funcionário finaliza o questionário sem sugestão para que os profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados. Seu ICT foi de 43 pontos, capacidade de trabalho classificada como boa.
  • 9. 9 Voluntário H O Voluntário H é do sexo masculino, possui pós-graduação incompleta, aposentado de 60 anos de idade e trabalha nesta filial da empresa desde 2004 na produção. O motivo de ainda estar trabalhando é a necessidade de ter uma rotina igual a anterior da aposentadoria. Não sente dificuldades em realizar as suas atividades. Nunca faz exercícios físicos e consulta o médico quando sente necessidade. As principais exigências do seu trabalho são concentração e relacionar-se com pessoas. Apesar das atividades do trabalho serem adequadas, o funcionário sugere estar sempre de bom humor para que as atividades diárias possam ser realizadas de maneira mais adequada. Comparado ao melhor de sua saúde, o funcionário classifica a sua saúde atual como boa. Sua expectativa em relação a trabalho depois dos 60 é boa por ter experiência profissional e qualificação. Em sua opinião, falta oportunidade de emprego para pessoas já a partir dos 50 anos. O setor mais fácil de conseguir trabalho após os 60 anos é na área de serviços. O funcionário finaliza o questionário sugerindo a redução do uso de programas de computadores para que os profissionais com 60 anos ou mais sejam aproveitados. Seu ICT foi de 43 pontos, capacidade de trabalho classificada como boa. 4.1 Análise dos dados A partir da análise dos dados foi possível observar que os funcionários desta da empresa estudada com 60 anos ou mais de idade são todos do sexo masculino, aposentados e com situação financeira estabilizada independentemente do setor. Setenta e cinco por cento dos entrevistados continuaram trabalhando para complementar a sua renda do INSS, já que houve uma queda significativa do valor recebido ao final da carreira com o teto do INSS. Os outros vinte e cinco por cento necessitavam ter uma rotina igual a que tinham antes da aposentadoria, pois relataram que as rotinas domésticas os incomodavam ou que de alguma forma prejudicaria sua saúde. Destaca-se também que muitos indicaram a distância da família como um fator de limitação do dia-a-dia e não fatores físicos ou mentais como a bibliografia sinaliza. Observa- se que mais de sessenta e dois por cento dos entrevistados possuem nível técnico. Estes trabalham na produção como técnicos ou como mecânicos de aeronaves. Os outros trinta e sete por cento que possuem nível superior, trabalham nas áreas administrativas atuando como engenheiro ocupacional e de meio ambiente, diretor industrial e engenheiro de manufatura. Dentre as limitações demonstradas, destaca-se a importância dada a família. Em suas opiniões a família ajuda a melhorar os aspectos sentimentais e profissionais. Os principais motivos relacionadas a família são de estruturar a vida de seus filhos com nível superior e/ou adquirirem a casa própria. Três fatores chamaram a atenção na análise dos dados: a) os trabalhadores raramente realizam atividades físicas, b) possuem hábitos não saudáveis como o tabagismo e c) não fazem exames preventivos de saúde com regularidade. A empresa possui em sua área de saúde e bem estar um programa voluntário de antitabagismo, mas nenhum deles está engajado. Estes trabalhadores tratam sua saúde de forma reativa, procurando assistência médica somente quando sentem a necessidade.
  • 10. 10 Vale destacar que cinquenta por cento dos entrevistados, sugeriram que para realizar as atividades diárias de maneira mais apropriada, a empresa deveria reduzir sua carga horária. Esta redução ajudaria os trabalhadores a passarem mais tempo com a família e ter um descanso mais equilibrado. Setenta e cinco por cento dos entrevistados, tem expectativas muito boas ou boas em relação a trabalho depois dos 60 anos de idade, mesmo mais de oitenta e sete por cento opinando que faltam oportunidades de emprego para as pessoas com 60 anos ou mais. Destaca-se o setor de serviços (consultoria, professor de cursos técnico em geral, vendas, segurança de prédio, entre outros) como o mais fácil de conseguir emprego após o 60 anos de idade. Embora todos afirmem que haja dificuldades de trabalho depois dos 60 anos de idade, os respondentes com nível superior demonstraram uma maior segurança em suas respostas em relação ao futuro, pois conseguem unir experiência profissional com qualificação. A capacidade para o trabalho destes colaboradores variou de 39 a 45 pontos, classificação que se caracteriza como boa e excelente. 