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À G d G A d U
∴ ∴ ∴ ∴ ∴ ∴
RITUAL DE-
MESTRE
do
Rito Escocês Antigo e Aceite
GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues
GLLP / GLRP
/home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 2
GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues
ÍNDICE
ÍNDICE......................................................................................................................................3
PRINCÍPIOS DE BASE PARA TODAS AS LOJAS REGULARES...........................................4
CERIMÓNIA..............................................................................................................................6
DECORAÇÃO DA LOJA..................................................................................................6
INSTRUÇÕES E NORMAS DE FUNCIONAMENTO EM LOJA.....................................6
COLUNA DE HARMONIA...............................................................................................6
RITUAL DOS TRABALHOS......................................................................................................7
ABERTURA DOS TRABALHOS......................................................................................7
LEITURA DA ACTA.........................................................................................................8
ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS...........................................................................9
CERIMÓNIA DE ELEVAÇÃO A MESTRE..............................................................................10
PREPARAÇÃO DA LOJA..............................................................................................10
COLUNA DE HARMONIA.............................................................................................12
RITUAL DE ELEVAÇÃO.........................................................................................................13
ORDEM DOS TRABALHOS..........................................................................................13
JURAMENTO................................................................................................................22
RECONHECIMENTO DO MESTRE..............................................................................26
CATECISMO...........................................................................................................................28
PREÂMBULO................................................................................................................28
INSTRUÇÕES...............................................................................................................28
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PRINCÍPIOS DE BASE PARA TODAS AS
LOJAS REGULARES
O Decreto nº 762 da Grande Loja Nacional Francesa emitido em Neuilly-Sur-Seine, a 29 de
Julho de 1991, assinado pelo Grão Mestre André Roux, por Yves Trestournel, Grande Se-
cretário e Vice Grão Mestre de Honra da Grande Loja Nacional de França, determina a cria-
ção da G L R P e estabelece que ela deverá observar todas as obrigações, usos e
∴ ∴ ∴ ∴
costumes estabelecidos pela Grande Loja Unidade de Inglaterra, bem como respeitar e fa-
zer respeitar a Constituição e Regulamento Geral que merecem a aprovação da
G L N F .
∴ ∴ ∴ ∴
Entre essas obrigações conta-se a aceitação dos Princípios de Base para todas as Grandes
Lojas Regulares, cujo texto se divulga para conhecimento de todos os Irmãos.
1. Crença no Grande Arquitecto do Universo e na Sua vontade revelada
Uma Grande Loja Regular deve admitir apenas os candidatos que professem claramente
tais princípios.
2. Juramentos sobre o Livro da Lei Sagrada.
Numa Grande Loja Regular exige-se que todos os Juramentos sejam feitos sobre o Livro da
Lei Sagrada correspondente à crença Religiosa do membro que o pronuncia, de forma a ilu-
minar espiritualmente a sua consciência.
3. Trabalhos na presença das três Grandes Luzes.
Uma Grande Loja Regular e as Lojas colocadas sob a sua jurisdição, só poderão trabalhar
Maçonicamente na presença de ou dos volumes da Lei Sagrada, do Esquadro e do Com-
passo.
4. Discussões Políticas e Religiosas
Uma Grande Loja Regular deve proibir formal e rigorosamente discussões deste tipo no de-
curso dos trabalhos maçónicos das Lojas da sua jurisdição.
5. Masculinidade
Uma Grande Loja Regular e as Lojas colocadas sob sua Jurisdição apenas podem receber
ou admitir indivíduos do sexo masculino. Nenhuma Loja pode ter relações maçónicas com
Lojas Mistas ou outros organismos que admitam a adesão de mulheres.
6. Soberania
Uma Grande Loja Regular tem Jurisdição Soberana sobre todas as Lojas colocadas sob o
seu controlo. A Grande Loja é um Organismo responsável, independente e autónomo e é o
único qualificado para dirigir a Ordem e os Graus Simbólicos de sua Obediência (Aprendiz,
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Companheiro e Mestre). Uma Grande Loja nunca pode ser subordinada a um Supremo
Conselho ou qualquer outra Potência Litúrgica que reivindique qualquer espécie de autori-
dade sobre os três primeiros Graus nem pode partilhar a sua autoridade com qualquer orga-
nismo desse tipo.
7. Tradicionalismo
Uma Grande Loja Regular deve fazer respeitar estritamente, na sua Obediência, os Land-
marks, os Antigos Regulamentos os Usos e Costumes da Maçonaria Tradicional que per-
manecem em vigor.
8. Regularidade de Origem
Uma Grande Loja Regular tem que ser fundada por uma Grande Loja, Regular desde a sua
existência, ou por um mínimo de três Grandes Lojas Regularmente Consagradas.
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GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues
CERIMÓNIA
DECORAÇÃO DA LOJA
É semelhante aos dois graus anteriores, com excepção da posição das colunetas que são
colocados junto dos três altares (do Venerável e dos Vigilantes).
O quadro do grau será colocado pelo Experto no pavimento de mosaico, na abertura dos
trabalhos.
Sobre o altar coloca-se o Volume da Lei Sagrada e por cima deste um esquadro sobre o
qual estará um compasso aberto de forma que as duas pontas fiquem sobre os dois lados
do Esquadro.
INSTRUÇÕES E NORMAS DE FUNCIONAMENTO EM
LOJA
No Rito Escocês Antigo e Aceite é normal atribuir, em Câmara do Meio, o titulo de Venerá-
vel Mestre a todos os irmãos que deverão usar, obrigatoriamente, um chapéu negro.
COLUNA DE HARMONIA
1. Abertura da Loja
7s a 3m27s
Gluck - Dança de Orfeu (PAUSA 10s)
2. Entrada do Grão Mestre e Grandes Oficiais
10s a 1m28s
Respighi - O Sonho de Salomão (PAUSA l0s)
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RITUAL DOS TRABALHOS
ABERTURA DOS TRABALHOS
Os Mestres não têm o chapéu posto.
M V M - Golpe de malhete
Venerável Mestre Primeiro Vigilante, que idade tens?
1º V - 5 anos, Muito Venerável Mestre.
M V M - Dá-me a palavra de passe de companheiro.
Pondo-se de pé e à ordem de Companheiro
1º V - SCH ...
M V M - Podes ir mais longe?
1º V - Experimenta-me.
M V M - És Mestre?
1º V - A acácia é minha conhecida.
M V M - Golpe de malhete
Venerável Mestre Segundo Vigilante, qual é o dever dos Vigilantes em Câ-
mara do Meio ?
2º V - É certificar-se de que todos os Irmãos que decoram as Colunas são Mestres
Maçons.
M V M - Certifiquem-se disso, Veneráveis Mestres Primeiro e Segundo Vigilan-
tes, cada um na respectiva Coluna e comuniquem-me o resultado.
Golpe de malhete
De pé, meus Irmãos, frente ao Oriente à ordem do Companheiro.
O Primeiro e o Segundo Vigilantes, levando o respectivo malhete, dão a volta ao Templo, o
primeiro sinistrorsum e o segundo dextrorsum. Cada Irmão põe-se à Ordem de Mestre à
passagem daqueles. Os dois Oficiais voltam aos respectivos lugares.
2º V - Golpe de malhete
Venerável Mestre Primeiro Vigilante, todos os Irmãos que decoram a Coluna
do Norte são Mestres Maçons.
1º V - Golpe de malhete
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Muito Venerável Mestre, todos os Irmãos que decoram as Colunas do Norte
e do Sul são Mestres Maçons.
Então, os Irmãos que se acham no Oriente põem-se à ordem do Mestre.
Pondo o chapéu e colocando-se à Ordem de Mestre:
M V M - O mesmo se verifica no Oriente.
Então todos os Irmãos põem o chapéu.
M V M - Golpe de malhete
Veneráveis Mestres Experto e Mestre de Cerimónias, peço o vosso auxílio.
Um antigo Venerável, ou, na sua falta, o Experto aproxima-se do Altar dos Juramentos e
dispõe ritualmente o Compasso sobre o Esquadro, ficando os dois utensílios sobre o Volu-
me da Lei Sagrada - o Experto coloca o quadro de Mestre sobre o pavimento mosaico, em
cima do de Companheiro. O Mestre de Cerimónias apaga as estrelas que se acham nos pi-
lares de Força e Beleza.
M V M - Dá três vezes, três golpes de malhete
Os Vigilantes repetem sucessivamente, aquelas baterias.
O Experto e Mestre de Cerimónias, cruzam a espada e o bastão acima das três Grandes
Luzes.
