1. A deficiência mental é uma condição complexa que limita a capacidade de realizar atividades da vida diária. Sua definição enfrenta desafios devido à variedade de abordagens e falta de consenso.
2. A escola comum tem dificuldades em atender alunos com deficiência mental, permanecendo presa a mecanismos elitistas. Isso aumenta o preconceito contra esses alunos.
3. O Atendimento Educacional Especializado para a deficiência mental precisa ser reinterpretado para super
1. A deficiência mental é uma condição complexa que limita a capacidade de realizar atividades da vida diária. Sua definição enfrenta desafios devido à variedade de abordagens e falta de consenso.
2. A escola comum tem dificuldades em atender alunos com deficiência mental, permanecendo presa a mecanismos elitistas. Isso aumenta o preconceito contra esses alunos.
3. O Atendimento Educacional Especializado para a deficiência mental precisa ser reinterpretado para
Este documento fornece orientações gerais sobre um curso de formação continuada para professores que trabalham com Atendimento Educacional Especializado. O curso tem como objetivos oferecer fundamentos básicos para os professores, transformar as práticas de educação especial visando a complementação da formação dos alunos, e garantir a continuidade das ações do Programa de Educação Inclusiva. O curso será realizado na modalidade de educação a distância com apoio de material didático elaborado por universidades.
Este documento discute o Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência mental. Primeiro, aborda o conceito de deficiência mental e como as escolas regulares lidam com esses alunos. Em seguida, explica como o Atendimento Educacional Especializado complementa a educação desses alunos e relata experiências práticas de atendimento em uma APAE.
Este documento fornece informações sobre a inclusão escolar de alunos cegos e com baixa visão. Ele aborda tópicos como: 1) a diferença entre cegueira e baixa visão; 2) estratégias de alfabetização e aprendizagem para esses alunos; e 3) recursos didáticos que podem ser utilizados em sala de aula. O documento tem como objetivo apoiar educadores na criação de um ambiente estimulante e de atividades pedagógicas adequadas às necessidades desses estudantes.
Este documento apresenta informações sobre o Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência física. Inicialmente, discute a organização básica do sistema nervoso e como as experiências sensoriais são processadas e transformadas em comportamentos motores e mentais. Também aborda conceitos como plasticidade neural e importância da estimulação precoce. Posteriormente, apresenta definições sobre deficiência, educação inclusiva e deficiência física.
Este documento fornece informações sobre a inclusão escolar de alunos cegos e com baixa visão. Ele discute 1) a diferença entre cegueira e baixa visão, 2) como a alfabetização e aprendizagem ocorrem para pessoas cegas ou com baixa visão, considerando o espaço físico, comunicação, sistema Braille e atividades, 3) sugestões de recursos didáticos como modelos, mapas, livros adaptados e tecnologia, e 4) respostas para perguntas frequentes sobre o tema. O objetivo é a
Este documento apresenta uma proposta curricular para o ensino de Geografia no Ensino Fundamental dos 6o ao 9o ano na rede municipal de ensino de Açailândia, Maranhão. A proposta contém três partes: fundamentos legais e teóricos, pressupostos para o ensino da Geografia, e organização curricular com eixos temáticos, conceitos, expectativas de aprendizagem e orientações para avaliação.
Este capítulo apresenta os principais conceitos sobre o sistema nervoso e sua organização básica, destacando sua função de coordenação e controle das funções do corpo. Aborda também a plasticidade neural e a importância da estimulação precoce. Define os termos deficiência e educação inclusiva, e apresenta os principais tipos de deficiência física, ressaltando que as restrições da pessoa com deficiência não são determinadas apenas pela condição física, mas também por aspectos psicológicos, educacionais e sociais.
1. A deficiência mental é uma condição complexa que limita a capacidade de realizar atividades da vida diária. Sua definição enfrenta desafios devido à variedade de abordagens e falta de consenso.
2. A escola comum tem dificuldades em atender alunos com deficiência mental, permanecendo presa a mecanismos elitistas. Isso aumenta o preconceito contra esses alunos.
3. O Atendimento Educacional Especializado para a deficiência mental precisa ser reinterpretado para
Este documento fornece orientações gerais sobre um curso de formação continuada para professores que trabalham com Atendimento Educacional Especializado. O curso tem como objetivos oferecer fundamentos básicos para os professores, transformar as práticas de educação especial visando a complementação da formação dos alunos, e garantir a continuidade das ações do Programa de Educação Inclusiva. O curso será realizado na modalidade de educação a distância com apoio de material didático elaborado por universidades.
Este documento discute o Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência mental. Primeiro, aborda o conceito de deficiência mental e como as escolas regulares lidam com esses alunos. Em seguida, explica como o Atendimento Educacional Especializado complementa a educação desses alunos e relata experiências práticas de atendimento em uma APAE.
Este documento fornece informações sobre a inclusão escolar de alunos cegos e com baixa visão. Ele aborda tópicos como: 1) a diferença entre cegueira e baixa visão; 2) estratégias de alfabetização e aprendizagem para esses alunos; e 3) recursos didáticos que podem ser utilizados em sala de aula. O documento tem como objetivo apoiar educadores na criação de um ambiente estimulante e de atividades pedagógicas adequadas às necessidades desses estudantes.
Este documento apresenta informações sobre o Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência física. Inicialmente, discute a organização básica do sistema nervoso e como as experiências sensoriais são processadas e transformadas em comportamentos motores e mentais. Também aborda conceitos como plasticidade neural e importância da estimulação precoce. Posteriormente, apresenta definições sobre deficiência, educação inclusiva e deficiência física.
Este documento fornece informações sobre a inclusão escolar de alunos cegos e com baixa visão. Ele discute 1) a diferença entre cegueira e baixa visão, 2) como a alfabetização e aprendizagem ocorrem para pessoas cegas ou com baixa visão, considerando o espaço físico, comunicação, sistema Braille e atividades, 3) sugestões de recursos didáticos como modelos, mapas, livros adaptados e tecnologia, e 4) respostas para perguntas frequentes sobre o tema. O objetivo é a
Este documento apresenta uma proposta curricular para o ensino de Geografia no Ensino Fundamental dos 6o ao 9o ano na rede municipal de ensino de Açailândia, Maranhão. A proposta contém três partes: fundamentos legais e teóricos, pressupostos para o ensino da Geografia, e organização curricular com eixos temáticos, conceitos, expectativas de aprendizagem e orientações para avaliação.
Este capítulo apresenta os principais conceitos sobre o sistema nervoso e sua organização básica, destacando sua função de coordenação e controle das funções do corpo. Aborda também a plasticidade neural e a importância da estimulação precoce. Define os termos deficiência e educação inclusiva, e apresenta os principais tipos de deficiência física, ressaltando que as restrições da pessoa com deficiência não são determinadas apenas pela condição física, mas também por aspectos psicológicos, educacionais e sociais.
Este trabalho apresenta um resumo de três frases sobre as compreensões e práticas docentes de educação ambiental na Escola Municipal João Ferreira Matos no município de Jaguarari. Ele identifica que as compreensões docentes são predominantemente naturalistas, com práticas limitadas à transmissão de conhecimentos sobre preservação da natureza, devido à falta de formação que possibilite novas compreensões e práticas.
Orientacoes Curriculares para a Educação Pré-EscolarMaria Leonor
Este documento apresenta as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar em Portugal. Estabelece o princípio geral e os objetivos pedagógicos da educação pré-escolar definidos na lei, e explica os fundamentos e organização das Orientações Curriculares, incluindo áreas de conteúdo, continuidade educativa e intencionalidade educativa.
Este documento fornece informações sobre a educação especial em Portugal, incluindo o enquadramento legal, organização, processos de avaliação e intervenção, e respostas educativas. Ele foi produzido pela Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação de Portugal para apoiar a prática de educação especial.
Saberes e Praticas da Inclusão - Deficiência Fisicaasustecnologia
Este documento fornece um resumo de três frases do seguinte documento:
O documento apresenta um guia para professores sobre como identificar e atender às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência física ou neuro-motora. Ele discute tipos de deficiência, necessidades educacionais comuns e estratégias pedagógicas alternativas. O guia também inclui uma simulação para que os professores experimentem as limitações físicas de diferentes deficiências.
O documento discute a educação escolar inclusiva para pessoas com surdez. Apresenta os desafios enfrentados por alunos com surdez e as polêmicas em torno da inclusão. Defende que o Atendimento Educacional Especializado é essencial para complementar a formação dos alunos, considerando suas necessidades linguísticas e pedagógicas.
Este documento é uma monografia apresentada para conclusão do curso de Pedagogia sobre o tema da ludicidade nas séries iniciais do Ensino Fundamental. O trabalho analisa a importância do uso de atividades lúdicas no processo de ensino-aprendizagem e apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com professoras sobre suas concepções e práticas em relação à ludicidade. O documento contém revisão teórica, metodologia, análise dos dados coletados e considerações finais sobre o assunto.
Este documento discute a educação matemática de crianças com dificuldades de aprendizagem através de jogos. A pesquisa analisou o uso de atividades lúdicas e jogos matemáticos com um grupo de 5 alunos com dificuldades de aprendizagem para melhorar seu desempenho em matemática. A proposta selecionou jogos para atender às necessidades educacionais específicas dos alunos e analisou como eles interagiram com os jogos e o que aprenderam. Os resultados mostraram
Este documento apresenta o programa de formação continuada Pró-Letramento, oferecido pelo Ministério da Educação para professores das séries iniciais do ensino fundamental. O Pró-Letramento tem como objetivos oferecer suporte pedagógico aos professores, propor situações de reflexão e construção de conhecimento, e desenvolver conhecimentos sobre matemática e linguagem. Além disso, busca contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de formação continuada nas escolas.
Este capítulo apresenta:
1) Uma breve história da ludicidade e da importância do brincar na educação infantil desde a Grécia Antiga;
2) Conceitos de ludicidade e seus efeitos no desenvolvimento infantil de acordo com autores como Vygotsky e Piaget;
3) O papel do professor na educação infantil e como ele deve valorizar o brincar.
Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvol...Veronica Cruz
Este documento resume:
1) A criança surdocega apresenta deficiência visual e auditiva associadas a outras condições que dificultam a comunicação e aprendizagem.
2) A surdocegueira não é apenas a soma da surdez e cegueira, mas sim um problema complexo de percepção e comunicação.
3) A falta de visão e audição limita a antecipação de eventos e a exploração do ambiente pela criança surdocega, o que pode causar insegurança.
Este documento fornece informações sobre a inclusão escolar de alunos cegos e com baixa visão. Ele aborda tópicos como: 1) a diferença entre cegueira e baixa visão; 2) estratégias de alfabetização e aprendizagem para esses alunos; 3) recursos didáticos adaptados; e 4) perguntas frequentes sobre o tema. O objetivo é apoiar educadores na criação de um ambiente estimulante e de atividades pedagógicas adequadas às necessidades desses estudantes.
