1. O documento apresenta um curso introdutório sobre LaTeX, abordando tópicos como instalação, estrutura básica, ambientes matemáticos, figuras, tabelas e bibliografia.
2. É dividido em capítulos tratando de tópicos como editoração de texto, formatação, equações, figuras, tabelas e criação de documentos como artigos, monografias, slides e posters.
3. Apresenta exemplos de código LaTeX e comandos para cada tópico, visando ensinar os conceitos básicos necess
1. Curso de Introdução ao LATEX
Marco Polo Moreno de Souza1
Gleice Carvalho de Lima Moreno2
16 de abril de 2016
1Departamento de Física, Universidade Federal de Rondônia, Campus Ji-Paraná
2Departamento de Ciências Contábeis, Universidade Federal de Rondônia, Campus Porto Velho
4. SUMÁRIO Prof. Marco Polo Moreno de Souza
B Links úteis 78
C Template de um artigo 79
5. Prefácio
Esta é uma apostila preparada às pressas para o primeiro Curso de Introdução ao LATEX no
Campus de Ji-Paraná da Universidade Federal de Rondônia, que foi ministrado entre 12 março
e 16 de abril de 2016. Provavelmente há vários erros nesta primeira versão. Dúvidas, críticas,
sugestões ou correções podem ser enviados para o e-mail marcopolo@unir.br.
Os autores
Abril de 2016
iv
6. Capítulo 1
Introdução
LATEX (se pronuncia “leitex” ou “latek”) [1] é um poderoso processador de texto livre de alta
qualidade tipográfica [2], muito usado para comunicação e publicação em diversos campos,
como física, matemática, engenharia, estatística, ciência da computação, ciências biológicas,
economia e política. Ele é largamente usado no mundo acadêmico, sendo o padrão em publi-
cações da Springer, Elsevier, Oxford Journals e American Physical Society, por exemplo. É
também muito usado no Brasil na criação de teses e dissertações, principalmente na área das
ciências exatas e naturais.
LATEXé ao mesmo tempo uma linguagem de marcação [3, 4], o que é diferente de um pro-
cessador de texto como o Microsoft Word. Neste último, o texto impresso será exatamente (ou
quase) aquele que você vê na tela, com as mesmas figuras, tamanho e tipo da fonte, etc. No
LATEX, entretanto, quase tudo funciona via comandos. O que você vê na tela não é o que será
gerado no arquivo pdf. Por exemplo, para um texto em itálico como mostrado abaixo,
• For a physicist mathematics is not a tool by means of which phenomena can be calculated,
it is the main source of concepts and principles of which new theories can be created.
(Freeman Dyson)
tivemos que digitar o seguinte:
textit{For a physicist mathematics is not a tool by means of which
phenomena can be calculated, it is the main source of concepts and
principles of which new theories can be created. (Freeman Dyson)}
O comando textit{} é usado para colocar palavras em itálico. As chaves indicam a
região de atuação do comando. Para toda chave “abrindo” temos que ter uma chave “fechando”,
ou teremos erros na compilação (sobre o processo de compilação, veja o próximo capítulo).
Por outro lado, figuras, tabelas, equações e outros itens podem ter o seu próprio ambiente,
delimitado pelos comandos begin{ambiente} e end{ambiente}. Assim como no
caso das chaves, para cada begin devemos ter um end. Observe que ambientes podem ficar
dentro de outros ambientes, assim como podemos ter comandos dentro de outros comandos.
Para obtermos a equação abaixo
eix
= cos x + i sin x (1.1)
tivemos que ter digitado o seguinte:
1
7. CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO Prof. Marco Polo Moreno de Souza
begin{equation}
e^{ix} = cos{x} + isin{x}
end{equation}
A ideia central do LATEXé distanciar o autor o máximo possível da apresentação visual da
informação (separação entre conteúdo e estilo). Isso significa que melhores textos podem ser
criados, porque não precisamos nos preocupar com o design do documento.
Outras vantagens do LATEX:
• Ele é gratuito e livre. E também há milhares de pacotes e templates prontos disponíveis
na internet para vários tipos de documentos.
• Suas fontes (do texto) são mais belas em comparação com outros processadores. Essa
diferença é mais marcante no caso de equações, onde mais símbolos matemáticos podem
ser encontrados e em qualidade superior.
• Ele é o padrão no mundo acadêmico ligado às áreas das ciências exatas e naturais. Quem
pretende publicar ou participar de congressos nessa área uma hora ou outra terá que apren-
der a usá-lo.
• Os documentos gerados pelo LATEXsão menores e mais rápidos.
• As figuras em documentos LATEXgeralmente saem com melhor qualidade.
• O arquivo pdf gerado possui estrutura automática com índices, links e bibliografia. O
índice completo de um trabalho, por exemplo, é criado com um ou dois comandos.
Há, entretanto, algumas desvantagens que devem ser mencionadas:
• Produzir um template do zero é difícil e trabalhoso. Raramente vamos precisar criar
um do zero (afinal, há muitos na internet); entretanto, se for o caso, serão necessários
conhecimentos intermediários ou avançados de LATEX.
• Ainda existe pouca difusão em cursos ligados às ciências humanas e sociais. Isso pode
ser particularmente ruim, por exemplo, em cursos que limitam o tipo de fonte em mono-
grafias, teses e dissertações, o que pode impossibilitar o uso no caso onde essas fontes não
existem no LATEX. Outra limitação é o tipo de arquivo aceito para submissão em alguns
periódicos. Muitos ligados à essas áreas restringem o upload aos aquivos com extensão
doc, quando o correto deveria ser pelo menos pdf, que é mais universal.
• As tabelas no LATEXsão bonitas, porém chatas de criar, principalmente se houver linhas
ou colunas que precisem ser mescladas.
• O corretor de texto não é tão eficiente quanto no Microsoft Word. Por exemplo, erros de
concordância não são analisados.
• A aprendizagem é mais lenta em relação aos programas do tipo Word.
8. Capítulo 2
Instalação
Uma instalação típica envolve as seguintes etapas:
• Instalação do GhostView e do GhostScript (opcional).
• Instalação da distribuição LATEX.
• Instalação do Editor LATEX.
• Configuração do dicionário (opcional).
• Instalação de uma impressora que imprime em arquivo.
É interessante instalar todos os programas acima em uma única pasta do windows, como
por exemplo C:LaTeX. Dentro dela deve ser criada uma pasta para cada programa.
2.1 Instalação do GhostView e do GhostScript
Esses softwares são usados para ler e gerar figuras no formato .ps e .eps, que são de alta
qualidade. Esses formatos muitas vezes são obrigatórios para submissão de artigos com figuras
em diversas revistas científicas. As versões atuais desses programas são o Ghostscript 9.18 e o
GSView 6.0.
Você pode baixar esses softwares nos seguintes links:
• Ghostscript : http://ghostscript.com/download/
• GSView: http://www.gsview.com/downloads.html
2.2 Instalação da distribuição LATEX
Existem diversas distribuições LATEX na rede, como TEXLive, teTEX, fpTEX, MiKTEXe proTEXt,
por exemplo. As distribuições contém pacotes (packages) que podem ser necessários na com-
pilação de um documento LATEX. Descreveremos os passos para a instalação do MiKTEX, que é
um dos mais usados no Windows.
Na página do MiKTEX(http://miktex.org/) há várias opções de download, dentre
as quais temos:
3
9. CAPÍTULO 2. INSTALAÇÃO Prof. Marco Polo Moreno de Souza
• Basic MiKTeX 2.9.5872
• MiKTeX 2.9.5870 Net Installer
A primeira é um pacote básico, com 184,43 MB de tamanho. O TEXnicCenter baixa auto-
maticamente pacotes que faltam. A segunda opção, que pode ter mais de 1 GB de tamanho, é
indicada para quem precisa trabalhar com o LATEX sem acesso à internet.
2.3 Instalação do Editor LATEX
Um editor LATEX é responsável pela compilação e criação de um documento em pdf ou outros
formatos. Entre os famosos estão o WinEdit, o WinShell e o TEXnicCenter. Este último é o que
trabalharemos neste curso, que atualmente está na versão 2.02. Ele pode ser baixado na página
do TEXnicCenter: http://www.texniccenter.org/download/.
2.4 Configuração do dicionário
Um dicionário é necessário para que o TEXnicCenter trabalhe com um corretor ortográfico. Os
seguintes passos são necessários:
• Baixe o arquivo do pacote de idiomas Português do Brasil (pt-br) no site do
LibreOffice.
• Extraia o arquivo zipado.
• Coloque os arquivos pt_BR.dic e pt_BR.aff na pasta Dictionaries, que fica
dentro da pasta do TEXnicCenter.
• Abra o TEXnicCenter, clique na aba Tools e selecione Options. Depois, na guia
Spelling, selecione a linguagem pt conforme figura abaixo.
10. CAPÍTULO 2. INSTALAÇÃO Prof. Marco Polo Moreno de Souza
2.5 Instalação de uma impressora que imprime em arquivo
Uma impressora que imprime em arquivo é necessária para trabalhar com figuras em eps (En-
capsulated PostScript), que tem qualidade superior às figuras baseadas em pixels. Uma boa op-
ção gratuita é a CutePDF Writer (http://www.cutepdf.com/Products/CutePDF/
writer.asp). Baixe e instale.
2.6 Compilando o documento
Na guia File, selecione New → File..., digite as linhas de comando abaixo e salve seu
documento. O documento será salvo com a extensão tex.
documentclass{article}
begin{document}
Meu primeiro arquivo em LaTeX.
end{document}
A seguir, como mostra a figura abaixo, selecione a opção LaTeX ⇒ PDF e clique no bo-
tão Build current file. Esse passo irá buscar erros no documento e depois gerar um
arquivo pdf. Para visualizar o arquivo, clique no botão View Output ao lado. Se algo sair
errado nessa última etapa é porque o TEXnicCenter não foi configurado para visualizar arquivos
pdf (veja seção 2.7). Nesse caso você precisa abrir manualmente o arquivo pdf gerado, que está
na mesma pasta do arquivo tex.
É possível gerar e visualizar o arquivo também em outros formatos:
• LaTeX ⇒ PS (arquivo em ps).
• LaTeX ⇒ DVI (arquivo em dvi).
A opção LaTeX ⇒ PS ⇒ PDF permite visualizar arquivos em pdf que contém figuras em
ps ou eps.
Se algo sair errado, o processo de compilação poderá terminar com erros, que podem com-
prometer o arquivo pdf gerado. Os erros mais comuns incluem:
• Comandos digitados de forma errada.
• Comandos usados de forma errada.
• Número de chaves “abrindo” diferente do número de chaves “fechando”. Idem com col-
chetes e parênteses.
