O documento discute a função humanizadora da literatura e como ela pode confirmar a humanidade do homem. A literatura pode satisfazer a necessidade universal de fantasia e contribuir para a formação da personalidade, além de fornecer conhecimento sobre o mundo e o ser humano ao representar uma realidade social e humana. No entanto, o regionalismo literário pode tanto estabelecer uma relação adequada entre tema e linguagem quanto ser um fator de artificialidade na linguagem e alienação no conhecimento do país.
1) O documento discute a relação entre ficção e realidade na literatura, analisando como os conceitos de "fictício" e "imaginário" são abordados no romance "Sem Nome" de Helder Macedo.
2) A autora se concentra em um episódio do romance que envolve uma carta fictícia que descreve detalhes violentos da morte de uma personagem, ilustrando como a ficção pode se entrelaçar com a realidade.
3) Ela argumenta que os conceitos de "fictício" e "imaginário" propost
1) O documento discute as noções de gênero, parentesco e identidade no sertão nordestino, especificamente na região do Cariri.
2) Questiona como conceitos como "família patriarcal" e "parentesco" podem ocidentalizar as relações sociais estudadas.
3) Defende que a antropologia deve ir além dos conceitos para captar as múltiplas formas de subjetividade e relações sociais.
Este artigo traça um estudo sobre a poética de Sérgio Sant ́Anna, escritor brasileiro, sob a ótica da poética do recorte e do hibridismo. Assim investigaremos no interior da narrativa o cruzamento de dois discursos dentro do mesmo enunciado: O discurso da Teoria literária, que será confrontado com o Discurso Ficcional, para isso será analisado a obra Simulacros, onde será verificado se no texto ocorre esse cruzamento discursivo, para com isso estabelecermos se este cruzamento poderá se entendido como uma das marcas da poética de Sergio Sant ́Anna.
Este documento discute como o discurso literário é transformado pela narrativa do leitor no contexto do hipertexto digital. Ele explora como os leitores podem reelaborar obras literárias usando recursos hipermidiáticos e como isso afeta a representação e percepção do discurso literário. O documento também analisa como as mudanças na sociedade afetam o discurso e a construção de gêneros textuais.
O documento discute a crise da literatura e da crítica no início do século XX, com o surgimento de movimentos de vanguarda que romperam com os velhos modelos. Também aborda o descompasso entre a literatura infantil e as vanguardas, as manifestações críticas da literatura infantil ao longo dos anos e as ideias-base para a crítica da literatura infantil no limiar do século XXI.
Deriva cigana um estudo etnográfico sobre os ciganosmaladigitalmourao
Este resumo descreve duas recentes monografias antropológicas sobre comunidades cigana em Portugal. A primeira monografia descreve de forma holística uma comunidade cigana em Lisboa, enquanto a segunda foca especificamente no movimento evangélico cigano e no papel da música na identidade cigana. Embora ambas estudem ciganos, adotam abordagens metodológicas e teóricas distintas.
Este trabalho analisa as referências à Cultura Clássica presentes nos contos de Papéis avulsos, de Machado de Assis. A dissertação busca verificar como o diálogo intertextual com obras clássicas contribui para o desenvolvimento do sentido nas narrativas. Inicialmente, o texto extrai citações clássicas dos contos e apresenta seu contexto original, para depois analisar como Machado as emprega de forma irônica, promovendo uma reflexão social.
1) O documento discute a relação entre ficção e realidade na literatura, analisando como os conceitos de "fictício" e "imaginário" são abordados no romance "Sem Nome" de Helder Macedo.
2) A autora se concentra em um episódio do romance que envolve uma carta fictícia que descreve detalhes violentos da morte de uma personagem, ilustrando como a ficção pode se entrelaçar com a realidade.
3) Ela argumenta que os conceitos de "fictício" e "imaginário" propost
1) O documento discute as noções de gênero, parentesco e identidade no sertão nordestino, especificamente na região do Cariri.
2) Questiona como conceitos como "família patriarcal" e "parentesco" podem ocidentalizar as relações sociais estudadas.
3) Defende que a antropologia deve ir além dos conceitos para captar as múltiplas formas de subjetividade e relações sociais.
Este artigo traça um estudo sobre a poética de Sérgio Sant ́Anna, escritor brasileiro, sob a ótica da poética do recorte e do hibridismo. Assim investigaremos no interior da narrativa o cruzamento de dois discursos dentro do mesmo enunciado: O discurso da Teoria literária, que será confrontado com o Discurso Ficcional, para isso será analisado a obra Simulacros, onde será verificado se no texto ocorre esse cruzamento discursivo, para com isso estabelecermos se este cruzamento poderá se entendido como uma das marcas da poética de Sergio Sant ́Anna.
Este documento discute como o discurso literário é transformado pela narrativa do leitor no contexto do hipertexto digital. Ele explora como os leitores podem reelaborar obras literárias usando recursos hipermidiáticos e como isso afeta a representação e percepção do discurso literário. O documento também analisa como as mudanças na sociedade afetam o discurso e a construção de gêneros textuais.
