Aloísio Magalhães reflete sobre o papel do design industrial no Brasil 15 anos após a fundação da Escola Superior de Desenho Industrial. Ele argumenta que o modelo adotado de dividir a atividade em design de produto e comunicação visual evitou a fragmentação prematura e proporcionou uma visão abrangente. Também destaca o caráter interdisciplinar do design e sua capacidade de compatibilizar diferentes saberes, o que é importante para promover um desenvolvimento harmonioso.
1. O documento discute a empregabilidade da mulher no mercado de trabalho atual, definindo empregabilidade e os requisitos para ser um empregado tecnológico. 2. Ao longo dos séculos, o perfil social da mulher evoluiu de subordinada para emancipada, com maior participação no mercado de trabalho. 3. Várias causas contribuíram para o salto do trabalho feminino no século 21, incluindo a igualdade de gêneros e a habilitação profissional da mulher.
O documento discute o modelo da "hélice tríplice" que descreve as interações entre universidade, governo e empresas na sociedade baseada no conhecimento. Apresenta a evolução histórica dessas interações no Brasil e como elas vêm sendo influenciadas pelas políticas de governos recentes para aproximar universidade e empresas e investir mais em pesquisa. Também discute como o modelo pode ser adaptado para considerar demandas sociais através de uma "hélice tríplice público-social".
Um estudo de caso sobre o ensino do Design no Brasil: a ESDI+ Aloisio Magalhães
O documento descreve a criação da ESDI (Escola Superior de Desenho Industrial) no Brasil em 1962, analisando seu contexto histórico e influências. A ESDI teve origem no movimento de modernização do país nos anos 1950 e foi influenciada pelo design europeu, especialmente da Bauhaus alemã e da Escola de Ulm. O documento detalha os marcos históricos que antecederam a criação da ESDI e seu papel no ensino do design no Brasil.
O documento apresenta uma breve introdução sobre diferentes tópicos relacionados a design industrial, incluindo o estilo arquitetônico High Tech dos anos 1970, a história do isqueiro Zippo, e o trabalho do designer Doug Chiang. O texto também discute o filme de ficção científica Dark City e a obra literária Dune.
O documento discute o design industrial e seus elementos. Aborda a evolução histórica do design desde a Revolução Industrial, passando por movimentos como Arts and Crafts, Art Nouveau, Estilo Internacional, Bauhaus, Art Deco, Design Orgânico até chegar aos dias atuais. Também destaca profissionais e estilos como Pop Art, Kitsch, Retro e Design Popular.
Apresentação TCC Pesquisa, Conceito e Produto: Cachaça RaizVicente Carvalho
Este documento discute o desenvolvimento de uma nova marca de cachaça para a Cooperativa de Produtores de Cachaça de São João da Boa Vista. O projeto visa criar uma marca e embalagem única para combinar a produção de 10 alambiques da região e lançar no mercado de São Paulo. A pesquisa inclui análise do mercado de cachaça, consumidores, concorrentes e tendências, além de estratégias de marketing e desenvolvimento da embalagem.
Economia criativa ou indústria criativa: Delimitação de um Conceito em Constr...Mauricio Serafim
O documento discute os conceitos de Economia Criativa e Indústria Criativa. A pesquisa objetiva analisar o capital social de empreendedores da indústria criativa no sul do Brasil. Há divergências sobre a definição desses conceitos, mas eles geralmente se referem a atividades cujo processo principal é um ato criativo que gera valor simbólico e cultural, além de riqueza econômica.
1. O documento discute a empregabilidade da mulher no mercado de trabalho atual, definindo empregabilidade e os requisitos para ser um empregado tecnológico. 2. Ao longo dos séculos, o perfil social da mulher evoluiu de subordinada para emancipada, com maior participação no mercado de trabalho. 3. Várias causas contribuíram para o salto do trabalho feminino no século 21, incluindo a igualdade de gêneros e a habilitação profissional da mulher.
