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IFPA – Instituto Federal do Pará - Campus
Rural de Marabá
MANUEL FÁBIO MATOS BARROS
Professor EBTT
UFPA – Universidade Federal do Pará
MARIA JOSÉ DE SOUSA BARBOSA
Professora
O COOPERATIVISMO E A GERAÇÃO DE RENDA: UM OLHAR SOBRE O SUDESTE PARAENSE
Autor(a) 1: Manuel Fábio Matos BARROS
Autor(a) 2: Maria José de Sousa BARBOSA
Área Temática 07: Cooperativismo, Economia Solidária e
Gestão de Empreendimentos
Modalidade: Artigo Científico
4
APRESENTAÇÃO
O artigo traz uma leitura atual do cooperativismo de base familiar e camponesa na
Região Sul e Sudeste do Estado do Pará, a fim de compreender a importância da
temática para o desenvolvimento sustentável do meio rural e dos sujeitos que ali
vivem.
APRESENTAÇÃO
O LOCAL E O OBJETO DE ESTUDO
O locus dessa pesquisa é a o espaço agrário da região Sudeste do Pará
tendo como centralidade os municípios de Marabá e Parauapebas, local
onde surgiram as primeiras cooperativas de agricultores familiares ligados ao
movimento sindical.
Particularmente uma cooperativa foi analisada – a COOPER.
5 Fases de Processo
Este espaço é dedicado para sua legenda. Escreva um texto persuasivo
Primeira
Fase
Definição do Lócus e
Objeto de pesquisa
Segunda
Fase
Pesquisa documental,
eletrônica e bibliográfica
Terceira
Fase
Tratamento de dados e
produção do artigo
RESULTADOS
REVISITANDO O DEBATE SOBRE COOPERATIVISMO NO BRASIL
O desenvolvimento do cooperativismo no Brasil remonta ao final do século XIX,
quando o país passava por mudanças significativas em sua estrutura
socioeconômica e o movimento cooperativista estava se expandindo em várias
partes do mundo. A Cooperativa de Consumo dos Empregados da Companhia
Paulista, em Campinas –SP, datada de 1887, seguida pela fundação da
Associação Cooperativa dos Empregados da Companhia Telefônica, em 1891,
na cidade de Limeira – SP, e da Cooperativa de Consumo de Camaragibe, no
estado de Pernambuco, em 1894, são as primeiras organizações criadas
formalmente no país (CHIARELLO, 2008).
RESULTADOS
REVISITANDO O DEBATE SOBRE COOPERATIVISMO NO BRASIL
Hoje, o cooperativismo é reconhecido como um componente importante da
economia brasileira, representando uma parcela significativa do PIB e
empregando milhões de pessoas em todo o país. As cooperativas são regidas
por princípios democráticos, como a participação igualitária dos membros e
distribuição justa de benefícios, esperançosamente para a promoção da inclusão
social e do desenvolvimento sustentável.
DISCUSSÕES
DESAFIOS DO COOPERATIVISMO NA AMAZÔNIA E NO PARÁ
A região amazônica abriga uma grande quantidade de agricultores familiares e
comunidades que dependem do extrativismo sustentável, como a coleta de
frutas, castanhas, borracha e outros produtos florestais. As cooperativas
desempenham um papel fundamental no apoio e fortalecimento dessas
atividades, oferecendo aos produtores um meio de organização coletiva,
compartilhamento de recursos, acesso a mercados e valorização dos produtos
locais.
DISCUSSÕES
HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO NO SUDESTE DO PARÁ
A Federação das Cooperativas da Agricultura Familiar do Sul do Pará
(FECAT), foi fundada e 25 de junho 2003, tendo como sócias sete
cooperativas municipais, sendo duas criadas na década de 1990
(Parauapebas e Nova Ipixuna) e outras cinco criadas entre os anos de 2000 e
2003 (Eldorado do Carajás, São João do Araguaia, Itupiranga, Marabá e São
Domingos do Araguaia (BARROS, 2015).