O documento discute a crise da literatura e da crítica no início do século XX, com o surgimento de movimentos de vanguarda que romperam com os velhos modelos. Também aborda o descompasso entre a literatura infantil e as vanguardas, as manifestações críticas da literatura infantil ao longo dos anos e as ideias-base para a crítica da literatura infantil no limiar do século XXI.
Deriva cigana um estudo etnográfico sobre os ciganosmaladigitalmourao
Este resumo descreve duas recentes monografias antropológicas sobre comunidades cigana em Portugal. A primeira monografia descreve de forma holística uma comunidade cigana em Lisboa, enquanto a segunda foca especificamente no movimento evangélico cigano e no papel da música na identidade cigana. Embora ambas estudem ciganos, adotam abordagens metodológicas e teóricas distintas.
Este trabalho analisa as referências à Cultura Clássica presentes nos contos de Papéis avulsos, de Machado de Assis. A dissertação busca verificar como o diálogo intertextual com obras clássicas contribui para o desenvolvimento do sentido nas narrativas. Inicialmente, o texto extrai citações clássicas dos contos e apresenta seu contexto original, para depois analisar como Machado as emprega de forma irônica, promovendo uma reflexão social.
Este documento analisa a representação do escritor como intelectual em dois romances: A correspondência de Fradique Mendes de Eça de Queiróz e Nação Crioula de José Eduardo Agualusa. Ambos usam o personagem Fradique Mendes para construir projetos intelectuais diferentes para o escritor. No primeiro, Fradique endossa o discurso imperialista português da época. No segundo, escrito quase 100 anos depois, Fradique é reescrito para deslocar o ethos do escritor e produzir um novo modelo de su
Este documento fornece uma introdução sobre literatura e gêneros literários. Primeiro, discute definições de literatura de acordo com diferentes teóricos, enfatizando que literatura lida com temas humanos e reflete a realidade social. Em seguida, explica que gêneros literários são formas pelas quais os escritores veem e sentem o mundo, e que cada época histórica favorece certos gêneros. Por fim, faz um breve resumo sobre a teorização dos gêneros literários desde a Antiguidade Gre
Este documento discute os gêneros literários, definindo-os como modalidades de expressão literária que refletem diferentes maneiras de ver e sentir o mundo. Apresenta brevemente a evolução histórica da teorização sobre gêneros desde a Antiguidade Greco-Latina até o Romantismo, destacando as classificações de Platão, Aristóteles e Horácio e o questionamento dessas classificações no século XVIII.
Este documento discute o papel da literatura na educação. Primeiramente, define literatura como a arte da escrita e argumenta que ela deve ser analisada e compreendida para além de finalidades didáticas. Em seguida, critica o sistema educacional atual por se concentrar demais em objetivos profissionalizantes em vez de valores humanos. Por fim, defende que a literatura deve ser ensinada de forma a respeitar a diversidade cultural e estimular a criatividade dos alunos.
1) O documento resume o livro "Eu compro essa mulher: romance e consumo nas telenovelas brasileiras e mexicanas" da autora Cristiane Costa.
2) A autora analisa como o amor romântico é explorado nas telenovelas brasileiras e mexicanas para introduzir as massas na sociedade de consumo.
3) No entanto, o resenhista acredita que a análise da autora é superficial e carece de maior profundidade intelectual e pesquisa para apoiar suas conclusões.
ARTE, VIDA E FORMAÇÃO HUMANA: CONCEITOS INSTIGANTES EM LEV VYGOSTSKYLOCIMAR MASSALAI
Tive como intenção primeira ao escrever este texto, ler Vygostsky por ele mesmo. Instigado pela exigência da produção de um texto, fiquei imaginando o que poderia escrever que pudesse aprofundar meus conhecimentos sobre a Psicologia Histórico-Cultural, tanto a partir das instigações da Experiência Missionária na Universidade Estadual de Maringá, como também pela necessidade de aprofundar as bases teóricas que necessito para responder os questionamentos que recebo enquanto pedagogo na escola onde atuo. Questionamentos feitos pelas professoras em suas práticas pedagógicas às voltas com o ensino da arte e em contrapartida, de minha defesa da necessidade de que este componente curricular seja ensinado de forma mais consistente, que não aquela das velhas práticas de desenhos livres, artesanatos e confecção de cestos de lixo para a escola. Toda esta necessidade de aprofundamento teve seu ápice com as provocações do Mestrado em Psicologia que comecei a fazer em agosto de 2011.
A Paratopia em "Feliz Ano Velho": Linguagem e TransmidiaçãoKelly Christi
Adendo da autora: fica livre a leitura,download e circulação não-comercial deste trabalho, mas não poderá ser mudado o seu conteúdo, feito isto poderá ocorrer pareceres judiciais cabíveis.
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao departamento de letras/linguística, da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, que discute fenômenos da linguagem e da comunicação como paratopia, transmidiação e repercussão editorial na obra " Feliz Ano Velho", de Marcelo Rubens Paiva.
Policarpo quaresma um embate entre a utopia e a realidadeUNEB
O documento analisa a obra literária "Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, e como ela representa aspectos da sociedade brasileira nos primeiros anos da República através do personagem Policarpo Quaresma. Quaresma é descrito como um patriota ingênuo que tenta contribuir para o Brasil de forma idealista, mas é ridicularizado por não entender a realidade política e social distorcida do período republicano marcado por interesses individuais e corrupção.