O documento discute o modelo da "hélice tríplice" que descreve as interações entre universidade, governo e empresas na sociedade baseada no conhecimento. Apresenta a evolução histórica dessas interações no Brasil e como elas vêm sendo influenciadas pelas políticas de governos recentes para aproximar universidade e empresas e investir mais em pesquisa. Também discute como o modelo pode ser adaptado para considerar demandas sociais através de uma "hélice tríplice público-social".
Um estudo de caso sobre o ensino do Design no Brasil: a ESDI+ Aloisio Magalhães
O documento descreve a criação da ESDI (Escola Superior de Desenho Industrial) no Brasil em 1962, analisando seu contexto histórico e influências. A ESDI teve origem no movimento de modernização do país nos anos 1950 e foi influenciada pelo design europeu, especialmente da Bauhaus alemã e da Escola de Ulm. O documento detalha os marcos históricos que antecederam a criação da ESDI e seu papel no ensino do design no Brasil.
O documento apresenta uma breve introdução sobre diferentes tópicos relacionados a design industrial, incluindo o estilo arquitetônico High Tech dos anos 1970, a história do isqueiro Zippo, e o trabalho do designer Doug Chiang. O texto também discute o filme de ficção científica Dark City e a obra literária Dune.
O documento discute o design industrial e seus elementos. Aborda a evolução histórica do design desde a Revolução Industrial, passando por movimentos como Arts and Crafts, Art Nouveau, Estilo Internacional, Bauhaus, Art Deco, Design Orgânico até chegar aos dias atuais. Também destaca profissionais e estilos como Pop Art, Kitsch, Retro e Design Popular.
Apresentação TCC Pesquisa, Conceito e Produto: Cachaça RaizVicente Carvalho
Este documento discute o desenvolvimento de uma nova marca de cachaça para a Cooperativa de Produtores de Cachaça de São João da Boa Vista. O projeto visa criar uma marca e embalagem única para combinar a produção de 10 alambiques da região e lançar no mercado de São Paulo. A pesquisa inclui análise do mercado de cachaça, consumidores, concorrentes e tendências, além de estratégias de marketing e desenvolvimento da embalagem.
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O documento discute os conceitos de Economia Criativa e Indústria Criativa. A pesquisa objetiva analisar o capital social de empreendedores da indústria criativa no sul do Brasil. Há divergências sobre a definição desses conceitos, mas eles geralmente se referem a atividades cujo processo principal é um ato criativo que gera valor simbólico e cultural, além de riqueza econômica.
Julia gama bloomfield zardo artigo- cultura como vetor de desenvolvimento localWilson Viana
O documento discute o conceito de indústrias criativas e economia criativa, apresentando definições de autores-chave. Aborda a emergência deste setor no contexto das transformações da economia do conhecimento e da valorização do intangível. Explora também a relação entre cultura e desenvolvimento local a partir deste enfoque das indústrias criativas.
1) O documento descreve uma pesquisa sobre a trajetória do design gráfico brasileiro de 1960 a 2000, com foco em apresentar o material de forma visual ao invés de apenas textual.
2) O projeto será um CD-ROM dividido em décadas, mostrando trabalhos representativos e suas características visuais, assim como o contexto político e cultural de cada período.
3) A pesquisa também aborda a introdução do computador e suas influências no design, bem como o debate sobre a existência de uma identidade visual brasileira.
O documento discute a história do design, desde as origens no período pré-histórico até o século XX. Apresenta como o design surgiu da necessidade humana de dominar o meio ambiente e como evoluiu ao longo dos séculos, influenciado por fatores sociais, econômicos e tecnológicos. Também descreve o surgimento do design moderno na Revolução Industrial e seu amadurecimento na Bauhaus e em outras escolas do início do século XX.
O documento discute as definições de design ao longo da história, desde a sua origem etimológica até os dias atuais. Aborda os diferentes modos de produção como artesanal, manufatureiro e industrial e como eles influenciaram a evolução do design. Também analisa as definições formais de design e como elas acabam se tornando limitadas ao não considerarem os contextos históricos e tecnológicos.