Promover o desenvolvimento de uma agricultura familiar baseada na
preservação e convivência com a agrobiodiversidade local, sustentada através
da união das cooperativas associadas e da representação política em defesa
de seus interesses sociais, assistenciais e econômicos, viabilizando o
desenvolvimento da comercialização de produtos oriundos da agricultura
familiar, orientando e integrando suas atividades bem como facilitando a
utilização recíproca de serviços (FECAT, 2003).
DISCUSSÕES
O OBJETO DE ESTUDO – A COOPER
Cooperativa Mista de Produtores Rurais da Região Carajás, sediada em
Parauapebas e com uma extensão em Marabá, fundada em março de 1997.
Ao analisar um período compreendido entre os anos de 2016 a 2020 a Cooper
beneficiou cerca de 3.88 mil toneladas de frutos para a produção de polpas;
Tem e linhas próprias de crédito para financiamento de seus cooperados
DISCUSSÕES
O OBJETO DE ESTUDO – A COOPER
Das 3,88 mil toneladas 28% foi adquirido de cooperados enquanto que o
restante, 72% veio de propriedades de maioria de não cooperados
(SCHNEIDER, 2022).
O distanciamento dos cooperados da vida social e política da cooperativa
pode causar sérios problemas de funcionamento, fragilizando o processo
decisório/democrático, inclusive, podendo chegar no mais graves dos cenários
que é o fechamento da cooperativa.
CONSIDERAÇÕES/CONCLUSÕES
LIMITES E POTENCIALIDADES DO COOPERATIVISMO
A cooperativa, objeto da análise exploratória, tem potencial devido a
infraestrutura e linhas próprias de crédito para financiamento de seus
cooperados, contudo, há fragilidades, sendo o distanciamento dos
cooperados da vida social e política da cooperativa, além do baixo
percentual de aquisição e beneficiada de produtos dos cooperados, gere
riscos quando ao processo democrático, nas tomadas de decisões, haja
vista ser a democracia um dos pilares do cooperativismo.
CONSIDERAÇÕES/CONCLUSÕES
LIMITES E POTENCIALIDADES DO COOPERATIVISMO
Percebe-se a ausência de ações ligadas ao quinto princípio cooperativista,
que preconiza a educação, a formação e a informação como elementos
estruturantes e necessários à consolidação do cooperativismo, como
principais gargalos das lideranças, sobretudo, dos cooperados de modo
geral.
Não menos importante, outro princípio cooperativista precisa ser resgatado:
o sexto, que trata da cooperação e intercooperação, haja vista que a
Cooper fez parte de uma rede de cooperativas e algumas ficaram no meio
do caminho, encerrando assim suas operações.
CONSIDERAÇÕES/CONCLUSÕES
PROPOSIÇÕES
Sugere-se que a Cooper articule o movimento cooperativo regional,
instituições de ensino, pesquisa, extensão universitária e extensão rural,
órgãos de fomento, entidades de classe, no sentido de realizar um processo
de educação cooperativa, a fim de fomentar uma cultura de cooperação,
enquanto uma ação planejada, com objetivos de curto, médio e longo
prazos, dada a atual situação.
Desenvolver a política de assistência técnica e extensão rural
multidimensional é outra ação importante a fim de que a agricultura familiar
regional/estadual/nacional possa se constituir como eixo dos cooperados e
suas organizações para promoverem o princípio a educação, formação e
circulação das informações capazes de alavancar de modo sinergético a
REFERÊNCIAS
BARROS, Manuel Fábio Matos. Educação do campo e cooperativismo: da utopia à
prática. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Rural e Gestão de
empreendimentos agroalimentares) Instituto Federal do Pará. Castanhal – PA, 2022.
CHIARIELLO, Caio Luis. Análise da gestão de cooperativas rurais tradicionais e
populares: estudo de casos na Cocamar e Copavi. Dissertação (Mestrado)
Universidade Federal de São Carlos, 2008.
FEDERAÇÃO DAS COOPERATIVAS DO ARAGUAIA E TOCANTINS - FECAT.
Relatório anual. 2003
SCHNEIDER, Milton Zimmer. O Cooperativismo no desenvolvimento da
agricultura familiar no sudeste paraense: Estudo de caso da fruticultura na
Cooperativa dos Produtores Rurais da Região de Carajás – COOPER. Dissertação
(Mestrado em Desenvolvimento Rural e Gestão de empreendimentos agroalimentares)
Instituto Federal do Pará. Castanhal – PA, 2022.
