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OS CAMINHOS DA TRADUÇÃO
TÉCNICA: PRESENTE E FUTURO
DO “PATINHO FEIO” DO SETOR
Jorge Davidson
A NOSSA AGENDA
 O presente da Tradução Técnica
 Ponto de partida: O que é Tradução Técnica?
 Competências necessárias
 A mudança de paradigma
 Mudanças na produção e consumo de informação
 Novas ferramentas e suas combinações
 Novos métodos de trabalho
 Tendências para o futuro
 Algumas certezas
 Algumas incertezas
 Um futuro para armar
O PATINHO FEIO CRESCEU E
APARECEU!
 Tradução técnica (ou científico-técnica)
 Ciência pura + ciência aplicada + trabalhos de tecnólogos
 Mercado gigantesco: 90% do volume total da tradução
no mundo e 70% do volume no Brasil (Kingscott)
 90% de um mercado de USD 38,16 bilhões (2015, Common
Sense Advisory)
 Variedade: assuntos + tipos de texto
 Volume, precisão e adequação
 Mais espaço nos ambiente acadêmicos
MITOS E VERDADES
MITOS
 A tradução técnica é só
uma questão de
terminologia.
 O estilo não tem
importância.
 A tradução técnica não é
criativa, é simplesmente
um processo de
transferência reprodutivo.
 É necessário ser expert em
um campo de
conhecimento altamente
especializado.
VERDADES
 A terminologia é uma condição
necessária, mas não suficiente.
Isso sem considerar a mudança.
 O estilo é fundamental em boa
parte dos textos técnicos. Para
comunicar, é imprescindível usar
a criatividade.
 Isto é especialmente verdadeiro
nos textos de marketing.
 O grau de especialização
depende do tipo de documento.
É possível ter mais de uma
especialidade.
Fonte: Byrne, J. Technical Translation: Usability Strategies for Translation
Technical
A VISÃO DE JOÃO ROQUE DIAS
Engenheiro mecânico e tradutor técnico, certificado pela
American Translators Association
CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS PARA
TRABALHAR NA ÁREA
Competência de escrita
Conhecimento da área ou áreas de atuação
Competência de pesquisa
Conhecimento de géneros e tipos de textos
Competência pedagógica
Familiaridade com tecnologia, especialmente ferramentas
informáticas (automatização crescente de processos)
Fonte: Byrne, J. Technical Translation: Usability Strategies for Translation
Technical
O MOMENTO ATUAL: A MUDANÇA DE
PARADIGMA
A MUDANÇA DE PARADIGMA
 Paradigma produtivo: forma particular de organizar a produção
 Tradução profissional: profissão muito recente
 Paradigma taylorista-fordista (Século XX):
 Método de trabalho: TEP (Translate, Edit, Proofread); individual ou em
equipes pequenas (modelo sequencial linear, ou cascata) (Beninatto e
DePalma)
 Ferramentas de trabalho: dá máquina de escrever, ao editor de texto
simples, as CAT Tools e até a chegada da tradução automática (MT) ao
mundo da tradução profissional
 Crescente automatização de tarefas, tanto centrais como periféricas
 Fim da década de 80: traduzir para a tela, não para impressão.
A MUDANÇA DE PARADIGMA
Van der Meer, Jaap. Choose your own translation
future.