Ana carla-fonseca-cidades-criativas, turismo cultural e regeneração urbanamaridelamare
1. O documento discute a relação entre criatividade, cidades e regeneração urbana, definindo cidades criativas como aquelas capazes de transformar continuamente sua estrutura socioeconômica com base na criatividade dos habitantes e na aliança entre cultura e economia.
2. A globalização e as novas tecnologias transformaram as cidades e levaram ao surgimento do conceito de indústrias e economia criativa, reconhecendo a criatividade como fonte de competitividade econômica.
3. Cidades emblemáticas
O documento discute como a indústria da moda pode influenciar e ser influenciada pela economia criativa. Ele conceitua economia criativa e indústria da moda e busca identificar os pontos de interseção entre os dois conceitos. O documento também discute definições de moda por diferentes autores e a importância econômica da indústria têxtil e de confecção no Brasil.
1. O artigo discute as definições de design, designer e a atuação do designer brasileiro Aloísio Magalhães, considerado um dos mais influentes designers do século 20.
2. Aloísio Magalhães acreditava no resgate da cultura brasileira como forma de criar a identidade do design nacional e projetá-lo mundialmente de forma competitiva.
3. O artigo analisa como Aloísio praticava um design diferencial e comprometido, enxergando além do ato de projetar e considerando diferentes pontos de
Escultura como estratégia nas construtorasRog Reis
A escultura pode agregar valor a um empreendimento por meio de sua natureza simbólica, funcionando como um ícone que sintetiza as informações complexas sobre o projeto na percepção do cliente. O investimento em escultura traria benefícios de longo prazo à marca e ao empreendimento específico com um custo-benefício alto, já que o retorno pode superar em muito o investimento inicial. Além disso, valorizaria o patrimônio cultural brasileiro.
Este documento discute a inovação nas indústrias criativas no Brasil. Apresenta a economia criativa e suas principais indústrias. Discute as etapas da cadeia de valor das indústrias criativas e onde ocorre a inovação em cada etapa, desde a criação até o consumo. Também aborda os desafios enfrentados por empreendedores criativos e o papel do Sebrae em apoiar o desenvolvimento destes empreendedores e consolidar a economia criativa no Brasil.
Escritos não criativos sobre economia criativa: por um novo olhar da relação...Luis Nassif
O documento discute a relação entre cultura e economia e critica o conceito de economia criativa. Apresenta autores antropológicos que analisaram as trocas simbólicas e aspectos econômicos e políticos da cultura. Defende "culturalizar a economia" em vez de "economificar a cultura" e questiona os limites do conceito de economia criativa.
Elementos de gestão dos empreendimentos culturaiscmpcangradosreis
O documento discute os desafios enfrentados pelos empreendedores culturais no Brasil. Apesar do crescimento do setor cultural e maior acesso a recursos, a profissionalização ainda é limitada e a sustentabilidade dos projetos é difícil devido à falta de capacitação em gestão. Além disso, a crescente burocracia exigida pelos editais públicos representa um desafio para a informalidade tradicional no meio artístico.
Este documento apresenta a introdução e o sumário de um livro sobre design escrito por Gui Bonsiepe. O livro discute quatro temas principais: 1) a relação entre visualidade e discursividade no design; 2) enfoques projetuais na periferia e o papel do design no desenvolvimento; 3) o papel da teoria e pesquisa em design; e 4) o contexto sociopolítico do trabalho de projeto. O autor argumenta que essas questões precisam ser exploradas para que o design possa lidar com problemas reais e oferecer sol
Este documento discute a educação e tecnologia em uma perspectiva histórico-cultural. Ele explica que as tecnologias são construções sociais que evoluem ao longo do tempo e são influenciadas por fatores econômicos e culturais. Também discute como as novas tecnologias podem ser usadas na educação para melhorar a qualidade do ensino, desde que sejam compreendidas em seu contexto histórico e usem uma abordagem crítica e não competitiva.
O documento discute conceitos e diretrizes sobre projetos culturais, abordando tópicos como: definição de projeto cultural e seus objetivos, planejamento, avaliação, sustentabilidade e especificidades da escrita de projetos culturais. Inclui exemplos de títulos, resumos e descrições.
