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ANÁLISE DE
TVDEPLASMA
Rangel Carvalho
ANÁLISE DE FUNCIONAMENTO
DE UM PAINEL DE PLASMA TÍPICO
ESTADODEPLASMA
Já é de nosso conhecimento que na natureza a matéria encontra-se em três
estados: sólido, líquido e gasoso. Para o estudo do display de plasma
interessa-nos somente o estado gasoso que é representado pelos gases. Os
gases quando não sofrem nenhuma influência externa permanecem em
estado neutro, onde seus átomos possuem a mesma carga elétrica, em outras
palavras, onde seus átomos possuem o mesmo número de elétrons e de
prótons, como mostra a figura 1.1.
Energia como calor e tensão, pode “arrancar” elétrons dos átomos criando
diferenças de cargas entre os átomos. Quando os átomos de um gás estão
com diferenças de cargas diz-se que o gás está ionizado ou que o gás está no
“estado de plasma”, como mostra a figura 1.2. O estado de plasma é
considerado o quarto estado da matéria. Gases como o xênon e neon tem
grande facilidade de liberar elétrons, portanto são largamente empregados
para se obter o estado de plasma.
Figura 1.1 Ilustração didática mostrando um gás em estado
neutro, onde os átomos possuem a mesma carga elétrica.
Análise de TV de Plasma 10
Estrutura do Display de Plasma
eletrodos de endereço
eletrodos de sustentação
A figura 1.5 mostra a estrutura de um display de plasma. É formado
basicamente por duas placas de vidro, uma frontal e uma traseira. Na face
interna da placa de vidro traseira são colocados eletrodos verticais chamados
de . Sobre os eletrodos de endereço é colocada uma
grade com divisões horizontais e verticais formando milhares de células de
descargas, de modo que cada coluna de célula fique exatamente sobre um
eletrodo de endereço. O interior de cada célula é revestido com uma camada
de fósforo vermelho, verde ou azul.
Na face interna da placa de vidro frontal são colocados eletrodos
transparentes chamados de . Esses eletrodos são
posicionados em sentido horizontal de modo que cada dois eletrodos fiquem
exatamente sobre uma linha de células. Sobre os eletrodos de sustentação é
colocado um dielétrico transparente que isola os eletrodos das células de
descargas.
As duas placas de vidro são unidas e hermeticamente vedadas e em seguida
as cavidades das células são preenchidas com gás neon e xênon.
ELETRODOS DE
ENDEREÇO
PLACA DE
VIDRO TRASEIRA
PLACA DE
VIDRO FRONTAL
DIELÉTRICO
(TRANSPARENTE)
CÉLULAS DE DESCARGA COM
CAMADA DE FÓSFORO RGB
CONDUTORES PARA
LIGAR OS ELETRODOS
AO CIRCUITO EXTERNO
CONDUTORES PARA
LIGAR OS ELETRODOS
AO CIRCUITO EXTERNO
Figura 1.5 Estrutura do display de plasma.
ELETRODOS DE
SUSTENTAÇÃO
(TRANSPARENTES)
Análise de TV de Plasma 13
Sustentação das descargas UV
pulsos de sustentação
circuito de sustentação
Apagamento das cargas de parede
Como as descargas UV ocorrem somente durante a formação das cargas de
parede, para “sustentar” a descarga UV, ou seja, para gerar seguidas
descargas UV é necessário alimentar os eletrodos Y e Z com uma tensão que
muda de polaridade constantemente e, além disso, a mudança de polaridade
tem que ser “abrupta” para provocar fortes descargas UV. Portanto para gerar
seguidas descargas UV os eletrodos de sustentação são alimentados com
pulsos, chamados de . Os pulsos de sustentação são
fornecidos por um circuito comutador chamado de
que é mostrado na figura 1.7.
Devido o efeito memória as cargas de parede permanecem por um longo
período. Para apagar as cargas de parede é necessário aplicar nos eletrodos Y
e Z uma tensão que varia lentamente, em forma de rampa. Tensão em forma
de rampa atraí ou repele os elétrons lentamente que acabam retornando aos
átomos do gás e com isso o gás volta ao estado neutro. As figuras 1.8 e 1.9
mostram a sequência de funcionamento da célula de descarga.
VS
VOLTAGE SUSTAIN
S3
S4
S1
S2
PULSOS DE SUSTENTAÇÃO
Z
Y
GND
GND
VS
VS
X
Y Z
QUANDO S1 E S4 FECHAM, S2 E S3 ABREM. S1 LIGA O ELETRODO Y NA
TENSÃO VS ENQUANTO S4 LIGA O ELETRODO Z NO GND. QUANDO S2 E S3
FECHAM, S1 E S4 ABREM. S3 LIGA O ELETRODO Z NA TENSÃO VS
ENQUANTO S2 LIGA O ELETRODO Y NO GND. ASSIM OS ELETRODOS Y E Z
RECEBEM PULSOS DE SUSTENTAÇÃO VARIANDO DO GND A TENSÃO VS
Figura 1.7 Representação do circuito de sustentação.
