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A PERCEPÇÃO DOS DISCENTES DO CURSO DE TURISMO DA UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO PIAUÍ (UESPI) SOBRE A DISCIPLINA MEIOS DE HOSPEDAGEM
André Luís de Matos Zeidam*
RESUMO
Perceber é captar aquilo que nos rodeia é um processo que consiste na
captação e na reação perante o que é percebido. O presente artigo analisa a
percepção dos discentes do curso de Turismo da UESPI, campus Torquato Neto,
em Teresina-PI sobre à disciplina Meios de Hospedagem. Os objetivos específicos
foram: identificar as expectativas dos discentes com relação à disciplina Meios de
Hospedagem; analisar o posicionamento dos discentes acercar da disciplina e a
prática profissional no setor hoteleiro, bem como uma avaliação da aprendizagem
obtida na disciplina Meios de Hospedagem. A metodologia teve um caráter
descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa-qualitativa. Constatou-se que a
maioria dos discentes tem uma percepção positiva perante à disciplina Meios de
Hospedagem devido ao bom plano de curso da disciplina, ao corpo docente e ao
projeto político pedagógico do curso de Turismo da UESPI.
PALAVRAS-CHAVE: Curso de Turismo. Discente de Turismo. Disciplina Meio de
Hospedagem.
1 INTRODUÇÃO
O turismo vem apresentando índices de crescimento expressivos e se
desenvolvendo de maneira extremamente veloz, consolidando-se como atividade
econômica, social, cultural e ambiental bastante significativa. A atividade turística
vem se comportando como um dos mais promissores ramos de exploração
econômica nos últimos anos. De acordo com a Organização Mundial do Turismo
(UNWTO) o setor do turismo merece importante destaque nas políticas nacionais,
devido à evolução crescente como atividade geradora de empregos diretos e
indiretos e de renda, visto que, atualmente, o mundo passa por crise econômica.
Nesse ambiente macroeconômico, o Brasil tem buscado a atividade do
turismo como um dos importantes aliados para fugir dessa crise mundial, é o que
mostra o Ministério do Turismo através do Boletim de Desempenho Econômico do
Turismo – BDET que verifica a evolução dos segmentos do setor turísticos: agências
de viagens, operadoras de turismo, organizadoras de eventos, promotores de feiras,
parques e atrações turísticas, turismo receptivo e o segmento dos meios de
hospedagem o que mostra uma situação evolutiva bastante favorável ao
crescimento do produto interno bruto - PIB. ( MINISTÉRIO DO TURISMO, 2013).
____________________________
* Formação: Graduação em Turismo e Hotelaria (bacharelado) pela Universidade de Fortaleza-UNIFOR e em Ciências Contabéis (bacharelado)
pelo Centro de Ensino Superior do Vale do Parnaíba-CESVALE. Especialista em Docência do Ensino Superior pela FAP-PI. e-mail:
andrezeidam25@hotmail.
Diante desse crescimento econômico em conjunto com a ampliação do
mercado turístico e o surgimento de grandes eventos desportivos no Brasil, o setor
de hospedagem, considerado um dos maiores geradores de emprego e renda, vem
seguindo a dinâmica e expansão do trade.
A necessidade da demanda por profissionais preparados, com formação e
conhecimento para atuar na área é essencial, pois os hotéis constituem uma parte
vital da cadeia de serviços instalada no segmento e, por essa razão, vêm
despertando a atenção de diversas entidades educacionais de ensino superior –
IES, para a formação de gestores, profissionais e especialistas na área.
Nesse contexto o curso de Turismo da UESPI, Campus Torquato Neto,
localizado em Teresina-PI, inclui na sua grade curricular a disciplina Meios de
Hospedagem, considerado matéria essencial para a formação, preparo e
desenvolvimento dos discentes, permitindo-os, ampliar a visão do perfil do
profissional na hotelaria.
Assim, o tema: a percepção dos graduandos do curso de turismo da
Universidade Estadual do Piauí (UESPI) sobre a disciplina meios de hospedagem foi
definido como objetivo geral como forma de preencher uma lacuna no campo de
estudo. Para o seu alcance, determinaram-se os seguintes objetivos específicos:
identificar as expectativas dos discentes com relação à disciplina Meios de
Hospedagem, analisar o posicionamento dos discentes acerca da disciplina e a
prática profissional no setor hoteleiro, bem como uma avaliação da aprendizagem
obtida na disciplina Meios de Hospedagem.
No que concerne à metodologia aplicada, a abrangência do estudo teve
caráter descritivo-exploratório, pois descreve a visão dos referidos estudantes, bem
como explora novas questões que não foram tratadas em pesquisas anteriores.
2 ENSINO SUPERIOR EM TURISMO NO BRASIL
Desde início da década de 80, a academia e a mídia destacavam que por
força do processo de globalização econômica a realidade mundial nos países
subdesenvolvidos, desenvolvidos e emergentes modificaria em virtude da rápida
evolução tecnológica e dos meios de comunicação e informação. (BRITO, 2013).
Diante dessa evolução tecnológica, de comunicação e informação ocorreu
“o boom do turismo massivo e a consequente movimentação e circulação
de capital, cuja importância econômica já era reconhecida em todo mundo
tanto em meios de comunicação especializados (revistas e boletins técnico-
científicos), quanto em meios de comunicação de massa (jornais,
programas de rádio e televisão), divulgando os aspectos positivos do
turismo em toda sua plenitude”. (REJOWSKI,1996, p.59).
Nesse contexto, o Brasil assim como em outros países viam o turismo como
uma das soluções do desenvolvimento econômico assim, (CRUZ, 2008) afirma que
a atividade turística começou a se organizar e desenvolver profissionalmente, visto
que as pessoas elevaram seus padrões de exigência e também a demanda por
produtos, serviços e informações de maneira mais massiva, sem deixar de lado a
qualidade e a confiabilidade.
De acordo com HALLAL et al (2010), com o desenvolvimento da atividade
turística e um crescente interesse por viagens e lazer, começam as discussões
sobre a necessidade de profissionais qualificados para atuarem na área, e atender
as necessidades da demanda, isto acabou por gerar um crescimento significativo na
procura por profissionais com níveis cada vez mais elevados de escolarização e de
qualificação profissional, começa então a surgir os primeiros cursos de Turismo no
Brasil.
O início dos cursos de Turismo no Brasil ocorreu juntamente com o
movimento de expansão e profissionalização do ensino superior, com o
desenvolvimento da atividade turística e com a criação do currículo mínimo dos
cursos de turismo.
Os primeiros cursos de Graduação em Turismo no Brasil, implantados em
meio a uma conjuntura de ditadura militar de modelo desenvolvimentista,
foram criados dentro de uma perspectiva tecnicista e mercadológica, os
quais procuravam atender a uma demanda de trabalho (COELHO, 2008).
De acordo com SANTOS (2003), os cursos de graduação em Turismo são
muito recentes, tendo em vista que datam da década de 1970, num momento em
que o Brasil passava por modificações políticas, econômicas e sociais.
Observa-se que esse curso foi criado em pleno Regime Militar (1964-1985),
numa época conhecida como “Milagre Econômico Brasileiro” (1968-1973), onde o
crescimento da economia brasileira foi acelerado. Nesse período no Brasil ocorreu
um crescimento da atividade turística, desencadeando o aumento do fluxo turístico e
uma diversificação dos empreendimentos e dos serviços turísticos.
Desta forma, a instituições particulares de ensino superior em turismo
passaram a ter como função a capacitação dos recursos humanos para atender a
demanda do mercado (RAMOS et. al., 2011).
Posteriormente, vieram a surgir alguns cursos superiores em turismo em
instituições públicas, mas, a princípio, modelados também para servir o
mercado. No decorrer do tempo houve uma preocupação das instituições de
ensino superior, públicas e privadas, com a quantidade de cursos e não
com a sua qualidade. “Isso levou ao fechamento de vários cursos de
turismo, ou à redução das turmas, mostrando um excedente na oferta dos
mesmos”. (RAMOS, 2011, p.785).