Entre praticas e_representacoes_os_folhetins_nos_anos_sessentaSilvana Oliveira
Este documento apresenta um resumo de uma dissertação de mestrado sobre as representações sociais na década de 1960 através dos folhetins publicados pela revista Capricho no Brasil. O objetivo é analisar como esses folhetins refletiam a mentalidade feminina da época e as formas de leitura e cultura popular, sem colocá-los de modo simplista como "cultura de massa".
1) O documento discute como a educação moderna se desenvolveu entre a transmissão de conhecimento e a vigilância, com a escola assumindo um papel de controle.
2) A autoridade do mestre diminuiu com a modernidade enquanto a reflexividade aumentou, mas isso também levou a uma perda da especificidade educacional.
3) Há debates sobre se as atuais dificuldades educacionais são resultado inevitável dos valores modernos ou se a função paterna sofreu mais um deslocamento do que um declínio.
A literatura comparada estuda as literaturas de diferentes áreas linguísticas e mídias através da comparação. Surgiu no século XIX para extrair leis gerais da literatura, mas só se tornou disciplina reconhecida no início do século XX. Analisa semelhanças, influências e diferenças entre obras, considerando aspectos como cultura, época e gênero.
O documento discute a relação entre literatura e história na literatura negra brasileira. Aponta que escritores negros suplementam a narrativa histórica oficial ao recuperar memórias silenciadas e recontar a história do Brasil de uma perspectiva afro-brasileira. Também analisa como autores como Oswaldo de Camargo empregam elementos históricos em suas obras ficcionais para problematizar temas como o racismo.
Este documento resume um livro de ensaios escrito por Ciro Flamarion Cardoso sobre teoria e metodologia histórica. O autor discute várias correntes historiográficas como o marxismo, a Escola dos Annales, o pós-modernismo e a História Cultural. Ele também analisa questões como narrativa histórica, religião, identidade nacional, arte e como sociedade e cultura foram entendidas ao longo do tempo.
Este documento apresenta um resumo de uma tese sobre a reescrita da história das guerras de independência (1961-1974) nas literaturas angolana, moçambicana e portuguesa. O estudo analisa obras literárias destes países que abordam este tema histórico, colocando em destaque a perspectiva teórica da voz autoral e sua relação com o contexto histórico através de abordagens da narratologia e sociocrítica.
O documento discute a representação literária do sujeito subalternizado na poesia e no conto brasileiro do século XX. Aborda inicialmente a posição do sujeito subalternizado na estrutura de poder social brasileira e como isso é refletido na literatura. Também discute os conceitos de subalterno e mímesis, e como esses conceitos são tratados nos Estudos Subalternos e na literatura brasileira.
1) O documento discute as formações ideológicas na cultura brasileira, especificamente a tensão entre formalismo/estruturalismo e marxismo nas décadas de 1960 e 1970.
2) Nos anos 1970, surgiu uma crise no estruturalismo e marxismo ortodoxo com a ascensão da dialética negativa e do pensamento anti-racionalista.
3) O autor argumenta que literatura e ideologia se tangenciam ao expressar a experiência intersubjetiva, porém de forma diversa, com a literatura disseminando e a ide
Este documento discute as especificidades da literatura e como isso influencia as escolhas dos professores no ensino de literatura. A dificuldade em definir o que é literatura afeta tanto a seleção de textos quanto como eles são abordados em sala de aula. Vários teóricos são citados para debater essa questão, desde Barthes até Culler, destacando que a literatura permite transgressões linguísticas e que o contexto e o leitor são elementos essenciais para a análise literária. O processo histórico de canonização também é disc
6 a intertextualidade_nos_quadrinhos_da_turma_da_mnica...Tiça Ribeiro
O documento discute a intertextualidade presente nos quadrinhos da Turma da Mônica de Mauricio de Sousa, mostrando como ele usa recursos linguísticos como alusões, citações e paródias de outras obras para manter os leitores interessados ao longo dos anos. Apesar de as histórias serem focadas em crianças, os recursos intertextuais se tornaram mais sofisticados para agradar também os leitores adultos que acompanham a Turma desde a infância. A intertextualidade é uma forma de man
Este documento discute a evolução dos termos "mimesis" e "literariedade". Mimesis foi definido por Aristóteles como imitação, mas ao longo do tempo passou a significar imitação da realidade. Já os Formalistas Russos definiram "literariedade" como aquilo que torna uma obra literária. Embora tenham origens diferentes, mimesis e literariedade compartilham o foco no objeto literário em si.
1. O texto discute o tema do humanismo na obra de Ernst Cassirer, especificamente a noção de "humanitas" como a capacidade humana de criação individual da forma.
2. Cassirer entende o ser humano como capaz de criar e usar símbolos, edificando e transformando o mundo da cultura, o que o leva a abraçar a antropologia filosófica.
3. A noção de "homo symbolicus" é central para Cassirer, que busca fundamentar a autonomia da filosofia e das ciências da cultura.
Este documento fornece uma introdução à teoria da literatura, discutindo o que é literatura, a origem da teoria literária e alguns conceitos-chave. Aborda gêneros literários como lírica, narrativa e drama, além de novos rumos da teoria da literatura.
