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ORIENTAÇÕES PARA UM FUTURO
MODELO DE FORMAÇÃO A LONGO PRAZO
DE JOVENS ANDEBOLISTAS PORTUGUESES
Américo Cardoso1; João Prudente1; Pedro Sequeira2
1Universidade Madeira, Funchal, Portugal;
2Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém; Centro de
Investigação em Qualidade de Vida
1
QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS:
Especialização precoce
O desporto é uma actividade da maior importância
para formação e desenvolvimento dos jovens pelo
que se torna fundamental uma abordagem
criteriosa sobre o enquadramento das actividades
desportivas das crianças e jovens, tanto ao nível do
treino como da competição (Fraser-Thomas, Côté e
Deakin, 2005).
2
QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS:
Especialização precoce
Segundo vários estudos especialização precoce pode
ter consequências negativas associadas:
• A limitação das experiências na fase inicial de
formação, formação pobre (Baker, 2003);
• Consequências negativas ao nível psicológico e social
“burnout”, (Fraser-Thomas, Côté e Deakin, 2005,
citando Côté, 2004);
3
QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS:
Especialização precoce
• Abandono da precoce prática desportiva
(“dropout”).
• Um volume elevado de treino de considerável
intensidade durante o período de
desenvolvimento biológico pode ter custos
(problemas relacionados com o “overtraining” e
lesões de “overuse”).
4
QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS:
A prontidão para um desporto
Uma questão importante se coloca:
será que existe um momento ideal para iniciação no
desporto competitivo?
5
QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS:
A prontidão para um desporto
A maioria dos investigadores concordam que as
crianças só devem participar no desporto competitivo a
partir do momento em que se verifique uma
correspondência adequada entre as exigências da
atividade e o seu estádio de crescimento e
desenvolvimento.
6
QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS:
A prontidão para um desporto
Assim, os técnicos que dirigem e orientam o desporto
juvenil devem criar condições para que os programas
de formação desportiva não ultrapassem os limites
possíveis de “prontidão” dos jovens para quem são
desenhados, tanto no que se refere aos treinos como
à competição (Purcell, 2005)..
7
O QUE PENSAM OS TREINADORES DE ANDEBOL
PORTUGUESES
Segundo o nosso estudo de 2013 a maioria dos
treinadores portugueses de Andebol defendem as
seguintes opiniões e opções para a prática federada
das crianças e jovens na modalidade:
• Que nos escalões de minis, bâmbis e infantis a
competição deve-se orientar para objetivos
formativos.
8
O QUE PENSAM OS TREINADORES DE ANDEBOL
PORTUGUESES
• A preparação deve ser tendencialmente
multilateral, passando a especializada apenas a
partir dos juvenis;
• Que a competição nos escalões de bâmbis e
mínis devem ter preferencialmente
características informais, passando a formais só a
partir do escalão de infantis;
• Ser importante que a prática proporcione aos
jovens momentos de divertimento e prazer;
9
O QUE PENSAM OS TREINADORES DE ANDEBOL
PORTUGUESES
• Ser útil a existência de regulamentos técnicos
ou pedagógicos de forma a modelar a
competição até ao escalão de iniciados.
• Desaprovam a existência de provas a eliminar,
que a acontecer, só terão sentido a partir do
escalão de juvenis.
• Sentem a necessidade da inclusão de temas
sobre a formação desportiva a longo prazo nos
cursos e formações para treinadores.
