SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 49
Iniciação a Umbanda
Por Diamantino Fernandes Trindade
INTRODUÇÃO DO ESPIRITUALISMO NO BRASIL
A Revolução Francesa marca na história a liberdade para o homem. Surge
nesta época o Kadercismo.
Aera espirita é marcada oficialmente, pela publicação, em 18 de Abril de 1857,
do Livro dos Espíritos. Este livro se apresentava como código de uma nova fase da
evolução da humana. Allan Kardec, nascido a 03 de Outubro de 1804 na cidade de
Lion, serviu como intermediário para as primeiras manifestações do plano espiritual.
Sobre o Livro dos Espíritos erguia-se um edifício: O da Doutrina Espírita. O
espiritismo surgiu com ele e com ele se propagou.
O Brasil recebeu como herança do período colonial, uma formação católica. A
pressão exercida pela Igreja Católica Romana não permitia a livre manifestação dos
seguidores de outras crenças religiosas ou de livres pensadores. Só nos últimos
tempos a nossa sociedade permitiu certa liberdade de crença.
Na segunda metade do século passado encontramos os senhores do café
tendo a sua disposição os vastos recursos proporcionados pela multiplicação das
imensas fortunas obtidas com a lavoura do café.
Surgiram então os novos ricos que se regalavam com viagens em
confortáveis vapores aos mais importantes centros culturais e recreativos da
Europa, destacando-se Paris, onde a Revolução Francesa permitiu a liberdade de
crença para todo ser humano.
Desta maneira, alguns médiuns puderam passar a procurar respostas para
suas dúvidas depois de tomar conhecimento das experiências vividas por Allan
Kardec, com a possibilidade de comunicação com os espíritos dos mortos.
Sendo assim, a principio, o espiritismo foi praticado pela sociedade
aristocrática, fato que não necessariamente ocorria na Europa.
O Espiritismo no Brasil tornou-se rapidamente preconceituoso e pedante.
Quem em vida não houvesse sido importante, não tinha o direito de se manifestar
nas chamadas sessões espíritas (mesa branca). Isso se
justifica, pois até bem pouco tempo, as famílias que defendiamas doutrinas de
Kardec, haviam se beneficiado do trabalho escravo e suas fortunas eram
conseguidas a custa desse sangue escravo, de um povo negro que eles haviam
aprendido a renegar e desprezar. Por isso, numa mesa Kardecista, um médium que
incorporava um espírito que em vida havia sido um escravo, era de imediato
convidado a se retirar da sessão, acusado de praticar baixo espiritismo. Estávamos
em 1908 e esse era o quadro geral do espiritismo de então Brasil.
ZÉLIO DE MORAIS E AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES
ESPIRITUAIS NA UMBANDA - NA CIDADE DE NITEROI -
ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Em 1908, o jovemZélio Ferdinando de Morais estava com 17 anos e havia
concluído o 2º grau e se preparava para ingressar na Escola Naval, quando fatos
estranhos começaram a lhe acontecer.
Ora ele assumia a estranha postura de um velho, falando coisas
aparentemente desconexas, como se outra pessoa e que havia vivido emoutra
época, e em outras ocasiões, sua forma física lembrava um felino lépido e
desembaraçado que parecia conhecer todos os segredos da natureza, os animais e
as plantas.
Este estado de coisas chamou logo a atenção de seus familiares
principalmente porque ele estava se preparando para seguir carreira na Marinha.
Esse estado de coisas foi se agravando e os chamados "ataques" repetiam-se cada
vez com mais intensidade. A família recorreu então a um médico, diretor de um
hospício. Ao examina-lo e observa-lo durante vários dias, encaminhou-o à família,
dizendo que a loucura não se enquadrava emnada do que ele havia conhecido,
ponderando ainda, que melhor seria encaminha-lo a um padre, pois o garoto mais
parecia endemoniado. Através do sacerdote, também tio de Zélio, foi realizado
exorcismo para livrá-lo daqueles incômodos ataques. Entre tanto nem esse, nem os
outros dois exorcismos realizados posteriormente, inclusive com a participação de
outros sacerdotes católicos conseguiram dar a família Morais o tipo desejado de
sossego, pois as manifestações prosseguiram, apesar de tudo. Apartir dai, a família
passou a correr atrás de toda e qualquer melhora, ou melhor, informação, que lhe
trouxesse a esperança de uma solução para seu filho.
Um dia alguém sugeriu que isso era coisa de espiritismo e que o melhor era
encaminhá-lo à recém-fundada Federação Kardecista de Niterói.
O jovem Zélio foi conduzido a 14 de Novembro de 1908 á presença de José de Souza.
Estavam num daqueles chamados ataques, que nada mais eram incorporações
involuntárias de diferentes espíritos;e lá chegando, José, médium vidente,
interpelou o espírito manifestado e foi aproximadamente este diálogo ocorrido:
Sr. José: - Quem é você que ocupa o corpo desse jovem?
O Espírito: - Eu? Eu sou apenas um Caboclo brasileiro.
Sr. José: - Você se identifica como um Caboclo, mas eu vejo em você restos de
vestes clericais.
O Espírito: - O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui Padre,
meu nome era Gabriel Malagrida e, acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira
da inquisição por haver previsto o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Mas, em
minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como um
Caboclo brasileiro.
Sr. José: - E qual é o seu nome?
O Espírito: - Se é preciso que eu tenha um nome, digam que eu sou o Caboclo das
Sete Encruzilhadas, pois para mim não existiram caminhos fechados. Venho trazer a
UMBANDA, uma RELIGIÃO sem nenhum PRECONCEITO NÃO diferenciando rico ou
pobre, poderoso ou humilde, todos se tornam iguais na morte, mas vocês homens
preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram
levar essas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Porque não
podem nos visitar esses humildes trabalhadores do espaço, apesar de não haverem
sido pessoas importantes na terra, também trazem importantes mensagens do
além? Por que não aos Caboclos e Pretos Velhos? Acaso não foram eles também do
mesmo Deus?...
"Amanhã na casa onde meu aparelho mora, haverá uma mesa posta a toda e
qualquer entidade que queira ou precise se manifestar independentemente daquilo
que haja sido em vida, e todos serão ouvidos e nós aprenderemos com aqueles
espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberemmenos e a
nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois está é a vontade do Pai."
Sr. José: - E que nome darão a está Igreja?
O Caboclo: - TENDANOSSASENHORADA PIEDADE, pois da mesma forma que
MARIA ampara nos braços o filho querido, também serão amparados os que se
socorreremda UMBANDA.
Adenominação Tenda foi justificada assim pelo Caboclo: Igreja, Templo, Loja
dão aspecto de superioridade enquanto que "TENDA" lembra uma CASA HUMILDE.
Desta forma, na sala de jantar da família Morais, um grupo de curiosos
Kardecistas compareceu no dia 15 de Novembro de 1908 para ver como seriam
essas incorporações, para eles indesejáveis ou injustificáveis. Alguns médiuns que
haviam sido escorraçados de mesas Kardecistas, por haveremincorporado
Caboclos, Crianças, ou Pretos Velhos se solidarizaram com aquele garoto que
parecia anjo estar compreendendo o que lhe acontecia e que de repente se via como
Líder de um grupo religioso, obra essa que deveria durar a sua vida e que só
terminaria com a sua morte.
...
A Tenda Nossa Senhora da Piedade é reconhecida hoje como a primeira
Tenda de Umbanda e a data de 15 de Novembro de 1908 é reconhecida como a data
de fundação oficial da Umbanda.
Ronaldo Linares fez seu primeiro contato com Zélio Morais em 1970. Antes
disso, em 1969, o pesquisador norte americano, David St. Clair fez a mesma
descoberta em sua estada no Brasil, escrevendo:
"O homem a quem geralmente se atribui o crédito da criação da Umbanda é Zélio
Morais. Ele era alto, loiro e pele branca. Foi educado no Catolicismo, mas era
constantemente molestado com a possessão de um espírito índio brasileiro mestiço
chamado Caboclo das Sete Encruzilhadas. Caboclo é a denominação de ser mestiço
de índio e negro, ele estava emcomunicação direta com espíritos africanos do
Candomblé e também em excelentes relações com os espíritos dos Índios locais."
O povo que vinha até Zélio para consultas acreditava em todas as coisas que o
Caboclo dizia, por ser ele, antes de tudo, um deles. Ele não era apenas o fantasma de
algum mestiço morto, mas era um espírito mestiço na tradição dos espíritos da selva
africana. Ele era uma mistura de sangues. Os brasileiros que conversavamcom ele
também eram uma mistura de sangue. Ele conhecia sua nação e havia testemunhado
sua história. Ele falava sua língua, não o dialeto de alguma tribo africana. Ele era um
deles e isto era terrivelmente importante.
Zélio tinha ouvido sobre Kardec e havia estado em alguns encontros de
macumba que ocorreramno Rio no estilo do Candomblé, mas o Caboclo disse a ele
que nada do que se criara estava certo, e ditou uma nova série de regras,
regulamentos, rituais, cantos, toques de tambor, curas através das ervas, cursos,
passos de danças etc. O povo vinha a ele para obter conselhos, curas, conforto
espiritual. Seus assistentes começaram a serem possuídos por outros espíritos
brasileiros nativos, espíritos que representavamescravos, negros, e índios.
RAÍZES DO RITUAL UMBANDISTA
Quando Ronaldo Linares efetuou os primeiros contatos com Zélio indagou
sobre a origem do ritual Umbandista e ele fez os seguintes esclarecimentos:O rito
nasceu naturalmente em consequência da presença do Índio e pela presença do
elemento negro, não tanto pela presença física do negro, mas sim pela presença do
Preto Velho incorporado e para ser mais preciso, no mesmo dia e pela primeira vez
houve a incorporação de Pai Antônio naquela que haveria de ser a primeira Tenda de
Umbanda do Brasil. Perguntado se tem saudades de alguma coisa que deixou ficar
na terra, ele respondeu "Meu Cachimbo, nego que o pito deixou no toco... Manda
muleque buscar". A alegria do velhinho empoder pitar novamente o seu cachimbo,
logo seria repetida quando dos outros médiuns já mencionados, também passaram
livremente a permitir a presença de seus Caboclos, de seus Preto Velhos e demais
entidades consideradas não doutas pelos kardecistas de então, pobres tolos
preconceituosos que confundiam cultura com bondade.
Atualmente sabe-se que o uso do fumo pelas entidades incorporadas tem o
efeito purificador quando estas atendemalguma pessoa com problemas espirituais.
A fumaça age como desagregador de maus fluídos atingindo o períspirito dos
espíritos obsessores.
Por extensão destes hábitos incorporados ao terreiro, passou-se a oferecer
doces as crianças incorporadas e, às vezes a promover festas infantis. Contudo, o
que é usual nestes casos e, naturalmente influindo desta ou daquela forma nas
demais forma de incorporação, sempre com o objetivo de tratar os incorporantes
(espíritos) como velhos e queridos amigos a "Liberdade" trazida pelo Caboclo das
Sete Encruzilhadas, as pessoas afugentadas da etilizada mesa Kardecista de então,
passaram a frequentar a nova religião. Uma boa parcela dessas pessoas era da raça
negra, fazendo com que a Umbanda passasse a contar com uma boa parte de
médiuns de raça negra que se sentiam muito à vontade pela ausência de
preconceitos.
Esses médiuns começaram a enriquecer o ritual umbandista com práticas de
Candomblé, conhecidas por elas, sincretismo dos Orixás com os Santos Católicos
etc...
Foram introduzidos assim comidas de santo, atabaques, agogôs e outros
instrumentos musicais etc... Este fato ocorreu com as tendas nascidas da Tenda
Nossa senhora da Piedade, pois nesta, nunca foram utilizados atabaques ou palmas.
Outro fator determinante da raça negra no Candomblé são as oferendas
(Obrigação aos Orixás).
Os Africanos tinham o hábito de fazer oferendas aos seus Orixás como o
vinho de palma, por exemplo. Na situação de escravos, não tinham permissão para
cultuar seus Orixás e tampouco de fazer tais oferendas.
Alguns escravos, que demonstravam dotes mediúnicos, eram escolhidos
pela comunidade para serem iniciados nos mistérios da sua religião. Esses escravos
eram retirados, à noite, das senzalas para serem iniciados no interior da mata, junto
à natureza. O escravo iniciado deveria fazer uma oferenda ao seu Orixá.
Justificam-se assim, as obrigações dadas, pelos médiuns, aos seus Orixás,
obrigações dadas junto à natureza (matas, cachoeiras, pedreiras, mas, rios etc...).
Geralmente à noite em função da Tradição do Elemento Negro. Na Umbanda não
existe dogmas e todos os rituais, quer para as Entidades ou Orixás tem sua razão de
ser.
SIGNIFICADO DA PALAVRA UMBANDA
Sempre que é necessário demonstrar o pouco conhecimento dos próprios
umbandistas sobre a própria Umbanda, pergunte-se inicialmente se os participantes
da reunião são médiuns e depois se todos trabalham pela causa umbandista.
Quando se recebe a resposta afirmativa, pergunta-se "O que é Umbanda?" E
geralmente a resposta é um ar de duvida ou insegurança ou ainda uma frase sem
muita convicção, como por exemplo: Umbanda é paz e amor (então hippie é
umbandista); ou ainda Umbanda é humildade; Umbanda é saber transmitir calor
humano, e uma série de frases que podem definir algumas virtudes umbandistas,
mas estão longe de fornecer ao leigo uma explicação satisfatória e logica do seja
realmente a Umbanda. Vamos por isso, explicar a origem da palavra Umbanda.
Apalavra Umbanda, segundo Cavalcanti Bandeira em sua grande obra "O que
é Umbanda", é originária da língua Quimbundo, encontrada em muitos dialetos
Bantus, falados em Angola, Congo, Guiné e não é segredo algum, pois, em virtude
dos interesses comerciais e do período em que Portugal manteve suas colônias na
África, foi devidamente estudada, existindo várias gramaticas de autores
insuspeitos, em que são citados as palavras Umbanda e Quimbanda, nomes comuns
na África. Às vezes como o espírito dessa mesma nação.
Uma possibilidade mais remota, da origem dessa palavra no orientalismo
iniciático, no qual o "mantra" a Umbanda representa umalto significado esotérico.
Resumidamente temos: Umbanda, arte de curar, ofício de ocultista, ciência
médica, magia de curar. Em sua origem participam valores de três culturas
principais: a cultura branca europeia (Catolicismo e Kadercismo), cultura negra
africana (elemento escravo e a cultura vermelha ameríndia índios nativos, que o
branco tentou escravizar).
Concluímos então que a Umbanda é uma religião espírita, ritmada, ritualizada,
de origem euro-afro-brasileira.
UMBANDA
Religião tipicamente brasileira, com fusão de parte de vários cultos:
Candomblé, Pajelança, Catolicismo, Espiritismo, Esoterismo.
É uma religião ecumênica:
* a magia da Pajelança
* o ritual do Candomblé
* imagens e rituais Católicos
* incorporações e princípios Kardecistas
* cânticos como os evangélicos etc...
Foi fundada pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas (que foi padre) através do
médium Zélio de Moraes, em 15/11/1908, inaugurando a 1º tenda no país.
Assim, abriram-se as portas para as incorporações dos Caboclos, Pretos
Velhos e outras falanges do bem. No Candomblé eles não podiam se manifestar e no
Kadercismo não aceitavam essas incorporações (nessa época o kadercismo vindo
recentemente da França era elitista).
Foi delineada para a Umbanda, pelos espíritos de luz, como doutrina básica
espiritual a utilização dos médiuns como veículos de suas mensagens e
ensinamentos sempre fundamentados na caridade.
A Umbanda é uma instituição louvável porque recebeu de Cristo a
responsabilidade de levantar bem alto a sua bandeira de caridade e no astral, uma de
suas inúmeras importantes tarefas é combater a magia negra, neutralizando os seus
efeitos maléficos.
E para essa caridosa tarefa, os guias espirituais contam sempre com o
devotamento de seus filhos do terreiro, que são médiuns ou cavalos, já
conscientizados do dever do umbandista que é combater o mal e praticar o bem. "A
Umbanda é o denominador da magia branca".
Aparentemente, a Umbanda é heterogênea, não tendo ainda unidade
doutrinária e ritualística: mesmo assim existe uma estrutura espiritual de luzes
básicas fundamental que sustenta seus alicerces.
Os mentores espirituais do astral consideram a Umbanda uma aspiração
religiosa destinada a atender uma importante fase da graduação espiritual do
homem. A administração sideral não pretende impor ao universo uma religião
exclusiva, porém, no esquema divino existe um objetivo que elas sejam
fundamentadas na lei do amor.
Nesse sentido, a Umbanda deverá ser mais compreendida e aceita na sua
elevada significação cósmica.
Ela possui o sentido de confraternizar as mais diversas raças sob o mesmo
padrão de contato com o mundo espiritual.
A Umbanda é dirigida pela sagrada corrente astral da Umbanda cúpula
diretiva.
Numerosos “Pais no Santo”, cambonos e médiuns são descendentes de
portugueses, italianos, sírios, alemães, espanhóis, judeus, que convivemno mais
original espirito de confraternização religiosa.
Assim foi delineada a doutrina que se conhece por Umbanda, despida de
preconceitos racistas pela sua origem africana, no sentido de agrupar em suas
atividades escravos, senhores, pretos, brancos nativos exilados, imigrantes
descendentes de todos os povos do mundo, sediados no solo brasileiro.
A Umbanda no Brasil é consequência de uma lei religiosa muito natural: a
evolução moral, prevendo a decadência do catolicismo pelos seus dogmas
envelhecidos, o advento libertador da inteligência do homem, os mentores
espirituais da Umbanda elaboraram o esquema de uma doutrina religiosa capaz de
aproveitar as sementes boas da Pajelança, do Candomblé, da Igreja Católica, do
Kadercismo, principalmente os seus postulados da lei do carma e da reencarnação e
tendo por divisa maior o ensinamento de Jesus da pratica da caridade.
Pratique a caridade, seja lá como for: por intenção ou sentimentos bons, por
generosidade e até mesmo por vaidade, faça a caridade quer material, quer moral,
quer mediúnica os desesperados e de caídos por causas morais, emocionais e
astrais são incontáveis e a esses nem sempre a roupa e o pão fazem falta. É o unico
cheque que você poderá sacar no banco carmico do astral.
A caridade pura tem mais valor.
A caridade feita com orgulho ainda assim tem seu valor (contrariando o
kadercismo e o evangelho).
Toda ação positiva, quer parta da pureza intencional, quer parta
simplesmente da generosidade ou apenas pela vaidade, produz um beneficio, um
conforto, uma satisfação, um alivio. Portanto será contada, medida e pesada, para
que se lhe atribua um valor.
A Umbanda deve abrir caminhos para a elevação espiritual do homem e, mais
que nunca praticar a caridade uma das mais incisivas recomendações de Cristo.
Umbanda é a religião dos realmente necessitados, porque são maioria.
Umbanda é o balsamo do verdadeiro “Zé povinho” com seus dramas morais e
materiais, que não pode comprar remédios, quanto mais pagar a psiquiatras,
psicólogos, ou a médicos especializados...
GRUPO ESPIRITUALISTA SEGUIDORES DE JESUS
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
2. SINTESE DO ESTATUTO
3. INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
.Preceito
.Banho de descarrego
.Vestuário
.Apetrechos
.Saudações
.Giras
.Local do médium
.Corrente
.Defumação
.Prece de caritas
.Entrada e Saída
.Atendimento
.Pontos Cantados
.Pontos Riscados
.Limpeza do local de trabalho
.Banho
.Atualizações
.Mensalidades
.Reuniões
.Jogo de Búzios
.Cambono
.Recomendações
2. SINTESE DO ESTATUTO
Estatuto são normas que regulamentam os cargos e as atribuições das
pessoas que trabalham na coordenação dos Trabalhos Espirituais e o
funcionamento e a manutenção do Terreiro. Assim são duas hierarquias
distintas.
PRESIDENTE / DIRETORIA
Zela pela organização e manutenção da casa.
É responsável pelo bom funcionamento da casa, sua documentação,
manutenção física do prédio e a economia do material.
Organiza, convoca, e coordena as reuniões de diretoria. Comunica as
decisões de diretoria á comunidade.
Convoca eleições na casa.
SECRETÁRIO
É responsável pela entrada e saída das pessoas da casa.
Prepara a pauta de reunião e levanta os assuntos.
Registra os assuntos discutidos em reunião.
Organiza as atividades da casa e substitui o presidente.
TESOUREIRO
É responsável pelo fluxo de caixa na casa e presta contas.
Faz o balanço anual e prestação de contas para a comunidade.
Controla o recebimento dos médiuns, sócios e eventos.
FISCAL
Coordena a assistência durante os trabalhos de atendimento, controlando o
numero de pessoas e encaminhando aos guias.
Faz o controle do inicio e do fim das giras.
MÉDIUNS
Colaboração total com a diretoria no que diz respeito a casa.
Comparecimento em reuniões, visitas e eventos, quando solicitados.
Obs.: Não é de competência da diretoria decisões acerca da espiritualidade.
HIERARQUIA ESPIRITUAL
BABALORIXÁ
Regente da gira, dirigente espiritual.
Mantem os fundamentos espirituais, doutrina e sacramentos.
PAI PEQUENO / MÃE PEQUENA
Substitui o Babalorixá na sua ausência.
Cambona os guias do Babalorixá.
Acompanha o Babalorixá em trabalhos especiais.
Zela pelos apetrechos dos Mentores do Babalorixá.
IABÁ
Auxilia o primeiro cambono na disciplina das giras.
Prepara os Abasses.
Prepara os banhos energéticos (Oxalá, Obaluaiê, etc)
MÉDIUNS / FILHOS NO SANTO
Colaboração para com a disciplina nas giras.
Respeitar a disciplina comandada pelo primeiro cambono.
Permanecer em seu lugar na corrente, devendo sair somente com autorização
do Babalorixá ou seu substituto.
Respeitar a hierarquia da casa.
Respeitar as normas da casa e seus irmãos da corrente.
ASSISTÊNCIA / FILHOS DE FÉ
Respeitar as normas da casa.
Procurar vestir-se adequadamente, afinal estamos numa casa de oração.
Procurar no final da gira uma Iabá para esclarecer possíveis duvidas.
Colaborar com o ritual e a manutenção da casa.
Respeitar o horário cedido pela federação.
Manter o silêncio, pois o Silencio é uma prece!
INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA O DESENVOLVIMENTO
ESPIRITUAL
PREPARAÇÃO PARA A GIRA:
 Preceitos no dia da gira.
 Manter o justo equilíbrio, boa conduta moral, emocional e espiritual.
 Evitar entrar em bares, ou lugares de energia baixa.
 Não manter relações sexuais.
 Não alimentar vibrações negativas de ódio, inveja, rancor e ciúmes.
 Não comer carne vermelha, e condimentos fortes.
 Comer frutos do mar e peixes para substituir a carne.
BANHO DE DESCARREGO (DEFESAOU DESCARGA)
Os banhos de ervas servempara equilibrar a aura do nosso corpo com a
entidade de guarda. Servem para a limpeza astral das larvas, dos miasmas que ficam
impregnadas em nossa aura. Assim o banho repele a atuação ou a influencia dos
espíritos obsessores. E ainda, nos trabalhos dentro do terreiro, nos protege e
defende das ações negativas, fluidos, larvas e miasmas que são desprendidos dos
consulentes. Nos colocam ainda, em vibrações afins com os nossos Mentores ou
Guias.
Todo médium, para sua proteção, deve tomar o seu banho de defesa antes do
trabalho espiritual, ou mesmo quando se sentir nervoso, irritado ou como uma
simples proteção.
Esses banhos deverão ser feitos sempre com ervas frescas, as ervas secas
são próprias para a defumação.
As ervas não deverão ser cozidas, mas sim escaldadas em água fervente,
depois de frias, pode-se espremer para extrair maior quantidade de sumo da planta.
O banho deverá ser coado, pois uma vez jogadas as ervas no corpo, estas deverão
ser despachadas em água corrente, enquanto que coadas podem ser jogadas no
lixo. (Ecologicamente falando, ao invés de jogar as ervas no lixo pode se devolve-las
a terra para que se tornemadubo)
O banho de descarrego deverá ser tomado logo apos o banho de higiene,
derramando sobre o corpo do pescoço para baixo ou da nuca para baixo. Este
mesmo banho deverá ser tomado antes e depois da gira.
É recomendável, após o banho de descarga, deixar correr um pouco de água limpa
no local para se evitar maus fluidos retirados pelo banho.
As ervas devemser usadas sempre em numero impar.
Na gira de Exu, recomendamos um banho com fumo, folha de manga, pinga, ou três
gotas de urina – isso não é obrigatório.
Quando for colher ervas para seu banho, deve sempre pedir licença aos Elementos
da Natureza e após a coleta agradecer pelo que foi colhido.
Não recomendamos banhos preparados em vidros, rotulados como abre caminho,
chama dinheiro, etc, pois sua qualidade é duvidosa. (Autor refere-se a banhos
prontos comprados em lojas de artigos religiosos)
VESTUARIO
Usar sempre roupa branca e de preferencia não usar roupa agarrada ou
transparente ou decotada.
O branco simboliza a pureza, a simplicidade, a humildade. As roupas deverão
ser usadas somente para os trabalhos da Casa. Homens e mulheres deverão usar
calça comprida. Se for necessário, o médium pode usar uma sapatilha sem solado
de borracha e para uso exclusivo dentro do Conga.
Não se deve pisar no chão do terreiro calçando sapatos, em qualquer situação.
As roupas usadas para o trabalho espiritual deverão ser lavadas separadamente, e
na ultima água do enxague é recomendado colocar um pouco de sal grosso, para
descarregar quaisquer energias impregnadas as roupas.
APETRECHOS
O pano branco deverá ser usado para bater cabeça e ao fazer reverência ao
Conga. Também pode ser usado para amparar as pessoas que estão sendo giradas.
É de responsabilidade do médium trazer o material usado costumeiramente por seus
Guias e Mentores (velas, pembas, alfazema, flores, etc.) Quando não tiver o material,
a Casa poderá emprestar devendo o médium devolver na próxima gira.
As Guias de Santo, usadas pelos médiuns, deverão ser cruzadas pelo Babalorixá ou
Pai pequeno. É aconselhável que somente o médium toque em suas guias, devendo
pedir a um guia, costumeiramente, que benza ou limpe as energias das guias
usadas.
SAUDAÇÕES
Antes de entrar na Casa, devemos saudar a Trunqueira (Casa dos Exus), na
entrada do terreiro, com as seguintes palavras Laroiê Exu com os dedos
entrelaçados e a palma da mão voltada para baixo por três vezes. Ao entrar na Casa,
devemos fazer o sinal da cruz no chão, pedindo permissão para entrar,
cumprimentar os Pais e Mães no santo pedindo sua benção, assim como os
primeiros Cambonos que estiverempresentes.
Antes do inicio da gira, devemos saudar o Conga batendo a cabeça no chão (usando
o pano branco) em sinal de respeito e humildade com a Casa e com os Mentores e
Guias Espirituais. No ato, devemos pedir proteção a Deus e aos Orixás, fazendo o
proposito de entregar o corpo aos Guias de Luz e a Alma a Deus.
SAUDAÇÕES DOS ORIXÁS
Oxalá
Dirigente:Salve Oxalá
Todos: Oxalá Babá
Iemanjá
Dirigente:Salve Iemanjá
Todos: Odociaba Mãezinha
Obaluaê
Dirigente:Salve Obaluaê
Todos: Atoto Obaluaê
Oxossi
Dirigente:Salve Oxossi
Todos: Okê Caboclo / Okê Aro
Iansã
Dirigente:Salve Iansã
Todos: Eparrei Iansã
Oxum
Dirigente:Salve Oxum
Todos: Ora Aie Ieu Mamãe Oxum
Ogum
Dirigente:Salve Ogum
Todos: Ogum Iê meu Pai
Iorimá
Dirigente:Salve Iorimá
Todos: Adorei as Almas
Xangô
Dirigente:Salve Xangô
Todos: Kao Kabeciliê
Nanã
Dirigente:Salve Nanã
Todos: Saluba Nanã
Omolu
Dirigente:Salve Omolu
Todos: Atoto Omolu
Iori
Dirigente:Salve Cosme
Todos: Ibeji Ibejá
SAUDAÇÃO AOS GUIAS OU LINHAS
Ciganos
Dirigente:Salve o povo do oriente
Todos: Ori babá
Crianças
Dirigente:Salve as crianças
Todos: As nossas crianças
Baiano
Dirigente:Salve o povo da Bahia
Todos: É da Bahia meu Pai
Marinheiros
Dirigente:Salve os marinheiros
Todos: É da marinha meu Pai
Caboclos
Dirigente:Salve os caboclos
Todos: Okê caboclo
Pretos Velhos
Dirigente:Salve os pretos velhos
Todos: Adorei as almas
Exus
Dirigente:Salve os Exus
Todos: Laroiê Exu
GIRAS
As giras de assistência são realizadas todas as 5º feiras e tem inicio as 20:00
horas, sendo que os médiuns deverão chegar 15 ou 10 minutos antes.
As Giras de desenvolvimento são realizadas todas as 3º feiras e tem inicio as
20:00 horas, devendo todos os médiuns e estudantes chegar 15 ou 10 minutos antes.
Aos sábados as giras de desenvolvimento têminicio as 16:00 horas e a gira
de assistência tem inicio as 17:30 horas.
Durante o mês acontecem as Giras das Sete Linhas nessa ordem;
1º semana do mês: Gira de Cigano e Criança;
2º semana do mês: Gira de Baiano, Boiadeiro e Marinheiro;
3º semana do mês: Gira de Caboclo e Preto Velho;
4º semana do mês: Gira de Exu, Pomba Gira, e Exu Mirim;
5º semana do mês: Gira de Orixás ou o que for definido pelo Babalorixá.
A primeira entidade que deve incorporar na Gira é o Guia do Babalorixá e
depois do Pai ou Mãe pequenos. Nemsempre a incorporação é o mais importante,
quando não incorporamos o médium deve estar atento para colaborar nos trabalhos
