O poema descreve o amor como a virtude mais importante. Ele diz que sem o amor, mesmo tendo fé, profecia ou conhecimento, nada somos. O amor é paciente, benigno, justo, benéfico, não se irrita e é esperança e caridade. O poema conclui que a fé, esperança e caridade devem permanecer em nossas vidas, mas o maior de todos é o amor.

1. "O AMOR! - Divino.
[Intextualização]
Se em mim... Faltar o Amor!
Inda q’eu fale em Línguas...
A dos homens e a dos anjos
Sou metal a tremular...
- Um címbalo
Sem som a ecoar. Mas...
Se em mim... Durar o Amor!
Sou humano, tenho... - A FÉ!
...
Mesmo q’eu tenha o dom do presságio
Mesmo q’eu tenha o saber do mistério
Mesmo q’eu me devida com o próximo
Mesmo q’eu me entregue à fogueira
Mesmo q’eu tenha a FÉ! Mais total
... Montanhas a transportar
- O que adianta?
Nada sou se me falta o Amor!
O Amor! É sofredor... Tem paciência!
O Amor! É benigno... Não é ciumento
O Amor! É justiça... Não é leviandade
O Amor! Não caça mérito; É benéfico
O Amor! Não se irrita; É voluntarioso
O Amor! Não é indiferença... É Vigor!
O Amor! Não é ínvido... É dadivoso
O Amor! Não some... - É ESPERANÇA!
É a própria Magnificência!
Tudo suporta...
- Dá a face
Mas... Não perde a FÉ!
E crê, e a todos vê...
- É CARIDADE!
Decididamente, pois que,
Durem em nossas vidas:
- A Fé!
A Esperança
A Caridade
... Agora, portanto,
Ciências tenha-mos
...na alma,
Em nossos corações,
O Maior dentre elas:
- O Amor!
[Afonso Bezerra, 0ut.2000]