2. Não podemos mais aceitar projetos de ambiente que não respeitem as
proporções do corpo humano nem suas limitações.
Espaços mal projetados, com soluções inapropriadas aos seus usuários,
são sinônimo de falta de pesquisa e entendimento das necessidades
relacionadas à realização de tarefas específicas.
Proporcionar conforto e bem estar deve ser o objetivo primordial de
qualquer projeto.
“ Miriam Gurgel “
3. Ergonometria é a ciência que combina as características
físicas do corpo humano, a fisiologia e fatores psicológicos, a
fim de incrementar a relação existente entre o meio
ambiente e seus usuários.
ERGONOMETRIA
13. ESPAÇOS MÍNIMOS PARA CIRCULAÇÃO
Com dois sofás de dois lugares – 1,60x0,70m –
e duas mesas laterais- 0,60x0,60m - Por excelência, o
estar é o lugar da casa reservado ao entretenimento e
bate-papo.
Com dois sofás de dois lugares posicionados
frente a frente, como por exemplo, 1,20 m é a
dimensão adequada entre eles. Assim as pessoas
sentadas mantêm entre si um bom distanciamento,
mantendo a circulação livre.
18. ESPAÇOS MÍNIMOS PARA CIRCULAÇÃO
Com uma mesa – 1,40 x 0,90 m – e seis
cadeiras sem braço – cada uma com 0,50x 0,50m:
A área de refeição pede espaço de
circulação em torno da mesa, mesmo com as
cadeiras ocupadas. Por isso, veja: as medidas
variam de acordo com a posição da mesa em
relação às paredes. O espaço deve permitir que
uma pessoa se levante e se sente com conforto,
sem riscos de encostar a cadeira na parede. Se a
sala de jantar se integrar a um outro ambiente,
reserve no mínimo 1,25 m livre a mesa e qualquer
outro móvel.
19. COZINHA
As cozinhas hoje ganharam importância, sendo utilizadas até como uma extensão da sala, para
que, Por exemplo, o dono (a) da casa possa conversar com suas visitas enquanto prepara um
prato especial para o jantar. Em tempos de espaços diminutivos, abrir a cozinha aos visitantes
é um jeito de somar preciosos metros à sala;
Mas, lembre-se que estar em evidência requer uma arrumação cuidadosa e limpeza constante,
assim como coifas poderosas;
20. FUNÇÃO DOMÉSTICA
COZINHA
Muitas vezes a reforma da cozinha começa por uma necessidade de troca da instalação hidráulica;
Já que as paredes serão quebradas, novos revestimentos terão que ser escolhidos como
conseqüência natural dessa operação de troca. É chegada então a hora de adequá-la aos novos
equipamentos que facilitam a vida como microondas, lava-louças, forno elétrico etc. Não é uma tarefa
fácil. Você vai necessitar de um planejamento racional onde terão que ser analisadas inicialmente a
correta distribuição dos equipamentos e as medidas compatíveis que facilitam o fluxo do trabalho,
evitam deslocamentos desnecessários e ainda possíveis acidentes. O segredo de um planejamento
está em usar de forma racional todo o espaço disponível que hoje em dia está cada vez menor.
Uma cozinha, necessariamente, conta com três elementos fundamentais: geladeira, pia e fogão,
colocados sempre de forma que a geladeira e o fogão fiquem separados, nunca juntos. Esses
equipamentos correspondem às três atividades principais de uma cozinha que são armazenagem,
lavagem e cozimento. É o formato da cozinha que irá determinar as condições de colocação desses
elementos.
25. FUNÇÃO DOMÉSTICA
COZINHA
Vejamos os formatos mais comuns de cozinhas:
COZINHA CORREDOR – Solução ideal para
pequenas áreas. Pode ser:
1. Ocupando uma só parede – todos os elementos
ficam alinhados em uma só parede, centralizando todos
os serviços ao longo dela. Nesse caso a pia fica entre o
fogão e a geladeira. A desvantagem dessa distribuição
acontece quando a parede for muito extensa, acarretando
uma distância incômoda entre as áreas de preparo e
armazenamento;
27. FUNÇÃO DOMÉSTICA
COZINHA
2. Ocupando duas paredes – essa é
uma alternativa pratica, caracterizando o
tipo clássico de corredor, para lugar
comprido e estreito. Com o aproveitamento
de duas paredes opostas se obtém uma
cozinha compacta e eficiente,
principalmente se a pia, o balcão de preparo
e armários estiverem de um lado e
geladeira, fogão e uma área de apoio do
outro, criando uma triangulação de
trabalho. Pontos negativos: a cozinha em
formato de corredor estimula o trânsito das
pessoas no local e se duas paredes ficarem
distantes, poderá acarretar longos
deslocamentos.