Após esse acontecimento, alguns cursos de graduação passaram a redefinir
suas grades curriculares, inserindo disciplinas que apontam para que o indivíduo
tenha uma compreensão ética profissional e da cidadania, e que, a partir de normas
e regulamentos, colabore para a melhoria da qualidade de vida mundial (MEC,
2006).
3 TURISMO E HOTELARIA
O segmento turístico e hoteleiro começou a se organizar no século XIX, a
partir de 1950, com o surgimento e incremento das viagens permitindo que o turismo
se transforma-se numa atividade de massa bastante significativa, passando a
hotelaria a vivenciar um período de significância, em termos socioeconômicos.
O avanço das redes hoteleiras coincide com o avanço da evolução
tecnológica e dos meios de comunicação, informação e econômica que
propiciou uma melhora no nível de vida da população mundial como um
todo. Tal avanço, principalmente financeiro, possibilitou um grande aumento
no número de viagens da última década de 50, para o começo do século
XXI, que fomentou tanto o turismo nacional como o internacional
(CANDELÁRIA, 2008).
A expansão da economia incorporou novos e significativos contingentes à
sociedade de consumo, na qual o turismo se insere como um segmento importante e
em contínuo crescimento.
As viagens passaram a fazer parte da cultura e das aspirações das
populações, fazendo com que a demanda turística passasse a ser cada vez mais
crescente e consequentemente, a oferta hoteleira evolui em função dessa demanda
(ANDRADE, 2000).
Nesse contexto, a hotelaria desponta como vetor fundamental de expansão
e consolidação do setor turístico; sua atuação tem correspondido à
demanda dos novos nichos de mercado e, ao mesmo tempo, propiciado o
surgimento de novas modalidades de turismo, diversificando o portfólio de
produtos e serviços. Isso significa a inclusão de serviços de primeira
qualidade, em especial aqueles referentes à hospedagem, já que o hotel é
um dos principais suportes do roteiro turístico. (CASTELLI, 2001)
4 HISTÓRICO DA HOTELARIA NO BRASIL
Historicamente, o surgimento dos meios de hospedagem está associado às
necessidades de abrigos das pessoas em deslocamento. Desde a época do Império
Romano, pequenas hospedarias e pousadas ofereciam instalações para os viajantes
descansarem ao longo de seu trajeto. O desenvolvimento comercial dos
empreendimentos de hospedagem ganha impulso por volta dos séculos XVII e XVIII
na Europa, quando surgem estabelecimentos que podem ser considerados o
embrião do atual modelo de hotéis.
Nos Estados Unidos, na metade do século XIX, são inaugurados hotéis que
passam a oferecer aos hóspedes uma série de facilidades adicionais, com o objetivo
de ampliar o conforto e diferenciar o empreendimento em relação aos concorrentes.
No Brasil, o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX marcaram o
surgimento dos primeiros hotéis de luxo em São Paulo e no Rio de Janeiro, muitos
pertencentes a grupos familiares, como o Hotel Copacabana Palace. Com a
proibição dos jogos de azar no país, por volta de 1940, a construção de hotéis
imponentes e luxuosos tornou-se menos lucrativa, e os empreendimentos
começaram a seguir o padrão de verticalização nos grandes centros urbanos.
O crescimento foi menos intenso até o início dos anos 1970, quando
programas de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento -
BNDES e o Fundo Geral do Turismo - Fungetur estimulou o
desenvolvimento da hotelaria doméstica, além disso, o acentuado
crescimento da renda e os investimentos em infraestrutura indicavam
aumento da demanda por serviços turísticos. Este cenário favorável
estimulou a entrada de grandes cadeias estrangeiras no país, inicialmente
nas grandes cidades do Rio de Janeiro e São Paulo (MINISTÉRIO DO
TURISMO, 2007).
Os investimentos em hotelaria no Brasil se concentravam nos grandes
centros urbanos do Sudeste e em algumas estâncias hidrominerais. O potencial
turístico da Região Nordeste demorou a ser explorado. Conforme Rosa e Tavares
(2002), ao final dos anos 1970, a capacidade de receber turistas em Recife era
idêntica a de Poços de Caldas, enquanto a estrutura receptiva de Natal comportava
menos visitantes que o parque turístico da pequena cidade de Águas de Lindóia,
localizada no interior de São Paulo.
A instabilidade econômica dos anos 1980 teve impactos negativos sobre o
setor de turismo brasileiro, causando queda na demanda por este tipo de serviço e
consequente redução dos investimentos no setor hoteleiro.
O início dos anos 1990, por sua vez, foi marcado pela retomada dos
investimentos das redes internacionais no Brasil, estimuladas, por um lado,
pelo acirramento da competição global, e por outro lado, pela intensificação
do processo de abertura e a posterior estabilização da economia brasileira,
que sinalizavam o crescimento da demanda hoteleira em nosso país
(MINISTÉRIO DO TURISMO, 2007).
5 O SETOR DE HOSPEDAGEM
Os inúmeros trabalhos desenvolvidos pela Organização Mundial do Turismo
(World Travel Organization - WTO) mostram como a importância econômica e social
do setor de turismo tem crescido de maneira expressiva desde o final da Segunda
Guerra Mundial.
Inúmeros fatores contribuíram para este resultado, com destaque para o
desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, o crescimento da
renda familiar e os investimentos feitos com o intuito de melhorar a infra-
estrutura associada ao provimento de serviços turísticos em inúmeros
países (WTO, 2006).
De forma a acompanhar esta tendência, o setor de serviços de hospedagem
apresentou um alto grau de evolução, tanto no que se refere à expansão física e
geográfica de atuação, como também nos aspectos organizacionais das empresas.
As atividades relacionadas ao setor de hospedagem compõem peças-chave nesta
cadeia sob dois aspectos fundamentais.
Por um lado, destacam-se por seu peso econômico e seus encadeamentos
setoriais, cujos impactos fazem-se sentir em vários setores da economia. Por outro
lado, os serviços de hospedagem apresentam caráter inerentemente pessoal e
devem fornecer aos turistas: hospitalidade e eficiência, entre outros fatores que
podem afetar a avaliação dos indivíduos sobre o local que se visita e uma eventual
decisão de retornar ao país ou recomendá-lo a outras pessoas em seus locais de
origem.
De fato, ocorre um crescimento e uma importância dos investimentos em
serviços pessoais com o intuito de elevar a satisfação do turista e estabelecer, de
certa forma, relações de confiança entre este e a estrutura receptiva de determinado
local (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2007).
Nos moldes tradicionais da cadeia (relação cliente – agente intermediário -
fornecedor) destacam-se a atuação das empresas do setor de hospedagem
em conjunto com operadoras, agências de viagens e receptivos, locadoras
de automóveis, restaurantes, empresas associadas à produção cultural e
companhias aéreas, de forma a oferecer opções de pacotes, diversidade de
atrações, serviços diferenciados, dentre outros produtos, porém, além da
importância da qualidade do serviço prestado como fator competitivo
diferenciador, os investimentos em tecnologias de informação são
fundamentais, principalmente no que se refere à atração de turistas
independentes (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2012).
Dada a importância do setor de hospedagem tanto para o turismo quanto
para a economia, torna-se fácil entender o motivo da entrada de diversas redes
hoteleiras no Brasil. Uma das tendências do mercado hoteleiro, no Brasil e no
mundo, é a formação de redes hoteleiras e de hotéis conveniados.
Os meios de hospedagem constituem produtos importantes na economia
nacional, além disso, os hotéis fazem parte de uma vital cadeia de serviços
instalada ao redor do turismo e, por essa razão, vêm despertando a atenção
de gestores, profissionais e especialistas (MINISTÉRIO DO TURISMO,
2013).
6 METODOLOGIA
Em relação ao objetivo da pesquisa, o método selecionado foi o descritivo-
exploratório.
Conforme Dencker (1998, p.15), “a pesquisa descritiva utiliza técnicas
padronizadas de coleta de dados como o questionário e a observação sistemática”.
E, a exploratória.
Informa ao pesquisador a real importância do problema, o estágio em que
se encontram as informações já disponíveis a respeito do assunto e até
mesmo, revelar ao pesquisador novas fontes de informação por isso, a
pesquisa exploratória é quase sempre feita como levantamento
bibliográfico, entrevistas com profissionais que estudam/atuam na área,
visita a web sites etc. (SANTOS, 2001, p.24).
