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Nasceu em Frankfurt am Main (Hesse), sendo a segunda filha de Otto Heinrich Frank (12 de maio de 1889 - 19
de agosto de 1980) e de Edith Frank-Holländer (16 de janeiro de 1900 - 6 de janeiro de 1945), uma família de
patriotas alemãs que teriam participado da Segunda Guerra Mundial. Tinha uma irmã Margot Frank (16 de
fevereiro de 1926 - março de 1945). Ela e a sua família,(Edith, Margot e Otto Frank), juntamente com mais
quatro pessoas,(Peter, Dussel,sr. e sra. Van Daan) viveram 25 meses, durante a Segunda Guerra Mundial, num
anexo de quartos por cima do escritório do pai dela, em Amsterdã, nos Países Baixos, denominado Anexo
Secreto. Enquanto vivia no Anexo Secreto, Anne escrevia em seu diário (que ganhou de aniversário), a que ela
deu o nome de Kitty.Também houve alguns indicios de que o diário podia ter o nome de "Finho", ou
"Assurbanipal". No diário escrevia o que sentia, pensava e o que fazia. Kitty e,logo depois Peter eram seus
únicos amigos dentro do Anexo Secreto. Os longos meses de silêncio e medo aterrorizante, acabaram ao ser
denunciada aos nazistas e deportada para campos de concentração nazistas.

Primeiro foi levada juntamente com a família para uma escola e depois para Westerbork, nos Países Baixos,
antes de serem deportados para o leste da Europa. Anne Frank foi deportada inicialmente para Auschwitz,
juntamente com os pais, irmã e as outras pessoas com quem se refugiava na casa de Amesterdã (onde hoje existe
o museu Casa de Anne Frank). Depois levaram-na para Bergen-Belsen, juntamente com a irmã, separando-a dos
pais. Em 1945, nove meses após a sua deportação, Anne Frank morre de tifo em Bergen-Belsen. A irmã, Margot
Frank, tinha falecido também vítima do tifo e da subnutrição dias antes de Anne. Sua morte aconteceu duas
semanas antes de o campo ser libertado. O seu diário, guardado durante a guerra por Miep Gies, foi publicado
pela primeira vez em 1947. O diário está atualmente traduzido em 68 línguas e é um dos livros mais lidos do
mundo.

O local onde a família de Anne Frank e outras quatro pessoas viveram para se esconder dos nazistas ficou
conhecido como Anexo Secreto e tornou-se um famoso museu após a publicação do diário. Nesse há uma
reprodução das condições em que os moradores do Anexo Secreto viviam e é apresentada a história de seus oito
habitantes e das pessoas que os ajudaram a se esconder durante a guerra. Um dos itens apresentados ao público é
o diário escrito por Anne, que viria a se tornar mundialmente famoso após sua morte, devido a iniciativa de seu
pai, Otto, de publicá-lo. Hoje, é um dos mais famosos símbolos do Holocausto. Dos oito habitantes do Anexo, o
único sobrevivente após a guerra foi Otto, pai de Anne.

Nota

   •   Otto H. Frank: pai de Anne Frank.
   •   Edith Frank: mãe de Anne Frank.
   •   Margot Frank: irmã de Anne Frank.
   •   Kitty (diário): a sua única amiga dentro do Anexo Secreto.
   •   Miep Gies: uma das funcionárias da empresa Opekta de Otto, que os ajudou no período da ditadura.

Em 3 de abril de 1946, o mundo conheceu a tragédia de Anne Frank, que se tornou um dos símbolos do
holocausto: artigo intitulado Kinderstem ("A voz de uma criança") publicado no jornal holandês Het Parool
contava trechos do diário da menina que havia sido morta em campo de concentração.

Anne nasceu na Alemanha em 1929. Seu verdadeiro nome era Annelies Marie, mas todos em sua família a
chamavam carinhosamente de "Anne". Ela era a segunda filha do casal Otto e Edith Frank. Sua irmã, Margot,
era quatro anos mais velha.