A MUDANÇA DE PARADIGMA
Problema: explosão do volume, consumo quase instantâneo e
mudanças de foco
Novo paradigma produtivo em formação (Século XXI):
Métodos de trabalho: do TEP (Translate, Edit, Proofread) ao
PCTP (Plan, Coordinate, Translate, Publish) (Beninatto e
DePalma)
Algumas tentativas: Do individual ao coletivo - colaboração
massiva online (Facebook)
Modelos de crowdsourcing desenvolvidos por
fornecedores de serviços linguísticos (Lionbridge:
Combinação do poder e escalabilidade da multidão +
governança e qualidade)
Ferramentas: MT cada vez mais integrada aos
fluxos de trabalho ou como peça central do
processo tradutório
MT estatística
Post editing MT
Adaptive Dynamically Learning Machine
Translation (Lilt)
FAHQT (Fully Automatic High Quality
Translation) X FAUT (Fully automated Usable
translation)
A MUDANÇA DE PARADIGMA
A MUDANÇA DE PARADIGMA
Os efeitos do novo paradigma nos
tradutores
 A tecnologia como substituta do tradutor
 A tecnologia como aliada do tradutor
 A inteligência da multidão como inimiga
 A inteligência da multidão como aliada
 Abraçar a mudança
O FUTURO DA TRADUÇÃO TÉCNICA
Ricardo Souza, tradutor não literário,
professor, certificado pela American
Translators Association
ALGUMAS CERTEZAS
 O volume continuará crescendo (o volume de informação produzida se duplica
cada dois anos e se multiplicará por dez entre 2013 e 2020)
 Software em todas partes (IoT)
 Informação na língua do cliente
 Mudanças de direção: hoje, 60% dos dados são gerados por mercado maduros,
mas em 2020 a situação se inverterá
 A tradução automática continuará ganhando força (tradução automática
estatística/adaptável de maneira dinâmica)
 A tradução continuará sendo rentável, no sentido em que continuará gerando
uma renda muito significativa com relação ao seu custo
 A tradução deixará de ser um evento a posteriori (modelo: desenvolvimento de
software ágil)
 Big data
 Importância crescente de ferramentas na nuvem
ALGUMAS INCERTEZAS
O papel do tradutor: ator principal, coadjuvante ou...
MT: Singularidade?
Relação MT < > Tradução humana: de CAT (Tradução
Assistida por Computador) a HAT (Tradução Assistida
por Humanos)?
O ritmo da mudança
O mercado mais homogéneo ou segmentado?
FAUT (Full Automated Useful Translation) prevalece
sobre FAHQT (Full Automated High Quality
Translation)?
UM FUTURO PARA ARMAR
Novas oportunidades para os tradutores
Novos mercados: foco na qualidade do material fonte;
definição de terminologia; mercado de transcriação;
gestão de plataformas de MT, etc.
Diferentes configurações que combinam ferramentas
tecnológicas e trabalho de tradutores
Seis blocos de lego: 900 milhões de formas de
combinação
Etches, Robert, Navigating the Next Paradigm Shift
“Agora que podemos obter o que você costumava fazer
de maneira rápida e barata de mais alguém, você pode
insistir tentando fazer a mesma coisa e mantendo a
mesma tarifa ou pode subir uns degraus na escada e
fazer alguma coisa que não possamos fazer sem você.”
Seth Godin
 Austermühl, F. On Clouds and Crowds: Current Developments in Translation Technology. T21N – Translation in Transition
2011-2009http://www.t21n.com/homepage/articles/T21N-2011-09-Austermuehl.pdf
 Beninatto, R; DePalma, R. Collaborative translation. Multilingual, 2008. https://multilingual.com/downloads/2008RD.pdf
 Byrne, Jody (2006). Technical translation. Usability strategies for translating technical documentation. Dordrecht: Springer.
 Etches, R. Navigating the Next Paradigm Shift. https://www.gala-global.org/publications/navigating-next-paradigm-shift
 Flanagan, M. Aarhus University. Cause for translation crowdsourcing in professional translators’ blogs - JoSTraconcern?
Attitudes towards ns - The Journal of Specialized Translation - Issue 25. http://www.jostrans.org/issue25/art_flanagan.pdf
 García, I. University of Western Sydney Beyond Translation Memory: Computers and the Professional Translator. The
Journal of Specialized Translation – Issue12. http://www.jostrans.org/issue12/art_garcia.php
 KINGSCOTT, G. Technical Translation and Related Disciplines. In: Perspectives: Studies in Translatology, volume 24, Issue
3, 2016.