M V M - À Glória do Grande Arquitecto do Universo, em nome da Maçonaria
Universal e sob os auspícios da Grande Loja Regular de Portugal, em virtude
dos poderes que me foram conferidos, declaro ritualmente aberta em Câma-
ra do Meio esta R L de São João, constituída a Oriente de Cascais sob o
∴ ∴
nº 5 e o nome de M A D .
∴ ∴ ∴
A mim, Veneráveis Mestres.
Pelo sinal penal, pela bateria e pela aclamação escocesa
O–O-O O-O-O O-O-O
HUZZA! HUZZA! HUZZA!
M V M - Golpe de malhete
Sentem-se, meus Irmãos.
LEITURA DA ACTA
Venerável Mestre Secretário, lê a prancha traçada dos nossos últimos traba-
lhos em Câmara do Meio.
O Venerável Mestre Secretário procede à leitura
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M. V. M. - Golpe de malhete
Veneráveis Mestres, têm alguma observação a fazer sobre a redacção da
prancha traçada que acabam de ouvir ?
(Se não existirem observações)
1º V - Golpe de malhete
Muito Venerável mestre, reina silêncio em ambas as colunas.
M V M - Convido o Venerável Mestre Orador a apresentar as suas conclusões.
O - Visto que nenhum dos Veneráveis Mestres aqui presentes fez qualquer ob-
servação sobre a prancha traçada, proponho a sua aprovação.
M V M - Aqueles que aprovam as conclusões do Venerável Mestre Orador fa-
çam o sinal de assentimento ao meu Golpe de malhete.
Golpe de malhete .
Alguma opinião contrária?
Golpe de malhete.
A prancha traçada dos nossos últimos trabalhos está aprovada. Disso será
feita menção na prancha de hoje.
ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS
M V M - Golpe de malhete
Veneráveis Mestres, têm alguma proposta a apresentar no interesse da Or-
dem em geral ou desta Câmara do Meio, em particular?
1º V - Golpe de malhete
Muito Venerável Mestre, reina silêncio em ambas as colunas.
PAUSA
M V M - Venerável Mestre Primeiro Vigilante, que idade tens?
1º V - Sete anos e mais, Muito Venerável Mestre.
M V M - Venerável Mestre Segundo Vigilante, a que horas costumam os Mes-
tres Maçons encerrar os trabalhos?
2º V - À meia-noite, Muito Venerável Mestre.
M V M - Venerável Mestre Primeiro Vigilante, que horas são ?
1º V - Meia-noite em ponto, Muito Venerável Mestre.
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GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues
M V M - Visto que são horas, vamos encerrar os nossos Trabalhos em Câma-
ra do Meio.
De pé e à Ordem, Veneráveis Mestres; Veneráveis Mestres Experto e Mestre
de Cerimónias, peço o vosso auxilio.
O M.V.M. dá três vezes, três golpes de malhete, no que é seguido pelos Vigilantes, sucessi-
vamente.
O Experto e o Mestre de Cerimónias cruzam a espada e o bastão acima das três Grandes
Luzes.
M V M - À Glória do Grande Arquitecto do Universo, em nome da Maçonaria
Universal e sob os auspícios da Grande Loja Regular de Portugal, declaro
encerrados os Trabalhos em Câmara do Meio desta R L de S. João,
∴ ∴
constituída a Oriente de Cascais sob o nº 5 e o nome de M A D .
∴ ∴ ∴
A mim, Veneráveis Mestres, pelo sinal penal, pela bateria e pela aclamação
escocesa:
O-O-O O-O-O O-O-O
HUZZA! HUZZA! HUZZA!
M V M - Golpe de malhete
Sentem-se, meus Irmãos
Tira o chapéu no que é seguido por todos os Irmãos. O Experto entrelaça o Compasso e o
Esquadro sobre o volume da Lei Sagrada.
O Experto retira o quadro do terceiro grau, arruma-o, deixando aparecer o quadro do se-
gundo grau.
O Mestre de Cerimónias reacende as estrelas das colunetas de Força e Beleza e coloca-os,
juntamente com a da sabedoria nos seus lugares.
Segue-se o encerramento dos trabalhos no Segundo Grau e depois o Encerramento da
Loja no Primeiro Grau utilizando-se os respectivos rituais.
CERIMÓNIA DE ELEVAÇÃO A MESTRE
PREPARAÇÃO DA LOJA
A Loja será revestida de negro.
Uma cortina negra, espessa, será colocada à altura dos degraus do Oriente, de modo a iso-
lar, no momento oportuno, o Debir (Oriente) do Hekal (o resto do Templo).
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O DELTA, que se acha no Oriente, ficará aceso durante toda a cerimónia, mas a cortina de-
verá ser bastante opaca para manter o resto do Templo na obscuridade.
O candelabro sobre a mesa do Muito Venerável Mestre manter-se-á sempre aceso.
A Estrela Flamejante será colocada no Ocidente, entre as Colunas, se possível acima da
porta e será fracamente iluminada.
A coluneta Jónica (Venerável Mestre) será colocada ao pé do Oriente, junto da pedra cúbi-
ca. As outras duas colunetas serão colocadas junto das mesas dos Vigilantes, a fim de dei-
xar vago o centro do Templo, mas estarão apagadas.
Com a mesma finalidade, e em caso de necessidade, (Templo de pequenas dimensões) o
Altar dos Juramentos será deslocado para cima dos degraus do Oriente, diante da cortina e
sobre ele ficará o volume da Lei Sagrada, aberto, e sobre este coloca-se o Esquadro e por
cima deste o Compasso.
Ao pé dos degraus do Oriente, no ângulo nordeste, ficará uma mesa pequena, negra ou re-
vestida de negro, e uma cadeira para o Muito Venerável Mestre que a ocupará depois da
abertura dos trabalhos, no momento em que se iniciará a cerimónia de recepção. Sobre
esta mesa e sobre as mesas dos Vigilantes, coloca-se uma luz cuidadosamente dissimulada
que permita a leitura do Ritual, sem contudo espalhar a claridade ao redor.
No centro da Loja coloca-se um caixão, cabeça para o Ocidente e pés para o Oriente ou, na
falta de caixão, um lençol preto estendido no chão.
A Ocidente, junto à cabeça do caixão, coloca-se um ESQUADRO, aberto para Ocidente e
um ramo de Acácia; e a Oriente, junto aos pés do caixão, um COMPASSO aberto para o
caixão.
Dos lados do caixão, coloca-se uma régua a Norte e uma alavanca a Sul. A base dos ma-
lhetes será estofada de negro, para que o som seja surdo.
O átrio manter-se-á devidamente iluminado.
Durante estes preparativos, o recipiendário terá sido colocado na Câmara de Reflexões; ele
estará revestido do seu avental de Companheiro e sem luvas.
Abertos os trabalhos, o Muito Venerável Mestre deixa a sua mesa e coloca-se por detrás da
pequena coluneta colocada ao pé dos degraus. Os Veneráveis Mestres Orador, Secretário
e os outros Veneráveis Mestres que se acham no Oriente seguem aquele e vão sentar-se
nas Colunas.
Todos os Veneráveis Mestres ficam sentados e conservarão o chapéu na cabeça, obser-
vando profundo silêncio.
O Venerável Mestre Experto, assistido por um segundo Experto ou pelo Venerável Mestre
de Cerimónias, ambos armados de uma espada, saem da Loja e vão ao encontro do recipi-
endário e sem lhe dirigirem palavra tomam-no, cada um por um braço e levam-no à porta do
Templo.
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N. B. - O Venerável Mestre de Cerimónias pode fazer a vez de segundo Experto.
O Venerável Mestre convida o último Mestre recebido ou, na sua falta, um Mestre designa-
do para o efeito, a deitar-se silenciosamente no caixão, os pés para Oriente e colocará so-
bre a cara um lenço branco manchado de vermelho.
Os dois Expertos conduzindo o, ou os recipiendários, batem como Companheiro (cinco pan-
cadas) à porta do Templo. Terão o cuidado de manter o recipiendário de costas voltadas
para a porta da Loja.
Recomenda-se vivamente à Loja que proceda ao ensaio da cerimónia antes de a iniciar.
É bastante difícil, para não dizer impossível realizá-la convenientemente sem ensaio prévio.
Não pode ser improvisada à última hora, deve ser previamente preparada.
O trabalho exigido a qualquer candidato para passar do 1º ao 2º grau, ou para a sua eleva-
ção à mestria, deverá ser sempre acompanhado dum interrogatório sobre o catecismo, ele-
mento essencial do ritual e do reconhecimento.
No fim da cerimónia, o novo Mestre terá de adquirir um ritual do grau.
