O documento discute a evolução da radiodifusão, desde os primórdios do rádio no início do século XX até as tecnologias digitais atuais. Apresenta marcos históricos como a primeira transmissão comercial de rádio e o pânico causado por uma adaptação radiofônica de "A Guerra dos Mundos" de H.G. Wells. Também aborda os testes do rádio digital no Brasil, os obstáculos enfrentados e a migração de emissoras AM para a faixa FM.
2. Segunda Lei da Termodinâmica
Renato Cruz – Senac2
A quantidade de entropia de qualquer
sistema isolado termodinamicamente
tende a incrementar-se com o tempo, até
alcançar um valor máximo.
É impossível a construção de um
dispositivo que, por si só, isto é, sem
intervenção do meio exterior, consiga
transferir calor de um corpo para outro de
temperatura mais elevada.
4. O que é informação?
Renato Cruz – Senac4
A quantidade de informação equivale ao
grau de imprevisibilidade de um sinal,
que é o mesmo que entropia.
Uma mensagem com grande
redundância tem um nível baixo de
informação.
5. Rede de pacotes
Renato Cruz – Senac5
Fonte: Paul Baran – Sobre a comunicação distribuiída, 1964
6. Um pouco de história
Renato Cruz – Senac6
1945 – Vannevar Bush, “As We May Think”, The
Atlantic.
1965 – Ted Nelson, Uma Estrutura de Arquivos para
o Complexo, o Mutável e o Indeterminado,
Association for Computing Machinery.
1974 – Vint Cerf e Robert Kahn, da Darpa,
desenvolvem o TCP/IP, para conectar redes de
tecnologias diferentes.
1989 – Tim Berners-Lee, Gerenciamento de
Informações: Uma Proposta, Laboratório Europeu de
Física de Partículas (Cern).
7. A morte da web
Renato Cruz – Senac7
Fonte: Wired 17 Aug. 2010
9. O mercado brasileiro
(em milhões de acessos)
Renato Cruz – Senac9
Fonte: Anatel / Teleco
257.8
43.3
25.8
19.0
Celulares
Telefones fixos
Banda larga
TV paga
14. O mercado de celular
Renato Cruz – Senac14
Fonte: Anatel / Teleco
28.4%
26.1%
25.3%
18.5%
1.7%
Vivo
TIM
Claro
Oi
Outras
15. O decálogo da internet
Renato Cruz – Senac15
1. Liberdade, privacidade e direitos humanos
2. Governança democrática e colaborativa
3. Universalidade
4. Diversidade
5. Inovação
6. Neutralidade da rede
7. Inimputabilidade da rede
8. Funcionalidade, segurança e estabilidade
9. Padronização e interoperabilidade
10. Ambiente legal e regulatório
16. O projeto do Marco Civil
Renato Cruz – Senac16
Define os direitos e deveres do cidadão na internet.
Tem como principais princípios a neutralidade de rede, a
privacidade e a liberdade de expressão.
Surgiu a partir de uma proposta de 2007 do professor Ronaldo
Lemos, da FGV.
Foi construído a partir de uma plataforma colaborativa do
Ministério da Justiça e da FGV, em 2009.
Foi enviado pelo governo para a Câmara em agosto de 2011.
Em março de 2014, foi aprovado na Câmara e, no mês seguinte,
aprovado no Senado e sancionado pela presidente Dilma Rousseff.
17. Neutralidade de rede
Renato Cruz – Senac17
Art. 9. O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento
tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de
dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço,
terminal ou aplicação.
Par. 3º Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita,
bem como na transmissão, comutação ou roteamento, é vedado
bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de
dados, respeitado o disposto neste artigo.
18. Privacidade (I)
Renato Cruz – Senac18
Art. 10. A guarda e a disponibilidade dos registros de conexão e
de acesso a aplicações de internet de que trata esta Lei, bem como
de dados pessoais e do conteúdo de comunicações privadas,
devem atender à preservação da intimidade, à vida privada, à
honra e à imagem das partes direta ou indiretamente envolvidas.
Par. 3º O disposto no caput não impede o acesso aos dados
cadastrais que informem qualificação pessoal, filiação e
endereço, na forma da lei, pelas autoridades administrativas que
detenham competência legal para a sua requisição.
19. Privacidade (II)
Renato Cruz – Senac19
Art. 13. Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de
sistema autônomo respectivo o dever de manter os registros de conexão, sob
sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano,
nos termos do regulamento.
Art. 15. O provedor de aplicações de internet constituído na forma de
pessoa jurídica e que exerça essa atividade de forma organizada,
profissionalmente e com fins econômicos deverá manter os respectivos
registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente
controlado e de segurança, pelo prazo de 6 (seis) meses, nos termos do
regulamento.
20. Responsabilidade
Renato Cruz – Senac20
Art. 18. O provedor de conexão à internet não será
responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo
gerados por terceiros.
Par. 2º A aplicação do disposto neste artigo para infrações a
direitos de autor ou a direitos conexos depende de previsão legal
específica, que deverá respeitar a liberdade de expressão e demais
garantias previstas no art. 5º da Constituição Federal.