10
Linhas orientadoras para um futuro modelo de
formação a longo prazo de andebolistas portugueses
• Com base na revisão de literatura e nas
conclusões do nosso estudo acerca da opinião
dos treinadores portugueses de andebol sobre
as opções a seguir na formação dos jovens
andebolistas, propomos as seguintes linhas
orientadoras para uma formação a longo prazo
do andebolista português:
11
Linhas orientadoras para um futuro modelo de
formação a longo prazo de andebolistas portugueses
• Estabelecimento de uma interação entre a
Federação, os clubes e os Agrupamentos escolares,
para a implementação de atividades com vista à
formação dos andebolistas nos anos iniciais da sua
formação desportiva;
• Formação de caráter multilateral nos primeiros
anos da formação, evitando a especialização
precoce e incidindo nas habilidades básicas;
12
Linhas orientadoras para um futuro modelo de
formação a longo prazo de andebolistas portugueses
• Desenvolvimento de um programa sistemático de
formação desportiva, com etapas bem definidas
tendo em consideração os momentos de
desenvolvimento (maturacional, psicológico e
emocional) dos jovens andebolistas, o género e os
momentos de treinabilidade das capacidades e
habilidades;
13
Linhas orientadoras para um futuro modelo de
formação a longo prazo de andebolistas portugueses
• Garantir que as atividades dos programas estejam
de acordo com as necessidades e aspirações dos
jovens nos diferentes momentos da seu
desenvolvimento;
• Desenvolvimento de um programa que tenha em
consideração tanto o desenvolvimento do
praticante como do desportista a longo prazo,
garantindo a continuidade na prática desportiva
para além dos anos de competição;
14
Linhas orientadoras para um futuro modelo de
formação a longo prazo de andebolistas portugueses
• Início da especialização apenas a partir do escalão
de juvenis, garantindo uma formação desportiva
mais rica aos jovens praticantes, num maior
período de tempo e diversidade de experiências;
• Planeamento de competições que sejam mais
consonantes com o desenvolvimento emocional
dos jovens praticantes: opção por mais
competições informais, locais e regionais nos
primeiros anos de formação;
15
Linhas orientadoras para um futuro modelo de
formação a longo prazo de andebolistas portugueses
• Condução dos programas no sentido de
proporcionar momentos de divertimento e prazer e
maior conciliação com outras atividades não
desportivas do dia a dia dos jovens;
• Periodização dos programas de treino em função
do desenvolvimento do praticante em vez dos
objetivos na competição;
• Periodização dos programas de treino em função
do desenvolvimento do praticante em vez dos
objetivos na competição;
16
Linhas orientadoras para um futuro modelo de
formação a longo prazo de andebolistas portugueses
• Deteção, desenvolvimento e acompanhamento
de talentos baseada em fatores não
discriminantes: ter em consideração a influência
do momento de maturação, a experiência na
prática e o desenvolvimento psicológico e
emocional e não apenas o desempenho
momentâneo.
17
Linhas orientadoras para um futuro modelo de
formação a longo prazo de andebolistas portugueses
• Aplicação de regulamentos técnicos
pedagógicos à competição, de forma a garantir
que estas estejam ao serviço dos objetivos de
formação a longo prazo;
• Ações de Formação para treinadores, pais e
dirigentes incidindo sobre a temática da
formação desportiva a longo prazo de jovens
desportistas (treino e competição para jovens).
18
ORIENTAÇÕES PARA UM FUTURO
MODELO DE FORMAÇÃO A LONGO PRAZO
DE JOVENS ANDEBOLISTAS PORTUGUESES
Américo Cardoso1; João Prudente1; Pedro Sequeira2
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Orientações para formação andebolistas

  • 1. ORIENTAÇÕES PARA UM FUTURO MODELO DE FORMAÇÃO A LONGO PRAZO DE JOVENS ANDEBOLISTAS PORTUGUESES Américo Cardoso1; João Prudente1; Pedro Sequeira2 1Universidade Madeira, Funchal, Portugal; 2Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém; Centro de Investigação em Qualidade de Vida 1
  • 2. QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS: Especialização precoce O desporto é uma actividade da maior importância para formação e desenvolvimento dos jovens pelo que se torna fundamental uma abordagem criteriosa sobre o enquadramento das actividades desportivas das crianças e jovens, tanto ao nível do treino como da competição (Fraser-Thomas, Côté e Deakin, 2005). 2
  • 3. QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS: Especialização precoce Segundo vários estudos especialização precoce pode ter consequências negativas associadas: • A limitação das experiências na fase inicial de formação, formação pobre (Baker, 2003); • Consequências negativas ao nível psicológico e social “burnout”, (Fraser-Thomas, Côté e Deakin, 2005, citando Côté, 2004); 3
  • 4. QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS: Especialização precoce • Abandono da precoce prática desportiva (“dropout”). • Um volume elevado de treino de considerável intensidade durante o período de desenvolvimento biológico pode ter custos (problemas relacionados com o “overtraining” e lesões de “overuse”). 4
  • 5. QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS: A prontidão para um desporto Uma questão importante se coloca: será que existe um momento ideal para iniciação no desporto competitivo? 5
  • 6. QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS: A prontidão para um desporto A maioria dos investigadores concordam que as crianças só devem participar no desporto competitivo a partir do momento em que se verifique uma correspondência adequada entre as exigências da atividade e o seu estádio de crescimento e desenvolvimento. 6
