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USINAGEMUSINAGEM
1Prof. Anselmo Fabris
USINAGE
M
Usinagem é um processo onde a peça é obtida
através da retirada de cavacos (aparas de metal)
de uma peça bruta, através de ferramentas
adequadas.
A usinagem confere à peça uma precisão
dimensional e um acabamento superficial que
não podem ser obtidos por nenhum outro
processo de fabricação.
É por este motivo que a maioria das peças, mesmo
quando obtidas através de outros processos,
recebe seu formato final através de usinagem.
2Prof. Anselmo Fabris
A USINAGEM NO
CONTEXTO DOS
PROCESSOS DE
FABRICAÇÃO
3
Prof. Anselmo Fabris
.
Uma pequena história da
Usinagem
 A Pré-História compreende o período que vai desde oA Pré-História compreende o período que vai desde o
surgimento do homem até o aparecimento da escrita,surgimento do homem até o aparecimento da escrita,
sendo subdividida em:sendo subdividida em:
-Idade da Pedra Lascada (Paleolítico- machado de-Idade da Pedra Lascada (Paleolítico- machado de
pedra lascada)pedra lascada)
-Idade da Pedra Polida (Neolítico- foice de osso)-Idade da Pedra Polida (Neolítico- foice de osso)
-Idade dos Metais (pontas de armas)-Idade dos Metais (pontas de armas)
Observe que a usinagem evoluiu juntamente com oObserve que a usinagem evoluiu juntamente com o
homem, sendo usada como parâmetro de subdivisãohomem, sendo usada como parâmetro de subdivisão
de um período.de um período.
4
Prof. Anselmo Fabris
.
A Usinagem na Pré-
História
 Surge o Princípio da FabricaçãoSurge o Princípio da Fabricação
No Período Paleolítico, as facas, pontas deNo Período Paleolítico, as facas, pontas de
lanças e machados eram fabricados comlanças e machados eram fabricados com
lascas de grandes pedras.lascas de grandes pedras.
 No Período Neolítico, os artefatos eramNo Período Neolítico, os artefatos eram
obtidos com o desgaste e polimento daobtidos com o desgaste e polimento da
pedra (Princípio da Retificação).pedra (Princípio da Retificação).
5
Prof. Anselmo Fabris
A Usinagem na Pré-
História
 Surge o Conhecimento de Novos MateriaisSurge o Conhecimento de Novos Materiais
O Homem passa a usar metais na fabricaçãoO Homem passa a usar metais na fabricação
de ferramentas e armas no fim da pré-história.de ferramentas e armas no fim da pré-história.
 Os primeiros metais a serem conhecidosOs primeiros metais a serem conhecidos
foram o cobre e o ouro, e , em escala menor,foram o cobre e o ouro, e , em escala menor,
o estanho. O ferro foi o último metal que oo estanho. O ferro foi o último metal que o
homem passou a utilizar na fabricação dehomem passou a utilizar na fabricação de
seus instrumentos.seus instrumentos.
6
Prof. Anselmo Fabris
A Evolução da
Usinagem A Evolução da FerramentaA Evolução da Ferramenta
Com a pancada de uma cunha manual surgiuCom a pancada de uma cunha manual surgiu
o cinzel, movimentando esta ferramenta parao cinzel, movimentando esta ferramenta para
frente e para trás, aplicando-se pressãofrente e para trás, aplicando-se pressão
surgiu a serrasurgiu a serra
Dispositivo da era Neolítica usado no corte de
pedras  7Prof. Anselmo Fabris
  Um grande avanço nesse período foi a transformação
do movimento de translação em movimento de rotação
(com sentido de rotação invertido a cada ciclo). Este
princípio foi aplicado em um dispositivo denominado
Furação de Corda Puxada 
A Evolução da
Usinagem
8
Prof. Anselmo Fabris
 As primeiras formas usadas para motorizarAs primeiras formas usadas para motorizar
máquinas foi a roda d’água.máquinas foi a roda d’água.
 No século XVIII surgem as máquinasNo século XVIII surgem as máquinas
movidas a vapor (energia esta transmitidamovidas a vapor (energia esta transmitida
através da oficina por meio de eixos, correiasatravés da oficina por meio de eixos, correias
e roldanas).e roldanas).
 Finalmente, no fim do século XIX, o vaporFinalmente, no fim do século XIX, o vapor
seria substituído pela energia elétrica. Foiseria substituído pela energia elétrica. Foi
após esta inovação que apareceram asapós esta inovação que apareceram as
máquinas modernas de usinagem,máquinas modernas de usinagem,
responsáveis em grande parte peloresponsáveis em grande parte pelo
crescimento da indústria de produtos decrescimento da indústria de produtos de
consumo.consumo.
A Evolução da
Usinagem
9
Prof. Anselmo Fabris
 Na obtenção de peças pela retirada de cavacos
verificamos que cada material tem um comportamento
diferente.