Análise de TV de Plasma 16
PROCESSO DE VARREDURA
NO DISPLAY DE PLASMA
período
de reset, período de endereço período de sustentação
A figura 1.10 mostra o diagrama em blocos de um painel de plasma incluindo
os circuitos Y-SUS, Y-BUFFER, Z-SUS e DATA DRIVER. Os eletrodos X são
dispostos em colunas e os eletrodos Y e Z são dispostos em linhas. Note que
os eletrodos Z são ligados ao mesmo ponto formando eletrodos comuns
enquanto os eletrodos Y são ligados separadamente em cada linha de células.
Isso é necessário porque os eletrodos Y, além da função de sustentação,
também tem a função de varredura. Nos cruzamentos dos eletrodos Y e X
estão as células de descargas, sendo que cada célula é um subpíxel R, G ou B e
cada grupo com três células RGB forma um pixel.
As imagens no display de plasma são formadas utilizando um processo de
varredura precisamente controlado onde cada célula é acessada
individualmente. O processo de varredura é dividido em três períodos:
e .
Y1
Y2
Y3
Y4
Y5
Yn
X1
X2
X3
X4
X5
X6
X7
X8
X9
X10
X11
X12
X13
X14
X15
X16
X17
Xn
Z1
Z2
Z3
Z4
Z5
Zn
Figura 1.10 Diagrama em blocos de um painel de Plasma.
DATA DRIVER
Y-SUS
&
Y-BUFFER
Z-SUS
TRÊS CÉLULAS
UM PIXEL
UMA CÉLULA
UM SUBPIXEL
DISPLAY DE PLASMA
Análise de TV de Plasma 19
Figura 1.14 Representação didática dos circuitos Ysus, Ybuffer, Zsus e Data Driver.
A figura 1.14 mostra os circuitos didáticos Ysus, Ybuffer, selecionam as tensões VS, VA, VZB, -Vy e VSC para
Zsus e Data Driver. O circuito Ysus alimenta os eletrodos Y alimentar os eletrodos. A fonte VSC está representada pela
através do circuito Ybuffer, o circuito Zsus alimenta os bateria B1 de 200V, cujo negativo está ligado na saída Yout.
eletrodos Z e o circuito Data Driver alimenta os eletrodos X. Vamos analisar o funcionamento em cada período: reset
Esses circuitos são basicamente chaves eletrônicas que (set-up/set-down), endereço e sustentação.
Circuitos didáticos Ysus, Ybuffer, Zsus e Data Driver
DISPLAY DE PLASMA
Y1
Y2
Y3
Y4
Y5
Yn
S1
YSUS-UP
S2
YSUS-DN
Y-OUT
VS (200V)
S7
ZSUS-DN
VA
60V
X1
X2
X3
X4
X5
Xn
Y-SUS Y-BUFFER
Z-SUS
DATA DRIVER
Z1
Z2
Z3
Z4
Z5
Zn
SY1
SY2
SY3
SY5
SYn
SX1
SX3
SX4
SX5
SXn
SX2
Z-OUT
B1
200V
S4
SET-UP
SET-UP
-Vy (-200V)
S3
-Vy
VS (200V) VSC
-Vy (-200V)
SET-DN
S5
SET-DN
VS (200V) VZB (100V)
S6
ZSUS-UP
S8
VZB
SY4
Análise de TV de Plasma 26
ANÁLISE DA PLACA
CONTROLADORA
A placa controladora tem a função de gerar sinais de controle para os circuitos
Ysus, Ybuffer, Zsus e Data Driver. Além de gerar sinais de controle, a placa
controladora também recebe os sinais LVDS fornecidos pela placa principal e
converte em sinais RSDS divididos em subcampos.
A figura 2.3 mostra o aspecto físico de uma placa controladora típica incluindo
um CI de controle (IC Control) e duas memórias (SDRAM e Flash). Devido ao
baixo custo dessa placa, em caso de defeito pode ser mais conveniente
substituir a placa, entretanto conhecer seu funcionamento é fundamental para
entender e analisar as demais placas. Além disso, em caso de falta de imagem
ou distorção de imagem é importante conhecer os sinais de vídeo
processados na placa controladora.
RESISTORES DE
TERMINAÇÃO DE 100R
MEMÓRIA
SDRAM
MEMÓRIA
FLASH
TxC-N
TxC-P
Tx0-N
Tx0-P
Tx1-N
Tx1-P
CANAIS RSDS
PARA
A
PLACA
Y-SUS
PARA A
PLACA X LEFT
PARA A
PLACA X RIGHT
PARA A
PLACA PRINCIPAL
CONTROL
PARA
A
PLACA
Z-SUS
XD
XD
Figura 2.3 Aspecto físico de uma placa controladora típica.