Esta pesquisa apresenta uma abordagem quanti-qualitativa sobre um estudo
realizado no Curso de Turismo da Universidade Estadual do Piauí, campus Torquato
Neto. Segundo Castro (2006, p.108) o método quantitativo pergunta “como
acontece, o que acontece”, já o método qualitativo pergunta “por que” acontece.
Levantou-se a perspectivas dos discentes quanto à disciplina Meios de
Hospedagem. Os dados foram coletados através de questionários endereçados aos
alunos respectivamente nos V, VI, VII e VIII período, nos meses de junho à outubro
de 2013. Sendo que a amostra de 70 (sessenta) alunos teve somente o retorno de
55 (cinquenta e cinco) questionários aplicados.
Para coleta utilizou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas
referentes: as expectativas dos discentes com relação à disciplina Meios de
Hospedagem; o posicionamento dos discentes acerca da disciplina e a prática
profissional no setor hoteleiro; a avaliação da aprendizagem obtida na disciplina
Meios de Hospedagem. Para análise e interpretação dos dados utilizou-se o
programa de tabulação SPSS11
(Windows), levando em consideração,
primeiramente, as respostas abertas e posteriormente as fechadas respondidas
pelos discentes.
Os resultados obtidos, embora não proporcionem conclusões generalizadas,
trazem contribuições para a disciplina Meios de Hospedagem e para o Curso de
Turismo da Universidade Estadual do Piauí – UESPI, campus Torquato Neto,
Teresina-PI.
7 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Os dados gerados através do questionário foram analisados, tomando como
base as respectivas questões da pesquisa. Considerando a questão “1” – Está
cursando a disciplina ou já pagou? No universo de 70 (setenta) alunos e tendo
retorno de 55 (cinquenta e cinco) questionários, 70% afirmam que pagou a
disciplina, enquanto 30% ainda estão cursando como mostra o gráfico abaixo.
Fonte: Pesquisa de Campo, 2013.
Percebe-se que existe uma maioria de discentes pós-disciplina Meios de
Hospedagem, onde a maioria corresponde aos respectivos VI, VII e VIII períodos do
curso de Turismo da UESPI, campus Torquato Neto, e já os 30% são do V período
correspondente a disciplina Meios de Hospedagem.
Em seguida na questão “2” - Em qual período do curso de Turismo da
UESPI, campus Torquato Neto, você se encontra? Temos que 30% cursam o V
período, correspondente ao período da disciplina, 15% o VI período, 15% o VII
período e 40% VIII período, considerado o último período do curso de Turismo,
conforme o gráfico abaixo.
Pagou
70%
Cursando
30%
Disciplina Meios de Hospedagem
Fonte: Pesquisa de Campo, 2013.
Ocorre um equilíbrio entre o VI e VII períodos tendo um significativo aumento
de discentes no V período correspondente a disciplina Meios de Hospedagem,
porém a maioria dos entrevistados se encontra já no VIII período correspondente ao
último período do curso de Turismo da UESPI, campus Torquato Neto, em Teresina-
PI.
Já no tocante a “3” questão – Qual a perspectiva ao fazer a disciplina Meios
de Hospedagem? Foi observado que dos 55 questionários retornados, cerca de
60%, demonstram a intenção em adquirir conhecimentos e práticas com o desejo de
poder atuar no segmento do setor hoteleiro e áreas afins. Já 30% relataram em suas
respostas o objetivo de somente buscar a aprovação na disciplina e 10% não
responderam.
Na “4” questão – Como você avalia o seu grau de envolvimento durante a
disciplina? A maioria dos discentes, cerca de 40%, somente se resumiu em relatar
que cumpre a carga horária e o plano de aula da disciplina e os 60% buscam, além
de cumprir a carga horária e o plano de aula, outras fontes de informações e
conhecimentos correlacionados com à disciplina Meios de Hospedagem.
A “5” questão – Que tipo de experiência a disciplina meios de hospedagem
promoveu na área hoteleira? Dentre as opções disponíveis entre: imersão, estágio,
visita técnica e pedagógica, laboratórios. Obtivemos 100% a opção visita técnica e
viagem técnica e pedagógica e 40% a opção estágio referente à área de hotelaria
como mostra o gráfico abaixo.
30%
15%
15%
40%
Curso de Turismo da UESPI
V período
VI período
VII período
VIII período
Fonte: Pesquisa de Campo, 2013.
Observa-se que existe uma carência de outras atividades em prol do
engrandecimento da disciplina e que somente as atividades de visita técnica e
viagem técnica fazem parte da metodologia do programa da disciplina. A
inexistência de laboratórios voltados para a disciplina Meios de Hospedagem
dificulta a prática do aprendizado; já a experiência da atividade de imersão os alunos
desconhecem o que reforça a pouca prática no aprendizado voltado para hotelaria.
Na questão do estágio direcionado para hotelaria é uma opção do aluno em
que decide na disciplina de estágio supervisionado do VIII período, optar em atuar
na Hotelaria, mas somente 40% dos discentes se sentiram motivados.
Na “6” questão – Você atua em alguma atividade no setor hoteleiro? Temos
que 60% responderam que (não) e 40% responderam que (sim).
Sendo que deste 60%, que corresponde a 100% dos que responderam não,
dos discentes:
Fonte: Pesquisa de Campo, 2013.
. 50% trabalham fora do setor do Turismo;
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Experiência Acadêmica
Discentes
17%
33%
50%
Discentes
Atuam no setor de Turismo (eventos, agências, transporte)
Trabalham fora do setor do Turismo
Não exercem
.17% atuam no setor de turismo correlacionado a agências, transporte,
eventos;
. 33% não exercem nenhuma profissão.
E sendo dos 40%, que correspondem a 100% dos que responderam sim,
dos discentes restantes:
Fonte: Pesquisa de Campo, 2013.
. 62% trabalham no setor hoteleiro;
. 38% em áreas afins com o segmento hoteleiro.
Complementando a “6” questão a “7” questão tendo como resposta (sim),
pergunta ao discente se obteve alguma experiência na disciplina Meios de
hospedagem que tenha inserido no seu ambiente de trabalho. Dentre os 40% que
responderam (sim), os 62% que atuam no setor hoteleiro relataram que a teoria da
disciplina confirmar o que existe na prática, porém, muitas vezes nem sempre a
teoria era aplicado corretamente na prática, visto que uma parte dos colaboradores
que compõem o quadro de funcionários do Hotel não possuem conhecimento
técnico ou teórico suficiente (formação acadêmica ou profissional), o que cabe ao
Hotel repassar através de capacitações e treinamentos. Além disso, alegam também
que como experiência aplicada ao ambiente de trabalho, a disciplina Meios de
Hospedagem, possibilitou oferecer elementos que permitam uma visão crítica da
qualidade de serviços e do monitoramento de resultados em gestão e qualidade, como
também, permite o entendimento da estrutura organizacional e dos processos de um Hotel.
Já os 38% dos discentes que atuam em áreas correlacionadas com a
Hotelaria alegaram como experiência no ambiente de trabalho a capacidade de
preparar e se qualificar como um bom profissional atingindo o perfil do profissional
para atuar no segmento hoteleiro.
As questões “8”, “9”, “10” busca analisar a avaliação de aprendizagem obtida
na disciplina Meios de Hospedagem. A questão “8” mostra com relação satisfação
na disciplina, tendo, dos 55 questionários aplicados 10% dos discentes se mostram
insatisfeito, 15% parcialmente satisfeito, 65% satisfeito e 10% plenamente satisfeito,
conforme o gráfico.
38%
63%
Discentes
Áreas afins ao
SEGMENTO
HOTELEIRO
Atuam no SETOR
HOTELEIRO
Fonte: Pesquisa de Campo, 2013.
Com relação a esse percentual percebe-se que: a maioria dos alunos se
encontra satisfeito com a disciplina isso se deve: ao bom plano de curso da
disciplina Meios de Hospedagem, ao corpo docente e ao projeto político pedagógico
do curso de Turismo da UESPI, porém devemos levar em conta também que existe
a necessidade de mais práticas acadêmicas com foco na Hotelaria relatados na
questão “5” deste questionário aplicado aos discentes do curso de Turismo da
UESPI, campus Torquato Neto, Teresina-PI.