O pai era um homem de negócios e um oficial condecorado que lutou no exército alemão durante a Primeira
Guerra Mundial. Em 1934, quando o nazismo fez aumentar as perseguições aos judeus na Alemanha, a família
mudou-se para Amsterdã, na Holanda.

As filhas do casal foram matriculadas em escolas locais, onde se saíram muito bem nos estudos: Margot
demonstrava maior aptidão para matemática, enquanto Anne demonstrava maior interesse em leitura e redação.

Em 1938, Otto Frank e um sócio, Hermann van Pels, fundaram uma empresa nova. O sócio também era um
judeu que havia fugido com a família para a Holanda. Em 1939, a avó materna de Anne Frank veio morar com a
família e permaneceu com eles até sua morte em janeiro de 1942.
[editar] Ocupação da Holanda
Em maio de 1940, a Alemanha nazista invadiu e ocupou a Holanda. Sob a ocupação nazista, os judeus que
viviam na Holanda passaram a ser alvo de leis segregacionistas. Crianças judias ficaram proibidas de estudar nas
mesmas escolas onde estudavam crianças não-judias. Por causa dessa proibição, Anne e Margot tiveram que ser
transferidas das escolas onde estudavam para um colégio judaico.

No dia 12 de junho de 1942, quando completou 13 anos, Anne Frank ganhou de presente de seu pai um livro.
Esse livro era o mesmo que estava na vitrine de uma loja em que ela e o pai passaram e que havia lhe chamado a
atenção. Embora fosse um livro para autógrafos, Anne começou a usá-lo como diário quase que imediatamente.

Nele, a jovem começou a registrar fatos corriqueiros na vida de qualquer adolescente. Pouco a pouco, Anne
começou a registrar com freqüência cada vez maior as dificuldades enfrentadas pelos judeus por causa da
ocupação nazista.

[editar] O esconderijo
No mês de julho de 1942, a família Frank recebeu a notícia de que seria obrigada a se mudar para um campo de
trabalhos forçados. Para fugir desse destino, a família transferiu-se para um esconderijo no prédio onde
funcionava o escritório do pai.

Para deixar a impressão de que haviam fugido apressadamente, Anne e seus familiares deixaram o apartamento
todo desarrumado. Além disso, o pai deixou um bilhete, tratava-se de uma pista falsa com o intuito de levar os
nazistas a acreditarem que a família estava tentando viajar para a Suíça.

O prédio comercial onde Anne e sua família se esconderam tinha dois andares, com escritórios, um moinho e
depósitos de grãos. O esconderijo consistia em alguns cômodos num anexo que ficava nos fundos do prédio.
Para disfarçar o esconderijo, uma estante de livros foi colocada na frente da porta que dava para o anexo.

Na montagem do esconderijo, Otto Frank contou com a ajuda dos quatro funcionários em quem mais confiava:
Victor Kugler, Johannes Kleiman, Miep Gies e Bep Voskuijl. Eles mais o pai de Johannes e o marido de Miep
eram os únicos que sabiam da existência do esconderijo.

[editar] Vida clandestina
Essas pessoas mantinham os Frank informados com notícias da guerra e da perseguição dos nazistas aos judeus.
Também os ajudavam trazendo comida que compravam no "mercado negro", tarefa que foi se tornando cada vez
mais difícil e arriscada com o tempo. Os cidadãos não-judeus que ajudavam judeus a se esconderem corriam o
risco de ser executados imediatamente pelos nazistas caso fossem descobertos.

No final de julho daquele ano, outros judeus buscaram abrigo no mesmo esconderijo: a família van Pels, que era
composta por Hermann, o sócio de Otto Frank, sua esposa, Auguste, e o filho Peter, um jovem de dezesseis anos.