devendo permanecer sempre no seu lugar.
Não se deve invocar as entidades para auxiliar-nos a qualquer momento, pois
elas também tem suas atribuições no espaço astral.
Invocar o Guia a todo momento, pode abrir canal para a aproximação de
espíritos zombeteiros e obsessores.
Evitar distrações ou falatórios durante a gira, mantendo-se em meditação
para fortalecer a corrente.
NORMAS DA CASA
1- FREQUÊNCIA
Toda eventual ausência deverá ser justificada.
Duas faltas seguidas ou três alternadas, no mesmo período sem justificativa,
será solicitado ao médium de 5º feira sua ida para a gira de 3º feira, até
completar 4 giras e assim se reintegrando com os fluidos de todas as
correntes espirituais que trabalham na casa. Os médiuns de 3º feira, passarão
para a assistência, também por 4 giras com a mesma finalidade acima citada.
2- HORARIO
As nossas reuniões iniciarão pontualmente as 20:00 horas.
Os médiuns deverão estar no salão de atendimento com uma antecedência de
pelo menos 10 minutos antes do inicio, para relaxamento e harmonização
com os guias do trabalho da noite. O ambiente deverá estar preparado com
musica e incenso.
3- TRABALHO DE CHÃO
O médium que solicitar trabalho de chão, deverá acompanhar sua execução,
para melhor orientar a pessoa necessitada. Aparticipação afetiva da pessoa é
imprescindível, através da leitura do Evangelho, preces e mudança do padrão
vibratório, eliminando magoas e ressentimentos, ter fé e confiança na
proteção espiritual da casa, e assim obter êxito nos trabalhos.
4- NOVOS ELEMENTOS
As pessoas que desejaremingressar na casa para desenvolveremsua
mediunidade ou ingressar na nossa religião, inicialmente devem participar da
assistência de 3º feira, até se integrarema Casa e passarem para a corrente,
com previa aprovação dos dirigentes.
5- ATENDIMENTO
Fica estabelecido que toda e qualquer pessoa só poderá consultar um guia
espiritual por gira, tendo que retirar previamente uma senha de atendimento.
Eventuais exceções, somente com prévia aprovação dos dirigentes.
6- HARMONIA DA CASA
Todas as eventuais desarmonias entre filhos da corrente ou frequentadores
da casa deverão ser plenamente esclarecidas. As correntes mediúnicas
trabalham no sentido de praticar a caridade, e ela não pode ser formada com
elementos vibrando negativamente.
A nossa religião é cristã (o nosso Oxalá), o patrono da casa é Jesus, e um de
seus maiores mandamentos foi: “Amai o próximo com a si mesmo”.
7- INTEGRAÇÃO NOS TRABALHOS DA CASA
Todos os componentes da casa indistintamente, deverão participar da pelo
menos uma “Comissão de Trabalhos” e se necessario haverá rodizio entre
seus participantes.
INTRODUÇÃO À UMBANDA
Queremos mostrar de forma clara e objetiva, tudo sobre nossa Umbanda,
para que todos possam compreendê-la da forma mais simples, sem rodeios,
misticismos e folclore. Ou seja, tentarei passar para vocês, da mesma maneira que
aprendi.
Sabemos que em toda parte sempre haverá formas de cultuar a Umbanda de
uma maneira diferente e por isso devemos respeitar os nossos outros irmãos, com
humildade. Devemos ainda esclarecer que por motivos evolutivos e hierárquicos,
sempre haverá métodos diferentes de se lidar com os Guias e Orixás. Por este fato,
sem desmerecer os outros nossos irmão, vamos elucidar de forma que indicaremos
nossos trabalhos para a evolução e para a luz!
Aos leitores leigos e iniciantes, será uma oportunidade de conhecer os
conceitos básicos umbandistas. Aos nossos irmãos de fé será uma porta aberta para
ampliar novos conhecimentos, sobre a querida e tão mal interpretada Umbanda.
Ressaltamos que a Umbanda é muitas vezes confundida com o Candomblé.
Não queremos criticar esta religião tão bela, mas a nossa Umbanda não tem nada a
ver com o Candomblé. Cada uma tem um ritual, totalmente diferente do outro.
Sabemos por estudos da própria humanidade, que a espiritualidade sempre
existiu, veio de todas as partes do mundo. Sabemos que uma religião não se escolhe
simplesmente por fatores materiais, mas sim pela afinidade espiritual. Deus em sua
infinita sabedoria, colocou em nosso planeta, todas as religiões necessárias, para
aprendermos a crescer e evoluir espiritualmente. E devemos respeitar o grau de
compreensão e afinidade de cada pessoa.
O que importa é aprendermos o que é uma religião de fato. Pois cada religião
tem uma forma de entender Deus. Independentemente do ritual praticado todas as
religiões são necessárias, desde que sigam os princípios morais de amor e caridade
ensinados pelo Cristo.
Na Umbanda aprendemos que a religião é para se praticar a caridade e a
doação. Esta religião traz como culto principal a natureza, tendo assim um Orixá
representante de cada força ou elemento da natureza.
A nossa religião reclama urgentemente, de todos muito estudo, práticas ao
culto correto, evitando excessos, superstições, invencionices e improvisações
estranhas ao culto. Mediunismo responsável (sem vaidades ou melindres), e
sobretudo, fidelidade para com os princípios que a constituem.
Que a Paz de Oxalá, esteja em todos os corações!
HINO AUMBANDA
Refletiu a luz divina
Em todo seu esplendor
Vem do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que vem de Aruanda
Pra tudo iluminar
A Umbanda é a paz e o amor
É um mundo cheio de luz
É a força que nos dá vida
É a grandeza que nos conduz
Avante filhos de fé
Como a nossa lei não há
Levamos ao mundo inteiro
A bandeira de Oxalá.
PRECE DAFRATERNIDADE
DIVINO MESTRE SALVADOR
Fortalecei-nos e amparai-nos, para que possamos lutar,
contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja!
VENERÁVEIS MENSAGEIROS CELESTES AUXILIARES DE JESUS
Fortalecei-nos e amparai-nos, para que possamos lutar,
contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja!
PAI NOSSO, CRIADOR NOSSO FONTE ETERNADE AMOR E LUZ
Fortalecei-nos e amparai-nos, para que possamos lutar,
contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja!
 A Prece da Fraternidade é muito utilizada durante os trabalhos da casa
espirita de abertura de caminhos ou desobsessão, juntamente com a oração
do Pai Nosso e Ave Maria.
OLORUN OU ZAMBI
1º Grandeza
Não importa o nome invocado ou pretendido:Jeová, Alá, Tupã, Brahma,
Olorun, Zambi, ou qualquer outra denominação. Pois Deus é um só! Ele é: Ser
supremo, criador do céu e da terra, é o eterno preservador do universo,
imponderável, imensurável, atemporal, insondável, inominável, inquestionável,
infinito, eterno...Nossas palavras e inteligência, são muito limitadas até hoje para
descrevere compreender a grandeza de Deus.
Não é homem nem mulher, nem qualquer dos opostos conhecidos pela mente
humana, acanhada, estreita, mesquinha, sofrida, temerosa, invigilante, ilusória, cujo
valor reconhecidamente está limitado.
O tratamento que lhe damos como Pai Olorun ou Zambi, expressa o nosso
anseio na busca de proteção, paternidade óbvia que envolve todos os seres do
Universo com o seu Criador.
Que a paz, a misericórdia de Olorun sejam percebidas e sentidas finalmente
por todos os corações que buscam a fonte da vida no viver de cada dia.
Gloria a Olorun
Olorun ou Zambi, é o ser supremo dos Umbandistas. Energia que interpenetra
tudo e todos. De Si brota e retorna incessantemente a vida em suas varias
manifestações abrangentes a todos os planos.
Os Orixás
2º Vibração
Oxalá
As falanges de Oxalá ocupam o grau mais alto da hierarquia espiritual. São os
anjos, os santos, as entidades que trabalharam na Terra como missionários. São os
administradores do mundo, os que organizam todas as falanges dos demais Orixás.
Distribuidores da paz, da harmonia entre todos os seres, daí os demais lhe renderem
respeito e chamá-lo de “pai”. Seu domínio é tudo, abrangendo todo o céu, que lhe é
consagrado.
É sincretizado com Jesus Cristo, na Umbanda ninguém incorpora Oxalá apenas
sente as vibrações.
Seus Filhos:
Apesar de faltarem-lhe iniciativa, os filhos de Oxalá são os melhores
companheiros. Cuidadosos, responsáveis, calmos, francos. Sabem dar bons
conselhos, daí seremchamados para apresentaremseus pareceres. Não trocam de
parceiros, sendo muito estáveis, mesmo que, alguns, sejam galanteadores e
idealistas. Não gostam de discussões, porém apreciam mais as conversas que os
livros. Parece que tudo
sabem, mesmo não tendo estudado, possuindo grande sensibilidade.
Ibeji
(Cosme e Damião)
Ibeji ou, como é conhecido em Umbanda, Cosme e Damião, é entidade que
assume a forma infantil nas manifestações, protetor das crianças, vibrando nas
linhas de Ogum, Xangô e Oxalá, principalmente. Governa os nascimentos, os
princípios, na Natureza ou nos fatos da vida. Possui a capacidade de tornar os
ambientes alegres e felizes pela sua vibração característica, estimulando as
diversões e prazeres com fins de aliviar as tensões surgidas com as atribulações,
dono da energia mais sublime, canalizada dos planos mais elevados.
Iemanjá
“A Mãe dos Peixinhos”, como seu nome significa é, sem dúvida, amais
popular na América. Seu caráter maternal e protetor é célebre nos mitos, tanto que
divide as atribuições da gestação e fartura na natureza com Oxum, sendo que a
segunda tornou-se a guardiã das crianças pequenas (as que não falam ainda) e
Iemanjá continua acalentando, maternalmente, toda a Criação. No Brasil, teria
gerado
todos os Orixás com Oxalá, o pai mítico, com exceção dos filhos de Nana. E, mesmo
assim, teria adotado e curado o jovem Xapanã, filho daquela, abandonado pela mãe
ao nascer.
Na Umbanda não lhe pertence apenas o majestoso mar, mas todas as águas
materiais e espirituais, agregando em si as falanges de Oxum, Iansã, Nana, Oba e
Eua, presentes separadamente no Candomblé. Por isso, as legiões de Iemanjá
manipulam os trabalhos de purificação e desobsessão, junto ao seu elemento, em
amplo descarrego magnético. Determinam a cura das doenças mentais e seu
tratamento, pois detêm toda a área dos sentimentos nobres que procuram estimular
em todas as criaturas.
Seus Filhos
Serão explicados apenas os filhos de Iemanjá, tendo-a como Orixá de cabeça, não se
citando as demais senhoras das águas. As mulheres costumam ser robustas, de
andar pesado e lento. Prendem tudo à sua volta, sendo extremamente apegadas aos
filhos, ao lar e às coisas. Tudo guardam, nada põe fora. São queixosos, lamurientos,
não sendo ativos. Guardam rancores por longo tempo, sendo difícil perdoarem. Mas
são bondosos, pacientes e muito bons educadores.
Oxum
As legiões de Oxum, na Umbanda, trabalham subordinadas a Iemanjá, assim
como todos os Orixás das águas. Comanda a gestação e, portanto, a reencarnação
de todos os seres e a proteção das crianças que ainda não falam. Sua linha é
formada por entidades delicadas, de índole feminina em sua grande maioria, que
distribuem a riqueza material vinda dos metais e da fartura dos alimentos (vinda de
Oxóssi). São atraídas pela beleza, pelas artes, desenvolvendo tais atividades entre a
Humanidade. Incrementam a doçura nos lares, amainam pessoas e ambientes,
estimulando a energia que comandam: o amor puro. Mesmo sendo Oxóssi o
regulador das matas, é a ela que pertence a fecundidade na Natureza. Por deter a
sensibilidade e o amor, está diretamente relacionada aos jogos adivinhatórios,
atributo natural dos filhos desse Orixá.
Seus Filhos
Um filho de Oxum é arredondado, por adorar doces e boas comidas. Seu rosto é
harmonioso, delicado, sempre com um sorriso suave e olhares meigos. Fala
amenidades o tempo todo, tendo um dom natural de descobrir os defeitos alheios e
expô-los com leviandade e graça. Se provocado, nunca discute, mas trama a
revanche em silêncio e será raro ver-se um filho desse Orixá sofrendo infortúnios na
vida, sempre contando com o apoio de alguém para auxiliá-lo. Explicado pelos
mitos, seus filhos possuem enorme paixão por joias, tendo sempre uma coleção, de
acordo com suas posses. Apesar de discretos, são muito dengosos e sensuais,
cultivando todos os prazeres da vida.
Iansã
A força de Xangô e Iansã são complementares, tanto que muitos estudiosos
consideram ser a Orixá a face feminina do mesmo. Suas falanges controlam a
energia do fogo e dos ventos, dominam os Eguns (os mortos) tanto que, a ela são
associadas muitas Pombagiras. Como atributo principal lhe é dado o domínio, a
capacidade de controlar todas as coisas, na manutenção das normas, tanto que o
casamento lhe pertence, como instituição.
É a destruidora, a que quebra velhos costumes, a rebelde inquieta que busca novos
caminhos. Tanto que, nos mitos, aparece como a energia que rompe as barreiras,
interferindo nos destinos humanos, como no caso em que rouba, com seus fortes
ventos, as folhas medicinais de Ossãe, distribuindo-as aos diferentes Orixás.
Suas falanges unem-se às demais para que a justiça de Xangô impere,
concretizem-se as leis de cobrança de Ogum, ou colaborando com Obaluaiê, através
do temor que impõe aos mortos.
Seus Filhos
São fáceis de identificar. Muito extrovertidos, gesticulam muito, turbulentos,
parecendo verdadeiros temporais. Não passam despercebidos, pois tudo fazem para
chamar a atenção, sendo brilhantes em qualquer atividade ou reunião. Têm
iniciativa, mas são autoritários e não admitem questionamentos. E, se houver,
sofrem súbitas crises de cólera, tornando-se cruéis. Um filho de Iansã veste-se com
ousadia, com muita originalidade. Se solteiros, trocam de parceiros constantemente,
se não, são dedicados e sinceros.
Nanã
Nanã Buruquê é representada como a grande avó, de energia amorosa e feminina é a
Ela que clamamos quando precisamos nos auto-perdoar e nos libertar do passado.
Ela representa o colo que aconchega, acolhendo amorosamente nossas dores para
nos ajudar a transformá-las com sabedoria.
A Orixá Nanã Buruquê rege a maturidade, portanto está sempre associada à
maternidade (a vida). Nanã está na Linha da Evolução, um raio essencial para o
crescimento dos seres. É o pólo magnético negativo, feminino e absorvente e no
pólo magnético positivo e masculino está o Orixá Natural Obaluaiê.
Ela cuida da passagem no estágio evolutivo do ser, adormecendo os espíritos e
decantando as suas lembranças com o passado, deixando-os prontos para
reencarnarem. Obaluaiyê, então, é quem estabelece o cordão energético que une o
espírito ao corpo (feto) que será recebido no útero materno assim que alcançar o
desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
Portanto, o campo preferencial de atuação de Nanã é o racional, pois decanta o
emocional dos seres, preparando-os para uma nova "vida". É Ela quem faz esquecer,
é Ela quem deixa morrer para renascer.
O seu elemento é a lama do fundo dos rios. Ela é a Orixá dos pântanos, (associada à
terra, para onde somos levados após a morte) e da transcendência.
Xango
Justiça. Toda a sua força pode ser resumida nesse palavra. É o senhor dos trovões,
dos raios, do fogo, que divide com Iansã, sua lendária rainha. É a ele que os
ofendidos, os humilhados, recorremem busca de reparo. Seu domínio se estende a
todas as atividades intelectuais, filosóficas ou científicas. Promove o
desenvolvimento da cultura, da aplicação das leis, do poder como gerador do
progresso, daí associá-lo sempre à figura do rei doador do trabalho, das atribuições
que cada um tem no mundo. Divide com Ogum as demandas judiciais que nascem
da sabedoria de Xangô e da força de vencer do outro. Aqueles que procuram
descobrir a verdade recorrema Xangô. É ele que faz a melhora nos estudos e a
capacidade de exprimir as idéias através das palavras. Favorece as promoções e a
procura de trabalho. Nos casos de calúnia e falsidades faz justiça, estendendo sua
atuação às associações humanas de toda a espécie.
Seus Filhos
Parecempríncipes. Altivos, passando por arrogantes. No físico, são atarracados,
baixos, famosos pelas testas altas e olhar franco. São ciumentos e possessivos
naquilo que conquistam. Nunca lhes faltam recursos para viver e será raro ver-se um
filho de Xangô na miséria. São ousados, persuasivos, irresistíveis pela sua retidão
de carátere facilidade de expressão. Não são preguiçosos, mas gostam da vida onde
seja exigido menor esforço. Adoram boas comidas, roupas e acessórios. Aos seus
filhos, Xangô não tolera a mentira, a corrupção dos valores e a deslealdade.
Ogum
Sem sua energia a civilização morreria. É Ogum quem domina o campo do
desenvolvimento e do aperfeiçoamento das técnicas. Com o manejo dos metais, traz
o progresso material. É ele o governante dos impulsos de iniciar todas as coisas,
impelindo nas conquistas. Na defesa dos povos e lares, suas falanges lutam contra
as investidas das trevas. Temido por sua ferocidade, amado pelo carinho que
dispensa a quem os invoca. Possui muita afinidade com Exu, por rondarem o
mundo; por seremsuas falanges os cobradores do carma de cada indivíduo.
Também se assemelham por estarempróximos dos locais onde se percebe maior
concentração de suas forças: a Exu, as encruzilhadas; a Ogum, as estradas. Com
Oxóssi, divide o controle das matas, sendo que muitos caboclos lhe pertencem.
Seus Filhos
Tendema ser magros, rosto comprido, olhar penetrante. Seus filhos costumam ser
implicantes, impertinentes, de subidas explosões de raiva. Parecendo que estão
sempre “comprando briga” à sua volta. As bebidas e a boemia lhes fascinam, como
aos filhos de Exu. Ambos são inconstantes nos amores, possuindo grande sedução
natural. No trabalho são hábeis, rápidos e muito honrados nos compromissos que
assumem.
Oxóssi
Seus recursos, na Umbanda, vêm de todo o verde do mundo, já que a ele estão
associados Ossãe (o Orixá das ervas medicinais e religiosas), Otim e todos os
Orixás das matas e campos agrícolas. Comandam as plantações, e, de certa forma, o
tempo exterior através do manuseio dos ventos de Iansã, das chuvas, das estações.
Suas entidades participam das atividades de cura, extraindo os mais diferentes
recursos da natureza, vitais no processo de extermínio dos males físicos e
espirituais. Congrega doutrinadores de grande porte e evangelizadores, ligados
alguns às linhas de Xangô, na busca incessante das almas escravizadas no erro, daí
ser explicado o termo “caçador”, visto do ponto de vista espiritual. Na linha de
Ogum, trabalham cruzados os conhecedores dos segredos das matas e dos
caminhos que levamao conhecimento dos remédios.
Seus Filhos
O ar esquivo dos filhos de Oxóssi é inconfundível. Muitos são amorenados,
parecendo caboclos, outros possuem como características físicas o porte longilíneo
e ágil. São frios, calmos e, se porventura não forem belos, coisa rara de acontecer,
seu charme de aparência distante torna-os cativantes. Para eles, a solidão não é
incômodo. O silêncio que tanto procuram os fazem intelectuais, curiosos, artistas ou
atletas. São muito francos e simples de modos, daí detestaremreuniões onde rola a
frivolidade. São modestos nas qualidades que possuem.
Obaluaiê / Omolu
Suas falanges trabalham atuando nos cemitérios; desperta medo por sua forma
misteriosa, sob as palhas da cabeça aos pés em suas manifestações no Candomblé.
Omolu ou Obaluaiê merece ser citado como um dos principais Orixás de Umbanda. É
invocado como o médico dos pobres, pois além de ser o causador de todas as
epidemias e doenças, pode curar, sem distinção nenhuma. Suas falanges atuam no
acompanhamento do desencarne e no controle do fluxo de fluidos densos vindos
dos cemitérios e de regiões pantanosas, com fins curativos ou de cobrança de
carmas dos indivíduos através das moléstias.
Seus Filhos
O pessimismo é sua principal característica. Não são belos, nem sensuais, mas
possuem uma mente privilegiada. Um sentimento de rejeição inexplicável
acompanhado de melancolia lhes persegue, tornando-os tristes e frios. Se
conquistados em seu afeto, são extremamente leais, honestos e amáveis. Possuem
doenças de pele, desde acne excessiva a cicatrizes vindas de doenças na infância.
Alguns têm facilidade de machucar as pernas. Seus rostos parecem desprovidos de
rubor, com tendência à palidez.
Exu
Na linha do Orixá Exu trabalham os Elebaras. São formados pelos Exus (entidades
que se manifestam como homens) e Pombagiras ou Bombo-Giras (como mulheres),
brincalhões, atrevidos e até malcriados, mas sempre muito responsáveis naquilo
que fazem. É impossível desvincular Exu da Umbanda, a chamada de Linha Branca,
já que suas falanges determinam o bom andamento dos trabalhos, mesmo que, por
determinação da diretoria das casas, não incorporem junto ao público. É Exu o
policial, o executante das ordens de todos os Orixás no plano mais denso. É o
mensageiro, o que entra e sai das zonas umbralinas, sem temor, assumindo formas
ameaçadoras para fazer-se respeitar. Semele, a força dos Orixás não atuaria no
mundo, pois é ele o operário incansável. Temido por não admitir a desobediência, é
ele quem aplica os castigos, fazendo, na verdade, cumprir a lei de causa e efeito,
desmanchando a magia negra. Mesmo punindo, quando há mérito, Exu cura,
concede maiores facilidades em alcançar o que desejamos. São os faxineiros do
astral, porque purificam os ambientes e pessoas. É comum ver-se suas legiões
preocupadas emalertar contra males, jamais trabalhando contra a lei divina do amor.
Seus Filhos
Amplo, imenso sorriso. Têm sempre uma observação matreira, uma mentira para
todos darem boas gargalhadas. Ou expor o defeito alheio, sem nenhuma piedade.
Não se preocupam com o bem ou o mal, queremapenas viver e se divertir. Se
alguma coisa os desagrada, não temem ser violentos, usando de todos os truques
que aprenderamem sua atribulada vida. Sempre criando confusões, são boêmios,
amam o sexo e são muito sedutores emsuas conquistas.
As 7 linhas de Umbanda
1º linha Oxalá
2º linha Iemanjá
3º linha Xango
4º linha Ogum
5º linha Oxossi
6º linha Iori
7º linha Iorimá
1º LINHA: OXALÁ
É a fusão de todas as outras. As legiões de Oxalá são a sétima e última falange de
todas as Linhas já vistas anteriormente. É responsável pela integração das demais.
Coordenadora, sendo a manifestação cósmica do céu, da terra, da luz e da energia,
da paz e do amor. Suas falanges são:
1. Falange de Ogum Delê (Ogum)
2. Falange de Xangô Djacutá (Xangô)
3. Falange do Caboclo Urubatã (Oxóssi)
4. Falange da Cabocla Janaína (Iemanjá)
5. Falange de Cosme (Iori)
6. Falange do Povo de Bengala (Iorimá)
7. Falange dos Caboclos de Oxalá
Lembramos que os Caboclos de Oxalá dificilmente incorporam, sendo os
responsáveis pela coordenação das demais falanges e da missão que cada
guia-chefe assume perante a Umbanda.
Ervas: são o tapete-de-oxalá (boldo), mariô, folhas de limoeiro, manjericão,
erva-cidreira, trevo e café.
2º LINHA: IEMANJÁ
Nessa falange, na Umbanda, trabalham todas as Iabás (Senhoras dos Rios),
agrupadas com os nomes de Janaína, caboclas ou sereias. Sua missão é trabalhar
diretamente com a força emotiva por meio dos sentimentos de maternidade,
misericórdia e amor.
1. Falange da Sereia do Mar
Entidades que assumem formas encantadas, residindo em todo o elemento água.
Possuem total domínio sobre as energias desse meio. Aceitam as tradicionais
oferendas a Iemanjá, entregues para seremlevadas ao fundo dos mares, lagos ou
rios.
2. Falange da Cabocla Iara
Dominam as forças nascidas do encontro das águas doces e salgadas, muito ligadas
ao Orixá Ogum. É também o nome das entidades chefes da falange conhecidas
como Caboclas do Rio. São alegres e juvenis. Sua vela será azul clara e uma verde,
vermelha e branca, para Ogum.
3. Falange da Cabocla Nana
ACabocla Nana Burucum é chefe da falange das Ondinas. Suas entidades trabalham
na beira das fontes e trazemuma vibração capaz de proporcionar paz e
compreensão nos lares. Protegemas atividades ligadas ao ensino, como o
magistério. Sua vela será clara e lilás, ao Orixá Nana.
4. Falange da Cabocla Iansã
A Cabocla Iansã representa o Orixá com o mesmo nome, junto à Iemanjá. Trabalha
sob os fortes temporais e chuvas, forças essas capazes de proporcionar grande
resistência nas dificuldades da vida. Aceitam velas azuis claras e vermelhas e
brancas ao Orixá Iansã. Podendo ser entregues junto às oferendas de Xangô nos
bambuzais ou na beira de cachoeiras, longe da queda d’água.
5. Falange da Cabocla Oxum
As energias do amor puro e da luz que irradia sobre as cachoeiras são a
matéria-prima para suas atividades, ligadas à Iemanjá. Através de sua falange, os
fluidos benfeitores são trazidos através das “águas espirituais”, ou seja, o prana ou
fluido cósmico universal. Sua vela será azul clara e amarela, dedicada ao Orixá
Oxum.
6. Falange da Cabocla Indaiá
Sua falange é das Caboclas do Mar, ligadas a Iori, ou seja, a Falange de Cosme e
Damião. Absorvem energias de vários elementos e transmutam na energia alegre e
vibrante das crianças. Suas velas serão azuis claras e rosas.
7. Falange da Cabocla ou Sereia Janaína
Está sob sua guarda a força do amor conjugal e da procriação. Ligam-se muito ao
Orixá Oxalá. Suas velas serão azuis claras e brancas.
Oferendas:basicamente, todas as falanges de Iemanjá aceitam sobre pano branco e
azul-claro, fitas azuis, espelhos, pentes, perfumes de seiva de alfazema ou seiva de
rosas, flores brancas ou azuis, rosas, lírios, mel, guaranás ou bebidas doces e
delicadas. A Falange da Cabocla Iansã recebe cerveja preta como bebida.
Observa-se que as cores das velas e algumas observações variamda bibliografia,
com fins de uniformizar com as cores utilizadas na Umbanda, e não no Candomblé.
Ervas: lágrimas-de-nossa-senhora, camomila, espada-de-iansã, folhas de bambu e
qualquer planta aquática.
3º LINHA: XANGÔ
1. Falange de Xangô Caô
Dominam a sabedoria adquirida com o tempo, atuando nas pedreiras abertas. Sua
cor é o marrom-escuro. É conhecido também como Xangô Velho.
2. Falange de Xangô Alafim (ou Alafim-Echê)
Seu nome vem do título dado ao rei de Oyó, na África. Defendem a pureza moral,
atuando nas pedras solitárias dos caminhos. Suas cores são marrom e branca.
3. Falange de Xangô Alufã
O Xangô “Sacerdote”, determina as diretrizes dos desencarnados, atuando nas
pedras dos rios, mares, cachoeiras e todas as águas, daí ser o protetor dos
pescadores. Suas velas são o marrom e o branco.
4. Falange de Xangô Agodô
Seu nome significa “Grandeza”, atuando nas pedras mergulhadas nas águas de toda
a espécie, inclusive nas “pedras iniciáticas e na pedra batismal”.
5. Falange de Xangô Abomi (ou Abomim)
“Aquele que derrama água de uma vasilha” ou “Aquele que Batiza”, muitas vezes é
sincretizado com São João Batista, talvez devido ao seu nome. Trabalha nas
montanhas, nas cordilheiras, protegendo nos momentos de angústia, nas horas de
aflições e perdas, inclusive no casamento. Sua cor é o marrom e, nos casos de amor,
oferece-se junto uma vela para Iemanjá.
6. Falange de Xangô Aganjú
É um Xangô jovem, vibrando nas linhas de Xangô e Oxum, trabalhando nas pedras
da cachoeira. Traz harmonia entre as forças de amor e justiça. Suas cores são o
branco e o marrom.
7. Falange de Xangô Djacutá
Seu nome significa “pedra”, dominando a força de Xangô no meteorito e nos raios,
sendo muito invocado nas injustiças que conduzem a aflições, defendendo as
vítimas desses abusos. Suas cores são o branco e o marrom.
Oferendas:Além das já citadas anteriormente, dedicadas ao Orixá, basicamente
consistem de velas, nas cores indicadas, charutos, fósforos, cerveja preta, rosas ou
lírios brancos.
Ervas: folhas de eucalipto, manga, goiaba, camaná, alecrim e
limão.
4º LINHA: OGUM
Como já vimos, Ogum domina a primeira Linha de Umbanda, que controla todos os
fatos de execução e cobrança do carma de cada indivíduo ou grupo, daí serem
soldados.
1. Falange de Ogum Beira-Mar
Colaboradores de Iemanjá, Ogum Beira-Mar trabalha sobre a areia molhada,
enquanto Ogum Sete-Ondas trabalha sobre as ondas. Aceitam oferendas com velas
nas cores branca, verde, vermelha e azul-clara.
2. Falange de Ogum Rompe-Mato
Ogum Rompe-Mato trabalha para Oxóssi e Ossãe, nas matas. Ogum das Pedreiras
trabalha para Xangô, nas pedreiras. Em ambos os casos, é a mesma falange que
trabalha para os dois Orixás, com nomes diferentes. Rompe-Mato aceita suas
oferendas na entrada da mata, nas cores verde, vermelha e branca, sendo a vela
vermelha. Ogum das Pedreiras aceita suas oferendas em torno das pedreiras, nas
cores verde e vermelha (misturadas geram o marrom), com velas nas mesmas cores.
3. Falange de Ogum Megê
É colaborador de Iansã; seu nome significa “Sete”. É o guardião dos cemitérios,
rondando suas calçadas, lidando diretamente com a Linha das Almas. Toda sua
oferenda será em vermelho e branco, próxima ao cruzeiro do cemitério (calunga
pequena).
4. Falange de Ogum Naruê
Seu nome significa “Aquele que é o primeiro a gerar valor”. Trabalhando diretamente
na Linha das Almas, desmanchando a magia negra, controla as almas quibandeiras.