Este documento analisa a representação do escritor como intelectual em dois romances: A correspondência de Fradique Mendes de Eça de Queiróz e Nação Crioula de José Eduardo Agualusa. Ambos usam o personagem Fradique Mendes para construir projetos intelectuais diferentes para o escritor. No primeiro, Fradique endossa o discurso imperialista português da época. No segundo, escrito quase 100 anos depois, Fradique é reescrito para deslocar o ethos do escritor e produzir um novo modelo de su
Este documento fornece uma introdução sobre literatura e gêneros literários. Primeiro, discute definições de literatura de acordo com diferentes teóricos, enfatizando que literatura lida com temas humanos e reflete a realidade social. Em seguida, explica que gêneros literários são formas pelas quais os escritores veem e sentem o mundo, e que cada época histórica favorece certos gêneros. Por fim, faz um breve resumo sobre a teorização dos gêneros literários desde a Antiguidade Gre
Este documento discute os gêneros literários, definindo-os como modalidades de expressão literária que refletem diferentes maneiras de ver e sentir o mundo. Apresenta brevemente a evolução histórica da teorização sobre gêneros desde a Antiguidade Greco-Latina até o Romantismo, destacando as classificações de Platão, Aristóteles e Horácio e o questionamento dessas classificações no século XVIII.
Este documento discute o papel da literatura na educação. Primeiramente, define literatura como a arte da escrita e argumenta que ela deve ser analisada e compreendida para além de finalidades didáticas. Em seguida, critica o sistema educacional atual por se concentrar demais em objetivos profissionalizantes em vez de valores humanos. Por fim, defende que a literatura deve ser ensinada de forma a respeitar a diversidade cultural e estimular a criatividade dos alunos.
1) O documento resume o livro "Eu compro essa mulher: romance e consumo nas telenovelas brasileiras e mexicanas" da autora Cristiane Costa.
2) A autora analisa como o amor romântico é explorado nas telenovelas brasileiras e mexicanas para introduzir as massas na sociedade de consumo.
3) No entanto, o resenhista acredita que a análise da autora é superficial e carece de maior profundidade intelectual e pesquisa para apoiar suas conclusões.
ARTE, VIDA E FORMAÇÃO HUMANA: CONCEITOS INSTIGANTES EM LEV VYGOSTSKYLOCIMAR MASSALAI
Tive como intenção primeira ao escrever este texto, ler Vygostsky por ele mesmo. Instigado pela exigência da produção de um texto, fiquei imaginando o que poderia escrever que pudesse aprofundar meus conhecimentos sobre a Psicologia Histórico-Cultural, tanto a partir das instigações da Experiência Missionária na Universidade Estadual de Maringá, como também pela necessidade de aprofundar as bases teóricas que necessito para responder os questionamentos que recebo enquanto pedagogo na escola onde atuo. Questionamentos feitos pelas professoras em suas práticas pedagógicas às voltas com o ensino da arte e em contrapartida, de minha defesa da necessidade de que este componente curricular seja ensinado de forma mais consistente, que não aquela das velhas práticas de desenhos livres, artesanatos e confecção de cestos de lixo para a escola. Toda esta necessidade de aprofundamento teve seu ápice com as provocações do Mestrado em Psicologia que comecei a fazer em agosto de 2011.
A Paratopia em "Feliz Ano Velho": Linguagem e TransmidiaçãoKelly Christi
Adendo da autora: fica livre a leitura,download e circulação não-comercial deste trabalho, mas não poderá ser mudado o seu conteúdo, feito isto poderá ocorrer pareceres judiciais cabíveis.
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao departamento de letras/linguística, da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, que discute fenômenos da linguagem e da comunicação como paratopia, transmidiação e repercussão editorial na obra " Feliz Ano Velho", de Marcelo Rubens Paiva.
Policarpo quaresma um embate entre a utopia e a realidadeUNEB
O documento analisa a obra literária "Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, e como ela representa aspectos da sociedade brasileira nos primeiros anos da República através do personagem Policarpo Quaresma. Quaresma é descrito como um patriota ingênuo que tenta contribuir para o Brasil de forma idealista, mas é ridicularizado por não entender a realidade política e social distorcida do período republicano marcado por interesses individuais e corrupção.
Entre praticas e_representacoes_os_folhetins_nos_anos_sessentaSilvana Oliveira
Este documento apresenta um resumo de uma dissertação de mestrado sobre as representações sociais na década de 1960 através dos folhetins publicados pela revista Capricho no Brasil. O objetivo é analisar como esses folhetins refletiam a mentalidade feminina da época e as formas de leitura e cultura popular, sem colocá-los de modo simplista como "cultura de massa".
1) O documento discute como a educação moderna se desenvolveu entre a transmissão de conhecimento e a vigilância, com a escola assumindo um papel de controle.
2) A autoridade do mestre diminuiu com a modernidade enquanto a reflexividade aumentou, mas isso também levou a uma perda da especificidade educacional.
3) Há debates sobre se as atuais dificuldades educacionais são resultado inevitável dos valores modernos ou se a função paterna sofreu mais um deslocamento do que um declínio.