Este documento apresenta informações sobre o Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência física. Inicialmente, discute a organização básica do sistema nervoso e como as experiências sensoriais são processadas e transformadas em comportamentos motores e mentais. Também aborda conceitos como plasticidade neural e importância da estimulação precoce. Posteriormente, explica como o AEE deve ser organizado para atender às necessidades desses alunos, com o apoio da tecnologia assistiva e de recursos humanos especializados.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa com diferentes abordagens e conceitos. Apresenta também as dificuldades da escola comum em lidar com alunos nessa situação e a necessidade de reestruturar o Atendimento Educacional Especializado para esses alunos.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa que envolve fatores orgânicos, intelectuais e contextuais. Apresenta os desafios de diagnosticá-la e conceituá-la, e como isso contribuiu para a discriminação das pessoas com deficiência mental. Também aborda a importância de se levar em conta diferentes áreas do conhecimento para compreendê-la, e a necessidade de reinterpretar o Atendimento Educacional Especializado para esses alunos.
O documento discute a política de educação inclusiva implementada pelo Ministério da Educação brasileiro, que visa transformar o ensino regular e a educação especial para oferecer atendimento educacional especializado complementar aos alunos com deficiência, incluindo deficiência mental. O texto também apresenta detalhes sobre um curso de formação continuada para professores sobre atendimento a alunos com deficiência mental.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa que envolve fatores orgânicos, intelectuais e contextuais. Apresenta os desafios de diagnosticá-la e conceituá-la, e como isso levou a discriminação das pessoas com deficiência mental. Também aborda a importância de se levar em conta diferentes áreas do conhecimento para compreendê-la, e a necessidade de reinterpretar o Atendimento Educacional Especializado para esses alunos.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa analisada por diferentes áreas do conhecimento. Apresenta também os desafios da escola comum em atender estudantes com deficiência mental e a importância do Atendimento Educacional Especializado para este público.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa que envolve fatores orgânicos, intelectuais e contextuais. Apresenta os desafios de diagnosticá-la e conceituá-la, e como isso levou a discriminação das pessoas com deficiência mental. Também aborda a importância de se levar em conta diferentes áreas do conhecimento para compreendê-la, e a necessidade de reestruturar o Atendimento Educacional Especializado para esses alunos.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa com diferentes abordagens e conceitos. Apresenta também as dificuldades históricas em diagnosticá-la e conceituá-la, levando à discriminação das pessoas com deficiência mental. Por fim, defende a necessidade de reinterpretar e reestruturar o Atendimento Educacional Especializado para esses alunos.
Atendimento Educacional Especializado - Para Alunos Surdos..pdfMarianaLima625902
O documento discute a educação escolar inclusiva para pessoas com surdez. Apresenta os desafios de incluir alunos com surdez em salas de aula regulares, destacando a importância do reconhecimento das diferenças e do Atendimento Educacional Especializado. Defende que a inclusão requer ambientes estimuladores que explorem as capacidades dos alunos com surdez e o ensino da Língua Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa para promover o desenvolvimento cognitivo.
O documento discute a formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado de alunos com deficiência física, sensorial e mental por meio de um curso a distância. O curso visa introduzir novos conhecimentos para que os professores possam reorientar suas práticas educativas à luz dos referenciais da educação inclusiva.
O documento apresenta uma proposta de formação continuada de professores para o Atendimento Educacional Especializado por meio de um curso a distância oferecido em parceria entre o Ministério da Educação, a Secretaria de Educação Especial e a Secretaria de Educação a Distância. O curso visa capacitar professores que atuam no Atendimento Educacional Especializado nas escolas públicas, considerando as áreas da deficiência física, sensorial e mental.
Este trabalho apresenta um resumo de três frases sobre as compreensões e práticas docentes de educação ambiental na Escola Municipal João Ferreira Matos no município de Jaguarari. Ele identifica que as compreensões docentes são predominantemente naturalistas, com práticas limitadas à transmissão de conhecimentos sobre preservação da natureza, devido à falta de formação que possibilite novas compreensões e práticas.
Orientacoes Curriculares para a Educação Pré-EscolarMaria Leonor
Este documento apresenta as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar em Portugal. Estabelece o princípio geral e os objetivos pedagógicos da educação pré-escolar definidos na lei, e explica os fundamentos e organização das Orientações Curriculares, incluindo áreas de conteúdo, continuidade educativa e intencionalidade educativa.
Este documento fornece informações sobre a educação especial em Portugal, incluindo o enquadramento legal, organização, processos de avaliação e intervenção, e respostas educativas. Ele foi produzido pela Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação de Portugal para apoiar a prática de educação especial.
Saberes e Praticas da Inclusão - Deficiência Fisicaasustecnologia
Este documento fornece um resumo de três frases do seguinte documento:
O documento apresenta um guia para professores sobre como identificar e atender às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência física ou neuro-motora. Ele discute tipos de deficiência, necessidades educacionais comuns e estratégias pedagógicas alternativas. O guia também inclui uma simulação para que os professores experimentem as limitações físicas de diferentes deficiências.
O documento discute a educação escolar inclusiva para pessoas com surdez. Apresenta os desafios enfrentados por alunos com surdez e as polêmicas em torno da inclusão. Defende que o Atendimento Educacional Especializado é essencial para complementar a formação dos alunos, considerando suas necessidades linguísticas e pedagógicas.
Este documento é uma monografia apresentada para conclusão do curso de Pedagogia sobre o tema da ludicidade nas séries iniciais do Ensino Fundamental. O trabalho analisa a importância do uso de atividades lúdicas no processo de ensino-aprendizagem e apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com professoras sobre suas concepções e práticas em relação à ludicidade. O documento contém revisão teórica, metodologia, análise dos dados coletados e considerações finais sobre o assunto.
Este documento discute a educação matemática de crianças com dificuldades de aprendizagem através de jogos. A pesquisa analisou o uso de atividades lúdicas e jogos matemáticos com um grupo de 5 alunos com dificuldades de aprendizagem para melhorar seu desempenho em matemática. A proposta selecionou jogos para atender às necessidades educacionais específicas dos alunos e analisou como eles interagiram com os jogos e o que aprenderam. Os resultados mostraram
Este documento apresenta o programa de formação continuada Pró-Letramento, oferecido pelo Ministério da Educação para professores das séries iniciais do ensino fundamental. O Pró-Letramento tem como objetivos oferecer suporte pedagógico aos professores, propor situações de reflexão e construção de conhecimento, e desenvolver conhecimentos sobre matemática e linguagem. Além disso, busca contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de formação continuada nas escolas.
Este capítulo apresenta:
1) Uma breve história da ludicidade e da importância do brincar na educação infantil desde a Grécia Antiga;
2) Conceitos de ludicidade e seus efeitos no desenvolvimento infantil de acordo com autores como Vygotsky e Piaget;
3) O papel do professor na educação infantil e como ele deve valorizar o brincar.
Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvol...Veronica Cruz
Este documento resume:
1) A criança surdocega apresenta deficiência visual e auditiva associadas a outras condições que dificultam a comunicação e aprendizagem.
2) A surdocegueira não é apenas a soma da surdez e cegueira, mas sim um problema complexo de percepção e comunicação.
3) A falta de visão e audição limita a antecipação de eventos e a exploração do ambiente pela criança surdocega, o que pode causar insegurança.
Este documento fornece informações sobre a inclusão escolar de alunos cegos e com baixa visão. Ele aborda tópicos como: 1) a diferença entre cegueira e baixa visão; 2) estratégias de alfabetização e aprendizagem para esses alunos; 3) recursos didáticos adaptados; e 4) perguntas frequentes sobre o tema. O objetivo é apoiar educadores na criação de um ambiente estimulante e de atividades pedagógicas adequadas às necessidades desses estudantes.
Este documento apresenta informações sobre o Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência física. Inicialmente, discute a organização básica do sistema nervoso e como as experiências sensoriais são processadas e transformadas em comportamentos motores e mentais. Também aborda conceitos como plasticidade neural e importância da estimulação precoce. Posteriormente, explica como o AEE deve ser organizado para atender às necessidades desses alunos, com o apoio da tecnologia assistiva e de recursos humanos especializados.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa com diferentes abordagens e conceitos. Apresenta também as dificuldades da escola comum em lidar com alunos nessa situação e a necessidade de reestruturar o Atendimento Educacional Especializado para esses alunos.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa que envolve fatores orgânicos, intelectuais e contextuais. Apresenta os desafios de diagnosticá-la e conceituá-la, e como isso contribuiu para a discriminação das pessoas com deficiência mental. Também aborda a importância de se levar em conta diferentes áreas do conhecimento para compreendê-la, e a necessidade de reinterpretar o Atendimento Educacional Especializado para esses alunos.
O documento discute a política de educação inclusiva implementada pelo Ministério da Educação brasileiro, que visa transformar o ensino regular e a educação especial para oferecer atendimento educacional especializado complementar aos alunos com deficiência, incluindo deficiência mental. O texto também apresenta detalhes sobre um curso de formação continuada para professores sobre atendimento a alunos com deficiência mental.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa que envolve fatores orgânicos, intelectuais e contextuais. Apresenta os desafios de diagnosticá-la e conceituá-la, e como isso levou a discriminação das pessoas com deficiência mental. Também aborda a importância de se levar em conta diferentes áreas do conhecimento para compreendê-la, e a necessidade de reinterpretar o Atendimento Educacional Especializado para esses alunos.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa analisada por diferentes áreas do conhecimento. Apresenta também os desafios da escola comum em atender estudantes com deficiência mental e a importância do Atendimento Educacional Especializado para este público.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa que envolve fatores orgânicos, intelectuais e contextuais. Apresenta os desafios de diagnosticá-la e conceituá-la, e como isso levou a discriminação das pessoas com deficiência mental. Também aborda a importância de se levar em conta diferentes áreas do conhecimento para compreendê-la, e a necessidade de reestruturar o Atendimento Educacional Especializado para esses alunos.
O capítulo discute a deficiência mental, definindo-a como uma condição complexa com diferentes abordagens e conceitos. Apresenta também as dificuldades históricas em diagnosticá-la e conceituá-la, levando à discriminação das pessoas com deficiência mental. Por fim, defende a necessidade de reinterpretar e reestruturar o Atendimento Educacional Especializado para esses alunos.
Atendimento Educacional Especializado - Para Alunos Surdos..pdfMarianaLima625902
O documento discute a educação escolar inclusiva para pessoas com surdez. Apresenta os desafios de incluir alunos com surdez em salas de aula regulares, destacando a importância do reconhecimento das diferenças e do Atendimento Educacional Especializado. Defende que a inclusão requer ambientes estimuladores que explorem as capacidades dos alunos com surdez e o ensino da Língua Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa para promover o desenvolvimento cognitivo.