No começo, Anne não se interessou pelo tímido Peter por achá-lo desajeitado demais, mas depois mudou de
opinião e ambos iniciaram um romance. Em novembro, um amigo judeu da família de Anne também passou a
morar no esconderijo: o dentista Fritz Pfeffer. Como era de se esperar, com tantas pessoas vivendo juntas e em
condições precárias, problemas de convivência começaram a surgir. Para piorar, estava cada vez mais difícil
conseguir comida.

Anne passava a maior parte do tempo escrevendo seu diário ou estudando. Todo dia, logo após o almoço, ela
fazia atividades de matemática, línguas, história e outras matérias.

Na manhã de 4 de agosto de 1944, a polícia nazista invadiu o esconderijo, cuja localização foi descoberta por um
informante que jamais foi identificado. Todos os refugiados foram colocados em caminhões e levados para
interrogatório. Victor Kugler e Johannes Kleiman também foram presos, ao contrário de Miep Gies e Bep
Voskuijl, que foram liberados.

Esses últimos voltaram ao esconderijo onde encontraram os papéis de Anne espalhados no chão e diversos
álbuns com fotografias da família. Eles reuniram esse material e o guardaram na esperança de devolver à Anne
depois que a guerra terminasse.

[editar] Auschwitz
Anne Frank e sua família foram mandadas para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Mais do que
um campo de concentração, era também um campo de extermínio. Idosos, crianças pequenas e todos aqueles que
fossem considerados inaptos para o trabalho eram separados do demais para serem exterminados de imediato.

Dos 1.019 prisioneiros transportados no trem que trouxe Anne Frank, 549 (incluindo crianças) foram separados
dos demais para serem mortos nas câmaras de gás. Mulheres e homens eram separados. Assim, Otto Frank
perdeu contato com a esposa e as filhas.

Junto com as outras prisioneiras selecionadas para o trabalho forçado, Anne foi obrigada a ficar nua para ser
"desinfetada", teve a cabeça raspada e um número de identificação tatuado no braço. Durante o dia, as
prisioneiras eram obrigadas a trabalhar. À noite elas eram reunidas em barracas geladas e apertadas. As péssimas
condições de higiene propiciavam aparecimento de doenças. Anne teve sua pele vitimada pela sarna.

No dia 28 de outubro, Anne, Margot e a senhora van Pels foram transferidas para um outro campo, localizado
em Bergen-Belsen, na Alemanha. A mãe, Edith, foi deixada para trás, permanecendo em Auschwitiz. Em março
de 1945, uma epidemia de tifo se espalhou pelo campo de Bergen-Belsen.




Sepultura simbólica de Margot e Anne Frank, vítimas de
Bergen-Belsen.                                           Estátua de Anne Frank na Casa de Anne Frank, em
                                                         Amsterdã.
Estima-se que cerca de 17 mil pessoas morreram por causa da doença. Entre as vítimas estavam Margot e Anne,
que morreu com apenas 15 anos de idade, poucos dias depois de sua irmã ter morrido. Seus corpos foram
jogados numa pilha de cadáveres e então cremados.

[editar] O sobrevivente
Otto Frank foi o único membro da família que sobreviveu e voltou para a Holanda. Ao ser libertado, soube que a
esposa havia morrido e que as filhas haviam sido transferidas para Bergen-Belsen. Ele ainda tinha esperança de
reencontrar as filhas vivas.

Em julho de 1945, a Cruz Vermelha confirmou as mortes de Anne e Margot. Foi então que Miep Gies entregou
para Otto Frank o diário que Anne havia escrito. Otto mostrou o diário à historiadora Annie Romein-Verschoor,
que tentou sem sucesso publicá-lo. Ela o mostrou ao marido, o jornalista Jan Romein, que escreveu um texto
sobre o diário de Anne.

O diário foi finalmente publicado pela primeira vez em 1947.