No Ritual dos Mestres
Luzes do Altar do Venerável
No grau de Mestre, nas cerimónias de iniciação há apenas uma luz.
As três luzes acendem-se apenas na altura em que a cortina preta do Oriente é aberta e a
Loja consagra o novo Mestre.
COLUNA DE HARMONIA
1. Abertura da Loja
7s a 3m27s
Gluck - Dança de Orfeu (PAUSA 10s)
2. Entrada do Grão Mestre e Grandes Oficiais
l0s a 1m 28s
Respighi - O Sonho de Salomão (PAUSA 10s)
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RITUAL DE ELEVAÇÃO
ORDEM DOS TRABALHOS
Recepção do Companheiro no Templo
I C - Venerável Mestre Segundo Vigilante, um companheiro bate à porta do Tem-
plo.
2º V - Venerável Mestre Primeiro Vigilante, um companheiro bate à porta do Tem-
plo.
1º V - Muito Venerável Mestre, um companheiro bate à porta do Templo.
M V M - Quem é o Companheiro que ousa tentar penetrar nestes lugares?
Quererá ele insultar a nossa dor?
Venerável Mestre Primeiro Vigilante, vê quem é o Companheiro e o que pre-
tende.
1º V - Venerável Mestre Segundo Vigilante, vê quem é o Companheiro que bate e
pergunta-lhe o que pretende!
2º V - Venerável Mestre Cobridor, vê quem é o Companheiro que se apresenta e in-
forma-nos do que pretende!
Entreabrindo a porta
I C - Quem vem lá?
Respondendo do exterior
I E - Trazemos um Companheiro que encontrámos por aqui e que parecia estar
em meditação.
M V M - Qual é o nome desse Companheiro? Como ousou aproximar-se deste
lugar? O que é que ele procura?
I E - É o Companheiro ... (nome) que subiu uma escada em caracol composta por
três e cinco degraus, separados por um patamar.
Encorajado pelos testemunhos de satisfação que recebeu dos seus Mestres
e como recompensa pelo seu trabalho, ele tem esperança de ser admitido na
Câmara do Meio.
M V M - Golpe de malhete
Sendo assim, dá entrada ao Companheiro.
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GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues
Faz-se entrar o recipiendário, andando aos recuos com as costas sempre voltadas para o
Oriente. Ele é retido entre as duas colunas pelos Expertos que o manterão cada um por um
braço.
Fecha-se a porta da Loja e tudo fica no mais profundo silêncio durante um longo intervalo.
Todos os Irmãos estarão numa atitude de tristeza.
Venerável Mestre rompendo o silêncio dirige-se ao recipiendário que continuará voltado
para o Ocidente
M V M - Companheiro! Meditaste bem na audácia do teu procedimento? Tens
as mãos bem puras? A tua consciência está totalmente tranquila?
Recip - Sim, Venerável Mestre.
Elevação ao Grau de Mestre
M V M - Meu Irmão, uma grande calamidade caiu sobre a maçonaria e é por
culpa dos seus próprios filhos que ela está neste estado. São precisamente
aqueles a quem ela prodigalizou os seus favores que a traíram indignamente.
Serás tu um desses ingratos? Continuas bem ciente dos deveres que ela te
impôs quando da iniciação e cumpriste-os fielmente? Sê sincero! Será me-
lhor para ti confessar os erros que lamentaremos contigo, do que procurar
enganar-nos! A verdade, que é sempre descoberta, poderá vir ao de cima e
teríamos então, que punir dois crimes ao mesmo tempo. Toma, pois, cuidado
com as tuas palavras!
Crês ter cumprido todos os teus deveres de homem honrado e de Maçon?
Recip - Esforcei-me sempre em fazê-lo, Venerável Mestre.
M V M - Venerável Mestre Experto! Revista as mãos do Companheiro! Mostra-
me o seu avental, a fim de verificar se tudo está bem puro!
O Irmão Experto toma as mãos do recipiendário, uma após a outra, e examina-as. Desaper-
ta o avental do Companheiro e leva-o ao Venerável Mestre.
I E - As mãos do Companheiro parecem-me puras. Eis o seu avental no qual não
vejo qualquer mancha.
M V M - Venerável Mestre Experto! Manda o Companheiro virar-se para o Ori-
ente!
A ordem é executada e, pela sua nova posição, o recipiendário pode ver o Irmão que está
deitado no caixão. Aguarda-se algum tempo para que ele possa observar o aspecto da Lo-
ja. O Irmão Mestre de Cerimónias apaga a Estrela Flamejante.
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M V M - Companheiro, estás perante a causa do nosso luto e a razão da desconfian-
ça que te mostrámos!
A luz que nos alumiava desapareceu! O melhor dos nossos Irmãos caiu sob
os golpes de infames assassinos e nós temos a infeliz certeza que tais bandi-
dos são da classe dos Companheiros ...
Tens porventura algum conhecimento do conluio formado contra a nossa Or-
dem e contra os seus membros?
Recip - Não, Venerável Mestre.
M V M - Pois bem! Se estás inocente deste crime, podes prová-lo desde já.
Aproxima-te deste cadáver que acaba de esfriar; se não és um dos seus as-
sassinos, nem um dos cúmplices, não temerás que as feridas voltem a abrir
e que o seu sangue corra de novo para te acusar.
Venerável Mestre Experto, mostra ao Companheiro como deve proceder.
Os Expertos fazem o Companheiro avançar com os passos de Companheiro, de modo que,
na última passada ele fica à cabeça do Irmão deitado, do lado esquerdo. Então, ele passa
sobre o caixão com três passadas partindo do pé direito, de forma que, ao terceiro passo, o
recipiendário estará com os calcanhares juntos, ao pé do caixão, voltado para o Oriente.
Nessa posição já não poderá ver o Irmão que estava deitado e que se levanta imediata-
mente sem ruído, retomando o seu lugar nas Colunas. Tendo o recipiendário chegado ao
Oriente, diz o M V M :
M V M - Irmão Primeiro Vigilante! Notaste algum movimento, apesar das feri-
das que sofreu o nosso infeliz Irmão?
1º V - Não, Venerável Mestre.
M V M - Companheiro, visto que esta primeira prova te foi favorável, a nossa
confiança começa a renascer. Dentro em pouco vamos revelar-te as circuns-
tâncias do grave crime que foi cometido; antes porém, deves dar-nos a ga-
rantia de que mesmo que não sejas admitido entre nós, não revelarás nada
daquilo que venhas a saber, quer a profanos, quer a Aprendizes ou mesmo
aos Companheiros teus Irmãos. Já deves agora compreender a importância
que este segredo tem para, nós, visto que se trata de descobrir os autores do
assassínio. Comprometes-te a guardar segredo com a tua palavra de
Maçon?
Recip - Sim, comprometo-me a guardar segredo pela minha palavra de Maçon.
M V M - Pois bem, meu Irmão, registamos o teu compromisso.
PAUSA
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Os Expertos deixam o recipiendário. Os dois Vigilantes avançam e colocam-se um pouco
atrás dele. O Primeiro Vigilante segura a alavanca, e o Segundo Vigilante a régua.
M V M - O Maçon que nós choramos era quem iluminava os nossos trabalhos,
que nos consolava nas nossas aflições e que mantinha a nossa coragem nas
dificuldades. Ele desapareceu vítima de um detestável crime.
O sábio Rei Salomão havia concebido o piedoso desígnio de erigir um templo
ao GRANDE ARQUITECTO DO UNIVERSO, único lugar em que Ele recebe-
ria o incenso dos homens.
HIRAM ABIF, filho de um Sírio e de uma mulher de Israel, conhecedor de to-
das as artes e especialmente da arquitectura e do trabalho dos metais, foi
enviado a Salomão por HIRAM, Rei de Tiro, para levar a cabo esta nobre e
vasta empreitada, e dirigir os obreiros de que foi nomeado chefe e superin-
tendente. Para realizar tão grandes trabalhos, HIRAM escolheu diversos tra-
balhadores, que sobre as suas ordens foram agrupados em três classes. Os
primeiros, sob o título de aprendizes, ocupavam-se de abater árvores no
Monte Líbano e prepará-las, a arrancar pedras brutas e mármores e a des-
bastá-los. Os segundos, sob o título de companheiros, ocupavam-se de ter-
minar as peças esboçadas pelos aprendizes e a colocá-las nos respectivos
lugares sob a orientação dos operários da terceira classe; que eram denomi-
nados mestres. Estes, recebiam directamente as ordens de HIRAM num lu-
gar secreto que se chamava Câmara do Meio, que mais tarde, tornar-se-ia o
santuário do Templo.