 Enquanto uns podem ser trabalhados facilmente,
outros apresentam problemas tais como:
Empastamento, desgaste rápido da ferramenta, mau
acabamento, necessidade de grande potência para o
corte, etc. Isto varia de acordo com a usinabilidade do
material
 Podemos definir usinabilidade como sendo oPodemos definir usinabilidade como sendo o
grau de dificuldade que determinado materialgrau de dificuldade que determinado material
apresenta para ser usinadoapresenta para ser usinado ..
Usinabilidade dos Materiais
10
Prof. Anselmo Fabris
 A usinabilidade não depende apenas dasA usinabilidade não depende apenas das
características do material, mas também, de outroscaracterísticas do material, mas também, de outros
parâmetros da usinagem, tais como: refrigeração,parâmetros da usinagem, tais como: refrigeração,
rigidez do sistema máquina-ferramenta, dasrigidez do sistema máquina-ferramenta, das
características da ferramenta, tipo de operação, etccaracterísticas da ferramenta, tipo de operação, etc
 Assim, dependendo das condições de usinagem umAssim, dependendo das condições de usinagem um
mesmo material poderá ter variações em suamesmo material poderá ter variações em sua
usinabilidade.usinabilidade.
Usinabilidade dos Materiais
11
Prof. Anselmo Fabris
 A usinabilidade normalmente é determinada porA usinabilidade normalmente é determinada por
comparação e para determinada característica, talcomparação e para determinada característica, tal
como a vida da ferramenta.como a vida da ferramenta.
 Neste caso pode-se determinar um índice deNeste caso pode-se determinar um índice de
usinabilidade através da comparação com ousinabilidade através da comparação com o
desempenho previamente conhecido de um materialdesempenho previamente conhecido de um material
padrão.padrão.
Critérios para a Determinação da
Usinabilidade dos Materiais
12
Prof. Anselmo Fabris
 Os principais critérios, que são passíveis de serem
expressos em valores numéricos, são:
 Vida da ferramenta
 Força de corte
 Potência consumida
Determinação da Usinabilidade
dos Materiais
13
Prof. Anselmo Fabris
 Esses parâmetros servem, também, para definir o
custo do trabalho de usinagem.
 Assim, a vida da ferramenta entre duas afiações
sucessivas tem grande influência no custo de
operação.
 A força e a potência limitam as dimensões máximas
de corte e, portanto, o volume de material removido
por hora-máquina.
 Além disso, a exigência de um acabamento de alta
qualidade poderá influir, também, no custo de
usinagem.
Determinação da Usinabilidade
dos Materiais
14Prof. Anselmo Fabris
 Baseadas principalmente nestes critérios é que são
estabelecidas as tabelas e os gráficos que indicam o
comportamento de cada material na usinagem.
Embora seja impossível determinar-se com precisão
um índice de usinabilidade para cada material, estas
tabelas são de grande valor para estabelecer
parâmetros iniciais de partida que, de acordo com as
condições específicas de cada trabalho, poderão ser
trazidos para valores mais adequados, através de
ensaios e experimentações.
Determinação da Usinabilidade
dos Materiais
15
Prof. Anselmo Fabris
 Dureza e resistência mecânica: Valores baixosDureza e resistência mecânica: Valores baixos
geralmente favorecem a usinabilidadegeralmente favorecem a usinabilidade
 Ductibilidade: Valores baixos geralmenteDuctibilidade: Valores baixos geralmente
favorecem a usinabilidadefavorecem a usinabilidade
 Condutividade térmica: Valores elevadosCondutividade térmica: Valores elevados
geralmente favorecem a usinabilidadegeralmente favorecem a usinabilidade
 Taxa de encruamento: Valores baixosTaxa de encruamento: Valores baixos
geralmente favorecem a usinabilidadegeralmente favorecem a usinabilidade
Propriedade dos Materiais que podem
influenciar na Usinabilidade
16
Prof. Anselmo Fabris
Movimentos na
Usinagem Movimento de corte:
É o movimento entre a ferramenta e a peça que
provoca remoção de cavaco durante uma
única rotação ou um curso da ferramenta.
Geralmente este movimento ocorre através da
rotação da peça (torneamento) ou da ferramenta
(fresamento).
17
Prof. Anselmo Fabris
 Movimento de avanço ( f ):
É o movimento entre a ferramenta e a peça que,
juntamente com o movimento de corte, possibilita
uma remoção contínua do cavaco ao longo da peça.
Movimentos na
Usinagem
18
Prof. Anselmo Fabris
Movimentos na
Usinagem
 Movimento de ajuste ou penetração (a ):
É o movimento entre a ferramenta e a peça, no
qual é predeterminada a espessura da camada
de material a ser removida.
MOVIMENTO DE AJUSTE
p
19
Prof. Anselmo Fabris
Movimentos na
Usinagem
 Movimento efetivo de corte:
É o movimento entre a ferramenta e a peça, a
partir do qual resulta o processo de usinagem.
Quando o movimento de avanço é continuo, o
movimento efetivo é a resultante da composição
dos movimentos de corte e de avanço.