Rx3-N
Rx3-P
RxC-N
RxC-P
Rx2-N
Rx2-P
Rx1-N
Rx1-P
Rx0-N
Rx0-P
CANAIS LVDS
Análise de TV de Plasma 44
CH1 - LVDS-P / CH2 - LVDS-N
Osciloscópio 1
5us
SEC
CH2
CH1
2
500mV
1
500mV
Os sinais LVDS podem ser visualizados em tempo horizontal (5us) ou em
tempo vertical (5ms). Com o osciloscópio em 5ms cada pacote LVDS possui
todos os bits para formar um quadro de imagem e com o osciloscópio em 5us
cada pacote LVDS possui todos os bits para formar uma linha de imagem.
Para vermos os sinais LVDS nos canais Tx0, Tx1, Tx2 e Tx3 é necessário que
tenha sinal de vídeo, pois sem sinal de vídeo esses canais ficam somente com
uma tensão em torno de 1V, já o sinal CLK permanece normal mesmo sem
sinal de vídeo.
CH1 - CLK-P / CH2 - CLK-N
Osciloscópio 2
5us
SEC
CH2
CH1
2
500mV
1
500mV
Análise de TV de Plasma 49
470 470
2R2
470
470
470
470
470
470
471
2R2
2R2
2R2
2R2
2R2
2R2
2R2
ANÁLISE DA PLACA X
A placa X é somente uma interface para conectar os CIs data drivers ao display
de plasma. O CI data driver (também chamado de address driver) é um CI do
tipo TCP (Taped Carrier Package) montado diretamente nos flats cables que
ficam conectados na placa X e no display, e em caso de defeito é necessário
substituir o display. Embora não seja possível substituir um TCP, entender o
funcionamento do CI data driver é muito importante para que possamos
entender os circuitos envolvidos no controle do display de plasma. A figura 2.8
mostra parte da placa X destacando o CI data driver.
A figura 2.9 mostra o diagrama simplificado da placa X onde podemos ver a
disposição dos CIs data drivers. Cada CI alimenta 256 eletrodos X e como são
usados 12 CIs é possível alimentar 3072 eletrodos X (12 x 256 = 3072) que pode
formar 1024 pixels (3072 / 3 = 1024). Os CIs data drivers são alimentados com a
tensão VA de 60V e com a tensão VDD de 3,3V. Cada CI data driver recebe o
sinal RSDS e converte para dados RGB com amplitude de 60V para alimentar
os eletrodos X.
CANAIS RSDS PARA
TRANSMISSÃO DOS DADOS RGB
CADA CI DATA DRIVER RECEBE TRÊS
CANAIS RSDS, SENDO UM CANAL DE
CLOCK E DOIS CANAIS DE DADOS RGB.
2R2
TENSÃO VA
DATA DRIVER
TCP - TAPED CARRIER PACKAGE
FITA TÉRMICA PARA
DISSIPAR O CALOR
FLAT CABLE CONECTADO
A PLACA CONTROLADORA
PLACA X ESQUERDA
Figura 2.8 Parte da placa X destacando o CI Data Driver.
Análise de TV de Plasma 52
ANÁLISE DA PLACA Y-BUFFER
A figura 2.13 mostra parte da placa Ybuffer onde podemos ver em detalhes o
CI Ybuffer, o conector do display e as trilhas entre o CI e o conector.
R2A20292BFT
JAPAN
470
470
R2A20292BFT
JAPAN
R2A20292BFT
JAPAN
R2A20292BFT
JAPAN
127
128
127
128
1
2
1
2
1
2
470
470
470
470
Figura 2.13 Placa Ybuffer.
CI Y-BUFFER
COM 128 PINOS
(96 SAÍDA)
FGND
FLOUNTING
GROUND
TERRA FLUTUANTE
SILICONE PARA EVITAR
CENTELHAMENTO
ENTRE OS PINOS
5V PARA ALIMENTAR O
ESTÁGIO LÓGICO DO CI
PONTO DE TESTE PARA
MEDIR O SINAL Y-OUT
TENSÃO VSC
PARA ALIMENTAR
O ESTÁGIO DE
SAÍDA DO CI
Y-BUFFER
CONECTOR
COM 128 PINOS
(64 DE CADA LADO)
Análise de TV de Plasma 59
ANÁLISEDAS
PLACASY-SUSEZ-SUS
A figura 2.17 mostra parte do painel de plasma destacando as placas Ysus e
Zsus. Essas são as placas com maior incidência de defeitos, devido as
elevadas tensões e as altas correntes usadas para alimentar os eletrodos Y e Z.
A maioria dos componentes utilizados nessas placas podem ser encontrados
no mercado especializado possibilitando a reparação dessas placas em
quase todos os casos, mas devido a falta de informações dos circuitos, muitos
técnicos optam pela substituição das placas.