Diz-se que os trabalhadores utilizados na construção do Templo eram
183.600 (cento e oitenta e três mil e seiscentos). É fácil concluir que seria di-
fícil governá-los sem uma ordem estabelecida por HIRAM ABIF. Cada classe
de obreiros tinha um sinal e uma palavra secreta que o trabalhador deveria
dar ao tesoureiro para poder receber o seu salário; desta forma, ninguém po-
deria receber salário diferente daquele atribuído à sua classe.
Os aprendizes eram promovidos à classe dos companheiros após determina-
do tempo, quando eles mereciam uma tal recompensa pelo seu zelo, pela
sua inteligência e pela sua assiduidade ao trabalho. Da mesma forma, os
companheiros que o mereciam, eram elevados à categoria de Mestres.
HIRAM tinha, felizmente, conduzido os trabalhos quase até à perfeição e, em
breve, o edifício estaria concluído e consagrado à sua finalidade. Mas, o es-
pírito das trevas que via o seu reino ameaçado por causa deste Templo, de-
sencadeou todas as paixões para tentar arruinar esta bela obra antes da sua
conclusão e criar perturbação entre os obreiros, privando-os subitamente do
seu chefe.
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GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues
Assim, instalou o veneno da inveja e do ciúme no espírito dos trabalhadores
das categorias inferiores; inspirou-lhes a aversão pelo trabalho; fez nascer
neles o desejo presunçoso de obterem salários mais elevados, sem a preo-
cupação de os adquirirem pela assiduidade, pelo estudo e pela aplicação. Ele
insinuou esse espírito de desordem mais particularmente entre os compa-
nheiros que, sendo já iniciados nos primeiros segredos da arte, considera-
vam-se vítimas da injustiça e da parcialidade, porque não tinham sido equipa-
rados aos mestres.
Contudo, o respeito que HIRAM sabia inspirar pela sua bondade, pelas suas
virtudes, pela sua imparcialidade, continha ainda os espíritos revoltados e
tudo iria talvez reentrar na ordem, quando três dos companheiros formaram o
projecto de arrancar, a bem ou a mal, a palavra sagrada dos mestres, a fim
de se introduzirem fraudulentamente na Câmara do Meio. Combinaram então
entre si a forma de atacar de surpresa o nosso Mestre HIRAM.
Eles resolveram que poderiam intimidar HIRAM com ameaças a fim de lhe
arrancarem, pelo medo, o que não poderiam obter de livre vontade; mas,
quer fossem bem sucedidos, quer não, estavam resolvidos a matá-lo, a fim
de escaparem ao justo castigo desse comportamento. Contavam também po-
der ocultar aos outros trabalhadores o conhecimento da sua comparticipação
no assassínio do Mestre. Inútil pretensão! As ferramentas que eles utilizariam
para cometer o crime, revelariam também a categoria dos obreiros em que
se inseriam os autores!
Tendo assim combinado o seu crime e tomado as necessárias medidas, es-
peraram pelo momento, no fim do dia, em que os trabalhadores, terminadas
as suas tarefas, deixariam a oficina; então, o Mestre que era sempre o últi-
mo, ficaria sozinho e indefeso.
PAUSA
O Templo tinha três portas: uma a Oriente, que comunicava com a Câmara
do Meio e que era reservada aos mestres; outra no Sul e uma terceira no
Ocidente; esta era a entrada comum a todos os trabalhadores; era também
por ela que HIRAM costumava retirar-se após ter verificado o trabalho do dia.
Os conspiradores, que eram três, colocaram-se em cada uma daquelas, por-
tas, a fim de que, caso o mestre escapasse a um, não poderia fugir aos ou-
tros.
PAUSA
Após alguns instantes de espera, HIRAM saiu da Câmara do Meio para visi-
tar os trabalhos e, como de costume, certificar-se de que os seus planos ha-
viam sido correctamente executados. O mestre viu um dos conjurados, arma-
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do com uma pesada régua, perto da saída e perguntou-lhe a razão porque
não tinha ido com os outros trabalhadores e o que pretendia de si.
O companheiro respondeu-lhe descaradamente: "Mestre, há muito tempo
que me manténs nas categorias inferiores; desejo finalmente avançar; admiti-
me, pois, na classe dos mestres". - Eu não posso disse HIRAM com a sua
habitual bondade - eu não posso decidir sozinho; é necessário consultar os
meus irmãos; quando tiveres completado o teu tempo e estiveres devidamen-
te instruído, será meu dever propor-te ao conselho dos mestres. "Estou bas-
tante instruído e não te deixarei sem obter de ti a palavra dos mestres" - res-
pondeu o companheiro.
Estás louco? Não foi assim que eu a recebi e não é assim que ela pode ser
pedida! Trabalha e serás recompensado" - prosseguiu HIRAM.
O companheiro insistiu e passou à ameaça. HIRAM, sempre bondoso, mas
firme, respondeu com calma que era inútil ele esperar obter, por essa via, o
beneficio que solicitava. Fez o gesto com a mão para o levar a retirar-se; no
mesmo instante, o bandido quis dar-lhe uma violenta pancada na cabeça
com a régua que tinha na mão. Contudo, o golpe foi desviado por um gesto
de HIRAM e a régua caiu sobre o ombro direito do mestre, paralisando-lhe os
movimentos do braço e incapacitando-o de desarmar o adversário.
O Segundo Vigilante bate com a sua régua, levemente, no ombro direito do recipiendário.
HIRAM tenta sair precipitadamente pela porta do Sul.
Mas ali, era esperado pelo segundo conjurado que, de uma forma ainda mais
áspera, lhe pediu a palavra de mestre. HIRAM, que começou aperceber o pe-
rigo que corria, sobretudo se fosse perseguido pelo primeiro companheiro,
correu para a porta do Ocidente, dando a mesma resposta que já havia dado
ao primeiro conjurado. Mas não fugiu com a rapidez suficiente para evitar um
golpe de alavanca que o miserável tentou dar-lhe na cabeça e que só o atin-
giu na nuca.
O Primeiro Vigilante dá, com a sua alavanca, um leve golpe na nuca do recipiendário.
Completamente atordoado com este golpe, o mestre dirigiu-se vacilante para
a última saída do Templo, por onde tentou ainda escapar-se. Aí foi travado
pelo terceiro conjurado que lhe repetiu o pedido de palavra de mestre, recu-
sando-se uma vez mais, HIRAM, a trair o segredo mesmo que o matassem.
Nesse instante, o terceiro companheiro, aplica-lhe violento Golpe de malhete
na cara que o fez imediatamente cair de vez.
Dizendo estas palavras, o Muito Venerável Mestre levanta-se, aproxima-se do recipiendário
e simula o golpe com o malhete.
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Imediatamente os dois Vigilantes derrubam o companheiro e deitam-no no caixão que está
atrás dele, cobrem-no com um pano preto e tapam-lhe a cara com o seu avental. Colocam
a seguir, um ramo de acácia sobre o corpo.
O Muito Venerável Mestre regressa ao seu lugar.
M V M - Assim caiu o homem justo, que permaneceu fiel ao seu dever até à
morte.
Os Vigilantes regressam aos respectivos lugares. Durante alguns momentos observa-se o
mais rigoroso silêncio. Então:
M V M - Meus Irmãos! Depois do trágico acontecimento que nos privou do
Mestre, o mundo, para nós, ficou nas mais espessas trevas. Todos os traba-
lhos estão suspensos.
Que poderemos fazer para recuperar a Luz?
Meus Irmãos, que tristeza, que desalento. Se o homem duma tão eminente
virtude teve de sucumbir, como poderemos nós esperar melhor sorte? Aliás,
só ele possuía o segredo da obra começada; quem ousaria apresentar-se
para o substituir?
Meus Irmãos, não percamos a coragem. Após termos chorado o nosso Mes-
tre, procuremos o seu corpo que os assassinos certamente esconderam, a
fim de rendermos as honras devidas aos restos mortais. Talvez possamos re-
colher alguns indícios da sua sabedoria; talvez a luz possa ainda reaparecer!
Meus Irmãos, pesquisem do Ocidente a Oriente, do Norte ao Sul, até que
consigam descobrir o lugar sagrado em que esses indignos poderão ter es-
condido o corpo do nosso Respeitável Mestre.
Os Veneráveis Mestres Experto e Mestre de Cerimónias, seguidos de sete Veneráveis Mes-
tres dão volta à Loja, dextrorsum. Seguidamente param de forma que o Experto fique junto
do ramo de acácia.