Aceita suas oferendas com Ogum Megê ou, ainda, dentro ou fora dos cemitérios, nas
cores branca e vermelha. Alguns incluem uma pedra-ímã nos itens a oferecer-lhe.
5. Falange de Ogum Matinata
Com poucos médiuns que o incorporam, sua falange protege os campos de Oxalá,
os locais abertos, floridos e iluminados. Mas não trabalha diretamente para esse
Orixá. Aceita suas oferendas nos campos floridos, nas cores vermelha e branca.
6. Falange de Ogum Iara
Seu nome significa “Senhor”, trabalhando para Oxum. Suas oferendas deverão ser
entregues na beira de rios, lagos ou cachoeiras, onde vibram, nas cores vermelha e
branca ou verde e branca.
7. Falange de Ogum Delê (ou de Lei)
“Aquele que Toca o Solo”; como seu nome significa, é uma falange que vibra na
linha pura de Ogum. São eles que trabalham diretamente no carma e sua cobrança,
rondando o mundo. Suas cores são vermelha e branca e suas oferendas podem ser
em qualquer lugar, ao ar livre.
Oferendas:todas as falanges citadas recebemvelas nas cores indicadas, cravos
vermelhos (alguns aceitam cravo branco também), cerveja branca, ou, menos
comum, vinhos, charutos e fósforos, sobre um pano branco.
Ervas: as mais comuns são espada-de-são-jorge, losna, jurubeba,
comigo-ninguém-pode, romã.
5º LINHA: OXÓSSI
Toda a parte doutrinária e evangélica, com fins de trazer fé às almas desgarradas no
mal, interferindo nos males psíquicos e físicos, pertence a essa falange. Daí, por
trazer as almas ao caminho do bem, Oxóssi é chamado de caçador de almas. Rege
também a disciplina e obediência.
1. Falange dos Caboclos Peles-Vermelhas
Excelentes doutrinadores, com grande sabedoria, pertencema antigas civilizações
indígenas (maias, astecas, incas, etc). Falamestranhos “dialetos” quando “descem”.
Nessa falange, entre os itens básicos que citaremos adiante, entram incenso
queimado, folhas de alecrim e alfazema frescas.
2. Falange do Caboclo Araribóia
Como Oxóssi é caçador, é ele que coordena, na vida material, o trabalho, com o
objetivo de trazer recursos à mesa. Por isso, essa falange se dedica a proteger aos
injustiçados no seu direito de sustento e sobrevivência de suas famílias, vibrando
nas matas das montanhas. Gostam de flores variadas.
3. Falange da Cabocla Jurema
Formada por entidades meigas, amorosas, traz os recursos da Natureza e os
transformam em energias vitais próprias a serem utilizadas em purificação de locais,
pessoas e na medicina espiritual, aos serviços de Oxóssi e Ossãe. Gostam de muito
mel nas oferendas, fitas coloridas, menos o preto.
4. Falange dos Caboclos Guaranis
São guerreiros. Defendemas matas, junto a Ogum Rompe-Mato. Onde os guaranis
estão, impõe a paz, daí seremchamados de “Falange da Paz”. Nunca recebemmel
em suas oferendas.
5. Falange dos Caboclos Tamoios
Humildes e pacientes, são eles os conhecidos “domadores de feiticeiros” ou
“bumba na calunga”, vencendo a feitiçaria. Trazemas almas ao bem, daí serem os
“caçadores de almas”, na atribuição legítima das falanges de Oxóssi. A ela
pertencemMuiraquitã e Grajaúna. Apreciam folhas de arruda em suas oferendas,
guiné, rosas de qualquer cor e muito mel.
6. Falange dos Caboclos Tupis
São os conhecidos Tatauys, conhecidos por seremmuito ágeis, bons caçadores,
muito brincalhões. Apreciam sucos de frutas, mel e rosas de qualquer cor.
7. Falange do Caboclo Urubatã
São os mais velhos, sábios e conhecedores da mata. Há poucos médiuns que os
incorporam. Trabalham nas colinas floridas, pois se ligam à vibração de Oxalá. Nas
suas oferendas vão muito mel e flores brancas. Sua vela inclui a cor branca, sendo a
única falange que recebe outra cor, além do verde.
5º LINHA: IORI
Iori quer dizer “Vitalidade saindo da luz”. É formada pelas entidades que, por opção,
quiseram manter a forma infantil, algumas já em preparo para uma reencarnação
próxima. Onde for necessária uma vibração dirigida à alegria, à fraternidade e à
comunhão, lá estará a Linha de Iori que, por essa bela qualidade, domina as energias
mais sublimes do plano espiritual. Uma criança brincando, em um trabalho, não é
uma atividade infrutífera, como pensam alguns. É uma entidade que sabe
perfeitamente o que está fazendo, com o objetivo de descarrego de tudo o que está
em volta.
1. Falange de Tupãzinho (Idolu ou Idossu)
São entidades que vibram na Linha de Oxóssi, protegendo os lenhadores e animais.
Gostam, nas oferendas, de apetrechos indígenas bem enfeitados, fitas verdes e vela
rosa.
2. Falange de Doum
São entidades que nasceram no período do cativeiro como Doum, eram filhos de
mãe indígena e pai africano. Auxiliam os tratamentos médicos, protegendo os
profissionais da saúde e os enfermos, proporcionando mais integração entre ambos.
Cruza-se com a Linha de Iorimá (dos Pretos-Velhos) e aceitam suas oferendas em
jardins e praças.
3. Falange de Alabá
Cruza-se com Ogum, Oxumarê e Iemanjá. Da vibração dos três Orixás, recebem
condição de trabalhar com os militares, dando coragem e piedade aos que usam
farda. Suas oferendas são próximas a cachoeiras, pois as cores do arco-íris atraem
muito essa falange.
4. Falange de Dansu
Espalham-se nos dias de tormenta, com fins de proteger adultos e crianças nesses
dias, trabalhando também para Xangô. Gostam de fitas marrons e até seixos rolados
em suas bandejas, entregues nas pedras de cachoeiras.
5. Falange de Sansu
Legião de entidades que se apresentamcomo meninas, distribuidoras de ternura,
vinda de Deus. Trabalham cruzadas com Iemanjá. Devemser entregues a elas:
conchinhas e estrelas-do-mar, na beira da praia, junto com os outros itens
da oferenda.
6. Falange de Damião
Cruza-se com Cosme e Doum, cuidando das crianças do espaço, ou seja, das
entidades recém-desencarnadas ainda crianças, de grande poder de cura. Vibram,
de preferência, nas praias e jardins, seu lugar para a entrega de oferendas.
7. Falange de Cosme
São eles que detêm a responsabilidade da guarda das crianças
recém-desencarnadas na Linha de Oxalá. Com o qual cruzam. Alimentam-nas com
fluidos delicados, chamados de “mel”, ou, talvez, os fluidos extraídos desse
alimento.
Oferendas:Apesar de diferentes, as falanges de Iori incluem, em suas oferendas,
muito mel, doces em geral, balas, pirulitos, brinquedos, fitas na cor rosa e nas cores
com os quais cada falange se cruza, velas na cor rosa, guaranás, flores brancas e
gostam muito de bicos (chupetas) azuis ou rosas, de acordo com a falange ou
entidade reverenciada (se meninas ou meninas, ou ambos).
Ervas: folhas de manjericão, amoreira, alfazema, alecrim, trevo.
7º LINHA: YORIMÁ
Seu nome significa a lei na aplicação da vitalidade saindo da luz. É a linha do
aprendizado a duros custos, da compreensão das aflições, valorizando as lições da
vida. É a prática da caridade teórica, da humildade adquirida sob as mais cruéis
provações. São aqueles que ensinam que, mesmo mergulhados no erro, ainda há
esperanças. São os Pretos-Velhos.
1. Falange do Povo da Costa (Rei Cambinda)
Cruzam-se com Iemanjá e ensinam que, através da resignação das provas, haverá o
resgate das dívidas do passado. Consolam e auxiliam os sofredores, com muito
amor. Suas oferendas são entregues nas praias.
2. Falange do Povo de Congo (Rei Congo)
Com Iori conseguema energia pura e infantil dessa falange que, transformada,
vence a dor e traz a alegria. Junto a sua oferenda vai uma vela rosa oferecida às
crianças.
3. Falange do Povo de Angola (Pai Joaquim)
Libertam os escravos de hoje, presos aos vícios, maldades e erros, despertando-os
para a vida, por meio de esclarecimentos ou ritos. Vibram nas matas e sua vela será
roxa, a cor mística por excelência.
4. Falange do Povo da Guiné (Pai Guiné)
Possuem o conhecimento das calungas (grande, o mar; pequena, o cemitério),
profundos conhecedores da magia e da sabedoria para a cura de todos os males.
Recebemsuas oferendas no cruzeiro do cemitério ou na beira do mar.
5. Falange do Povo de Moçambique (Pai Jerônimo)
Trabalham na lei do livre-arbítrio (ou da livre escolha), com fins de inspirar a
libertação do indivíduo durante sua vida terrena. Vibram na mata, sobre pedras em
especial, ou nos lugares abertos nesse local, próprios ao repouso e à oração.
6. Falange do Povo de Luanda (Pai José)
Combatem demandas, fazemcumprir rigorosamente os rituais e trabalham muito na
caridade, sendo exigentes, mas muito bondosos. Recebemsuas oferendas no
cruzeiro de cemitério.
7. Falange de Bengala (Pai Tomé)
Por teremsofrido muito na Terra, compreendemas misérias humanas, trabalham na
busca da paz, da fraternidade e estimulam a caridade. Vibram nas colinas abertas e
floridas.
Oferendas:cada Preto-Velho tem sua oferenda e gostos. Mas todos recebem
cigarros de palha, café, velas brancas e pretas (alguns, roxas), doces tradicionais
tipo pés-de-moleque, rapaduras, sagu, farofa com linguiça picada e comidas típicas
do interior e da época em que viveram.
Ervas: arruda, guiné, benjoim, cipreste, folhas de café, alfavaca e vassourinha
branca.
Os 7 raios de Umbanda
RAIO ORIXÁS Regência
1º Oxalá
regente do elemento ar. Estimula a Fé e a
Religiosidade.
2º Iemanjá
regente das águas salgadas – Estimula e favorece
a Geração, a criatividade e a vida.
3º
Ogum
regente do fogo na forma intrínseca, ignea – Irradia
e estimula a Lei e a Ordenação. É o Senhor dos
Caminhos.
Ibeji
regente do fogo como energia mágica – Sentido da
Pureza, da Alegria de Viver
4º Oxossi
regente das matas (fauna e flora) – Sentido do
Conhecimento, das Ciências, das Artes, da Cura
Psíquica e do Entendimento regente das folhas
(ervas) litúrgicas e medicinais – Sentido da
Liturgia, da Cura física
5º
Xangô
regente do fogo elétrico e energético – Sentido da
Justiça, da Razão
Iansã
regente do fogo psíquico – Sentido do Equilíbrio
das emoções, da harmonia psíquica e emocional.
6º Oxum
regente das águas doces – Sentido da Concepção,
do Amor.
7º
Obaluaiê
regente do elemento terra - Sentido da
Transformação, da Evolução, da Sabedoria.
Nanã
regente do elemento água nas chuvas e
águas paradas, manguezais – Sentido da
purificação, drenagem e decantação dos seres.
Orixá da maturidade.
1º Raio – Paz e Sabedoria – OXALÁ
Oxalá é o Orixá que rege os impulsos vitais da fé e da religiosidade, meios através dos
quais o homem ascende ao espiritual, nesse caminho de retorno à casa do Pai, seu
verdadeiro e único destino.
O Orixá Oxalá recebe diretamente do Cristo Planetário, o Senhor Jesus, o Divino Oxalá, os
efluxos de energia luminosa capaz de integrar a natureza e os homens na luz da fé
religiosa, emitindo a verdadeira paz.
A Umbanda reverencia esse Orixá com muito respeito e devoção, especialmente porque o
mesmo se encontra diretamente ligado à vibração energético de Jesus, sendo
retransmissor para os demais Orixás e respectivas vibrações, as ordens e comandos
celestiais emanadas do grande Cristo Planetário, dai o mito que diz ser Oxalá o pai de
todos os Orixás.
No Reino da natureza Oxalá se irradia através do elemento AR, como não poderia deixar de
ser, sendo esse elemento natural de importância capital à existência da vida e o condutor
natural de todos os outros elementos: o fogo através da temperatura; da terra através da
poeira; da água através da umidade.
Oxalá reina só, nos campos magnéticos positivo e negativos do elemento energético eólico,
do ar. Sendo ele o regente maior e necessário à existência da vida, enquanto elemento da
natureza; e da proximidade do Pai Criador, através da vibração da fé.
A refulgência do astro rei, o SOL empresta às ações deste maravilhoso Orixá atitudes
idênticas em perfeita consonância com as irradiações de Jesus.
As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso, sem a
vibração da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a
mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados.
É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina
irradiação do Orixá Oxalá, e entram nos gélidos domínios da descrença e das trevas, pela
ausência da luz da fé.
Nunca, em tempo algum, necessitou a humanidade
tanto de paz, como agora, voltados como estamos para
as inferioridades da vida, esquecemos os preceitos
áureos, que elevam e dignificam o ser humano, por
exclusiva falta de sabedoria.
O homem, aturdido nas disputas do dia-a-dia, nos
anseios e desejos inconfessáveis, esquece o destino
grandioso que lhe está determinado, O encontro
consigo mesmo e com seu Criador Divino, o que lhe
proporcionará a verdadeira Paz e Alegria. Isto o homem
adquirirá através da introspecção e o balanço diário de
suas ações.
2º Raio – Alento Criador – IEMANJÁ
novidade do ser. De seus seios brotam as águas vitais que recriam e amamentam com o
leite da nutrição energética e espiritual a vida dos seres.
Iemanjá surge para o Umbandista como a Luz da Vida, que através das águas do mar
purifica e limpa os corpos do ser, na perspectiva da Vida verdadeira, a vida do espírito. A
força das águas salgadas é muito grande como elemento desintegrador dos miasmas e
energias negativas e pesadas, por isso muito usada nas elaborações mágicas e
tratamentos de limpeza espiritual.
3º Raio – Ritual e Magia – OGUM
Orixá Ogum é o Senhor dos Caminhos, no sentido de que se faz presente em todos os
campos da natureza com a espada da Lei Divina, ordenando e organizando todos os
elementos e os seres.
Precisamente por isso, vamos encontrar a presença da vibração de Ogum em todos os
Reinos naturais, pela energia do seu fogo ordenador, assumindo, seus Mensageiros,
nomes místicos que os personalizam-nos diversos campos energéticos naturais:
Cabe a esse amado Orixá estimular a vida nas
suas múltiplas manifestações, que vão das
mais ínfima expressão de vida ao mais
poderoso dos seres criados.
Sendo a Lua um corpo morto, sua atenção
sobre a Terra só poderia expressar-se como
intermediária de outros planetas, cabendo ao
Sol uma partícula de si mesmo, nas noites de
plenilúnio.
Iemanjá, a nossa amada Mãe da Vida é a água
que vivifica. Iemanjá rege sobre a geração e
simboliza a maternidade, o amparo materno, a
mãe propriamente. Ela se projeta e faz surgir a
vida, a
Ogum constitui a expressão da vontade na manifestação interna
e externa. Tem o seu poder assegurado em todo círculo, que
representa a Vontade condicionada e a experiência através da
síntese ritualística.
Ogum é o Orixá da Lei e seu campo de atuação é a linha
divisória entre a razão e a emoção. É o Regente das milícias
celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres em todos os
sentidos.
Orixá Ogum é o Senhor dos Caminhos, no sentido de que se faz
presente em todos os campos da natureza com a espada da Lei
Divina, ordenando e organizando todos os elementos e os
seres.
1 – No Ar = Ogum Matinata (Nos Campos de Oxalá)
2 – Na Água Salgada = Ogum Marinho, Ogum Beira Mar, Ogum 7 Ondas (Nos Campos de
Iemanjá)
3 – No Fogo = Ogum Delê (Nos Campos do próprio Ogum)
4 - Na Mata = Ogum Rompe Mato (Nos Campos de Oxossi)
5 – No Fogo (Elétrico) = Ogum Naruê (Nos Campos de Xangô)
6 – Na Água Doce = Ogum Iara (Nos Campos de Oxum)
7 – Na Terra = Ogum Megê (Nos Campos de Obaluayê)
A Vibração de Ogum, por ser a ordenação, por meio da Lei Divina, nos caminhos e estradas
da natureza e da vida dos seres, faz com que o mesmo seja Responsável e coordenador da
Linha dos Exus de Lei.
IBÊJI é o regente da Vibração responsável pela Linha das Crianças. Para cada Vibração de
Orixá existe as diversas falanges de Crianças que estão sob a Vibração direta desse Orixá.
O Orixá Ibêji coordena a emanação e ordenação dos espíritos falangeiros que trabalham
sob essa roupagem fluídica de Criança. Daí podermos dizer que as Crianças pertencem à
Linha de Ibêji, embora sua Vibrações sejam variadas.
4º Raio – Poder Mantenedor – OXOSSI
para a apreensão dos valores sábios e verdadeiros, elevando-os a estados cada vez mais
espiritualizados, distantes da ignorância, do fanatismo e da desordem da razão.
Oxóssi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista
e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos
aspectos da fé quanto do saber religioso.
Oxossi é o grande Caçador Divino, pois caça, através do arco e flecha do conhecimento e
do raciocínio sábio, as almas dos seres encarnados e desencarnados, curando-os da lepra
da ignorância, abrindo-lhes o raciocínio para o entendimento das belezas e da sabedoria do
espírito a caminho da Casa do Pai.
Ao criar o planeta Terra, OLORUN determinou que a sua
fauna e flora fosse mantido por um Poder responsável.
Esse poder coube a Oxóssi, rei e responsável por toda a
fauna e flora da Terra.
Oxossi detém o poder de criar, manter e transformar a fauna
e flora do Planeta, por meio das energias poderosas
emanadas do Criador, que se expande na dinamização do
Conhecimento humano, abrindo de forma harmoniosa e
equilibrada o raciocínio humano
As ervas têm ainda o poder de limpeza, quando usadas de forma correta, desintegrando
miasmas e energias deletérias que ficam fixadas nos nossos corpos etéricos e
perispirituais.
5º Raio – Harmonia e Justiça – XANGÔ / IANSÃ
equilíbrio e equidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da
vida a evolução se processa num fluir contínuo.
Na linha elemental da Justiça, ígnea por excelência, ele se polariza com Iansã,
equilibradora e cumpridora da Lei.
A presença do Orixá Xangô na vida dos seres realiza o equilíbrio e com seu fogo elétrico
implanta a razão como fonte de discernimento harmonioso face a evolução.
Xangô é a força que segura e defende os seres, à luz da misericórdia divina. A Justiça
personificada por Xangô tem como escopo equilibrar os seres debaixo das Leis Divinas,
para o que este Orixá se coloca como pedra de segurança e defesa dos filhos de Deus que
aceitem a busca do crescimento e da vivência do amor.
Junto a Oxossi, o Orixá Ossãe desempenha o mesmo papel, através
da manipulação das ervas, dotando-as de atividades energéticas
medicinais e litúrgicas. Medicinais no sentido da cura do físico,
emocional e psíquico dos seres. Litúrgico pela concentração, de
forma essencial, de energias da terra, da água, do fogo e do ar,
servindo para o culto dos diversos Orixás ou manipulações
magísticas.
O poder que enfeixa esse Orixá traduz-se na balança da
justiça que ele usa com discernimento e propriedade, a
fim de dirimir, punir faltosos e reconhecer méritos
daqueles que os têm. Sendo agente direto do carma,
sua propensão é trazer equilíbrio às ações humanas,
auxiliado por Iansã, cuja sentença é: Ciência e
Determinação.
Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de
atuação é a razão, despertando nos seres o senso de
Como Ogum, também Xangô se manifesta nos diversos campos naturais, em busca dos
seres para equilibrá-los 44ustifica-los, à luz da Lei de Deus. Assim vejamos os nomes
místicos que assumem os Mensageiros de Xangôs, quando vibrados pela presença desse
grande Orixás nos diversos campos naturais:
1 – No Ar = Xangô Alafim (Nos Campos de Oxalá)
2 – Na Água Salgada = Xangô Marinho (Nos Campos de Iemanjá)
3 – No Fogo = Xangô Djacutá (Nos campos de Ogum e Ibeji)
4 – Nas Matas = Xangô 7 Montanhas (Nos Campos de Oxossi e Ossãe)
5 – No Fogo Elétrico = Xangô Kaô (Nos Campos do próprio Xangô e Iansã)
6 – Na Água Doce = Xangô das Cachoeiras (No Campo de Oxum e Oxumare)
7 – Na Terra = Xangô Agodô (Nos Campos de Obaluayê/Nanã)
aspecto assentado ou imutável, pois ela atua na transformação dos seres através de seus
magnetismos negativos.
Lansã aplica a Lei nos campos da Justiça e é extremamente ativa. Uma de suas atribuições
é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu
emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de
evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.
As energias irradiadas por lansã densificam o mental, diminuindo seu magnetismo, e
estimulam o emocional, acelerando suas vibrações.
Iansã é o Orixá que se expressa por meio da ventania e sua eletricidade energizadora. Se
podemos encontrar no raio elétrico a presença maciça da energia vibratória de Xangô, na
eletricidade das ventanias encontramos nas tempestades a presença marcante da energia
inquieta de Iansã.
6º Raio – Amor e Devoção – OXUM
lansã é a aplicadora da Lei na vida
dos seres emocionados pelos vícios.
Seu campo preferencial de atuação é
o emocional dos seres: ela os esgota
e os redireciona, abrindo-lhes novos
campos por onde evoluirão de forma
menos “emocional”.
Na linha da Justiça, lansã é seu
aspecto móvel e Xangô é seu
Oxum é o Orixá irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos.
Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial, e favorece a conquista da
riqueza espiritual e a abundância material.
A Orixá Oxum é a regente magnética irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres
estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
Na Coroa Divina, a Orixá Oxum surge a partir da projeção do Amor. Oxum assume os
mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento atua nos seres,
estimulando a união e a concepção.
São as águas doces, águas dos rios, dos poços e minas que fornecem, de forma mais
acentuada, a projeção da vibração desse Orixá do Amor.
Ele está na Linha da Concepção como renovador do amor e da sexualidade da vida dos
seres. Está na Linha do Conhecimento como renovador dos conceitos, teorias e
fundamentos. Está na Linha da Justiça como renovador dos juízos. Oxumaré está na Linha
da Lei como renovador das ordenações que acontecem de tempos em tempos. Ele está na
Linha da Evolução como a renovação das doutrinas religiosas, que aperfeiçoam o saber e
aceleram a evolução dos seres. Está na Linha da Geração como a renovação ou como o
próprio reencarne, que acontece quando um espírito troca a pele, tal como faz Dã, a
Serpente Encantada do Arco-Íris.
No Arco Íris, que é formado a partir da luz solar nas gotículas da água em evaporação,
encontramos a presença irradiante da vibração energética de Oxumare.
7º Raio – Poder Transformador – OBALUAYÊ/NANÃ
Oxum recebe a influência maravilhosa do planeta mais brilhante
do firmamento, conhecido por muitos nomes: Estrela Vésper,
estrela matutina, estrela d’alva, e também conhecido por Vênus..
Saudamos, pois no céu, a brilhante Estrela do Pastor, astro que
os Caldeus veneravam entre tantos outros. Seu aparecimento
na tela sideral corresponde ao nascer da aurora que aos
sensitivos desperta sentimentos generosos, tendências para o
amor divino, que suaviza, de algum modo, a vida dos humanos.
Oxum regente natural do 6º Raio.
Oxumaré, tal como revela a lenda dos orixás, é a renovação contínua, em todos os
aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser. Sua identificação com Dã, a Serpente
do Arco-Íris, não aconteceu por acaso, pois Oxumaré irradia as sete cores que
caracterizam as sete irradiações Divinas que dão origem às Sete Linhas de Umbanda. E
ele atua nas sete irradiações como elemento renovador.
Oxumaré está na Linha da Fé como elemento renovador da religiosidade dos seres.
O planeta Saturno influi decisivamente na atuação do Senhor Obaluaiê e tem nele a mais
lídima expressão da sua influência na Terra.
Obaluaiê é o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as
passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro.
O Raio da Evolução, cujo pólo magnético positivo, está no Orixá Natural Obaluaiê, e em
cujo pólo magnético negativo, feminino e absorvente encontramos a Orixá Nanã Buruquê é
um Raio essencial no crescimento dos seres. Ambos são Orixás de magnetismo misto e
cuidam das passagens dos estágios evolutivos.
Ambos são Orixás terra-água. Ambos atuam em total sintonia vibratória, energética e
magnética. E onde um atua passivamente, o outro atua ativamente.
Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiyê estabelece o cordão energético
que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o
desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
É a Vibratória do Orixá “Obaluayê” que reduz o corpo plasmático do espírito até que fique
do tamanho do corpo carnal alojado no útero materno. Nesta redução (que é um mistério de
Deus regido por Obaluaiyê), o espírito assume todas as características e feições do seu
novo corpo carnal, já formado.
Muitos associam Obaluaiyê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura
mesmo! Mas Obaluaiyê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o “Senhor das
Passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito
para a carne e vice-versa.
O grande laboratório da natureza está afeto à
administração do grande Orixá Obaluayê, Senhor da
transformação e agente cármico a que todos os seres vivos
estão subordinados.
A percuciência de sua ação nada lhe passa despercebido;
seu poder estende-se às mais variadas formas físicas
terrestres possibilitando, assim, a libertação das moléculas
que, por sua vez, irão constituir novos corpos.
A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial
de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres
emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais
equilibrada.
A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada pelo
elemento água, em forma de chuva, que ao encontrar-se com o
elemento terra forma a lama, decantadora e purificadora.
Nanã assume o papel de purificadora, decantando a natureza, seja através da chuva que
purifica a atmosfera, seja através da lama e dos manguezais purificando a água, seja
através das emoções ativas ou paralisadas, decantando e purificando os seres.
Seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas
irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas. E assim
permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e
desequilíbrios mentais.
Nanã forma com Obaluaiyê o sétimo Raio de Umbanda, que é a linha da Evolução. E
enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua
na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar.
Estes são os Raios dos Orixás de Umbanda, comandantes das energias criadoras,
mantenedoras e transformadoras dos elementos da natureza e do processo de evolução
dos seres, diretamente ligados à nossa realidade encarnatória e ao mundo físico/astral,
tendo sob seus comandos legiões de espíritos de várias vibrações evolutivas dentro de seu
Raio. Eles realizam o milagre da vida e da ascensão espiritual e distribuem suas energias
no corpo da magia, para os locais que delas necessitam, para ajuda e fortalecimento dos
espíritos encarnados e desencarnados. Todos os Orixás são subordinados ao Cristo
Jesus que é o tutor máximo da Terra.
Entre os espíritos que atuam dentro das vibrações energéticas do nosso
Eledá(Orixá de frente), é escolhido um para nos acompanhar mais de perto, seja pela
afinidade com o ser encarnado ou pelo simples desejo de acompanhar esse espírito na sua
caminhada encarnatória. No caso de médiuns, normalmente este espírito é aquele que
incorpora quando invocada a vibração do seu Eledá.
Os Orixás, dentro do culto Umbandista, não são incorporáveis. O que se vê dentro
dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os falangeiros dos Orixás, espíritos de grande
luz que vêm trabalhar sob as Ordens de um Orixá. Os Falangeiros são os Mensageiros
que incorporam em seus médiuns e mostram sua presença e sua força em nome de um
Orixá.
IBÊJI é o regente da Vibração responsável pela Linha das Crianças. Para cada Vibração de
Orixá existe as diversas falanges de Crianças que estão sob a Vibração direta desse Orixá.
O Orixá Ibêji coordena a emanação e ordenação dos espíritos falangeiros que trabalham
sob essa roupagem fluídica de Criança. Daí podermos dizer que as Crianças pertencem à
Linha de Ibêji, embora sua Vibrações sejam variadas.
As cores das guias dos Orixás
Orixá Cor da Guia
OXALÁ BRANCO OU CRISTALINO
IEMANJÁ AZUL CLARO
NANÃ LILÁS
OBALUAIÊ LARANJA
IORIMÁ PRETO E BRANCO
OXÓSSI VERDE
XANGÔ MARROM
IANSÃ AMARELO
OXUM AZUL ESCURO
OGUM VERMELHO
IORI ROSA
As flores dos Orixás
ORIXÁ FLORES
OXALÁ CRAVO BRANCO
IEMANJÁ LÍRIO
NANÃ PALMA BRANCA
OBALUAIÊ ROSABRANCA
IORIMA PALMA DE SÃO JOSÉ E ROSA
OXÓSSI AMOR PERFEITO
XANGÔ VIOLETA
IANSÃ ANGÉLICA
OXUM AÇUCENA E LÍRIO AMARELO
OGUM TULIPAE PALMA DE SÃO JOSÉ CRAVO BRANCO E VERMELHO
IORI MARGARIDA
As bebidas dos Orixás
ORIXÁ BEBIDAS
OXALÁ MEL, ÁGUA, LEITE
IEMANJÁ LICORES
NANÃ ÁGUA, CHAMPANHE ROSÉ
OBALUAIÊ SUCO DE LIMÃO, MEL, VINHO BRANCO DOCE
IORIMA MELADO, CAFÉ, AGUARDENTE
OXÓSSI VINHO TINTO E CERVEJABRANCA
XANGÔ CERVEJA PRETA
IANSÃ MEL, CHAMPANHE BRANCO
OXUM MEL, CHAMPANHE BRANCO
OGUM CERVEJA BRANCA
IORI SUCOS, REFRIGERANTES, MEL
EXÚ ÁGUA, AGUARDENTE
POMBAGIRA CHAMPANHE VERMELHA, LICOR
As pedras dos Orixás
ORIXÁ PEDRAS
OXALÁ CRISTAL, DIAMANTE
IEMANJÁ ÁGUAMARINHA
NANÃ ÁGATA
OBALUAIÊ CRISTAIS LEITOSOS
IORIMA ÔNIX
OXÓSSI LÁPIS LAZULI
XANGÔ TOPÁZIO
IANSÃ TURQUESA
OXUM HEMATITA
OGUM RUBI
IORI ESMERALDA
Sentimento dos Orixás