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  • 1.
  • 2. IFPA – Instituto Federal do Pará - Campus Rural de Marabá MANUEL FÁBIO MATOS BARROS Professor EBTT UFPA – Universidade Federal do Pará MARIA JOSÉ DE SOUSA BARBOSA Professora
  • 3. O COOPERATIVISMO E A GERAÇÃO DE RENDA: UM OLHAR SOBRE O SUDESTE PARAENSE Autor(a) 1: Manuel Fábio Matos BARROS Autor(a) 2: Maria José de Sousa BARBOSA Área Temática 07: Cooperativismo, Economia Solidária e Gestão de Empreendimentos Modalidade: Artigo Científico
  • 4. 4 APRESENTAÇÃO O artigo traz uma leitura atual do cooperativismo de base familiar e camponesa na Região Sul e Sudeste do Estado do Pará, a fim de compreender a importância da temática para o desenvolvimento sustentável do meio rural e dos sujeitos que ali vivem.
  • 5. APRESENTAÇÃO O LOCAL E O OBJETO DE ESTUDO O locus dessa pesquisa é a o espaço agrário da região Sudeste do Pará tendo como centralidade os municípios de Marabá e Parauapebas, local onde surgiram as primeiras cooperativas de agricultores familiares ligados ao movimento sindical. Particularmente uma cooperativa foi analisada – a COOPER.
  • 6. 5 Fases de Processo Este espaço é dedicado para sua legenda. Escreva um texto persuasivo Primeira Fase Definição do Lócus e Objeto de pesquisa Segunda Fase Pesquisa documental, eletrônica e bibliográfica Terceira Fase Tratamento de dados e produção do artigo
  • 7. RESULTADOS REVISITANDO O DEBATE SOBRE COOPERATIVISMO NO BRASIL O desenvolvimento do cooperativismo no Brasil remonta ao final do século XIX, quando o país passava por mudanças significativas em sua estrutura socioeconômica e o movimento cooperativista estava se expandindo em várias partes do mundo. A Cooperativa de Consumo dos Empregados da Companhia Paulista, em Campinas –SP, datada de 1887, seguida pela fundação da Associação Cooperativa dos Empregados da Companhia Telefônica, em 1891, na cidade de Limeira – SP, e da Cooperativa de Consumo de Camaragibe, no estado de Pernambuco, em 1894, são as primeiras organizações criadas formalmente no país (CHIARELLO, 2008).
  • 8. RESULTADOS REVISITANDO O DEBATE SOBRE COOPERATIVISMO NO BRASIL Hoje, o cooperativismo é reconhecido como um componente importante da economia brasileira, representando uma parcela significativa do PIB e empregando milhões de pessoas em todo o país. As cooperativas são regidas por princípios democráticos, como a participação igualitária dos membros e distribuição justa de benefícios, esperançosamente para a promoção da inclusão social e do desenvolvimento sustentável.
  • 9. DISCUSSÕES DESAFIOS DO COOPERATIVISMO NA AMAZÔNIA E NO PARÁ A região amazônica abriga uma grande quantidade de agricultores familiares e comunidades que dependem do extrativismo sustentável, como a coleta de frutas, castanhas, borracha e outros produtos florestais. As cooperativas desempenham um papel fundamental no apoio e fortalecimento dessas atividades, oferecendo aos produtores um meio de organização coletiva, compartilhamento de recursos, acesso a mercados e valorização dos produtos locais.
  • 10. DISCUSSÕES HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO NO SUDESTE DO PARÁ A Federação das Cooperativas da Agricultura Familiar do Sul do Pará (FECAT), foi fundada e 25 de junho 2003, tendo como sócias sete cooperativas municipais, sendo duas criadas na década de 1990 (Parauapebas e Nova Ipixuna) e outras cinco criadas entre os anos de 2000 e 2003 (Eldorado do Carajás, São João do Araguaia, Itupiranga, Marabá e São Domingos do Araguaia (BARROS, 2015). Promover o desenvolvimento de uma agricultura familiar baseada na preservação e convivência com a agrobiodiversidade local, sustentada através da união das cooperativas associadas e da representação política em defesa de seus interesses sociais, assistenciais e econômicos, viabilizando o desenvolvimento da comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar, orientando e integrando suas atividades bem como facilitando a utilização recíproca de serviços (FECAT, 2003).