11. CAPÍTULO 2. INSTALAÇÃO Prof. Marco Polo Moreno de Souza
• Figuras que foram declaradas com ambiente figure, mas cujos arquivos não existem.
• Ausência de pacotes que as vezes não podem ser baixados por falta de acesso à internet
ou devido a servidores offline.
• Incompatibilidade entre pacotes ou entre classes e pacotes. Pode haver conflito entre os
recursos de um pacote com os recursos que uma dada classe suporta. Por exemplo, há um
conflito bem conhecido (mas que pode ser contornado) entre o ambiente lstlisting
(para inserir códigos) e a classe beamer (para criação de slides).
Na figura abaixo temos a tela do TEXnicCenter após compilação com erros. O erro foi
causado por uma chave que não foi fechada. Observe os retângulos verdes. Observe também
que, devido a este erro, nenhum arquivo pdf foi gerado. Ao clicar nos botões indicados no
retângulo superior, é possível saber, aproximadamente, a linha onde há erro, e também o tipo
de erro. Entretanto, muitas vezes o erro é informado de forma um tanto obscura. Isso acontece
porque algumas vezes um erro implica em outros erros. No exemplo da figura, havia apenas o
erro da chave, mas o TEXnicCenter retornou 12 erros!
2.7 Configurando a visualização de arquivo pdf com o Adobe
Acrobat Reader DC
Em versões anteriores ao Adobe Acrobat Reader DC, TEXnicCenter configurava o Acrobat
Reader automaticamente para visualização de arquivo pdf. Na versão atual isso não acontece
mais. Para solucionar esse problema, clique em Build → Define Output Profiles
12. CAPÍTULO 2. INSTALAÇÃO Prof. Marco Polo Moreno de Souza
..., e com o perfil LaTeX → PDF (ou LaTeX → PS → PDF) selecionado, clique na aba
Viewer e configure conforme é mostrado abaixo:
No campo Executable path coloque o caminho do arquivo executável do seu leitor ou
editor Adobe. O segundo campo importante é o Server, que depende do tipo de leitor. Se o
seu leitor pdf for o Adobe Acrobat Reader DC, digite acroviewR15 (como na figura acima).
Se você possuir o Adobe Acrobat Pro DC, digite acroviewA15.
13. Capítulo 3
Estrutura
Um documento LATEX é formado tipicamente pela linha de comando
documentclass[opções]{tipo} que define a classe, pelos pacotes (packages) e
pelo corpo do texto. A parte do documento que contém a classe e os pacotes é denominada
preâmbulo.
documentclass[opções]{tipo}
%Comentários...
usepackage{Pacote}
usepackage{Pacote}
begin{document}
section{Nome da seção}
Texto da seção ...
subsection{Nome da subseção}
Texto da subseção ...
section{Nome da seção}
Texto da seção ...
begin{figure}
Opções.
end{figure}
end{document}
• A linha de comando documentclass[opções]{tipo} define o tipo de docu-
mento que o usuário irá trabalhar. Nesse caso estamos escolhendo a classe. É possível
usar uma das classes básicas, usar uma classe disponibilizada na internet (por exemplo,
de algum período científico) e também criar a sua (para usuários intermediários ou avan-
çados). Algumas classes básicas:
– article, para artigos
– book, para livros
– slides, para apresentações.
As opções dependem do tipo de documento. No caso de articles, podemos definir,
por exemplo:
– O tamanho da fonte: 10pt (padrão), 11pt, etc.
8
14. CAPÍTULO 3. ESTRUTURA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
– O tipo de papel: A4paper, letterpaper (padrão), a5paper, etc
– As colunas: onecolumn (padrão) ou twocolumn.
As opções padrão (default) são aquelas que são automaticamente definidas pelo LATEX
caso o usuário não especifique uma certa opção. Assim, se a opção do tamanho da
fonte não for inserida, o texto será escrito na fonte tamanho 10. Exemplo de uso de
classe: documentclass[11pt,a4paper,twoside]{article} (artigo padrão
com fonte 11, em papel A4 e com duas colunas).
• Os pacotes são necessários em quase todas as ocasiões. Eles são inseridos mediante o
comando usepackage[opções]{pacote}. Alguns pacotes úteis:
– amsmath, para trabalhar com alguns símbolos matemáticos.
– graphicx, para inserir figuras no documento.
– babel, para trabalhar com outros idiomas.
– inputenc, para trabalhar com símbolos que não existem no idioma inglês.
– fontenc, para hifenizar palavras.
– hyperref, para trabalhar com links.
Exemplo de uso: usepackage[brazilian]{babel} (para trabalhar com o portu-
guês brasileiro).
• A linha de comando begin{document} define o início do corpo do texto, enquanto
que end{document} delimita o seu fim. Nesse intervalo podem haver vários ambien-
tes, como:
– equations, para inserir equações.
– figure, para inserir figuras.
– table, para inserir tabelas.
3.1 Exemplo de um documento LATEX
Abaixo temos um exemplo simples de um artigo de uma coluna:
documentclass[a4paper]{article} %classe para artigos básicos
usepackage[brazilian]{babel} %para trabahar com o português
brasileiro
usepackage[latin1]{inputenc} %para trabalhar com símbolos latinos
begin{document}
title{Artigo em LaTeX} %Título do artigo
author{Marco P. Moreno} %Nome do autor
maketitle
begin{abstract} %Resumo do artigo
15. CAPÍTULO 3. ESTRUTURA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
Resumo do artigo...
end{abstract}
section{Introdução} %Seção Introdução
Introdução do artigo...
section{Outra seção} %Outra seção
Texto da outra seção...
end{document}
As linhas de comando após o símbolo % indicam comentários. Em linguagens de progra-
mação, o padrão é que comentários sejam ignorados pelo compilador. O seu uso é importante
para organizar o código, por exemplo para lembrar ao usuário para que serve um dado pacote,
como feito acima. Isso deixa o código mais legível e mais fácil para outra pessoa trabalhar nele.
3.2 Templates
Além das classes básicas (article, book, slides, etc) existem milhares de templates de do-
cumentos da internet. Alguns desses templates podem ser visualizados no site https:
//www.overleaf.com, além de também poderem ser editados online. Abaixo temos um
template para submissão ao periódico Applied Optics.
3.3 Básico de um texto
3.3.1 Negrito, itálico e aspas
Palavras em negrito e itálico são conseguidas com os comandos textbf e textit. Já as
aspas são conseguidas com os comandos “
e (crase e aspas simples, respectivamente).
16. CAPÍTULO 3. ESTRUTURA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
Exemplo 1
• Casa azul “flutuante”.
Em LATEX:
textbf{Casa} textit{azul} ‘‘flutuante’’.
3.3.2 Tamanho da fonte
Há 9 tamanhos básicos de fontes, definidos pelos comandos abaixo em ordem crescente de
tamanho:
• tiny
• scriptsize
• footnotesize
• small
• normalsize
• large
• Large
• huge
Exemplo 2
• ultra pequeno, super pequeno, muito pequeno, pequeno, normal, grande, muito grande,
enorme.
Em LATEX:
tiny{ultra pequeno}, scriptsize{super pequeno}, footnotesize{muito
pequeno}, small{pequeno}, normalsize{normal}, large{grande},
Large{muito grande}, huge{enorme}.
Para escolher um tamanho personalizado, use o comando resizebox. Para usar esse
comando, insira no preâmbulo o pacote pdfpages, da seguinte forma:
usepackage{pdfpages}
Exemplo 3
• Penso, logo existo.
Em LATEX:
resizebox{!}{6mm}{Penso, logo existo}.
O primeiro espaço entre chaves se refere ao tamanho horizontal, ao passo que o segundo
espaço se refere ao tamanho vertical. Basta usar apenas um dos espaços, colocando o símbolo
! no outro espaço. O preenchimento dos dois espaços faz o texto perder as proporções.
17. CAPÍTULO 3. ESTRUTURA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
3.3.3 Fórmulas matemáticas
Dentro de um texto, símbolos e equações devem ser inseridos entre dois $, caso contrário poderá
haver erros na compilação.
Exemplo 4
• Seja uma função f dada por f(x) = x2
.
Em LATEX:
Seja uma função $f$ dada por $f(x) = x^2$.
Para mais informações sobre o ambiente matemático, ver o Capítulo 4.
3.3.4 Alinhamento do texto
Alinhamento de texto pode ser feito com os ambientes flushleft (esquerda), center
(centralizado) e flushright (direita). O padrão é sempre o texto justificado (isto é, o texto
é justificado automaticamente).
Exemplo 5
Texto alinhado à esquerda.
Texto centralizado.
Texto alinhado à direita.
Em LATEX:
begin{ f l u s h l e f t }
Texto alinhado à esquerda.
end{ f l u s h l e f t }
begin{center}
Texto centralizado.
end{center}
begin{ f l u s h r i g h t }
Texto alinhado à direita.
end{ f l u s h r i g h t }
3.3.5 Pulando linhas e páginas
Uma nova linha pode ser conseguida com os comandos ou newline. Para uma nova
página, use newpage.
18. CAPÍTULO 3. ESTRUTURA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
3.3.6 Parágrafo
Um parágrafo é criado toda vez que duas linhas são puladas no TEXnicCenter.
Exemplo 6
Primeiro parágrafo.
Segundo parágrafo.
Em LATEX:
Primeiro parágrafo.
Segundo parágrafo.
Se o usuário pretende criar uma linha não indentada (isto é, sem o espaço de parágrafo no
começo da linha), ele deve digitar o comando noindent no começo da linha.
3.3.7 Espaços
Espaçamentos verticais e horizontais são conseguidos com os comandos vspace e hspace.
Exemplo 7
Palavras espaçadas na frase.
Uma linha distante.
Em LATEX:
Palavras hspace{1cm} espaçadas hspace{1cm} na hspace{1cm} frase.
vspace{2cm}
Uma linha distante.
3.3.8 Caracteres especiais
Caracteres que são usados em comandos no LATEX, como o $ para o ambiente matemático,
devem ser inseridos de forma diferente.
Exemplo 8
• $ & # _ %
Em LATEX:
$ hspace{1cm} & hspace{1cm} # hspace{1cm} $backslash$ hspace
{1cm} _ hspace{1cm} %
19. CAPÍTULO 3. ESTRUTURA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
3.3.9 Citação
Uma citação direta é conseguida com o ambiente quote.
Exemplo 9
Os deuses ajudam quem cedo madruga.