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no Brasil
Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no BrasilAula 19 - Grandes vultos do espiritismo no Brasil
Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no BrasilDarlene Cesar
 
Evangelho no lar com crianças (49)
Evangelho no lar com crianças (49)Evangelho no lar com crianças (49)
Evangelho no lar com crianças (49)Fatoze
 
O Tríplice Aspecto da Doutrina Espírita. Allan Kardec e as Obras da Codificação.
O Tríplice Aspecto da Doutrina Espírita. Allan Kardec e as Obras da Codificação.O Tríplice Aspecto da Doutrina Espírita. Allan Kardec e as Obras da Codificação.
O Tríplice Aspecto da Doutrina Espírita. Allan Kardec e as Obras da Codificação.Angelo Baptista
 
MULHERES DO EVANGELHO.pdf
MULHERES DO EVANGELHO.pdfMULHERES DO EVANGELHO.pdf
MULHERES DO EVANGELHO.pdfDayTraderCrypto
 
Missão dos pais
Missão dos paisMissão dos pais
Missão dos paisLisete B.
 
AULA INAUGURAL plano convite Edgard Armond.pptx
AULA INAUGURAL plano convite Edgard Armond.pptxAULA INAUGURAL plano convite Edgard Armond.pptx
AULA INAUGURAL plano convite Edgard Armond.pptxWanderley Gomes
 
Grandes Vultos Do Espiritismo
Grandes Vultos Do EspiritismoGrandes Vultos Do Espiritismo
Grandes Vultos Do EspiritismoAndreia Azevedo
 
Pluralidade dos mundos habitados
Pluralidade dos mundos habitadosPluralidade dos mundos habitados
Pluralidade dos mundos habitadoshome
 
Sacrifício da própria vida
Sacrifício da própria vidaSacrifício da própria vida
Sacrifício da própria vidaHenrique Vieira
 
Linha de-esquerda-qexu-e-pomba-giraq
Linha de-esquerda-qexu-e-pomba-giraqLinha de-esquerda-qexu-e-pomba-giraq
Linha de-esquerda-qexu-e-pomba-giraqAdri Nzambi
 
A importância da evangelização espírita!
A importância da evangelização espírita!A importância da evangelização espírita!
A importância da evangelização espírita!Leonardo Pereira
 
Bem aventurados os que temos olhos fechados
Bem aventurados os que temos olhos fechadosBem aventurados os que temos olhos fechados
Bem aventurados os que temos olhos fechadosIzabel Cristina Fonseca
 

Mais procurados (20)

Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no Brasil
Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no BrasilAula 19 - Grandes vultos do espiritismo no Brasil
Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no Brasil
 
O centro espírita
O centro espíritaO centro espírita
O centro espírita
 
O que é o espiritismo
O que é o espiritismoO que é o espiritismo
O que é o espiritismo
 
Evangelho no lar com crianças (49)
Evangelho no lar com crianças (49)Evangelho no lar com crianças (49)
Evangelho no lar com crianças (49)
 
O Tríplice Aspecto da Doutrina Espírita. Allan Kardec e as Obras da Codificação.
O Tríplice Aspecto da Doutrina Espírita. Allan Kardec e as Obras da Codificação.O Tríplice Aspecto da Doutrina Espírita. Allan Kardec e as Obras da Codificação.
O Tríplice Aspecto da Doutrina Espírita. Allan Kardec e as Obras da Codificação.
 