Na questão “9” referente ao que você mudaria se pudesse fazer o curso
novamente? Dentre as várias repostas uma unanimidade com relação à
necessidade de maior experiência prática, visando o mercado no segmento hoteleiro
e afins. Já a “10” e última questão - Que sugestão você daria visando aprimorar a
qualidade de ensino na disciplina Meios de Hospedagem?
Dentre as várias sugestões merecem destaque: a inserção de mais aulas e
atividades práticas, ou seja, uma disciplina mais dinâmica e menos teórica; viagens
técnicas que busquem aprimorar a disciplina; visitas técnicas voltadas para Imersão
nos Hotéis e laboratórios voltados para o setor de hotelaria.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa referente a percepção dos discentes do curso de Turismo da
Universidade Estadual do Piauí – UESPI, sobre a disciplina meios de hospedagem
mostra o que a maioria dos alunos tem um real interesse em adquirir novos
conhecimentos e informações sobre a disciplina, não se limitando apenas o que é
explanado em salas de aula e ao plano de curso, além disso, o desejo e a
necessidade de outras práticas é evidente como atividades de imersão e práticas em
laboratórios voltados para Hotelaria.
Com relação aos discentes observa que a maioria são pós-alunos da
disciplina meios de hospedagem tendo uma concentração maior no VIII período do
curso, último período. Estes discentes demonstram a intenção em adquirir
conhecimentos e práticas com o desejo de poder atuar no segmento do setor
hoteleiro e áreas afins.
No tocante a prática profissional a maioria dos discentes não atuam no setor
hoteleiro sendo que dentre os 60%, temos:
. 33% trabalham fora do setor do Turismo;
Insatisfeito
10%
Parcialmente
Satifeito
15%
Satisfeito
65%
Plenamente
Satisfeito
10%
Disciplina Meios de Hospedagem
. 17% atuam no setor de turismo correlacionado a agências, transporte,
eventos;
. 50% não exercem nenhuma profissão.
Já os 40% dos alunos que responderam que atuam observou-se:
. 62% trabalham no setor hoteleiro;
. 38% em áreas afins com o segmento hoteleiro.
Percebe-se que pela a amostra aplicada aos discentes ocorre uma ausência
de profissionais com nível superior, inseridos no mercado de trabalho, em específico
no setor hoteleiro, porém, observa-se que uma minoria trabalha na hotelaria e áreas
afins e 17% atua no trade turístico. Esta minoria que atua no setor hoteleiro
correspondente a 40% obtiveram como experiência na disciplina a possibilidade de
conciliar a prática com a teoria como, por exemplo, a capacidade de uma visão
crítica da qualidade de serviços e do monitoramento de resultados em gestão e
qualidade, como também, propiciar o entendimento da estrutura organizacional e
dos processos de um Hotel. Os discentes que atuam em áreas correlacionadas com
a Hotelaria alegaram como experiência no ambiente de trabalho a capacidade de
preparar e se qualificar como um bom profissional atingindo o perfil do profissional
para atuar no segmento hoteleiro.
A disciplina Meios de hospedagem do curso de Turismo da UESPI, campus
Torquato Neto, tem uma avaliação positiva perante seu alunos. Com 65% de
satisfação a disciplina que se deve ao bom plano de curso da disciplina Meios de
Hospedagem, ao corpo docente e ao projeto político pedagógico do curso de
Turismo da UESPI, tendo como necessidade de mudança uma maior experiência
prática, visando o mercado no segmento hoteleiro.
Conclui-se que a percepção dos discentes perante a disciplina Meios de
Hospedagem no curso de Turismo é positiva merecendo destaque a formação deste
profissional que já entra no mercado com a percepção de um profissional qualificado
com uma visão crítica da qualidade dos serviços e gestão hoteleira.
PERCEPTIONS OF STUDENTS TRAVEL TOURISM STATE UNIVERSITY PIAUI
(UESPI) DISCIPLINE ON MEANS OF ACCOMMODATION
ABSTRACT
To perceive is to capture everything that surrounds us is a process that
consists in capturing and reaction to what is perceived. This article examines the
perceptions of students from the Tourism UEPSI, campus Torquato Neto Teresina-PI
on discipline Media Hosting. The specific objectives were to identify the expectations
of students regarding discipline Media Hosting, analyze the placement of students
approaching the discipline and professional practice in the hotel industry, as well as
an assessment of learning achieved in the course Media Hosting. The methodology
had a descriptive-exploratory, qualitative-quantitative approach. It was found that
most students have a positive perception towards the discipline Means Hosting due
to the good course plan of discipline, the faculty and the political pedagogical project
of the course of Tourism UESPI.
KEYWORDS: Tourism Course. Student Desk. Discipline Half Hosting.
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http://tede.ucs.br/tde_arquivos/3/TDE20060925T065252Z25/Publico/Dissertacao%2
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DENCKER, Ada de Freitas Maneti. Métodos e técnicas de pesquisa em turismo.
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E%20CRIA%C3%87%C3%83O%20DOS%20CURSOS%20DE%20BACHARELADO
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MINISTÉRIO DO TURISMO. Pesquisa anual de conjuntura econômica do turismo /
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MINISTÉRIO DO TURISMO – Boletim de Desempenho Econômico do Turismo. –
Ano X, nº 37 (Outubro/Dezembro 2012) / EBAPE/Núcleo de Turismo, Ministério do
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http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/export/sites/default/dadosefatos/conjuntura_e
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<http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs-2.2.4/index.php/turismo/article/viewFile/26334/19230>
(Disponível em: 15 de maio, 2013).
PEREIRA, Francisca; COUTINHO, Rita. Hotelaria da era antiga aos dias atuais.
Revista eletrônica Aboré – Publicação da Escola Superior de Artes e Turismo –
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RAMOS, Maria da Graça Gomes; Garcia, Tania Elisa Morales; Hallal, Dalila Rosa;
Müller, Dalila 2011 “Ensino Superior em Turismo no Brasil: da expansão à
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REJOWSKI, Mirian. Turismo e Pesquisa Científica: Pensamento Internacional x
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SANTOS FILHO, João dos. “Turismólogo: festejar ou organizar?” Revista Espaço
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WTO (World Tourism Organization). World Tourism Barometer. Madri, vol. 4, 2006.
Outras fontes de pesquisa
http://portal.inep.gov.br/superior-avaliacao_institucional
ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis): www.abih.com.br.

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  • 1. A PERCEPÇÃO DOS DISCENTES DO CURSO DE TURISMO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ (UESPI) SOBRE A DISCIPLINA MEIOS DE HOSPEDAGEM André Luís de Matos Zeidam* RESUMO Perceber é captar aquilo que nos rodeia é um processo que consiste na captação e na reação perante o que é percebido. O presente artigo analisa a percepção dos discentes do curso de Turismo da UESPI, campus Torquato Neto, em Teresina-PI sobre à disciplina Meios de Hospedagem. Os objetivos específicos foram: identificar as expectativas dos discentes com relação à disciplina Meios de Hospedagem; analisar o posicionamento dos discentes acercar da disciplina e a prática profissional no setor hoteleiro, bem como uma avaliação da aprendizagem obtida na disciplina Meios de Hospedagem. A metodologia teve um caráter descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa-qualitativa. Constatou-se que a maioria dos discentes tem uma percepção positiva perante à disciplina Meios de Hospedagem devido ao bom plano de curso da disciplina, ao corpo docente e ao projeto político pedagógico do curso de Turismo da UESPI. PALAVRAS-CHAVE: Curso de Turismo. Discente de Turismo. Disciplina Meio de Hospedagem. 1 INTRODUÇÃO O turismo vem apresentando índices de crescimento expressivos e se desenvolvendo de maneira extremamente veloz, consolidando-se como atividade econômica, social, cultural e ambiental bastante significativa. A atividade turística vem se comportando como um dos mais promissores ramos de exploração econômica nos últimos anos. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (UNWTO) o setor do turismo merece importante destaque nas políticas nacionais, devido à evolução crescente como atividade geradora de empregos diretos e indiretos e de renda, visto que, atualmente, o mundo passa por crise econômica. Nesse ambiente macroeconômico, o Brasil tem buscado a atividade do turismo como um dos importantes aliados para fugir dessa crise mundial, é o que mostra o Ministério do Turismo através do Boletim de Desempenho Econômico do Turismo – BDET que verifica a evolução dos segmentos do setor turísticos: agências de viagens, operadoras de turismo, organizadoras de eventos, promotores de feiras, parques e atrações turísticas, turismo receptivo e o segmento dos meios de hospedagem o que mostra uma situação evolutiva bastante favorável ao crescimento do produto interno bruto - PIB. ( MINISTÉRIO DO TURISMO, 2013). ____________________________ * Formação: Graduação em Turismo e Hotelaria (bacharelado) pela Universidade de Fortaleza-UNIFOR e em Ciências Contabéis (bacharelado) pelo Centro de Ensino Superior do Vale do Parnaíba-CESVALE. Especialista em Docência do Ensino Superior pela FAP-PI. e-mail: andrezeidam25@hotmail.