O documento discute a formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado de alunos com deficiência física, sensorial e mental por meio de um curso a distância. O curso visa introduzir novos conhecimentos para que os professores possam reorientar suas práticas educativas à luz dos referenciais da educação inclusiva.
O documento apresenta uma proposta de formação continuada de professores para o Atendimento Educacional Especializado por meio de um curso a distância oferecido em parceria entre o Ministério da Educação, a Secretaria de Educação Especial e a Secretaria de Educação a Distância. O curso visa capacitar professores que atuam no Atendimento Educacional Especializado nas escolas públicas, considerando as áreas da deficiência física, sensorial e mental.
O documento discute a educação escolar inclusiva para pessoas com surdez. Ele aborda os desafios e barreiras enfrentados por alunos com surdez na educação, e defende que a inclusão deve garantir o ensino de Língua Brasileira de Sinais, o ensino em LIBRAS e o ensino da Língua Portuguesa por meio do Atendimento Educacional Especializado. O texto também discute a importância do intérprete escolar para viabilizar a comunicação e inclusão desses alunos.
Este documento fornece informações sobre o Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência física. Ele discute a organização básica do sistema nervoso, a importância da estimulação precoce e da educação inclusiva. O documento também aborda o conceito de deficiência física e como o Atendimento Educacional Especializado e a tecnologia assistiva podem apoiar esses alunos no ambiente escolar.
O documento discute a inclusão escolar de alunos cegos e com baixa visão, abordando temas como avaliação funcional da visão, recursos ópticos e não-ópticos, alfabetização, aprendizagem, recursos didáticos e perguntas frequentes sobre o atendimento a esses alunos. É dividido em três capítulos, sendo o primeiro sobre inclusão escolar, o segundo sobre o projeto "Assino Embaixo" e o terceiro sobre informática para cegos e pessoas com baixa visão.
Educação Inclusiva - Atendimento Educacional Especializado Para A Deficiência...asustecnologia
Este documento discute o atendimento educacional especializado para alunos com deficiência mental. Primeiramente, define o papel da escola comum e da escola especial, explicando que a escola comum tem o compromisso de introduzir todos os alunos no mundo social, cultural e científico, enquanto a escola especial não pode substituir completamente esse papel. Em seguida, apresenta o conceito de atendimento educacional especializado previsto na Constituição como um complemento à educação oferecido na rede regular de ensino. Por fim, discute as caracterí
Este documento trata da educação de crianças surdas e contém três partes principais:
1) Os princípios e fundamentos da educação inclusiva e da Declaração de Salamanca.
2) Conhecendo a surdez e suas implicações, incluindo a linguagem, identificação e educação bilíngue.
3) Orientações sobre a educação de crianças surdas, abordando locais de atendimento, currículo, atividades e capacitação de professores.
Saberes e Praticas da Inclusão - Dificuldades de Aprendizagemasustecnologia
Este documento fornece orientações pedagógicas para a educação infantil de crianças com necessidades educacionais especiais, abrangendo crianças de 0 a 6 anos. As sessões abordam princípios básicos, estrutura curricular, currículo, brincar, avaliação e atividades sugeridas para duas faixas etárias. O objetivo é adaptar os conteúdos curriculares para atender todas as crianças.
Este documento fornece orientações pedagógicas para a educação infantil de crianças com necessidades educacionais especiais, abrangendo crianças de 0 a 6 anos. As sessões abordam princípios básicos, estrutura curricular, currículo, brincar, brinquedos e avaliação para duas faixas etárias: de 0 a 3 anos e de 4 a 6 anos. O objetivo é adaptar os conteúdos curriculares para atender todas as crianças e prevenir dificuldades futuras.
O documento descreve um curso de formação continuada de professores para o Atendimento Educacional Especializado, oferecido na modalidade a distância. O curso tem como objetivo trazer o contexto escolar dos professores para o foco da discussão dos novos referenciais para a inclusão de alunos com deficiência, introduzir conhecimentos que possam fundamentar as práticas dos professores no AEE, e desenvolver aprendizagem participativa necessária para mudanças no AEE. O curso é oferecido em parceria entre o MEC, a SEE e
Este documento apresenta o plano de aula bimestral para a disciplina de Atividades para alunos do Pré II B no período vespertino. O plano descreve os campos de experiências, habilidades, conceitos, atividades, metodologia, recursos didáticos e avaliação que serão abordados durante o bimestre, com foco nos temas do alfabeto, numerais, dia das mães e meio ambiente.
Este projeto didático de uma semana visa acolher uma turma de pré-escola no retorno às aulas, promovendo atividades lúdicas de socialização, conhecimento da escola e estabelecimento de regras. Serão realizadas brincadeiras, músicas, passeios e contatos para familiarizar as crianças com o ambiente escolar e professores. A avaliação observará a participação e desenvolvimento durante as atividades.
Resumo da Teoria de aprendizagem: "Taxonomia de Bloom" que auxilia os professores no planejamento e aprimoramento do processo educacional, bastante utilizada para definir objetivos.
O documento descreve a Taxonomia de Bloom, uma teoria educacional que classifica os objetivos de aprendizagem em níveis hierárquicos. A taxonomia inclui três domínios: cognitivo, afetivo e psicomotor. Cada domínio possui níveis que devem ser alcançados sequencialmente pelos alunos, do mais simples ao mais complexo, para que a aprendizagem ocorra de forma efetiva. A taxonomia auxilia os professores no planejamento de aulas e atividades educacionais.
1. O documento discute a taxonomia de Bloom, uma ferramenta para classificar objetivos educacionais e facilitar o ensino, aprendizagem e desenvolvimento cognitivo.
2. A taxonomia de Bloom é revisada e suas atualizações são apresentadas, com o objetivo de esclarecer como pode ser usada em cursos de engenharia.
3. Os autores explicam que a taxonomia pode ajudar educadores a planejarem o ensino de forma adequada, controlada e a promover o desenvolvimento cognitivo dos alunos.
O documento discute a história das políticas educacionais no Brasil desde a década de 1930, com foco nas principais leis e reformas educacionais que moldaram o sistema educacional ao longo do tempo, incluindo a LDB de 1961, 1971 e 1996. Também aborda brevemente o papel da educação na sociedade e a importância do planejamento educacional.
Anísio Teixeira dedicou sua vida à luta pela educação pública e democrática no Brasil. O documento descreve sua trajetória como educador, desde sua formação até suas principais realizações na Bahia e no Rio de Janeiro, onde modernizou os sistemas de ensino. O texto também lista algumas de suas obras mais importantes e destaca seu papel na construção de universidades pioneiras no Brasil.
1a. O documento discute as teorias psicogenéticas de Piaget, Vygotsky e Wallon, focando nos fatores biológicos e sociais no desenvolvimento humano segundo cada autor.
2a. Para Piaget, a socialização da inteligência só começa com a aquisição da linguagem, enquanto Vygotsky vê o desenvolvimento como um processo social-histórico de internalização de sistemas simbólicos culturais.
3a. Já Wallon parte da motricidade para entender o desenvolvimento da inteligência, vendo
O documento é um edital para seleção simplificada de professores temporários na rede municipal de ensino de Sidrolândia-MS para 2022. O edital define os requisitos para diversos cargos de professores da educação infantil, ensino fundamental urbano e rural, incluindo habilitações e cargas horárias. O processo seletivo será realizado pela FAPEC visando constituir um banco de reserva para futuras convocações temporárias.
O documento discute a Educação Infantil na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ele explica que a Educação Infantil passou a ser reconhecida como parte integrante da Educação Básica e obrigatória para crianças de 4 e 5 anos. A BNCC organiza a Educação Infantil em torno de cinco campos de experiências que asseguram os direitos das crianças de brincar, conviver, explorar e se expressar.
A BNCC define as habilidades essenciais para todos os alunos da educação básica. As competências gerais são 10 habilidades que devem ser desenvolvidas ao longo da educação básica por meio da articulação com os componentes curriculares, incluindo conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para a vida e o mundo do trabalho. São elas: conhecimento, pensamento científico, comunicação, cultura digital, trabalho e projeto de vida, argumentação, autoconhecimento, empatia, responsabilidade e repertório cultural
O documento apresenta o Estatuto da Criança e do Adolescente, que é a principal lei brasileira sobre os direitos da criança e do adolescente. O Estatuto traz disposições sobre os direitos fundamentais das crianças e adolescentes, como o direito à vida, saúde, educação, entre outros. Além disso, define quem são considerados criança e adolescente para fins legais e estabelece os deveres da família e da sociedade em garantir esses direitos.
O documento discute conceitos relacionados à alfabetização como alfabetização, alfabetizar, alfabetizado, alfabetismo, analfabetismo e letramento. Também aborda as dimensões do desenvolvimento cognitivo da criança e as etapas do processo de alfabetização, enfatizando a construção ativa da escrita e da leitura pela criança.
O documento discute conceitos relacionados à alfabetização como alfabetização, alfabetizar, alfabetizado, alfabetismo, analfabetismo e letramento. Também aborda os níveis do processo de alfabetização, a construção da escrita e leitura, a organização didática da sala de aula e a importância da participação familiar no ensino-aprendizagem da criança.
Este projeto visa conscientizar estudantes da educação infantil sobre a dengue, ensinando sobre o mosquito transmissor, sintomas e prevenção. Serão realizadas atividades como rodas de conversa, cartazes, recortes e uma maquete sobre locais propícios à proliferação do mosquito para educar as crianças sobre este importante tema de saúde pública.
A autora critica políticos que não valorizam os profissionais da educação e não dialogam com eles sobre melhorias. Gestores públicos ainda seguem modelos autoritários em vez de democráticos, negando direitos como salários dignos e materiais adequados. É necessário repensar o papel desses gestores e o tipo de educação e sociedade que queremos para as crianças.
Freinet desenvolveu um método pedagógico "natural" que aproveita o meio ambiente e os interesses das crianças. Ele acreditava que a escrita deve ser ensinada de forma gradual e significativa, passando por 5 fases desde garatujos até a escrita alfabética consciente. Freinet valorizava a expressão escrita livre e pessoal das crianças desde tenra idade.
O documento descreve as teorias da psicóloga Emilia Ferreiro sobre como as crianças aprendem a ler e escrever, passando por estágios cognitivos como pré-silábico, silábico e silábico-alfabético. Aprender a escrita não depende apenas da idade, e os professores devem considerar como cada criança constrói esse conhecimento.
Ovide Decroly foi um educador que desenvolveu um método inovador de ensino focado nos interesses da criança e na preparação para a vida. Seu método dos "centros de interesse" integrava atividades escolares de forma associada. Ele defendia que a criança deve ser educada em liberdade para desabrochar suas possibilidades.