Em LATEX:
begin{quote}
Os deuses ajudam quem cedo madruga.
end{quote}
3.3.10 Listas
As listas ajudam a deixar um documento mais organizado. Elas podem ser numeradas ou não:
Exemplo 10
Leis da mecânica newtoniana:
• 1a
Lei de Newton
• 2a
Lei de Newton
• 3a
Lei de Newton
Formalismos da mecânica clássica:
1. Newtoniano
2. Lagrangeano
3. Hamiltoniano
4. Teoria de Hamilton-Jacobi
5. Relacional
Em LATEX:
begin{itemize}
item 1a Lei de Newton
item 2a Lei de Newton
item 3a Lei de Newton
end{itemize}
Formalismos da mecânica clássica:
begin{enumerate}
item Newtoniano
item Lagrangeano
item Hamiltoniano
item Teoria de Hamilton-Jacobi
item Relacional
end{enumerate}
20. CAPÍTULO 3. ESTRUTURA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
3.3.11 Links
Pra inserir links externos (isto é, para uma página na internet) use os comandos url ou href.
É necessário o pacote hyperref, que pode ser declarado no preâmbulo como abaixo:
usepackage[colorlinks=true,linkcolor=blue,citecolor=red,urlcolor=
black,bookmarks=true]{hyperref}
Nesse caso os links serão coloridos, sendo azul para links internos (isto é, para um determi-
nado lugar no mesmo documento), vermelho para links de citação (isto é, para uma referência
bibliográfica no final do documento) e preto para links externos.
Exemplo 11
• www.marcopolo.unir.br
• Página do Departamento de Física da UNIR, Campus Ji-Paraná.
Em LATEX:
url{www.marcopolo.unir.br}
href{www.fisicajp.unir.br}{Página do Departamento de Física da UNIR,
Campus Ji-Paraná}.
Se precisar quebrar link muito grande em duas linhas, basta inserir o comando sloppy
após o comando begin{document}.
Exemplo 12
https://www.google.com.br/search?q=latex+is+fun&
biw=1920&bih=911&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=
0ahUKEwiG9KfVievKAhUFUJAKHSDiCqsQ_AUIBygC&dpr=1
Em LATEX:
url{https://www.google.com.br/search?q=latex+is+fun&biw=1920&bih
=911&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiG9
KfVievKAhUFUJAKHSDiCqsQ_AUIBygC&dpr=1}
Links internos são criados com o comando ref{}. É possível fazer links para figuras,
tabelas, capítulos, seções, equações, etc. Mas para isso esses itens têm que ter um label para
que possam ser identificados quando linkados. Observe o exemplo abaixo:
Exemplo 13
sin2
x + cos2
x = 1 (3.1)
A equação 3.1 é um exemplo de identidade trigonométrica.
Em LATEX:
21. CAPÍTULO 3. ESTRUTURA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
begin{equation}
label{identid-trig}
sin^2{x} + cos^2{x} = 1
end{equation}
A equação ref{identid-trig} é um exemplo de identidade
trigonométrica.
O ambiente equation é tratado no Capítulo 4.
3.3.12 Tamanho e margens das páginas
O pacote que configura páginas é o geometry, que possui a seguinte sintaxe:
usepackage[tamanho, total={000cm, 000cm}]{geometry}
O tamanho da página pode ser A0, A1, etc. A largura e a altura do texto na página são
definidos em total={000cm, 000cm}, onde o primeiro campo é a largura e o segundo a
altura.
De acordo com a norma ISO 2016, os tamanhos de papel da série A são
Papel Tamanho (cm)
A0 84.1 × 118.9
A1 59.4 × 84.1
A2 42.0 × 59.4
A3 29.7 × 42.0
A4 21.0 × 29.7
(Há outros tamanhos, porém não vamos entrar em tantos detalhes aqui). Dessa forma, se que-
remos um documento em papel A4 com 3 cm de margem lateral (em cada lado) e 2 cm de
margens superior e inferior, devemos declarar no preâmbulo o seguinte código:
usepackage[a4paper, total={15cm, 25.7cm}]{geometry}
Outra forma é fixar cada uma das margens com os comandos abaixo:
• left, para fixar a margem esquerda;
• right, para fixar a margem direita;
• top, para fixar a margem superior;
• bottom, para fixar a margem inferior.
Então, se queremos um texto em papel A4 com margens 2 cm, 4 cm, 6 cm, 5 cm (esquerda,
direita, superior e inferior, respectivamente), então devemos declarar
usepackage[a4paper, left=2cm, right=4cm, top=6cm, bottom=5cm]{
geometry}
22. CAPÍTULO 3. ESTRUTURA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
3.3.13 Fazendo comandos
As vezes é conveniente que o usuário crie seus próprios comandos. Para isso use o comando
newcommand{comando novo}{comando antigo}. Assim, se o usuário quisesse tro-
car o comando $backslash$ por barra para inserir uma barra, ele deveria inserir o co-
mando abaixo no preâmbulo, isto é, antes de begin{document}.
newcommand{barra}{$backslash$}
Então toda vez que o usuário digitar barra, uma barra é criada, da mesma forma que
seria criada com o comando $backslash$.
3.4 Meu Insert e barra de ferramentas do TEXnicCenter
O menu Insert (ver figura abaixo) oferece uma opção rápida a criação de figuras, tabelas, equa-
ções, listas, etc. Uma vez que algum desses componentes é clicado no menu Insert, os respec-
tivos comandos são automaticamente criados.
Por exemplo, se clicarmos em Insert → Enumerations → Itemization, as linhas
de comando abaixo são criadas:
begin{itemize}
item
end{itemize}
De forma análoga, a barra de ferramentas do TEXnicCenter pode ser usada para inserir sím-
bolos matemáticos, de forma que não precisamos decorar os comandos correspondentes. Mas
devemos lembrar que símbolos matemáticos devem ser inseridos dentro do ambiente matemá-
tico (ver capítulo 4).
23. Capítulo 4
Ambiente matemático
Equações podem ser inseridas de diferentes formas. Dentro de um texto, com o comando $ ou
centralizado, com o comando $$ ou com o ambiente equation.
Exemplo 14
√
3 é um número irracional.
x =
−b ±
√
∆
2a
2 = 1 +
1
2
+
1
4
+
1
8
+
1
16
+ · · · (4.1)
Em LATEX:
$sqrt{3}$ é um número irracional.
$$
x = dfrac{-bpm sqrt{Delta}}{2a}
$$
begin{equation}
2 = 1 + dfrac{1}{2} + dfrac{1}{4} + dfrac{1}{8} + dfrac{1}{16} +
cdots
end{equation}
Várias equações ou sistemas de equações podem ser inseridas com o ambiente eqnarray.
O símbolo & é usado para alinhar as equações.
Exemplo 15
a2
= b2
+ c2
(4.2)
an
+ 1 = bn
+ cn
(4.3)
Em LATEX:
18
24. CAPÍTULO 4. AMBIENTE MATEMÁTICO Prof. Marco Polo Moreno de Souza
begin{eqnarray}
a^2 &=& b^2 + c^2
a^n + 1 &=& b^n + c^n
end{eqnarray}
Perceba que a numeração das equações nos ambientes equation e eqnarray é auto-
mática. Observe que alguns símbolos podem estar inclusos apenas nos pacotes amsmath,
amssymb ou amsfonts. Assim, sempre que for trabalhar em um documento com equações,
é interessante colocar o comando abaixo no preâmbulo.
usepackage{amsmath,amssymb,amsfonts}
Para uma numeração de sistemas de equações com números e letras, pode ser usado o am-
biente subequations.
Exemplo 16
cosh x =
ex
+ e−x
2
(4.4a)
sinh x =
ex
− e−x
2
(4.4b)
Em LATEX:
begin{subequations}
begin{align}
cosh{x} &= dfrac{e^x + e^{-x}}{2}
sinh{x} &= dfrac{e^x - e^{-x}}{2}
end{align}
end{subequations}
4.1 Expoentes e índices
Para expoentes use o acento circunflexo, e para índice o underline.
Exemplo 17
xx+1
yn C4
2
87
Rb.
Em LATEX:
$x^{x+1} y_n C^4_2 ^{87}$Rb.
Os símbolos são usados para dar espaço no ambiente matemático.
25. CAPÍTULO 4. AMBIENTE MATEMÁTICO Prof. Marco Polo Moreno de Souza
4.2 Frações
Frações podem ser escritas com os comandos frac{}{} ou dfrac{}{}.
Exemplo 18
1
1+x2
1
1 + x2
Em LATEX:
$frac{1}{1+x^2} dfrac{1}{1+x^2}$
4.3 Raízes
Para raízes, use sqrt{} ou sqrt[]{}.
Exemplo 19
√
x = 21 (4.5)
3
√
64 = 4 (4.6)
Em LATEX:
begin{eqnarray}
sqrt{x} = 21
sqrt[3]{64} = 4
end{eqnarray}
4.4 Somatórios e integrais
Para somatórios e integrais use sum e int, respectivamente.
Exemplo 20
∞
k=1
1
k2
(4.7)
1
0
4x3
dx = 1 (4.8)
cos xeix
dx (4.9)
Em LATEX:
begin{eqnarray}
sum^{infty}_{k=0}{ dfrac{1}{k^2} }
int_{0}^{1}{4x^3dx} = 1
int{cos{x}e^{ix}dx}
end{eqnarray}
26. CAPÍTULO 4. AMBIENTE MATEMÁTICO Prof. Marco Polo Moreno de Souza
4.5 Matrizes
Matrizes são criadas com o ambiente array. As colunas são separadas com um & e as linhas
com .
Exemplo 21
1 2 3
4 5 6
7 8 9
A =
x y z w t
a b c d e
α β γ δ
1 0 0
0 1 0
0 0 1
Em LATEX:
$$
begin{array}{ccc}
1&2&3
4&5&6
7&8&9
end{array}
$$
$$
A = left(
begin{array}{rrrrr}
x&y&z&w&t
a&b&c&d&e
alpha&beta&gamma&delta&epsilon
end{array}
right)
$$
$$
left[
begin{array}{lll}
1&0&0
0&1&0
0&0&1
end{array}
right]
$$
27. CAPÍTULO 4. AMBIENTE MATEMÁTICO Prof. Marco Polo Moreno de Souza
4.6 Outros símbolos matemáticos
Veja nas tabelas abaixo alguns dos símbolos mais usados na matemática e na física.