  • 2. Diante desse crescimento econômico em conjunto com a ampliação do mercado turístico e o surgimento de grandes eventos desportivos no Brasil, o setor de hospedagem, considerado um dos maiores geradores de emprego e renda, vem seguindo a dinâmica e expansão do trade. A necessidade da demanda por profissionais preparados, com formação e conhecimento para atuar na área é essencial, pois os hotéis constituem uma parte vital da cadeia de serviços instalada no segmento e, por essa razão, vêm despertando a atenção de diversas entidades educacionais de ensino superior – IES, para a formação de gestores, profissionais e especialistas na área. Nesse contexto o curso de Turismo da UESPI, Campus Torquato Neto, localizado em Teresina-PI, inclui na sua grade curricular a disciplina Meios de Hospedagem, considerado matéria essencial para a formação, preparo e desenvolvimento dos discentes, permitindo-os, ampliar a visão do perfil do profissional na hotelaria. Assim, o tema: a percepção dos graduandos do curso de turismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) sobre a disciplina meios de hospedagem foi definido como objetivo geral como forma de preencher uma lacuna no campo de estudo. Para o seu alcance, determinaram-se os seguintes objetivos específicos: identificar as expectativas dos discentes com relação à disciplina Meios de Hospedagem, analisar o posicionamento dos discentes acerca da disciplina e a prática profissional no setor hoteleiro, bem como uma avaliação da aprendizagem obtida na disciplina Meios de Hospedagem. No que concerne à metodologia aplicada, a abrangência do estudo teve caráter descritivo-exploratório, pois descreve a visão dos referidos estudantes, bem como explora novas questões que não foram tratadas em pesquisas anteriores. 2 ENSINO SUPERIOR EM TURISMO NO BRASIL Desde início da década de 80, a academia e a mídia destacavam que por força do processo de globalização econômica a realidade mundial nos países subdesenvolvidos, desenvolvidos e emergentes modificaria em virtude da rápida evolução tecnológica e dos meios de comunicação e informação. (BRITO, 2013). Diante dessa evolução tecnológica, de comunicação e informação ocorreu “o boom do turismo massivo e a consequente movimentação e circulação de capital, cuja importância econômica já era reconhecida em todo mundo tanto em meios de comunicação especializados (revistas e boletins técnico- científicos), quanto em meios de comunicação de massa (jornais, programas de rádio e televisão), divulgando os aspectos positivos do turismo em toda sua plenitude”. (REJOWSKI,1996, p.59). Nesse contexto, o Brasil assim como em outros países viam o turismo como uma das soluções do desenvolvimento econômico assim, (CRUZ, 2008) afirma que a atividade turística começou a se organizar e desenvolver profissionalmente, visto que as pessoas elevaram seus padrões de exigência e também a demanda por produtos, serviços e informações de maneira mais massiva, sem deixar de lado a qualidade e a confiabilidade.
  • 3. De acordo com HALLAL et al (2010), com o desenvolvimento da atividade turística e um crescente interesse por viagens e lazer, começam as discussões sobre a necessidade de profissionais qualificados para atuarem na área, e atender as necessidades da demanda, isto acabou por gerar um crescimento significativo na procura por profissionais com níveis cada vez mais elevados de escolarização e de qualificação profissional, começa então a surgir os primeiros cursos de Turismo no Brasil. O início dos cursos de Turismo no Brasil ocorreu juntamente com o movimento de expansão e profissionalização do ensino superior, com o desenvolvimento da atividade turística e com a criação do currículo mínimo dos cursos de turismo. Os primeiros cursos de Graduação em Turismo no Brasil, implantados em meio a uma conjuntura de ditadura militar de modelo desenvolvimentista, foram criados dentro de uma perspectiva tecnicista e mercadológica, os quais procuravam atender a uma demanda de trabalho (COELHO, 2008). De acordo com SANTOS (2003), os cursos de graduação em Turismo são muito recentes, tendo em vista que datam da década de 1970, num momento em que o Brasil passava por modificações políticas, econômicas e sociais. Observa-se que esse curso foi criado em pleno Regime Militar (1964-1985), numa época conhecida como “Milagre Econômico Brasileiro” (1968-1973), onde o crescimento da economia brasileira foi acelerado. Nesse período no Brasil ocorreu um crescimento da atividade turística, desencadeando o aumento do fluxo turístico e uma diversificação dos empreendimentos e dos serviços turísticos. Desta forma, a instituições particulares de ensino superior em turismo passaram a ter como função a capacitação dos recursos humanos para atender a demanda do mercado (RAMOS et. al., 2011). Posteriormente, vieram a surgir alguns cursos superiores em turismo em instituições públicas, mas, a princípio, modelados também para servir o mercado. No decorrer do tempo houve uma preocupação das instituições de ensino superior, públicas e privadas, com a quantidade de cursos e não com a sua qualidade. “Isso levou ao fechamento de vários cursos de turismo, ou à redução das turmas, mostrando um excedente na oferta dos mesmos”. (RAMOS, 2011, p.785). Após esse acontecimento, alguns cursos de graduação passaram a redefinir suas grades curriculares, inserindo disciplinas que apontam para que o indivíduo tenha uma compreensão ética profissional e da cidadania, e que, a partir de normas e regulamentos, colabore para a melhoria da qualidade de vida mundial (MEC, 2006). 3 TURISMO E HOTELARIA O segmento turístico e hoteleiro começou a se organizar no século XIX, a partir de 1950, com o surgimento e incremento das viagens permitindo que o turismo se transforma-se numa atividade de massa bastante significativa, passando a hotelaria a vivenciar um período de significância, em termos socioeconômicos.
  • 4. O avanço das redes hoteleiras coincide com o avanço da evolução tecnológica e dos meios de comunicação, informação e econômica que propiciou uma melhora no nível de vida da população mundial como um todo. Tal avanço, principalmente financeiro, possibilitou um grande aumento no número de viagens da última década de 50, para o começo do século XXI, que fomentou tanto o turismo nacional como o internacional (CANDELÁRIA, 2008). A expansão da economia incorporou novos e significativos contingentes à sociedade de consumo, na qual o turismo se insere como um segmento importante e em contínuo crescimento. As viagens passaram a fazer parte da cultura e das aspirações das populações, fazendo com que a demanda turística passasse a ser cada vez mais crescente e consequentemente, a oferta hoteleira evolui em função dessa demanda (ANDRADE, 2000). Nesse contexto, a hotelaria desponta como vetor fundamental de expansão e consolidação do setor turístico; sua atuação tem correspondido à demanda dos novos nichos de mercado e, ao mesmo tempo, propiciado o surgimento de novas modalidades de turismo, diversificando o portfólio de produtos e serviços. Isso significa a inclusão de serviços de primeira qualidade, em especial aqueles referentes à hospedagem, já que o hotel é um dos principais suportes do roteiro turístico. (CASTELLI, 2001) 4 HISTÓRICO DA HOTELARIA NO BRASIL Historicamente, o surgimento dos meios de hospedagem está associado às necessidades de abrigos das pessoas em deslocamento. Desde a época do Império Romano, pequenas hospedarias e pousadas ofereciam instalações para os viajantes descansarem ao longo de seu trajeto. O desenvolvimento comercial dos empreendimentos de hospedagem ganha impulso por volta dos séculos XVII e XVIII na Europa, quando surgem estabelecimentos que podem ser considerados o embrião do atual modelo de hotéis. Nos Estados Unidos, na metade do século XIX, são inaugurados hotéis que passam a oferecer aos hóspedes uma série de facilidades adicionais, com o objetivo de ampliar o conforto e diferenciar o empreendimento em relação aos concorrentes. No Brasil, o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX marcaram o surgimento dos primeiros hotéis de luxo em São Paulo e no Rio de Janeiro, muitos pertencentes a grupos familiares, como o Hotel Copacabana Palace. Com a proibição dos jogos de azar no país, por volta de 1940, a construção de hotéis imponentes e luxuosos tornou-se menos lucrativa, e os empreendimentos começaram a seguir o padrão de verticalização nos grandes centros urbanos. O crescimento foi menos intenso até o início dos anos 1970, quando programas de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento - BNDES e o Fundo Geral do Turismo - Fungetur estimulou o desenvolvimento da hotelaria doméstica, além disso, o acentuado crescimento da renda e os investimentos em infraestrutura indicavam aumento da demanda por serviços turísticos. Este cenário favorável estimulou a entrada de grandes cadeias estrangeiras no país, inicialmente nas grandes cidades do Rio de Janeiro e São Paulo (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2007).