Segundo Vigilante do seu lugar
2º V - Esse ramo funerário, essa acácia, indica uma sepultura. Não foi plantada à
muito tempo; talvez esconda o túmulo do nosso Respeitável Mestre HI-
RAM....
Primeiro Vigilante do seu lugar
1º V - Sim! Foi dito que a sabedoria se acha à sombra da acácia! Este lugar deserto
leva-me a crer que poderá ser, de facto, o túmulo do nosso Mestre. Mas, o
que é isto? Já não tenho dúvidas, vejo um esquadro e um compasso que pa-
recem ter, sido ali colocados propositadamente. Não toquemos nessa terra
até avisarmos o Mestre! Três Irmãos ficam aqui, enquanto nós vamos relatar
a nossa descoberta.
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Três Mestres colocam-se ao lado do caixão, dois à cabeceira, à direita e à esquerda e o ter-
ceiro aos pés, de frente para o corpo. O Experto; o Mestre de Cerimónias e os outros Mes-
tres voltam aos respectivos lugares.
1º V - Golpe de malhete
M V M - Golpe de malhete
Que tens a comunicar-me, meu Irmão?
1º V - Ao caminhar para o Oriente encontrámos à luz do crepúsculo uma acácia e à
sua sombra, um túmulo cuja terra ainda está fresca; um esquadro e um com-
passo colocados por cima, fizeram-nos pensar que é ali que repousa o nosso
Mestre HIRAM; mas não nos atrevemos a perturbar o repouso do seu cadá-
ver e apressámo-nos a vir comunicar-te esta descoberta. Pedimos-te que ve-
nhas connosco verificar se as nossas suposições são correctas.
Três dos nossos Irmãos ficaram a guardar aquele respeitável lugar.
M V M - Meus Irmãos, não percamos tempo. Confirmemos as vossas suposi-
ções. Levem-me até ao local
Golpe de malhete
De pé e à ordem, meus Irmãos!
O Venerável Mestre deixa o seu lugar precedido pelo Experto. Os dois Vigilantes vão juntar-
se a ele; os três dão a volta à Loja e regressam à cabeceira do caixão. Então, os três Mes-
tres, que ficaram a guardar o túmulo, colocam-se junto daqueles. à sua aproximação, diz o
2º V - Reconheço os nossos Irmãos a quem confiamos a guarda do túmulo. Eis o
sinal que chamou a nossa atenção. Eis a acácia!
M V M - Aproximemo-nos.
Dizendo isto, o Muito Venerável Mestre e os Veneráveis Mestres Vigilantes aproximam-se
da cabeceira do caixão. O Muito Venerável Mestre retira o avental que tapa a cara do reci-
piendário e exclama:
É HIRAM, o nosso Mestre!
Elevando ambas as mãos, volvendo os olhos para cima e deixando cair as mãos para as
coxas, acrescenta:
Óh meu Deus!
Seguidamente retira o lençol, descobrindo inteiramente o recipiendário e diz:
Valha-me Deus! Pela maneira como ele está colocado e pelas ferramentas
aqui abandonadas, não é difícil concluir qual a categoria dos trabalhadores
em que devemos procurar os culpados!
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Parece que ele ainda respira. A sua nobre face, respeitada pela morte, expri-
me a calma da consciência e a paz da alma, tão profundamente estavam em
si gravados os traços da virtude.
PAUSA
Meus Irmãos, levemos para a oficina os restos mortais tão queridos e tão
preciosos a fim de lhes dar-mos uma sepultura mais conveniente!
O Venerável Mestre de Cerimónias retira o esquadro, o compasso e os outros utensílios co-
locados em volta do caixão. Os três Veneráveis Mestres que guardavam o túmulo voltam
aos respectivos lugares. O Venerável Mestre e os dois Vigilantes vão colocar-se no Ociden-
te, junto do caixão, ficando o Primeiro Vigilante à direita e o Segundo Vigilante à esquerda
do Venerável Mestre.
PAUSA
O Irmão Segundo Vigilante pega então no indicador da mão direita do recipiendário e diz
fingindo que o dedo lhe escapa:
2º V - A carne solta-se dos ossos!
O Irmão Primeiro Vigilante pega logo no dedo médio da mesma mão do recipiendário e diz:
1º V - “J ... N”
Mas o dedo também se lhe escapa, e acrescenta:
1º V - Tudo se desune!
M V M - Lembremo-nos, meus Irmãos, que nada conseguimos sem o auxílio
dos outros. Ajudem-me!
Então o Muito Venerável Mestre coloca-se junto do recipiendário, põe o seu pé direito con-
tra os pés daquele, inclina-se e toma-lhe a mão direita com o toque de Mestre puxando-o
para si ajudado pelos Vigilantes que amparam o recipiendário pelas axilas, erguendo-o
duma vez. Seguidamente, o Muito Venerável Mestre coloca o seu joelho direito contra o jo-
elho direito do recipiendário e pousa a sua mão esquerda no ombro daquele. Os Vigilantes
colocam também a mão esquerda do recipiendário entre o ombro e o pescoço do Muito Ve-
nerável Mestre.
Assim, o Muito Venerável Mestre recebe-o pelos Cinco Pontos Perfeitos da Mestria, dá-lhe
o beijo fraterno e diz-lhe em voz baixa:
"M ... N!"
Deus seja louvado! O Mestre foi reencontrado e reaparece mais radioso que
nunca!
PAUSA
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O Venerável Experto coloca-se ao lado do recipiendário. O Venerável Mestre de Cerimóni-
as afasta prontamente a cortina que tapava o DEBIR e reacende todas as luzes de modo a
tornar o Templo o mais iluminado possível. O Venerável Mestre retoma o seu lugar no Ori-
ente. Os Vigilantes voltam aos respectivos lugares.
M V M - Golpe de malhete
Meus Irmãos, sentemo-nos. Venerável Mestre de Cerimónias peço o teu au-
xilio.
O Venerável Mestre de Cerimónias, ajudado por quem determinar, faz desaparecer, sem
ruído, o caixão bem como a pequena mesa e a cadeira que serviram ao Venerável Mestre e
depois repõe, se for o caso, o Altar dos Juramentos no lugar habitual. Coloca no pavimento
mosaico os quadros dos três graus, sobrepostos de forma a apresentar o do terceiro grau
tendo por baixo o do segundo e depois o do terceiro que serão depois postos em evidência,
sucessivamente, aquando do encerramento dos trabalhos. O Mestre de Cerimónias volta
para junto do recipiendário.
M V M - Golpe de malhete
Meus Irmãos, celebremos por aclamações de alegria este dia feliz que devol-
ve à nossa entristecida Loja a luz que julgávamos perdida para sempre! O
nosso Mestre revive, ao renascer na pessoa do nosso muito querido Irmão
(nome)!
1º V - Golpe de malhete
Meus Irmãos, unamo-nos ao Muito Venerável Mestre para celebrarmos o re-
gresso da Luz e da Verdade!
2º V - Golpe de malhete
Meus Irmãos, unamo-nos ao Muito Venerável Mestre para celebrarmos o re-
gresso da Luz e da Verdade!
M V M - Golpe de malhete
De pé e à Ordem, meus Irmãos! A mim, pelo sinal penal. Pela bateria e pela
aclamação escocesa:
O-O-O O-O-O O-O-O
HUZZA! HUZZA! HUZZA!
PAUSA
JURAMENTO
O Venerável Experto coloca-se ao lado do recipiendário. O Venerável Mestre de M.V.M.
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M V M - Agora, meu Irmão ... (nome), vais prestar o solene juramento de Mestre Ma-
çon, aceitas?
Recip - Aceito, Venerável Mestre.
M V M - Veneráveis Mestre Experto e Mestre de Cerimónias, peço o vosso au-
xílio.
O Venerável Mestre de Cerimónias faz ajoelhar o recipiendário como na ocasião dos jura-
mentos para o primeiro e segundo graus. Nesta posição, o recipiendário aguarda que o Ve-
nerável lhe dite a formula.
Os Veneráveis Mestres Experto e Mestre de Cerimónias cruzam a espada e o bastão acima
do recipiendário de modo a que eles formem um esquadro.
O Venerável Mestre dá um Golpe de malhete, repetido pelo primeiro e segundo Vigilantes.
M V M - Golpe de malhete
De pé e à Ordem, meus Irmãos!
Dirigindo-se ao recipiendário
M V M - Meu muito querido Irmão (nome), repete comigo:
Compromisso
Eu, ... (nome) de minha livre vontade, na presença do GRANDE ARQUI-
TECTO DO UNIVERSO e desta respeitável Assembleia de Mestres Ma-
çons, juro e prometo solene e sinceramente, nunca revelar a qualquer
profano, ou mesmo a qualquer Aprendiz ou Companheiro, os segredos
do grau de Mestre. Juro e prometo cumprir fielmente e com zelo as obri-
gações que são impostas por este Sublime Grau.