Letras gregas minúsculas
α alpha β beta γ gamma δ delta epsilon
ζ zeta η eta θ theta ι iota κ kappa
λ lambda µ mu ν nu ξ xi o o
π pi ρ rho σ sigma τ tau υ upsilon
φ phi χ chi ψ psi ω omega
Letras gregas maiúsculas
A A B B Γ Gamma ∆ Delta E E
Z Z H H Θ Theta I I K K
Λ Lambda M M N N Ξ Xi O O
Π Pi R R Σ Sigma T T Υ Upsilon
Φ Phi X X Ψ Psi Ω Omega
Vetores e operadores
ˆA hat{A} ˇA check{A} ˘A breve{A} ´A acute{A} `A grave{A}
˜A tilde{A} ¯A bar{A} A vec{A} ˙A dot{A} ¨A ddot{A}
Outros operadores, constantes e símbolos
∂ partial nabla ∞ infty hbar
Im Re ℵ aleph ∠ angle
⊥ bot diamond ell ℘ wp
Operadores aritméticos
± pm mp × times ÷ div
∗ ast · cdot ◦ circ • bullet
⊗ otimes ⊕ oplus ominus odot
Uma lista mais completa de símbolos se encontra no Apêndice A.
28. Capítulo 5
Figuras
As figuras são inseridas no ambiente figure. As figuras podem ser tanto criadas via comandos
LATEX como importadas a partir de formatos como jpeg, png, ps, eps e pdf, por exemplo.
Nos três últimos casos geralmente as figuras terão melhor resolução. Neste curso vamos abordar
apenas a importação de imagens.
Uma sintaxe típica é a seguinte:
begin{figure}[posição]
centering
includegraphics[width=n]{nome.extensão}
end{figure}
As posições podem ser:
• h (here - aqui)
• t (top - topo)
• b (bottom - embaixo)
O tamanho da figura pode ser definida pelos comandos width (largura) ou height (al-
tura), que pode estar em valor absoluto ou relativo.
Exemplo 22
740 760 780 800 820
2
3
4
Intensidade(unid.arb.)
Comprimento de onda (nm)
Figura 5.1: Espectro de um laser de femtossegundos.
23
29. CAPÍTULO 5. FIGURAS Prof. Marco Polo Moreno de Souza
Em LATEX:
begin{figure}[h]
centering
includegraphics[width=0.65textwidth]{fig4.eps}
caption{Espectro de um laser de femtossegundos.}
end{figure}
Observe que a fig4, formato eps, deve estar na mesma pasta do arquivo LATEX, caso
contrário você deve informar o caminho da figura. Nesse exemplo, a largura da figura foi
informada como sendo 65% da largura do texto. centering significa centralizar, que pode
ser omitido. E a legenda é conseguida com o comando caption{}.
Uma vez que o ambiente figure é inserido no editor, o LATEX irá supostamente colocar a
figura no melhor lugar, primando pela estética do documento. Neste caso, ele pode ignorar
as posições definidas pelo usuário. Se este for o caso, há formas de forçar uma determinada
posição. A primeira maneira é colocar o símbolo ! antes da posição.
Exemplo 23
begin{figure}[!ht]
centering
includegraphics[width=0.50textwidth]{fig4.eps}
end{figure}
Se não funcionar, use o pacote float em conjunto com a posição H.
Exemplo 24
begin{figure}[H]
centering
includegraphics[width=0.50textwidth]{fig4.eps}
end{figure}
Mas observe que essa forma de forçar a posição das figuras pode comprometer a estrutura
do documento.
5.1 Figuras lado-a-lado
Figuras lado-a-lado podem ser obtidas com o ambiente minipage, que divide a largura do
texto em duas ou mais partes.
Exemplo 25
30. CAPÍTULO 5. FIGURAS Prof. Marco Polo Moreno de Souza
1
2
3
13Ω 23Ω
12γ
1
2
3
2γ
mω 'mω
Em LATEX:
begin{figure}
begin{minipage}{0.5linewidth}
centering
includegraphics[width=0.75linewidth]{fig6a.eps}
end{minipage}
begin{minipage}{0.5linewidth}
centering
includegraphics[width=0.75linewidth]{fig6b.eps}
end{minipage}
end{figure}
Nesse caso, a página foi dividida em duas partes, com 50% cada da largura total, com cada
figura ocupando 75% de cada parte.
5.2 Figuras dentro do texto
Figuras dentro do texto são muitas vezes bem elegantes. Para fazer isso use o ambiente
wrapfigure. É necessário o uso do pacote wrapfig.
Exemplo 26
1
2
3
13Ω 23Ω
A mecânica quântica é a teoria física que obtém sucesso no es-
tudo dos sistemas físicos cujas dimensões são próximas ou abaixo da
escala atômica, tais como moléculas, átomos, elétrons, prótons e de
outras partículas subatômicas, muito embora também possa descrever
fenômenos macroscópicos em diversos casos. A Mecânica Quântica
é um ramo fundamental da física com vasta aplicação. A teoria quân-
tica fornece descrições precisas para muitos fenômenos previamente
inexplicados tais como a radiação de corpo negro e as órbitas estáveis
do elétron. Apesar de na maioria dos casos a Mecânica Quântica ser relevante para descrever
sistemas microscópicos, os seus efeitos específicos não são somente perceptíveis em tal escala
(wikipédia).
Em LATEX:
31. CAPÍTULO 5. FIGURAS Prof. Marco Polo Moreno de Souza
begin{wrapfigure}[8]{r}{4cm}
includegraphics[width=linewidth]{fig6a.eps}
end{wrapfigure}
A mecânica quântica é a teoria física que obtém sucesso no estudo dos
sistemas físicos cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala
atômica, tais como moléculas, átomos, elétrons, prótons e de
outras partículas subatômicas, muito embora também possa descrever
fenômenos macroscópicos em diversos casos. A Mecânica Quântica é
um ramo fundamental da física com vasta aplicação. A teoria
quântica fornece descrições precisas para muitos fenômenos
previamente inexplicados tais como a radiação de corpo negro e as
órbitas estáveis do elétron. Apesar de na maioria dos casos a
Mecânica Quântica ser relevante para descrever sistemas
microscópicos, os seus efeitos específicos não são somente
perceptíveis em tal escala (wikipédia).
5.3 Fazendo figuras em eps
Figuras em formato eps podem possuir alta qualidade. Se você já tem a impressora CutePDF
instalada no computador (veja a seção 2.5), siga as seguintes etapas para fazer uma figura em
eps:
No Microsoft Word:
• Copie a figura ou gráfico e cole no Word.
• No Word, clique em Arquivo → Imprimir e selecione a impressora CutePDF
Writer e também o item Imprimir em Arquivo.
• Em propriedade de Impressora, clique em Avançado e nas Opções
de PostScript, no item Opções de saída PostScript, selecione
PostScript Encapisulado (EPS) e dê OK.
• Clique em Imprimir e, quando for salvar, selecione como tipo Todos os
Arquivos e coloque o nome do arquivo como nome.ps.
• Abra o arquivo ps gerado e clique em File e depois em PS to EPS. Clique em Yes e
salve no formato outro-nome.eps.
32. CAPÍTULO 5. FIGURAS Prof. Marco Polo Moreno de Souza
No OpenOffice:
• Copie a figura ou gráfico e cole no OpenOffice.
• No OpenOffice, clique em Arquivo → Imprimir. Na aba Geral selecione a
impressora CutePDF Writer e na aba Opções selecione o item Imprimir em
Arquivo.
• Na aba Geral, Em Propriedades, clique em Avançado e nas Opções
de PostScript, no item Opções de saída PostScript, selecione
PostScript Encapisulado (EPS) e dê OK.
• Clique em Imprimir em um arquivo... e, quando for salvar, selecione como
tipo Qualquer tipo e coloque o nome do arquivo como nome.ps.
• Abra o arquivo ps gerado e clique em File e depois em PS to EPS. Clique em Yes e
salve no formato outro-nome.eps.
34. Capítulo 6
Tabelas
Tabelas são feitas com os ambientes table e tabular. A sintaxe é
begin{tabular}{opções}
Linha 1 & xx & yy ...
Linha 2 & aa & bb ...
...
end{tabular}
Assim como no ambiente array, o símbolo é usado para separar linhas e & para separar
colunas. As opções se referem ao alinhamento dos elementos das colunas, e podem ser
• r, para alinhamento à direita.
• l, para alinhamento à esquerda.
• c, para centralizado.
Exemplo 27
02 Arroz R$ 6,00
06 Batata R$ 7,00
08 Limão R$ 4,50
Em LATEX:
begin{tabular}{lll}
02 & Arroz & R$ 6,00
06 & Batata & R$ 7,00
08 & Limão & R$ 4,50
end{tabular}
Para tabelas com linhas, é necessário o uso dos comandos hline (linha horizontal) e |
(linha vertical). E para uma tabela centralizada, use o ambiente center.
Exemplo 28
sin x cos x tan x
sec x csc x cot x
arcsin x arccos x arctan x
sinh x cosh x tanh x
29
35. CAPÍTULO 6. TABELAS Prof. Marco Polo Moreno de Souza
Em LATEX:
begin{center}
begin{tabular}{|c|c|c|}
hline
$sin{x}$ & $cos{x}$ & $tan{x}$
hline
$sec{x}$ & $csc{x}$ & $cot{x}$
hline
$arcsin{x}$ & $arccos{x}$ & $arctan{x}$
hline
$sinh{x}$ & $cosh{x}$ & $tanh{x}$
hline
end{tabular}
end{center}
6.1 Mesclando linhas e colunas
A mesclagem de colunas ou linhas é feita com os comandos multicolumn ou multirow.
Este último não está no pacote básico do MiKTEX, sendo necessário o uso do pacote
multirow. Dessa forma, insira no preâmbulo a seguinte linha de comando:
usepackage{multirow}
Sintaxe dos comandos:
multicolumn{num}{formato}{texto}
multirow{num}{opções}{texto}
num indica o número de linhas ou colunas que desejamos mesclar.
Exemplo 29
Disciplinas
Nome Sala Dias Horário
Mecânica Quântica I A1 quartas e sextas 14:00
Mecânica Estatística I A2 segundas e quintas 16:00
Dinâmica Não Linear B terças e quintas 14:00
Em LATEX:
begin{center}
begin{tabular}{|l|c|l|c|}
hline
multicolumn{4}{|c|}{Disciplinas}
hline
Nome & Sala & Dias & Horário
hlinehline
Mecânica Quântica I & A1 & quartas e sextas & 14:00
hline
36. CAPÍTULO 6. TABELAS Prof. Marco Polo Moreno de Souza
Mecânica Estatística I & A2 & segundas e quintas & 16:00
hline
Dinâmica Não Linear & B & terças e quintas & 14:00
hline
end{tabular}
end{center}
Para transformar a tabela em um elemento flutuante, use também o ambiente table. Dessa
forma a tabela aceita uma legenda com o comando caption{}.
Exemplo 30
Disciplinas Optativas
Nome Sala Dias Horário
Seminários Avançados
C1 segunda-feira 08:00
em Física
Laboratório de Física
C1 quarta-feira 08:00
Moderna
Análise D2 terças e quintas 14:00
Geometria Diferencial D2 quartas e sextas 16:00
Tabela 6.1: Lista de disciplinas optativas.