O documento discute a história do design e como vários movimentos artísticos contribuíram para o desenvolvimento do design moderno, incluindo o Art Nouveau, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo, Surrealismo, Construtivismo, Art Déco, De Stijl e Bauhaus. O documento também explica como a Revolução Industrial levou à necessidade de produção em série e como isso influenciou o design para que os produtos pudessem ser fabricados em massa de forma funcional e acessível.
O documento descreve a IV Bienal Brasileira de Design, que inclui exposições, conferências e programas educativos sobre o design brasileiro. A bienal visa celebrar a diversidade cultural do Brasil e promover o design brasileiro no cenário internacional através de mostras que vão da artesania à produção tecnológica e eventos sobre inovação, educação e negócios.
O documento discute as motivações para escolher a carreira de publicitário. Alguns optam pelo curso por terem talento para desenho ou gostarem de escrever, enquanto outros percebem ter facilidade de comunicação. O texto argumenta que é possível ser criativo em qualquer área e que o importante é descobrir onde cada um pode aproveitar melhor seu talento.
LISBOA: ECONOMIA CRIATIVA / LISBON CREATIVE ECONOMYPaulo Carvalho
O documento discute a economia criativa em Lisboa. Ele define indústrias criativas e economia criativa, explicando como a criatividade se manifesta nas cidades através da troca de ideias. O documento também mapeia o cluster criativo de Lisboa, mostrando que a região gera 30% do emprego criativo em Portugal e contém muitas escolas e talentos criativos. Por fim, convida os atores da cidade a participarem do desenvolvimento da economia criativa.
Este documento apresenta um resumo histórico das revoluções tecnológicas, comparando a invenção da prensa de Gutenberg com a revolução digital atual. Apresenta também os principais impactos da economia da cultura digital, como a transformação da informação em linguagem digital, a convergência de mídias e a desintermediação na produção e distribuição de conteúdo.
Este documento é um ponto de partida e reflecte a ambição da cidade de Lisboa em atuar como um agente mobilizador de vontades, federador de parceiros e projectos e como instituição capaz de promover a economia criativa de Lisboa a uma escala global.
Este número da revista Organizações & Sociedade apresenta artigos sobre privatização e regulação no setor de transportes no Brasil e Argentina, fatores críticos de sucesso em relações governamentais entre entes governamentais, e um estudo sobre o processo decisório em organizações brasileiras entre 1993-2002.
Outros artigos abordam o ciclo do trabalho e a roda da fortuna, controle em uma siderúrgica, influência de líderes em bancos, responsabilidade social corporativa, mapeamento de clusters industriais, sucessão em empresas
O documento analisa a qualidade sanitária de 93 amostras de embutidos coletadas em Porto Alegre. Todas as amostras estavam livres de Salmonella sp., mas 14 amostras de linguiça fresca continham contagens de coliformes fecais acima do limite legal na época. A maioria dessas amostras estava armazenada acima da temperatura recomendada no momento da coleta.
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O documento descreve a IV Bienal Brasileira de Design, que inclui exposições, conferências e programas educativos sobre o design brasileiro. A bienal visa celebrar a diversidade cultural do Brasil e promover o design brasileiro no cenário internacional através de mostras que vão da artesania à produção tecnológica e eventos sobre inovação, educação e negócios.
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Outros artigos abordam o ciclo do trabalho e a roda da fortuna, controle em uma siderúrgica, influência de líderes em bancos, responsabilidade social corporativa, mapeamento de clusters industriais, sucessão em empresas
O documento analisa a qualidade sanitária de 93 amostras de embutidos coletadas em Porto Alegre. Todas as amostras estavam livres de Salmonella sp., mas 14 amostras de linguiça fresca continham contagens de coliformes fecais acima do limite legal na época. A maioria dessas amostras estava armazenada acima da temperatura recomendada no momento da coleta.
1) O documento descreve o Mercado Público de Porto Alegre, seu papel histórico no abastecimento e desenvolvimento da cidade, e as reformas realizadas.