PLACA Y-SUS
-Vy
SUS-UP
SUS-UP
BLOCK
SUS-DN
SUS-DN
ER-UP
SET-UP
SET-DN
ER-DN
PLACA Z-SUS
PLACA Y-SUS
ER-UP
SUS-UP
SUS-DN
ER-DN
SUS-UP
Figura 2.17 Parte do painel de Plasma destacando as placas Ysus e Zsus.
Análise de TV de Plasma 68
Análise do diagrama
simplificadoYsus e Zsus
Circuito Set-Up/Set-Down -
Circuitos Ysus e Zsus -
Circuito Yblocking -
Circuito VZB -
Circuito ERC -
A figura 2.18 mostra o diagrama simplificado Ysus e Zsus incluindo os
seguintes circuitos:
gera as rampas Set-Up e Set-Down durante o
período de reset.
fornece pulsos de sustentação aos eletrodos Y e Z
durante o período de sustentação.
bloqueia a tensão negativa que surge na saída Yout
durante o período set-down e período de endereço, evitando que essa tensão
chegue ao diodo D5.
fornece a tensão VZB aos eletrodos Z durante o período de
endereço.
recupera a tensão acumulada nos eletrodos Y e Z para auxiliar
na formação dos pulsos de sustentação.
As saídas dos circuitos possuem transistores MOSFETs ou IGBTs que devem
ter características de tensão e corrente adequadas conforme a aplicação.
Cada transistor recebe no gate um sinal de controle fornecido pela placa
controladora. Os sinais de controle passam por circuitos drivers que
amplificam o sinal em tensão e corrente para polarizar os gates dos
transistores. Os transistores que tem o source (emissor) ligados a uma tensão
diferente do terra é polarizado por drivers com foto acoplador.
A figura 2.19 mostra o diagrama de tempo com os sinais Yout, Zout e os sinais
de controle fornecidos pela placa controladora. Vamos analisar os circuitos da
figura 2.18 acompanhando as formas de ondas da figura 2.19 que está dividida
nos períodos de reset, endereço e sustentação.
Análise de TV de Plasma 69
Y Z
Z-SUS-DN
Z-SUS-UP
IC4
IC1
Y-SUS-UP
VS
D3
Q3
YSUS-UP
Q4
Y-BLOCK
Y-SUS-DN
IC5
D5
Q5
YSUS-DN
D6
D7
D2
D1
VZB
ERC
Y-SUS
Y-BLOKCING
Z-SUS
VZB
Y-BUFFER
Y-OUT / FGND
Z-OUT
Y-ER-UP
IC3
Z-ER-UP
VS
Y-SUS
SET-UP / SET-DOWN
IC2
IC6
IC7
IC8
IC9
IC10
Q1
Y-ER
Q9
SET-UP
Q8
VZB
Q7
ZSUS-DN
Q6
ZSUS-UP
Q2
Z-ER
SET-DN
SET-UP
15V
15VF
15VZ
15V
VSC
OC1
OC2
DATA
CLK
Y-BUFFER
Q-UP
VS
VZB
Q-DN
C1 R2
C2
R3
Y-BLOCK
-VY
Q10
SET-DN
LOGIC
R1
L1
15Vy
15VF
15VF
15VZ
15V
15VZ
D12
C3
+5VF
15VZ
Figura 2.18 Diagrama simplificado dos circuitos Ysus e Zsus.
DISPLAY
15VF
Análise de TV de Plasma 70
ANÁLISE DA FONTE PFC
(circuito genérico)
step-up
A figura 3.7 mostra um circuito genérico de uma fonte PFC incluindo somente
os componentes relevantes para analisarmos o funcionamento, entre eles, o
indutor PFC (L21), o CI gerador de PWM (IC21) e o transistor chaveador (Q21).
A fonte PFC é um conversor DC/DC do tipo (elevador de tensão) que
através de um PWM converte a tensão da rede em uma tensão em torno de
400VDC para alimentar a fonte standby e a fonte VS. O indutor PFC é
alimentado com tensão “semi senoidal positiva” obtida pela
retificação da tensão da rede. Como a DC pulsante varia regularmente entre os
picos e vales, para manter a tensão de saída estabilizada o PWM deve ser
corrigido conforme as variações da DC pulsante.
DC pulsante
Figura 3.7 Diagrama simplificado da fonte PFC.
PWM
UVLO UVP
OVP
ZCD
R24
R25
BD21
AC
AC
VCC
COMP
ZCD
VCC15V
OUT
FB
2.5V
PFC400V
VCC
OCP
R23
DRV
DC PULSANTE PWM
DC
Q21
IC21
D21
C21
C22
D22
R22
C23
A B C
L21
Análise de TV de Plasma 100
O osciloscópio 28 mostra o PWM sobre o primário do transformador T31,
medido com o terra do osciloscópio de um lado do primário e a ponta de prova
do outro lado e o osciloscópio 29 mostra as tensões nos extremos do
enrolamento secundário que gera a tensão VS.
