7. “Nós Matamos o Cão Tinhoso”
O Cão-Tinhoso tinha a pele velha, cheia de pelos brancos,
cicatrizes e muitas feridas, e em muitos sítios não tinha pelos
nenhuns, nem brancos nem pretos e a pele era preta e cheia de rugas
como a pele de um gala-gala. (p. 14-15)
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8. “Nós Matamos o Cão Tinhoso”
O Cão-Tinhoso tinha uns olhos azuis que não tinham brilho
nenhum, mas eram enormes e estavam sempre cheios de lágrimas,
que lhe escorriam pelo focinho. Metiam medo aqueles olhos, assim
tão grandes, a olhar, a olhar, como uma pessoa a pedir qualquer
coisa sem querer dizer. (p. 11)
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metaforicamente, seria o sistema colonial degradado
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— Num mata nós, num tira, patrão... Hi! — e
desapareceram todos com um cagaçal medonho pelas micaias,
a gritar «HÍ!» e «Hi!».
“— Suca daqui!” “malta”
Expressões e grafias regionais:
Linguagem da classe mais baixa:
“— Não atires, Quim, isso é bera...”
15. ‒ Senhor Padre: mãos a rezar
‒ Senhor Professor: postura
quadrúpede
‒ Dona Dores: para não macular
os serviços aos de pele clara
‒ Senhor Antunes da Coca-Cola:
assados nos fornos celestes,
agarram-se nas chaminés
‒ Dona Estefânia: muito lavadas
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‒ mãe: tudo o que o
homem faz é indistinto
“As Mãos dos Pretos”
‒ narrador: menino adolescente
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‒ Sr. Rodrigues: símbolo da arrogância
“Nhinguitimo”
‒ protagonista: Alexandre Vírgula Oito
(vento do Sul)
(conto longo, seis partes)
‒ Sr. Rodrigues (Dono do Bar):
“custa ver uma terra tão rica a
ser desperdiçada pelos pretos”
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Manuel do meu coração
Então como estás? Eu estou boa, obrigada. A minha mãe manda
cumprimentos, ela tem uma doença nas costas, sofre mais de noite, é da
idade. A tua filha também manda cumprimentos.
Sou eu, a Rosa do teu coração que manda esta carta para o teu
coração.
Chico Mandlate é quem está a escrever esta carta, também manda
cumprimentos. O Chico não vai dizer a ninguém o que escreveu para você.
Rosita
Até morrer