A literatura comparada estuda as literaturas de diferentes áreas linguísticas e mídias através da comparação. Surgiu no século XIX para extrair leis gerais da literatura, mas só se tornou disciplina reconhecida no início do século XX. Analisa semelhanças, influências e diferenças entre obras, considerando aspectos como cultura, época e gênero.
O documento discute a relação entre literatura e história na literatura negra brasileira. Aponta que escritores negros suplementam a narrativa histórica oficial ao recuperar memórias silenciadas e recontar a história do Brasil de uma perspectiva afro-brasileira. Também analisa como autores como Oswaldo de Camargo empregam elementos históricos em suas obras ficcionais para problematizar temas como o racismo.
Este documento resume um livro de ensaios escrito por Ciro Flamarion Cardoso sobre teoria e metodologia histórica. O autor discute várias correntes historiográficas como o marxismo, a Escola dos Annales, o pós-modernismo e a História Cultural. Ele também analisa questões como narrativa histórica, religião, identidade nacional, arte e como sociedade e cultura foram entendidas ao longo do tempo.
Este documento apresenta um resumo de uma tese sobre a reescrita da história das guerras de independência (1961-1974) nas literaturas angolana, moçambicana e portuguesa. O estudo analisa obras literárias destes países que abordam este tema histórico, colocando em destaque a perspectiva teórica da voz autoral e sua relação com o contexto histórico através de abordagens da narratologia e sociocrítica.
O documento discute a representação literária do sujeito subalternizado na poesia e no conto brasileiro do século XX. Aborda inicialmente a posição do sujeito subalternizado na estrutura de poder social brasileira e como isso é refletido na literatura. Também discute os conceitos de subalterno e mímesis, e como esses conceitos são tratados nos Estudos Subalternos e na literatura brasileira.
1) O documento discute as formações ideológicas na cultura brasileira, especificamente a tensão entre formalismo/estruturalismo e marxismo nas décadas de 1960 e 1970.
2) Nos anos 1970, surgiu uma crise no estruturalismo e marxismo ortodoxo com a ascensão da dialética negativa e do pensamento anti-racionalista.
3) O autor argumenta que literatura e ideologia se tangenciam ao expressar a experiência intersubjetiva, porém de forma diversa, com a literatura disseminando e a ide
Este documento discute as especificidades da literatura e como isso influencia as escolhas dos professores no ensino de literatura. A dificuldade em definir o que é literatura afeta tanto a seleção de textos quanto como eles são abordados em sala de aula. Vários teóricos são citados para debater essa questão, desde Barthes até Culler, destacando que a literatura permite transgressões linguísticas e que o contexto e o leitor são elementos essenciais para a análise literária. O processo histórico de canonização também é disc
6 a intertextualidade_nos_quadrinhos_da_turma_da_mnica...Tiça Ribeiro
O documento discute a intertextualidade presente nos quadrinhos da Turma da Mônica de Mauricio de Sousa, mostrando como ele usa recursos linguísticos como alusões, citações e paródias de outras obras para manter os leitores interessados ao longo dos anos. Apesar de as histórias serem focadas em crianças, os recursos intertextuais se tornaram mais sofisticados para agradar também os leitores adultos que acompanham a Turma desde a infância. A intertextualidade é uma forma de man
Este documento discute a evolução dos termos "mimesis" e "literariedade". Mimesis foi definido por Aristóteles como imitação, mas ao longo do tempo passou a significar imitação da realidade. Já os Formalistas Russos definiram "literariedade" como aquilo que torna uma obra literária. Embora tenham origens diferentes, mimesis e literariedade compartilham o foco no objeto literário em si.
1. O texto discute o tema do humanismo na obra de Ernst Cassirer, especificamente a noção de "humanitas" como a capacidade humana de criação individual da forma.
2. Cassirer entende o ser humano como capaz de criar e usar símbolos, edificando e transformando o mundo da cultura, o que o leva a abraçar a antropologia filosófica.
3. A noção de "homo symbolicus" é central para Cassirer, que busca fundamentar a autonomia da filosofia e das ciências da cultura.
Este documento fornece uma introdução à teoria da literatura, discutindo o que é literatura, a origem da teoria literária e alguns conceitos-chave. Aborda gêneros literários como lírica, narrativa e drama, além de novos rumos da teoria da literatura.
O artigo versa sobre alguns aspectos da obra de Dorival Caymmi em relação de aproximação com a poesia brasileira.Foi produzido para o curso de graduação em Letras,Literatura brasileira,sobre poesia na UFRJ.Posteriormente,foi apresentado como comunicação em Colóquio sobre poesia e contemporaneidade,2010.
1. A literatura é a arte da palavra e faz da palavra seu principal objeto, concedendo-lhe outras possibilidades além de seu significado usual.
2. A literatura existe para preencher os vazios que a realidade não consegue perceber.
3. Os três gêneros literários clássicos são o lírico, o épico e o dramático.
O documento discute a apropriação e reescrita de mitos no hipertexto digital. Primeiramente, aborda como os mitos permanecem atuais ao responderem ao "e daí?" e se transformarem de acordo com o suporte e ênfase. Também discute como a interação entre autor e leitor no hipertexto permite novas narrativas e apropriações dos mitos literários. Por fim, analisa como a intertextualidade permite desmontar e remontar os mitos através da combinação de elementos textuais de diferentes obras.