2) A pesquisa tem como objetivo estudar as estratégias administrativas de duas bancas de especiarias no Mercado Público utilizando método etnográfico.
3) Conceitos de estratégia empresarial são apresentados, incluindo tipos de estratégias genéricas de acordo com Miles e Snow.
Este documento apresenta três frases:
1) A pesquisa analisa a arquitetura dos edifícios de mercado gaúchos, focando em suas funções sintática, semântica e pragmática.
2) Ela revisa os aportes históricos e teóricos sobre espaços comerciais, desde a Ágora Grega até os mercados no Brasil.
3) A pesquisa também apresenta ensaios tipológicos aplicados a mercados brasileiros e estuda três mercados gaúchos em detalhe.
1. O documento discute a abordagem pós-moderna do turismo cultural e como isso levou a uma reapropriação dos mercados públicos como pontos turísticos.
2. Uma pesquisa qualitativa analisou como o Mercado Público Central de Porto Alegre se manteve como mercado após uma restauração há uma década, atraindo novos usuários e turistas.
3. Os resultados mostraram a relação dos comerciantes e clientes com o mercado após a restauração e a importância do turismo para a pre
Este documento analisa o Mercado Público de Porto Alegre como um espaço organizacional dividido entre o sagrado e o profano. Utilizando métodos etnográficos, os autores observam como o mercado carrega significados simbólicos através de rituais e mitos para a comunidade local. O mercado é visto como sagrado pelas religiões afro-brasileiras e representa a identidade e tradições das famílias da cidade.
Este documento descreve um estudo etnográfico sobre a "Tradição Bará do Mercado" em Porto Alegre, no qual afro-religiosos acreditam que o orixá Bará está assentado no mercado público central da cidade. O documento relata em detalhes uma observação participante de um ritual realizado no mercado, no qual os participantes oferecem moedas ao Bará em diferentes locais para pedir proteção e abertura de caminhos.
Este documento apresenta uma breve história dos mercados no Brasil. Foi introduzido no país pelos colonizadores portugueses seguindo os padrões dos mercados do Império Português. Muitos dos primeiros mercados brasileiros surgiram em torno de igrejas. A construção de grandes mercados cobertos só ocorreu no final do século XIX, quando as cidades começaram a se industrializar e a população se concentrou em áreas urbanas.
Este artigo analisa as representações do corpo feminino na década de 1930 na Revista do Globo, a revista mais lida no Rio Grande do Sul à época. As capas da revista mostram a evolução da imagem da mulher moderna, com trajes esportivos e bronzeada. Os anúncios na revista promoviam produtos de beleza e higiene associados aos "novos desejos femininos" e à emergência de um novo corpo feminino.
Este documento analisa como a sociabilidade nas salas de cinema da Cinelândia porto-alegrense era retratada na Revista do Globo entre 1940-1949. A Revista promovia os ideais burgueses da época e negava a miscigenação social existente nos cinemas. Quando se referia à Cinelândia, demonstrava que a degradação era parte do local. As fotos e textos não evidenciam as pessoas que frequentavam o lugar.
Este documento descreve a seção "Para os que viajam" publicada na Revista do Globo entre 1929-1930. A seção promovia o turismo no Brasil, enfatizando seus benefícios econômicos e a importância de melhorar a infraestrutura de transportes. A seção continha artigos sobre destinos turísticos e anúncios de hotéis, companhias de transporte e agências de viagem.
O documento descreve representações de mulheres nas práticas equestres de turfe e hipismo na cidade de Porto Alegre entre 1929-1967, conforme relatado na Revista do Globo. No turfe, as mulheres eram retratadas como espectadoras elegantes e frágeis, enquanto no hipismo elas competiam em igualdade com os homens e conquistavam vitórias. O contexto sociocultural da época influenciou tais representações construídas pela revista.
1) O artigo analisa as representações da moda infantil no século XX por meio de fotografias publicadas na Revista do Globo entre 1929-1967.
2) A história da infância é revisitada para entender como o conceito mudou e influenciou a moda infantil ao longo do tempo.