MOVIMENTO EFETIVO
20Prof. Anselmo Fabris
Movimento Efetivo de Corte
21
Prof. Anselmo Fabris
 Movimento de correção:
É o movimento entre a ferramenta e a peça,
empregado para compensar alterações de
posicionamento devidas, por exemplo, pelo
desgaste da ferramenta.
Movimentos na
Usinagem
22
Prof. Anselmo Fabris
 Movimento de aproximação:
É o movimento da ferramenta em direção à peça,
com a finalidade de posicioná-la para iniciar a
usinagem.
Movimentos na
Usinagem
23
Prof. Anselmo Fabris
 Movimento de recuo:
É o movimento da ferramenta pelo qual ela,
após a usinagem, é afastada da peça
Movimentos na
Usinagem
24
Prof. Anselmo Fabris
 Tanto os movimentos ativos como passivos
são importantes, pois eles estão associados
a tempos que, somados, resultam no tempo total
de fabricação.
Movimentos na
Usinagem
25
Prof. Anselmo Fabris
Cálculo da Velocidade de
Corte
Vc = velocidade de corte [m/min]
d = diâmetro da peça (ferramenta) [mm]
n = rotação da peça (ferramenta) [rpm]
1000
Π.d.n
vc =
26Prof. Anselmo Fabris
Cálculo da Velocidade de
Avanço
Vf = velocidade de avanço [mm/min]
f = avanço [mm/rot]
n = rotação da peça (ferramenta) [rpm]
Vc = velocidade de corte [m/min]
d = diâmetro da peça (ferramenta) [mm]
.f
Π.d
1000.v
f.nv c
f ==
27
Prof. Anselmo Fabris
Cálculo do Tempo de
Corte
(tempos ativos)
tc = tempo de corte [min]
If = percurso de avanço [mm]
Vf = velocidade de avanço [mm/min]
c
ff
f
f
1000.f.v
Π.d.I
f.n
I
v
I
tc ===
28
Prof. Anselmo Fabris
Cálculo dos Tempos
Passivos
Os tempos passivos nem sempre podem ser
calculados. Geralmente são estimados por
técnicas específicas que estudam os movimentos
e a cronometragem dos tempos a eles relacionados,
estabelecendo os chamados tempos padrões.
29
Prof. Anselmo Fabris
Cálculo da Seção Transversal de
Corte
A= área da seção transversal de um cavaco a ser
removido [mm²]
ap= profundidade ou largura de usinagem, medida
perpendicularmente ao plano de trabalho [mm]
.faΑ p=
30
Prof. Anselmo Fabris
Exercício
Dados de um torneamento cilíndrico:Dados de um torneamento cilíndrico:
 Comprimento a usinar: 500 mm.Comprimento a usinar: 500 mm.
 Diâmetro da peça: 80 mmDiâmetro da peça: 80 mm
 Velocidade de corte recomendada: 32 m/minVelocidade de corte recomendada: 32 m/min
 Avanço: 0,8 mm/rotAvanço: 0,8 mm/rot
 Profundidade: 3 mmProfundidade: 3 mm
 Rotaçoes disponíveis no torno: 70 – 100 – 120 – 150Rotaçoes disponíveis no torno: 70 – 100 – 120 – 150
– 175-200– 175-200
Calcular o tempo ativo de corte.Calcular o tempo ativo de corte.
31
Prof. Anselmo Fabris
Mecanismo de formação do cavaco
A formação do cavaco influencia diversos fatores
ligados a usinagem, tais como:
• Desgaste da ferramenta
• Esforços de corte
• Calor gerado na usinagem
• Penetração do fluido de corte, etc
32
Prof. Anselmo Fabris
Mecanismo de formação do cavaco
Assim estão envolvidos com o processo de formação
de cavaco os seguintes aspectos:
• Econômicos
• Qualidade da peca
• Segurança do Operador
• Utilização adequada da máquina, etc
33
Prof. Anselmo Fabris
Etapas da formação do cavaco
1) recalque (deformação elástica)1) recalque (deformação elástica)
2) deformação plástica2) deformação plástica
3) ruptura (cisalhamento)3) ruptura (cisalhamento)
4) movimento sobre a superfície de4) movimento sobre a superfície de
saídasaída
34Prof. Anselmo Fabris
Mecanismo de formação do cavaco
O corte dos metais envolve o cisalhamento concentrado
ao longo de um plano chamado plano de cisalhamento.
O ângulo entre o plano de cisalhamento e a direção de
de corte é chamado de ângulo de cisalhamento (Ø).
Quanto maior a deformação do cavaco sendo formado,
menor será Ø e maior será o esforço de corte.