1. A escrita trouxe mudanças fundamentais nas relações entre indivíduo e memória social, permitindo que o saber se tornasse objetivo e compartilhado independentemente do contexto.
2. A cultura escrita introduziu a noção de linearidade e cronologia na concepção de tempo, em contraste com a oralidade que enfatizava o ciclo eterno de retorno.
3. A hipertextualidade da cultura digital reconfigura nossas noções de espaço, tempo e autoridade, possibilitando a produção coletiva e mult
Este documento é um livro compilado por vários autores sobre comunicação e poder. Contém um prefácio discutindo como a comunicação se tornou um problema central na modernidade devido à ausência de narrativas estáveis e à necessidade de legitimidade do poder através do consentimento público. O livro contém ensaios de diversos autores abordando tópicos como a linguagem como espaço de resistência ou dominação, a crítica de Rousseau à informação, e se a comunicação e o poder devem ser considerados disciplinas militares.
O documento discute a Estética da Recepção, que surgiu na metade do século XX para conceder maior importância ao leitor. A Estética da Recepção vê a literatura como um processo dinâmico entre autor, obra, leitor e sentido, ao invés de focar apenas no autor ou na obra. Também discute como as condições sociais e históricas influenciam as interpretações dos leitores.
Lajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundomarcaocampos
O documento analisa o livro "Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo" de Marisa Lajolo. Resume três das principais críticas feitas ao livro: 1) A autora defende a leitura facultativa mas também impõe deveres aos professores de forma ambígua; 2) Ela não diferencia adequadamente entre diferentes tipos de discurso e conceitos, levando a contradições; 3) Muitas de suas análises literárias parecem exigir um nível de especialização incompatível com o público-alvo do livro.
O documento discute conceitos literários como: 1) A literatura como representação estética e não imitação da realidade; 2) Literatura como elemento da cultura e identidade de um povo; 3) Diferentes influências na produção e circulação da obra literária como o autor, contexto e leitor.
Este documento discute como abordar clássicos literários em sala de aula de uma maneira contextualizada. Argumenta-se que os temas dos clássicos, como as obras de Machado de Assis e Clarice Lispector, ainda refletem questões atuais da sociedade e da condição humana. Defende-se que esses textos devem ser lidos e discutidos levando em conta o contexto histórico e social retratado, para que os alunos possam relacioná-los com suas próprias vidas e experiências.
01 o que é literatura - 1o ano - 2014 - literaturajasonrplima
1. A literatura é o reflexo da experiência de um artista em determinada época, utilizando a ficção para expor seu pensamento sobre a realidade.
2. A linguagem literária é diferente da linguagem cotidiana, transformando e intensificando o uso da linguagem de forma a provocar estranhamento e novas perspectivas.
3. Além de proporcionar prazer, a literatura atua na educação e formação do homem, representando a realidade de forma a integrar o leitor e questionar suas experiências.
O TREM DE FERRO QUE PASSA A ORALIDADE: uma análise que aborda a estética oral...Allan Diego Souza
O documento apresenta uma análise do poema "Trem de Ferro", de Manuel Bandeira, abordando a estética oral da obra. O objetivo é realizar uma leitura crítica que identifique os valores ideológicos presentes no discurso poético e questione a articulação estética realizada por ele. A atividade proposta será desenvolvida em 3 aulas com alunos do 1o ano do ensino médio e abordará aspectos do poema, como marcas de oralidade e contexto histórico, visando uma compreensão mais ampla
O documento é uma análise da obra Quarto de Despejo de Carolina Maria de Jesus sob a perspectiva dos estudos culturais. Discutem-se as definições clássicas de literatura e a literariedade da obra, concluindo que ela não se enquadra nos padrões tradicionais mas é relevante para os estudos culturais por dar voz a uma mulher negra e pobre. Também analisa como o espaço da favela molda a identidade de seus moradores, com Carolina se sentindo marginalizada dentro da própria favela por ser alfabet
O documento apresenta uma introdução sobre literatura e gêneros literários. Discorre sobre definições de literatura, a relação entre literatura e sociedade, e a evolução histórica dos gêneros literários desde a Grécia Antiga até os tempos modernos. Apresenta as principais classificações de gêneros literários segundo Platão, Aristóteles e Horácio e discute a quebra dos modelos clássicos com o Romantismo.
O documento apresenta uma introdução sobre literatura e gêneros literários. Discute brevemente a definição de literatura e como os gêneros literários surgiram e evoluíram ao longo da história, desde a Antiguidade Greco-Latina até os tempos modernos. Apresenta também as principais teorias sobre gêneros literários de Platão, Aristóteles e Horácio e como essas visões influenciaram a concepção de gêneros ao longo dos séculos.
1) O texto analisa o trabalho da escritora brasileira Clarice Lispector e como ela representa o ideal versus o real em seus escritos.
2) Ele compara a "razão antagônica" nos personagens de Lispector com outros pensadores e mostra como ela rompe com estereótipos.
3) O autor argumenta que Lispector vai além de um único ponto de vista e contempla "campos instáveis de experiência, relativizando os limites atribuídos à realidade".