Obreiros da-vida-eterna
Obreiros da-vida-eternaObreiros da-vida-eterna
Obreiros da-vida-eterna
 
MULHERES DO EVANGELHO.pdf
MULHERES DO EVANGELHO.pdfMULHERES DO EVANGELHO.pdf
MULHERES DO EVANGELHO.pdf
 
Missão dos pais
Missão dos paisMissão dos pais
Missão dos pais
 
Exus
ExusExus
Exus
 
AULA INAUGURAL plano convite Edgard Armond.pptx
AULA INAUGURAL plano convite Edgard Armond.pptxAULA INAUGURAL plano convite Edgard Armond.pptx
AULA INAUGURAL plano convite Edgard Armond.pptx
 
Ser Espirita
Ser EspiritaSer Espirita
Ser Espirita
 
Grandes Vultos Do Espiritismo
Grandes Vultos Do EspiritismoGrandes Vultos Do Espiritismo
Grandes Vultos Do Espiritismo
 
Afinas com o que sintonizas grupo
Afinas com o que sintonizas   grupoAfinas com o que sintonizas   grupo
Afinas com o que sintonizas grupo
 
Pluralidade dos mundos habitados
Pluralidade dos mundos habitadosPluralidade dos mundos habitados
Pluralidade dos mundos habitados
 
Sacrifício da própria vida
Sacrifício da própria vidaSacrifício da própria vida
Sacrifício da própria vida
 
Aula planejamento Reencarnatório
Aula planejamento ReencarnatórioAula planejamento Reencarnatório
Aula planejamento Reencarnatório
 
Linha de-esquerda-qexu-e-pomba-giraq
Linha de-esquerda-qexu-e-pomba-giraqLinha de-esquerda-qexu-e-pomba-giraq
Linha de-esquerda-qexu-e-pomba-giraq
 
A importância da evangelização espírita!
A importância da evangelização espírita!A importância da evangelização espírita!
A importância da evangelização espírita!
 
Bem aventurados os que temos olhos fechados
Bem aventurados os que temos olhos fechadosBem aventurados os que temos olhos fechados
Bem aventurados os que temos olhos fechados
 
LE 880 ESE_cap13_item5
LE 880 ESE_cap13_item5LE 880 ESE_cap13_item5
LE 880 ESE_cap13_item5
 

Semelhante a Iniciação à Umbanda e suas origens (20)

1 história da umbanda
1   história da umbanda1   história da umbanda
1 história da umbanda
 
Video aula
Video aulaVideo aula
Video aula
 
Umbanda
UmbandaUmbanda
Umbanda
 
Estudo sistematizado Umbanda - Parte 2
Estudo sistematizado Umbanda - Parte 2Estudo sistematizado Umbanda - Parte 2
Estudo sistematizado Umbanda - Parte 2
 
02 o que é umbanda a
02   o que é umbanda a02   o que é umbanda a
02 o que é umbanda a
 
02 o que umbanda
02   o que  umbanda02   o que  umbanda
02 o que umbanda
 
02 o que é umbanda a
02   o que é umbanda a02   o que é umbanda a
02 o que é umbanda a
 
02 o que umbanda
02   o que  umbanda02   o que  umbanda
02 o que umbanda
 
02 o que é umbanda a
02   o que é umbanda a02   o que é umbanda a
02 o que é umbanda a
 
02 o que umbanda
02   o que  umbanda02   o que  umbanda
02 o que umbanda
 
Apostila 20
Apostila 20Apostila 20
Apostila 20
 
ESE 1 AS REVELAÇÕES.pptx
ESE 1 AS REVELAÇÕES.pptxESE 1 AS REVELAÇÕES.pptx
ESE 1 AS REVELAÇÕES.pptx
 
Espiritismo segundo o_evangelho
Espiritismo segundo o_evangelhoEspiritismo segundo o_evangelho
Espiritismo segundo o_evangelho
 
Espiritismo segundo o_evangelho
Espiritismo segundo o_evangelhoEspiritismo segundo o_evangelho
Espiritismo segundo o_evangelho
 
Espiritismo segundo o_evangelho
Espiritismo segundo o_evangelhoEspiritismo segundo o_evangelho
Espiritismo segundo o_evangelho
 
Espiritismo segundo o_evangelho
Espiritismo segundo o_evangelhoEspiritismo segundo o_evangelho
Espiritismo segundo o_evangelho
 
Espiritismo segundo o_evangelho
Espiritismo segundo o_evangelhoEspiritismo segundo o_evangelho
Espiritismo segundo o_evangelho
 
Dg nos bastidores_do_reino
Dg nos bastidores_do_reinoDg nos bastidores_do_reino
Dg nos bastidores_do_reino
 
A missao do brasil celia urquiza
A missao do brasil   celia urquizaA missao do brasil   celia urquiza
A missao do brasil celia urquiza
 
50 anos depois
50 anos depois50 anos depois
50 anos depois
 

Último

Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptxLinoReisLino
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 

Último (20)

Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 

Iniciação à Umbanda e suas origens

  • 1. Iniciação a Umbanda Por Diamantino Fernandes Trindade INTRODUÇÃO DO ESPIRITUALISMO NO BRASIL A Revolução Francesa marca na história a liberdade para o homem. Surge nesta época o Kadercismo. Aera espirita é marcada oficialmente, pela publicação, em 18 de Abril de 1857, do Livro dos Espíritos. Este livro se apresentava como código de uma nova fase da evolução da humana. Allan Kardec, nascido a 03 de Outubro de 1804 na cidade de Lion, serviu como intermediário para as primeiras manifestações do plano espiritual. Sobre o Livro dos Espíritos erguia-se um edifício: O da Doutrina Espírita. O espiritismo surgiu com ele e com ele se propagou. O Brasil recebeu como herança do período colonial, uma formação católica. A pressão exercida pela Igreja Católica Romana não permitia a livre manifestação dos seguidores de outras crenças religiosas ou de livres pensadores. Só nos últimos tempos a nossa sociedade permitiu certa liberdade de crença. Na segunda metade do século passado encontramos os senhores do café tendo a sua disposição os vastos recursos proporcionados pela multiplicação das imensas fortunas obtidas com a lavoura do café. Surgiram então os novos ricos que se regalavam com viagens em confortáveis vapores aos mais importantes centros culturais e recreativos da Europa, destacando-se Paris, onde a Revolução Francesa permitiu a liberdade de crença para todo ser humano. Desta maneira, alguns médiuns puderam passar a procurar respostas para suas dúvidas depois de tomar conhecimento das experiências vividas por Allan Kardec, com a possibilidade de comunicação com os espíritos dos mortos. Sendo assim, a principio, o espiritismo foi praticado pela sociedade aristocrática, fato que não necessariamente ocorria na Europa. O Espiritismo no Brasil tornou-se rapidamente preconceituoso e pedante. Quem em vida não houvesse sido importante, não tinha o direito de se manifestar nas chamadas sessões espíritas (mesa branca). Isso se
  • 2. justifica, pois até bem pouco tempo, as famílias que defendiamas doutrinas de Kardec, haviam se beneficiado do trabalho escravo e suas fortunas eram conseguidas a custa desse sangue escravo, de um povo negro que eles haviam aprendido a renegar e desprezar. Por isso, numa mesa Kardecista, um médium que incorporava um espírito que em vida havia sido um escravo, era de imediato convidado a se retirar da sessão, acusado de praticar baixo espiritismo. Estávamos em 1908 e esse era o quadro geral do espiritismo de então Brasil.
  • 3. ZÉLIO DE MORAIS E AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITUAIS NA UMBANDA - NA CIDADE DE NITEROI - ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Em 1908, o jovemZélio Ferdinando de Morais estava com 17 anos e havia concluído o 2º grau e se preparava para ingressar na Escola Naval, quando fatos estranhos começaram a lhe acontecer. Ora ele assumia a estranha postura de um velho, falando coisas aparentemente desconexas, como se outra pessoa e que havia vivido emoutra época, e em outras ocasiões, sua forma física lembrava um felino lépido e desembaraçado que parecia conhecer todos os segredos da natureza, os animais e as plantas. Este estado de coisas chamou logo a atenção de seus familiares principalmente porque ele estava se preparando para seguir carreira na Marinha. Esse estado de coisas foi se agravando e os chamados "ataques" repetiam-se cada vez com mais intensidade. A família recorreu então a um médico, diretor de um hospício. Ao examina-lo e observa-lo durante vários dias, encaminhou-o à família, dizendo que a loucura não se enquadrava emnada do que ele havia conhecido, ponderando ainda, que melhor seria encaminha-lo a um padre, pois o garoto mais parecia endemoniado. Através do sacerdote, também tio de Zélio, foi realizado exorcismo para livrá-lo daqueles incômodos ataques. Entre tanto nem esse, nem os outros dois exorcismos realizados posteriormente, inclusive com a participação de outros sacerdotes católicos conseguiram dar a família Morais o tipo desejado de sossego, pois as manifestações prosseguiram, apesar de tudo. Apartir dai, a família passou a correr atrás de toda e qualquer melhora, ou melhor, informação, que lhe trouxesse a esperança de uma solução para seu filho. Um dia alguém sugeriu que isso era coisa de espiritismo e que o melhor era encaminhá-lo à recém-fundada Federação Kardecista de Niterói. O jovem Zélio foi conduzido a 14 de Novembro de 1908 á presença de José de Souza. Estavam num daqueles chamados ataques, que nada mais eram incorporações involuntárias de diferentes espíritos;e lá chegando, José, médium vidente, interpelou o espírito manifestado e foi aproximadamente este diálogo ocorrido: Sr. José: - Quem é você que ocupa o corpo desse jovem? O Espírito: - Eu? Eu sou apenas um Caboclo brasileiro. Sr. José: - Você se identifica como um Caboclo, mas eu vejo em você restos de vestes clericais.
  • 4. O Espírito: - O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui Padre, meu nome era Gabriel Malagrida e, acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da inquisição por haver previsto o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Mas, em minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como um Caboclo brasileiro. Sr. José: - E qual é o seu nome? O Espírito: - Se é preciso que eu tenha um nome, digam que eu sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois para mim não existiram caminhos fechados. Venho trazer a UMBANDA, uma RELIGIÃO sem nenhum PRECONCEITO NÃO diferenciando rico ou pobre, poderoso ou humilde, todos se tornam iguais na morte, mas vocês homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram levar essas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Porque não podem nos visitar esses humildes trabalhadores do espaço, apesar de não haverem sido pessoas importantes na terra, também trazem importantes mensagens do além? Por que não aos Caboclos e Pretos Velhos? Acaso não foram eles também do mesmo Deus?... "Amanhã na casa onde meu aparelho mora, haverá uma mesa posta a toda e qualquer entidade que queira ou precise se manifestar independentemente daquilo que haja sido em vida, e todos serão ouvidos e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberemmenos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois está é a vontade do Pai." Sr. José: - E que nome darão a está Igreja? O Caboclo: - TENDANOSSASENHORADA PIEDADE, pois da mesma forma que MARIA ampara nos braços o filho querido, também serão amparados os que se socorreremda UMBANDA. Adenominação Tenda foi justificada assim pelo Caboclo: Igreja, Templo, Loja dão aspecto de superioridade enquanto que "TENDA" lembra uma CASA HUMILDE. Desta forma, na sala de jantar da família Morais, um grupo de curiosos Kardecistas compareceu no dia 15 de Novembro de 1908 para ver como seriam essas incorporações, para eles indesejáveis ou injustificáveis. Alguns médiuns que haviam sido escorraçados de mesas Kardecistas, por haveremincorporado Caboclos, Crianças, ou Pretos Velhos se solidarizaram com aquele garoto que parecia anjo estar compreendendo o que lhe acontecia e que de repente se via como Líder de um grupo religioso, obra essa que deveria durar a sua vida e que só terminaria com a sua morte. ... A Tenda Nossa Senhora da Piedade é reconhecida hoje como a primeira Tenda de Umbanda e a data de 15 de Novembro de 1908 é reconhecida como a data
  • 5. de fundação oficial da Umbanda. Ronaldo Linares fez seu primeiro contato com Zélio Morais em 1970. Antes disso, em 1969, o pesquisador norte americano, David St. Clair fez a mesma descoberta em sua estada no Brasil, escrevendo: "O homem a quem geralmente se atribui o crédito da criação da Umbanda é Zélio Morais. Ele era alto, loiro e pele branca. Foi educado no Catolicismo, mas era constantemente molestado com a possessão de um espírito índio brasileiro mestiço chamado Caboclo das Sete Encruzilhadas. Caboclo é a denominação de ser mestiço de índio e negro, ele estava emcomunicação direta com espíritos africanos do Candomblé e também em excelentes relações com os espíritos dos Índios locais." O povo que vinha até Zélio para consultas acreditava em todas as coisas que o Caboclo dizia, por ser ele, antes de tudo, um deles. Ele não era apenas o fantasma de algum mestiço morto, mas era um espírito mestiço na tradição dos espíritos da selva africana. Ele era uma mistura de sangues. Os brasileiros que conversavamcom ele também eram uma mistura de sangue. Ele conhecia sua nação e havia testemunhado sua história. Ele falava sua língua, não o dialeto de alguma tribo africana. Ele era um deles e isto era terrivelmente importante. Zélio tinha ouvido sobre Kardec e havia estado em alguns encontros de macumba que ocorreramno Rio no estilo do Candomblé, mas o Caboclo disse a ele que nada do que se criara estava certo, e ditou uma nova série de regras, regulamentos, rituais, cantos, toques de tambor, curas através das ervas, cursos, passos de danças etc. O povo vinha a ele para obter conselhos, curas, conforto espiritual. Seus assistentes começaram a serem possuídos por outros espíritos brasileiros nativos, espíritos que representavamescravos, negros, e índios. RAÍZES DO RITUAL UMBANDISTA
  • 6. Quando Ronaldo Linares efetuou os primeiros contatos com Zélio indagou sobre a origem do ritual Umbandista e ele fez os seguintes esclarecimentos:O rito nasceu naturalmente em consequência da presença do Índio e pela presença do elemento negro, não tanto pela presença física do negro, mas sim pela presença do Preto Velho incorporado e para ser mais preciso, no mesmo dia e pela primeira vez houve a incorporação de Pai Antônio naquela que haveria de ser a primeira Tenda de Umbanda do Brasil. Perguntado se tem saudades de alguma coisa que deixou ficar na terra, ele respondeu "Meu Cachimbo, nego que o pito deixou no toco... Manda muleque buscar". A alegria do velhinho empoder pitar novamente o seu cachimbo, logo seria repetida quando dos outros médiuns já mencionados, também passaram livremente a permitir a presença de seus Caboclos, de seus Preto Velhos e demais entidades consideradas não doutas pelos kardecistas de então, pobres tolos preconceituosos que confundiam cultura com bondade. Atualmente sabe-se que o uso do fumo pelas entidades incorporadas tem o efeito purificador quando estas atendemalguma pessoa com problemas espirituais. A fumaça age como desagregador de maus fluídos atingindo o períspirito dos espíritos obsessores. Por extensão destes hábitos incorporados ao terreiro, passou-se a oferecer doces as crianças incorporadas e, às vezes a promover festas infantis. Contudo, o que é usual nestes casos e, naturalmente influindo desta ou daquela forma nas demais forma de incorporação, sempre com o objetivo de tratar os incorporantes (espíritos) como velhos e queridos amigos a "Liberdade" trazida pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, as pessoas afugentadas da etilizada mesa Kardecista de então, passaram a frequentar a nova religião. Uma boa parcela dessas pessoas era da raça negra, fazendo com que a Umbanda passasse a contar com uma boa parte de médiuns de raça negra que se sentiam muito à vontade pela ausência de preconceitos. Esses médiuns começaram a enriquecer o ritual umbandista com práticas de Candomblé, conhecidas por elas, sincretismo dos Orixás com os Santos Católicos etc... Foram introduzidos assim comidas de santo, atabaques, agogôs e outros instrumentos musicais etc... Este fato ocorreu com as tendas nascidas da Tenda Nossa senhora da Piedade, pois nesta, nunca foram utilizados atabaques ou palmas. Outro fator determinante da raça negra no Candomblé são as oferendas (Obrigação aos Orixás). Os Africanos tinham o hábito de fazer oferendas aos seus Orixás como o vinho de palma, por exemplo. Na situação de escravos, não tinham permissão para cultuar seus Orixás e tampouco de fazer tais oferendas.
  • 7. Alguns escravos, que demonstravam dotes mediúnicos, eram escolhidos pela comunidade para serem iniciados nos mistérios da sua religião. Esses escravos eram retirados, à noite, das senzalas para serem iniciados no interior da mata, junto à natureza. O escravo iniciado deveria fazer uma oferenda ao seu Orixá. Justificam-se assim, as obrigações dadas, pelos médiuns, aos seus Orixás, obrigações dadas junto à natureza (matas, cachoeiras, pedreiras, mas, rios etc...). Geralmente à noite em função da Tradição do Elemento Negro. Na Umbanda não existe dogmas e todos os rituais, quer para as Entidades ou Orixás tem sua razão de ser. SIGNIFICADO DA PALAVRA UMBANDA Sempre que é necessário demonstrar o pouco conhecimento dos próprios umbandistas sobre a própria Umbanda, pergunte-se inicialmente se os participantes da reunião são médiuns e depois se todos trabalham pela causa umbandista. Quando se recebe a resposta afirmativa, pergunta-se "O que é Umbanda?" E geralmente a resposta é um ar de duvida ou insegurança ou ainda uma frase sem muita convicção, como por exemplo: Umbanda é paz e amor (então hippie é umbandista); ou ainda Umbanda é humildade; Umbanda é saber transmitir calor humano, e uma série de frases que podem definir algumas virtudes umbandistas, mas estão longe de fornecer ao leigo uma explicação satisfatória e logica do seja realmente a Umbanda. Vamos por isso, explicar a origem da palavra Umbanda. Apalavra Umbanda, segundo Cavalcanti Bandeira em sua grande obra "O que é Umbanda", é originária da língua Quimbundo, encontrada em muitos dialetos Bantus, falados em Angola, Congo, Guiné e não é segredo algum, pois, em virtude dos interesses comerciais e do período em que Portugal manteve suas colônias na África, foi devidamente estudada, existindo várias gramaticas de autores insuspeitos, em que são citados as palavras Umbanda e Quimbanda, nomes comuns na África. Às vezes como o espírito dessa mesma nação. Uma possibilidade mais remota, da origem dessa palavra no orientalismo iniciático, no qual o "mantra" a Umbanda representa umalto significado esotérico. Resumidamente temos: Umbanda, arte de curar, ofício de ocultista, ciência médica, magia de curar. Em sua origem participam valores de três culturas principais: a cultura branca europeia (Catolicismo e Kadercismo), cultura negra africana (elemento escravo e a cultura vermelha ameríndia índios nativos, que o branco tentou escravizar). Concluímos então que a Umbanda é uma religião espírita, ritmada, ritualizada, de origem euro-afro-brasileira.
  • 8. UMBANDA Religião tipicamente brasileira, com fusão de parte de vários cultos: Candomblé, Pajelança, Catolicismo, Espiritismo, Esoterismo.
  • 9. É uma religião ecumênica: * a magia da Pajelança * o ritual do Candomblé * imagens e rituais Católicos * incorporações e princípios Kardecistas * cânticos como os evangélicos etc... Foi fundada pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas (que foi padre) através do médium Zélio de Moraes, em 15/11/1908, inaugurando a 1º tenda no país. Assim, abriram-se as portas para as incorporações dos Caboclos, Pretos Velhos e outras falanges do bem. No Candomblé eles não podiam se manifestar e no Kadercismo não aceitavam essas incorporações (nessa época o kadercismo vindo recentemente da França era elitista). Foi delineada para a Umbanda, pelos espíritos de luz, como doutrina básica espiritual a utilização dos médiuns como veículos de suas mensagens e ensinamentos sempre fundamentados na caridade. A Umbanda é uma instituição louvável porque recebeu de Cristo a responsabilidade de levantar bem alto a sua bandeira de caridade e no astral, uma de suas inúmeras importantes tarefas é combater a magia negra, neutralizando os seus efeitos maléficos. E para essa caridosa tarefa, os guias espirituais contam sempre com o devotamento de seus filhos do terreiro, que são médiuns ou cavalos, já conscientizados do dever do umbandista que é combater o mal e praticar o bem. "A Umbanda é o denominador da magia branca". Aparentemente, a Umbanda é heterogênea, não tendo ainda unidade doutrinária e ritualística: mesmo assim existe uma estrutura espiritual de luzes básicas fundamental que sustenta seus alicerces. Os mentores espirituais do astral consideram a Umbanda uma aspiração religiosa destinada a atender uma importante fase da graduação espiritual do homem. A administração sideral não pretende impor ao universo uma religião exclusiva, porém, no esquema divino existe um objetivo que elas sejam fundamentadas na lei do amor. Nesse sentido, a Umbanda deverá ser mais compreendida e aceita na sua elevada significação cósmica. Ela possui o sentido de confraternizar as mais diversas raças sob o mesmo padrão de contato com o mundo espiritual.
  • 10. A Umbanda é dirigida pela sagrada corrente astral da Umbanda cúpula diretiva. Numerosos “Pais no Santo”, cambonos e médiuns são descendentes de portugueses, italianos, sírios, alemães, espanhóis, judeus, que convivemno mais original espirito de confraternização religiosa. Assim foi delineada a doutrina que se conhece por Umbanda, despida de preconceitos racistas pela sua origem africana, no sentido de agrupar em suas atividades escravos, senhores, pretos, brancos nativos exilados, imigrantes descendentes de todos os povos do mundo, sediados no solo brasileiro. A Umbanda no Brasil é consequência de uma lei religiosa muito natural: a evolução moral, prevendo a decadência do catolicismo pelos seus dogmas envelhecidos, o advento libertador da inteligência do homem, os mentores espirituais da Umbanda elaboraram o esquema de uma doutrina religiosa capaz de aproveitar as sementes boas da Pajelança, do Candomblé, da Igreja Católica, do Kadercismo, principalmente os seus postulados da lei do carma e da reencarnação e tendo por divisa maior o ensinamento de Jesus da pratica da caridade. Pratique a caridade, seja lá como for: por intenção ou sentimentos bons, por generosidade e até mesmo por vaidade, faça a caridade quer material, quer moral, quer mediúnica os desesperados e de caídos por causas morais, emocionais e astrais são incontáveis e a esses nem sempre a roupa e o pão fazem falta. É o unico cheque que você poderá sacar no banco carmico do astral. A caridade pura tem mais valor. A caridade feita com orgulho ainda assim tem seu valor (contrariando o kadercismo e o evangelho). Toda ação positiva, quer parta da pureza intencional, quer parta simplesmente da generosidade ou apenas pela vaidade, produz um beneficio, um conforto, uma satisfação, um alivio. Portanto será contada, medida e pesada, para que se lhe atribua um valor. A Umbanda deve abrir caminhos para a elevação espiritual do homem e, mais que nunca praticar a caridade uma das mais incisivas recomendações de Cristo. Umbanda é a religião dos realmente necessitados, porque são maioria. Umbanda é o balsamo do verdadeiro “Zé povinho” com seus dramas morais e materiais, que não pode comprar remédios, quanto mais pagar a psiquiatras, psicólogos, ou a médicos especializados...
  • 11. GRUPO ESPIRITUALISTA SEGUIDORES DE JESUS 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS 2. SINTESE DO ESTATUTO 3. INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL
  • 12. 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS .Preceito .Banho de descarrego .Vestuário .Apetrechos .Saudações .Giras .Local do médium .Corrente .Defumação .Prece de caritas .Entrada e Saída .Atendimento .Pontos Cantados .Pontos Riscados .Limpeza do local de trabalho .Banho .Atualizações .Mensalidades
  • 13. .Reuniões .Jogo de Búzios .Cambono .Recomendações 2. SINTESE DO ESTATUTO Estatuto são normas que regulamentam os cargos e as atribuições das pessoas que trabalham na coordenação dos Trabalhos Espirituais e o funcionamento e a manutenção do Terreiro. Assim são duas hierarquias distintas. PRESIDENTE / DIRETORIA Zela pela organização e manutenção da casa. É responsável pelo bom funcionamento da casa, sua documentação, manutenção física do prédio e a economia do material. Organiza, convoca, e coordena as reuniões de diretoria. Comunica as decisões de diretoria á comunidade. Convoca eleições na casa. SECRETÁRIO É responsável pela entrada e saída das pessoas da casa. Prepara a pauta de reunião e levanta os assuntos. Registra os assuntos discutidos em reunião. Organiza as atividades da casa e substitui o presidente. TESOUREIRO É responsável pelo fluxo de caixa na casa e presta contas. Faz o balanço anual e prestação de contas para a comunidade. Controla o recebimento dos médiuns, sócios e eventos.
  • 14. FISCAL Coordena a assistência durante os trabalhos de atendimento, controlando o numero de pessoas e encaminhando aos guias. Faz o controle do inicio e do fim das giras. MÉDIUNS Colaboração total com a diretoria no que diz respeito a casa. Comparecimento em reuniões, visitas e eventos, quando solicitados. Obs.: Não é de competência da diretoria decisões acerca da espiritualidade. HIERARQUIA ESPIRITUAL BABALORIXÁ Regente da gira, dirigente espiritual. Mantem os fundamentos espirituais, doutrina e sacramentos. PAI PEQUENO / MÃE PEQUENA Substitui o Babalorixá na sua ausência. Cambona os guias do Babalorixá. Acompanha o Babalorixá em trabalhos especiais. Zela pelos apetrechos dos Mentores do Babalorixá. IABÁ Auxilia o primeiro cambono na disciplina das giras. Prepara os Abasses. Prepara os banhos energéticos (Oxalá, Obaluaiê, etc)
  • 15. MÉDIUNS / FILHOS NO SANTO Colaboração para com a disciplina nas giras. Respeitar a disciplina comandada pelo primeiro cambono. Permanecer em seu lugar na corrente, devendo sair somente com autorização do Babalorixá ou seu substituto. Respeitar a hierarquia da casa. Respeitar as normas da casa e seus irmãos da corrente. ASSISTÊNCIA / FILHOS DE FÉ Respeitar as normas da casa. Procurar vestir-se adequadamente, afinal estamos numa casa de oração. Procurar no final da gira uma Iabá para esclarecer possíveis duvidas. Colaborar com o ritual e a manutenção da casa. Respeitar o horário cedido pela federação. Manter o silêncio, pois o Silencio é uma prece! INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL PREPARAÇÃO PARA A GIRA:  Preceitos no dia da gira.  Manter o justo equilíbrio, boa conduta moral, emocional e espiritual.  Evitar entrar em bares, ou lugares de energia baixa.  Não manter relações sexuais.  Não alimentar vibrações negativas de ódio, inveja, rancor e ciúmes.  Não comer carne vermelha, e condimentos fortes.
  • 16.  Comer frutos do mar e peixes para substituir a carne. BANHO DE DESCARREGO (DEFESAOU DESCARGA) Os banhos de ervas servempara equilibrar a aura do nosso corpo com a entidade de guarda. Servem para a limpeza astral das larvas, dos miasmas que ficam impregnadas em nossa aura. Assim o banho repele a atuação ou a influencia dos espíritos obsessores. E ainda, nos trabalhos dentro do terreiro, nos protege e defende das ações negativas, fluidos, larvas e miasmas que são desprendidos dos consulentes. Nos colocam ainda, em vibrações afins com os nossos Mentores ou Guias. Todo médium, para sua proteção, deve tomar o seu banho de defesa antes do trabalho espiritual, ou mesmo quando se sentir nervoso, irritado ou como uma simples proteção. Esses banhos deverão ser feitos sempre com ervas frescas, as ervas secas são próprias para a defumação. As ervas não deverão ser cozidas, mas sim escaldadas em água fervente, depois de frias, pode-se espremer para extrair maior quantidade de sumo da planta. O banho deverá ser coado, pois uma vez jogadas as ervas no corpo, estas deverão ser despachadas em água corrente, enquanto que coadas podem ser jogadas no lixo. (Ecologicamente falando, ao invés de jogar as ervas no lixo pode se devolve-las a terra para que se tornemadubo) O banho de descarrego deverá ser tomado logo apos o banho de higiene, derramando sobre o corpo do pescoço para baixo ou da nuca para baixo. Este mesmo banho deverá ser tomado antes e depois da gira. É recomendável, após o banho de descarga, deixar correr um pouco de água limpa no local para se evitar maus fluidos retirados pelo banho. As ervas devemser usadas sempre em numero impar. Na gira de Exu, recomendamos um banho com fumo, folha de manga, pinga, ou três gotas de urina – isso não é obrigatório. Quando for colher ervas para seu banho, deve sempre pedir licença aos Elementos da Natureza e após a coleta agradecer pelo que foi colhido. Não recomendamos banhos preparados em vidros, rotulados como abre caminho, chama dinheiro, etc, pois sua qualidade é duvidosa. (Autor refere-se a banhos prontos comprados em lojas de artigos religiosos)
  • 17. VESTUARIO Usar sempre roupa branca e de preferencia não usar roupa agarrada ou transparente ou decotada. O branco simboliza a pureza, a simplicidade, a humildade. As roupas deverão ser usadas somente para os trabalhos da Casa. Homens e mulheres deverão usar calça comprida. Se for necessário, o médium pode usar uma sapatilha sem solado de borracha e para uso exclusivo dentro do Conga. Não se deve pisar no chão do terreiro calçando sapatos, em qualquer situação. As roupas usadas para o trabalho espiritual deverão ser lavadas separadamente, e na ultima água do enxague é recomendado colocar um pouco de sal grosso, para descarregar quaisquer energias impregnadas as roupas. APETRECHOS O pano branco deverá ser usado para bater cabeça e ao fazer reverência ao Conga. Também pode ser usado para amparar as pessoas que estão sendo giradas. É de responsabilidade do médium trazer o material usado costumeiramente por seus Guias e Mentores (velas, pembas, alfazema, flores, etc.) Quando não tiver o material, a Casa poderá emprestar devendo o médium devolver na próxima gira. As Guias de Santo, usadas pelos médiuns, deverão ser cruzadas pelo Babalorixá ou Pai pequeno. É aconselhável que somente o médium toque em suas guias, devendo pedir a um guia, costumeiramente, que benza ou limpe as energias das guias usadas. SAUDAÇÕES Antes de entrar na Casa, devemos saudar a Trunqueira (Casa dos Exus), na entrada do terreiro, com as seguintes palavras Laroiê Exu com os dedos entrelaçados e a palma da mão voltada para baixo por três vezes. Ao entrar na Casa, devemos fazer o sinal da cruz no chão, pedindo permissão para entrar, cumprimentar os Pais e Mães no santo pedindo sua benção, assim como os primeiros Cambonos que estiverempresentes. Antes do inicio da gira, devemos saudar o Conga batendo a cabeça no chão (usando o pano branco) em sinal de respeito e humildade com a Casa e com os Mentores e Guias Espirituais. No ato, devemos pedir proteção a Deus e aos Orixás, fazendo o proposito de entregar o corpo aos Guias de Luz e a Alma a Deus.
  • 18. SAUDAÇÕES DOS ORIXÁS Oxalá Dirigente:Salve Oxalá Todos: Oxalá Babá Iemanjá Dirigente:Salve Iemanjá Todos: Odociaba Mãezinha Obaluaê Dirigente:Salve Obaluaê Todos: Atoto Obaluaê Oxossi Dirigente:Salve Oxossi Todos: Okê Caboclo / Okê Aro Iansã Dirigente:Salve Iansã Todos: Eparrei Iansã Oxum Dirigente:Salve Oxum Todos: Ora Aie Ieu Mamãe Oxum
  • 19. Ogum Dirigente:Salve Ogum Todos: Ogum Iê meu Pai Iorimá Dirigente:Salve Iorimá Todos: Adorei as Almas Xangô Dirigente:Salve Xangô Todos: Kao Kabeciliê Nanã Dirigente:Salve Nanã Todos: Saluba Nanã Omolu Dirigente:Salve Omolu Todos: Atoto Omolu Iori Dirigente:Salve Cosme Todos: Ibeji Ibejá
  • 20. SAUDAÇÃO AOS GUIAS OU LINHAS Ciganos Dirigente:Salve o povo do oriente Todos: Ori babá Crianças Dirigente:Salve as crianças Todos: As nossas crianças Baiano Dirigente:Salve o povo da Bahia Todos: É da Bahia meu Pai Marinheiros Dirigente:Salve os marinheiros Todos: É da marinha meu Pai Caboclos Dirigente:Salve os caboclos Todos: Okê caboclo Pretos Velhos Dirigente:Salve os pretos velhos Todos: Adorei as almas