Em LATEX:
begin{table}[!h]
begin{center}
begin{tabular}{|l||c|l|c|}
hline
multicolumn{4}{|c|}{Disciplinas Optativas}
hline
Nome & Sala & Dias & Horário
hline
Seminários Avançados & multirow{2}{*}{C1} & multirow{2}{*}{
segunda-feira} & multirow{2}{*}{08:00}
em Física & & &
hline
Laboratório de Física & multirow{2}{*}{C1} & multirow{2}{*}{
quarta-feira} & multirow{2}{*}{08:00}
Moderna & & &
hline
Análise & D2 & terças e quintas & 14:00
hline
Geometria Diferencial & D2 & quartas e sextas & 16:00
hline
end{tabular}
caption{Lista de disciplinas optativas.}
end{center}
end{table}
37. CAPÍTULO 6. TABELAS Prof. Marco Polo Moreno de Souza
6.2 Fixando as larguras das colunas
Normalmente as larguras das tabelas se adaptam ao tamanho do texto dentro das células. Se for
necessário uma largura fixa, use a opção p{medida}.
Exemplo 31
sin x cos x tan x
sec x csc x cot x
arcsin x arccos x arctan x
sinh x cosh x tanh x
Em LATEX:
begin{center}
begin{tabular}{|p{3cm}|p{3cm}|p{3cm}|}
hline
$sin{x}$ & $cos{x}$ & $tan{x}$
hline
$sec{x}$ & $csc{x}$ & $cot{x}$
hline
$arcsin{x}$ & $arccos{x}$ & $arctan{x}$
hline
$sinh{x}$ & $cosh{x}$ & $tanh{x}$
hline
end{tabular}
end{center}
6.3 Tamanho da fonte nas tabelas
Muitas vezes desejamos diminuir o tamanho da fonte para que mais informações caibam nas
células. Nesse caso, use um comando de tamanhos de fontes dentro do ambiente table.
Exemplo 32
Disciplinas Optativas
Nome Sala Dias Horário
Seminários Avançados
C1 segunda-feira 08:00
em Física
Laboratório de Física
C1 quarta-feira 08:00
Moderna
Análise D2 terças e quintas 14:00
Geometria Diferencial D2 quartas e sextas 16:00
Tabela 6.2: Lista de disciplinas optativas.
Em LATEX:
38. CAPÍTULO 6. TABELAS Prof. Marco Polo Moreno de Souza
begin{table}[!h]
scriptsize
begin{center}
begin{tabular}{|l||c|l|c|}
hline
multicolumn{4}{|c|}{Disciplinas Optativas}
hline
Nome & Sala & Dias & Horário
hline
Seminários Avançados & multirow{2}{*}{C1} & multirow{2}{*}{
segunda-feira} & multirow{2}{*}{08:00}
em Física & & &
hline
Laboratório de Física & multirow{2}{*}{C1} & multirow{2}{*}{
quarta-feira} & multirow{2}{*}{08:00}
Moderna & & &
hline
Análise & D2 & terças e quintas & 14:00
hline
Geometria Diferencial & D2 & quartas e sextas & 16:00
hline
end{tabular}
caption{Lista de disciplinas optativas.}
end{center}
end{table}
6.4 Construindo tabelas com softwares
Alguns softwares podem auxiliar na construção de tabelas grandes e complicadas. Dentre eles
podemos citar o Tables Generator (http://www.tablesgenerator.com/), que gera
online o código de uma tabela.
39. Capítulo 7
Bibliografia
Referências bibliográficas podem ser inseridas de duas formas. Através do ambiente
thebibliography (método mais fácil) ou através do BibTEX.
7.1 Ambiente thebibliography
Nesse caso, cada item da bibliografia é definido pelo comando bibitem{}, que deve estar
dentro do ambiente thebibliography. Para citar um item da bibliografia, use o comando
cite{}.
Exemplo 33
A referência [5] é um bom texto para aprender LATEX.
Em LATEX:
A referência cite{Santos} é um bom texto para aprender {LaTeX}.
Lembrando que o item “Santos” deve constar na bibliografia, da seguinte forma:
begin{thebibliography}{9}
bibitem {Santos} Reginaldo J. Santos, textbf{Introdução ao LaTeX}
(2012). Disponível em url{http://www.mat.ufmg.br/~regi/topicos/
intlat.pdf}.
end{thebibliography}
Para que as citações apareçam adequadamente no texto, é necessário compilar duas vazes
o arquivo tex. Se for compilado apenas uma vez, aparecerá uma interrogação no lugar nos
números das referências, da seguinte forma: [?].
Note que o ambiente thebibliography usa colchetes com números para fazer a citação
de uma referência. Embora seja mais ou menos padrão em ciências exatas, em outras áreas
as vezes é preferível citação do tipo autor-data: (AUTOR, ano). Mudar o estilo das citação é
possível apenas com o BibTEX, detalhado abaixo.
7.2 BibTEX
O BibTEXé uma ferramenta para formatação de referências em textos acadêmicos, em particular
naqueles com um grande número de referências. Em textos com poucas referências é mais
34
40. CAPÍTULO 7. BIBLIOGRAFIA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
prático inserir as referências manualmente com o ambiente thebibliography [3].
7.2.1 Exemplo de um documento simples com referências em BibTEX
documentclass{article}
usepackage[brazilian]{babel}
usepackage[latin1]{inputenc}
begin{document}
O Nome da Rosa cite{umberto-eco} é um excelente livro. A primeira
detecção das ondas gravitacionais foi publicada no textit{
Physical Review Letters} cite{Abbort}.
bibliographystyle{plain}
bibliography{refs}
end{document}
Note que:
• O comando bibliographystyle indica o estilo escolhido, que nesse exemplo foi o
plain. Esse estilo é definido pelo arquivo bst (veja a Seção 7.2.3).
• O comando bibliography indica o nome do arquivo que contém a base de dados
das referências. Nesse exemplo, esse arquivo possui o nome refs.bib (veja a Seção
7.2.2).
7.2.2 Arquivos bib
Com o BibTEX as referências são inseridas em um arquivo à parte, que deve ter a extensão
bib. Este é um arquivo de base de dados bibliográficas. Esses arquivos podem ser criados no
TEXnicCenter ou mesmo no aplicativo Bloco de Notas do Windows.
Uma vantagem do BibTEX é minimizar erros de formatação das referências. Enquanto que
o ambiente thebibliography numera automaticamente as referências, com a opção de
colocar links internos nas citações, o BibTEXvai além, formatando também as referências. Para
isso, as entradas bibliográficas devem ser inseridas em campos específicos, que pode depender
do tipo de referência (livro, jornal, site, etc). Os arquivos de estilo (ver próxima subseção) é que
definem como esses campos aparecem nas referências.
Por exemplo, se uma determinada referência for um livro, a forma correta de preencher os
campos é
@BOOK{umberto-eco,
author = "Umberto Eco",
title = "O Nome da Rosa",
publisher = "Fabbri - Bompiani",
address = "Itália",
year = 1980,
}
41. CAPÍTULO 7. BIBLIOGRAFIA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
O nome depois do símbolo @ é o tipo de entrada bibliográfica. Alguns tipos:
• BOOK, para livros;
• ARTICLE, para artigos científicos
• PROCEEDINGS, para artigos em congressos;
• MASTERSTHESIS, para dissertações de mestrado;
• PHDTHESIS, para teses de doutorado;
• UNPUBLISHED, para manuscritos (artigos não publicados, ex: ArXiV);
• MANUAL, para relatórios técnicos;
• MISC, para uma categoria diferentes das citadas acima.
O nome depois do símbolo { é o título da entrada, que é usado para citar a referência. No
exemplo acima, teríamos que escrever cite{umberto-eco}. Os itens restantes são os
campos que devem ser preenchidos com os dados da bibliografia.
Para criar um arquivo bib, proceda da seguinte forma:
1. Abra o TEXnicCenter e clique em New → File...
2. Digite as referências (veja, por exemplo, o código acima) e clique em salvar.
3. No campo Save as type, selecione All Files (*.*) e salve no formato
nome-do-arquivo.bib.
7.2.3 Arquivos bst
O estilo das referências e a forma de citação são controlados pelo arquivo de estilo bibliográfico,
que tem a extensão bst. Veja a seguir alguns exemplos de estilos para as entradas abaixo:
@BOOK{umberto-eco,
author = "Umberto Eco",
title = "O Nome da Rosa",
publisher = "Fabbri - Bompiani",
address = "It{’{a}}lia",
year = 1980,
}
@ARTICLE{Abbort,
author = "B. P. Abbort et al",
title = "Observation of Gravitational Waves from a Binary Black Hole
Merger",
journal = "Phys. Rev. Lett.",
pages = "061102",
volume = 116,
year = 2016,
}
42. CAPÍTULO 7. BIBLIOGRAFIA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
com o seguinte texto contendo as citações:
O Nome da Rosa cite{umberto-eco} é um excelente livro. A primeira
detecção das ondas gravitacionais foi publicada no textit{
Physical Review Letters} cite{Abbort}.
• Estilo plain: citação numérica.
• Estilo authordate4: citação no formato autor-data.
• Estilo amsalpha: citação com abreviaturas.
• Estilo abntex2-num: citação numérica de acordo com as normas da ABNT (necessário
baixar o arquivo abntex2-alf.bst, disponível em
http://ctan.mackichan.com/macros/latex/contrib/abntex2/tex/
abntex2-num.bst).
43. CAPÍTULO 7. BIBLIOGRAFIA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
• Estilo abntex2-alf: citação alfabética de acordo com as normas da ABNT (necessá-
rio baixar o arquivo abntex2-alf.bst, disponível em
http://ctan.mackichan.com/macros/latex/contrib/abntex2/tex/
abntex2-alf.bst).
Outros estilos podem ser encontrados no site http://www.cs.stir.ac.uk/~kjt/
software/latex/showbst.html.
7.2.4 Campos
Os campos a serem preenchidos variam conforme o tipo de referência.
• BOOK:
– Campos obrigatórios: author (ou editor), title, publisher e year.
– Campos opcionais: edition, series, volume, number, address, month,
language e note.
• ARTICLE:
– Campos obrigatórios: author, title, journal, year e pages.
– Campos opcionais: volume, number, language e note.
• MASTERSTHESIS ou PHDTHESIS:
– Campos obrigatórios: author, title, school e year.
44. CAPÍTULO 7. BIBLIOGRAFIA Prof. Marco Polo Moreno de Souza
– Campos opcionais: type, address, month, pages e note.
• UNPUBLISHED:
– Campos obrigatórios: author, title e note.
– Campos opcionais: month e year.
• PROCEEDINGS:
– Campos obrigatórios: title e year.