O documento discute três debates importantes na literatura infantil e juvenil ao longo do tempo:
1) A relação entre a literatura infantil e a literatura de tradição oral, que começou como uma aliança produtiva, mas enfrentou desafios como a perda do folclore nas sociedades modernas.
2) A confusa luta pela independência da literatura infantil em relação à pedagogia, reconhecendo que a relação é mais complexa do que discursos dualistas sugerem.
3) A gradual abertura da literatura infantil à cr
O documento apresenta uma introdução sobre o romance O Primo Basílio de Eça de Queirós. Aborda a educação feminina na sociedade portuguesa do século XIX e como o romance critica os "desvios morais" cometidos por mulheres devido à falta de educação. Também discute o papel do intelectual Eça de Queirós em trazer questões polêmicas à tona e influenciar a opinião pública.
Neste documento, a autora Nelly Novaes Coelho discute a literatura infantil e juvenil no Brasil como um campo de conhecimento. Ela analisa os pioneiros que escreveram teorias sobre o assunto e propõe novas abordagens. Coelho também reflete sobre como a literatura infantil pode ser usada para formar leitores e discute questões como seu papel educacional versus de entretenimento.
Semelhante a A literatura e a formação do homem (20)
1. A literatura e a formação do homem
Nesta palestra, desejo desejo apresentar algumas variações sobre a função
humanizadora da literatura, isto é, sobre a capacidade que ela tem de
confirmar a humanidade do homem. Para esse fim, começo focalizando
rapidamente, nos estudos literários, o conceito de função, vista como papel que
a obra literária desempenha na sociedade. Este conceito social de função não
está em voga, pois as correntes mais modernas se preocupam sobretudo com
o de estrutura, cujo conhecimento seria, teoricamente, optativo em relação a
ele, se aplicarmos o raciocínio feito com referência a história. Que
incompatibilidade metodológica poderia existir entre o estudo da estrutura e o
da função social? O primeiro pode ser comparativamente mais estático do o
segundo, que evocaria certas noções em cadeias, de cunho mais dinâmico,
como: atuação, processo, sucessão, história. E daí bastaria um passo para
Mas ainda: a ideia de função provoca não apenas uma certa inclinação para o
lado do valor, mas para o lado da pessoa, no caso, o escritor (que produz a
obra) e o leitor, coletivamente o público (que recebe o seu impacto). Ora, uma
característica do enfoque estrutural é não apenas concentrar-se na obra
tomada em si mesma (o que aliás ocorria em outras orientações teóricas
anteriores). Eles não seriam a-históricos, mas talvez trans-histiricos, porque
possuem generalidade e permanência muitos maiores, em relação as
manifestações particulares, (obras) que passam para o segundo plano como
capacidade explicativa. O ponto de vista estrutural consiste em ver as obras
com referências aos modelos ocultos, pondo pelo menos provisória e
metodicamente entre parêntese os elementos que indicam a sua gênese e a
sua função num momento dado, e que portanto acentuam o seu caractere de
produto contingente mergulhado na história. Isto é dito para justificar a
afirmação inicial: que os estudos modernos de literatura se voltam mais para
estrutura do que para função. Seria possível, no entretanto, focaliza-la? É claro
desde que não queiramos substituir um enforque pelo outro. O enforque
estrutural (inclusive sob a modalidade mais recente, conhecida como
estruturalismo) é responsável pelo maior avanço que estudos literários
conheceram em nosso tempo. Voltando aos pontos de referência mencionados
acima: na medida em que nos interessa também como experiência humana,
não apenas como produção de obras consideradas projeções, ou melhor
transformações de modelo profundos, a literatura desperta inevitavelmente o
interesse pelos elementos contextuais. Mesmo que isto nos afaste de uma
visão cientifica, é difícil pôr de lado os problemas individuais e sociais que dão
lastro-as obras e as amarram ao mundo onde vivemos. Digamos, então, para
encerrar esta introdução: há no estudo da obra literária um momento analítico,
se quiserem de cunho cientifico, que precisa deixar em suspenso problemas
relativo ao autor, a atuação psíquica e social, a fim de reforçar uma
concentração necessária na obra como objeto de conhecimento. Tendo assim
demarcado os campo, vejamos alguma coisa sobre a literatura como força
humanizada a, não como sistema de obras. Um certo tipo de função
psicológica é talvez a primeira coisa que nos ocorrem quando pensamos no
papel da literatura. É isto que ocorrem no primitivo e no civilizado, na criança,
2. no adulto, no instruído e no analfabeto. A literatura propriamente dita é uma
das modalidades que funcionam como resposta a essa necessidade universal,
cujas formas mais humildes e espontâneas de satisfações talvez sejam coisas
como anedota, a adivinha, o trocadilho, o rifão. No nosso ciclo de civilização,
tudo isto culminou de certo modo nas formas impressas, divulgadas pelo livro,
o folheto, o jornal, a revista: o poema, o conto, o romance, narrativa
romanceada. Portanto, por vias oral ou visual, sob formas curtas e
elementares, ou sob complexas formas extensas, a necessidade de ficção se
