Este documento discute a destruição da natureza em Novo Hamburgo através da remoção de árvores e a construção de uma linha de trem. O autor expressa saudades da beleza natural que existia e questiona se o suposto progresso trará realmente benefícios ou apenas insegurança e criminalidade.
Na “Série Artigos”, reunimos todos os textos já publicados pelos articulistas do IDD sobre temas importantes no contexto regional e nacional. Você poderá encontrar as compilações de: Gilson Gil, Lúcio Menezes, José Carlos Sardinha, Cláudio Barboza, Otoni Mesquita e Hélio Dantas. Essas coletâneas serão atualizadas semestralmente com os novos artigos que forem produzidos.
Charles Baudelaire - "Sobre a modernidade" ("O Pintor da Vida Moderna") (pdf)...Tiago Mathyas
Obra clássica de Charles Baudelaire, que apresenta a figura do 'dandi' como arquétipo da modernidade artística, e igualmente o autor expõe sua análise da moda e a própria estética do sublime. Ideia esta que é central para a caracterização do projeto moderno nas artes e na estética.
"... um pedaço de história contada por imagens que, assim como as memórias do Homem, surgem sem dono, sem razão aparente, sem ordem cronológica, sem legendas, por vezes até desfocadas e distorcidas, imagens de memórias onde a única constante, embora relativa, é o próprio tempo, seja ele passado, ainda presente, ou um imaginário futuro..."
Na “Série Artigos”, reunimos todos os textos já publicados pelos articulistas do IDD sobre temas importantes no contexto regional e nacional. Você poderá encontrar as compilações de: Gilson Gil, Lúcio Menezes, José Carlos Sardinha, Cláudio Barboza, Otoni Mesquita e Hélio Dantas. Essas coletâneas serão atualizadas semestralmente com os novos artigos que forem produzidos.
Charles Baudelaire - "Sobre a modernidade" ("O Pintor da Vida Moderna") (pdf)...Tiago Mathyas
Obra clássica de Charles Baudelaire, que apresenta a figura do 'dandi' como arquétipo da modernidade artística, e igualmente o autor expõe sua análise da moda e a própria estética do sublime. Ideia esta que é central para a caracterização do projeto moderno nas artes e na estética.
"... um pedaço de história contada por imagens que, assim como as memórias do Homem, surgem sem dono, sem razão aparente, sem ordem cronológica, sem legendas, por vezes até desfocadas e distorcidas, imagens de memórias onde a única constante, embora relativa, é o próprio tempo, seja ele passado, ainda presente, ou um imaginário futuro..."
uma viagem sobre a diversidade da cultura popular brasileira em fotos e textos de TT Catalão sobre as narrativas simbólicas dos Pontos de Cultura do Programa Cultura Viva
uma viagem sobre a diversidade da cultura popular brasileira em fotos e textos de TT Catalão sobre as narrativas simbólicas dos Pontos de Cultura do Programa Cultura Viva
2. Onde estará o verde, que agora
guardo em imagens, frágeis registros
de outrora abundância?
3. Porque te maltratam
tanto?
Porque impiedosamente
te confundem com uma
cloaca? Onde por certo
depositam o que possuem
de moral e bons costumes.
4. Encontro a razão desta
calamidade em cada esquina onde
faltam lixeiras e cidadania.
Me perdoem os mais desprovidos, mas
por debaixo de cada tapete deposita-se
o lixo que tanto praguejam e por vezes
ajudam a esconder.
5. Mas o nefasto, com aval do Cristo ao lado,
são os homens responsáveis pelo nosso bem
coletivo pedirem desculpas públicas por
decisões secretas.
6. Vieram aos poucos, sorrateiros. As árvores, assim como o lixo,
jogadas para dentro do arroio.
7. Se me perguntarem do que
me alimento, direi que também
é da beleza e qualidade natural
de vida.
O Município e seus representantes
eleitos, são responsáveis pelo que
constroem mas também pelo que destroem.
Matam, assassinam em nome do progresso
duvidoso.
8. Não! Não! Não! O seu lugar é aqui. É
uma herança maldita esta mutilação
paisagística de Novo Hamburgo.
As árvores foram replantas em
outro lugar, dizem... Mas e eu
que fui morar ali perto
justamente pelas árvores.
9. Terei saudades. Não
sei se mais alguém, mas
eu terei saudades.
Um belo recanto na
zona central. Onde
passam, vem e vão,
pessoas que se misturam
com a vida do verde que
pede perdão por estar
morando alí.
Vida nova no Parcão?
Não, lá não é seu lugar!
10. Posso perguntar o
que ele pensa e ele
responder que tanto
faz, mas também
posso desencadear em
sua mente o sentido
de frustração,
impotência, revolta,
ante a impossibilidade
de poder fazer algo
contra o assassínio da
natureza.