2us
SEC
CH2 OFF
CH1
1
PWM sobre o primário do transformador T31
100V
SEC
CH2
CH1
1
PWM simétrico no secundário do transformador T31
200V 200V
2
Osciloscópio 29
Osciloscópio 28
Análise de TV de Plasma 111
2us

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analise de tv plasma

  • 1. ANÁLISE DE TVDEPLASMA Rangel Carvalho ANÁLISE DE FUNCIONAMENTO DE UM PAINEL DE PLASMA TÍPICO
  • 2. ESTADODEPLASMA Já é de nosso conhecimento que na natureza a matéria encontra-se em três estados: sólido, líquido e gasoso. Para o estudo do display de plasma interessa-nos somente o estado gasoso que é representado pelos gases. Os gases quando não sofrem nenhuma influência externa permanecem em estado neutro, onde seus átomos possuem a mesma carga elétrica, em outras palavras, onde seus átomos possuem o mesmo número de elétrons e de prótons, como mostra a figura 1.1. Energia como calor e tensão, pode “arrancar” elétrons dos átomos criando diferenças de cargas entre os átomos. Quando os átomos de um gás estão com diferenças de cargas diz-se que o gás está ionizado ou que o gás está no “estado de plasma”, como mostra a figura 1.2. O estado de plasma é considerado o quarto estado da matéria. Gases como o xênon e neon tem grande facilidade de liberar elétrons, portanto são largamente empregados para se obter o estado de plasma. Figura 1.1 Ilustração didática mostrando um gás em estado neutro, onde os átomos possuem a mesma carga elétrica. Análise de TV de Plasma 10
  • 3. Estrutura do Display de Plasma eletrodos de endereço eletrodos de sustentação A figura 1.5 mostra a estrutura de um display de plasma. É formado basicamente por duas placas de vidro, uma frontal e uma traseira. Na face interna da placa de vidro traseira são colocados eletrodos verticais chamados de . Sobre os eletrodos de endereço é colocada uma grade com divisões horizontais e verticais formando milhares de células de descargas, de modo que cada coluna de célula fique exatamente sobre um eletrodo de endereço. O interior de cada célula é revestido com uma camada de fósforo vermelho, verde ou azul. Na face interna da placa de vidro frontal são colocados eletrodos transparentes chamados de . Esses eletrodos são posicionados em sentido horizontal de modo que cada dois eletrodos fiquem exatamente sobre uma linha de células. Sobre os eletrodos de sustentação é colocado um dielétrico transparente que isola os eletrodos das células de descargas. As duas placas de vidro são unidas e hermeticamente vedadas e em seguida as cavidades das células são preenchidas com gás neon e xênon. ELETRODOS DE ENDEREÇO PLACA DE VIDRO TRASEIRA PLACA DE VIDRO FRONTAL DIELÉTRICO (TRANSPARENTE) CÉLULAS DE DESCARGA COM CAMADA DE FÓSFORO RGB CONDUTORES PARA LIGAR OS ELETRODOS AO CIRCUITO EXTERNO CONDUTORES PARA LIGAR OS ELETRODOS AO CIRCUITO EXTERNO Figura 1.5 Estrutura do display de plasma. ELETRODOS DE SUSTENTAÇÃO (TRANSPARENTES) Análise de TV de Plasma 13
  • 4. Sustentação das descargas UV pulsos de sustentação circuito de sustentação Apagamento das cargas de parede Como as descargas UV ocorrem somente durante a formação das cargas de parede, para “sustentar” a descarga UV, ou seja, para gerar seguidas descargas UV é necessário alimentar os eletrodos Y e Z com uma tensão que muda de polaridade constantemente e, além disso, a mudança de polaridade tem que ser “abrupta” para provocar fortes descargas UV. Portanto para gerar seguidas descargas UV os eletrodos de sustentação são alimentados com pulsos, chamados de . Os pulsos de sustentação são fornecidos por um circuito comutador chamado de que é mostrado na figura 1.7. Devido o efeito memória as cargas de parede permanecem por um longo período. Para apagar as cargas de parede é necessário aplicar nos eletrodos Y e Z uma tensão que varia lentamente, em forma de