A obra teve tal sucesso, que os editores lançaram uma segunda tiragem em 1950. O "Diário de Anne Frank" foi
traduzido para diversas línguas, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. O livro que
começou como um simples diário de adolescente transformou-se num comovente testemunho do terror nazista

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Anne frank

  • 1. Nasceu em Frankfurt am Main (Hesse), sendo a segunda filha de Otto Heinrich Frank (12 de maio de 1889 - 19 de agosto de 1980) e de Edith Frank-Holländer (16 de janeiro de 1900 - 6 de janeiro de 1945), uma família de patriotas alemãs que teriam participado da Segunda Guerra Mundial. Tinha uma irmã Margot Frank (16 de fevereiro de 1926 - março de 1945). Ela e a sua família,(Edith, Margot e Otto Frank), juntamente com mais quatro pessoas,(Peter, Dussel,sr. e sra. Van Daan) viveram 25 meses, durante a Segunda Guerra Mundial, num anexo de quartos por cima do escritório do pai dela, em Amsterdã, nos Países Baixos, denominado Anexo Secreto. Enquanto vivia no Anexo Secreto, Anne escrevia em seu diário (que ganhou de aniversário), a que ela deu o nome de Kitty.Também houve alguns indicios de que o diário podia ter o nome de "Finho", ou "Assurbanipal". No diário escrevia o que sentia, pensava e o que fazia. Kitty e,logo depois Peter eram seus únicos amigos dentro do Anexo Secreto. Os longos meses de silêncio e medo aterrorizante, acabaram ao ser denunciada aos nazistas e deportada para campos de concentração nazistas. Primeiro foi levada juntamente com a família para uma escola e depois para Westerbork, nos Países Baixos, antes de serem deportados para o leste da Europa. Anne Frank foi deportada inicialmente para Auschwitz, juntamente com os pais, irmã e as outras pessoas com quem se refugiava na casa de Amesterdã (onde hoje existe o museu Casa de Anne Frank). Depois levaram-na para Bergen-Belsen, juntamente com a irmã, separando-a dos pais. Em 1945, nove meses após a sua deportação, Anne Frank morre de tifo em Bergen-Belsen. A irmã, Margot Frank, tinha falecido também vítima do tifo e da subnutrição dias antes de Anne. Sua morte aconteceu duas semanas antes de o campo ser libertado. O seu diário, guardado durante a guerra por Miep Gies, foi publicado pela primeira vez em 1947. O diário está atualmente traduzido em 68 línguas e é um dos livros mais lidos do mundo. O local onde a família de Anne Frank e outras quatro pessoas viveram para se esconder dos nazistas ficou conhecido como Anexo Secreto e tornou-se um famoso museu após a publicação do diário. Nesse há uma reprodução das condições em que os moradores do Anexo Secreto viviam e é apresentada a história de seus oito habitantes e das pessoas que os ajudaram a se esconder durante a guerra. Um dos itens apresentados ao público é o diário escrito por Anne, que viria a se tornar mundialmente famoso após sua morte, devido a iniciativa de seu pai, Otto, de publicá-lo. Hoje, é um dos mais famosos símbolos do Holocausto. Dos oito habitantes do Anexo, o único sobrevivente após a guerra foi Otto, pai de Anne. Nota • Otto H. Frank: pai de Anne Frank. • Edith Frank: mãe de Anne Frank. • Margot Frank: irmã de Anne Frank. • Kitty (diário): a sua única amiga dentro do Anexo Secreto. • Miep Gies: uma das funcionárias da empresa Opekta de Otto, que os ajudou no período da ditadura. Em 3 de abril de 1946, o mundo conheceu a tragédia de Anne Frank, que se tornou um dos símbolos do holocausto: artigo intitulado Kinderstem ("A voz de uma criança") publicado no jornal holandês Het Parool contava trechos do diário da menina que havia sido morta em campo de concentração. Anne nasceu na Alemanha em 1929. Seu verdadeiro nome era Annelies Marie, mas todos em sua família a chamavam carinhosamente