11. Um resto de fulgor. Uma visão que não se tem mais.
12. Nas manhãs de sol
ou nuvens, chuva ou
frio.
São inúmeros os que
desfrutam a
companhia da sensível
vegetação.
Caminhando, correndo,
participando da vida,
em companhia da vida!
13. Ao menos para mim é inconcebível
não perceber e sentir a diferença
entre o ontem e o hoje.
Apostar num progresso duvidoso...
Ou acreditar que a vida vale mais à
pena?
Então? Trarão os trilhos prosperidade
ou insegurança?
Valerá à pena?
14. São tantos os
adjetivos ruins e
nenhum bom para
resumir este ato.
As imagens
mostram já um
passado, um hiato...
16. Esse trem alegadamente
trará progresso. Será?
Será que porto-alegrenses,
esteienses, canoenses virão
até aqui para consumir nossos
produtos?
Fiquei sabendo por um
pseudointelectual daqui mesmo
(aqui tem muitos), que o tal
trem trará cultura !!!!!!!!!!
Também alegam que o trem
levará à capital muita gente
que vai em seus carros a
trabalho. Será que irão?
Oque pode esse trem trazer
talvez seja um substancial
aumento da criminalidade e
insegurança dentro de seus
vagões.
17. Onde menos espera-se,
brota a beleza.
São em estufas, jardins e
inclusive às margens dum
tal “Arroio Preto”.
18. Esta praça era linda. E útil pois
servia de ligação do centro da
cidade com o shopping e a
rodoviária velha.
Sentava-se ali, pensava-se ali,
vivia-se ali. É ridículo.
19. Mesmo que o trem tenha
uma certa razão de existir,
mesmo assim vejo como um
atentado à cidade.
Como cidadão hamburguense,
lamento que ele tenha vindo
até o centro e devastado a
pouca beleza natural que ainda
temos.
Ficasse próximo a Rodoviária
Nova na Fenac. Com linhas de
ônibus conectadas com o trem.
Mas a volúpia pelo grandioso,
pelos 15 minutos de fama
deverão ter um preço.
Assim como o progresso a
qualquer custo também tem um
preço e nesse caso prefiro
guardar minhas fichas.
20. Estes sapatos por certo pertenceram a
alguém.
Existem muitas possibilidades para este par de
sapatos. Poderá parar no lixão municipal, ser
guardado por outro transeunte necessitado.
Poderá apodrecer ali mesmo se ninguém apanhá-
lo. Pode ser jogado no Arroio Preto como tantas
vezes acontece com coisas ou desejos
descartáveis.
Mas e o homem? Para onde foi o homem que
descalçou este par de sapatos? Teria se
transformado naquela barata e assumido a nova
vida já sem tanta vida ao redor?
E para onde irão os homens que apostam tudo
no progresso a qualquer preço? Que descartam a
vida em toda sua amplitude numa latrina ou
promulgando seu conceito pessoal de progresso
assinando um papel barato? Desrespeitosamente
achando que todos veem o meio ambiente como
algo desconectado de um todo. Separado do
homem. À disposição do homem.
Me sinto responsável por Monte Belo, O São
Francisco e também a natureza ao longo do
ARROIO LUIZ RAU.
21. UM TRIBUTO
Para mim tornou-se necessário
fazer esta homenagem a um dos
locais mais aprazíveis nos
arredores do centro de Novo
Hamburgo.
Já houveram outros desmandos
semelhantes quanto a mutilação do
nosso legado paisagístico. Lembro
da Praça do Imigrante que até os
anos 70 era um local com muito
vais verde, muito mais bancos, um
coreto, romantismo e menos
concreto inútil. Novo Hamburgo
perdeu uma oportunidade de
procurar e certamente encontrar
soluções mais corretas no sentido
de valorizar a qualidade de vida.
Qualquer que sejam os
argumentos para minimizar e
justificar as obras do trem, creio
serem eles questionáveis no
sentido do planejamento urbano,
paisagístico, do trânsito e no apelo
pela qualidade de vida.
m.h.
22. A história é antiga. Foi em 1918 que nosso arroio recebeu o
nome de Luiz Raul, em homenagem a um curtidor vindo da
Alemanha.
O Luiz Rau é também conhecido como “Arroio Preto”. Corta
Novo Hamburgo numa extensão de aproximadamente 14 km.
Nasce na encosta de Dois Irmãos, passa pelo bairro
Roselândia indo para Estância Velha. Retorna então a Novo
Hamburgo passando pelos bairros Rincão, Operário, Vila Rosa,
Rio Branco, Centro, Ideal, Pátria Nova, Ouro Branco,
Liberdade, Industrial e Santo Afonso. Onde então
desemboca no Rio dos Sinos.