21. Liberdade de expressão (I)
Renato Cruz – Senac21
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e
impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente
poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de
conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica,
não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos
do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o
conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições
legais em contrário.
22. Liberdade de expressão (II)
Renato Cruz – Senac22
Par. 3º As causas que versem sobre ressarcimento por danos
decorrentes de conteúdos disponibilizados na internet
relacionados à honra, à reputação ou a direitos de personalidade
bem como sobre a indisponibilização desses conteúdos por
provedores de aplicações de internet poderão ser apresentadas
perante os juizados especiais.
23. Liberdade de expressão (III)
Renato Cruz – Senac23
Par. 4º O juiz, inclusive no procedimento previsto no par. 3º,
poderá antecipar, total ou parcialmente, os efeitos de tutela
pretendida no pedido inicial, existindo prova inequívoca do fato e
considerado o interesse da coletividade na disponibilização do
conteúdo na internet, desde que os presentes requisitos de
verossimilhança da alegação do autor e de fundado receio de
dano irreparável ou de difícil reparação.
24. Pornografia de vingança
Renato Cruz – Senac24
Art. 21. O provedor de aplicações de internet que disponibilize
conteúdo gerado por terceiros será responsabilizado
subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da
divulgação, sem autorização de seus participantes, de imagens, de
vídeos ou de outros materiais contendo cenas de nudez ou de atos
sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de uma
notificação pelo participante ou seu representante legal, deixar de
promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do
seu serviço, a indisponibilidade desse conteúdo.
25. Nas residências
(em %)
Renato Cruz – Senac25
Fonte: IBGE
38.5
42.4
48.9
75.7
92.5
97.2
Telefone fixo
Internet
PC
Rádio
Celular
TV
26. O início da radiodifusão
Renato Cruz – Senac26
A primeira emissora
comercial de rádio foi
a KDKA, de
Pittsburgh, nos
Estados Unidos,
criada em 1920
No Brasil, a Rádio
Sociedade do Rio de
Janeiro, primeira
emissora do País, é
criada pelo médico
Edgard Roquette-
Pinto (1884-1954),
em abril de 1923
27. A era do rádio
Renato Cruz – Senac27
Radio Days é uma comédia dirigida por Woody Allen,
lançada em 1987.
Mostra como o rádio ocupava uma posição central na
vida das pessoas, mais tarde ocupada pela televisão.
28. Os marcianos de Orson Welles
Renato Cruz – Senac28
O futuro cineasta Orson Welles aterrorizou os ouvintes do
programa Mercury Theatre on the Air, na CBS, em 30/10/1938,
com uma adaptação de A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells.
Os primeiros dois terços do programa de 60 minutos foram
estruturados como um noticiário. Muitos acreditaram que a
invasão de marcianos era real.
29. A evolução do rádio
Renato Cruz – Senac29
No Brasil, o rádio é o único meio de comunicação
que continua analógico.
As vantanges do rádio digital são:
• a qualidade do áudio (AM com qualidade de FM
e FM com qualidade de CD);
• a multiprogramação (até três programas digitais e
um analógico simultâneos num só canal);
• a possibilidade de se transmitir texto e até
imagens, como pequenas animações.
30. As opções do rádio digital
Renato Cruz – Senac30
Os testes com os sistemas de rádio digital
começaram em 2005 no Brasil.
As tecnologias analisadas foram o HD Radio, da
americana Ibiquity, e o europeu Digital Radio
Mondiale (DRM).
O HD Radio é uma tecnologia Iboc (In-Band On-
Channel), em que o sinal analógico e o digital são
transmitidos no mesmo canal.
Várias emissoras compraram transmissores em
2007.
31. Os obstáculos ao rádio digital
Renato Cruz – Senac31
Os resultados foram insatisfatórios, com
problemas como o atraso na transmissão do sinal.
www.youtube.com/watch?v=HZkGAOoQ3G8
Em testes feitos pelo Mackenzie com o HD Radio,
o atraso chegou a 14 segundos.
A Ibiquity diz que o atraso é de “somente 8
segundos”, recomendando que o sinal analógico
também seja atrasado.
O DRM foi criado para transmissões em AM.
33. Migração do AM para o FM
Renato Cruz – Senac33
O decreto presidencial n.º 8.139 (7/11/13) autorizou a
migração de emissoras do AM para o FM.
Existem 1.772 emissoras AM em operação no Brasil. Desse
total, 1.386 pediram a migração.
Os canais 5 e 6, atualmente ocupados pela TV analógica,
foram realocados para o FM.
A faixa FM, que hoje está em 87,9 MHz a 107,9 MHz, foi
estendida a 76 MHz a 107,9 MHz.
34. O rádio via satélite
Renato Cruz – Senac34
A tecnologia vencedora de rádio digital, nos EUA,
é o serviço pago via satélite SiriusXM.
São mais de 175 canais, com mais de 27,7 milhões
de assinantes.
Mensalidades a partir de US$ 9,99.
Segredo do sucesso: acordos com montadoras de
automóveis.
Os rádios vêm instalados nos carros e a
mensalidade é cobrada com o leasing do veículo.