– Campos opcionais: editor, series, volume, number, address,
publisher, organization, month e note.
45. Capítulo 8
Documentos LATEX
8.1 Artigos
Há várias formas de escrever artigos no LATEX, como por exemplo:
• Através das classes padrão article (artigo básico) e amsart (artigo matemático).
• Através de classes de periódicos específicos.
8.1.1 Classe article
A estrutura da classe article fica como mostra as linhas de comando abaixo:
documentclass[opções]{article}
usepackage{pacote1}
usepackage{pacote2}
begin{document}
title{Título}
author{Autorthanks{agradecimentos}
Universidade, País}
date{data}
maketitle
begin{abstract}
Resumo do artigo
end{abstract}
section{Introdução}
section{Outra seção}
subsection{Uma subseção}
subsubsection{Uma seção dentro de uma subseção}
40
46. CAPÍTULO 8. DOCUMENTOS LATEX Prof. Marco Polo Moreno de Souza
begin{thebibliography}{9}
bibitem{Ref1} Autores, textit{Título da obra}, etc...
bibitem{Ref2} Autores, textit{Título da obra}, etc...
end{thebibliography}
appendix
section{Título do apêndice}
end{document}
Algumas opções da classe article são:
• Tamanho da fonte do texto (exceto seções, títulos, etc): 10pt (padrão), 11pt, 12pt, etc.
• Tipo de papel: letterpaper (papel carta, padrão), a4paper, a5paper,
legalpaper, executivepaper
• Orientação: portrait (retrato, padrão), landscape (paisagem)
• Qualidade: final (padrão), draft (rascunho)
• Título na página: notitlepage, titlepage (padrão)
• Colunas: onecolumn (padrão), twocolumn
Assim, se quisermos um artigo com fonte padrão tamanho 12, duas colunas e papel A4,
devemos escrever
documentclass[12pt,twocolumn,a4paper]{article}
Na parte dos pacotes, não devemos esquecer dos mais básicos:
• amsmath,amsmath e amsfonts para símbolos e equações matemáticas
• babel e inputenc para hifenização e idioma
• graphicx para figuras
Assim, para um artigo em português do Brasil, poderíamos começar da seguinte forma:
usepackage[brazilian]{babel}
usepackage[latin1]{inputenc}
usepackage{graphicx}
usepackage{amsmath,amsmath,amsfonts}
A classe article, como qualquer outra, define o tamanho das fontes, as margens, a nu-
meração das seções, etc. Mas modificações são possíveis e podem ser feitas com macros.
• Alterando o tamanho da fonte das seções:
47. CAPÍTULO 8. DOCUMENTOS LATEX Prof. Marco Polo Moreno de Souza
Coloque os comandos abaixo no preâmbulo:
usepackage{sectsty}
sectionfont{fontsize{12}{0}selectfont}
Nesse caso o tamanho foi alterado para 12.
• Alterando o nome do resumo:
O LATEX automaticamente nomeia o resumo como abstract, ou resumo no caso do uso do
pacote babel com a opção brazilian. Se quisermos alterar o nome, ou mesmo excluí-lo,
precisamos inserir no preâmbulo a seguinte linha de comando:
AtBeginDocument{renewcommand{abstractname}{novo nome}}
• Deixando uma seção não numerada:
Alguns periódicos omitem a numeração da seção “Introdução”. Da mesma forma, a seção
“Agradecimentos” quase nunca é numerada. Um asterisco após o comando section resolve
essa questão, como mostrado abaixo:
section*{Introdução}
• Inserindo cabeçalho:
Para inserir um cabeçalho digite no preâmbulo as linhas de comando abaixo:
usepackage{fancyhdr}
renewcommand{headrulewidth}{0pt}
pagestyle{fancy}
fancyhead[L]{texto alinhado à esquerda}
fancyhead[R]{texto alinhado à direita}
• Inserindo nota de rodapé:
Para trabalhar com notas de rodapé use o comando footnote.
Exemplo 34
Em LATEX:
A soma dos ângulos internos de um triângulo vale 180 graus. footnote
{No espaço plano.}
48. CAPÍTULO 8. DOCUMENTOS LATEX Prof. Marco Polo Moreno de Souza
8.1.2 Artigo a partir de um template
Boa parte das revistas disponibiliza em seu site um template para a elaboração do artigo, que
provavelmente usa uma classe específica.
Exemplo 35
As revistas da American Physical Society usam a classe REVTEX:
documentclass[aps,prl,preprint]{revtex4-1}
O template completo fica da seguinte forma:
documentclass[aps,prl,preprint]{revtex4-1}
begin{document}
title{}
author{}
affiliation{}
date{today}
begin{abstract}
% insert abstract here
end{abstract}
pacs{}
maketitle
section{}
subsection{}
subsubsection{}
begin{figure}
includegraphics{}
caption{label{}}
end{figure}
begin{table}
caption{label{}}
begin{ruledtabular}
begin{tabular}{}
%Lines of table here ending with
end{tabular}
end{ruledtabular}
end{table}
appendix
section{}
49. CAPÍTULO 8. DOCUMENTOS LATEX Prof. Marco Polo Moreno de Souza
begin{acknowledgments}
% put your acknowledgments here.
end{acknowledgments}
% Create the reference section using BibTeX:
bibliography{basename of .bib file}
end{document}
Veja no Apêndice C um template completo de um artigo (Revista Journal of the Optical
Society of America B) com o pdf gerado.
8.2 Monografias, teses e dissertações
8.2.1 A classe ufpethesis
Essa classe, disponível em http://www.cin.ufpe.br/~paguso/ufpethesis/, é
uma das melhores e mais práticas para a escrita de monografias, teses e dissertações. Ela é
bem configurável e se adapta bem a estudantes de outras instituições. Para usá-la, basta baixar a
classe, mudar o logotipo (se não for estudante da UFPE), que está em ufpelogo.eps e abrir
o arquivo template.tex. Veja abaixo o template completo:
documentclass[opções]{ufpethesis}
%% bsc - para monografias de graduação
%% msc - para dissertações de mestrado (padrão)
%% qual - exame de qualificação doutorado
%% prop - proposta de tese doutorado
%% phd - para teses de doutorado
university{<NOME DA UNIVERSIDADE>}
address{<CIDADE DA IES>}
institute{<NOME DO INSTITUTO OU CENTRO ACADÊMICO>}
department{<NOME DO DEPARTAMENTO>}
program{<NOME DO PROGRAMA>}
majorfield{<NOME DA ÁREA DE TITULAÇÃO>}
title{<TÍTULO DA OBRA>}
date{<DATA DA DEFESA>}
author{<NOME DO AUTOR>}
adviser{<NOME DO(DA) ORIENTADOR(A)>}
coadviser{NOME DO(DA) CO-ORIENTADOR(A)}
begin{document}
frontmatter
frontpage
presentationpage
begin{dedicatory}
<DIGITE A DEDICATÓRIA AQUI>
50. CAPÍTULO 8. DOCUMENTOS LATEX Prof. Marco Polo Moreno de Souza
end{dedicatory}
acknowledgements
<DIGITE OS AGRADECIMENTOS AQUI>
begin{epigraph}[<NOTA>]{<AUTOR>}
<DIGITE AQUI A CITAÇÂO>
end{epigraph}
resumo
<DIGITE O RESUMO AQUI>
begin{keywords}
<DIGITE AS PALAVRAS-CHAVE AQUI>
end{keywords}
abstract
begin{keywords}
<DIGITE AS PALAVRAS-CHAVE AQUI>
end{keywords}
tableofcontents %Sumário
listoffigures
listoftables
mainmatter
include{capitulo1}
include{capitulo2}
include{capitulo3}
backmatter
appendix
include{apendice1}
include{apendice2}
nocite{*}
bibliographystyle{alpha}
bibliography{biblio}
colophon
end{document}
Perceba que todos os elementos do trabalho estão inclusos no código acima: capa, con-
tracapa, índice, resumo, ... Basta digitar nos campos apropriados. Os capítulos são incluí-
dos em arquivos à parte. Para fazer isso, abra o TEXnicCenter, clique em File → New →
File... e digite o capítulo nesse arquivo, começando com o comando chapter{}. Salve
51. CAPÍTULO 8. DOCUMENTOS LATEX Prof. Marco Polo Moreno de Souza
(mas não compile) com o nome capitulo1.tex. Faça igual para os outros capítulos e
apêndices. As referências podem ser introduzidas via BibTEXou manualmente com o ambiente
thebibliography, que deve ficar dentro do arquivo template.tex. O único arquivo
que precisa ser compilado é o template.tex, que junta todos os capítulos e apêndices atra-
vés do comando include{}.
8.2.2 A classe abnTEX
A abnTEX, carinhosamente conhecida como ABsurd Norms for TEX [8], é uma suíte (conjunto
de classe e pacotes) cujos documentos obedecem aos requisitos da ABNT (Associação Bra-
sileira de Normas Técnicas). É uma suíte útil se o usuário necessita de um documento obri-
gatoriamente baseado nas regras da ABNT, porém o pdf gerado não é elegante (devido a estar
restrito às regras da ABNT). Atualmente está na versão abnTEX2 e é capaz de gerar os seguintes
documentos técnicos:
• Artigos científicos (ABNT NBR 6022:2003).
• Teses, dissertações e monografias (ABNT NBR 14724:2011).
• Projeto de pesquisa (ABNT NBR 15287:2011).
• Relatório técnico/científico (ABNT NBR 10719:2011).
• Livro e Folheto (ABNT NBR 6029:2006).
Abordaremos aqui apenas a aplicação da suite abnTEXna criação de trabalhos acadêmicos
(teses, dissertações e monografias). O seu uso é bastante simples. Basta baixar o arquivo
disponível em https://github.com/abntex/abntex2/wiki/Download, descom-
pactar o arquivo zipado e escolher o template abntex2-modelo-trabalho-academico.