  • 11. DISCUSSÕES O OBJETO DE ESTUDO – A COOPER Cooperativa Mista de Produtores Rurais da Região Carajás, sediada em Parauapebas e com uma extensão em Marabá, fundada em março de 1997. Ao analisar um período compreendido entre os anos de 2016 a 2020 a Cooper beneficiou cerca de 3.88 mil toneladas de frutos para a produção de polpas; Tem e linhas próprias de crédito para financiamento de seus cooperados
  • 12. DISCUSSÕES O OBJETO DE ESTUDO – A COOPER Das 3,88 mil toneladas 28% foi adquirido de cooperados enquanto que o restante, 72% veio de propriedades de maioria de não cooperados (SCHNEIDER, 2022). O distanciamento dos cooperados da vida social e política da cooperativa pode causar sérios problemas de funcionamento, fragilizando o processo decisório/democrático, inclusive, podendo chegar no mais graves dos cenários que é o fechamento da cooperativa.
  • 13. CONSIDERAÇÕES/CONCLUSÕES LIMITES E POTENCIALIDADES DO COOPERATIVISMO A cooperativa, objeto da análise exploratória, tem potencial devido a infraestrutura e linhas próprias de crédito para financiamento de seus cooperados, contudo, há fragilidades, sendo o distanciamento dos cooperados da vida social e política da cooperativa, além do baixo percentual de aquisição e beneficiada de produtos dos cooperados, gere riscos quando ao processo democrático, nas tomadas de decisões, haja vista ser a democracia um dos pilares do cooperativismo.
  • 14. CONSIDERAÇÕES/CONCLUSÕES LIMITES E POTENCIALIDADES DO COOPERATIVISMO Percebe-se a ausência de ações ligadas ao quinto princípio cooperativista, que preconiza a educação, a formação e a informação como elementos estruturantes e necessários à consolidação do cooperativismo, como principais gargalos das lideranças, sobretudo, dos cooperados de modo geral. Não menos importante, outro princípio cooperativista precisa ser resgatado: o sexto, que trata da cooperação e intercooperação, haja vista que a Cooper fez parte de uma rede de cooperativas e algumas ficaram no meio do caminho, encerrando assim suas operações.
  • 15. CONSIDERAÇÕES/CONCLUSÕES PROPOSIÇÕES Sugere-se que a Cooper articule o movimento cooperativo regional, instituições de ensino, pesquisa, extensão universitária e extensão rural, órgãos de fomento, entidades de classe, no sentido de realizar um processo de educação cooperativa, a fim de fomentar uma cultura de cooperação, enquanto uma ação planejada, com objetivos de curto, médio e longo prazos, dada a atual situação. Desenvolver a política de assistência técnica e extensão rural multidimensional é outra ação importante a fim de que a agricultura familiar regional/estadual/nacional possa se constituir como eixo dos cooperados e suas organizações para promoverem o princípio a educação, formação e circulação das informações capazes de alavancar de modo sinergético a
  • 16. REFERÊNCIAS BARROS, Manuel Fábio Matos. Educação do campo e cooperativismo: da utopia à prática. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Rural e Gestão de empreendimentos agroalimentares) Instituto Federal do Pará. Castanhal – PA, 2022. CHIARIELLO, Caio Luis. Análise da gestão de cooperativas rurais tradicionais e populares: estudo de casos na Cocamar e Copavi. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de São Carlos, 2008. FEDERAÇÃO DAS COOPERATIVAS DO ARAGUAIA E TOCANTINS - FECAT. Relatório anual. 2003 SCHNEIDER, Milton Zimmer. O Cooperativismo no desenvolvimento da agricultura familiar no sudeste paraense: Estudo de caso da fruticultura na Cooperativa dos Produtores Rurais da Região de Carajás – COOPER. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Rural e Gestão de empreendimentos agroalimentares) Instituto Federal do Pará. Castanhal – PA, 2022.