  • 5. Os investimentos em hotelaria no Brasil se concentravam nos grandes centros urbanos do Sudeste e em algumas estâncias hidrominerais. O potencial turístico da Região Nordeste demorou a ser explorado. Conforme Rosa e Tavares (2002), ao final dos anos 1970, a capacidade de receber turistas em Recife era idêntica a de Poços de Caldas, enquanto a estrutura receptiva de Natal comportava menos visitantes que o parque turístico da pequena cidade de Águas de Lindóia, localizada no interior de São Paulo. A instabilidade econômica dos anos 1980 teve impactos negativos sobre o setor de turismo brasileiro, causando queda na demanda por este tipo de serviço e consequente redução dos investimentos no setor hoteleiro. O início dos anos 1990, por sua vez, foi marcado pela retomada dos investimentos das redes internacionais no Brasil, estimuladas, por um lado, pelo acirramento da competição global, e por outro lado, pela intensificação do processo de abertura e a posterior estabilização da economia brasileira, que sinalizavam o crescimento da demanda hoteleira em nosso país (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2007). 5 O SETOR DE HOSPEDAGEM Os inúmeros trabalhos desenvolvidos pela Organização Mundial do Turismo (World Travel Organization - WTO) mostram como a importância econômica e social do setor de turismo tem crescido de maneira expressiva desde o final da Segunda Guerra Mundial. Inúmeros fatores contribuíram para este resultado, com destaque para o desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, o crescimento da renda familiar e os investimentos feitos com o intuito de melhorar a infra- estrutura associada ao provimento de serviços turísticos em inúmeros países (WTO, 2006). De forma a acompanhar esta tendência, o setor de serviços de hospedagem apresentou um alto grau de evolução, tanto no que se refere à expansão física e geográfica de atuação, como também nos aspectos organizacionais das empresas. As atividades relacionadas ao setor de hospedagem compõem peças-chave nesta cadeia sob dois aspectos fundamentais. Por um lado, destacam-se por seu peso econômico e seus encadeamentos setoriais, cujos impactos fazem-se sentir em vários setores da economia. Por outro lado, os serviços de hospedagem apresentam caráter inerentemente pessoal e devem fornecer aos turistas: hospitalidade e eficiência, entre outros fatores que podem afetar a avaliação dos indivíduos sobre o local que se visita e uma eventual decisão de retornar ao país ou recomendá-lo a outras pessoas em seus locais de origem. De fato, ocorre um crescimento e uma importância dos investimentos em serviços pessoais com o intuito de elevar a satisfação do turista e estabelecer, de certa forma, relações de confiança entre este e a estrutura receptiva de determinado local (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2007).
  • 6. Nos moldes tradicionais da cadeia (relação cliente – agente intermediário - fornecedor) destacam-se a atuação das empresas do setor de hospedagem em conjunto com operadoras, agências de viagens e receptivos, locadoras de automóveis, restaurantes, empresas associadas à produção cultural e companhias aéreas, de forma a oferecer opções de pacotes, diversidade de atrações, serviços diferenciados, dentre outros produtos, porém, além da importância da qualidade do serviço prestado como fator competitivo diferenciador, os investimentos em tecnologias de informação são fundamentais, principalmente no que se refere à atração de turistas independentes (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2012). Dada a importância do setor de hospedagem tanto para o turismo quanto para a economia, torna-se fácil entender o motivo da entrada de diversas redes hoteleiras no Brasil. Uma das tendências do mercado hoteleiro, no Brasil e no mundo, é a formação de redes hoteleiras e de hotéis conveniados. Os meios de hospedagem constituem produtos importantes na economia nacional, além disso, os hotéis fazem parte de uma vital cadeia de serviços instalada ao redor do turismo e, por essa razão, vêm despertando a atenção de gestores, profissionais e especialistas (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2013). 6 METODOLOGIA Em relação ao objetivo da pesquisa, o método selecionado foi o descritivo- exploratório. Conforme Dencker (1998, p.15), “a pesquisa descritiva utiliza técnicas padronizadas de coleta de dados como o questionário e a observação sistemática”. E, a exploratória. Informa ao pesquisador a real importância do problema, o estágio em que se encontram as informações já disponíveis a respeito do assunto e até mesmo, revelar ao pesquisador novas fontes de informação por isso, a pesquisa exploratória é quase sempre feita como levantamento bibliográfico, entrevistas com profissionais que estudam/atuam na área, visita a web sites etc. (SANTOS, 2001, p.24). Esta pesquisa apresenta uma abordagem quanti-qualitativa sobre um estudo realizado no Curso de Turismo da Universidade Estadual do Piauí, campus Torquato Neto. Segundo Castro (2006, p.108) o método quantitativo pergunta “como acontece, o que acontece”, já o método qualitativo pergunta “por que” acontece. Levantou-se a perspectivas dos discentes quanto à disciplina Meios de Hospedagem. Os dados foram coletados através de questionários endereçados aos alunos respectivamente nos V, VI, VII e VIII período, nos meses de junho à outubro de 2013. Sendo que a amostra de 70 (sessenta) alunos teve somente o retorno de 55 (cinquenta e cinco) questionários aplicados. Para coleta utilizou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas referentes: as expectativas dos discentes com relação à disciplina Meios de Hospedagem; o posicionamento dos discentes acerca da disciplina e a prática profissional no setor hoteleiro; a avaliação da aprendizagem obtida na disciplina Meios de Hospedagem. Para análise e interpretação dos dados utilizou-se o programa de tabulação SPSS11 (Windows), levando em consideração,
  • 7. primeiramente, as respostas abertas e posteriormente as fechadas respondidas pelos discentes. Os resultados obtidos, embora não proporcionem conclusões generalizadas, trazem contribuições para a disciplina Meios de Hospedagem e para o Curso de Turismo da Universidade Estadual do Piauí – UESPI, campus Torquato Neto, Teresina-PI. 7 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS Os dados gerados através do questionário foram analisados, tomando como base as respectivas questões da pesquisa. Considerando a questão “1” – Está cursando a disciplina ou já pagou? No universo de 70 (setenta) alunos e tendo retorno de 55 (cinquenta e cinco) questionários, 70% afirmam que pagou a disciplina, enquanto 30% ainda estão cursando como mostra o gráfico abaixo. Fonte: Pesquisa de Campo, 2013. Percebe-se que existe uma maioria de discentes pós-disciplina Meios de Hospedagem, onde a maioria corresponde aos respectivos VI, VII e VIII períodos do curso de Turismo da UESPI, campus Torquato Neto, e já os 30% são do V período correspondente a disciplina Meios de Hospedagem. Em seguida na questão “2” - Em qual período do curso de Turismo da UESPI, campus Torquato Neto, você se encontra? Temos que 30% cursam o V período, correspondente ao período da disciplina, 15% o VI período, 15% o VII período e 40% VIII período, considerado o último período do curso de Turismo, conforme o gráfico abaixo. Pagou 70% Cursando 30% Disciplina Meios de Hospedagem
  • 8. Fonte: Pesquisa de Campo, 2013. Ocorre um equilíbrio entre o VI e VII períodos tendo um significativo aumento de discentes no V período correspondente a disciplina Meios de Hospedagem, porém a maioria dos entrevistados se encontra já no VIII período correspondente ao último período do curso de Turismo da UESPI, campus Torquato Neto, em Teresina- PI. Já no tocante a “3” questão – Qual a perspectiva ao fazer a disciplina Meios de Hospedagem? Foi observado que dos 55 questionários retornados, cerca de 60%, demonstram a intenção em adquirir conhecimentos e práticas com o desejo de poder atuar no segmento do setor hoteleiro e áreas afins. Já 30% relataram em suas respostas o objetivo de somente buscar a aprovação na disciplina e 10% não responderam. Na “4” questão – Como você avalia o seu grau de envolvimento durante a disciplina? A maioria dos discentes, cerca de 40%, somente se resumiu em relatar que cumpre a carga horária e o plano de aula da disciplina e os 60% buscam, além de cumprir a carga horária e o plano de aula, outras fontes de informações e conhecimentos correlacionados com à disciplina Meios de Hospedagem. A “5” questão – Que tipo de experiência a disciplina meios de hospedagem promoveu na área hoteleira? Dentre as opções disponíveis entre: imersão, estágio, visita técnica e pedagógica, laboratórios. Obtivemos 100% a opção visita técnica e viagem técnica e pedagógica e 40% a opção estágio referente à área de hotelaria como mostra o gráfico abaixo. 30% 15% 15% 40% Curso de Turismo da UESPI V período VI período VII período VIII período