28. ERGONOMIA DOS AMBIENTES INTERNOS
FUNÇÃO DOMÉSTICA
COZINHA
COZINHA EM FORMATO DE L
– utilizando as duas paredes adjacentes
para centros de trabalho, essa planta
libera o restante da área para circulação.
Essa disposição permite ainda espaço
para colocação de armários e a criação de
um cantinho de refeições. Para facilitar o
trabalho e economizar movimentos de
quem cozinha geralmente a pia fica no
canto do L, com a geladeira de um lado e
o fogão de outro. Só existe uma
desvantagem para esse tipo de disposição:
se a cozinha for muito ampla e as paredes
se estenderem muito.
30. FUNÇÃO DOMÉSTICA
COZINHA
COZINHA EM FORMATO DE U – considerada a mais eficiente e ótima solução para quem
tem espaço. Nesse formato há o aproveitamento de três paredes inteiras de trabalho. Em geral a pia é
colocada na base U, ficando o fogão, a geladeira e balcões nas paredes opostas. Essa distribuição
facilita a locomoção entre os equipamentos na cozinha, assim como o acesso aos armários.
32. FUNÇÃO DOMÉSTICA
COZINHA
UMA ILHA NA COZINHA –
solução ideal para quem dispõe de
espaço. Entre as formas de distribuição
que podem receber uma ilha, se
encontram as cozinhas em formato de
L e em U.
No caso do L, pode-se explorar a forma
mais retangular se a ilha ficar situada
em um canto, recebendo o fogão ou a
pia. Adotando essa solução funcional, é
possível diminuir a distância entre as
áreas de trabalho e obter um excelente
espaço de circulação. Os demais
elementos são distribuídos ao longo do
L.
36. FUNÇÃO DOMÉSTICA
COZINHA
COZINHA EM FORMATO DE G OU PENÍNSULA – semelhante à ilha, porém com um
plano de trabalho adicional, é indicada também apenas para cozinhas grandes. Pode-se integrá-la à
copa ou a sala de jantar acoplando-se, inclusive, um balcão para refeições rápidas. A superfície de
trabalho se define por uma bancada contínua, o que facilita a execução das tarefas e os cantos
internos, nas esquinas das bancadas, exigem soluções criativas para que não haja perda de espaço.
40. CENTRO DE INTERESSE
ESPAÇOS MÍNIMOS PARA CIRCULAÇÃO
COZINHA
Com pia, geladeira, fogão, armários,
microondas e lava-louça: Além de reunir
equipamentos relativamente grandes e todos
com portas, cozinha é lugar de várias
atividades simultâneas.
É absurdo imaginar que, enquanto se
faz o jantar, ninguém possa entrar para
pegar um copo d´água. Mesmo uma cozinha
pequena, do tipo “corredor”, exige pelo menos
1,20 m de circulação entre bancadas.
42. ÁREA DE SERVIÇO
Com máquina de lavar, tanque, armário-depósito,
tábua de passar e varal: Lavar roupa, estender e
passar são atividades que exigem o corpo em
movimento: curvar-se, esticar-se, andar para lá e para
cá. Portanto, para que sejam possíveis tais
movimentações, reserve 0,90 m de circulação.
Não hesite ao construir espaços integrados. É o
melhor jeito de aproveitar a metragem sem
desperdícios em circulações excessivas.
43. FUNÇÃO DOMÉSTICA
ÁREA DE SERVIÇO
Deverão principalmente ser práticas e funcionais. Devem ser utilizadas cores claras e
materiais laváveis. Faz-se necessário o estudo das funções desenvolvidas no local e o projeto de
armários que acomodem os materiais e apetrechos de limpeza, facilitando a circulação e o serviço.
44. HOME THEATER
O Home Theater é um dos ambientes que mais vem
ganhando destaque e novidades nos últimos
tempos.
É considerado um ambiente versátil, já que além do
convívio social, oferece entretenimento tecnológico.
Vantagem de peso nos tempos de hoje, visto que a
tecnologia é uma constante em nossas vidas. Tanto
que foi ela, a responsável por alavancar o home
theater através das televisões grandes e fininhas
(led). Sem falar nos aparelhos propriamente ditos
"home theater" composto por caixas de som e Blu
Ray.