3) As imagens são analisadas usando conceitos da Semiótica para identificar os possíveis significados expressos pelas roupas das crianças nas fotografias.
Este documento apresenta a dissertação de mestrado de Letícia Bauer sobre o patrimônio cultural de São Miguel das Missões entre 1937 e 1950. O trabalho debate as relações entre história e patrimônio cultural a partir das ações do arquiteto Lucio Costa e do zelador Hugo Machado nos remanescentes da redução de São Miguel Arcanjo e no Museu das Missões. Analisa como Costa e Machado, cada um ao seu modo, organizaram e interpretaram os bens culturais construindo uma narrativa sobre a experiência missioneira.
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a linguagem gráfica pictórica no papel moeda brasileiro. Analisou-se as ilustrações nas cédulas desde o século XVII até os dias atuais, dividido em três módulos temporais. Constatou-se que as ilustrações evoluíram ao longo do tempo, acompanhando o desenvolvimento tecnológico e cultural brasileiro, com mudanças significativas a partir da década de 1970. A linguagem pictórica demonstra sua importância na relação entre o
Esta tese analisa a inserção do design no Brasil entre as décadas de 1950 e 1960, focando em como sua consolidação foi dificultada nas décadas seguintes. A pesquisa compara o processo brasileiro com os modelos estrangeiros, e examina as condições sociais da criação e sustentação da atividade no país. A análise se concentra nos designers Alexandre Wollner e Aloísio Magalhães e em como suas carreiras refletem os desafios da profissão no Brasil.
Aloísio Magalhães fue un pintor, diseñador y escenógrafo brasileño. Estudió en París en la década de 1950 y se dedicó al grabado y las artes gráficas. En los años 1960 se convirtió en pionero del diseño y la comunicación visual en Brasil, creando logotipos emblemáticos. Más tarde ocupó cargos gubernamentales relacionados con el patrimonio histórico y artístico, impulsando su preservación.
Kiko Farkas é um importante designer gráfico brasileiro formado em arquitetura. Sua carreira começou no jornalismo e hoje ele trabalha principalmente com design editorial e projetos visuais. Farkas critica a falta de discussão sobre design brasileiro e a importância de desenvolver uma identidade nacional neste campo.
Este documento discute a história da tipografia móvel de metal, desde sua invenção por Johannes Gutenberg até os usos atuais. Apresenta como Gutenberg desenvolveu os tipos móveis de metal no século 15, permitindo uma maior disseminação do conhecimento através dos livros impressos. Discute também a chegada da tipografia no Brasil no século 19 e projetos atuais de preservação desse acervo histórico, como o catalogamento das fontes metálicas da Editora UFPE.
O que o desenho industrial pode fazer pelo país? (8a13)
1. Cabo Frio, 1973; foto Beto Felício.
ARCOS VOLUME 1 1998 NÚMERO ÚNICO
2. documento
O que o desenho industrial
pode fazer pelo país?
Por uma nova conceituação e uma ética do desenho industrial no Brasil
Aloísio Magalhães
Aloísio Magalhães, designer, artista plástico, político, foi um dos fundadores da
Escola Superior de Desenho Industrial e desempenhou papel fundamental no qua-
dro da produção e divulgação do design no Brasil. Em 1977, em comemoração a
seus quinze anos de existência, a ESDI promoveu um debate durante o qual Aloísio
proferiu esta palestra. Naquela ocasião, já iniciada sua trajetória pela administração
pública da cultura, movida inicialmente pela busca de um desenho nacional, havia
criado em Brasília uma instituição dedicada ao registro de componentes da cultura
brasileira, o Centro Nacional de Referência Cultural. Data da mesma época sua
última participação em um projeto de design gráfico, o símbolo para o Banco Boa-
vista. Não havia, entretanto, abandonado a idéia de ser designer. Ao contrário, é
possível dizer que sua atividade de projeto transferiu seu foco, para se ampliar. Ao
longo dos anos que se seguiram, poucos infelizmente, Aloísio Magalhães trabalhou
como nunca para traçar um projeto de um novo Brasil.