  • 9. Fonte: Pesquisa de Campo, 2013. Observa-se que existe uma carência de outras atividades em prol do engrandecimento da disciplina e que somente as atividades de visita técnica e viagem técnica fazem parte da metodologia do programa da disciplina. A inexistência de laboratórios voltados para a disciplina Meios de Hospedagem dificulta a prática do aprendizado; já a experiência da atividade de imersão os alunos desconhecem o que reforça a pouca prática no aprendizado voltado para hotelaria. Na questão do estágio direcionado para hotelaria é uma opção do aluno em que decide na disciplina de estágio supervisionado do VIII período, optar em atuar na Hotelaria, mas somente 40% dos discentes se sentiram motivados. Na “6” questão – Você atua em alguma atividade no setor hoteleiro? Temos que 60% responderam que (não) e 40% responderam que (sim). Sendo que deste 60%, que corresponde a 100% dos que responderam não, dos discentes: Fonte: Pesquisa de Campo, 2013. . 50% trabalham fora do setor do Turismo; 0% 20% 40% 60% 80% 100% Experiência Acadêmica Discentes 17% 33% 50% Discentes Atuam no setor de Turismo (eventos, agências, transporte) Trabalham fora do setor do Turismo Não exercem
  • 10. .17% atuam no setor de turismo correlacionado a agências, transporte, eventos; . 33% não exercem nenhuma profissão. E sendo dos 40%, que correspondem a 100% dos que responderam sim, dos discentes restantes: Fonte: Pesquisa de Campo, 2013. . 62% trabalham no setor hoteleiro; . 38% em áreas afins com o segmento hoteleiro. Complementando a “6” questão a “7” questão tendo como resposta (sim), pergunta ao discente se obteve alguma experiência na disciplina Meios de hospedagem que tenha inserido no seu ambiente de trabalho. Dentre os 40% que responderam (sim), os 62% que atuam no setor hoteleiro relataram que a teoria da disciplina confirmar o que existe na prática, porém, muitas vezes nem sempre a teoria era aplicado corretamente na prática, visto que uma parte dos colaboradores que compõem o quadro de funcionários do Hotel não possuem conhecimento técnico ou teórico suficiente (formação acadêmica ou profissional), o que cabe ao Hotel repassar através de capacitações e treinamentos. Além disso, alegam também que como experiência aplicada ao ambiente de trabalho, a disciplina Meios de Hospedagem, possibilitou oferecer elementos que permitam uma visão crítica da qualidade de serviços e do monitoramento de resultados em gestão e qualidade, como também, permite o entendimento da estrutura organizacional e dos processos de um Hotel. Já os 38% dos discentes que atuam em áreas correlacionadas com a Hotelaria alegaram como experiência no ambiente de trabalho a capacidade de preparar e se qualificar como um bom profissional atingindo o perfil do profissional para atuar no segmento hoteleiro. As questões “8”, “9”, “10” busca analisar a avaliação de aprendizagem obtida na disciplina Meios de Hospedagem. A questão “8” mostra com relação satisfação na disciplina, tendo, dos 55 questionários aplicados 10% dos discentes se mostram insatisfeito, 15% parcialmente satisfeito, 65% satisfeito e 10% plenamente satisfeito, conforme o gráfico. 38% 63% Discentes Áreas afins ao SEGMENTO HOTELEIRO Atuam no SETOR HOTELEIRO
  • 11. Fonte: Pesquisa de Campo, 2013. Com relação a esse percentual percebe-se que: a maioria dos alunos se encontra satisfeito com a disciplina isso se deve: ao bom plano de curso da disciplina Meios de Hospedagem, ao corpo docente e ao projeto político pedagógico do curso de Turismo da UESPI, porém devemos levar em conta também que existe a necessidade de mais práticas acadêmicas com foco na Hotelaria relatados na questão “5” deste questionário aplicado aos discentes do curso de Turismo da UESPI, campus Torquato Neto, Teresina-PI. Na questão “9” referente ao que você mudaria se pudesse fazer o curso novamente? Dentre as várias repostas uma unanimidade com relação à necessidade de maior experiência prática, visando o mercado no segmento hoteleiro e afins. Já a “10” e última questão - Que sugestão você daria visando aprimorar a qualidade de ensino na disciplina Meios de Hospedagem? Dentre as várias sugestões merecem destaque: a inserção de mais aulas e atividades práticas, ou seja, uma disciplina mais dinâmica e menos teórica; viagens técnicas que busquem aprimorar a disciplina; visitas técnicas voltadas para Imersão nos Hotéis e laboratórios voltados para o setor de hotelaria. 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa referente a percepção dos discentes do curso de Turismo da Universidade Estadual do Piauí – UESPI, sobre a disciplina meios de hospedagem mostra o que a maioria dos alunos tem um real interesse em adquirir novos conhecimentos e informações sobre a disciplina, não se limitando apenas o que é explanado em salas de aula e ao plano de curso, além disso, o desejo e a necessidade de outras práticas é evidente como atividades de imersão e práticas em laboratórios voltados para Hotelaria. Com relação aos discentes observa que a maioria são pós-alunos da disciplina meios de hospedagem tendo uma concentração maior no VIII período do curso, último período. Estes discentes demonstram a intenção em adquirir conhecimentos e práticas com o desejo de poder atuar no segmento do setor hoteleiro e áreas afins. No tocante a prática profissional a maioria dos discentes não atuam no setor hoteleiro sendo que dentre os 60%, temos: . 33% trabalham fora do setor do Turismo; Insatisfeito 10% Parcialmente Satifeito 15% Satisfeito 65% Plenamente Satisfeito 10% Disciplina Meios de Hospedagem
  • 12. . 17% atuam no setor de turismo correlacionado a agências, transporte, eventos; . 50% não exercem nenhuma profissão. Já os 40% dos alunos que responderam que atuam observou-se: . 62% trabalham no setor hoteleiro; . 38% em áreas afins com o segmento hoteleiro. Percebe-se que pela a amostra aplicada aos discentes ocorre uma ausência de profissionais com nível superior, inseridos no mercado de trabalho, em específico no setor hoteleiro, porém, observa-se que uma minoria trabalha na hotelaria e áreas afins e 17% atua no trade turístico. Esta minoria que atua no setor hoteleiro correspondente a 40% obtiveram como experiência na disciplina a possibilidade de conciliar a prática com a teoria como, por exemplo, a capacidade de uma visão crítica da qualidade de serviços e do monitoramento de resultados em gestão e qualidade, como também, propiciar o entendimento da estrutura organizacional e dos processos de um Hotel. Os discentes que atuam em áreas correlacionadas com a Hotelaria alegaram como experiência no ambiente de trabalho a capacidade de preparar e se qualificar como um bom profissional atingindo o perfil do profissional para atuar no segmento hoteleiro. A disciplina Meios de hospedagem do curso de Turismo da UESPI, campus Torquato Neto, tem uma avaliação positiva perante seu alunos. Com 65% de satisfação a disciplina que se deve ao bom plano de curso da disciplina Meios de Hospedagem, ao corpo docente e ao projeto político pedagógico do curso de Turismo da UESPI, tendo como necessidade de mudança uma maior experiência prática, visando o mercado no segmento hoteleiro. Conclui-se que a percepção dos discentes perante a disciplina Meios de Hospedagem no curso de Turismo é positiva merecendo destaque a formação deste profissional que já entra no mercado com a percepção de um profissional qualificado com uma visão crítica da qualidade dos serviços e gestão hoteleira.