Abaixo é possível ver, de forma resumida, o código-fonte desse template (de forma ilustrativa;
não tente compilá-lo. Ao invés, use o template baixado.):
documentclass[opções]{abntex2}
usepackage{lmodern} % Pacotes...
renewcommand{backrefpagesname}{Citado na(s) página(s):~} %Alguns
macros
titulo{Modelo Canônico de Trabalho Acadêmico com abnTeX}
autor{Equipe abnTeX}
local{Brasil}
data{2015, v-1.9.5}
orientador{Lauro César Araujo}
coorientador{Equipe abnTeX}
instituicao{Universidade do Brasil -- UBr}
tipotrabalho{Tese (Doutorado)}
preambulo{Modelo canônico de trabalho monográfico acadêmico em
conformidade com
52. CAPÍTULO 8. DOCUMENTOS LATEX Prof. Marco Polo Moreno de Souza
as normas ABNT apresentado à comunidade de usuários LaTeX.}
makeatletter
hypersetup{opções}
makeatother
setlength{parindent}{1.3cm} %Tamanho do parágrafo
setlength{parskip}{0.2cm} % Espaçamento entre um parágrafo e outro:
makeindex %Índice
begin{document}
selectlanguage{brazil}
frenchspacing % Retira espaço extra obsoleto entre as frases.
imprimircapa
imprimirfolhaderosto*
% begin{fichacatalografica}
% includepdf{fig_ficha_catalografica.pdf}
% end{fichacatalografica}
% includepdf{folhadeaprovacao_final.pdf}
begin{dedicatoria}
vspace*{fill}
centering
noindent
textit{ Texto ...} vspace*{fill}
end{dedicatoria}
begin{agradecimentos}
Texto do agradecimento...
end{agradecimentos}
begin{epigrafe}
vspace*{fill}
begin{ f l u s h r i g h t }
textit{Texto da epígrafe}
end{ f l u s h r i g h t }
end{epigrafe}
setlength{absparsep}{18pt} % ajusta o espaçamento dos parágrafos do
resumo
begin{resumo}
Resumo em português.
53. CAPÍTULO 8. DOCUMENTOS LATEX Prof. Marco Polo Moreno de Souza
end{resumo}
begin{resumo}[Abstract]
begin{otherlanguage*}{english}
English abstract.
end{otherlanguage*}
end{resumo}
begin{resumo}[Résumé]
begin{otherlanguage*}{french}
Résumé en français.
end{otherlanguage*}
end{resumo}
begin{resumo}[Resumen]
begin{otherlanguage*}{spanish}
Resumen en español.
end{otherlanguage*}
end{resumo}
pdfbookmark[0]{listfigurename}{lof}
listoffigures*
cleardoublepage
pdfbookmark[0]{listtablename}{lot}
listoftables*
cleardoublepage
begin{ s i g l a s }
item[ABNT] Associação Brasileira de Normas Técnicas
item[abnTeX] ABsurdas Normas para TeX
end{ s i g l a s }
begin{simbolos}
item[$ Gamma $] Letra grega Gama
item[$ Lambda $] Lambda
item[$ zeta $] Letra grega minúscula zeta
item[$ in $] Pertence
end{simbolos}
pdfbookmark[0]{contentsname}{toc}
tableofcontents*
cleardoublepage
textual
chapter*[Introdução]{Introdução}
addcontentsline{toc}{chapter}{Introdução}
Texto do capítulo...
54. CAPÍTULO 8. DOCUMENTOS LATEX Prof. Marco Polo Moreno de Souza
part{Uma parte}
include{abntex2-modelo-include-comandos}
part{Outra parte}
chapter{Outro capítulo}
section{Uma seção}
postextual
bibliography{abntex2-modelo-references}
begin{apendicesenv}
partapendices
chapter{Capítulo do apêndice}
end{apendicesenv}
begin{anexosenv}
partanexos
chapter{Capítulo do anexo}
end{anexosenv}
%phantompart %Índice remissivo
%printindex
end{document}
Da mesma forma que na classe ufpethesis, basta digitar nos campos apropriados. Per-
ceba que o documento obedece a seguinte hierarquia: partes → capítulos → seções → subse-
ções. Para um documento sem partes, isto é, apenas com capítulos, basta remover o comando
part{}. Observe também que algumas coisas podem ser personalizadas, como o espaça-
mento entre parágrafos e linhas.
8.3 Livros
Livros em LATEX são feitos de forma bem semelhante à criação de monografias, teses e disser-
tações. Dependendo do template, os livros podem ser divididos em partes, capítulos, seções e
subseções. Templates para livros podem ser baixados nos sites abaixo:
• https://www.overleaf.com/gallery/tagged/book
• http://www.latextemplates.com/cat/books
• https://pt.sharelatex.com/templates/books
• http://www.abntex.net.br/
55. Capítulo 9
Slides
Existem várias classes para trabalhar com slides em LATEX. Temos, por exemplo, as classes
• slides
• beamer
9.1 A classe slides
A estrutura básica de uma apresentação usando a classe slides é a seguinte:
documentclass[titlepage,leqno]{slides}%
usepackage{amsmath,amsmath,amssymb,graphicx}%
begin{document}
title{Título}
author{Autores}
date{Data}
maketitle
begin{ s l i d e }{1}
%Texto do 1o slide
end{ s l i d e }
begin{ s l i d e }{2}
%Texto do 2o slide
end{ s l i d e }
end{document}
Cada slide da apresentação é criado com o ambiente slide.
9.2 A classe beamer
A estrutura de uma apresentação com a classe beamer segue o formato abaixo:
50
56. CAPÍTULO 9. SLIDES Prof. Marco Polo Moreno de Souza
documentclass{beamer}
usepackage[brazilian]{babel}
usepackage[latin1]{inputenc}
usepackage{lipsum}
%Pacote para gerar texto aleatório
begin{document}
title{Apresentação de slides}
author{Marco P. M. de SouzaUNIR}
maketitle
begin{frame}
tableofcontents
end{frame}
section{Título da Seção 1}
subsection{Título do Slide 1}
begin{frame}{Título do Slide 1}
lipsum[1]
end{frame}
section{Título da Seção 2}
begin{frame}{Título do Slide 2}
begin{block}{Texto ...}
lipsum[66]
end{block}
begin{block}{Texto ...}
lipsum[75]
end{block}
end{frame}
end{document}
O uso dos ambientes básicos está detalhado abaixo.
9.2.1 Ambiente frame
O ambiente frame é usado para criar slides. Cada slide é delimitado por begin{frame} e
end{frame}, conforme o modelo abaixo:
57. CAPÍTULO 9. SLIDES Prof. Marco Polo Moreno de Souza
begin{frame}{Título do s l i d e }
%Conteúdo do slide
end{frame}
9.2.2 Ambiente block
O ambiente block é usado para criar blocos de informações no slide, de forma a deixá-lo mais
organizado.
Exemplo 36
Em LATEX:
begin{block}{Onda gravitacional}
Onda gravitacional é a onda que transmite energia por meio de
deformações no tecido do espaço-tempo, ou seja, perturbando o
campo gravitacional.
end{block}
begin{block}{Onda eletromagnética}
A radiação eletromagnética é uma oscilação em fase dos campos
elétricos e magnéticos, que, autossustentando-se, encontram-se
desacoplados das cargas elétricas que lhe deram origem.
end{block}
9.2.3 Ambiente columns
Para dividir o slide em várias colunas usamos o ambiente columns.
58. CAPÍTULO 9. SLIDES Prof. Marco Polo Moreno de Souza
Exemplo 37
Em LATEX:
begin{columns}
begin{column}{0.4linewidth}
Pente de frequência é uma técnica para medição de precisão de
frequências acima de $10^{15}$ Hz de radiações
eletromagnéticas, tal como a luz, inventada em 1998 por
Theodor W. Hänsch e seus colaboradores do Instituto Max
Planck.
end{column}
begin{column}{0.4linewidth}
O condensado de Bose-Einstein é uma fase da matéria formada
por bósons a uma temperatura muito próxima do zero
absoluto. Nestas condições, uma grande fracção de átomos
atinge o mais baixo estado quântico.
end{column}
end{columns}
9.2.4 Fonte do texto
Uma fonte mais elegante pode ser usada com a inserção da linha de comando abaixo no preâm-
bulo:
usefonttheme{serif}
59. CAPÍTULO 9. SLIDES Prof. Marco Polo Moreno de Souza
9.2.5 Efeitos
Alguns efeitos em slides são conseguidos com os comandos abaixo:
• only
• onslide
• transdissolve
• transsplitverticalout
• transblindshorizontal
O comando only é usado para que componentes apareçam no slide quando digitamos a
tecla enter, as teclas direcionais ou os botões no mouse. Sua sintaxe é
only<ordem>{componente}
No campo ordem devemos colocar um número que vai indicar a ordem em que o componente
vai aparecer. O componente pode ser um texto, uma figura, uma tabela, etc.
Exemplo 38
Figura 9.1: Sequência de 4 slides ilustrando o uso do comando only.
Em LATEX:
60. CAPÍTULO 9. SLIDES Prof. Marco Polo Moreno de Souza
begin{block}{Vantagens do {LaTeX}:}
only<1->{Gratuito e livre. Há milhares de pacotes disponíveis na
rede.}
only<2->{Alta qualidade tipográfica.}
only<3>{Separação entre conteúdo e estilo.}
only<4->{alert{Separação entre conteúdo e estilo.}}
end{block}
Observação: Neste exemplo foi usado o tema CambridgeUS, disponível em
http://deic.uab.es.
Quando colocamos a ordem como <2-> significa que o componente vai aparecer a partir
da segunda vez que o enter for teclado. Porém, quando inserirmos <3>, significa que o com-
ponente vai aparecer quando o enter for teclado pela terceira vez e desaparecer após a quarta
teclada. Isto é, o símbolo - mantém o componente após ele aparecer.
Uma alternativa do comando only é o comando onslide, que possui a mesma sintaxe.
A diferença é que, com este último, conforme os componentes vão aparecendo, eles perma-
necem fixos na mesma posição, ao passo que o comando only pode mudar a posição dos
componentes.
Os comandos transdissolve, transsplitverticalout e
transblindshorizontal são usados para efeitos de transição entre slides. Esses
comandos deve ser inseridos dentro do ambiente frame e funcionam apenas em tela cheia
(Ctrl + L no pdf aberto).
9.2.6 Inserindo um sumário da apresentação
Um sumário para a apresentação é conseguido usando o comando tableofcontents.
Como o sumário deve ocupar um slide, então é interessante inserir as linhas de comando abaixo:
begin{frame}{Sumário}
tableofcontents
end{frame}
No sumário não aparecerá os títulos dos slides, e sim os títulos das seções e subseções.
9.2.7 Inserindo vídeos na apresentação
Umas das formas de inserir vídeos em uma apresentação é através do pacote multimedia
em conjunto com o comando movie. Essa opção nem sempre funciona, visto que depende
de o visualizador pdf ter ou não certo codecs para exibição de vídeos. Uma alternativa que
sempre funciona em leitores Adobe Reader 9 ou superior (ou qualquer leitor que tenha o Adobe
Flash player incluso) é através do pacote e do comando flashmovie em conjunto com o
comando pdfminorversion, mas essa opção só vale para vídeos no formato swf. Assim,
são necessários os seguintes passos:
• Inserir o comando pdfminorversion antes de documentclass{beamer}.
• Converter o vídeo para o formato swf. Há vários conversores; um interessante é o Any
Video Converter: http://www.any-video-converter.com.