O documento discute a importância de práticas de letramento significativas na alfabetização de crianças, promovendo a produção escrita em vários gêneros textuais para que a escrita seja aprendida de forma funcional e social.
1. Deficiência Mental
Adriana L. Limaverde Gomes
Anna Costa Fernandes
Cristina Abranches Mota Batista
Dorivaldo Alves Salustiano
Maria Teresa Eglér Mantoan
Rita Vieira de Figueiredo
2. Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministério da Educação
Fernando Haddad
Secretário de Educação a Distância
Ronaldo Mota
Secretária de Educação Especial
Cláudia Pereira Dutra
3. Formação Continuada a Distância
de Professores para o
Atendimento Educacional Especializado
Deficiência Mental
SEESP / SEED / MEC
Brasília/DF – 2007
4. F icha Técnica
S
ecretário de Educação a Distância
Ronaldo Mota Coordenação do Projeto de Aperfeiçoamento de
Professores dos Municípios-Polo do Programa
“Educação Inclusiva; direito à diversidade” em
D iretor do Departamento de Políticas de Educação a Distância Atendimento Educacional Especializado
Helio Chaves Filho Cristina Abranches Mota Batista
Edilene Aparecida Ropoli
C
oordenadora Geral de Avaliação e Normas em Educação a Maria Teresa Eglér Mantoan
Distância Rita Vieira de Figueiredo
Maria Suely de Carvalho Bento
Autores deste livro: Atendimento Educacional
C
oordenador Geral de Articulação Institucional em Especializado em Deficiência Mental
Educação a Distância Adriana L. Limaverde Gomes
Webster Spiguel Cassiano Anna Costa Fernandes
Cristina Abranches Mota Batista
S
ecretária de Educação Especial Dorivaldo Alves Salustiano
Cláudia Pereira Dutra Maria Teresa Eglér Mantoan
Rita Vieira de Figueiredo
D epartamento de Políticas de Educação Especial
Cláudia Maffini Griboski
P rojeto Gráfico
Cícero Monteferrante - monteferrante@hotmail.com
C
oordenação Geral de Articulação da Política de Inclusão
Denise de Oliveira Alves
R evisão
Adriana A. L. Scrok
I
mpressão e Acabamento
Gráfica e Editora Cromos - Curitiba - PR - 41 3021-5322
I
lustrações
Alunos da APAE de Contagem - Minas Gerais
Alef Aguiar Mendes (12 anos)
Felipe Dutra dos Santos (14 anos)
Marcela Cardoso Ferreira (13 anos)
Rafael Felipe de Almeida (13 anos)
Rafael Francisco de Carvalho (12 anos)
5. PREF˘CIO
O Ministério da Educação desenvolve a política de educação inclusiva que pressupõe a
ão
transformação do Ensino Regular e da Educação Especial e, nesta perspectiva, são implementadas diretrizes
e ações que reorganizam os serviços d Atendimento Educacional Especializado oferecidos aos alunos com
de d d l l d f d l
deficiência visando a complementação da sua formação e não mais a substituição do ensino regular.
Com este objetivo a Secretaria de Educação Especial e a Secretaria de Educação a Distância
promovem o curso de Aperfeiçoamento de Professores para o Atendimento Educacional Especializado,
realizado em uma ação conjunta com a Universidade Federal do Ceará, que efetiva um amplo projeto de
formação continuada de professores por meio do programa Educação Inclusiva: direito à diversidade.
Incidindo na organização dos sistemas de ensino o projeto orienta o Atendimento Educacional
Especializado nas salas de recursos multifuncionais em turno oposto ao freqüentado nas turmas comuns
e possibilita ao professor rever suas práticas à luz dos novos referenciais pedagógicos da inclusão.
O curso desenvolvido na modalidade a distância, com ênfase nas áreas da deficiência física,
sensorial e mental, está estruturado para:
- trazer o contexto escolar dos professores para o foco da discussão dos novos referenciais para
a inclusão dos alunos;
- introduzir conhecimentos que possam fundamentar os professores na reorientação das suas
práticas de Atendimento Educacional Especializado;
- desenvolver aprendizagem participativa e colaborativa necessária para que possam ocorrer
mudanças no Atendimento Educacional Especializado.
Nesse sentido, o curso oferece fundamentos básicos para os professores do Atendimento
Educacional Especializado que atuam nas escolas públicas e garante o apoio aos 144 municípios-pólo
para a implementação da educação inclusiva.
CLAUDIA PEREIRA DUTRA
Secretária de Educação Especial
6.
7. APRESENTAÇ‹O
P
ara entender a deficiência mental, temos de puxar diferentes fios e cruzá-los entre si,
buscando respostas e esclarecimentos que permitam compreendê-la.
O
s textos que aqui apresentamos
abordam essa limitação humana
nessa tessitura, com o cuidado
de não reduzi-la em seu entendimento.
Q uanto ao Atendimento Educacional
Especializado – AEE – para
esses alunos, estamos trazendo
experiências interessantes, que envolvem
níveis os mais diferentes de comprometimento
mental e atividades pedagógicas as mais
variadas, tecendo a teoria com a prática.
Coordenação do Projeto.
8.
9. SUM˘RIO
CAP¸TULO I
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO EM DEFICI¯NCIA MENTAL ..................................... 13
1. A deficiência mental ................................................................................................................................................................ 13
2. A escola comum diante da deficiência mental.................................................................................................................. 16
3. O Atendimento Educacional Especializado para as pessoas com deficiência mental e a Educação Especial .... 20
3.1. Atendimento Educacional Especializado para a deficiência mental – O Conceito ...................................... 22
3.2. Atendimento Educacional Especializado para a deficiência mental – A Prática ........................................... 24
4. Relato de uma experiência em Atendimento Educacional Especializado .................................................................. 29
4.1. Experiência da APAE de Contagem ......................................................................................................................... 29
4.2. Produção de textos na SAT Livros e Filmes............................................................................................................ 32
4.3. A produção de uma história e de outras tantas..................................................................................................... 33
4.4. Projetos na SAT’s Arte ................................................................................................................................................. 39
CAP¸TULO II
A EMERG¯NCIA DA LEITURA E DA ESCRITA EM ALUNOS COM DEFICI¯NCIA MENTAL............................... 45
1. O que é ler?................................................................................................................................................................................ 45
2. A aprendizagem da leitura e da escrita por alunos com deficiência mental .............................................................. 47
2.1. Letramento ..................................................................................................................................................................... 47
2.2. Dimensão desejante...................................................................................................................................................... 48
2.3. Expectativas do entorno, ensino e interações escolares ....................................................................................... 49
3. A avaliação da aprendizagem da leitura e da escrita ........................................................................................................ 51
3.1. Relação entre desenho e texto.................................................................................................................................... 51
3.2. Estratégias de leitura .................................................................................................................................................... 57
4. Produção escrita........................................................................................................................................................................ 60
10. CAP¸TULO III
MEDIAÇ›ES DA APRENDIZAGEM DA L¸NGUA ESCRITA POR
ALUNOS COM DEFICI¯NCIA MENTAL.......................................................................................................... 71
1. Introdução ................................................................................................................................................................................. 71
2. Conceituando mediação......................................................................................................................................................... 72
3. Análise de um evento de mediação...................................................................................................................................... 74
3.1. O episódio...................................................................................................................................................................... 74
3.2. Análise do episódio...................................................................................................................................................... 75
4. Ampliando as concepções de mediação para além do “Modelo SSO” ....................................................................... 77
5. Considerações finais ................................................................................................................................................................ 80
11.
12.
13. Atendimento Educacional Especializado
em Deficiência Mental1
Cristina Abranches Mota Batista
Maria Teresa Eglér Mantoan
1. A deficiência mental pessoa pode sentir-se discriminada em um ambiente
que lhe impõe barreiras e que só destaca a sua
deficiência ou, ao contrário, ser acolhida, graças às
N
a procura de uma compreensão mais transformações deste ambiente para atender às suas
global das deficiências em geral, em necessidades.
1980, a OMS2 propôs três níveis para
esclarecer todas as deficiências, a saber: deficiência,
incapacidade e desvantagem social. Em 2001, essa 13
proposta, revista e reeditada, introduziu o
Capítulo I - Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental
funcionamento global da pessoa com deficiência
em relação aos fatores contextuais e do meio, re-
situando-a entre as demais e rompendo o seu
isolamento. Ela chegou a motivar a proposta de
substituição da terminologia “pessoa deficiente”
por “pessoa em situação de deficiência”. (Assante,
20003), para destacar os efeitos do meio sobre a
autonomia da pessoa com deficiência. Assim, uma
1 Este Capítulo I e o Capítulo II foram baseados no livro Educação
Inclusiva - Atendimento Educacional Especializado para a Deficiência
Mental, das mesmas autoras e editado pela Secretaria de Educação
Especial do MEC, em 2005.
2 Organização Mundial de Saúde.
3 Extraído do documento do grupo de estudos sobre a lei de “Orientação
em favor das pessoas com deficiência” - França..
14. A Convenção da Guatemala, internalizada como: a [...] „dificuldade do aprendizado e
à Constituição Brasileira pelo Decreto nª comprometimento do comportamento‰, o que
3.956/2001, no seu artigo 1ª define deficiência coincide com outros diagnósticos de áreas
como [...] “uma restrição física, mental ou diferentes.
sensorial, de natureza permanente ou transitória, O diagnóstico da deficiência mental não
que limita a capacidade de exercer uma ou mais se esclarece por supostas categorias e tipos de
atividades essenciais da vida diária, causada ou inteligência. Teorias psicológicas desenvolvi-
agravada pelo ambiente econômico e social”. Essa mentistas, como as de caráter sociológico,
definição ratifica a deficiência como uma antropológico têm posições assumidas diante da
situação. deficiência mental, mas ainda assim não se
A deficiência mental constitui um conseguiu fechar um conceito único que dê conta
impasse para o ensino na escola comum e para a dessa intrincada condição.
definição do Atendimento Educacional A Psicanálise, por exemplo, traz à tona a
Especializado, pela complexidade do seu conceito dimensão do inconsciente, uma importante
e pela grande quantidade e variedades de
14 contribuição que introduz os processos psíquicos
abordagens do mesmo. na determinação de diversas patologias, entre as
Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Mental
A dificuldade de diagnosticar a deficiência quais a deficiência mental. A inibição, desenvolvida
mental tem levado a uma série de revisões do seu por Freud, pode ser definida pela limitação de
conceito. A medida do coeficiente de inteligência determinadas atividades, causada por um bloqueio
(QI), por exemplo, foi utilizada durante muitos de algumas funções, como o pensamento, por
anos como parâmetro de definição dos casos. O exemplo. A debilidade, para Lacan, define uma
próprio CID 10 (Código Internacional de Doenças, maneira particular de o sujeito lidar com o saber,
desenvolvido pela Organização Mundial de podendo ser natural ao sujeito, por caracterizar
Saúde), ao especificar o Retardo Mental (F70-79), um mal-estar fundamental em relação ao saber, ou
propõe uma definição ainda baseada no coeficiente seja, todos nós temos algo que não conseguimos
de inteligência, classificando-o entre leve, ou não queremos saber. Mas também define a
moderado e profundo, conforme o debilidade como uma patologia, quando o sujeito
comprometimento. Também inclui vários outros se fixa numa posição débil, de total recusa de
sintomas de manifestações dessa deficiência, apropriação do saber.