35
Prof. Anselmo Fabris
Mecanismo de formação do cavaco
Ø
Plano de cisalhamento
Ângulo de cisalhamento
36
Prof. Anselmo Fabris
Tipos de cavaco
De ruptura ContínuoDe cisalhamento
O fenômeno de formação do cavaco é periódico
Aço
Ferro
fundido Aço
37
Prof. Anselmo Fabris
FERRAMENTA
PEÇA
Zona primária
(cisalhamento)
Zona secundária
(cisalhamento/atrito)
Fontes de Calor
Zona terciária
(atrito)
38
Prof. Anselmo Fabris
Distribuição de
Calor
39Prof. Anselmo Fabris
Controle da Forma do Cavaco
Problemas relacionados à forma do cavaco:Problemas relacionados à forma do cavaco:
 Segurança do OperadorSegurança do Operador
 Possíveis danos à ferramenta e à peçaPossíveis danos à ferramenta e à peça
 Dificuldades de manuseio e armazenagemDificuldades de manuseio e armazenagem
do cavacodo cavaco
 Forças de corte, temperatura e vida daForças de corte, temperatura e vida da
ferramentaferramenta
Mecanismo de formação do cavaco
40Prof. Anselmo Fabris
Ângulos de saída positivos e
negativos
41
Prof. Anselmo Fabris
Contínuo: O ângulo de saída deve ser grande
De ruptura: O ângulo de saída deve ser baixo, nulo
ou negativo.
Mecanismo de formação do cavaco
42
Prof. Fernando Penteado.
Formas assumidas pelos cavacos
•Em fita
•Helicoidal
•Em pedaços
43Prof. Anselmo Fabris
A melhor maneira de se promover a curvatura
vertical do cavaco, para causar a sua ruptura
é a colocação de um obstáculo no caminho
do fluxo do cavaco, chamado de quebra-
cavaco
A diminuição do ângulo de saída e/ou
inclinação da ferramenta e o aumento do
atrito cavaco-ferramenta, também promovem
a curvatura vertical
Mecanismo de ruptura do cavaco
44
Prof. Anselmo Fabris
Pastilh
a
Quebra-
cavaco
Mecanismo de ruptura do
cavaco
Os quebra-cavacos podem ser moldados na superfície de saída
da ferramenta ou postiços 45
Prof. Anselmo Fabris
Influência da velocidade de corte
na quebra do cavaco
• Em baixas velocidades de corte os cavacos
geralmente apresentam boa curvatura,
quebrando com facilidade.
• Quando as velocidades aumentam, no caso de
materiais dúcteis, pode haver maior dificuldade
para a quebra.
46
Prof. Anselmo Fabris
Influência da profundidade de
usinagem na quebra do cavaco
• Grandes profundidades de usinagem facilitam a
quebra do cavaco.
• A relação entre o raio da ponta da ferramenta e
a profundidade de usinagem influencia na quebra
do cavaco:
ap/r pequeno = dificuldade na quebra
ap/r grande = facilidade na quebra
r
47
Prof. Anselmo Fabris
Forças de
Usinagem
Fu
Ff
Fp
Fc=Fap
Ft
FU=força de usinagem
Ft=força ativa.
Fp=força passiva
Fc=força de corte
Ff=força de avanço
Fap=força de apoio
48Prof. Anselmo Fabris
Potências de
Usinagem
Potência de Corte
]kW[
.
V.F cc
3
1060
=cP
Fc [N] e Vc [m/min]
49Prof. Anselmo Fabris.
Potências de
Usinagem
Potência de Avanço
]kW[
.
V.F ff
6
1060
=fP
Ff [N] e Vc [mm/min]
50
Prof. Anselmo Fabris
Potências de
Usinagem
η
= cP
Pm
Como Pf<<<Pc costuma-se dimensionar o motor da
máquina operatriz apenas pela Pc
Potência fornecida pelo motor
=η 60% a 80% para máquinas convencionais e
90% para máquinas CNC
51
Prof. Anselmo Fabris
Potências de
Usinagem
A.KF s=c
A força de corte pode ser expressa pela relação:
Ks = Pressão específica de corte
A = b.h = ap.f = Área da seção de
corte
52
Prof. Anselmo Fabris
Cálculo da pressão específica de corte - Ks
z
h. −
= s1KKs
Segundo Kienzle Ks é função da espessura de corte h
b.h.Kb.h.KF z
ss
−
==∴ 1
1c
53
Prof. Anselmo Fabris
Cálculo da pressão específica de corte - Ks
MaterialMaterial σσt [N/mm²]t [N/mm²] 1-z1-z KKs1s1
Aço 1030Aço 1030 520520 0,740,74 19901990
10401040 620620 0,830,83 21102110
10501050 720720 0,700,70 22602260
10451045 670670 0,860,86 22202220
10601060 770770 0,820,82 21302130
86208620 770770 0,740,74 21002100
43204320 630630 0,700,70 22602260
41404140 730730 0,740,74 25002500
41374137 600600 0,790,79 22402240
61506150 600600 0,740,74 22202220
FofoFofo HRc = 46HRc = 46 0,810,81 20602060
54Prof. Anselmo Fabris
Exercíci
o
Determinar a potência do motor de um torno universal
que deve fazer um torneamento cilíndrico em uma barra
de aço 8620 com diâmetro 50 mm.
Parâmetros de corte: Vc = 110 m/min, ap = 1,4 mm e
f = 0,4 mm/rot.