  • 7. QUESTÕES SOBRE OS PROGRAMAS DESPORTIVOS: A prontidão para um desporto Assim, os técnicos que dirigem e orientam o desporto juvenil devem criar condições para que os programas de formação desportiva não ultrapassem os limites possíveis de “prontidão” dos jovens para quem são desenhados, tanto no que se refere aos treinos como à competição (Purcell, 2005).. 7
  • 8. O QUE PENSAM OS TREINADORES DE ANDEBOL PORTUGUESES Segundo o nosso estudo de 2013 a maioria dos treinadores portugueses de Andebol defendem as seguintes opiniões e opções para a prática federada das crianças e jovens na modalidade: • Que nos escalões de minis, bâmbis e infantis a competição deve-se orientar para objetivos formativos. 8
  • 9. O QUE PENSAM OS TREINADORES DE ANDEBOL PORTUGUESES • A preparação deve ser tendencialmente multilateral, passando a especializada apenas a partir dos juvenis; • Que a competição nos escalões de bâmbis e mínis devem ter preferencialmente características informais, passando a formais só a partir do escalão de infantis; • Ser importante que a prática proporcione aos jovens momentos de divertimento e prazer; 9
  • 10. O QUE PENSAM OS TREINADORES DE ANDEBOL PORTUGUESES • Ser útil a existência de regulamentos técnicos ou pedagógicos de forma a modelar a competição até ao escalão de iniciados. • Desaprovam a existência de provas a eliminar, que a acontecer, só terão sentido a partir do escalão de juvenis. • Sentem a necessidade da inclusão de temas sobre a formação desportiva a longo prazo nos cursos e formações para treinadores. 10
  • 11. Linhas orientadoras para um futuro modelo de formação a longo prazo de andebolistas portugueses • Com base na revisão de literatura e nas conclusões do nosso estudo acerca da opinião dos treinadores portugueses de andebol sobre as opções a seguir na formação dos jovens andebolistas, propomos as seguintes linhas orientadoras para uma formação a longo prazo do andebolista português: 11
  • 12. Linhas orientadoras para um futuro modelo de formação a longo prazo de andebolistas portugueses • Estabelecimento de uma interação entre a Federação, os clubes e os Agrupamentos escolares, para a implementação de atividades com vista à formação dos andebolistas nos anos iniciais da sua formação desportiva; • Formação de caráter multilateral nos primeiros anos da formação, evitando a especialização precoce e incidindo nas habilidades básicas; 12
  • 13. Linhas orientadoras para um futuro modelo de formação a longo prazo de andebolistas portugueses • Desenvolvimento de um programa sistemático de formação desportiva, com etapas bem definidas tendo em consideração os momentos de desenvolvimento (maturacional, psicológico e emocional) dos jovens andebolistas, o género e os momentos de treinabilidade das capacidades e habilidades; 13
  • 14. Linhas orientadoras para um futuro modelo de formação a longo prazo de andebolistas portugueses • Garantir que as atividades dos programas estejam de acordo com as necessidades e aspirações dos jovens nos diferentes momentos da seu desenvolvimento; • Desenvolvimento de um programa que tenha em consideração tanto o desenvolvimento do praticante como do desportista a longo prazo, garantindo a continuidade na prática desportiva para além dos anos de competição; 14
  • 15. Linhas orientadoras para um futuro modelo de formação a longo prazo de andebolistas portugueses • Início da especialização apenas a partir do escalão de juvenis, garantindo uma formação desportiva mais rica aos jovens praticantes, num maior período de tempo e diversidade de experiências; • Planeamento de competições que sejam mais consonantes com o desenvolvimento emocional dos jovens praticantes: opção por mais competições informais, locais e regionais nos primeiros anos de formação; 15
  • 16. Linhas orientadoras para um futuro modelo de formação a longo prazo de andebolistas portugueses • Condução dos programas no sentido de proporcionar momentos de divertimento e prazer e maior conciliação com outras atividades não desportivas do dia a dia dos jovens; • Periodização dos programas de treino em função do desenvolvimento do praticante em vez dos objetivos na competição; • Periodização dos programas de treino em função do desenvolvimento do praticante em vez dos objetivos na competição; 16
  • 17. Linhas orientadoras para um futuro modelo de formação a longo prazo de andebolistas portugueses • Deteção, desenvolvimento e acompanhamento de talentos baseada em fatores não discriminantes: ter em consideração a influência do momento de maturação, a experiência na prática e o desenvolvimento psicológico e emocional e não apenas o desempenho momentâneo. 17
  • 18. Linhas orientadoras para um futuro modelo de formação a longo prazo de andebolistas portugueses • Aplicação de regulamentos técnicos pedagógicos à competição, de forma a garantir que estas estejam ao serviço dos objetivos de formação a longo prazo; • Ações de Formação para treinadores, pais e dirigentes incidindo sobre a temática da formação desportiva a longo prazo de jovens desportistas (treino e competição para jovens). 18
  • 19. ORIENTAÇÕES PARA UM FUTURO MODELO DE FORMAÇÃO A LONGO PRAZO DE JOVENS ANDEBOLISTAS PORTUGUESES Américo Cardoso1; João Prudente1; Pedro Sequeira2 1Universidade Madeira, Funchal, Portugal; 2Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém; Centro de Investigação em Qualidade de Vida 19