15. Além de todos esses conceitos, que em também demonstrou como o sujeito evita aquilo
muitos casos são antagônicos, existe a dificuldade que lhe parece estranho e diferente e que no
de se estabelecer um diagnóstico diferencial fundo remete a questões pessoais e mais íntimas
entre o que seja „doença mental‰ (que engloba dele próprio.
diagnósticos de psicose e psicose precoce) e Presa ao conservadorismo e à estrutura
„deficiência mental‰, principalmente no caso de de gestão dos serviços públicos educacionais, a
crianças pequenas em idade escolar. escola, como instituição, continua norteada
Por todos esses motivos, faz-se necessário por mecanismos elitistas de promoção dos
reunir posicionamentos de diferentes áreas do melhores alunos em todos os seus níveis de
conhecimento, para conseguirmos entender ensino e contribui para aumentar e/ou manter
mais amplamente o fenômeno mental. o preconceito e discriminação em relação aos
A deficiência mental não se esgota na alunos com deficiência mental.
sua condição orgânica e/ou intelectual e nem Há que se considerar também as
pode ser definida por um único saber. Ela é resistências de profissionais da área, que criam
uma interrogação e objeto de investigação de ainda mais obstáculos para se definir o 15
inúmeras áreas do conhecimento. atendimento a pessoas com deficiência mental.
Capítulo I - Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental
A grande dificuldade de conceituar essa Por todas essas razões, o Atendimento
deficiência trouxe conseqüências indeléveis na Educacional Especializado para alunos com
maneira de lidarmos com ela e com quem a possui. deficiência mental necessita ser urgentemente
O medo da diferença e do desconhecido é responsável, reinterpretado e reestruturado.
em grande parte, pela discriminação sofrida pelas
pessoas com deficiência, mas principalmente por
aquelas com deficiência mental.
O sociólogo Erving Goffman
desenvolveu uma estrutura conceitual – a
estigmatização, para definir essa reação diante
daquele que é diferente e que acarreta um certo
descrédito e desaprovação das demais pessoas.
Freud, em seu trabalho sobre o Estranho,
16. 2. A escola comum diante da que a definição da Organização Mundial de Saúde
deficiência mental - OMS de 2001 e a Convenção da Guatemala acusam
como agravante da situação de deficiência.
O caráter meritocrático, homogeneizador
e competitivo das escolas tradicionais oprimem o
A deficiência mental desafia a escola
professor, reduzindo-o a uma situação de isolamento
comum no seu objetivo de ensinar, de levar o aluno
e impotência, principalmente frente aos seus alunos
a aprender o conteúdo curricular, construindo o
com deficiência mental, pois são aqueles que mais
conhecimento. O aluno com essa deficiência tem
“entravam” o desenvolvimento do processo escolar,
uma maneira própria de lidar com o saber, que não
em todos os seus níveis e séries. Diante da situação,
corresponde ao que a escola preconiza. Na verdade,
a saída encontrada pela maioria dos professores é
não corresponder ao esperado pela escola pode
desvencilhar-se desses alunos que não acompanham
acontecer com todo e qualquer aluno, mas os alunos
as turmas, encaminhando-os para qualquer outro
com deficiência mental denunciam a impossibilidade
lugar que supostamente saiba como ensiná-los.
de a escola atingir esse objetivo, de forma tácita.
Eles não permitem que a escola dissimule essa O número de alunos categorizados como
16 verdade. As outras deficiências não abalam tanto a deficientes mentais foi ampliado enormemente,
escola comum, pois não tocam no cerne e no abrangendo todos aqueles que não demonstram
Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Mental
motivo da sua urgente transformação: considerar a bom aproveitamento escolar e com dificuldades de
aprendizagem e a construção do conhecimento seguir as normas disciplinares da escola. O
acadêmico como uma conquista individual e aparecimento de novas terminologias, como as
intransferível do aprendiz, que não cabe em padrões “necessidades educacionais especiais‰, aumentaram
e modelos idealizados. a confusão entre casos de deficiência mental e
outros que apenas apresentam problemas na
O aluno com deficiência mental tem
aprendizagem, por motivos que muitas vezes são
dificuldade de construir conhecimento como os
devidos às próprias práticas escolares.
demais e de demonstrar a sua capacidade cognitiva,
principalmente nas escolas que mantêm um modelo Se as escolas não se reorganizarem para
conservador de ensino e uma gestão autoritária e atender a todos os alunos, indistintamente, a
centralizadora. Essas escolas apenas acentuam a exclusão generalizada tenderá a aumentar,
deficiência, aumentam a inibição, reforçam os provocando cada vez mais queixas vazias e maior
sintomas existentes e agravam as dificuldades do distanciamento da escola comum dos alunos que
aluno com deficiência mental. Tal situação ilustra o supostamente não aprendem.
17. A necessidade de encontrar soluções Aprender é uma ação humana criativa,
imediatas para resolver a premência da observância individual, heterogênea e regulada pelo sujeito da
do direito de todos à educação fez com que algumas aprendizagem, independentemente de sua condição
escolas procurassem saídas paliativas, envolvendo intelectual ser mais ou ser menos privilegiada. São
todo tipo de adaptação: de currículos, de atividades, as diferentes idéias, opiniões, níveis de compreensão
de avaliação, de atendimento em sala de aula que se que enriquecem o processo escolar e clareiam o
destinam unicamente aos alunos com deficiência. entendimento dos alunos e professores. Essa
Essas soluções continuam reforçando o caráter diversidade deriva das formas singulares de nos
substitutivo da Educação Especial, especialmente adaptarmos cognitivamente a um dado conteúdo e
quando se trata de alunos com deficiência mental. da possibilidade de nos expressarmos abertamente
Tais práticas adaptativas funcionam como sobre ele.
um regulador externo da aprendizagem e estão Ensinar é um ato coletivo, no qual o
baseadas nos propósitos e procedimentos de ensino professor disponibiliza a todos alunos, sem exceção,
que decidem o que falta ao aluno de uma turma de um mesmo conhecimento.
escola comum. Em outras palavras, ao adaptar
Ao invés de adaptar e individualizar/
currículos, selecionar atividades e formular provas 17
diferenciar o ensino para alguns, a escola comum
diferentes para alunos com deficiência e/ou
precisa recriar suas práticas, mudar suas concepções,
Capítulo I - Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental
dificuldade de aprender, o professor interfere de
rever seu papel, sempre reconhecendo e valorizando
fora, submetendo os alunos ao que supõe que eles
as diferenças.
sejam capazes de aprender.
As práticas escolares que permitem ao
Na concepção inclusiva, a adaptação ao
aluno aprender e ter reconhecidos e valorizados os
conteúdo escolar é realizada pelo próprio aluno e
conhecimentos que é capaz de produzir, segundo
testemunha a sua emancipação intelectual. Essa suas possibilidades, são próprias de um ensino
emancipação é conseqüência do processo de auto- escolar que se distingue pela diversificação de
regulação da aprendizagem, em que o aluno assimila atividades. O professor, na perspectiva da educação
o novo conhecimento, de acordo com suas inclusiva, não ministra um “ensino diversificado” e
possibilidades de incorporá-lo ao que já conhece. para alguns. Ele prepara atividades diversas para
Entender este sentido emancipador da seus alunos (com e sem deficiência mental) ao
adaptação intelectual é sumamente importante para o trabalhar um mesmo conteúdo curricular. Essas
professor comum e especializado. atividades não são graduadas para atender a níveis
18. diferentes de compreensão e estão disponíveis na para todos os alunos, cabendo àquele com
sala de aula para que os alunos as escolham deficiência mental apenas colorir um dos planetas
livremente, de acordo com seus interesses. em folha mimeografado.
Para exemplificar esta prática, consi- Modificar essas práticas discriminatórias
deremos o ensino dos planetas do sistema solar é um verdadeiro desafio, que implica em inovações
para uma turma de alunos com e sem deficiências. na forma de o professor e o aluno avaliarem o
As atividades podem variar de propostas de processo de ensino e de aprendizagem. Elas exigem
elaboração de textos, a construção de maquetes do a negação do caráter padronizador da aprendizagem
sistema planetário, realização de pesquisas em e eliminam todas as demais características
livros, revistas, jornais, internet, confecção de excludentes das escolas comuns, que adotam
cartazes, leituras interpretativas de textos literários propostas pedagógicas conservadoras. A prática
e poesias, apresentação de seminários sobre o tema, escolar inclusiva provoca necessariamente a
entre outras. O aluno com deficiência mental, cooperação entre todos os alunos e o reconhecimento
assim como os demais colegas, escolhe a atividade de que ensinar uma turma é, na verdade, trabalhar
que mais lhe interessar e a executa. Essa escolha e com um grande grupo e com todas as possibilidades
18 a capacidade de desempenhar a tarefa não é de subdividi-lo. Dessa forma, nas subdivisões de
predefinida pelo professor. Tal prática é distinta uma turma, os alunos com deficiência mental
Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Mental
daquelas que habitualmente encontramos nas salas podem aderir a qualquer grupo de colegas, sem
de aula, nas quais o professor escolhe e determina formar um grupo à parte, constituído apenas de
uma tarefa para todos os alunos realizarem alunos com deficiência e/ou problemas na
individualmente e uniformemente, sendo que para aprendizagem.