Na ocasião em que comemoramos os quinze anos da fundação da ESDI, uma
avaliação do caminho percorrido torna-se oportuna e até mesmo
indispensável.
Dessa trajetória é possível identificar os parâmetros e indicadores positivos
e negativos, que são instrumentos indispensáveis para, conscientes da
realidade brasileira de hoje, projetar-se uma perspectiva futura, as novas
coordenadas de uma ação adequada e eficaz.
O valor de uma ação se mede no tempo e se insere no processo histórico,
não apenas pela sua duração temporal, mas também pela relação entre esta
duração e a intensidade da atuação. Este parece ser justamente o caso. A ESDI
identifica-se como marco da implantação da atividade no Brasil porque
somente quando se inaugura uma estrutura que garanta a sua continuidade –
a escola – uma atividade adquire verdadeiramente sua existência autônoma.
DESIGN, CULTURA MATERIAL E O FETICHISMO DOS OBJETOS
O QUE O DESENHO INDUSTRIAL PODE FAZER PELO PAÍS ?
3. Este parece ser o sinal indispensável a qualquer seguimento de processo vivo: a
preservação das espécies.
Assim os valores de continuidade e intensidade, adquiridos na ESDI, ou
através dela, nestes quinze anos de percurso, representam para todos nós,
profissionais de desenho industrial, o núcleo de condensação indispensável
para uma reflexão.
Em primeiro lugar, reporto-me à escolha do modelo abrangente que foi
adotado, dividindo a atividade em duas grandes áreas de atuação: a que se
refere à forma do produto e a que se refere à comunicação visual. Guiados
provavelmente mais por convergências ordenadas pela intuição do que pelo
exercício racional de uma opção, essa escolha parece conter um paradoxo: pode
a intuição induzir a um modelo voltado basicamente para a razão e o
método? É provável que se tivéssemos exercido uma opção racional, teríamos
preferido um modelo aparentemente mais próximo da natureza espontânea e
intuitiva do nosso temperamento latino e tropical. Mas, na lógica das coisas, a
intuição precede sempre a razão, o que vale dizer que o modelo adotado,
aparentemente contraditório, provou ter sido o mais certo. Pois somente
através dele nos foi possível introduzir os componentes da razão e do método
necessários à formulação de uma dialética, com a nossa quase excessiva
valoração dos elementos intuitivos.
A esses elementos oriundos de nossa latinidade, acrescentem-se os valores
originais de uma cultura autóctone do índio brasileiro e, posteriormente, os de
origem africana, como componentes básicos da nossa formação cultural. O
cadinho assim formado indicava uma saturação carente de componentes da
razão e do método: o mineral parecia ser turvo, sem a transparência cristalina
do diamante.
Aliás, registre-se que esse fenômeno de adaptação entre a intuição e a razão
não é original em nosso caso, pois encontra precedentes em outros momentos
fundamentais de nosso processo histórico: José Bonifácio, o Patriarca da
Independência, professor de mineralogia em Coimbra, espírito admirável pela
formação antecipadamente científica, se apresenta como o arquiteto
indispensável no processo, até então desordenado, da nossa emancipação
política.
ARCOS VOLUME 1 1998 NÚMERO ÚNICO
4. A posterior repercussão no Brasil do pensamento positivista, mais no que
ele trazia como formulário de filosofia racional do que pela sua ordenação
pseudo-religiosa, foi um elemento de grande importância para o processo de
institucionalização de nossa República. Ou ainda, e mais próximo de nós, o
traço original, espontâneo e intuitivo de Lúcio Costa ao riscar Brasília,
revelando a simetria e a ordem cartesianas. O que de verdadeiro representou
a adoção desse modelo, Desenho Industrial/Comunicação Visual na
implantação do Desenho Industrial no Brasil?
Em primeiro lugar, evitou a natural fragmentação da atividade em
inúmeras e imediatas especializações, antes que se pudessem avaliar as
necessidades e as peculiaridades do nosso contexto sócio-econômico.
