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A história do negro Tchão
O nosso Preto Velho PAI JOÃO, antes Tchão é o herói deste trabalho.
Hoje Pai João. Quando veio da África e aqui ficou, foi chamado negro Tchão.
Veio trazido pôr traficantes para o Brasil Colônia e tinha 16 ou 17 anos. Era como  gostavam  os portugueses,  "negro novo e forte".
Tchão vivia feliz na África. Sua infância foi a de um menino alegre. Criado com as crianças de sua idade, de acordo com a cultura de sua raça.
Ainda jovem, corria pelas savanas e beira dos rios, a ver animais de toda espécie.
Tchão foi caçado a traição, pois pescava em sua tosca canoa quando o cercaram e o  levaram de sua terra natal, para distantes lugares do além- mar...
Será que não pensaram em suas próprias famílias? Será que não possuíam o mínimo sentimento de solidariedade para com seus irmãos de vida terrena?
Ou pensaram que eram superiores na sua condição de brancos?
Os portugueses colonizavam nessa época na costa ocidental da África, diversos países, como Guiné , Congo (Cabinda) e Angola, além de arquipélagos e ilhas.
Na costa oriental, Moçambique era naquele tempo colonizada também pêlos portugueses.
Os negros eram trazidos pelos mercadores, em "navios negreiros". Amontoados e mal tratados, como se fossem míseros animais.
Humilhados e vencidos os pobres negros não tinham nenhuma condição de se imporem aos seus compradores que os levavam para todo tipo de trabalhos forçados.
Logo de manhã bem cedo, um sino se fazia ouvir e todos a um só tempo tinham que se levantar para o trabalho que lhes era indicado.
Alguns de melhor aparência eram levados a trabalhar na casa grande da fazenda, como auxiliares domésticos, dos patrões.
Outros encaminhados para serviços mais rudes, como trabalhador braçal nas lavouras de café e cana, bem como nas moendas dos engenhos, onde trabalhavam nas roldanas de moer.
As refeições eram "angu", uma polenta mole e alguma fruta, se no pomar houvesse. Pão!? As vezes, quando as mucamas da Casa Grande faziam.
Havia ainda a separação de irmãos e filhos de seus genitores.
Fugir! nem  pensar.
Nas  fazenda de destino, eles eram acompanhados de feitores como o  Capitão do mato  que nem sempre era criatura que os tratavam com bondade e justiça. Alguns eram impiedosos.
Festas ou lutas de capoeira Muitos choram saudosos. Outros cantavam e dançavam.
Os negros que fugiam ou por outros motivos  considerados dignos de  castigos, eram amarrados aos troncos nos  terreiros da fazenda, e chicoteados sem piedade.
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  • 1. A história do negro Tchão
  • 2. O nosso Preto Velho PAI JOÃO, antes Tchão é o herói deste trabalho.
  • 3. Hoje Pai João. Quando veio da África e aqui ficou, foi chamado negro Tchão.
  • 4. Veio trazido pôr traficantes para o Brasil Colônia e tinha 16 ou 17 anos. Era como gostavam os portugueses, "negro novo e forte".
  • 5. Tchão vivia feliz na África. Sua infância foi a de um menino alegre. Criado com as crianças de sua idade, de acordo com a cultura de sua raça.
  • 6. Ainda jovem, corria pelas savanas e beira dos rios, a ver animais de toda espécie.
  • 7. Tchão foi caçado a traição, pois pescava em sua tosca canoa quando o cercaram e o levaram de sua terra natal, para distantes lugares do além- mar...
  • 8. Será que não pensaram em suas próprias famílias? Será que não possuíam o mínimo sentimento de solidariedade para com seus irmãos de vida terrena?
  • 9. Ou pensaram que eram superiores na sua condição de brancos?
  • 10. Os portugueses colonizavam nessa época na costa ocidental da África, diversos países, como Guiné , Congo (Cabinda) e Angola, além de arquipélagos e ilhas.
  • 11. Na costa oriental, Moçambique era naquele tempo colonizada também pêlos portugueses.
  • 12. Os negros eram trazidos pelos mercadores, em "navios negreiros". Amontoados e mal tratados, como se fossem míseros animais.
  • 13. Humilhados e vencidos os pobres negros não tinham nenhuma condição de se imporem aos seus compradores que os levavam para todo tipo de trabalhos forçados.
  • 14. Logo de manhã bem cedo, um sino se fazia ouvir e todos a um só tempo tinham que se levantar para o trabalho que lhes era indicado.
  • 15. Alguns de melhor aparência eram levados a trabalhar na casa grande da fazenda, como auxiliares domésticos, dos patrões.
  • 16. Outros encaminhados para serviços mais rudes, como trabalhador braçal nas lavouras de café e cana, bem como nas moendas dos engenhos, onde trabalhavam nas roldanas de moer.
  • 17. As refeições eram "angu", uma polenta mole e alguma fruta, se no pomar houvesse. Pão!? As vezes, quando as mucamas da Casa Grande faziam.
  • 18. Havia ainda a separação de irmãos e filhos de seus genitores.
  • 19. Fugir! nem pensar.
  • 20. Nas fazenda de destino, eles eram acompanhados de feitores como o Capitão do mato que nem sempre era criatura que os tratavam com bondade e justiça. Alguns eram impiedosos.
  • 21. Festas ou lutas de capoeira Muitos choram saudosos. Outros cantavam e dançavam.
  • 22. Os negros que fugiam ou por outros motivos considerados dignos de castigos, eram amarrados aos troncos nos terreiros da fazenda, e chicoteados sem piedade.
  • 23. PRODUÇÃO: ENISSON - 8º ANO A PROFESSORA RESPONSÁVEL: IDEVANI TEXTO E IMAGENS - BUSCA NO GOOGLE