os alunos com deficiência mental ele oferece uma Para conseguir trabalhar dentro de uma
outra atividade facilitada sobre o mesmo assunto proposta educacional inclusiva, o professor comum
ou até mesmo sobre outro completamente precisa contar com o respaldo de uma direção
diferente. Contraditoriamente, esta tem sido a escolar e de especialistas (orientadores, supervisores
solução adotada pelos professores para impedir a educacionais e outros), que adotam um modo de
„exclusão na inclusão‰. Utilizando como exemplo gestão escolar, verdadeiramente participativa e
esse mesmo conteúdo - o ensino dos planetas do descentralizada. Muitas vezes o professor tem idéias
sistema solar - é comum o professor selecionar novas para colocar em ação em sua sala de aula,
uma atividade de leitura e interpretação de textos mas não é bem recebido pelos colegas e pelos demais
19. membros da escola, devido ao descompasso entre o planejamento todo o grupo pode tomar decisões
que está propondo e o que a escola tem o hábito de com relação às atividades e aos grupos a serem
fazer para o mesmo fim. formados para realizá-las. Num segundo momento,
A receptividade à inovação anima a escola as atividades são realizadas conforme o plano
a criar e a ter liberdade para experimentar alternativas estabelecido. Finalmente a jornada de trabalho é
de ensino. Sua autonomia para criar e experimentar reconstituída na última parte dessa rotina, com a
coisas novas se estenderá aos alunos com ou sem participação de todos os alunos. Eles então
deficiência e assim os alunos com deficiência mental socializam o que aprenderam e avaliam a produção
serão naturalmente valorizados e reconhecidos por realizada no dia. O aluno com deficiência mental,
suas capacidades e respeitados em suas limitações. como os demais, participa igualmente de todos
esses momentos: planejamento, execução, avaliação
A liberdade do professor e dos alunos, de e socialização dos conhecimentos produzidos.
criarem as melhores condições de ensino e de
aprendizagem, não dispensa um bom planejamento A avaliação dos alunos com deficiência
de trabalho, seja ele anual, mensal, quinzenal ou mental visa ao conhecimento de seus avanços no
mesmo diário. Ser livre para aprender e ensinar não entendimento dos conteúdos curriculares durante o
ano letivo de trabalho, seja ele organizado por série 19
implica em uma falta de limites e regras ou, ainda,
em cair num espontaneismo de atuação. O ano ou ciclos. O mesmo vale para os outros alunos da
Capítulo I - Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental
letivo, assim como a rotina diária de uma turma, sua turma, para que não sejam feridos os princípios
devem contemplar um tempo para planejar, outro da inclusão escolar. A promoção automática,
para executar, outro para avaliar e socializar os quando é exclusiva para alunos com deficiência
conhecimentos aprendidos. Todo esse processo é mental, constitui uma diferenciação pela deficiência,
realizado coletivamente e individualmente. Um o que caracteriza discriminação. Em ambos os casos,
exemplo de rotina de sala de aula seria desenvolver, o que interessa para que um novo ano letivo se
em um primeiro momento, o planejamento coletivo, inicie é o quanto o aluno, com ou sem deficiência,
que compreende uma conversação livre entre o aprendeu no ano anterior, pois nenhum
professor e seus alunos a respeito do emprego do conhecimento é aprendido sem base no que se
tempo naquela jornada. Esse momento permite ao conheceu antes.
aluno expressar-se livremente a respeito do que
pretende fazer/aprender nesse dia e à professora
colocar suas intenções no mesmo sentido. No
20. 3. O Atendimento Educacional descritas. Talvez por esse motivo, ele continue sendo
Especializado para as pessoas confundido com o reforço escolar, e/ou com o que
é próprio do atendimento clínico, aceitando e se
com deficiência mental e a
submetendo a todo e qualquer outro conhecimento
Educação Especial de áreas afins que tratam da deficiência mental.
A Educação Especial para alunos com
deficiência mental, durante décadas, manteve as
A imprecisão do conceito de deficiência mesmas características do ensino regular
mental trouxe conseqüências para se esclarecer esse desenvolvido nas escolas tradicionais e sempre
tipo de Atendimento, nas escolas comuns e adotando práticas escolares adaptativas. Num
especiais. A proposta constitucional de prescrever primeiro momento, para fundamentar/organizar
o Atendimento Educacional Especializado para o trabalho educacional especializado, as escolas
alunos com deficiência apontou a necessidade de limitaram-se unicamente a treinar seus alunos,
se distinguir o que é próprio de uma intervenção subdivididos nas categorias educacionais: treináveis
específica para a deficiência mental, complementar e educáveis; limítrofes e dependentes. Esse
20 à escola comum, daquela que é substitutiva e treinamento era desenvolvido visando à inserção
meramente compensatória, visando à aquisição familiar e social. Muitas vezes, o treino se resumia
paralela do saber escolar.
Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Mental
à atividades de vida diária estereotipadas, repetitivas
A partir de 1996, a LDBEN classificou a e descontextualizadas.
Educação Especial como uma modalidade de O movimento de Integração escolar
ensino. Com isso a Educação Especial perdeu a manteve as práticas adaptativas, com o objetivo de
função de substituição dos níveis de ensino. No propiciar a inserção e/ou a re-inserção de alunos
entanto, essa mesma lei, ao dedicar um de seus com deficiência na escola comum, pelo treino dos
capítulos à Educação Especial, possibilita interpre- mesmos conteúdos e programas do ensino regular.
tações enganosas que a mantém como um subsistema
paralelo de ensino escolar. O aspecto agravante dessa prática
adaptativa/integrativa está no fato de se insistir para
Além disso, o Atendimento Educacional que o treino se realize a partir do que é concreto, ou
Especializado também não foi amplamente seja, palpável, tangível, insistentemente reproduzido,
esclarecido quanto à sua natureza educacional por de forma alienante, supondo que os alunos com
ter sido criado legalmente sem ter suas ações deficiência mental só „aprendem no concreto!‰.
21. A idéia contida nesse tipo de treino é deficiência mental lidarem com o pensamento,
equivocada, pois o concreto não dá conta do que raciocinarem, utilizarem a capacidade de descobrir
um objeto é em toda a sua extensão e dos significados o que é visível e preverem o invisível, criarem e
que cada pessoa pode atribuir a esse objeto, em inovarem, enfim, terem acesso a tudo o que é
função de sua vivência e referências anteriores. Para próprio da ação de conhecer. Para exemplificar essa
muitos aprendizes, contar palitos de fósforo não é lógica, podemos citar atividades como: decorar
uma atividade de aprendizagem dos numerais e famílias silábicas; aprender a multiplicar, dividir ou
nem mesmo uma oportunidade de construir a idéia somar a partir de inúmeras contas envolvendo a
de número. O aluno pode estar apenas manuseando mesma operação aritmética; repetir o cabeçalho
esse material para entender o modo de sua mãe todos os dias por várias vezes; responder copiando
acender o fogo, por exemplo... do livro; colorir desenhos reproduzidos e
Por mais que se pretenda construir um mimeografados pela professora para treino motor
conhecimento a partir do “concreto”, ele não se com cores predefinidas, além de outras tarefas de
esgotará na sua dimensão física. A compreensão pura memorização, que sustentam o ensino de má
total do real é algo que jamais alcançaremos, mesmo qualidade em geral.
no mais avançado estado intelectual. Por outro O papel da educação especializada tem 21
lado, a repetição de uma ação sobre um objeto, sem sido o de tentar „adaptar‰ os alunos com deficiência
Capítulo I - Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental
que o sujeito lhe atribua um significado próprio, é mental às exigências da escola comum tradicional.
vazia, sem nenhuma repercussão intelectual e estéril, Assim, durante anos e mesmo até hoje, há os que
pois nada produz de novo e apenas coloca as pessoas acreditam que a inclusão só é possível em alguns
com deficiência mental em uma posição inferior, casos, apenas para os „alunos adaptáveis‰ ao
enfraquecida e debilitada diante do conhecimento. modelo excludente dessa escola. Alegam que a
O grande equívoco de uma prática de inclusão total é irresponsável! Os que assim
ensino que se baseia nessa lógica do concreto é a pensam e agem estão provocando a segregação
repetição alienante, que nega o acesso da pessoa dentro da própria Escola Especial, ou seja, uma
com deficiência mental ao plano abstrato e espécie de „exclusão da exclusão‰, em que os
simbólico da compreensão, ou seja, nega a sua alunos são subdivididos entre aqueles que têm
capacidade de estabelecer uma interação simbólica condições de ser encaminhados para a escola
com o meio. O perigo desse equívoco é empobrecer comum e aqueles que, por serem considerados
cada vez mais a condição de as pessoas com „casos graves‰, jamais poderão ser incluídos nela.
22. 3.1. Atendimento Educacional O Atendimento Educacional Especializado
Especializado para a deficiência mental deve propiciar aos alunos com deficiência mental
– O Conceito condições de passar de um tipo de ação automática
e mecânica diante de uma situação de aprendizado/
experiência – regulações automáticas para um
O Atendimento Educacional Especializado outro tipo, que lhe possibilite selecionar e optar
decorre de uma nova concepção da Educação pelos meios que julguem mais convenientes para
Especial, sustentada legalmente, e é uma das condições agir intelectualmente – regulações ativas, também
para o sucesso da inclusão escolar dos alunos com descritas por Piaget.
deficiência. Esse atendimento existe para que os
alunos possam aprender o que é diferente dos O Atendimento Educacional Especializado
conteúdos curriculares do ensino comum e que é para tais alunos deve, portanto, privilegiar o
necessário para que possam ultrapassar as barreiras desenvolvimento e a superação de seus limites
impostas pela deficiência. intelectuais, exatamente como acontece com as
demais deficiências, como exemplo: para o cego, a
As barreiras da deficiência mental diferem
22 possibilidade de ler pelo braile; para o surdo, a forma
das barreiras encontradas nas demais deficiências. mais conveniente de se comunicar e para a pessoa
Trata-se de barreiras referentes à maneira de lidar
Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Mental
com deficiência física, o modo mais adequado de se
com o saber em geral, fato que reflete
orientar e se locomover.
preponderantemente na construção do conhecimento
escolar. A educação especializada tradicional, Para a pessoa com deficiência mental, a
realizada nos moldes do treinamento e da adaptação, acessibilidade não depende de suportes externos ao
reforça a deficiência desse aluno. Essas formas de sujeito, mas tem a ver com a saída de uma posição
intervenção mantêm o aluno em um nível de passiva e automatizada diante da aprendizagem
compreensão que é muito primitivo e que a pessoa para o acesso e apropriação ativa do próprio saber.
com deficiência mental tem dificuldade de ultrapassar
- o nível das chamadas regulações automáticas, De fato, a pessoa com deficiência mental
descritas por Piaget. É necessário que se estimule o encontra inúmeras barreiras nas interações com o
aluno com deficiência mental a avançar na sua meio para assimilar as propriedades físicas do objeto
compreensão, criando-lhe conflitos cognitivos, ou de conhecimento, como por exemplo: cor, forma,
melhor, desafiando-o a enfrentá-los. textura, tamanho e outras características retiradas
diretamente desse objeto. Isso ocorre porque são
23. pessoas que apresentam prejuízos no funcionamento, Especializado, por sua vez, refere-se à forma pela
na estruturação e na construção do conhecimento. qual o aluno trata todo e qualquer conteúdo que
Por esse motivo, não adianta propor-lhes atividades lhe é apresentado e como consegue significá-lo, ou
que insistem na repetição pura e simples de noções seja, compreendê-lo.
de cor, forma etc. para que, a partir desse suposto
É importante insistir que o Atendimento
aprendizado, o aluno consiga entender essas e as
Educacional Especializado não é ensino particular,
demais propriedades físicas dos objetos, e ainda nem reforço escolar. Ele pode ser realizado em
possa transpô-las para outros contextos de grupos, porém é preciso estar atento para as formas
aprendizagem. A criança sem deficiência mental específicas de cada aluno se relacionar com o saber.
consegue espontaneamente retirar informações do Não é indicado realizá-lo em grupos formados por
objeto e construir conceitos, progressivamente. Já a alunos com o mesmo tipo de problema (patologias)
criança com deficiência mental precisa exercitar sua e/ou desenvolvimento. Pelo contrário, esses grupos
atividade cognitiva, de modo que consiga o mesmo, devem ser constituídos de alunos da mesma faixa
ou uma aproximação do mesmo avanço. etária e em vários níveis do processo de conhecimento.