de "Anne". Ela era a segunda filha do casal Otto e Edith Frank. Sua irmã, Margot, era quatro anos mais velha. O pai era um homem de negócios e um oficial condecorado que lutou no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1934, quando o nazismo fez aumentar as perseguições aos judeus na Alemanha, a família mudou-se para Amsterdã, na Holanda. As filhas do casal foram matriculadas em escolas locais, onde se saíram muito bem nos estudos: Margot demonstrava maior aptidão para matemática, enquanto Anne demonstrava maior interesse em leitura e redação. Em 1938, Otto Frank e um sócio, Hermann van Pels, fundaram uma empresa nova. O sócio também era um judeu que havia fugido com a família para a Holanda. Em 1939, a avó materna de Anne Frank veio morar com a família e permaneceu com eles até sua morte em janeiro de 1942.
  • 2. [editar] Ocupação da Holanda Em maio de 1940, a Alemanha nazista invadiu e ocupou a Holanda. Sob a ocupação nazista, os judeus que viviam na Holanda passaram a ser alvo de leis segregacionistas. Crianças judias ficaram proibidas de estudar nas mesmas escolas onde estudavam crianças não-judias. Por causa dessa proibição, Anne e Margot tiveram que ser transferidas das escolas onde estudavam para um colégio judaico. No dia 12 de junho de 1942, quando completou 13 anos, Anne Frank ganhou de presente de seu pai um livro. Esse livro era o mesmo que estava na vitrine de uma loja em que ela e o pai passaram e que havia lhe chamado a atenção. Embora fosse um livro para autógrafos, Anne começou a usá-lo como diário quase que imediatamente. Nele, a jovem começou a registrar fatos corriqueiros na vida de qualquer adolescente. Pouco a pouco, Anne começou a registrar com freqüência cada vez maior as dificuldades enfrentadas pelos judeus por causa da ocupação nazista. [editar] O esconderijo No mês de julho de 1942, a família Frank recebeu a notícia de que seria obrigada a se mudar para um campo de trabalhos forçados. Para fugir desse destino, a família transferiu-se para um esconderijo no prédio onde funcionava o escritório do pai. Para deixar a impressão de que haviam fugido apressadamente, Anne e seus familiares deixaram o apartamento todo desarrumado. Além disso, o pai deixou um bilhete, tratava-se de uma pista falsa com o intuito de levar os nazistas a acreditarem que a família estava tentando viajar para a Suíça. O prédio comercial onde Anne e sua família se esconderam tinha dois andares, com escritórios, um moinho e depósitos de grãos. O esconderijo consistia em alguns cômodos num anexo que ficava nos fundos do prédio. Para disfarçar o esconderijo, uma estante de livros foi colocada na frente da porta que dava para o anexo. Na montagem do esconderijo, Otto Frank contou com a ajuda dos quatro funcionários em quem mais confiava: Victor Kugler, Johannes Kleiman, Miep Gies e Bep Voskuijl. Eles mais o pai de Johannes e o marido de Miep eram os únicos que sabiam da existência do esconderijo. [editar] Vida clandestina Essas pessoas mantinham os Frank informados com notícias da guerra e da perseguição dos nazistas aos judeus. Também os ajudavam trazendo comida que compravam no "mercado negro", tarefa que foi se tornando cada vez mais difícil e arriscada com o tempo. Os cidadãos não-judeus que ajudavam judeus a se esconderem corriam o risco de ser executados imediatamente pelos nazistas caso fossem descobertos. No final de julho daquele ano, outros judeus buscaram abrigo no mesmo esconderijo: a família van Pels, que era composta por Hermann, o sócio de Otto Frank, sua esposa, Auguste, e o filho Peter, um jovem de dezesseis anos. No começo, Anne não se interessou pelo tímido Peter por achá-lo desajeitado demais, mas depois mudou de opinião e ambos iniciaram um romance. Em