Ferramenta: Metal duro s/fluido de corte.
Rendimento mecânico da transmissão do motor à árvore
principal: 70%.
55Prof. Anselmo Fabris

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Teoria de ultrassom
 

01.conceitos.usinagem

  • 2. USINAGE M Usinagem é um processo onde a peça é obtida através da retirada de cavacos (aparas de metal) de uma peça bruta, através de ferramentas adequadas. A usinagem confere à peça uma precisão dimensional e um acabamento superficial que não podem ser obtidos por nenhum outro processo de fabricação. É por este motivo que a maioria das peças, mesmo quando obtidas através de outros processos, recebe seu formato final através de usinagem. 2Prof. Anselmo Fabris
  • 3. A USINAGEM NO CONTEXTO DOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 3 Prof. Anselmo Fabris .
  • 4. Uma pequena história da Usinagem  A Pré-História compreende o período que vai desde oA Pré-História compreende o período que vai desde o surgimento do homem até o aparecimento da escrita,surgimento do homem até o aparecimento da escrita, sendo subdividida em:sendo subdividida em: -Idade da Pedra Lascada (Paleolítico- machado de-Idade da Pedra Lascada (Paleolítico- machado de pedra lascada)pedra lascada) -Idade da Pedra Polida (Neolítico- foice de osso)-Idade da Pedra Polida (Neolítico- foice de osso) -Idade dos Metais (pontas de armas)-Idade dos Metais (pontas de armas) Observe que a usinagem evoluiu juntamente com oObserve que a usinagem evoluiu juntamente com o homem, sendo usada como parâmetro de subdivisãohomem, sendo usada como parâmetro de subdivisão de um período.de um período. 4 Prof. Anselmo Fabris .
  • 5. A Usinagem na Pré- História  Surge o Princípio da FabricaçãoSurge o Princípio da Fabricação No Período Paleolítico, as facas, pontas deNo Período Paleolítico, as facas, pontas de lanças e machados eram fabricados comlanças e machados eram fabricados com lascas de grandes pedras.lascas de grandes pedras.  No Período Neolítico, os artefatos eramNo Período Neolítico, os artefatos eram obtidos com o desgaste e polimento daobtidos com o desgaste e polimento da pedra (Princípio da Retificação).pedra (Princípio da Retificação). 5 Prof. Anselmo Fabris
  • 6. A Usinagem na Pré- História  Surge o Conhecimento de Novos MateriaisSurge o Conhecimento de Novos Materiais O Homem passa a usar metais na fabricaçãoO Homem passa a usar metais na fabricação de ferramentas e armas no fim da pré-história.de ferramentas e armas no fim da pré-história.  Os primeiros metais a serem conhecidosOs primeiros metais a serem conhecidos foram o cobre e o ouro, e , em escala menor,foram o cobre e o ouro, e , em escala menor, o estanho. O ferro foi o último metal que oo estanho. O ferro foi o último metal que o homem passou a utilizar na fabricação dehomem passou a utilizar na fabricação de seus instrumentos.seus instrumentos. 6 Prof. Anselmo Fabris
  • 7. A Evolução da Usinagem A Evolução da FerramentaA Evolução da Ferramenta Com a pancada de uma cunha manual surgiuCom a pancada de uma cunha manual surgiu o cinzel, movimentando esta ferramenta parao cinzel, movimentando esta ferramenta para frente e para trás, aplicando-se pressãofrente e para trás, aplicando-se pressão surgiu a serrasurgiu a serra Dispositivo da era Neolítica usado no corte de pedras  7Prof. Anselmo Fabris
  • 8.   Um grande avanço nesse período foi a transformação do movimento de translação em movimento de rotação (com sentido de rotação invertido a cada ciclo). Este princípio foi aplicado em um dispositivo denominado Furação de Corda Puxada  A Evolução da Usinagem 8 Prof. Anselmo Fabris
  • 9.  As primeiras formas usadas para motorizarAs primeiras formas usadas para motorizar máquinas foi a roda d’água.máquinas foi a roda d’água.  No século XVIII surgem as máquinasNo século XVIII surgem as máquinas movidas a vapor (energia esta transmitidamovidas a vapor (energia esta transmitida através da oficina por meio de eixos, correiasatravés da oficina por meio de eixos, correias e roldanas).e roldanas).  Finalmente, no fim do século XIX, o vaporFinalmente, no fim do século XIX, o vapor seria substituído pela energia elétrica. Foiseria substituído pela energia elétrica. Foi após esta inovação que apareceram asapós esta inovação que apareceram as máquinas modernas de usinagem,máquinas modernas de usinagem, responsáveis em grande parte peloresponsáveis em grande parte pelo crescimento da indústria de produtos decrescimento da indústria de produtos de consumo.consumo. A Evolução da Usinagem 9 Prof. Anselmo Fabris