rampa. Tensão em forma de rampa atraí ou repele os elétrons lentamente que acabam retornando aos átomos do gás e com isso o gás volta ao estado neutro. As figuras 1.8 e 1.9 mostram a sequência de funcionamento da célula de descarga. VS VOLTAGE SUSTAIN S3 S4 S1 S2 PULSOS DE SUSTENTAÇÃO Z Y GND GND VS VS X Y Z QUANDO S1 E S4 FECHAM, S2 E S3 ABREM. S1 LIGA O ELETRODO Y NA TENSÃO VS ENQUANTO S4 LIGA O ELETRODO Z NO GND. QUANDO S2 E S3 FECHAM, S1 E S4 ABREM. S3 LIGA O ELETRODO Z NA TENSÃO VS ENQUANTO S2 LIGA O ELETRODO Y NO GND. ASSIM OS ELETRODOS Y E Z RECEBEM PULSOS DE SUSTENTAÇÃO VARIANDO DO GND A TENSÃO VS Figura 1.7 Representação do circuito de sustentação. Análise de TV de Plasma 16
  • 5. PROCESSO DE VARREDURA NO DISPLAY DE PLASMA período de reset, período de endereço período de sustentação A figura 1.10 mostra o diagrama em blocos de um painel de plasma incluindo os circuitos Y-SUS, Y-BUFFER, Z-SUS e DATA DRIVER. Os eletrodos X são dispostos em colunas e os eletrodos Y e Z são dispostos em linhas. Note que os eletrodos Z são ligados ao mesmo ponto formando eletrodos comuns enquanto os eletrodos Y são ligados separadamente em cada linha de células. Isso é necessário porque os eletrodos Y, além da função de sustentação, também tem a função de varredura. Nos cruzamentos dos eletrodos Y e X estão as células de descargas, sendo que cada célula é um subpíxel R, G ou B e cada grupo com três células RGB forma um pixel. As imagens no display de plasma são formadas utilizando um processo de varredura precisamente controlado onde cada célula é acessada individualmente. O processo de varredura é dividido em três períodos: e . Y1 Y2 Y3 Y4 Y5 Yn X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10 X11 X12 X13 X14 X15 X16 X17 Xn Z1 Z2 Z3 Z4 Z5 Zn Figura 1.10 Diagrama em blocos de um painel de Plasma. DATA DRIVER Y-SUS & Y-BUFFER Z-SUS TRÊS CÉLULAS UM PIXEL UMA CÉLULA UM SUBPIXEL DISPLAY DE PLASMA Análise de TV de Plasma 19
  • 6. Figura 1.14 Representação didática dos circuitos Ysus, Ybuffer, Zsus e Data Driver. A figura 1.14 mostra os circuitos didáticos Ysus, Ybuffer, selecionam as tensões VS, VA, VZB, -Vy e VSC para Zsus e Data Driver. O circuito Ysus alimenta os eletrodos Y alimentar os eletrodos. A fonte VSC está representada pela através do circuito Ybuffer, o circuito Zsus alimenta os bateria B1 de 200V, cujo negativo está ligado na saída Yout. eletrodos Z e o circuito Data Driver alimenta os eletrodos X. Vamos analisar o funcionamento em cada período: reset Esses circuitos são basicamente chaves eletrônicas que (set-up/set-down), endereço e sustentação. Circuitos didáticos Ysus, Ybuffer, Zsus e Data Driver DISPLAY DE PLASMA Y1 Y2 Y3 Y4 Y5 Yn S1 YSUS-UP S2 YSUS-DN Y-OUT VS (200V) S7 ZSUS-DN VA 60V X1 X2 X3 X4 X5 Xn Y-SUS Y-BUFFER Z-SUS DATA DRIVER Z1 Z2 Z3 Z4 Z5 Zn SY1 SY2 SY3 SY5 SYn SX1 SX3 SX4 SX5 SXn SX2 Z-OUT B1 200V S4 SET-UP SET-UP -Vy (-200V) S3 -Vy VS (200V) VSC -Vy (-200V) SET-DN S5 SET-DN VS (200V) VZB (100V) S6 ZSUS-UP S8 VZB SY4 Análise de TV de Plasma 26
  • 7. ANÁLISE DA PLACA CONTROLADORA A placa controladora tem a função de gerar sinais de controle para os circuitos Ysus, Ybuffer, Zsus e Data Driver. Além de gerar sinais de controle, a placa controladora também recebe os sinais LVDS fornecidos pela placa principal e converte em sinais RSDS divididos em subcampos. A figura 2.3 mostra o aspecto físico de uma placa controladora típica incluindo um CI de controle (IC Control) e duas memórias (SDRAM e Flash). Devido ao baixo custo dessa placa, em caso de defeito pode ser mais conveniente substituir a placa, entretanto conhecer seu funcionamento é fundamental para entender e analisar as demais placas. Além disso, em caso de falta de imagem ou distorção de imagem é importante conhecer os sinais de vídeo processados na placa controladora. RESISTORES DE TERMINAÇÃO DE 100R MEMÓRIA SDRAM MEMÓRIA FLASH TxC-N TxC-P Tx0-N Tx0-P Tx1-N Tx1-P CANAIS RSDS PARA A PLACA Y-SUS PARA A PLACA X LEFT PARA A PLACA X RIGHT PARA A PLACA PRINCIPAL CONTROL PARA A PLACA Z-SUS XD XD Figura 2.3 Aspecto físico de uma placa controladora típica. Rx3-N Rx3-P RxC-N RxC-P Rx2-N Rx2-P Rx1-N Rx1-P Rx0-N Rx0-P CANAIS LVDS Análise de TV de Plasma 44