 Translating Europe Forum 2014. Linking up translation stakeholders. Brussels, 18-19 September 2014.
http://ec.europa.eu/dgs/translation/programmes/translating_europe/documents/translating_europe_programme_en.pdf
 van der Meer, J. The Future Does Not Need Translators. https://www.taus.net/blog/the-future-does-not-need-translators

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O Futuro da Tradução Técnica

  • 1. OS CAMINHOS DA TRADUÇÃO TÉCNICA: PRESENTE E FUTURO DO “PATINHO FEIO” DO SETOR Jorge Davidson
  • 2. A NOSSA AGENDA  O presente da Tradução Técnica  Ponto de partida: O que é Tradução Técnica?  Competências necessárias  A mudança de paradigma  Mudanças na produção e consumo de informação  Novas ferramentas e suas combinações  Novos métodos de trabalho  Tendências para o futuro  Algumas certezas  Algumas incertezas  Um futuro para armar
  • 3. O PATINHO FEIO CRESCEU E APARECEU!  Tradução técnica (ou científico-técnica)  Ciência pura + ciência aplicada + trabalhos de tecnólogos  Mercado gigantesco: 90% do volume total da tradução no mundo e 70% do volume no Brasil (Kingscott)  90% de um mercado de USD 38,16 bilhões (2015, Common Sense Advisory)  Variedade: assuntos + tipos de texto  Volume, precisão e adequação  Mais espaço nos ambiente acadêmicos
  • 4. MITOS E VERDADES MITOS  A tradução técnica é só uma questão de terminologia.  O estilo não tem importância.  A tradução técnica não é criativa, é simplesmente um processo de transferência reprodutivo.  É necessário ser expert em um campo de conhecimento altamente especializado. VERDADES  A terminologia é uma condição necessária, mas não suficiente. Isso sem considerar a mudança.  O estilo é fundamental em boa parte dos textos técnicos. Para comunicar, é imprescindível usar a criatividade.  Isto é especialmente verdadeiro nos textos de marketing.  O grau de especialização depende do tipo de documento. É possível ter mais de uma especialidade. Fonte: Byrne, J. Technical Translation: Usability Strategies for Translation Technical
  • 5. A VISÃO DE JOÃO ROQUE DIAS Engenheiro mecânico e tradutor técnico, certificado pela American Translators Association
  • 6. CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS PARA TRABALHAR NA ÁREA Competência de escrita Conhecimento da área ou áreas de atuação Competência de pesquisa Conhecimento de géneros e tipos de textos Competência pedagógica Familiaridade com tecnologia, especialmente ferramentas informáticas (automatização crescente de processos) Fonte: Byrne, J. Technical Translation: Usability Strategies for Translation Technical
  • 7. O MOMENTO ATUAL: A MUDANÇA DE PARADIGMA
  • 8. A MUDANÇA DE PARADIGMA  Paradigma produtivo: forma particular de organizar a produção  Tradução profissional: profissão muito recente  Paradigma taylorista-fordista (Século XX):  Método de trabalho: TEP (Translate, Edit, Proofread); individual ou em equipes pequenas (modelo sequencial linear, ou cascata) (Beninatto e DePalma)  Ferramentas de trabalho: dá máquina de escrever, ao editor de texto simples, as CAT Tools e até a chegada da tradução automática (MT) ao mundo da tradução profissional  Crescente automatização de tarefas, tanto centrais como periféricas  Fim da década de 80: traduzir para a tela, não para impressão.
  • 9. A MUDANÇA DE PARADIGMA Van der Meer, Jaap. Choose your own translation future.
