Resolução política do PT prega hegemonia na sociedade
Paulo eugenio faz primeira atividade de campanha no sindicato dos químicos com ricardo kotscho
1. Paulo Eugenio faz primeira atividade de campanha no Sindicato dos Químicos com
Ricardo Kotscho
Evento de formação destaca papel da comunicação no cenário político
Começou a campanha eleitoral 2014 e o candidato a deputado estadual Paulo Eugenio
(PT) já entrou na disputa. A semana de atividades foi iniciada na manhã desta segunda-
feira (07), com a participação no debate “Campanha Eleitoral: o papel da Mídia”, com o
conceituado jornalista Ricardo Kotscho e organizado pelo Sindicato dos Químicos do
ABC, em Santo André.
O evento foi mediado pelo presidente da entidade, Raimundo Suzart, e contou com a
participação de inúmeras lideranças do movimento sindical da região, entre elas o ex-
presidente do sindicato dos Químicos, Paulo Lage.
Durante o encontro, Ricardo Kotscho - que tem mais de 50 anos de profissão e
comandou a Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência, no primeiro mandato
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – falou sobre comunicação e política, mídia e
governo federal, passando pelo histórico de lutas no País e na região do ABC, a
abordagem dos grandes veículos, chegando até uma análise do cenário político atual.
O jornalista abriu o evento falando de sua relação com a região do Grande ABC.
“Sempre é uma alegria vir ao ABC, aonde vim pela primeira vez em 1978 e foi o centro
da resistência da ditadura. Naquela época, o jornalista Mino Carta, da Carta Capital, me
disse que o futuro do Brasil passava pela região e por Lula”, destacou.
Para Kotscho, o início dessa luta, que passava pela igualdade à classe trabalhadora e
culminou com a chegada das Diretas Já, em 1984, foi um “marco na história do país” e
transformou o trabalho da mídia na cobertura de um evento político. “Costumo dizer
que essa foi a proclamação da República, pois, o povo brasileiro se tornou protagonista
em uma mudança significativa, que tinha uma bandeira, o direito de escolher o
presidente do País”, explicou.
EVOLUÇÃO
Segundo o jornalista, o papel da mídia deve ser observado com cuidado, já que “os
canais de comunicação se ampliaram no decorrer dos anos” e que não há limites para
publicações. “Na campanha de 1989, a campanha presidencial do Lula contava
com apenas dois jornalistas e o restante era formado por voluntários. O cenário de hoje
é bem mais amplo. No entanto, comunicação e política não podem ser feito com o
fígado. Tem que haver muito diálogo. Ouvir mais do que falar”.
E completou: a comunicação de um governo precisa ser realizada por pessoas. “Um
parâmetro a ser realizado é visto pelas próprias pesquisas eleitorais, que mostram a
liderança consolidada da presidente Dilma Roussef na região do Nordeste. Isso porque
os moradores de lá sentem mais incisivamente os benefícios dos programas sociais
implementados pelo governo nos últimos anos, enquanto que na região Sudeste existe
rejeição, pois a população não tem a mesma percepção de melhorias e as propagandas
não conseguem transmitir esses avanços, o que provoca efeito contrário, uma vez
que essa política de benefícios feita no Nordeste conquistou a grande melhoria,
principalmente na migração para as cidades daqui”, enfatizou.
ABORDAGEM
O encontro foi aberto a perguntas e o tema comunicação pode ser esmiuçado em outras
frentes. O especialista em Gestão Pública e Saúde, Paulo Eugenio Pereira Junior,
destacou a atuação da educação neste cenário de relação da mídia com o governo. “A
Educação é fundamental, pois o grau de consciência determina o que cada um fará com
2. a comunicação recebida”, argumentou. Para Ricardo Kotscho, a observação precisa ser
defendida. “A educação sempre precisa ser discussão central, pois, determina como será
o nosso futuro”, relatou.
O jornalista enfatizou o cuidado com esta pauta, já que enxerga uma situação midiática
diferente no País. “Os principais canais de comunicação do Brasil estão nas mãos de
seis famílias e cada um defende seus interesses. Por isso, sustento que o governo precisa
propagar seus feitos, utilizando pessoas, defendendo a verdade, pois para isso não há
argumento para qualquer inversão de veracidade”, pontuou.
Para Paulo Eugenio, o jornalista foi feliz nessa observação. “As elites do País, que
detém os canais de comunicação no Brasil, desistiram de seus partidos políticos,
simplesmente para fazer oposição ao PT diretamente. Portanto, essa informação estando
clara conscientiza o trabalhador e contribui para a visão crítica”, falou.
O encontro foi encerrado com uma chamada do jornalista Ricardo Kotscho, defendendo
que a “esperança precisa estar presente em qualquer comunicação do governo”. E
principalmente que o diálogo não pode ser perdido. “Está faltando essa politização dos
jovens. É necessário ter bandeira para protestar e reivindicar”, concluiu.
Mais informações:
Leandro Baldini - Jornalista
Fone: (11) 99212-4978