  • 21. Exus Dirigente:Salve os Exus Todos: Laroiê Exu GIRAS As giras de assistência são realizadas todas as 5º feiras e tem inicio as 20:00 horas, sendo que os médiuns deverão chegar 15 ou 10 minutos antes. As Giras de desenvolvimento são realizadas todas as 3º feiras e tem inicio as 20:00 horas, devendo todos os médiuns e estudantes chegar 15 ou 10 minutos antes. Aos sábados as giras de desenvolvimento têminicio as 16:00 horas e a gira de assistência tem inicio as 17:30 horas. Durante o mês acontecem as Giras das Sete Linhas nessa ordem; 1º semana do mês: Gira de Cigano e Criança; 2º semana do mês: Gira de Baiano, Boiadeiro e Marinheiro; 3º semana do mês: Gira de Caboclo e Preto Velho; 4º semana do mês: Gira de Exu, Pomba Gira, e Exu Mirim; 5º semana do mês: Gira de Orixás ou o que for definido pelo Babalorixá. A primeira entidade que deve incorporar na Gira é o Guia do Babalorixá e depois do Pai ou Mãe pequenos. Nemsempre a incorporação é o mais importante, quando não incorporamos o médium deve estar atento para colaborar nos trabalhos devendo permanecer sempre no seu lugar. Não se deve invocar as entidades para auxiliar-nos a qualquer momento, pois elas também tem suas atribuições no espaço astral. Invocar o Guia a todo momento, pode abrir canal para a aproximação de espíritos zombeteiros e obsessores. Evitar distrações ou falatórios durante a gira, mantendo-se em meditação para fortalecer a corrente.
  • 22. NORMAS DA CASA 1- FREQUÊNCIA Toda eventual ausência deverá ser justificada. Duas faltas seguidas ou três alternadas, no mesmo período sem justificativa, será solicitado ao médium de 5º feira sua ida para a gira de 3º feira, até completar 4 giras e assim se reintegrando com os fluidos de todas as correntes espirituais que trabalham na casa. Os médiuns de 3º feira, passarão para a assistência, também por 4 giras com a mesma finalidade acima citada. 2- HORARIO As nossas reuniões iniciarão pontualmente as 20:00 horas. Os médiuns deverão estar no salão de atendimento com uma antecedência de pelo menos 10 minutos antes do inicio, para relaxamento e harmonização com os guias do trabalho da noite. O ambiente deverá estar preparado com musica e incenso. 3- TRABALHO DE CHÃO O médium que solicitar trabalho de chão, deverá acompanhar sua execução, para melhor orientar a pessoa necessitada. Aparticipação afetiva da pessoa é imprescindível, através da leitura do Evangelho, preces e mudança do padrão vibratório, eliminando magoas e ressentimentos, ter fé e confiança na proteção espiritual da casa, e assim obter êxito nos trabalhos. 4- NOVOS ELEMENTOS As pessoas que desejaremingressar na casa para desenvolveremsua mediunidade ou ingressar na nossa religião, inicialmente devem participar da assistência de 3º feira, até se integrarema Casa e passarem para a corrente, com previa aprovação dos dirigentes. 5- ATENDIMENTO Fica estabelecido que toda e qualquer pessoa só poderá consultar um guia espiritual por gira, tendo que retirar previamente uma senha de atendimento. Eventuais exceções, somente com prévia aprovação dos dirigentes. 6- HARMONIA DA CASA Todas as eventuais desarmonias entre filhos da corrente ou frequentadores da casa deverão ser plenamente esclarecidas. As correntes mediúnicas trabalham no sentido de praticar a caridade, e ela não pode ser formada com elementos vibrando negativamente. A nossa religião é cristã (o nosso Oxalá), o patrono da casa é Jesus, e um de seus maiores mandamentos foi: “Amai o próximo com a si mesmo”.
  • 23. 7- INTEGRAÇÃO NOS TRABALHOS DA CASA Todos os componentes da casa indistintamente, deverão participar da pelo menos uma “Comissão de Trabalhos” e se necessario haverá rodizio entre seus participantes. INTRODUÇÃO À UMBANDA Queremos mostrar de forma clara e objetiva, tudo sobre nossa Umbanda, para que todos possam compreendê-la da forma mais simples, sem rodeios, misticismos e folclore. Ou seja, tentarei passar para vocês, da mesma maneira que aprendi. Sabemos que em toda parte sempre haverá formas de cultuar a Umbanda de uma maneira diferente e por isso devemos respeitar os nossos outros irmãos, com humildade. Devemos ainda esclarecer que por motivos evolutivos e hierárquicos, sempre haverá métodos diferentes de se lidar com os Guias e Orixás. Por este fato, sem desmerecer os outros nossos irmão, vamos elucidar de forma que indicaremos nossos trabalhos para a evolução e para a luz! Aos leitores leigos e iniciantes, será uma oportunidade de conhecer os conceitos básicos umbandistas. Aos nossos irmãos de fé será uma porta aberta para ampliar novos conhecimentos, sobre a querida e tão mal interpretada Umbanda. Ressaltamos que a Umbanda é muitas vezes confundida com o Candomblé. Não queremos criticar esta religião tão bela, mas a nossa Umbanda não tem nada a ver com o Candomblé. Cada uma tem um ritual, totalmente diferente do outro. Sabemos por estudos da própria humanidade, que a espiritualidade sempre existiu, veio de todas as partes do mundo. Sabemos que uma religião não se escolhe simplesmente por fatores materiais, mas sim pela afinidade espiritual. Deus em sua infinita sabedoria, colocou em nosso planeta, todas as religiões necessárias, para aprendermos a crescer e evoluir espiritualmente. E devemos respeitar o grau de compreensão e afinidade de cada pessoa. O que importa é aprendermos o que é uma religião de fato. Pois cada religião tem uma forma de entender Deus. Independentemente do ritual praticado todas as religiões são necessárias, desde que sigam os princípios morais de amor e caridade ensinados pelo Cristo. Na Umbanda aprendemos que a religião é para se praticar a caridade e a doação. Esta religião traz como culto principal a natureza, tendo assim um Orixá representante de cada força ou elemento da natureza.
  • 24. A nossa religião reclama urgentemente, de todos muito estudo, práticas ao culto correto, evitando excessos, superstições, invencionices e improvisações estranhas ao culto. Mediunismo responsável (sem vaidades ou melindres), e sobretudo, fidelidade para com os princípios que a constituem. Que a Paz de Oxalá, esteja em todos os corações! HINO AUMBANDA Refletiu a luz divina Em todo seu esplendor Vem do reino de Oxalá Onde há paz e amor Luz que refletiu na terra Luz que refletiu no mar Luz que vem de Aruanda Pra tudo iluminar A Umbanda é a paz e o amor É um mundo cheio de luz É a força que nos dá vida É a grandeza que nos conduz Avante filhos de fé Como a nossa lei não há Levamos ao mundo inteiro A bandeira de Oxalá.
  • 25. PRECE DAFRATERNIDADE DIVINO MESTRE SALVADOR Fortalecei-nos e amparai-nos, para que possamos lutar, contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja! VENERÁVEIS MENSAGEIROS CELESTES AUXILIARES DE JESUS Fortalecei-nos e amparai-nos, para que possamos lutar, contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja! PAI NOSSO, CRIADOR NOSSO FONTE ETERNADE AMOR E LUZ Fortalecei-nos e amparai-nos, para que possamos lutar, contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja!  A Prece da Fraternidade é muito utilizada durante os trabalhos da casa espirita de abertura de caminhos ou desobsessão, juntamente com a oração do Pai Nosso e Ave Maria. OLORUN OU ZAMBI 1º Grandeza Não importa o nome invocado ou pretendido:Jeová, Alá, Tupã, Brahma, Olorun, Zambi, ou qualquer outra denominação. Pois Deus é um só! Ele é: Ser supremo, criador do céu e da terra, é o eterno preservador do universo, imponderável, imensurável, atemporal, insondável, inominável, inquestionável, infinito, eterno...Nossas palavras e inteligência, são muito limitadas até hoje para descrevere compreender a grandeza de Deus. Não é homem nem mulher, nem qualquer dos opostos conhecidos pela mente humana, acanhada, estreita, mesquinha, sofrida, temerosa, invigilante, ilusória, cujo valor reconhecidamente está limitado. O tratamento que lhe damos como Pai Olorun ou Zambi, expressa o nosso anseio na busca de proteção, paternidade óbvia que envolve todos os seres do Universo com o seu Criador.
  • 26. Que a paz, a misericórdia de Olorun sejam percebidas e sentidas finalmente por todos os corações que buscam a fonte da vida no viver de cada dia. Gloria a Olorun Olorun ou Zambi, é o ser supremo dos Umbandistas. Energia que interpenetra tudo e todos. De Si brota e retorna incessantemente a vida em suas varias manifestações abrangentes a todos os planos. Os Orixás 2º Vibração Oxalá As falanges de Oxalá ocupam o grau mais alto da hierarquia espiritual. São os anjos, os santos, as entidades que trabalharam na Terra como missionários. São os administradores do mundo, os que organizam todas as falanges dos demais Orixás. Distribuidores da paz, da harmonia entre todos os seres, daí os demais lhe renderem respeito e chamá-lo de “pai”. Seu domínio é tudo, abrangendo todo o céu, que lhe é consagrado. É sincretizado com Jesus Cristo, na Umbanda ninguém incorpora Oxalá apenas sente as vibrações. Seus Filhos: Apesar de faltarem-lhe iniciativa, os filhos de Oxalá são os melhores companheiros. Cuidadosos, responsáveis, calmos, francos. Sabem dar bons conselhos, daí seremchamados para apresentaremseus pareceres. Não trocam de parceiros, sendo muito estáveis, mesmo que, alguns, sejam galanteadores e idealistas. Não gostam de discussões, porém apreciam mais as conversas que os livros. Parece que tudo sabem, mesmo não tendo estudado, possuindo grande sensibilidade.
  • 27. Ibeji (Cosme e Damião) Ibeji ou, como é conhecido em Umbanda, Cosme e Damião, é entidade que assume a forma infantil nas manifestações, protetor das crianças, vibrando nas linhas de Ogum, Xangô e Oxalá, principalmente. Governa os nascimentos, os princípios, na Natureza ou nos fatos da vida. Possui a capacidade de tornar os ambientes alegres e felizes pela sua vibração característica, estimulando as diversões e prazeres com fins de aliviar as tensões surgidas com as atribulações, dono da energia mais sublime, canalizada dos planos mais elevados. Iemanjá “A Mãe dos Peixinhos”, como seu nome significa é, sem dúvida, amais popular na América. Seu caráter maternal e protetor é célebre nos mitos, tanto que divide as atribuições da gestação e fartura na natureza com Oxum, sendo que a segunda tornou-se a guardiã das crianças pequenas (as que não falam ainda) e Iemanjá continua acalentando, maternalmente, toda a Criação. No Brasil, teria gerado todos os Orixás com Oxalá, o pai mítico, com exceção dos filhos de Nana. E, mesmo assim, teria adotado e curado o jovem Xapanã, filho daquela, abandonado pela mãe ao nascer. Na Umbanda não lhe pertence apenas o majestoso mar, mas todas as águas materiais e espirituais, agregando em si as falanges de Oxum, Iansã, Nana, Oba e Eua, presentes separadamente no Candomblé. Por isso, as legiões de Iemanjá manipulam os trabalhos de purificação e desobsessão, junto ao seu elemento, em amplo descarrego magnético. Determinam a cura das doenças mentais e seu tratamento, pois detêm toda a área dos sentimentos nobres que procuram estimular em todas as criaturas. Seus Filhos Serão explicados apenas os filhos de Iemanjá, tendo-a como Orixá de cabeça, não se citando as demais senhoras das águas. As mulheres costumam ser robustas, de andar pesado e lento. Prendem tudo à sua volta, sendo extremamente apegadas aos filhos, ao lar e às coisas. Tudo guardam, nada põe fora. São queixosos, lamurientos, não sendo ativos. Guardam rancores por longo tempo, sendo difícil perdoarem. Mas são bondosos, pacientes e muito bons educadores.
  • 28. Oxum As legiões de Oxum, na Umbanda, trabalham subordinadas a Iemanjá, assim como todos os Orixás das águas. Comanda a gestação e, portanto, a reencarnação de todos os seres e a proteção das crianças que ainda não falam. Sua linha é formada por entidades delicadas, de índole feminina em sua grande maioria, que distribuem a riqueza material vinda dos metais e da fartura dos alimentos (vinda de Oxóssi). São atraídas pela beleza, pelas artes, desenvolvendo tais atividades entre a Humanidade. Incrementam a doçura nos lares, amainam pessoas e ambientes, estimulando a energia que comandam: o amor puro. Mesmo sendo Oxóssi o regulador das matas, é a ela que pertence a fecundidade na Natureza. Por deter a sensibilidade e o amor, está diretamente relacionada aos jogos adivinhatórios, atributo natural dos filhos desse Orixá. Seus Filhos Um filho de Oxum é arredondado, por adorar doces e boas comidas. Seu rosto é harmonioso, delicado, sempre com um sorriso suave e olhares meigos. Fala amenidades o tempo todo, tendo um dom natural de descobrir os defeitos alheios e expô-los com leviandade e graça. Se provocado, nunca discute, mas trama a revanche em silêncio e será raro ver-se um filho desse Orixá sofrendo infortúnios na vida, sempre contando com o apoio de alguém para auxiliá-lo. Explicado pelos mitos, seus filhos possuem enorme paixão por joias, tendo sempre uma coleção, de acordo com suas posses. Apesar de discretos, são muito dengosos e sensuais, cultivando todos os prazeres da vida. Iansã A força de Xangô e Iansã são complementares, tanto que muitos estudiosos consideram ser a Orixá a face feminina do mesmo. Suas falanges controlam a energia do fogo e dos ventos, dominam os Eguns (os mortos) tanto que, a ela são associadas muitas Pombagiras. Como atributo principal lhe é dado o domínio, a capacidade de controlar todas as coisas, na manutenção das normas, tanto que o casamento lhe pertence, como instituição. É a destruidora, a que quebra velhos costumes, a rebelde inquieta que busca novos caminhos. Tanto que, nos mitos, aparece como a energia que rompe as barreiras, interferindo nos destinos humanos, como no caso em que rouba, com seus fortes ventos, as folhas medicinais de Ossãe, distribuindo-as aos diferentes Orixás. Suas falanges unem-se às demais para que a justiça de Xangô impere, concretizem-se as leis de cobrança de Ogum, ou colaborando com Obaluaiê, através do temor que impõe aos mortos. Seus Filhos São fáceis de identificar. Muito extrovertidos, gesticulam muito, turbulentos, parecendo verdadeiros temporais. Não passam despercebidos, pois tudo fazem para chamar a atenção, sendo brilhantes em qualquer atividade ou reunião. Têm iniciativa, mas são autoritários e não admitem questionamentos. E, se houver, sofrem súbitas crises de cólera, tornando-se cruéis. Um filho de Iansã veste-se com ousadia, com muita originalidade. Se solteiros, trocam de parceiros constantemente, se não, são dedicados e sinceros.
  • 29. Nanã Nanã Buruquê é representada como a grande avó, de energia amorosa e feminina é a Ela que clamamos quando precisamos nos auto-perdoar e nos libertar do passado. Ela representa o colo que aconchega, acolhendo amorosamente nossas dores para nos ajudar a transformá-las com sabedoria. A Orixá Nanã Buruquê rege a maturidade, portanto está sempre associada à maternidade (a vida). Nanã está na Linha da Evolução, um raio essencial para o crescimento dos seres. É o pólo magnético negativo, feminino e absorvente e no pólo magnético positivo e masculino está o Orixá Natural Obaluaiê. Ela cuida da passagem no estágio evolutivo do ser, adormecendo os espíritos e decantando as suas lembranças com o passado, deixando-os prontos para reencarnarem. Obaluaiyê, então, é quem estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto) que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos). Portanto, o campo preferencial de atuação de Nanã é o racional, pois decanta o emocional dos seres, preparando-os para uma nova "vida". É Ela quem faz esquecer, é Ela quem deixa morrer para renascer. O seu elemento é a lama do fundo dos rios. Ela é a Orixá dos pântanos, (associada à terra, para onde somos levados após a morte) e da transcendência. Xango Justiça. Toda a sua força pode ser resumida nesse palavra. É o senhor dos trovões, dos raios, do fogo, que divide com Iansã, sua lendária rainha. É a ele que os ofendidos, os humilhados, recorremem busca de reparo. Seu domínio se estende a todas as atividades intelectuais, filosóficas ou científicas. Promove o desenvolvimento da cultura, da aplicação das leis, do poder como gerador do progresso, daí associá-lo sempre à figura do rei doador do trabalho, das atribuições que cada um tem no mundo. Divide com Ogum as demandas judiciais que nascem da sabedoria de Xangô e da força de vencer do outro. Aqueles que procuram descobrir a verdade recorrema Xangô. É ele que faz a melhora nos estudos e a capacidade de exprimir as idéias através das palavras. Favorece as promoções e a procura de trabalho. Nos casos de calúnia e falsidades faz justiça, estendendo sua atuação às associações humanas de toda a espécie. Seus Filhos Parecempríncipes. Altivos, passando por arrogantes. No físico, são atarracados, baixos, famosos pelas testas altas e olhar franco. São ciumentos e possessivos naquilo que conquistam. Nunca lhes faltam recursos para viver e será raro ver-se um filho de Xangô na miséria. São ousados, persuasivos, irresistíveis pela sua retidão de carátere facilidade de expressão. Não são preguiçosos, mas gostam da vida onde seja exigido menor esforço. Adoram boas comidas, roupas e acessórios. Aos seus filhos, Xangô não tolera a mentira, a corrupção dos valores e a deslealdade.
  • 30. Ogum Sem sua energia a civilização morreria. É Ogum quem domina o campo do desenvolvimento e do aperfeiçoamento das técnicas. Com o manejo dos metais, traz o progresso material. É ele o governante dos impulsos de iniciar todas as coisas, impelindo nas conquistas. Na defesa dos povos e lares, suas falanges lutam contra as investidas das trevas. Temido por sua ferocidade, amado pelo carinho que dispensa a quem os invoca. Possui muita afinidade com Exu, por rondarem o mundo; por seremsuas falanges os cobradores do carma de cada indivíduo. Também se assemelham por estarempróximos dos locais onde se percebe maior concentração de suas forças: a Exu, as encruzilhadas; a Ogum, as estradas. Com Oxóssi, divide o controle das matas, sendo que muitos caboclos lhe pertencem. Seus Filhos Tendema ser magros, rosto comprido, olhar penetrante. Seus filhos costumam ser implicantes, impertinentes, de subidas explosões de raiva. Parecendo que estão sempre “comprando briga” à sua volta. As bebidas e a boemia lhes fascinam, como aos filhos de Exu. Ambos são inconstantes nos amores, possuindo grande sedução natural. No trabalho são hábeis, rápidos e muito honrados nos compromissos que assumem. Oxóssi Seus recursos, na Umbanda, vêm de todo o verde do mundo, já que a ele estão associados Ossãe (o Orixá das ervas medicinais e religiosas), Otim e todos os Orixás das matas e campos agrícolas. Comandam as plantações, e, de certa forma, o tempo exterior através do manuseio dos ventos de Iansã, das chuvas, das estações. Suas entidades participam das atividades de cura, extraindo os mais diferentes recursos da natureza, vitais no processo de extermínio dos males físicos e espirituais. Congrega doutrinadores de grande porte e evangelizadores, ligados alguns às linhas de Xangô, na busca incessante das almas escravizadas no erro, daí ser explicado o termo “caçador”, visto do ponto de vista espiritual. Na linha de Ogum, trabalham cruzados os conhecedores dos segredos das matas e dos caminhos que levamao conhecimento dos remédios. Seus Filhos O ar esquivo dos filhos de Oxóssi é inconfundível. Muitos são amorenados, parecendo caboclos, outros possuem como características físicas o porte longilíneo e ágil. São frios, calmos e, se porventura não forem belos, coisa rara de acontecer, seu charme de aparência distante torna-os cativantes. Para eles, a solidão não é incômodo. O silêncio que tanto procuram os fazem intelectuais, curiosos, artistas ou atletas. São muito francos e simples de modos, daí detestaremreuniões onde rola a frivolidade. São modestos nas qualidades que possuem.
  • 31. Obaluaiê / Omolu Suas falanges trabalham atuando nos cemitérios; desperta medo por sua forma misteriosa, sob as palhas da cabeça aos pés em suas manifestações no Candomblé. Omolu ou Obaluaiê merece ser citado como um dos principais Orixás de Umbanda. É invocado como o médico dos pobres, pois além de ser o causador de todas as epidemias e doenças, pode curar, sem distinção nenhuma. Suas falanges atuam no acompanhamento do desencarne e no controle do fluxo de fluidos densos vindos dos cemitérios e de regiões pantanosas, com fins curativos ou de cobrança de carmas dos indivíduos através das moléstias. Seus Filhos O pessimismo é sua principal característica. Não são belos, nem sensuais, mas possuem uma mente privilegiada. Um sentimento de rejeição inexplicável acompanhado de melancolia lhes persegue, tornando-os tristes e frios. Se conquistados em seu afeto, são extremamente leais, honestos e amáveis. Possuem doenças de pele, desde acne excessiva a cicatrizes vindas de doenças na infância. Alguns têm facilidade de machucar as pernas. Seus rostos parecem desprovidos de rubor, com tendência à palidez. Exu Na linha do Orixá Exu trabalham os Elebaras. São formados pelos Exus (entidades que se manifestam como homens) e Pombagiras ou Bombo-Giras (como mulheres), brincalhões, atrevidos e até malcriados, mas sempre muito responsáveis naquilo que fazem. É impossível desvincular Exu da Umbanda, a chamada de Linha Branca, já que suas falanges determinam o bom andamento dos trabalhos, mesmo que, por determinação da diretoria das casas, não incorporem junto ao público. É Exu o policial, o executante das ordens de todos os Orixás no plano mais denso. É o mensageiro, o que entra e sai das zonas umbralinas, sem temor, assumindo formas ameaçadoras para fazer-se respeitar. Semele, a força dos Orixás não atuaria no mundo, pois é ele o operário incansável. Temido por não admitir a desobediência, é ele quem aplica os castigos, fazendo, na verdade, cumprir a lei de causa e efeito, desmanchando a magia negra. Mesmo punindo, quando há mérito, Exu cura, concede maiores facilidades em alcançar o que desejamos. São os faxineiros do astral, porque purificam os ambientes e pessoas. É comum ver-se suas legiões preocupadas emalertar contra males, jamais trabalhando contra a lei divina do amor. Seus Filhos Amplo, imenso sorriso. Têm sempre uma observação matreira, uma mentira para todos darem boas gargalhadas. Ou expor o defeito alheio, sem nenhuma piedade. Não se preocupam com o bem ou o mal, queremapenas viver e se divertir. Se alguma coisa os desagrada, não temem ser violentos, usando de todos os truques que aprenderamem sua atribulada vida. Sempre criando confusões, são boêmios, amam o sexo e são muito sedutores emsuas conquistas.
  • 32. As 7 linhas de Umbanda 1º linha Oxalá 2º linha Iemanjá 3º linha Xango 4º linha Ogum 5º linha Oxossi 6º linha Iori 7º linha Iorimá 1º LINHA: OXALÁ É a fusão de todas as outras. As legiões de Oxalá são a sétima e última falange de todas as Linhas já vistas anteriormente. É responsável pela integração das demais. Coordenadora, sendo a manifestação cósmica do céu, da terra, da luz e da energia, da paz e do amor. Suas falanges são: 1. Falange de Ogum Delê (Ogum) 2. Falange de Xangô Djacutá (Xangô) 3. Falange do Caboclo Urubatã (Oxóssi) 4. Falange da Cabocla Janaína (Iemanjá) 5. Falange de Cosme (Iori) 6. Falange do Povo de Bengala (Iorimá) 7. Falange dos Caboclos de Oxalá Lembramos que os Caboclos de Oxalá dificilmente incorporam, sendo os responsáveis pela coordenação das demais falanges e da missão que cada guia-chefe assume perante a Umbanda. Ervas: são o tapete-de-oxalá (boldo), mariô, folhas de limoeiro, manjericão, erva-cidreira, trevo e café. 2º LINHA: IEMANJÁ Nessa falange, na Umbanda, trabalham todas as Iabás (Senhoras dos Rios), agrupadas com os nomes de Janaína, caboclas ou sereias. Sua missão é trabalhar diretamente com a força emotiva por meio dos sentimentos de maternidade, misericórdia e amor. 1. Falange da Sereia do Mar Entidades que assumem formas encantadas, residindo em todo o elemento água. Possuem total domínio sobre as energias desse meio. Aceitam as tradicionais oferendas a Iemanjá, entregues para seremlevadas ao fundo dos mares, lagos ou rios. 2. Falange da Cabocla Iara Dominam as forças nascidas do encontro das águas doces e salgadas, muito ligadas ao Orixá Ogum. É também o nome das entidades chefes da falange conhecidas como Caboclas do Rio. São alegres e juvenis. Sua vela será azul clara e uma verde, vermelha e branca, para Ogum.
  • 33. 3. Falange da Cabocla Nana ACabocla Nana Burucum é chefe da falange das Ondinas. Suas entidades trabalham na beira das fontes e trazemuma vibração capaz de proporcionar paz e compreensão nos lares. Protegemas atividades ligadas ao ensino, como o magistério. Sua vela será clara e lilás, ao Orixá Nana. 4. Falange da Cabocla Iansã A Cabocla Iansã representa o Orixá com o mesmo nome, junto à Iemanjá. Trabalha sob os fortes temporais e chuvas, forças essas capazes de proporcionar grande resistência nas dificuldades da vida. Aceitam velas azuis claras e vermelhas e brancas ao Orixá Iansã. Podendo ser entregues junto às oferendas de Xangô nos bambuzais ou na beira de cachoeiras, longe da queda d’água. 5. Falange da Cabocla Oxum As energias do amor puro e da luz que irradia sobre as cachoeiras são a matéria-prima para suas atividades, ligadas à Iemanjá. Através de sua falange, os fluidos benfeitores são trazidos através das “águas espirituais”, ou seja, o prana ou fluido cósmico universal. Sua vela será azul clara e amarela, dedicada ao Orixá Oxum. 6. Falange da Cabocla Indaiá Sua falange é das Caboclas do Mar, ligadas a Iori, ou seja, a Falange de Cosme e Damião. Absorvem energias de vários elementos e transmutam na energia alegre e vibrante das crianças. Suas velas serão azuis claras e rosas. 7. Falange da Cabocla ou Sereia Janaína Está sob sua guarda a força do amor conjugal e da procriação. Ligam-se muito ao Orixá Oxalá. Suas velas serão azuis claras e brancas. Oferendas:basicamente, todas as falanges de Iemanjá aceitam sobre pano branco e azul-claro, fitas azuis, espelhos, pentes, perfumes de seiva de alfazema ou seiva de rosas, flores brancas ou azuis, rosas, lírios, mel, guaranás ou bebidas doces e delicadas. A Falange da Cabocla Iansã recebe cerveja preta como bebida. Observa-se que as cores das velas e algumas observações variamda bibliografia, com fins de uniformizar com as cores utilizadas na Umbanda, e não no Candomblé. Ervas: lágrimas-de-nossa-senhora, camomila, espada-de-iansã, folhas de bambu e qualquer planta aquática. 3º LINHA: XANGÔ 1. Falange de Xangô Caô Dominam a sabedoria adquirida com o tempo, atuando nas pedreiras abertas. Sua cor é o marrom-escuro. É conhecido também como Xangô Velho. 2. Falange de Xangô Alafim (ou Alafim-Echê) Seu nome vem do título dado ao rei de Oyó, na África. Defendem a pureza moral, atuando nas pedras solitárias dos caminhos. Suas cores são marrom e branca.
  • 34. 3. Falange de Xangô Alufã O Xangô “Sacerdote”, determina as diretrizes dos desencarnados, atuando nas pedras dos rios, mares, cachoeiras e todas as águas, daí ser o protetor dos pescadores. Suas velas são o marrom e o branco. 4. Falange de Xangô Agodô Seu nome significa “Grandeza”, atuando nas pedras mergulhadas nas águas de toda a espécie, inclusive nas “pedras iniciáticas e na pedra batismal”. 5. Falange de Xangô Abomi (ou Abomim) “Aquele que derrama água de uma vasilha” ou “Aquele que Batiza”, muitas vezes é sincretizado com São João Batista, talvez devido ao seu nome. Trabalha nas montanhas, nas cordilheiras, protegendo nos momentos de angústia, nas horas de aflições e perdas, inclusive no casamento. Sua cor é o marrom e, nos casos de amor, oferece-se junto uma vela para Iemanjá. 6. Falange de Xangô Aganjú É um Xangô jovem, vibrando nas linhas de Xangô e Oxum, trabalhando nas pedras da cachoeira. Traz harmonia entre as forças de amor e justiça. Suas cores são o branco e o marrom. 7. Falange de Xangô Djacutá Seu nome significa “pedra”, dominando a força de Xangô no meteorito e nos raios, sendo muito invocado nas injustiças que conduzem a aflições, defendendo as vítimas desses abusos. Suas cores são o branco e o marrom. Oferendas:Além das já citadas anteriormente, dedicadas ao Orixá, basicamente consistem de velas, nas cores indicadas, charutos, fósforos, cerveja preta, rosas ou lírios brancos. Ervas: folhas de eucalipto, manga, goiaba, camaná, alecrim e limão. 4º LINHA: OGUM Como já vimos, Ogum domina a primeira Linha de Umbanda, que controla todos os fatos de execução e cobrança do carma de cada indivíduo ou grupo, daí serem soldados. 1. Falange de Ogum Beira-Mar Colaboradores de Iemanjá, Ogum Beira-Mar trabalha sobre a areia molhada, enquanto Ogum Sete-Ondas trabalha sobre as ondas. Aceitam oferendas com velas nas cores branca, verde, vermelha e azul-clara. 2. Falange de Ogum Rompe-Mato Ogum Rompe-Mato trabalha para Oxóssi e Ossãe, nas matas. Ogum das Pedreiras trabalha para Xangô, nas pedreiras. Em ambos os casos, é a mesma falange que trabalha para os dois Orixás, com nomes diferentes. Rompe-Mato aceita suas oferendas na entrada da mata, nas cores verde, vermelha e branca, sendo a vela