Pode até ser usada para outras finalidades como
jogar vídeo game, ou até mesmo assistir tv, porém
com uma qualidade muito superior, característica
que uma sala de tv comum não oferece.
49. DORMITÓRIO
Com cama de casal ou de solteiro, criado-mudo, armário embutido:
Em todo quarto precisa sobrar espaço de circulação para a pessoa se vestir e para abrir a
porta do armário. Neste exemplo básico, a distância entre cama e armário é de 0,90m.
66. BANHEIRO
Estando todos os aparelhos e armários em boa disposição, a decoração limita-se às cores a serem
utilizadas e aos materiais de revestimentos e acessórios próprios. Estes devem combinar e/ou fazer
contrastes com as cores utilizadas. Quando fizer parte de uma suíte, pode-se harmonizar a
decoração de ambos, quarto e banheiro, usando o mesmo esquema de cores.
67. FUNÇÃO ÍNTIMA
BANHEIRO
Estando todos os aparelhos e armários em boa disposição, a
decoração limita-se às cores a serem utilizadas e aos
materiais de revestimentos e acessórios próprios. Estes
devem combinar e/ou fazer contrastes com as cores
utilizadas. Quando fizer parte de uma suíte, pode-se
harmonizar a decoração de ambos, quarto e banheiro,
usando o mesmo esquema de cores.
72. CENTRO DE INTERESSE
ESPAÇOS MÍNIMOS PARA CIRCULAÇÃO
BANHEIROS
Com cuba, vaso sanitário e boxe – sem bidê: Para o boxe, 1,20 m x 0,90 m são suficientes
para que uma pessoa possa se ensaboar e se enxugar.
73.
74.
75. CENTRO DE INTERESSE
É o ponto de partida para a colocação dos móveis no ambiente; é tudo que tem poder e atração
e seu aproveitamento se faz naturalmente. Dividi-se em:
ARQUITETÔNICO – São aqueles elementos que fazem parte da estrutura arquitetônica da casa
(lareira, nicho, paredes, colunas, escada...);
NATURAL – Todo elemento natural que exerça atração significativa integrando-se ao ambiente
(jardim e paisagem de um modo geral...);
ARTIFICIAL – Elementos móveis de importância para o ambiente. Em geral determinam a função
da peça (quadro, instrumentos musicais, cama...);
OCASIONAL – Elementos colocados ou transformados para uma utilização temporária do
ambiente (mesa de aniversário, árvore de natal...).
76. DISPOSIÇÃO DOS MÓVEIS
Na disposição dos móveis deve-se observar primeiro as necessidades de ordem prática. Assim
sendo, os casos variam de pessoa para pessoa e também de acordo com o tamanho e formato das
salas.
Depois de saber a finalidade de cada ambiente é que se passa a estudar a colocação dos
móveis; os caminhos devem ficar livres; móveis em diagonal devem ser evitados se não fizerem parte
de uma proposta estudada, bem como móveis supérfluos.
O tamanho dos móveis deve estar de acordo com o tamanho do ambiente. Devem ser
colocados de modo a que haja equilíbrio, intercalando peças pesadas e grandes com peças leves e
pequenas, sendo que as grandes devem estar de preferência perto das paredes. É preciso cuidado
para que não fiquem de um lado do ambiente peças grandes e do outro peças pequenas e leves.
Colocam-se primeiro os móveis que constituem o centro de interesse; a seguir, os maiores;
depois os menores em volume e de pouca importância; e por último, os acessórios.
77. CIRCULAÇÕES
Para uma boa circulação dos móveis em um ambiente devemos, após definido o centro de
interesse, passar ao estudo da circulação.
Este estudo deve ser feito em cima da planta baixa já desenhada na escala escolhida, por
exemplo, escala de 1:50. Os móveis que servirão ao estudo deverão ser desenhados na mesma escala
e depois recortados.
Na planta baixa, desenhamos as linhas naturais de circulação que serão definidas de acordo
com as aberturas (portas e janelas) e também pelo uso que se deseja fazer do ambiente, o que
poderá forçar outros caminhos. Dessa forma passamos a estudar a disposição com os móveis
recortados, obedecendo a circulação, até chegarmos a melhor opção, o que será bem mais fácil do
que experimentarmos com os móveis dentro da própria casa.
78. CIRCULAÇÕES
A circulação poderá ser:
CENTRAL – Permite o acesso a todos os móveis geralmente dispostos ao longo das paredes;
PERIFÉRICA – permite o acesso ao redor do móvel;
LATERAL – (de direita ou de esquerda) – permite o acesso aos móveis por um dos lados.