  • 8. CH1 - LVDS-P / CH2 - LVDS-N Osciloscópio 1 5us SEC CH2 CH1 2 500mV 1 500mV Os sinais LVDS podem ser visualizados em tempo horizontal (5us) ou em tempo vertical (5ms). Com o osciloscópio em 5ms cada pacote LVDS possui todos os bits para formar um quadro de imagem e com o osciloscópio em 5us cada pacote LVDS possui todos os bits para formar uma linha de imagem. Para vermos os sinais LVDS nos canais Tx0, Tx1, Tx2 e Tx3 é necessário que tenha sinal de vídeo, pois sem sinal de vídeo esses canais ficam somente com uma tensão em torno de 1V, já o sinal CLK permanece normal mesmo sem sinal de vídeo. CH1 - CLK-P / CH2 - CLK-N Osciloscópio 2 5us SEC CH2 CH1 2 500mV 1 500mV Análise de TV de Plasma 49
  • 9. 470 470 2R2 470 470 470 470 470 470 471 2R2 2R2 2R2 2R2 2R2 2R2 2R2 ANÁLISE DA PLACA X A placa X é somente uma interface para conectar os CIs data drivers ao display de plasma. O CI data driver (também chamado de address driver) é um CI do tipo TCP (Taped Carrier Package) montado diretamente nos flats cables que ficam conectados na placa X e no display, e em caso de defeito é necessário substituir o display. Embora não seja possível substituir um TCP, entender o funcionamento do CI data driver é muito importante para que possamos entender os circuitos envolvidos no controle do display de plasma. A figura 2.8 mostra parte da placa X destacando o CI data driver. A figura 2.9 mostra o diagrama simplificado da placa X onde podemos ver a disposição dos CIs data drivers. Cada CI alimenta 256 eletrodos X e como são usados 12 CIs é possível alimentar 3072 eletrodos X (12 x 256 = 3072) que pode formar 1024 pixels (3072 / 3 = 1024). Os CIs data drivers são alimentados com a tensão VA de 60V e com a tensão VDD de 3,3V. Cada CI data driver recebe o sinal RSDS e converte para dados RGB com amplitude de 60V para alimentar os eletrodos X. CANAIS RSDS PARA TRANSMISSÃO DOS DADOS RGB CADA CI DATA DRIVER RECEBE TRÊS CANAIS RSDS, SENDO UM CANAL DE CLOCK E DOIS CANAIS DE DADOS RGB. 2R2 TENSÃO VA DATA DRIVER TCP - TAPED CARRIER PACKAGE FITA TÉRMICA PARA DISSIPAR O CALOR FLAT CABLE CONECTADO A PLACA CONTROLADORA PLACA X ESQUERDA Figura 2.8 Parte da placa X destacando o CI Data Driver. Análise de TV de Plasma 52
  • 10. ANÁLISE DA PLACA Y-BUFFER A figura 2.13 mostra parte da placa Ybuffer onde podemos ver em detalhes o CI Ybuffer, o conector do display e as trilhas entre o CI e o conector. R2A20292BFT JAPAN 470 470 R2A20292BFT JAPAN R2A20292BFT JAPAN R2A20292BFT JAPAN 127 128 127 128 1 2 1 2 1 2 470 470 470 470 Figura 2.13 Placa Ybuffer. CI Y-BUFFER COM 128 PINOS (96 SAÍDA) FGND FLOUNTING GROUND TERRA FLUTUANTE SILICONE PARA EVITAR CENTELHAMENTO ENTRE OS PINOS 5V PARA ALIMENTAR O ESTÁGIO LÓGICO DO CI PONTO DE TESTE PARA MEDIR O SINAL Y-OUT TENSÃO VSC PARA ALIMENTAR O ESTÁGIO DE SAÍDA DO CI Y-BUFFER CONECTOR COM 128 PINOS (64 DE CADA LADO) Análise de TV de Plasma 59
  • 11. ANÁLISEDAS PLACASY-SUSEZ-SUS A figura 2.17 mostra parte do painel de plasma destacando as placas Ysus e Zsus. Essas são as placas com maior incidência de defeitos, devido as elevadas tensões e as altas correntes usadas para alimentar os eletrodos Y e Z. A maioria dos componentes utilizados nessas placas podem ser encontrados no mercado especializado possibilitando a reparação dessas placas em quase todos os casos, mas devido a falta de informações dos circuitos, muitos técnicos optam pela substituição das placas. PLACA Y-SUS -Vy SUS-UP SUS-UP BLOCK SUS-DN SUS-DN ER-UP SET-UP SET-DN ER-DN PLACA Z-SUS PLACA Y-SUS ER-UP SUS-UP SUS-DN ER-DN SUS-UP Figura 2.17 Parte do painel de Plasma destacando as placas Ysus e Zsus. Análise de TV de Plasma 68