  • 13. PERCEPTIONS OF STUDENTS TRAVEL TOURISM STATE UNIVERSITY PIAUI (UESPI) DISCIPLINE ON MEANS OF ACCOMMODATION ABSTRACT To perceive is to capture everything that surrounds us is a process that consists in capturing and reaction to what is perceived. This article examines the perceptions of students from the Tourism UEPSI, campus Torquato Neto Teresina-PI on discipline Media Hosting. The specific objectives were to identify the expectations of students regarding discipline Media Hosting, analyze the placement of students approaching the discipline and professional practice in the hotel industry, as well as an assessment of learning achieved in the course Media Hosting. The methodology had a descriptive-exploratory, qualitative-quantitative approach. It was found that most students have a positive perception towards the discipline Means Hosting due to the good course plan of discipline, the faculty and the political pedagogical project of the course of Tourism UESPI. KEYWORDS: Tourism Course. Student Desk. Discipline Half Hosting.
  • 14. REFERÊNCIAS ANDRADE, J. V. Turismo: fundamentos e dimensões. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2000. ANSARAH, M.G.R. Formação e capacitação do profissional em Turismo e Hotelaria: reflexões e cadastro das instituições educacionais no Brasil. São Paulo: Aleph, 2002. BRITO, Bruno. As manifestações culturais e sua relação com o turismo na GrandeJoãoPessoa.Em:http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraF orm.do?select_action=&co_autor=131592 (Disponível em: 15 maio 2013). BENI, M. C.; CASTRO GIOVANNI, A. C. Turismo Investigação e Crítica. São Paulo: Contexto, 2002. CANDELÁRIA, José Gustavo Ferreira. Estudo do Impacto da Variação dos Meios de Hospedagem nas Destinações Turísticas. Turydes_revista de investigación em turismo y desarollo local, Vol 1 – n 2 (março/marzo 2008). CASTELLI, G. Administração Hoteleira. 8 ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2001. COELHO, Elaine. Avaliação Institucional e formação superior em Turismo: significados para a requalificação do bacharelado, em turismo da Unifra, Santa Maria (RS). Estudos em Avaliação Educacional, v.19, n.39, jan/abr. 2008. Em:http://tede.ucs.br/tde_arquivos/3/TDE20060925T065252Z25/Publico/Dissertacao %20Eliane%20Martins%20Coelho.pdf (Disponível em: 15, maio, 2013). CRUZ, Gustavo da; Berberi, André Portes Caldini; Guzela, Morgana Toaldo 2008 “Ciência e pesquisa: reflexões sobre a inserção do turismo e do ensino superior frente ao panorama científico”. PASOS: Revista de Turismo y Patrimonio Cultural, 6(1): 109-116. COELHO, Elaine. Avaliação Institucional e formação superior em Turismo: significados para a requalificação do bacharelado, em turismo da Unifra, Santa Maria (RS). Estudos em Avaliação Educacional, v.19, n.39, jan/abr. 2008. Em: http://tede.ucs.br/tde_arquivos/3/TDE20060925T065252Z25/Publico/Dissertacao%2 0Eliane%20Martins%20Coelho.pdf (Disponível em: 15, maio, 2013). DENCKER, Ada de Freitas Maneti. Métodos e técnicas de pesquisa em turismo. São Paulo: Futura, 1998. EMBRATUR. Diretrizes para uma política nacional do ecoturismo. Brasília, 1994. __________. Pólos de ecoturismo: planejamento e gestão. 1 Ed. São Paulo: Terragraph, 2001. HALLAL, R. D.; MULLER, D.; GARCIA, T. E. M.; RAMOS, M. G. G. O contexto de criação dos cursos de Bacharelado em Turismo no Brasil. X Coloquio Internacional sobre Gestión Universitaria em América Del Sur – “Balance y
  • 15. prospectiva de La Educación Superior em el marco de los Bicentenarios de América del Sur” Mar del Plata 8, 9 y 10 de Diciembre de 2010. Em: <http://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/97077/O%20CONTEXT%20D E%20CRIA%C3%87%C3%83O%20DOS%20CURSOS%20DE%20BACHARELADO %20EM%20TURISMO%20N.pdf?sequence=1> Acesso: 15 de agosto, 2013. MINISTÉRIO DO TURISMO – Estudo da Competitividade do Turismo Brasileiro: Serviços de Hospedagem. Brasília, 2007. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downl oads_publicacoes/SERVIxOS_DE_HOSPEDAGEM.pdf Acesso: 20 de setembro, 2013. MINISTÉRIO DO TURISMO. Pesquisa anual de conjuntura econômica do turismo / EBAPE/Núcleo de Turismo, Ministério do Turismo.- 8.ed. 2012. Disponível em: http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/export/sites/default/dadosefatos/conjuntura_e conomica/downloads_conjuntura/PACET_2012-04-27_versxo_WEB.pdf. Acesso: 21 de setembro, 2013. MINISTÉRIO DO TURISMO – Boletim de Desempenho Econômico do Turismo. – Ano X, nº 37 (Outubro/Dezembro 2012) / EBAPE/Núcleo de Turismo, Ministério do Turismo. – Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2013. Disponivel em: http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/export/sites/default/dadosefatos/conjuntura_e conomica/boletim_desempenho_turismo/download_boletim_desempenho_economic o_turismo/BDET_-_37.pdf. Acesso: 17 de set. 2013 MEC - Ministério da Educação 2006 “Diretrizes curriculares do curso de turismo”. Secretaria de Ensino Superior (SESU). Disponível em:<http://www.mec.gov. br/sesu> Acesso em: 08 set. 2013. OGANAUSKAS, D. S. N.; GOMES, B. M. A.; ANDRUKIU, A. M. G. Bacharelado em Turismo no Brasil: História e contribuição da Universidade Federal do Paraná. Turismo & Sociedade. Curitiba, v.5, n 2, p.563-583, outubro de 2012. Em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs-2.2.4/index.php/turismo/article/viewFile/26334/19230> (Disponível em: 15 de maio, 2013). PEREIRA, Francisca; COUTINHO, Rita. Hotelaria da era antiga aos dias atuais. Revista eletrônica Aboré – Publicação da Escola Superior de Artes e Turismo – Edição 03/2007. RAMOS, Maria da Graça Gomes; Garcia, Tania Elisa Morales; Hallal, Dalila Rosa; Müller, Dalila 2011 “Ensino Superior em Turismo no Brasil: da expansão à diversificação”, Book of Proceedings Vol. 1-International Conference on Tourism & Management Studies, Alargave: 777-786. REJOWSKI, Mirian. Turismo e Pesquisa Científica: Pensamento Internacional x situação Brasileira. 4ed. Campinas, SP: Papirus, 1996. (Coleção Turismo). REJOWSKI, M. (2001): Ensino em Turismo no Brasil: Reflexões sobre a realidade do ensino de graduação de 1970 a 2000 in BARRETTO, M; REJOWSKI, M (Org.). Turismo: interfaces, desafios e incertezas. Caxias do Sul: EDUCS, 2001.
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