Renovo a promessa de amar os meus Irmãos, de socorrê-los e ir em seu
auxilio. Se Alguma vez me tornar perjuro que, segundo o castigo tradici-
onal, o meu corpo seja cortado em dois e que eu seja desonrado para
sempre e que não fique de mim memória junto dos Maçons.
Que o Grande Arquitecto me ajude e me livre duma tal infelicidade!
Após este compromisso, o Venerável Mestre pega na espada com a mão esquerda, coloca-
a sobre a cabeça do recipiendário e diz:
M V M -À glória do GRANDE ARQUITECTO DO UNIVERSO, em nome da Maçonaria
Universal, sob os auspícios da Grande Loja Regular de Portugal, em virtude
dos poderes que me foram conferidos,
Irmão ... (nome) eu te recebo e constituo Mestre Maçon. Tens daqui em dian-
te, o poder de comandar tanto os Companheiros como os Aprendizes. Fá-lo
condignamente.
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Seguidamente o Muito Venerável Mestre dá três golpes de malhete na lâmina da espada,
coloca-os no lugar e ergue o recipiendário.
M V M - Meu Irmão ... (nome), aproxima-te e recebe de mim o abraço fraterno
em nome de todos os Mestres desta Respeitável Loja.
Abraça o novo Mestre
M V M - Golpe de malhete.
Sentemo-nos, meus Irmãos. Meu Irmão, daqui em diante trabalharás na
prancheta e receberás o teu salário na Câmara do Meio.
Agora vou comunicar-te os segredos do grau de Mestre de Maçon.
O novo Mestre executa as instruções guiado pelo Venerável Mestre Experto
E - Meu Irmão, os segredos do grau de Mestre consistem em quatro sinais, um
toque, duas palavras, os cinco pontos perfeitos e uma marcha.
Sinal de Ordem
Leva a mão direita horizontalmente ao flanco esquerdo, tendo os dedos es-
tendidos e juntos, mas o polegar separado em esquadria.
Sinal Penal
Estando à ordem, desloca horizontalmente a mão direita, da esquerda para a
direita, como se cortasse o corpo em duas partes; em seguida deixa cair a
mão. Trata-se de uma alusão ao castigo tradicional referido no teu juramento.
Sinal de Horror
Ergue as mãos acima da cabeça, tendo os dedos estendidos e separados e
diz:
A S M D !
∴ ∴ ∴ ∴
Após esta exclamação deixa cair as mãos sobre o avental, para marcar a
surpresa e o abatimento. Executa este sinal ao entrares na Câmara do Meio,
depois deteres feito o sinal penal.
Sinal de Socorro
Se alguma vez te encontrares em grave perigo, chama os Irmãos em teu so-
corro, com o seguinte sinal: atira o pé direito para trás, com o busto inclinado;
ergue ambas as mãos acima da cabeça, tendo os dedos entrelaçados, as
palmas viradas para cima e exclama:
A M O F D V !
∴ ∴ ∴ ∴ ∴ ∴
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Toque
Pressiona o polegar sobre a primeira falange do dedo médio do Irmão reco-
nhecido. Trata-se do pedido da palavra de passe.
Palavra de Passe
T ...
Os Cinco Pontos Perfeitos da Mestria
1. Toma-me a mão direita com a tua mão direita, formando uma garra.
2. Coloca o teu pé direito contra o meu pé direito pelo interior.
3. Coloca o teu joelho direito contra o meu joelho direito.
4. Cada um coloca a sua mão esquerda no ombro direito do outro, da parte
de trás, para ficarmos mais apertados e abraçamo-nos.
5. É somente nesta posição que se comunica a palavra sagrada, silabando-
a alternativamente de um ouvido ao outro.
Palavra Sagrada
No Rito Escocês Antigo e Aceite, a que nós pertencemos, a palavra é "M∴
B ". Outros Ritos empregam a palavra "M B " que é conveniente fixar
∴ ∴ ∴
também para reconhecimento eventual de Mestres pertencentes a esses Ri-
tos.
Marcha do Mestre
Dão-se os três passos de Aprendiz; seguidamente pomo-nos de Ordem de
Aprendiz e executa o sinal. Em seguida faz os dois passos de companheiro
seguidos do sinal de grau. Finalmente, põe-se à Ordem de Mestre e dá um
passo à direita, descrevendo um arco com o pé direito obliquamente para a
frente e à direita e junta o pé esquerdo, em esquadria; seguidamente um
passo à esquerda, descrevendo uma curva como se para transpor um cai-
xão; depois passa o pé direito que vamos juntar ao esquerdo, também em
esquadria; finalmente, coloca-se de novo na linha mediana, levando obliqua-
mente para a frente e à direita, primeiro o pé direito e depois o pé esquerdo,
unindo-os em esquadria.
Esta marcha termina-se pelo sinal penal, seguido do sinal de horror e da ex-
clamação ritual.
Bateria
É constituída por três batidas de palmas feitas três vezes.
O-O-O O-O-O O-O-O
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Isto é, são nove palmadas, com duas pequenas pausas depois de cada três
batidas.
Idade
Sete anos e mais.
PAUSA
M V M - Golpe de malhete
Venerável Mestre Experto e Mestre de Cerimónias, a acompanhem o novo
Mestre junto do Venerável Primeiro Vigilante para que seja reconhecido por
ele como Mestre Maçon.
Os Irmãos executam a ordem recebida. O novo Mestre, à Ordem de Mestre, de frente para
o Venerável Primeiro Vigilante executa o sinal penal e depois o sinal de horror. Seguida-
mente aproxima-se do Venerável Primeiro Vigilante e forma com este os "cinco pontos per-
feitos da Mestria" e troca, em voz baixa., a palavra sagrada. Depois põe-se, de novo, à Or-
dem de Mestre.
1º V - Muito Venerável Mestre, o Irmão ... (nome) fez-se reconhecer por mim como
Mestre Maçon.
O Experto e o Mestre de Cerimónias voltam a colocar o novo Mestre entre as colunas, onde
permanece à Ordem.
M V M - Golpe de malhete
Irmão Experto, peço-te que revistas o nosso novo Mestre com o avental e lhe
devolvas as suas luvas.
O Experto cumpre a ordem.
Venerável Mestre ... (nome) é assim que, futuramente, deverás apresentar-te
em Loja.
PAUSA
RECONHECIMENTO DO MESTRE
M V M - Golpe de malhete
De pé e à Ordem, Veneráveis Mestres. Convido-os a reconhecer daqui em
diante, como Mestre Maçon, o Irmão (nome) que se acha entre colunas e a
dispensar-lhe todos os direitos e prerrogativas inerentes ao terceiro grau da
Maçonaria. Veneráveis Mestres Primeiro e segundo Vigilantes, peço-vos que
convidem os Veneráveis Mestres que estão nas Colunas, como eu o faço aos
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que estão no Oriente, a celebrar por uma bateria de alegria a feliz aquisição
que acaba de fazer a Câmara do Meio, na pessoa do nosso Irmão (nome).
1º V - Golpe de malhete
Venerável Mestre Segundo Vigilante e Veneráveis Mestres que decoram a
Coluna do Sul, o Muito Venerável Mestre convida-os a celebrar por uma ba-
teria de alegria a feliz aquisição que acaba de fazer a Câmara do Meio na
pessoa do nosso Irmão (nome).
2º V - Golpe de malhete
Veneráveis Mestres que decoram a Coluna do Norte, o Muito Venerável Mes-
tre convida-os a celebrar por uma bateria de alegria, a feliz aquisição que
acaba de fazer a Câmara do Meio, na pessoa do nosso Irmão (nome).
1º V - O anúncio está feito, Muito Venerável Mestre.
M V M - Golpe de malhete
A mim, Veneráveis Mestres, meus Irmãos, pelo sinal, pela bateria e pela
aclamação escocesa.
O-O-O O-O-O O-O-O
HUZZA! HUZZA! HUZZA!
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CATECISMO
PREÂMBULO
É indispensável realizar, pelo menos duas vezes por ano, uma sessão em Câmara do Meio,
destinada à instrução de todos os Mestres no ritual do grau.
No decurso dessa sessão, procede-se à leitura do texto que se segue e um irmão deverá
apresentar uma peça, de arquitectura sobre o simbolismo do grau.
Quando a referida instrução for dada em Câmara do Meio, o Primeiro Vigilante faz as per-
guntas e o Segundo Vigilante dará as respostas. As respostas que deverão ser dadas textu-
almente estão indicadas com letras maiúsculas.
