O MDMA foi sintetizado e patentiado por Merck em 1914 com o intuito de
ser um novo moderador do apetite (Shulgin, 1986). Foi ignorado pela
comunidade científica até metade dos anos setenta quando em 1978
Shulgin e Nichols relataram que o MDMA produzia `um estado controlavel
de alteração da consciência com harmonia sensual e emocional' e
sugeriram que poderia ser usado como auxiliar psicoterapeutico. Em 1985
um aumento do interesse científico e social ocorreu com a decisão de DEA
(Drug Enforcement Agency) dos EUA que restringiu severamente o uso do
MDMA colocando-a na lista das substâncias proibidas (`schedule I'). O que
justificou esta ação foi o aumento do uso recreacional desta droga que
além de não ter utilidade médica comprovada as evidências indicavam que
uma droga similar o MDA (3,4-metilenodioxiamfetamina) produzia
toxicidade em neurônios serotoninérgicos em animais.

Serotonina

3,4-metilenodioxi-N-metilanfetamina
(MDMA) - Ecstasy

O ecstasy atua no Sistema Nervoso Central, mais propriamente ao nível
de certas zonas do encéfalo tais como: hipotálamo, córtex pré-frontal,
amígdala, hipocampo e núcleos da base. Esta ligação faz com que
aumente a quantidade deste neurotransmissor na fenda sináptica nos
locais acima referidos. O ecstasy é uma molécula muito semelhante à
serotonina, uma vez que estes transportadores se encontram bloqueados,
não ocorre a recaptação desta para os neurónios pré-sinápticos,
verificando-se um aumento dos níveis de serotonina na fenda
sináptica, provocando a estimulação contínua dos neurónios póssinápticos.
Algumas horas após tomar o ecstasy surgem efeitos como depressão e
irritabilidade, estes efeitos acontecem devido ao fato de não ter havido
recaptação da serotonina para dentro dos neurônios pré-sinápticos através
da fenda pré sináptica.

Morte provocada pelo uso de
ecstasy. Lorna Spinks morreu após
consumir duas pastilhas de ecstasy.
Esta foto, tirada minutos antes da
sua morte, é publicitada a pedido
dos seus pais.

TOXICOLOGIA – ECSTASY
PROFª Miriam
Farmácia – 8º A – 414 – VG
Beatriz Pereira – RA
Cintia Maria Viana – RA
Gilmara Kutianski – RA
Locais de ação do ecstasy

Diferentes formatos de comprimidos de ecstasy

farmacologia farmacoterapia

  • 1.
    O MDMA foisintetizado e patentiado por Merck em 1914 com o intuito de ser um novo moderador do apetite (Shulgin, 1986). Foi ignorado pela comunidade científica até metade dos anos setenta quando em 1978 Shulgin e Nichols relataram que o MDMA produzia `um estado controlavel de alteração da consciência com harmonia sensual e emocional' e sugeriram que poderia ser usado como auxiliar psicoterapeutico. Em 1985 um aumento do interesse científico e social ocorreu com a decisão de DEA (Drug Enforcement Agency) dos EUA que restringiu severamente o uso do MDMA colocando-a na lista das substâncias proibidas (`schedule I'). O que justificou esta ação foi o aumento do uso recreacional desta droga que além de não ter utilidade médica comprovada as evidências indicavam que uma droga similar o MDA (3,4-metilenodioxiamfetamina) produzia toxicidade em neurônios serotoninérgicos em animais. Serotonina 3,4-metilenodioxi-N-metilanfetamina (MDMA) - Ecstasy O ecstasy atua no Sistema Nervoso Central, mais propriamente ao nível de certas zonas do encéfalo tais como: hipotálamo, córtex pré-frontal, amígdala, hipocampo e núcleos da base. Esta ligação faz com que aumente a quantidade deste neurotransmissor na fenda sináptica nos locais acima referidos. O ecstasy é uma molécula muito semelhante à serotonina, uma vez que estes transportadores se encontram bloqueados, não ocorre a recaptação desta para os neurónios pré-sinápticos, verificando-se um aumento dos níveis de serotonina na fenda sináptica, provocando a estimulação contínua dos neurónios póssinápticos. Algumas horas após tomar o ecstasy surgem efeitos como depressão e irritabilidade, estes efeitos acontecem devido ao fato de não ter havido recaptação da serotonina para dentro dos neurônios pré-sinápticos através da fenda pré sináptica. Morte provocada pelo uso de ecstasy. Lorna Spinks morreu após consumir duas pastilhas de ecstasy. Esta foto, tirada minutos antes da sua morte, é publicitada a pedido dos seus pais. TOXICOLOGIA – ECSTASY PROFª Miriam Farmácia – 8º A – 414 – VG Beatriz Pereira – RA Cintia Maria Viana – RA Gilmara Kutianski – RA Locais de ação do ecstasy Diferentes formatos de comprimidos de ecstasy