  • 10.  Na obtenção de peças pela retirada de cavacos verificamos que cada material tem um comportamento diferente.  Enquanto uns podem ser trabalhados facilmente, outros apresentam problemas tais como: Empastamento, desgaste rápido da ferramenta, mau acabamento, necessidade de grande potência para o corte, etc. Isto varia de acordo com a usinabilidade do material  Podemos definir usinabilidade como sendo oPodemos definir usinabilidade como sendo o grau de dificuldade que determinado materialgrau de dificuldade que determinado material apresenta para ser usinadoapresenta para ser usinado .. Usinabilidade dos Materiais 10 Prof. Anselmo Fabris
  • 11.  A usinabilidade não depende apenas dasA usinabilidade não depende apenas das características do material, mas também, de outroscaracterísticas do material, mas também, de outros parâmetros da usinagem, tais como: refrigeração,parâmetros da usinagem, tais como: refrigeração, rigidez do sistema máquina-ferramenta, dasrigidez do sistema máquina-ferramenta, das características da ferramenta, tipo de operação, etccaracterísticas da ferramenta, tipo de operação, etc  Assim, dependendo das condições de usinagem umAssim, dependendo das condições de usinagem um mesmo material poderá ter variações em suamesmo material poderá ter variações em sua usinabilidade.usinabilidade. Usinabilidade dos Materiais 11 Prof. Anselmo Fabris
  • 12.  A usinabilidade normalmente é determinada porA usinabilidade normalmente é determinada por comparação e para determinada característica, talcomparação e para determinada característica, tal como a vida da ferramenta.como a vida da ferramenta.  Neste caso pode-se determinar um índice deNeste caso pode-se determinar um índice de usinabilidade através da comparação com ousinabilidade através da comparação com o desempenho previamente conhecido de um materialdesempenho previamente conhecido de um material padrão.padrão. Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos Materiais 12 Prof. Anselmo Fabris
  • 13.  Os principais critérios, que são passíveis de serem expressos em valores numéricos, são:  Vida da ferramenta  Força de corte  Potência consumida Determinação da Usinabilidade dos Materiais 13 Prof. Anselmo Fabris
  • 14.  Esses parâmetros servem, também, para definir o custo do trabalho de usinagem.  Assim, a vida da ferramenta entre duas afiações sucessivas tem grande influência no custo de operação.  A força e a potência limitam as dimensões máximas de corte e, portanto, o volume de material removido por hora-máquina.  Além disso, a exigência de um acabamento de alta qualidade poderá influir, também, no custo de usinagem. Determinação da Usinabilidade dos Materiais 14Prof. Anselmo Fabris
  • 15.  Baseadas principalmente nestes critérios é que são estabelecidas as tabelas e os gráficos que indicam o comportamento de cada material na usinagem. Embora seja impossível determinar-se com precisão um índice de usinabilidade para cada material, estas tabelas são de grande valor para estabelecer parâmetros iniciais de partida que, de acordo com as condições específicas de cada trabalho, poderão ser trazidos para valores mais adequados, através de ensaios e experimentações. Determinação da Usinabilidade dos Materiais 15 Prof. Anselmo Fabris
  • 16.  Dureza e resistência mecânica: Valores baixosDureza e resistência mecânica: Valores baixos geralmente favorecem a usinabilidadegeralmente favorecem a usinabilidade  Ductibilidade: Valores baixos geralmenteDuctibilidade: Valores baixos geralmente favorecem a usinabilidadefavorecem a usinabilidade  Condutividade térmica: Valores elevadosCondutividade térmica: Valores elevados geralmente favorecem a usinabilidadegeralmente favorecem a usinabilidade  Taxa de encruamento: Valores baixosTaxa de encruamento: Valores baixos geralmente favorecem a usinabilidadegeralmente favorecem a usinabilidade Propriedade dos Materiais que podem influenciar na Usinabilidade 16 Prof. Anselmo Fabris
  • 17. Movimentos na Usinagem Movimento de corte: É o movimento entre a ferramenta e a peça que provoca remoção de cavaco durante uma única rotação ou um curso da ferramenta. Geralmente este movimento ocorre através da rotação da peça (torneamento) ou da ferramenta (fresamento). 17 Prof. Anselmo Fabris
  • 18.  Movimento de avanço ( f ): É o movimento entre a ferramenta e a peça que, juntamente com o movimento de corte, possibilita uma remoção contínua do cavaco ao longo da peça. Movimentos na Usinagem 18 Prof. Anselmo Fabris
  • 19. Movimentos na Usinagem  Movimento de ajuste ou penetração (a ): É o movimento entre a ferramenta e a peça, no qual é predeterminada a espessura da camada de material a ser removida. MOVIMENTO DE AJUSTE p 19 Prof. Anselmo Fabris
  • 20. Movimentos na Usinagem  Movimento efetivo de corte: É o movimento entre a ferramenta e a peça, a partir do qual resulta o processo de usinagem. Quando o movimento de avanço é continuo, o movimento efetivo é a resultante da composição dos movimentos de corte e de avanço. MOVIMENTO EFETIVO 20Prof. Anselmo Fabris
  • 21. Movimento Efetivo de Corte 21 Prof. Anselmo Fabris