  • 35. vermelha. Ogum das Pedreiras aceita suas oferendas em torno das pedreiras, nas cores verde e vermelha (misturadas geram o marrom), com velas nas mesmas cores. 3. Falange de Ogum Megê É colaborador de Iansã; seu nome significa “Sete”. É o guardião dos cemitérios, rondando suas calçadas, lidando diretamente com a Linha das Almas. Toda sua oferenda será em vermelho e branco, próxima ao cruzeiro do cemitério (calunga pequena). 4. Falange de Ogum Naruê Seu nome significa “Aquele que é o primeiro a gerar valor”. Trabalhando diretamente na Linha das Almas, desmanchando a magia negra, controla as almas quibandeiras. Aceita suas oferendas com Ogum Megê ou, ainda, dentro ou fora dos cemitérios, nas cores branca e vermelha. Alguns incluem uma pedra-ímã nos itens a oferecer-lhe. 5. Falange de Ogum Matinata Com poucos médiuns que o incorporam, sua falange protege os campos de Oxalá, os locais abertos, floridos e iluminados. Mas não trabalha diretamente para esse Orixá. Aceita suas oferendas nos campos floridos, nas cores vermelha e branca. 6. Falange de Ogum Iara Seu nome significa “Senhor”, trabalhando para Oxum. Suas oferendas deverão ser entregues na beira de rios, lagos ou cachoeiras, onde vibram, nas cores vermelha e branca ou verde e branca. 7. Falange de Ogum Delê (ou de Lei) “Aquele que Toca o Solo”; como seu nome significa, é uma falange que vibra na linha pura de Ogum. São eles que trabalham diretamente no carma e sua cobrança, rondando o mundo. Suas cores são vermelha e branca e suas oferendas podem ser em qualquer lugar, ao ar livre. Oferendas:todas as falanges citadas recebemvelas nas cores indicadas, cravos vermelhos (alguns aceitam cravo branco também), cerveja branca, ou, menos comum, vinhos, charutos e fósforos, sobre um pano branco. Ervas: as mais comuns são espada-de-são-jorge, losna, jurubeba, comigo-ninguém-pode, romã. 5º LINHA: OXÓSSI Toda a parte doutrinária e evangélica, com fins de trazer fé às almas desgarradas no mal, interferindo nos males psíquicos e físicos, pertence a essa falange. Daí, por trazer as almas ao caminho do bem, Oxóssi é chamado de caçador de almas. Rege também a disciplina e obediência. 1. Falange dos Caboclos Peles-Vermelhas Excelentes doutrinadores, com grande sabedoria, pertencema antigas civilizações indígenas (maias, astecas, incas, etc). Falamestranhos “dialetos” quando “descem”.
  • 36. Nessa falange, entre os itens básicos que citaremos adiante, entram incenso queimado, folhas de alecrim e alfazema frescas. 2. Falange do Caboclo Araribóia Como Oxóssi é caçador, é ele que coordena, na vida material, o trabalho, com o objetivo de trazer recursos à mesa. Por isso, essa falange se dedica a proteger aos injustiçados no seu direito de sustento e sobrevivência de suas famílias, vibrando nas matas das montanhas. Gostam de flores variadas. 3. Falange da Cabocla Jurema Formada por entidades meigas, amorosas, traz os recursos da Natureza e os transformam em energias vitais próprias a serem utilizadas em purificação de locais, pessoas e na medicina espiritual, aos serviços de Oxóssi e Ossãe. Gostam de muito mel nas oferendas, fitas coloridas, menos o preto. 4. Falange dos Caboclos Guaranis São guerreiros. Defendemas matas, junto a Ogum Rompe-Mato. Onde os guaranis estão, impõe a paz, daí seremchamados de “Falange da Paz”. Nunca recebemmel em suas oferendas. 5. Falange dos Caboclos Tamoios Humildes e pacientes, são eles os conhecidos “domadores de feiticeiros” ou “bumba na calunga”, vencendo a feitiçaria. Trazemas almas ao bem, daí serem os “caçadores de almas”, na atribuição legítima das falanges de Oxóssi. A ela pertencemMuiraquitã e Grajaúna. Apreciam folhas de arruda em suas oferendas, guiné, rosas de qualquer cor e muito mel. 6. Falange dos Caboclos Tupis São os conhecidos Tatauys, conhecidos por seremmuito ágeis, bons caçadores, muito brincalhões. Apreciam sucos de frutas, mel e rosas de qualquer cor. 7. Falange do Caboclo Urubatã São os mais velhos, sábios e conhecedores da mata. Há poucos médiuns que os incorporam. Trabalham nas colinas floridas, pois se ligam à vibração de Oxalá. Nas suas oferendas vão muito mel e flores brancas. Sua vela inclui a cor branca, sendo a única falange que recebe outra cor, além do verde. 5º LINHA: IORI Iori quer dizer “Vitalidade saindo da luz”. É formada pelas entidades que, por opção, quiseram manter a forma infantil, algumas já em preparo para uma reencarnação próxima. Onde for necessária uma vibração dirigida à alegria, à fraternidade e à comunhão, lá estará a Linha de Iori que, por essa bela qualidade, domina as energias mais sublimes do plano espiritual. Uma criança brincando, em um trabalho, não é uma atividade infrutífera, como pensam alguns. É uma entidade que sabe perfeitamente o que está fazendo, com o objetivo de descarrego de tudo o que está em volta. 1. Falange de Tupãzinho (Idolu ou Idossu)
  • 37. São entidades que vibram na Linha de Oxóssi, protegendo os lenhadores e animais. Gostam, nas oferendas, de apetrechos indígenas bem enfeitados, fitas verdes e vela rosa. 2. Falange de Doum São entidades que nasceram no período do cativeiro como Doum, eram filhos de mãe indígena e pai africano. Auxiliam os tratamentos médicos, protegendo os profissionais da saúde e os enfermos, proporcionando mais integração entre ambos. Cruza-se com a Linha de Iorimá (dos Pretos-Velhos) e aceitam suas oferendas em jardins e praças. 3. Falange de Alabá Cruza-se com Ogum, Oxumarê e Iemanjá. Da vibração dos três Orixás, recebem condição de trabalhar com os militares, dando coragem e piedade aos que usam farda. Suas oferendas são próximas a cachoeiras, pois as cores do arco-íris atraem muito essa falange. 4. Falange de Dansu Espalham-se nos dias de tormenta, com fins de proteger adultos e crianças nesses dias, trabalhando também para Xangô. Gostam de fitas marrons e até seixos rolados em suas bandejas, entregues nas pedras de cachoeiras. 5. Falange de Sansu Legião de entidades que se apresentamcomo meninas, distribuidoras de ternura, vinda de Deus. Trabalham cruzadas com Iemanjá. Devemser entregues a elas: conchinhas e estrelas-do-mar, na beira da praia, junto com os outros itens da oferenda. 6. Falange de Damião Cruza-se com Cosme e Doum, cuidando das crianças do espaço, ou seja, das entidades recém-desencarnadas ainda crianças, de grande poder de cura. Vibram, de preferência, nas praias e jardins, seu lugar para a entrega de oferendas. 7. Falange de Cosme São eles que detêm a responsabilidade da guarda das crianças recém-desencarnadas na Linha de Oxalá. Com o qual cruzam. Alimentam-nas com fluidos delicados, chamados de “mel”, ou, talvez, os fluidos extraídos desse alimento. Oferendas:Apesar de diferentes, as falanges de Iori incluem, em suas oferendas, muito mel, doces em geral, balas, pirulitos, brinquedos, fitas na cor rosa e nas cores com os quais cada falange se cruza, velas na cor rosa, guaranás, flores brancas e gostam muito de bicos (chupetas) azuis ou rosas, de acordo com a falange ou entidade reverenciada (se meninas ou meninas, ou ambos). Ervas: folhas de manjericão, amoreira, alfazema, alecrim, trevo. 7º LINHA: YORIMÁ
  • 38. Seu nome significa a lei na aplicação da vitalidade saindo da luz. É a linha do aprendizado a duros custos, da compreensão das aflições, valorizando as lições da vida. É a prática da caridade teórica, da humildade adquirida sob as mais cruéis provações. São aqueles que ensinam que, mesmo mergulhados no erro, ainda há esperanças. São os Pretos-Velhos. 1. Falange do Povo da Costa (Rei Cambinda) Cruzam-se com Iemanjá e ensinam que, através da resignação das provas, haverá o resgate das dívidas do passado. Consolam e auxiliam os sofredores, com muito amor. Suas oferendas são entregues nas praias. 2. Falange do Povo de Congo (Rei Congo) Com Iori conseguema energia pura e infantil dessa falange que, transformada, vence a dor e traz a alegria. Junto a sua oferenda vai uma vela rosa oferecida às crianças. 3. Falange do Povo de Angola (Pai Joaquim) Libertam os escravos de hoje, presos aos vícios, maldades e erros, despertando-os para a vida, por meio de esclarecimentos ou ritos. Vibram nas matas e sua vela será roxa, a cor mística por excelência. 4. Falange do Povo da Guiné (Pai Guiné) Possuem o conhecimento das calungas (grande, o mar; pequena, o cemitério), profundos conhecedores da magia e da sabedoria para a cura de todos os males. Recebemsuas oferendas no cruzeiro do cemitério ou na beira do mar. 5. Falange do Povo de Moçambique (Pai Jerônimo) Trabalham na lei do livre-arbítrio (ou da livre escolha), com fins de inspirar a libertação do indivíduo durante sua vida terrena. Vibram na mata, sobre pedras em especial, ou nos lugares abertos nesse local, próprios ao repouso e à oração. 6. Falange do Povo de Luanda (Pai José) Combatem demandas, fazemcumprir rigorosamente os rituais e trabalham muito na caridade, sendo exigentes, mas muito bondosos. Recebemsuas oferendas no cruzeiro de cemitério. 7. Falange de Bengala (Pai Tomé) Por teremsofrido muito na Terra, compreendemas misérias humanas, trabalham na busca da paz, da fraternidade e estimulam a caridade. Vibram nas colinas abertas e floridas. Oferendas:cada Preto-Velho tem sua oferenda e gostos. Mas todos recebem cigarros de palha, café, velas brancas e pretas (alguns, roxas), doces tradicionais tipo pés-de-moleque, rapaduras, sagu, farofa com linguiça picada e comidas típicas do interior e da época em que viveram. Ervas: arruda, guiné, benjoim, cipreste, folhas de café, alfavaca e vassourinha branca.
  • 39. Os 7 raios de Umbanda RAIO ORIXÁS Regência 1º Oxalá regente do elemento ar. Estimula a Fé e a Religiosidade. 2º Iemanjá regente das águas salgadas – Estimula e favorece a Geração, a criatividade e a vida. 3º Ogum regente do fogo na forma intrínseca, ignea – Irradia e estimula a Lei e a Ordenação. É o Senhor dos Caminhos. Ibeji regente do fogo como energia mágica – Sentido da Pureza, da Alegria de Viver 4º Oxossi regente das matas (fauna e flora) – Sentido do Conhecimento, das Ciências, das Artes, da Cura Psíquica e do Entendimento regente das folhas (ervas) litúrgicas e medicinais – Sentido da Liturgia, da Cura física 5º Xangô regente do fogo elétrico e energético – Sentido da Justiça, da Razão Iansã regente do fogo psíquico – Sentido do Equilíbrio das emoções, da harmonia psíquica e emocional. 6º Oxum regente das águas doces – Sentido da Concepção, do Amor. 7º Obaluaiê regente do elemento terra - Sentido da Transformação, da Evolução, da Sabedoria. Nanã regente do elemento água nas chuvas e águas paradas, manguezais – Sentido da purificação, drenagem e decantação dos seres. Orixá da maturidade.
  • 40. 1º Raio – Paz e Sabedoria – OXALÁ Oxalá é o Orixá que rege os impulsos vitais da fé e da religiosidade, meios através dos quais o homem ascende ao espiritual, nesse caminho de retorno à casa do Pai, seu verdadeiro e único destino. O Orixá Oxalá recebe diretamente do Cristo Planetário, o Senhor Jesus, o Divino Oxalá, os efluxos de energia luminosa capaz de integrar a natureza e os homens na luz da fé religiosa, emitindo a verdadeira paz. A Umbanda reverencia esse Orixá com muito respeito e devoção, especialmente porque o mesmo se encontra diretamente ligado à vibração energético de Jesus, sendo retransmissor para os demais Orixás e respectivas vibrações, as ordens e comandos celestiais emanadas do grande Cristo Planetário, dai o mito que diz ser Oxalá o pai de todos os Orixás. No Reino da natureza Oxalá se irradia através do elemento AR, como não poderia deixar de ser, sendo esse elemento natural de importância capital à existência da vida e o condutor natural de todos os outros elementos: o fogo através da temperatura; da terra através da poeira; da água através da umidade. Oxalá reina só, nos campos magnéticos positivo e negativos do elemento energético eólico, do ar. Sendo ele o regente maior e necessário à existência da vida, enquanto elemento da natureza; e da proximidade do Pai Criador, através da vibração da fé. A refulgência do astro rei, o SOL empresta às ações deste maravilhoso Orixá atitudes idênticas em perfeita consonância com as irradiações de Jesus. As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso, sem a vibração da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiação do Orixá Oxalá, e entram nos gélidos domínios da descrença e das trevas, pela ausência da luz da fé. Nunca, em tempo algum, necessitou a humanidade tanto de paz, como agora, voltados como estamos para as inferioridades da vida, esquecemos os preceitos áureos, que elevam e dignificam o ser humano, por exclusiva falta de sabedoria. O homem, aturdido nas disputas do dia-a-dia, nos anseios e desejos inconfessáveis, esquece o destino grandioso que lhe está determinado, O encontro consigo mesmo e com seu Criador Divino, o que lhe proporcionará a verdadeira Paz e Alegria. Isto o homem adquirirá através da introspecção e o balanço diário de suas ações.
  • 41. 2º Raio – Alento Criador – IEMANJÁ novidade do ser. De seus seios brotam as águas vitais que recriam e amamentam com o leite da nutrição energética e espiritual a vida dos seres. Iemanjá surge para o Umbandista como a Luz da Vida, que através das águas do mar purifica e limpa os corpos do ser, na perspectiva da Vida verdadeira, a vida do espírito. A força das águas salgadas é muito grande como elemento desintegrador dos miasmas e energias negativas e pesadas, por isso muito usada nas elaborações mágicas e tratamentos de limpeza espiritual. 3º Raio – Ritual e Magia – OGUM Orixá Ogum é o Senhor dos Caminhos, no sentido de que se faz presente em todos os campos da natureza com a espada da Lei Divina, ordenando e organizando todos os elementos e os seres. Precisamente por isso, vamos encontrar a presença da vibração de Ogum em todos os Reinos naturais, pela energia do seu fogo ordenador, assumindo, seus Mensageiros, nomes místicos que os personalizam-nos diversos campos energéticos naturais: Cabe a esse amado Orixá estimular a vida nas suas múltiplas manifestações, que vão das mais ínfima expressão de vida ao mais poderoso dos seres criados. Sendo a Lua um corpo morto, sua atenção sobre a Terra só poderia expressar-se como intermediária de outros planetas, cabendo ao Sol uma partícula de si mesmo, nas noites de plenilúnio. Iemanjá, a nossa amada Mãe da Vida é a água que vivifica. Iemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente. Ela se projeta e faz surgir a vida, a Ogum constitui a expressão da vontade na manifestação interna e externa. Tem o seu poder assegurado em todo círculo, que representa a Vontade condicionada e a experiência através da síntese ritualística. Ogum é o Orixá da Lei e seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão e a emoção. É o Regente das milícias celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres em todos os sentidos. Orixá Ogum é o Senhor dos Caminhos, no sentido de que se faz presente em todos os campos da natureza com a espada da Lei Divina, ordenando e organizando todos os elementos e os seres.
  • 42. 1 – No Ar = Ogum Matinata (Nos Campos de Oxalá) 2 – Na Água Salgada = Ogum Marinho, Ogum Beira Mar, Ogum 7 Ondas (Nos Campos de Iemanjá) 3 – No Fogo = Ogum Delê (Nos Campos do próprio Ogum) 4 - Na Mata = Ogum Rompe Mato (Nos Campos de Oxossi) 5 – No Fogo (Elétrico) = Ogum Naruê (Nos Campos de Xangô) 6 – Na Água Doce = Ogum Iara (Nos Campos de Oxum) 7 – Na Terra = Ogum Megê (Nos Campos de Obaluayê) A Vibração de Ogum, por ser a ordenação, por meio da Lei Divina, nos caminhos e estradas da natureza e da vida dos seres, faz com que o mesmo seja Responsável e coordenador da Linha dos Exus de Lei. IBÊJI é o regente da Vibração responsável pela Linha das Crianças. Para cada Vibração de Orixá existe as diversas falanges de Crianças que estão sob a Vibração direta desse Orixá. O Orixá Ibêji coordena a emanação e ordenação dos espíritos falangeiros que trabalham sob essa roupagem fluídica de Criança. Daí podermos dizer que as Crianças pertencem à Linha de Ibêji, embora sua Vibrações sejam variadas. 4º Raio – Poder Mantenedor – OXOSSI para a apreensão dos valores sábios e verdadeiros, elevando-os a estados cada vez mais espiritualizados, distantes da ignorância, do fanatismo e da desordem da razão. Oxóssi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso. Oxossi é o grande Caçador Divino, pois caça, através do arco e flecha do conhecimento e do raciocínio sábio, as almas dos seres encarnados e desencarnados, curando-os da lepra da ignorância, abrindo-lhes o raciocínio para o entendimento das belezas e da sabedoria do espírito a caminho da Casa do Pai. Ao criar o planeta Terra, OLORUN determinou que a sua fauna e flora fosse mantido por um Poder responsável. Esse poder coube a Oxóssi, rei e responsável por toda a fauna e flora da Terra. Oxossi detém o poder de criar, manter e transformar a fauna e flora do Planeta, por meio das energias poderosas emanadas do Criador, que se expande na dinamização do Conhecimento humano, abrindo de forma harmoniosa e equilibrada o raciocínio humano
  • 43. As ervas têm ainda o poder de limpeza, quando usadas de forma correta, desintegrando miasmas e energias deletérias que ficam fixadas nos nossos corpos etéricos e perispirituais. 5º Raio – Harmonia e Justiça – XANGÔ / IANSÃ equilíbrio e equidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo. Na linha elemental da Justiça, ígnea por excelência, ele se polariza com Iansã, equilibradora e cumpridora da Lei. A presença do Orixá Xangô na vida dos seres realiza o equilíbrio e com seu fogo elétrico implanta a razão como fonte de discernimento harmonioso face a evolução. Xangô é a força que segura e defende os seres, à luz da misericórdia divina. A Justiça personificada por Xangô tem como escopo equilibrar os seres debaixo das Leis Divinas, para o que este Orixá se coloca como pedra de segurança e defesa dos filhos de Deus que aceitem a busca do crescimento e da vivência do amor. Junto a Oxossi, o Orixá Ossãe desempenha o mesmo papel, através da manipulação das ervas, dotando-as de atividades energéticas medicinais e litúrgicas. Medicinais no sentido da cura do físico, emocional e psíquico dos seres. Litúrgico pela concentração, de forma essencial, de energias da terra, da água, do fogo e do ar, servindo para o culto dos diversos Orixás ou manipulações magísticas. O poder que enfeixa esse Orixá traduz-se na balança da justiça que ele usa com discernimento e propriedade, a fim de dirimir, punir faltosos e reconhecer méritos daqueles que os têm. Sendo agente direto do carma, sua propensão é trazer equilíbrio às ações humanas, auxiliado por Iansã, cuja sentença é: Ciência e Determinação. Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de
  • 44. Como Ogum, também Xangô se manifesta nos diversos campos naturais, em busca dos seres para equilibrá-los 44ustifica-los, à luz da Lei de Deus. Assim vejamos os nomes místicos que assumem os Mensageiros de Xangôs, quando vibrados pela presença desse grande Orixás nos diversos campos naturais: 1 – No Ar = Xangô Alafim (Nos Campos de Oxalá) 2 – Na Água Salgada = Xangô Marinho (Nos Campos de Iemanjá) 3 – No Fogo = Xangô Djacutá (Nos campos de Ogum e Ibeji) 4 – Nas Matas = Xangô 7 Montanhas (Nos Campos de Oxossi e Ossãe) 5 – No Fogo Elétrico = Xangô Kaô (Nos Campos do próprio Xangô e Iansã) 6 – Na Água Doce = Xangô das Cachoeiras (No Campo de Oxum e Oxumare) 7 – Na Terra = Xangô Agodô (Nos Campos de Obaluayê/Nanã) aspecto assentado ou imutável, pois ela atua na transformação dos seres através de seus magnetismos negativos. Lansã aplica a Lei nos campos da Justiça e é extremamente ativa. Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução. As energias irradiadas por lansã densificam o mental, diminuindo seu magnetismo, e estimulam o emocional, acelerando suas vibrações. Iansã é o Orixá que se expressa por meio da ventania e sua eletricidade energizadora. Se podemos encontrar no raio elétrico a presença maciça da energia vibratória de Xangô, na eletricidade das ventanias encontramos nas tempestades a presença marcante da energia inquieta de Iansã. 6º Raio – Amor e Devoção – OXUM lansã é a aplicadora da Lei na vida dos seres emocionados pelos vícios. Seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres: ela os esgota e os redireciona, abrindo-lhes novos campos por onde evoluirão de forma menos “emocional”. Na linha da Justiça, lansã é seu aspecto móvel e Xangô é seu
  • 45. Oxum é o Orixá irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial, e favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material. A Orixá Oxum é a regente magnética irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união. Na Coroa Divina, a Orixá Oxum surge a partir da projeção do Amor. Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento atua nos seres, estimulando a união e a concepção. São as águas doces, águas dos rios, dos poços e minas que fornecem, de forma mais acentuada, a projeção da vibração desse Orixá do Amor. Ele está na Linha da Concepção como renovador do amor e da sexualidade da vida dos seres. Está na Linha do Conhecimento como renovador dos conceitos, teorias e fundamentos. Está na Linha da Justiça como renovador dos juízos. Oxumaré está na Linha da Lei como renovador das ordenações que acontecem de tempos em tempos. Ele está na Linha da Evolução como a renovação das doutrinas religiosas, que aperfeiçoam o saber e aceleram a evolução dos seres. Está na Linha da Geração como a renovação ou como o próprio reencarne, que acontece quando um espírito troca a pele, tal como faz Dã, a Serpente Encantada do Arco-Íris. No Arco Íris, que é formado a partir da luz solar nas gotículas da água em evaporação, encontramos a presença irradiante da vibração energética de Oxumare. 7º Raio – Poder Transformador – OBALUAYÊ/NANÃ Oxum recebe a influência maravilhosa do planeta mais brilhante do firmamento, conhecido por muitos nomes: Estrela Vésper, estrela matutina, estrela d’alva, e também conhecido por Vênus.. Saudamos, pois no céu, a brilhante Estrela do Pastor, astro que os Caldeus veneravam entre tantos outros. Seu aparecimento na tela sideral corresponde ao nascer da aurora que aos sensitivos desperta sentimentos generosos, tendências para o amor divino, que suaviza, de algum modo, a vida dos humanos. Oxum regente natural do 6º Raio. Oxumaré, tal como revela a lenda dos orixás, é a renovação contínua, em todos os aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser. Sua identificação com Dã, a Serpente do Arco-Íris, não aconteceu por acaso, pois Oxumaré irradia as sete cores que caracterizam as sete irradiações Divinas que dão origem às Sete Linhas de Umbanda. E ele atua nas sete irradiações como elemento renovador. Oxumaré está na Linha da Fé como elemento renovador da religiosidade dos seres.
  • 46. O planeta Saturno influi decisivamente na atuação do Senhor Obaluaiê e tem nele a mais lídima expressão da sua influência na Terra. Obaluaiê é o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro. O Raio da Evolução, cujo pólo magnético positivo, está no Orixá Natural Obaluaiê, e em cujo pólo magnético negativo, feminino e absorvente encontramos a Orixá Nanã Buruquê é um Raio essencial no crescimento dos seres. Ambos são Orixás de magnetismo misto e cuidam das passagens dos estágios evolutivos. Ambos são Orixás terra-água. Ambos atuam em total sintonia vibratória, energética e magnética. E onde um atua passivamente, o outro atua ativamente. Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiyê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos). É a Vibratória do Orixá “Obaluayê” que reduz o corpo plasmático do espírito até que fique do tamanho do corpo carnal alojado no útero materno. Nesta redução (que é um mistério de Deus regido por Obaluaiyê), o espírito assume todas as características e feições do seu novo corpo carnal, já formado. Muitos associam Obaluaiyê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluaiyê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa. O grande laboratório da natureza está afeto à administração do grande Orixá Obaluayê, Senhor da transformação e agente cármico a que todos os seres vivos estão subordinados. A percuciência de sua ação nada lhe passa despercebido; seu poder estende-se às mais variadas formas físicas terrestres possibilitando, assim, a libertação das moléculas que, por sua vez, irão constituir novos corpos. A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada. A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada pelo elemento água, em forma de chuva, que ao encontrar-se com o elemento terra forma a lama, decantadora e purificadora.
  • 47. Nanã assume o papel de purificadora, decantando a natureza, seja através da chuva que purifica a atmosfera, seja através da lama e dos manguezais purificando a água, seja através das emoções ativas ou paralisadas, decantando e purificando os seres. Seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas. E assim permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais. Nanã forma com Obaluaiyê o sétimo Raio de Umbanda, que é a linha da Evolução. E enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar. Estes são os Raios dos Orixás de Umbanda, comandantes das energias criadoras, mantenedoras e transformadoras dos elementos da natureza e do processo de evolução dos seres, diretamente ligados à nossa realidade encarnatória e ao mundo físico/astral, tendo sob seus comandos legiões de espíritos de várias vibrações evolutivas dentro de seu Raio. Eles realizam o milagre da vida e da ascensão espiritual e distribuem suas energias no corpo da magia, para os locais que delas necessitam, para ajuda e fortalecimento dos espíritos encarnados e desencarnados. Todos os Orixás são subordinados ao Cristo Jesus que é o tutor máximo da Terra. Entre os espíritos que atuam dentro das vibrações energéticas do nosso Eledá(Orixá de frente), é escolhido um para nos acompanhar mais de perto, seja pela afinidade com o ser encarnado ou pelo simples desejo de acompanhar esse espírito na sua caminhada encarnatória. No caso de médiuns, normalmente este espírito é aquele que incorpora quando invocada a vibração do seu Eledá. Os Orixás, dentro do culto Umbandista, não são incorporáveis. O que se vê dentro dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os falangeiros dos Orixás, espíritos de grande luz que vêm trabalhar sob as Ordens de um Orixá. Os Falangeiros são os Mensageiros que incorporam em seus médiuns e mostram sua presença e sua força em nome de um Orixá. IBÊJI é o regente da Vibração responsável pela Linha das Crianças. Para cada Vibração de Orixá existe as diversas falanges de Crianças que estão sob a Vibração direta desse Orixá. O Orixá Ibêji coordena a emanação e ordenação dos espíritos falangeiros que trabalham sob essa roupagem fluídica de Criança. Daí podermos dizer que as Crianças pertencem à Linha de Ibêji, embora sua Vibrações sejam variadas.
  • 48. As cores das guias dos Orixás Orixá Cor da Guia OXALÁ BRANCO OU CRISTALINO IEMANJÁ AZUL CLARO NANÃ LILÁS OBALUAIÊ LARANJA IORIMÁ PRETO E BRANCO OXÓSSI VERDE XANGÔ MARROM IANSÃ AMARELO OXUM AZUL ESCURO OGUM VERMELHO IORI ROSA As flores dos Orixás ORIXÁ FLORES OXALÁ CRAVO BRANCO IEMANJÁ LÍRIO NANÃ PALMA BRANCA OBALUAIÊ ROSABRANCA IORIMA PALMA DE SÃO JOSÉ E ROSA OXÓSSI AMOR PERFEITO XANGÔ VIOLETA IANSÃ ANGÉLICA OXUM AÇUCENA E LÍRIO AMARELO OGUM TULIPAE PALMA DE SÃO JOSÉ CRAVO BRANCO E VERMELHO IORI MARGARIDA
  • 49. As bebidas dos Orixás ORIXÁ BEBIDAS OXALÁ MEL, ÁGUA, LEITE IEMANJÁ LICORES NANÃ ÁGUA, CHAMPANHE ROSÉ OBALUAIÊ SUCO DE LIMÃO, MEL, VINHO BRANCO DOCE IORIMA MELADO, CAFÉ, AGUARDENTE OXÓSSI VINHO TINTO E CERVEJABRANCA XANGÔ CERVEJA PRETA IANSÃ MEL, CHAMPANHE BRANCO OXUM MEL, CHAMPANHE BRANCO OGUM CERVEJA BRANCA IORI SUCOS, REFRIGERANTES, MEL EXÚ ÁGUA, AGUARDENTE POMBAGIRA CHAMPANHE VERMELHA, LICOR As pedras dos Orixás ORIXÁ PEDRAS OXALÁ CRISTAL, DIAMANTE IEMANJÁ ÁGUAMARINHA NANÃ ÁGATA OBALUAIÊ CRISTAIS LEITOSOS IORIMA ÔNIX OXÓSSI LÁPIS LAZULI XANGÔ TOPÁZIO IANSÃ TURQUESA OXUM HEMATITA OGUM RUBI IORI ESMERALDA Sentimento dos Orixás