novembro, um amigo judeu da família de Anne também passou a morar no esconderijo: o dentista Fritz Pfeffer. Como era de se esperar, com tantas pessoas vivendo juntas e em condições precárias, problemas de convivência começaram a surgir. Para piorar, estava cada vez mais difícil conseguir comida. Anne passava a maior parte do tempo escrevendo seu diário ou estudando. Todo dia, logo após o almoço, ela fazia atividades de matemática, línguas, história e outras matérias. Na manhã de 4 de agosto de 1944, a polícia nazista invadiu o esconderijo, cuja localização foi descoberta por um informante que jamais foi identificado. Todos os refugiados foram colocados em caminhões e levados para
  • 3. interrogatório. Victor Kugler e Johannes Kleiman também foram presos, ao contrário de Miep Gies e Bep Voskuijl, que foram liberados. Esses últimos voltaram ao esconderijo onde encontraram os papéis de Anne espalhados no chão e diversos álbuns com fotografias da família. Eles reuniram esse material e o guardaram na esperança de devolver à Anne depois que a guerra terminasse. [editar] Auschwitz Anne Frank e sua família foram mandadas para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Mais do que um campo de concentração, era também um campo de extermínio. Idosos, crianças pequenas e todos aqueles que fossem considerados inaptos para o trabalho eram separados do demais para serem exterminados de imediato. Dos 1.019 prisioneiros transportados no trem que trouxe Anne Frank, 549 (incluindo crianças) foram separados dos demais para serem mortos nas câmaras de gás. Mulheres e homens eram separados. Assim, Otto Frank perdeu contato com a esposa e as filhas. Junto com as outras prisioneiras selecionadas para o trabalho forçado, Anne foi obrigada a ficar nua para ser "desinfetada", teve a cabeça raspada e um número de identificação tatuado no braço. Durante o dia, as prisioneiras eram obrigadas a trabalhar. À noite elas eram reunidas em barracas geladas e apertadas. As péssimas condições de higiene propiciavam aparecimento de doenças. Anne teve sua pele vitimada pela sarna. No dia 28 de outubro, Anne, Margot e a senhora van Pels foram transferidas para um outro campo, localizado em Bergen-Belsen, na Alemanha. A mãe, Edith, foi deixada para trás, permanecendo em Auschwitiz. Em março de 1945, uma epidemia de tifo se espalhou pelo campo de Bergen-Belsen. Sepultura simbólica de Margot e Anne Frank, vítimas de Bergen-Belsen. Estátua de Anne Frank na Casa de Anne Frank, em Amsterdã. Estima-se que cerca de 17 mil pessoas morreram por causa da doença. Entre as vítimas estavam Margot e Anne, que morreu com apenas 15 anos de idade, poucos dias depois de sua irmã ter morrido. Seus corpos foram jogados numa pilha de cadáveres e então cremados. [editar] O sobrevivente Otto Frank foi o único membro da família que sobreviveu e voltou para a Holanda. Ao ser libertado, soube que a esposa havia morrido e que as filhas haviam sido transferidas para Bergen-Belsen. Ele ainda tinha esperança de reencontrar as filhas vivas. Em julho de 1945, a Cruz Vermelha confirmou as mortes de Anne e Margot. Foi então que Miep Gies entregou para Otto Frank o diário que Anne havia escrito. Otto mostrou o diário à historiadora Annie Romein-Verschoor,
  • 4. que tentou sem sucesso publicá-lo. Ela o mostrou ao marido, o jornalista Jan Romein, que escreveu um texto sobre o diário de Anne. O diário foi finalmente publicado pela primeira vez em 1947. A obra teve tal sucesso, que os editores lançaram uma segunda tiragem em 1950. O "Diário de Anne Frank" foi traduzido para diversas línguas, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. O livro que começou como um simples diário de adolescente transformou-se num comovente testemunho do terror nazista