manifesta a cada instante, aliás, ninguém pode passar um dia sem consumi-la,
ainda que sob a forma de palpite da loteria, devaneio, construção ideal ou
anedota. E assim se justifica o interesse pela função dessas formas de
sistematizar a fantasia, de que a literatura é uma das modalidade mais ricas. A
fantasia quase nunca é pura. Ela se refere constantemente a alguma realidade:
fenômeno natural, paisagem, sentimento, fato, desejo de explicação, costumes,
defeitos humanos. Sabemos que um grande números de mitos, lendas, e
contos são etiológicos, isto é, são do modo configurados ou fictício de explicar
o aparecimento e a razão de ser do mundo físico e da sociedade. Haveria
pontos de contatos entre ambas? A resposta pode ser uma especulação lateral
no problema da função que nos ocupa. Interessado em estudar a formação do
espirito cientifico. Gaston bachelard procurou investigar como ele ia surgindo
duma espécie de progressiva depuração a partir da ganga imaginativa do
devaneio, que seria um estado de passividade intelectual a ser anulado. O
devaneio seria o caminho da verdadeira imaginação, que não se alimenta dos
resíduos da percepção e portanto não é uma espécie de resto da realidade,
mas estabelece a series autônomas coerentes, a partir dos estímulos da
realidade. Independe mente de aceitamos ou não o ponto de vista de
bachelard, a referência a ele serve neste contexto sobretudo como amostra do
laço entre a imaginação literária e realidade concreta do mundo. Ao mesmo
tempo, a evocação dessa impregnação profunda mostra como as criações
ficcionais e poéticas podem atuar de modo subconsciente e inocente, operando
uma espécie de inculca mento que não percebemos. Isto leva a perguntar a
literatura tem uma função formativa de tipo educacional? Sabemos que a
instruamos países civilizados sempre se baseou nas letras. Daí o elo entre a
formação do homem, humanismo, letras humanas e estudos da língua e da
literatura. Seja como for, a sua função educativa é muito mais complexa do que
pressupõe um ponto de vista estritamente pedagógico. A literatura pode formar,
mas não segundo a pedagogia oficial, que costuma vê-la ideologicamente
como veículo da tríade famosa, o verdadeiro, o bom, o belo, definidos
conformes s interesses dos grupos dominantes, para reforço da sua concepção
de vida. Daí as atitudes ambivalentes que suscita nos moralistas e nos
educadores, ao mesmo tempo fascinados pela sua força humanizada a e
temerosos da sua indiscriminada riqueza. Dado que a literatura, como a vida,
ensina na medida em que atua com toda a sua gama, e artificial querer que ela
funcione como manuais de virtude e boa conduta. Paradoxos, portanto, de todo
lado, mostrando o conflito entre ideias convencional de uma literatura que eleva
e edifica (segundos os padrões oficiais) e a sua poderosa força indiscriminada
de iniciação na vida, com uma variada complexidade nem sempre desejada
3. pela educadores. Chegamos agora ao ponto mais complicado. Além das
funções mencionadas (isto é: satisfazer a necessidade universal de fantasia e
contribuir para formação da personalidade) teria a literatura uma função de
conhecimento do mundo e do ser? Isto posto, podemos abordar o problema da
função da literatura como representação de uma dada realidade social e
humana, que faculta a maior inteligibilidade com relação a esta realidade.
Trata-se de um caso privilegiado para estudar o papel da literatura num pais
em formação, que procura a sua identidade através da variação dos temas e
da fixação da linguagem, oscilando para isto entre adesão aos modelos
europeus e a pesquisa de aspectos locais. Ao mesmo tempo documentário e
idealizador, forneceu elementos para a auto-indentificaçao do homem brasileiro
e também para uma serie de projeções ideais. Mas antes de ir além, um
parêntese para dizer que hoje, tanto na crítica brasileira quanto na latino-
americano, a palavra de ordem é a morte ao regionalismo, quanto ao presente,
e menosprezo pelo que foi o passado. Mas é forçoso convir que, justamente
porque a literatura desempenha função na vida da sociedade, não depende
apenas da opinião crítica que o regionalismo existia ou deixa de existe. O que
acontece é que ele se vai modificado e adaptando, superando as formas mais
grosseiras até dar a impressão de que se dissolveu na generalidade dos temas
universais, como é normal em toda obra bem feita. Fechando parêntese,
voltemos ao assunto com uma consideração de ordem geral: o regionalismo
estabelece uma curiosa tensão tema e linguagem. O regionalismo deve
estabelecer uma relação adequada entre os dois aspectos, e por isso torna um
instrumento poderoso de transformação da língua de revelação e
autoconsciência do pais, mas pode ser também fator de artificialidade na língua
e de alienação no plano do conhecimento do pais. Nos livros regionalistas, o
homem de posição social mais elevada nunca tem sotaque, não apresenta
peculiaridade de pronuncia, não deforma as palavras, que na sua boca,
assumem o estado ideal de dicionário. Em tais casos, o regionalismo é uma
falsa admissão do homem rural ao universo dos valores éticos e estéticos. No
entretanto, o seu proposito consciente era o contrário. Dito de outro modo:
pode funcionar como representação humanizada ou como representação
desumanizada do homem das culturas rurais.