Alunos com síndrome de Down, por exemplo,
Esse exercício intelectual implica em poderão compartilhar esse atendimento com colegas, 23
trabalhar a abstração, através da projeção das ações com outras síndromes, seqüelas de paralisia cerebral
práticas em pensamento. A projeção e a coordenação
Capítulo I - Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental
e ainda outros com ou sem uma causa orgânica
das ações práticas em pensamento são partes de um esclarecida de sua deficiência e com diferentes
processo cognitivo que é natural nas pessoas que possibilidades de acesso ao conhecimento.
não têm deficiência mental. Para aquelas que têm
O Atendimento Educacional Especializado
uma deficiência mental, essa passagem deve ser
para o aluno com deficiência mental deve permitir
estimulada e provocada, para que consigam
que esse aluno saia de uma posição de „não saber‰,
interiorizar o conhecimento e fazer uso dele,
ou de „recusa de saber‰ para se apropriar de um
oportunamente.
saber que lhe é próprio, ou melhor, que ele tem
O Atendimento Educacional Especializado consciência de que o construiu.
para as pessoas com deficiência mental está centrado
A inibição, definida na teoria freudiana,
na dimensão subjetiva do processo de conhecimento.
ou a “posição débil” enunciada por Lacan provocam
O conhecimento acadêmico refere-se à aprendizagem
atitudes particulares diante do saber, influenciando
do conteúdo curricular; o Atendimento Educacional a pessoa na aquisição do conhecimento acadêmico.
24. Estamos nos referindo aqui ao saber da Psicanálise, Mas o Atendimento Educacional
ao „saber inconsciente‰, relativo à verdade do Especializado não deve funcionar como uma
sujeito. Em outras palavras, trata-se de um processo análise interpretativa, própria das sessões
inconsciente em que o sujeito se recusa saber sobre psicanalíticas, e nem como uma intervenção
a própria incompletude, tanto dele, quanto do psicopedagógica, tradicionalmente praticada. Esse
outro. O aluno com deficiência mental, nessa Atendimento deve permitir ao aluno elaborar suas
posição de recusa e de negação do saber fica passivo
questões, suas idéias, de forma ativa e não
e dependente do outro (do seu professor, por
corroborar para sua alienação diante de todo e
exemplo), ao qual outorga o poder de todo o saber.
qualquer saber, como demonstramos a seguir.
Se o professor assume o lugar daquele que sabe tudo
e oferece todas as respostas para seus alunos, o que
é muito comum nas escolas e principalmente na
prática da Educação Especial, ele reforça essa
posição débil e de inibição, não permitindo que o 3.2. Atendimento Educacional
aluno se mobilize para adquirir/construir qualquer Especializado para a deficiência mental –
tipo de conhecimento. A Prática
24
Quando o Atendimento Educacional
Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Mental
Especializado permite que o aluno traga a sua
vivência e que se posicione de forma autônoma e A escola (especial e comum) ao
criativa diante do conhecimento, o professor sai do desenvolver o Atendimento Educacional
lugar de todo o saber e, assim, o aluno pode Especializado deve oferecer todas as oportunidades
questionar e modificar sua atitude de recusa do possíveis para que nos espaços educacionais em
saber e sair da posição de „não saber‰. Ao tomar que ele acontece, o aluno seja incentivado a se
consciência de que não sabe é que o aluno pode se expressar, pesquisar, inventar hipóteses e
mobilizar e buscar o saber. A liberdade de criação e reinventar o conhecimento livremente. Assim,
o posicionamento autônomo do aluno diante do ele pode trazer para os atendimentos os conteúdos
saber permitem que sua verdade seja colocada, o advindos da sua própria experiência, segundo
que é fundamental para os alunos com deficiência seus desejos, necessidades e capacidades. O
mental. Ele deixa de ser o eco do outro e se torna exercício da atividade cognitiva ocorrerá a partir
um ser pensante e desejante de saber. desses conteúdos.
25. Devem ser oferecidas situações, O aluno com deficiência mental, como
envolvendo ações em que o próprio aluno teve qualquer outro aluno, precisa desenvolver a sua
participação ativa na sua execução e/ou façam criatividade, a capacidade de conhecer o mundo e
parte da experiência de vida dele. Essa prática a si mesmo, não apenas superficialmente ou por
difere de todo modelo de atuação privilegiado até meio do que o outro pensa. O nosso maior engano
então pela Educação Especial. Trabalhar a é generalizar a dotação mental das pessoas com
ampliação da capacidade de abstração não significa deficiência mental em um nível sempre muito
apenas desenvolver a memória, a atenção, as noções
baixo, carregado de preconceitos sobre a capacidade
de espaço, tempo, causalidade, raciocínio lógico
de, como alunos, progredirem na escola,
em si mesmas. Nem tão pouco tem a ver com a
acompanhando os demais colegas. Desse engano
desvalorização da ação direta sobre os objetos de
derivam todas as ações educativas que desconsideram
conhecimento, pois a ação é o primeiro nível de
toda a construção mental. o fato de que cada pessoa é uma pessoa, que tem
antecedentes diferentes de formação, experiências
O objetivo do Atendimento Educacional de vida e que sempre é capaz de aprender e de
Especializado é propiciar condições e liberdade para exprimir um conhecimento.
que o aluno com deficiência mental possa construir 25
a sua inteligência, dentro do quadro de recursos Uma atividade muito utilizada pelos
intelectuais que lhe é disponível, tornando-se agente professores de alunos com deficiência mental é
Capítulo I - Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental
capaz de produzir significado/conhecimento. fazer bolinhas de papel para serem coladas sobre
uma figura traçada pelo professor em uma folha
O contato direto com os objetos a serem
conhecidos, ou seja, com a sua „concretude‰ não mimeografada. Essa atividade pode ser explorada
pode ser descartada, mas o importante é intervir de duas maneiras, com objetivos distintos. Uma
no sentido de fazer com que esses alunos percebam delas é desenvolvê-la de forma alienante, limitada,
a capacidade que têm de pensar, de realizar ações repetitiva, reduzindo-se a um mero exercício de
em pensamento, de tomar consciência de que são coordenação motora fina, realizada durante horas
capazes de usar a inteligência de que dispõem e de e sem o menor sentido para o aluno. A mesma
ampliá-la, pelo seu esforço de compreensão, ao atividade pode explorar a inteligência desse aluno
resolver uma situação problema qualquer. Mas se fizer parte de um plano e for uma escolha do
sempre agindo com autonomia para escolher o aluno para reproduzir o miolo de uma flor, por
caminho da solução e a sua maneira de atuar exemplo. A colagem seria, nesse caso, uma estratégia
inteligentemente. que ele mesmo selecionou para demonstrar o seu
26. conhecimento das partes de um vegetal e não Com relação a Língua Portuguesa e a Matemática, o
unicamente para preencher o espaço de uma folha Atendimento Educacional Especializado buscará o
que lhe foi entregue. No estudo das partes de um conhecimento que permite ao aluno a leitura, a escrita
vegetal, essa atividade é uma entre várias que os e a quantificação, sem o compromisso de sistematizar
alunos escolheram e recriaram, fazendo parte de essas noções como é o objetivo da escola.
todo um conjunto de trabalho, em que a flor é
Para possibilitar a produção do saber e
parte de outras noções pertinentes ou não ao
preservar sua condição de complemento do
plano. O que mais importa é que ele permita que
ensino regular, o Atendimento Educacional
os alunos tenham condições de enfrentar a
Especializado tem de estar desvinculado da
atividade e que tomem consciência do que sabem,
necessidade típica da produção acadêmica. A
do que não sabem e do que querem saber a respeito
aprendizagem do conteúdo acadêmico limita as
do que está sendo estudado. Essa consciência
ações do professor especializado, principalmente
permite que os alunos expressem seus
quanto ao permitir a liberdade de tempo e de
questionamentos e conhecimentos a respeito de
criação que o aluno com deficiência mental
tudo o que um objeto possa suscitar com liberdade
26 e utilizando a sua criatividade.
precisa ter para organizar-se diante do desafio
do processo de construção do conhecimento.
Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Mental
É visível o efeito desses dois tipos de Esse processo de conhecimento, ao contrário do
produção. Na sala onde ela é realizada de forma que ocorre na escola comum, não é determinado
mecânica, o mural reproduzirá um modo seriado, por metas a serem atingidas em uma determinada
estereotipado de agir; que reflete o desenho do série, ou ciclo, ou mesmo etapas de níveis de
professor. Na outra, o mesmo mural revelará as ensino ou de desenvolvimento.
infinitas possibilidades da criação, ou seja, do
O processo de construção do
trabalho cognitivo dos alunos, ao aprender e da
conhecimento, no Atendimento Educacional
professora, ao ensinar.
Especializado, não é ordenado de fora, e não é
O Atendimento Educacional Especializado possível ser planejado sistematicamente,
não deve ser uma atividade que tenha como obedecendo a uma seqüência rígida e predefinida
objetivo o ensino escolar especial adaptado para de conteúdos a serem assimilados. E assim
desenvolver conteúdos acadêmicos, tais como a sendo, não persegue a promoção escolar, mesmo
Língua Portuguesa, a Matemática, entre outros. porque esse aluno já está incluído.
27. Na escola comum, o aluno constrói um importante para o progresso escolar do aluno
conhecimento necessário e exigido socialmente com deficiência mental.
e que depende de uma aprovação e
Aqui é importante salientar que a
reconhecimento da aquisição desse conhecimento
„socialização‰ justificada, como único objetivo
por um outro, seja ele o professor, pais,
da entrada desses alunos na escola comum,
autoridades escolares, exames e avaliações
especialmente para os casos mais graves, não
institucionais.
permite essa complementação e muito menos
No Atendimento Educacional significa que está havendo uma inclusão escolar.