  • 22.  Movimento de correção: É o movimento entre a ferramenta e a peça, empregado para compensar alterações de posicionamento devidas, por exemplo, pelo desgaste da ferramenta. Movimentos na Usinagem 22 Prof. Anselmo Fabris
  • 23.  Movimento de aproximação: É o movimento da ferramenta em direção à peça, com a finalidade de posicioná-la para iniciar a usinagem. Movimentos na Usinagem 23 Prof. Anselmo Fabris
  • 24.  Movimento de recuo: É o movimento da ferramenta pelo qual ela, após a usinagem, é afastada da peça Movimentos na Usinagem 24 Prof. Anselmo Fabris
  • 25.  Tanto os movimentos ativos como passivos são importantes, pois eles estão associados a tempos que, somados, resultam no tempo total de fabricação. Movimentos na Usinagem 25 Prof. Anselmo Fabris
  • 26. Cálculo da Velocidade de Corte Vc = velocidade de corte [m/min] d = diâmetro da peça (ferramenta) [mm] n = rotação da peça (ferramenta) [rpm] 1000 Π.d.n vc = 26Prof. Anselmo Fabris
  • 27. Cálculo da Velocidade de Avanço Vf = velocidade de avanço [mm/min] f = avanço [mm/rot] n = rotação da peça (ferramenta) [rpm] Vc = velocidade de corte [m/min] d = diâmetro da peça (ferramenta) [mm] .f Π.d 1000.v f.nv c f == 27 Prof. Anselmo Fabris
  • 28. Cálculo do Tempo de Corte (tempos ativos) tc = tempo de corte [min] If = percurso de avanço [mm] Vf = velocidade de avanço [mm/min] c ff f f 1000.f.v Π.d.I f.n I v I tc === 28 Prof. Anselmo Fabris
  • 29. Cálculo dos Tempos Passivos Os tempos passivos nem sempre podem ser calculados. Geralmente são estimados por técnicas específicas que estudam os movimentos e a cronometragem dos tempos a eles relacionados, estabelecendo os chamados tempos padrões. 29 Prof. Anselmo Fabris
  • 30. Cálculo da Seção Transversal de Corte A= área da seção transversal de um cavaco a ser removido [mm²] ap= profundidade ou largura de usinagem, medida perpendicularmente ao plano de trabalho [mm] .faΑ p= 30 Prof. Anselmo Fabris
  • 31. Exercício Dados de um torneamento cilíndrico:Dados de um torneamento cilíndrico:  Comprimento a usinar: 500 mm.Comprimento a usinar: 500 mm.  Diâmetro da peça: 80 mmDiâmetro da peça: 80 mm  Velocidade de corte recomendada: 32 m/minVelocidade de corte recomendada: 32 m/min  Avanço: 0,8 mm/rotAvanço: 0,8 mm/rot  Profundidade: 3 mmProfundidade: 3 mm  Rotaçoes disponíveis no torno: 70 – 100 – 120 – 150Rotaçoes disponíveis no torno: 70 – 100 – 120 – 150 – 175-200– 175-200 Calcular o tempo ativo de corte.Calcular o tempo ativo de corte. 31 Prof. Anselmo Fabris
  • 32. Mecanismo de formação do cavaco A formação do cavaco influencia diversos fatores ligados a usinagem, tais como: • Desgaste da ferramenta • Esforços de corte • Calor gerado na usinagem • Penetração do fluido de corte, etc 32 Prof. Anselmo Fabris
  • 33. Mecanismo de formação do cavaco Assim estão envolvidos com o processo de formação de cavaco os seguintes aspectos: • Econômicos • Qualidade da peca • Segurança do Operador • Utilização adequada da máquina, etc 33 Prof. Anselmo Fabris
  • 34. Etapas da formação do cavaco 1) recalque (deformação elástica)1) recalque (deformação elástica) 2) deformação plástica2) deformação plástica 3) ruptura (cisalhamento)3) ruptura (cisalhamento) 4) movimento sobre a superfície de4) movimento sobre a superfície de saídasaída 34Prof. Anselmo Fabris
  • 35. Mecanismo de formação do cavaco O corte dos metais envolve o cisalhamento concentrado ao longo de um plano chamado plano de cisalhamento. O ângulo entre o plano de cisalhamento e a direção de de corte é chamado de ângulo de cisalhamento (Ø). Quanto maior a deformação do cavaco sendo formado, menor será Ø e maior será o esforço de corte. 35 Prof. Anselmo Fabris
  • 36. Mecanismo de formação do cavaco Ø Plano de cisalhamento Ângulo de cisalhamento 36 Prof. Anselmo Fabris
  • 37. Tipos de cavaco De ruptura ContínuoDe cisalhamento O fenômeno de formação do cavaco é periódico Aço Ferro fundido Aço 37 Prof. Anselmo Fabris
  • 38. FERRAMENTA PEÇA Zona primária (cisalhamento) Zona secundária (cisalhamento/atrito) Fontes de Calor Zona terciária (atrito) 38 Prof. Anselmo Fabris
  • 40. Controle da Forma do Cavaco Problemas relacionados à forma do cavaco:Problemas relacionados à forma do cavaco:  Segurança do OperadorSegurança do Operador  Possíveis danos à ferramenta e à peçaPossíveis danos à ferramenta e à peça  Dificuldades de manuseio e armazenagemDificuldades de manuseio e armazenagem do cavacodo cavaco  Forças de corte, temperatura e vida daForças de corte, temperatura e vida da ferramentaferramenta Mecanismo de formação do cavaco 40Prof. Anselmo Fabris
  • 41. Ângulos de saída positivos e negativos 41 Prof. Anselmo Fabris
  • 42. Contínuo: O ângulo de saída deve ser grande De ruptura: O ângulo de saída deve ser baixo, nulo ou negativo. Mecanismo de formação do cavaco 42 Prof. Fernando Penteado.