5. Considerações Finais Foi detectado nas entrevistas que não há ações diferenciadas ou ações que mereçam destaque nos postos de trabalho para melhorar a produção ou adaptação dos trabalhadores para nenhuma faixa etária. Este trabalho constatou um otimismo do trabalhador idoso quanto a sua capacidade de continuar na ativa, bem como disponibilidade para contribuir. Entretanto é necessário que existam condições para o aproveitamento dessa mão de obra tão específica, de modo que o trabalho não se configure, para o idoso, como mais uma fonte de limitação ou fator de dependência, tornando-se prejudicial em sua vida. De acordo com os respondentes do questionário há algumas hipóteses que podem ser propostas para melhorar as condições socioeconômicas e de trabalho destes colaboradores: a) Redução da jornada de trabalho: esta redução implicaria em uma maior motivação profissional, pois estes colaboradores não terão aumento salarial ao longo de sua vida, mesmo tendo experiência e qualificação. Outro aspecto relevante seria uma melhor qualidade de vida, pois a carga de trabalho e o convívio com a família traria um maior equilíbrio físico-mental. b) Cuidados médicos diferenciados: a necessidade de cuidados médicos diferenciado para os respondentes seria uma medida para monitorar e atuar de forma preventiva na saúde destes colaboradores. Haja vista que a maioria dos respondentes possuem hábitos que são prejudiciais a saúde como o tabagismo e o sedentarismo. c) Capacitação dos funcionários: capacitar estes funcionários para que a empresa possa usar a experiência profissional adquirida e a graduação para serem instrutores ou até mesmo consultores internos. Seria também uma forma digna de “devolver” a sociedade aqueles que de alguma forma contribuiu para o crescimento da empresa. Este trabalho possui uma análise comparativa limitada, devido a quantidade de
  • 11. 11 entrevistados na empresa estudada com as características pretendidas. Sendo este um assunto complexo, foi sugerido a organização estender o período de analise no sentido de monitorar as medidas sugeridas e se as mesmas de fato podem melhorar as condições socioeconômicas e de trabalho das pessoas com sessenta anos de idade ou mais. Outra sugestão apresentada a empresa foi a de avaliar as práticas que auxiliem os colaboradores idosos a produzirem em igualdade as demais faixas etárias Referências ANDRADE, C. B.; MONTEIRO M. I. Envelhecimento e capacidade para o trabalho dos trabalhadores de higiene e limpeza hospitalar. RevEscEnferm USP, 41(2):237-44, 2007. BIMBATO, A. M. J. A representação de velhice entre os profissionais que atuam nos núcleos de saúde da família. Universidade de São Paulo, dissertação, 2008. CAMARANO, A. A. O idoso brasileiro no mercado de trabalho. In: 5° Congreso Nacional de Estudios del Trabajo, Argentina, 1 – 3 ago. 2001. CAMARANO, A.A.;PASINATO, M.T. Envelhecimento funcional e suas implicações para a oferta da força de trabalho brasileira. Rio de Janeiro: IPEA, 2008. FELIX, J. Economia da Longevidade: uma revisão da bibliografia brasileira sobre envelhecimento populacional. VIII Encontro da Associação Brasileira de Economia da Saúde - ABRES, 2007. FURTADO, A. A participação do idoso no mercado de trabalho brasileiro. Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados, 1-24, 2005. HERMOSILLA , J.L.G.H.; WATANABE, E.A.; SILVA, G.A.S.B.; SPINELLI FILHO, W.; SILVA, E.C.C.; COSTA, V.M.H.M. The aging Brazilian worker force: the role of ergonomics in predicted scenery. ICEOM 2012. 09 a 11 de jul.,Portugal, 2012. ILMARINEN, J.; TUOMI, K.; ESKELINEN, L.; NYGARD, C.H.; HUUHTANEN, P.; KLOCKARS, M. Background and objectives of the Finnish research project on aging workers in municipal occupations. Scand J Work Environ Health, no.17, suppl 1:7-11, 1991. KLOIMULLER, I., KARAZMAN, R., GEISSLER, H., KARAZMAN-MORAWETZ, I., e Haupt, H. The relation of age, work ability index and stress-inducing factors among bus drivers. International Journal of Industrial Ergonomics, 25(5), 497-502, 2000. KRELING, N. H. O envelhecimento do trabalhador impõe novos desafios às políticas públicas.ABEP, Caxambu, MG, 2010. NASRI, F. O envelhecimento populacional no Brasil. Einstein, São Paulo, 6 (Supl 1): S4 – S6, 2008. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Ministério da Saúde, 2006. p. 383-398. QUEIROZ, Z.P.V. PRADO, A.R.A. Mudanças adequadas aos usuários idosos: humanização do atendimento na instituição hospitalar. Rev. A terceira idade – estudos sobre envelhecimento SESC/SP, São Paulo, vol.21, n° 49, 2010. TUOMI, K. Índice de capacidade para o trabalho. Traduzido por Frida Marina Fischer (Coord). São Carlos. EDUFSCar, 2010. WONG, L.L.R. CARVALHO, J.A. O rápido processo de envelhecimento populacional do Brasil: sérios desafios para as políticas públicas. Revista Bras. Est. Pop., São Paulo, v. 23, n. 1, p. 5 – 26, jan/jun. 2006.