61. CAPÍTULO 9. SLIDES Prof. Marco Polo Moreno de Souza
• Inserir o comando flashmovie[width=yyypx]{nome-do-video.swf}.
Diferentemente da primeira alternativa, com esse forma o vídeo não precisa estar junto do
arquivo pdf da apresentação.
Exemplo 39
Em LATEX:
pdfminorversion=7
documentclass{beamer}
%ou documentclass{outraclasse}
usepackage{flashmovie}
...
begin{center}
flashmovie[width=450px,height=220px]{video.swf}
end{center}
O vídeo deve estar nas mesma pasta em que o pdf será gerado. Observe que muitos vídeos
poderão deixar o arquivo pdf lento. E observe também que se você não estiver vendo o vídeo
acima, é porque seu leitor de pdf não tem os codecs necessários para tal.
9.3 Slides a partir de templates
O uso de templates na criação de apresentações é geralmente a opção mais prática. Uma fonte
com belos templates pode ser encontrado no site http://deic.uab.es/~iblanes/
beamer_gallery/.
62. Capítulo 10
Posters
Há várias formas de fazer poster em LATEX, como por exemplo:
• Através da classe beamer em conjunto com o pacote beamerposter;
• Atraves da classe a0poster;
• Através de outras classes e de templates disponíveis da internet.
10.1 O pacote beamerposter
O pacote beamerposter [6] é uma excelente ferramenta para criação de posters nos tama-
nhos A0 a A4. Ele é uma extensão da classes beamer e a0poster. Para trabalhar com esse
pacote, devemos começar com
documentclass{beamer}
usepackage[orientation=portrait, size=a0, scale=1.4]{beamerposter}
begin{document}
Texto ...
end{document}
Configurações básicas:
• orientation: pode ser portrait (formato retrato) ou lansdcape (formato pai-
sagem).
• size: a0, a1, a2, a3 ou a4.
• scale serve para mudar o tamanho da fonte padrão.
Os “blocos” que formam os posters podem ser feitos com o ambiente minipage. Nas
próximas páginas temos um exemplo (bastante simples) de um poster e seu código-fonte.
57
63. Um T´ıtulo longo at´e demais para um Poster
Marco P. M. de Souza
Departamento de F´ısica, Universidade Federal de Rondˆonia
Introdu¸c˜ao
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Ut purus elit,
vestibulum ut, placerat ac, adipiscing vitae, felis. Curabitur dictum gra-
vida mauris. Nam arcu libero, nonummy eget, consectetuer id, vulputate
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tristique senectus et netus et malesuada fames ac turpis egestas. Mauris
ut leo. Cras viverra metus rhoncus sem. Nulla et lectus vestibulum urna
fringilla ultrices. Phasellus eu tellus sit amet tortor gravida placerat. Integer
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Objetivos
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et, tellus. Donec aliquet, tortor sed accumsan bibendum, erat ligula aliquet
magna, vitae ornare odio metus a mi. Morbi ac orci et nisl hendrerit mollis.
Suspendisse ut massa. Cras nec ante. Pellentesque a nulla. Cum sociis
natoque penatibus et magnis dis parturient montes, nascetur ridiculus mus.
Aliquam tincidunt urna. Nulla ullamcorper vestibulum turpis. Pellentesque
cursus luctus mauris.
T´ıtulo do bloco 3
Nulla malesuada porttitor diam. Donec felis erat, congue non, volutpat
at, tincidunt tristique, libero. Vivamus viverra fermentum felis. Donec no-
nummy pellentesque ante. Phasellus adipiscing semper elit. Proin fermen-
tum massa ac quam. Sed diam turpis, molestie vitae, placerat a, molestie
nec, leo. Maecenas lacinia. Nam ipsum ligula, eleifend at, accumsan nec,
suscipit a, ipsum. Morbi blandit ligula feugiat magna. Nunc eleifend con-
sequat lorem. Sed lacinia nulla vitae enim. Pellentesque tincidunt purus
vel magna. Integer non enim. Praesent euismod nunc eu purus. Donec
bibendum quam in tellus. Nullam cursus pulvinar lectus. Donec et mi. Nam
vulputate metus eu enim. Vestibulum pellentesque felis eu massa.
E(t) =
1
2π
−∞
∞
2π ˜E0(ω − ωc )fR
∞
m=−∞
δ (ω − ωm) e
−iωt
dt
E(t) =
∞
m=−∞
fR
˜E0(ωm − ωc )e
−iωm t
E(t) =
∞
m=−∞
Eme
−iωm t
(1)
T´ıtulo do bloco 4
Quisque ullamcorper placerat ipsum. Cras nibh. Morbi vel justo vitae lacus
tincidunt ultrices. Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit.
In hac habitasse platea dictumst. Integer tempus convallis augue. Etiam
facilisis. Nunc elementum fermentum wisi. Aenean placerat. Ut imperdiet,
enim sed gravida sollicitudin, felis odio placerat quam, ac pulvinar elit purus
eget enim. Nunc vitae tortor. Proin tempus nibh sit amet nisl. Vivamus
quis tortor vitae risus porta vehicula.
330 360 390 420 450
-0,05
0,00
0,05
0,10
δcw
/ 2π (MHz)
(c)
-600 -400 -200 0 200 400 600
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
δcw
/ 2π (MHz)
(b)
-600 -400 -200 0 200 400 600
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
∆Imσ13
δcw
/ 2π (MHz)
(a)
11 MHz
m
L
2m −1m −
11 MHz
89m −
1
R1/T
2
(d)
T´ıtulo do bloco 5
Fusce mauris. Vestibulum luctus nibh at lectus. Sed bibendum, nulla a
faucibus semper, leo velit ultricies tellus, ac venenatis arcu wisi vel nisl.
Vestibulum diam. Aliquam pellentesque, augue quis sagittis posuere, turpis
lacus congue quam, in hendrerit risus eros eget felis. Maecenas eget erat
in sapien mattis porttitor. Vestibulum porttitor. Nulla facilisi. Sed a turpis
eu lacus commodo facilisis. Morbi fringilla, wisi in dignissim interdum, justo
lectus sagittis dui, et vehicula libero dui cursus dui. Mauris tempor ligula
sed lacus. Duis cursus enim ut augue. Cras ac magna. Cras nulla. Nulla
egestas. Curabitur a leo. Quisque egestas wisi eget nunc. Nam feugiat lacus
vel est. Curabitur consectetuer.
Conclus˜oes
Suspendisse vel felis. Ut lorem lorem, interdum eu, tincidunt sit amet, laoreet
vitae, arcu. Aenean faucibus pede eu ante. Praesent enim elit, rutrum
at, molestie non, nonummy vel, nisl. Ut lectus eros, malesuada sit amet,
fermentum eu, sodales cursus, magna. Donec eu purus. Quisque vehicula,
urna sed ultricies auctor, pede lorem egestas dui, et convallis elit erat sed
nulla. Donec luctus. Curabitur et nunc. Aliquam dolor odio, commodo
pretium, ultricies non, pharetra in, velit. Integer arcu est, nonummy in,
fermentum faucibus, egestas vel, odio.
Agradecimentos
Morbi luctus, wisi viverra faucibus pretium, nibh est placerat odio, nec commodo wisi enim eget quam. Quisque libero justo, consectetuer a, feugiat
vitae, porttitor eu, libero. Suspendisse sed mauris vitae elit sollicitudin malesuada. Maecenas ultricies eros sit amet ante. Ut venenatis velit. Maecenas
sed mi eget dui varius euismod. Phasellus aliquet volutpat odio. Vestibulum ante ipsum primis in faucibus orci luctus et ultrices posuere cubilia Curae;
Pellentesque sit amet pede ac sem eleifend consectetuer. Nullam elementum, urna vel imperdiet sodales, elit ipsum pharetra ligula, ac pretium ante justo
a nulla. Curabitur tristique arcu eu metus. Vestibulum lectus. Proin mauris. Proin eu nunc eu urna hendrerit faucibus. Aliquam auctor, pede consequat
laoreet varius, eros tellus scelerisque quam, pellentesque hendrerit ipsum dolor sed augue. Nulla nec lacus.
64. CAPÍTULO 10. POSTERS Prof. Marco Polo Moreno de Souza
Em LATEX:
documentclass{beamer}
usepackage[orientation=portrait, size=a4, scale=1.2]{beamerposter}
%usepackage[overlay]{textpos}
usepackage{xcolor}
usepackage{lipsum}
usepackage{ragged2e}
usepackage[brazilian]{babel}
usepackage[latin1]{inputenc}
%usepackage[T1]{fontenc}
usepackage{amsmath,amssymb,amsfonts}
usepackage{epstopdf}
%setlength{TPHorizModule}{linewidth}
%setlength{TPVertModule}{1cm}
begin{document}
begin{minipage}[t]{1.00textwidth}
begin{center}
vspace{0.5cm}
resizebox{!}{6.mm}{Um Título longo até demais para um Poster}[0.3
cm]
resizebox{!}{5.mm}{Marco P. M. de Souza}[0.3cm]
resizebox{!}{4.mm}{Departamento de Física, Universidade Federal de
Rondônia}[0.3cm]
end{center}
end{minipage}
hspace{0.5cm}
begin{minipage}[t]{0.46textwidth}
vspace{0.5cm}
begin{block}{Introdução}
justify
lipsum[1]
end{block}
end{minipage}%
hspace{0.026textwidth}
begin{minipage}[t]{0.46textwidth}
vspace{0.5cm}
begin{block}{Objetivos}
justify
lipsum[2]
end{block}
end{minipage}
hspace{0.5cm}begin{minipage}[t]{0.46textwidth}
66. CAPÍTULO 10. POSTERS Prof. Marco Polo Moreno de Souza
vspace{0.5cm}
begin{block}{Agradecimentos}
justify
lipsum[9]
end{block}
end{center}
end{minipage}%
end{document}
10.2 A classe a0poster
Essa classe foi desenvolvida por Gerlinde Kettl and Matthias Weiser [7] e apesar do nome pode
ser usada para fazer posters em vários tamanhos. O início do código LATEX seria algo do tipo
documentclass[portrait,a0,final]{a0poster}
begin{document}
Texto ...
end{document}
Como no pacote beamerposter, o formato pode ser portrait ou lansdcape, tama-
nho pode ir de a0 a a4 e os “blocos” podem ser desenvolvidos com o ambiente minipage.
10.3 Poster a partir de templates
Naturalmente, é bem mais prático partir de um template e dificilmente as pessoas fazem um
poster a partir do zero hoje em dia. Templates para posters podem ser baixados nos sites abaixo:
• https://www.overleaf.com/gallery/tagged/poster
• http://www.latextemplates.com/cat/conference-posters
• http://www.brian-amberg.de/uni/poster/