  • 10. A MUDANÇA DE PARADIGMA Problema: explosão do volume, consumo quase instantâneo e mudanças de foco Novo paradigma produtivo em formação (Século XXI): Métodos de trabalho: do TEP (Translate, Edit, Proofread) ao PCTP (Plan, Coordinate, Translate, Publish) (Beninatto e DePalma) Algumas tentativas: Do individual ao coletivo - colaboração massiva online (Facebook) Modelos de crowdsourcing desenvolvidos por fornecedores de serviços linguísticos (Lionbridge: Combinação do poder e escalabilidade da multidão + governança e qualidade)
  • 11. Ferramentas: MT cada vez mais integrada aos fluxos de trabalho ou como peça central do processo tradutório MT estatística Post editing MT Adaptive Dynamically Learning Machine Translation (Lilt) FAHQT (Fully Automatic High Quality Translation) X FAUT (Fully automated Usable translation) A MUDANÇA DE PARADIGMA
  • 12. A MUDANÇA DE PARADIGMA Os efeitos do novo paradigma nos tradutores  A tecnologia como substituta do tradutor  A tecnologia como aliada do tradutor  A inteligência da multidão como inimiga  A inteligência da multidão como aliada  Abraçar a mudança
  • 13. O FUTURO DA TRADUÇÃO TÉCNICA Ricardo Souza, tradutor não literário, professor, certificado pela American Translators Association
  • 14. ALGUMAS CERTEZAS  O volume continuará crescendo (o volume de informação produzida se duplica cada dois anos e se multiplicará por dez entre 2013 e 2020)  Software em todas partes (IoT)  Informação na língua do cliente  Mudanças de direção: hoje, 60% dos dados são gerados por mercado maduros, mas em 2020 a situação se inverterá  A tradução automática continuará ganhando força (tradução automática estatística/adaptável de maneira dinâmica)  A tradução continuará sendo rentável, no sentido em que continuará gerando uma renda muito significativa com relação ao seu custo  A tradução deixará de ser um evento a posteriori (modelo: desenvolvimento de software ágil)  Big data  Importância crescente de ferramentas na nuvem
  • 15. ALGUMAS INCERTEZAS O papel do tradutor: ator principal, coadjuvante ou... MT: Singularidade? Relação MT < > Tradução humana: de CAT (Tradução Assistida por Computador) a HAT (Tradução Assistida por Humanos)? O ritmo da mudança O mercado mais homogéneo ou segmentado? FAUT (Full Automated Useful Translation) prevalece sobre FAHQT (Full Automated High Quality Translation)?
  • 16. UM FUTURO PARA ARMAR Novas oportunidades para os tradutores Novos mercados: foco na qualidade do material fonte; definição de terminologia; mercado de transcriação; gestão de plataformas de MT, etc. Diferentes configurações que combinam ferramentas tecnológicas e trabalho de tradutores Seis blocos de lego: 900 milhões de formas de combinação Etches, Robert, Navigating the Next Paradigm Shift
  • 17. “Agora que podemos obter o que você costumava fazer de maneira rápida e barata de mais alguém, você pode insistir tentando fazer a mesma coisa e mantendo a mesma tarifa ou pode subir uns degraus na escada e fazer alguma coisa que não possamos fazer sem você.” Seth Godin
  • 18.  Austermühl, F. On Clouds and Crowds: Current Developments in Translation Technology. T21N – Translation in Transition 2011-2009http://www.t21n.com/homepage/articles/T21N-2011-09-Austermuehl.pdf  Beninatto, R; DePalma, R. Collaborative translation. Multilingual, 2008. https://multilingual.com/downloads/2008RD.pdf  Byrne, Jody (2006). Technical translation. Usability strategies for translating technical documentation. Dordrecht: Springer.  Etches, R. Navigating the Next Paradigm Shift. https://www.gala-global.org/publications/navigating-next-paradigm-shift  Flanagan, M. Aarhus University. Cause for translation crowdsourcing in professional translators’ blogs - JoSTraconcern? Attitudes towards ns - The Journal of Specialized Translation - Issue 25. http://www.jostrans.org/issue25/art_flanagan.pdf  García, I. University of Western Sydney Beyond Translation Memory: Computers and the Professional Translator. The Journal of Specialized Translation – Issue12. http://www.jostrans.org/issue12/art_garcia.php  KINGSCOTT, G. Technical Translation and Related Disciplines. In: Perspectives: Studies in Translatology, volume 24, Issue 3, 2016.  Translating Europe Forum 2014. Linking up translation stakeholders. Brussels, 18-19 September 2014. http://ec.europa.eu/dgs/translation/programmes/translating_europe/documents/translating_europe_programme_en.pdf  van der Meer, J. The Future Does Not Need Translators. https://www.taus.net/blog/the-future-does-not-need-translators