INSTRUÇÕES
P. - És Maçon?
R. - O meus Irmãos reconhecem-me como tal.
P. - Qual é a finalidade da Maçonaria?
R. - Esclarecer os homens para torná-los melhores.
P. - Onde trabalhas?
R. - Numa oficina denominada Câmara do Meio.
P. - Que significa essa denominação?
R. - Significa que o Maçon que atingiu tal grau de instrução ocupa se a traçar, dentro de si,
os planos que devem ser seguidos pelos obreiros que se encontram sob a sua vigi-
lância.
P. - Quais são os obreiros colocados sob a tua vigilância?
R. - São os Companheiros e os Aprendizes.
P. - Por acaso és Mestre?
R. - A acácia é minha conhecida.
P. - Como te tornaste Mestre Maçon?
R. - Passando do Esquadro ao Compasso sobre o túmulo do nosso Respeitável Mestre HI-
RAM.
P. - Como chegaste à Câmara do Meio?
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R. - Subindo uma escada dividida em três partes por três patamares: um lanço de três de-
graus, outro de cinco e o último de sete.
P. - Que significam esses patamares e o número de degraus que subiste?
R. - O primeiro patamar, ao qual se chega por três degraus, é a imagem da iniciação nos
mistérios da Maçonaria; o segundo patamar, a que se chega por cinco degraus, é o
emblema dos conhecimentos adquiridos no segundo grau, simbolizado pela Estrela
Flamejante; e o terceiro patamar, que se atinge depois de sete degraus, representa as
sete artes liberais cujo conhecimento me tornou digno de ser recebido no grau de
Mestre.
P. - Que instrução te foi dada no primeiro grau?
R. - Fizeram-me conhecer a existência de Deus, Criador de tudo o que existe.
P. - Que aprendeste no segundo grau?
R. - Começaram por ensinar-me a conhecer-me a mim mesmo; dirigiram-me para o estudo
das artes úteis à sociedade.
P. - Que ensinamento tiraste desses primeiros conhecimentos?
R. - Pelo estudo das faculdades intelectuais e dos segredos da natureza fui levado a apro-
fundar o conhecimento até ao Trono do Grande Arquitecto do Universo.
P. - Que vens aqui fazer?
R. - Buscar a palavra de Mestre que se havia perdido.
P. - Como se perdeu a palavra de Mestre?
R. - Por três grandes golpes.
P. - Quais são esses três grandes golpes?
R. - São os que recebeu o nosso Respeitável Mestre quando foi assassinado à porta do
Templo por três Companheiros que pretenderam arrancar-lhe a palavra de Mestre ou
a vida.
P. - Tendo sido perdida a palavra, como foi possível recuperá-la?
R. - Desconfiando do assassinato de HIRAM e receando que a palavra de Mestre lhe tives-
se sido arrancada à custa de tortura, os Mestres acordaram entre si que a primeira pa-
lavra que fosse proferida quando o encontrassem, serviria para se reconhecerem futu-
ramente. O mesmo se passou com o sinal e o toque.
P. - Quantos Mestres foram enviados à procura de HIRAM?
R. - Nove.
P. - Onde foi encontrado o corpo do nosso Respeitável Mestre?
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R. - Num montão de escombros de cerca de nove pés cúbicos sobre o qual havia sido
plantado um ramo de acácia.
P. - Para que serviria tal ramo?
R. - Para os traidores reconhecerem o sítio onde haviam escondido o corpo de HIRAM que
eles tencionavam transportar para lugar mais longínquo.
P. - Que fizeram do corpo do nosso Respeitável Mestre?
R. - Salomão mandou enterrá-lo muito próximo do santuário do Templo e mandou colocar
sobre o túmulo uma medalha de ouro, triangular, sobre a qual estava gravada a antiga
palavra de Mestre que significa Deus, em hebreu.
P. - Que dimensão tinha o túmulo?
R. - Tinha sete pés de comprimento, cinco de largura e três de profundidade.
P. - De que forma foste recebido Mestre Maçon?
R. - Pelos "Cinco Pontos Perfeitos da Mestria", pela "Palavra Sagrada substituía", M B ,
∴ ∴
que me foi comunicada pelo Venerável Mestre.
P. - Que significa essa palavra?
R. - Significa o Filho do Pai ou a Nova Vida.
P. - Quais são os outros meios para reconhecimento dos Mestres?
R. - O toque, a palavra de passe, o sinal de ordem, o sinal penal, o sinal de horror e o sinal
de angústia.
P. - Dá-me a palavra de passe.
R. - T...
P. - Que significa essa palavra?
R. - É o nome do artista que, em primeiro lugar, conseguiu trabalhar os metais; ela signifi-
ca "os bens deste mundo".
P. - O que podem significar os passos da marcha do Mestre?
R. - Enquanto os passos do Aprendiz e do Companheiro são dados rente ao chão, os pas-
sos do Mestre, passando sobre o corpo de HIRAM, descrevem uma curva que é traça-
da com um compasso; é, portanto, a passagem do Esquadro ao Compasso, do plano
da matéria para o do espírito. Enfim, a passagem do Mestre por cima do túmulo alude
ao maior dos mistérios, sobre o qual é conveniente meditar em silêncio, e pensar no
fim terreno de todo o destino humano.
P. - Que idade tens?
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R. - Sete anos e mais.
P. - Que significa isso?
R. - Que, chegado à sabedoria, o Mestre Maçon está em condições de se aproximar do
Conhecimento.
P. - Executa a bateria do terceiro grau.
R. - O-O-O O-O-O O-O-O
P. - Qual é a aclamação?
R. - HUZZA! HUZZA! HUZZA!
P. - Qual é o significado?
R. - Aquela palavra significa: "ESTA É A MINHA FORÇA": alusão ao G A D U .
∴ ∴ ∴ ∴
P. - Que farias, se estando em grande perigo, precisasses do socorro dos teus Irmãos?
R. - Faria o "sinal de socorro", exclamando: A M O F D V !
∴ ∴ ∴ ∴ ∴ ∴
P. - Quais são os sustentáculos da Loja de Mestre?
R. - São três colunetas chamadas Sabedoria, Força e Beleza.
P. - Quem lhes deu esses nomes?
R. - O Rei Salomão, Hiram, Rei de Tiro e HIRAM arquitecto do Templo.
P. - Porque se atribui a Sabedoria a Salomão?
R. - Porque ele recebeu esse dom de Deus e foi, de facto, o rei mais sábio do seu tempo.
P. - Porque se atribui a Força ao rei de Tiro?
R. - Porque ele forneceu a Salomão a madeira e os materiais necessários à construção do
Templo.
P. - Porque se atribui a Beleza a HIRAM?
R. - Porque, como Arquitecto do Templo, ele criava todos os ornamentos que deveriam de-
corar aquele magnifico monumento.
P. - Os três nomes das colunetas não encerram qualquer outro significado?
R. - Sim, Venerável Mestre. As colunas simbolizam a divindade; a Sabedoria, a sua essên-
cia; a Força, a sua potência infinita; a Beleza exprime quão perfeitas são as obras de
Deus.
P. - Quais devem ser as qualidades de um Mestre Maçon?
R. - Sabedoria, Força e Beleza.
/home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 31
GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues
P. - Como pode ele reunir qualidades tão raras?
R. - Sabedoria no seu comportamento, Força na união com os seus Irmãos e Beleza no
seu carácter.
P. - Como se chama um Mestre?
R. - Gabaon, que é o nome do lugar onde os Israelitas depositaram a arca da aliança nos
tempos difíceis.
P. - Que significa isso?
R. - Que o coração de um Maçon deve ser suficientemente puro para se constituir num
Templo agradável ao G A D U .
∴ ∴ ∴ ∴
P. - Em que trabalham os Mestres?
R. - Na prancheta para desenhar.
P. - Onde recebem eles o salário?
R. - Na Câmara do Meio.
P. - Como viajam os Mestres?
R. - Do Ocidente para o Oriente e sobre toda a superfície da terra.
P. - Porquê?
R. - Para ali espalharem a Luz e reunirem o que está disperso.
P. - Se perderes um dos teus Irmãos, onde o encontrarás?
R. - Entre o Esquadro e o Compasso.
P. - Explica-me isso.
R. - O Esquadro e o Compasso são os símbolos da Sabedoria e da Justiça: um bom Ma-
çon nunca deverá afastar-se deles.