  • 43. Formas assumidas pelos cavacos •Em fita •Helicoidal •Em pedaços 43Prof. Anselmo Fabris
  • 44. A melhor maneira de se promover a curvatura vertical do cavaco, para causar a sua ruptura é a colocação de um obstáculo no caminho do fluxo do cavaco, chamado de quebra- cavaco A diminuição do ângulo de saída e/ou inclinação da ferramenta e o aumento do atrito cavaco-ferramenta, também promovem a curvatura vertical Mecanismo de ruptura do cavaco 44 Prof. Anselmo Fabris
  • 45. Pastilh a Quebra- cavaco Mecanismo de ruptura do cavaco Os quebra-cavacos podem ser moldados na superfície de saída da ferramenta ou postiços 45 Prof. Anselmo Fabris
  • 46. Influência da velocidade de corte na quebra do cavaco • Em baixas velocidades de corte os cavacos geralmente apresentam boa curvatura, quebrando com facilidade. • Quando as velocidades aumentam, no caso de materiais dúcteis, pode haver maior dificuldade para a quebra. 46 Prof. Anselmo Fabris
  • 47. Influência da profundidade de usinagem na quebra do cavaco • Grandes profundidades de usinagem facilitam a quebra do cavaco. • A relação entre o raio da ponta da ferramenta e a profundidade de usinagem influencia na quebra do cavaco: ap/r pequeno = dificuldade na quebra ap/r grande = facilidade na quebra r 47 Prof. Anselmo Fabris
  • 48. Forças de Usinagem Fu Ff Fp Fc=Fap Ft FU=força de usinagem Ft=força ativa. Fp=força passiva Fc=força de corte Ff=força de avanço Fap=força de apoio 48Prof. Anselmo Fabris
  • 49. Potências de Usinagem Potência de Corte ]kW[ . V.F cc 3 1060 =cP Fc [N] e Vc [m/min] 49Prof. Anselmo Fabris.
  • 50. Potências de Usinagem Potência de Avanço ]kW[ . V.F ff 6 1060 =fP Ff [N] e Vc [mm/min] 50 Prof. Anselmo Fabris
  • 51. Potências de Usinagem η = cP Pm Como Pf<<<Pc costuma-se dimensionar o motor da máquina operatriz apenas pela Pc Potência fornecida pelo motor =η 60% a 80% para máquinas convencionais e 90% para máquinas CNC 51 Prof. Anselmo Fabris
  • 52. Potências de Usinagem A.KF s=c A força de corte pode ser expressa pela relação: Ks = Pressão específica de corte A = b.h = ap.f = Área da seção de corte 52 Prof. Anselmo Fabris
  • 53. Cálculo da pressão específica de corte - Ks z h. − = s1KKs Segundo Kienzle Ks é função da espessura de corte h b.h.Kb.h.KF z ss − ==∴ 1 1c 53 Prof. Anselmo Fabris
  • 54. Cálculo da pressão específica de corte - Ks MaterialMaterial σσt [N/mm²]t [N/mm²] 1-z1-z KKs1s1 Aço 1030Aço 1030 520520 0,740,74 19901990 10401040 620620 0,830,83 21102110 10501050 720720 0,700,70 22602260 10451045 670670 0,860,86 22202220 10601060 770770 0,820,82 21302130 86208620 770770 0,740,74 21002100 43204320 630630 0,700,70 22602260 41404140 730730 0,740,74 25002500 41374137 600600 0,790,79 22402240 61506150 600600 0,740,74 22202220 FofoFofo HRc = 46HRc = 46 0,810,81 20602060 54Prof. Anselmo Fabris
  • 55. Exercíci o Determinar a potência do motor de um torno universal que deve fazer um torneamento cilíndrico em uma barra de aço 8620 com diâmetro 50 mm. Parâmetros de corte: Vc = 110 m/min, ap = 1,4 mm e f = 0,4 mm/rot. Ferramenta: Metal duro s/fluido de corte. Rendimento mecânico da transmissão do motor à árvore principal: 70%. 55Prof. Anselmo Fabris