Especializado, o aluno constrói conhecimento A verdadeira socialização, em todos os seus
para si mesmo, o que é fundamental para que níveis, exige construções cognitivas e compreensão
consiga alcançar o conhecimento acadêmico. da relação com o outro. O que tem acontecido,
Aqui, ele não depende de uma avaliação externa, em nome dessa suposta socialização, é uma
calcada na evolução do conhecimento acadêmico, espécie de tolerância da presença do aluno em
mas de novos parâmetros relativos as suas sala de aula e o que decorre dessa situação é a
conquistas diante do desafio da construção do perpetuação da segregação, mesmo que o aluno 27
conhecimento. esteja freqüentando um ambiente escolar
comum.
Capítulo I - Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental
Portanto, os dois: escola comum e
Atendimento Educacional Especializado, O arranjo físico do espaço reservado ao
precisam acontecer concomitantemente, pois atendimento precisa coincidir com o seu objetivo
um beneficia o desenvolvimento do outro e de enriquecer o processo de desenvolvimento
jamais esse benefício deverá caminhar linear e cognitivo do aluno com deficiência mental e de
seqüencialmente, como se acreditava antes. oferecer-lhe o maior número possível de
alternativas de envolvimento e interação com o
Por maior que seja a limitação do aluno
que compõe esse espaço. Portanto, não pode
com deficiência mental, ir à escola comum para
reproduzir uma sala de aula comum e tradicional.
aprender conteúdos acadêmicos e participar do
O espaço físico para o Atendimento Educacional
grupo social mais amplo favorece o seu
Especializado deve ser preservado, tanto na escola
aproveitamento no Atendimento Educacional
especial como na escola comum, ou seja, deve ser
Especializado e vice-versa. O Atendimento
criado e utilizado unicamente para esse fim.
Educacional Especializado é, de fato, muito
28. O tempo reservado para esse atendimento A terminalidade desse atendimento deve
será definido conforme a necessidade de cada ocorrer independentemente do desempenho
aluno e as sessões acontecerão sempre no horário escolar desses alunos na escola comum, porque
oposto ao das aulas do ensino regular. o que se pretende com essa complementação não
se reduz ao que é próprio da escola comum.
As escolas especiais, diante dessa
proposta, tornam-se espaços de Atendimento A interface entre o Atendimento
Educacional Especializado nas diferentes Educacional Especializado e a escola comum
deficiências para as quais foram criadas e devem acontecerá conforme a necessidade de cada caso,
guardar suas especificidades. Elas não podem sem a intenção primeira de apenas garantir o
justificar a manutenção da estrutura e modelo bom desempenho escolar do aluno com
da escola comum, recebendo alunos sem deficiência mental, mas muito mais para que
deficiência – a chamada „inclusão ao contrário‰ ambos os professores se empenhem em entender
e nem mesmo atender a todo o tipo de deficiência a maneira desse aluno lidar com o conhecimento
em um mesmo espaço especializado. no seu processo construtivo. Esse esforço de
28
entendimento conjunto não caracteriza uma
As instituições especializadas devem
forma de orientação pedagógica do professor
Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Mental
fazer o mesmo com suas escolas especiais e
especializado para o professor comum e vice-
também conservar o atendimento clínico
versa, mas a busca de soluções que venham a
especializado.
beneficiar o aluno de todas as maneiras possíveis
A avaliação do Atendimento Educacional e não apenas para avançar no conteúdo escolar.
Especializado, seja a inicial como a final, têm o
objetivo de conhecer o ponto de partida e o de
chegada do aluno, no processo de conhecimento.
Para que se possa montar um plano de trabalho
para esse atendimento, não é tão importante
para o professor saber o que o aluno „não sabe‰,
quanto saber o que ele já conhece de um dado
assunto.
29. 4. Relato de uma Experiência em Mudando a concepção de ensino, criando
Atendimento Educacional uma prática pautada no saber particular do aluno
diferente do saber acadêmico e não substitutivo
Especializado
deste, percebeu-se que também precisaria mudar a
estrutura física da sala de aula e não mais repetir a
estrutura tradicional de uma sala de aula de ensino
4.1. Experiência da APAE de Contagem
regular. Ficou claro no decorrer dos anos que
mantendo o mesmo arranjo físico tornava-se difícil
A APAE de Contagem é uma instituição delimitar as diferenças entre os dois trabalhos, ou
sem fins lucrativos que atende às pessoas com seja, o que era responsabilidade da escola comum
deficiência mental nas áreas clínicas e pedagógicas, daquele do Atendimento Educacional Especializado.
contemplando também a educação profissional. Percebeu-se também que esse arranjo tradicional de
Essa instituição vem desenvolvendo um trabalho ambiente mantinha os professores numa posição
em parceria com as escolas comuns desde o ano de que os distanciava dos alunos, limitando suas ações,
1994, promovendo estudos e pesquisas a partir das com pouca liberdade de criação e o mesmo acontecia
com os alunos o que não favorecia a construção de 29
trocas de experiências entre os professores das
escolas comuns e da APAE de Contagem. Essa conhecimento e nem tão pouco o desenvolvimento
Capítulo I - Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental
forma de parceria e de diálogo fez com que a de um trabalho complementar.
instituição refletisse sobre sua própria atuação e A saída encontrada para solucionar esse
rompesse com a prática adotada até então que problema, foi transformar as salas de aula em Salas
mantinha características semelhantes à prática Ambientes Temáticas (SATs), que fossem mais
tradicional de uma escola especial. O questionamento abertas na sua estrutura e mais estimulantes, de
e conseqüente rompimento de práticas passadas forma que esses ambientes possibilitassem maior
acarretaram na construção gradativa de uma prática liberdade de experimentações pelos alunos e
inovadora da educação especial e condizente com professores e favorecessem as trocas de experiências
os princípios da inclusão. Como resultado desse entre os alunos, entre alunos e professores e entre
processo, em 2003 foi implantado o Atendimento os professores da instituição.
Educacional Especializado com o propósito de
O espaço das Salas Ambientes é marcado
promover o atendimento complementar à escola
pela cooperação e pela interação, sempre trabalhando
comum e a inclusão efetiva de seus alunos.
30. com grupo heterogêneo e a partir do saber do aluno, de planejar suas atividades anuais nessas salas. Esse
encorajando o aluno a propor temas de estudos, planejamento se faz a partir da exploração de todas
explorar possibilidades, levantar hipóteses, justificar as salas, no primeiro mês letivo, ou no momento
seu raciocínio e validar suas próprias conclusões. em que o aluno é admitido no Atendimento
Nesta proposta, os erros fazem parte do processo de Educacional Especializado.
aprendizagem, sendo explorados e utilizados de Dessa forma, os alunos têm um calendário
maneira a gerar novos conhecimentos, novas de atividades anual, passando por várias Salas
questões e investigações, num processo de trocas e Ambientes durante a semana, conforme um plano
produção do saber. O conhecimento produzido de trabalho, montado segundo seus interesses e
nessas Salas Ambientes pode ser registrado de necessidades. No entanto, este plano não engessa o
diferentes formas e linguagens estimulando a Atendimento Educacional Especializado, podendo
construção do conhecimento. ser avaliado e revisto, quando necessário.
Essas SAT’s são definidas e organizadas O professor desenvolve um tema e uma
anualmente para procurar atender às necessidades programação pedagógica definida em conjunto
dos alunos que estão na instituição naquele ano nas
30 com seus alunos, utilizando da metodologia de
diversas áreas de conhecimento. Os professores projetos de trabalho, versando sobre os mais
escolhem as SAT’s que irão conduzir no decorrer
Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Mental
diferentes assuntos. Essa programação termina
do ano letivo conforme seu interesse, habilidade e quando se atinge o objetivo proposto, ou quando se
capacidade. O espaço físico da APAE comporta 5 esgota o assunto ou o interesse dos alunos pelo
salas diferentes, portanto cada uma delas é planejada tema em estudo. O importante é que essa atividade
pelo professor responsável. seja flexível para que esteja a todo instante
Os alunos são agrupados conforme a estimulando o aluno, encorajando a construção do
idade, mas podem escolher e participar do grupo saber e principalmente pautada nos seus interesses.
que queiram, como também selecionam e Essa prática tem trazido resultados
programam com o professor o plano das SAT’s que promissores, propiciando aos alunos avanços
freqüentarão durante o ano letivo. Algumas salas significativos no processo de aprendizagem e em
exigem do aluno passagem semanal para atender às todos os demais atendimentos oferecidos pela
suas necessidades. instituição, inclusive na área clínica. Para os
Cada aluno tem também a oportunidade professores, as SAT’s lhes possibilitaram um maior
31. conhecimento dos alunos e a realização de um posteriormente, ao aluno e a seus pais, perceberem
verdadeiro atendimento educacional, que na como se iniciou o trabalho programado e como ele
concepção da palavra envolve o acolhimento do se desenvolveu. Ele revela para o aluno e para o
aluno na sua maneira própria de lidar com o saber. professor; quais foram as questões iniciais e as finais
Essa organização do trabalho pedagógico, levantadas pelo aluno e, conseqüentemente, as suas
passando por mais de uma SAT não limita o aquisições, predefinindo futuros trabalhos, conforme
professor ao atendimento especializado de um os focos de interesse que surgirem, no decorrer das
único grupo de alunos durante o ano letivo. Isso é atividades e da avaliação.
importante, pois, evita uma relação excessivamente O portfólio e sua apresentação é um
„colada‰ do professor com o aluno e vice-versa, o importante instrumento utilizado pelos professores
que funciona como mais um impedimento de para fazer intervenções e nas reuniões com os pais
relações de super-proteção pelo professor e de um eles testemunham as capacidades dos alunos e que
vínculo adesivo do aluno. Essa rotatividade e a muitas vezes ainda não foram reconhecidas ou
necessidade de o aluno estar com mais de um foram negadas de forma inconsciente pelos pais. Os
professor foi uma importante descoberta da alunos se auto-avaliam e podem assim perceber o
31
dinâmica realizada por esta instituição que permite quanto avançaram em relação a um tema de estudo,
a troca entre os professores para encontrar soluções refletindo sobre suas produções.
Capítulo I - Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental
e descobrir as várias formas de linguagens utilizadas
por seus alunos.
Nessa proposta a avaliação faz parte do
processo de ensino e de aprendizagem, de forma
contínua. Procura-se conhecer não apenas os
progressos, mas também as estratégias de trabalho
utilizadas pelos alunos. Utilizam-se diferentes
instrumentos de avaliação, como relatórios semestrais
com observações individuais e coletivas, além dos
portfólios onde estão contidas todas as observações e
construções dos alunos durante a execução das
atividades. O portfólio é um instrumento que permite Um aluno conduz a mãe para apreciar seus trabalhos.