Por outro lado, nos proporcionou a abrangente e ampla visão de conjunto,
que só este modelo oferece.
É preciso atentarmos para o fato de que nesta segunda metade do século XX
os conceitos de desenvolvimento sócio-econômico e das relações entre países de
economia centralizadora e economia periférica necessitam ser revistos. Neste
caso, nossa posição no domínio do Desenho Industrial pode oferecer, através da
ótica abrangente que o modelo nos proporcionou, condições de reconceituar a
própria natureza da atividade que nasceu voltada apenas para a solução de
problemas emergentes da relação tecnologia/usuário em contextos altamente
desenvolvidos, a bitola estreita da relação produto/usuário nas sociedades
eminentemente de consumo.
Aqui, a natureza contrastada e desigual do processo de desenvolvimento
gera problemas naquela relação, que exigem um posicionamento de latitudes
extremamente amplas; a consciência da modéstia de nossos recursos para a
amplitude do espaço territorial; a responsabilidade ética de diminuir o
contraste entre pequenas áreas altamente concentradas de riquezas e
benefícios e grandes áreas rarefeitas e pobres. Nestas é poderosa apenas a
riqueza latente de autenticidade e originalidade da cultura brasileira.
Naquelas a carência de originalidade deu lugar à exuberante presença da cópia
e o gosto mimético por outros valores culturais.
Como segundo ponto desta reflexão, gostaria de enfatizar o caráter
interdisciplinar do Desenho Industrial. Trata-se de uma atividade
DESIGN, CULTURA MATERIAL E O FETICHISMO DOS OBJETOS
O QUE O DESENHO INDUSTRIAL PODE FAZER PELO PAÍS ?
5. contemporânea e, como tal, nasceu da necessidade de se estabelecer uma
relação entre diferentes saberes. Nasceu portanto naturalmente
interdisciplinar.
Isto coincide com a percepção, já agora não somente de pensadores
isolados, mas também de organismos. Basta ver o último relatório do Banco
Mundial, as últimas especulações do Clube de Roma, a recente criação do
Fundo Internacional de Cultura pela UNESCO, as recomendações do Sínodo do
Vaticano no documento “Justiça no mundo”. Todos conscientes de que o
chamado processo de desenvolvimento de uma cultura não se mede somente
pelo progresso e pelo enriquecimento econômico, mas por um conjunto mais
amplo e sutil de valores. Isto quer dizer que só através da análise e de estudos
interdisciplinares, se poderá alcançar a compreensão do conjunto de fatores
que serão capazes de configurar um crescimento verdadeiramente harmonioso.
Aos fatores econômicos privilegiados até bem pouco foram acrescentados os
fatores sociais e, já agora, a compreensão do todo cultural. O Desenho
Industrial surge naturalmente como uma disciplina capaz de se
responsabilizar por uma parte significativa deste processo. Porque não
dispondo nem detendo um saber próprio, utiliza vários saberes; procura
sobretudo compatibilizar de um lado aqueles saberes que se ocupam da
racionalização e da medida exata – os que dizem respeito à ciência e à
tecnologia – e de outro, daqueles que auscultam a vocação e a aspiração dos
indivíduos – os que compõem o conjunto das ciências humanas.
Assim, da postura inicial de uma visão imediatista e inevitavelmente
consumista de produzir novos bens de consumo, o desenhista industrial passa a
ter, nos países em desenvolvimento, o seu horizonte alargado pela presença de
problemas que recuam desde situações, formas de fazer e de usar basicamente
primitivas e pré-industriais, até a convivência com tecnologias as mais
sofisticadas e ditas ‘de ponta’. Já não há mais lugar para o velho conceito de
forma e função do produto como tarefa prioritária da atividade.
Transitamos num espectro amplo de diversidade de saberes e de situações
muito distanciadas: da pedra lascada ao computador.
Não estarão aí algumas indicações de uma reconceituação da atividade?
Não será esta a tarefa que deveremos fazer?
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6. Aloísio Magalhães, em 1974, em seu escritório.
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