Comidas Gigantes em dose tripla nesta sexta-feira em Caruaru
Rimas, violas e pandeiros marcam presença no Polo do Repente
1. Rimas, violas e pandeiros marcam presença no Polo do Repente
Mais de 40 artistas se apresentam no Polo localizado na Estação
Ferroviária
A poesia também tem espaço no São João de Caruaru. Emboladores,
repentistas, aboiadores e declamadores vão presentear o público que passar
pelo Polo do Repente, na Estação Ferroviária. Nas sextas, sábados e
domingos de junho, além dos dias 28 e 29, quarta e quinta-feira
respectivamente, 34 apresentações serão realizadas e o grande mestre de
cerimônia, este ano, é o poeta caruaruense Rogério Meneses. Idealizador do
Polo, em 2009, Rogério fala com muita alegria sobre o convite. “É uma grande
honra poder apresentar os artistas, que são amigos. E já adianto que a poesia
vai estar presente, também, na apresentação”, conta o violeiro.
Nomes como Raulino Silva, Jénerson Alves, Hipólito Moura, Raimundo
Caetano e pai e filho, Ivanildo e Iponax Vila Nova vão abrilhantar o Polo, que
existe há oito anos, e é o único a contemplar artistas do tipo em festa junina no
Nordeste. Nas sextas, as apresentações começam a partir das 20h; nos
sábados, a partir das 18h; nos domingos, a partir das 17h. Dia 28 segue o
horário da sexta e 29, o do sábado. A primeira apresentação está marcada
para o dia 3 de junho, data de abertura do São João.
Origem do Repente – Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo, o
desafio dos repentistas do Nordeste descende diretamente do Canto do
Amadeu, da Grécia Antiga. A arte hoje conhecida como Cantoria ou Repente
teve origem na segunda metade do século XIX, na Serra do Teixeira, sertão da
Paraíba, região onde os primeiros repentistas começaram a travar desafios de
repentes. A maioria desses primeiros repentistas cultivava o hábito da leitura e
da escrita e vivia da agricultura, comércio e outras atividades, sendo o
resultado financeiro das cantorias uma renda complementar. Atualmente,
existem mais de 30 modalidades de Repente.