  • 12. Análise do diagrama simplificadoYsus e Zsus Circuito Set-Up/Set-Down - Circuitos Ysus e Zsus - Circuito Yblocking - Circuito VZB - Circuito ERC - A figura 2.18 mostra o diagrama simplificado Ysus e Zsus incluindo os seguintes circuitos: gera as rampas Set-Up e Set-Down durante o período de reset. fornece pulsos de sustentação aos eletrodos Y e Z durante o período de sustentação. bloqueia a tensão negativa que surge na saída Yout durante o período set-down e período de endereço, evitando que essa tensão chegue ao diodo D5. fornece a tensão VZB aos eletrodos Z durante o período de endereço. recupera a tensão acumulada nos eletrodos Y e Z para auxiliar na formação dos pulsos de sustentação. As saídas dos circuitos possuem transistores MOSFETs ou IGBTs que devem ter características de tensão e corrente adequadas conforme a aplicação. Cada transistor recebe no gate um sinal de controle fornecido pela placa controladora. Os sinais de controle passam por circuitos drivers que amplificam o sinal em tensão e corrente para polarizar os gates dos transistores. Os transistores que tem o source (emissor) ligados a uma tensão diferente do terra é polarizado por drivers com foto acoplador. A figura 2.19 mostra o diagrama de tempo com os sinais Yout, Zout e os sinais de controle fornecidos pela placa controladora. Vamos analisar os circuitos da figura 2.18 acompanhando as formas de ondas da figura 2.19 que está dividida nos períodos de reset, endereço e sustentação. Análise de TV de Plasma 69
  • 13. Y Z Z-SUS-DN Z-SUS-UP IC4 IC1 Y-SUS-UP VS D3 Q3 YSUS-UP Q4 Y-BLOCK Y-SUS-DN IC5 D5 Q5 YSUS-DN D6 D7 D2 D1 VZB ERC Y-SUS Y-BLOKCING Z-SUS VZB Y-BUFFER Y-OUT / FGND Z-OUT Y-ER-UP IC3 Z-ER-UP VS Y-SUS SET-UP / SET-DOWN IC2 IC6 IC7 IC8 IC9 IC10 Q1 Y-ER Q9 SET-UP Q8 VZB Q7 ZSUS-DN Q6 ZSUS-UP Q2 Z-ER SET-DN SET-UP 15V 15VF 15VZ 15V VSC OC1 OC2 DATA CLK Y-BUFFER Q-UP VS VZB Q-DN C1 R2 C2 R3 Y-BLOCK -VY Q10 SET-DN LOGIC R1 L1 15Vy 15VF 15VF 15VZ 15V 15VZ D12 C3 +5VF 15VZ Figura 2.18 Diagrama simplificado dos circuitos Ysus e Zsus. DISPLAY 15VF Análise de TV de Plasma 70
  • 14. ANÁLISE DA FONTE PFC (circuito genérico) step-up A figura 3.7 mostra um circuito genérico de uma fonte PFC incluindo somente os componentes relevantes para analisarmos o funcionamento, entre eles, o indutor PFC (L21), o CI gerador de PWM (IC21) e o transistor chaveador (Q21). A fonte PFC é um conversor DC/DC do tipo (elevador de tensão) que através de um PWM converte a tensão da rede em uma tensão em torno de 400VDC para alimentar a fonte standby e a fonte VS. O indutor PFC é alimentado com tensão “semi senoidal positiva” obtida pela retificação da tensão da rede. Como a DC pulsante varia regularmente entre os picos e vales, para manter a tensão de saída estabilizada o PWM deve ser corrigido conforme as variações da DC pulsante. DC pulsante Figura 3.7 Diagrama simplificado da fonte PFC. PWM UVLO UVP OVP ZCD R24 R25 BD21 AC AC VCC COMP ZCD VCC15V OUT FB 2.5V PFC400V VCC OCP R23 DRV DC PULSANTE PWM DC Q21 IC21 D21 C21 C22 D22 R22 C23 A B C L21 Análise de TV de Plasma 100
  • 15. O osciloscópio 28 mostra o PWM sobre o primário do transformador T31, medido com o terra do osciloscópio de um lado do primário e a ponta de prova do outro lado e o osciloscópio 29 mostra as tensões nos extremos do enrolamento secundário que gera a tensão VS. 2us SEC CH2 OFF CH1 1 PWM sobre o primário do transformador T31 100V SEC CH2 CH1 1 PWM simétrico no secundário do transformador T31 200V 200V 2 Osciloscópio 29 Osciloscópio 28 Análise de TV de Plasma 111 2us