Este documento discute os argumentos a favor e contra a tourada. Defensores argumentam que é uma tradição e proporciona diversão, mas críticos afirmam que tradições podem ser imorais e os touros sofrem, portanto há outras formas de diversão sem crueldade.
4. 1) O facto de uma prática ser tradicional não a torna
eticamente aceitável.
2) Muitas práticas tradicionais foram abolidas por serem
imorais.
3) A tourada é uma tradição.
4) ∴ A tourada deve deixar de existir.
Pedro Galvão:
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6. Defensores das touradas:
1) As corridas de touros são uma oportunidade de diversão e
socialização para bastantes pessoas.
2) ∴ A tourada deve existir.
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7. Pedro Galvão:
1) É inegável que o touro sofre.
2) Os apreciadores de touradas poderiam
divertir-se e socializar de muitas outras
formas.
3) ∴ Se levassem os interesses dos animais
minimamente a sério, como deviam, não
escolheriam satisfazer essas
necessidades através de um espetáculo
como a tourada.
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8. A tourada: devemos aceitar?
Filosofia. 10.ºAno
Escola Secundária Vitorino Nemésio
2017/2018
Francisca Aguiar e João Pedro Costa. 10.ºH
Notas do Editor
Tal como é feito no livro, agora vou passar a apresentar o argumento do seu autor, que não concorda com o facto de que a tradição seja uma razão para que a tourada seja aceite, e continue a existir.
Com isto, e após a identificação do argumento, com uma conclusão suportada por quatro premissas que passo a enumerar:
A primeira premissa é verdadeira, como vamos perceber com as outras premissas, mas também porque a tradição é um conceito que não depende da ética, ou vice versa.
A segunda é também verdadeira. No passado, de facto muitas práticas foram abolidas por não serem eticamente aceitáveis.
ALGUÉM TEM ALGUMA IDEIA DE ALGUMA PRÁTICA QUE TENHA SIDO ABOLIDA POR SER IMORAL?
Eu acho que o melhor exemplo será a baleação nos Açores, vulgo caça à baleia desde o século XVI.
Felizmente, desde 1987 que se deixou de o fazer em Portugal e o comércio dos produtos extraídos da baleia foi proibido.
Um dos contra-exemplos utilizado pelos defensores da tourada é que se esta acabasse, a raça do touro barvo desapareceria, no caso da caça à baleia, isso não aconteceu, as baleias não desapareceram e hoje em dia o “Whale Watching” é a nova fonte de rendimento de muitas famílias.
A terceira e última premissa também é verdadeira, é inegável até porque que, como já explicou a Francisca, a tourada fez parte das origens de Portugal e até alguns reis foram toureiros.
Com isto, Pedro Galvão conclui que a tourada devia deixar de existir por estas razões. E nós concordamos com ele, e uma vez que a conclusão está bem suportada pelas premissas e o argumento tem premissas e conclusão verdadeiras, estamos perante uma argumento sólido.
Neste segundo argumento apresentado por Pedro Galvão, com uma conclusão suportada por duas premissas, que passo a explicar:
A primeira premissa é impossível dizerem que é falsa, uma vez que o touro é constantemente ferido pelas bandarilhas ao longo do espetáculo na arena.
A segunda premissa também é verdadeira, e para nós é muito importante, visto que uma vez que existem outras formas de socialização e diversão, a tourada, sabendo que, pelo menos para os animais, não lhes é favorável, nem devia existir. Ou seja, o entretenimento devia ser algo acessório e, tendo isto em conta, existe um vasto leque de opções nesse sentido, onde estão disponíveis inúmeros espetáculos que não implicam sofrimento animal.