Impresso Sábado, 6 de Maio de yyyy, ás 10:59 (versão 2)
/home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 32

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  • 1. À G d G A d U ∴ ∴ ∴ ∴ ∴ ∴ RITUAL DE- MESTRE do Rito Escocês Antigo e Aceite
  • 2. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues GLLP / GLRP /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 2
  • 3. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues ÍNDICE ÍNDICE......................................................................................................................................3 PRINCÍPIOS DE BASE PARA TODAS AS LOJAS REGULARES...........................................4 CERIMÓNIA..............................................................................................................................6 DECORAÇÃO DA LOJA..................................................................................................6 INSTRUÇÕES E NORMAS DE FUNCIONAMENTO EM LOJA.....................................6 COLUNA DE HARMONIA...............................................................................................6 RITUAL DOS TRABALHOS......................................................................................................7 ABERTURA DOS TRABALHOS......................................................................................7 LEITURA DA ACTA.........................................................................................................8 ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS...........................................................................9 CERIMÓNIA DE ELEVAÇÃO A MESTRE..............................................................................10 PREPARAÇÃO DA LOJA..............................................................................................10 COLUNA DE HARMONIA.............................................................................................12 RITUAL DE ELEVAÇÃO.........................................................................................................13 ORDEM DOS TRABALHOS..........................................................................................13 JURAMENTO................................................................................................................22 RECONHECIMENTO DO MESTRE..............................................................................26 CATECISMO...........................................................................................................................28 PREÂMBULO................................................................................................................28 INSTRUÇÕES...............................................................................................................28 /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 3
  • 4. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues PRINCÍPIOS DE BASE PARA TODAS AS LOJAS REGULARES O Decreto nº 762 da Grande Loja Nacional Francesa emitido em Neuilly-Sur-Seine, a 29 de Julho de 1991, assinado pelo Grão Mestre André Roux, por Yves Trestournel, Grande Se- cretário e Vice Grão Mestre de Honra da Grande Loja Nacional de França, determina a cria- ção da G L R P e estabelece que ela deverá observar todas as obrigações, usos e ∴ ∴ ∴ ∴ costumes estabelecidos pela Grande Loja Unidade de Inglaterra, bem como respeitar e fa- zer respeitar a Constituição e Regulamento Geral que merecem a aprovação da G L N F . ∴ ∴ ∴ ∴ Entre essas obrigações conta-se a aceitação dos Princípios de Base para todas as Grandes Lojas Regulares, cujo texto se divulga para conhecimento de todos os Irmãos. 1. Crença no Grande Arquitecto do Universo e na Sua vontade revelada Uma Grande Loja Regular deve admitir apenas os candidatos que professem claramente tais princípios. 2. Juramentos sobre o Livro da Lei Sagrada. Numa Grande Loja Regular exige-se que todos os Juramentos sejam feitos sobre o Livro da Lei Sagrada correspondente à crença Religiosa do membro que o pronuncia, de forma a ilu- minar espiritualmente a sua consciência. 3. Trabalhos na presença das três Grandes Luzes. Uma Grande Loja Regular e as Lojas colocadas sob a sua jurisdição, só poderão trabalhar Maçonicamente na presença de ou dos volumes da Lei Sagrada, do Esquadro e do Com- passo. 4. Discussões Políticas e Religiosas Uma Grande Loja Regular deve proibir formal e rigorosamente discussões deste tipo no de- curso dos trabalhos maçónicos das Lojas da sua jurisdição. 5. Masculinidade Uma Grande Loja Regular e as Lojas colocadas sob sua Jurisdição apenas podem receber ou admitir indivíduos do sexo masculino. Nenhuma Loja pode ter relações maçónicas com Lojas Mistas ou outros organismos que admitam a adesão de mulheres. 6. Soberania Uma Grande Loja Regular tem Jurisdição Soberana sobre todas as Lojas colocadas sob o seu controlo. A Grande Loja é um Organismo responsável, independente e autónomo e é o único qualificado para dirigir a Ordem e os Graus Simbólicos de sua Obediência (Aprendiz, /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 4
  • 5. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Companheiro e Mestre). Uma Grande Loja nunca pode ser subordinada a um Supremo Conselho ou qualquer outra Potência Litúrgica que reivindique qualquer espécie de autori- dade sobre os três primeiros Graus nem pode partilhar a sua autoridade com qualquer orga- nismo desse tipo. 7. Tradicionalismo Uma Grande Loja Regular deve fazer respeitar estritamente, na sua Obediência, os Land- marks, os Antigos Regulamentos os Usos e Costumes da Maçonaria Tradicional que per- manecem em vigor. 8. Regularidade de Origem Uma Grande Loja Regular tem que ser fundada por uma Grande Loja, Regular desde a sua existência, ou por um mínimo de três Grandes Lojas Regularmente Consagradas. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 5
  • 6. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues CERIMÓNIA DECORAÇÃO DA LOJA É semelhante aos dois graus anteriores, com excepção da posição das colunetas que são colocados junto dos três altares (do Venerável e dos Vigilantes). O quadro do grau será colocado pelo Experto no pavimento de mosaico, na abertura dos trabalhos. Sobre o altar coloca-se o Volume da Lei Sagrada e por cima deste um esquadro sobre o qual estará um compasso aberto de forma que as duas pontas fiquem sobre os dois lados do Esquadro. INSTRUÇÕES E NORMAS DE FUNCIONAMENTO EM LOJA No Rito Escocês Antigo e Aceite é normal atribuir, em Câmara do Meio, o titulo de Venerá- vel Mestre a todos os irmãos que deverão usar, obrigatoriamente, um chapéu negro. COLUNA DE HARMONIA 1. Abertura da Loja 7s a 3m27s Gluck - Dança de Orfeu (PAUSA 10s) 2. Entrada do Grão Mestre e Grandes Oficiais 10s a 1m28s Respighi - O Sonho de Salomão (PAUSA l0s) /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 6
  • 7. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues RITUAL DOS TRABALHOS ABERTURA DOS TRABALHOS Os Mestres não têm o chapéu posto. M V M - Golpe de malhete Venerável Mestre Primeiro Vigilante, que idade tens? 1º V - 5 anos, Muito Venerável Mestre. M V M - Dá-me a palavra de passe de companheiro. Pondo-se de pé e à ordem de Companheiro 1º V - SCH ... M V M - Podes ir mais longe? 1º V - Experimenta-me. M V M - És Mestre? 1º V - A acácia é minha conhecida. M V M - Golpe de malhete Venerável Mestre Segundo Vigilante, qual é o dever dos Vigilantes em Câ- mara do Meio ? 2º V - É certificar-se de que todos os Irmãos que decoram as Colunas são Mestres Maçons. M V M - Certifiquem-se disso, Veneráveis Mestres Primeiro e Segundo Vigilan- tes, cada um na respectiva Coluna e comuniquem-me o resultado. Golpe de malhete De pé, meus Irmãos, frente ao Oriente à ordem do Companheiro. O Primeiro e o Segundo Vigilantes, levando o respectivo malhete, dão a volta ao Templo, o primeiro sinistrorsum e o segundo dextrorsum. Cada Irmão põe-se à Ordem de Mestre à passagem daqueles. Os dois Oficiais voltam aos respectivos lugares. 2º V - Golpe de malhete Venerável Mestre Primeiro Vigilante, todos os Irmãos que decoram a Coluna do Norte são Mestres Maçons. 1º V - Golpe de malhete /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 7
  • 8. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Muito Venerável Mestre, todos os Irmãos que decoram as Colunas do Norte e do Sul são Mestres Maçons. Então, os Irmãos que se acham no Oriente põem-se à ordem do Mestre. Pondo o chapéu e colocando-se à Ordem de Mestre: M V M - O mesmo se verifica no Oriente. Então todos os Irmãos põem o chapéu. M V M - Golpe de malhete Veneráveis Mestres Experto e Mestre de Cerimónias, peço o vosso auxílio. Um antigo Venerável, ou, na sua falta, o Experto aproxima-se do Altar dos Juramentos e dispõe ritualmente o Compasso sobre o Esquadro, ficando os dois utensílios sobre o Volu- me da Lei Sagrada - o Experto coloca o quadro de Mestre sobre o pavimento mosaico, em cima do de Companheiro. O Mestre de Cerimónias apaga as estrelas que se acham nos pi- lares de Força e Beleza. M V M - Dá três vezes, três golpes de malhete Os Vigilantes repetem sucessivamente, aquelas baterias. O Experto e Mestre de Cerimónias, cruzam a espada e o bastão acima das três Grandes Luzes. M V M - À Glória do Grande Arquitecto do Universo, em nome da Maçonaria Universal e sob os auspícios da Grande Loja Regular de Portugal, em virtude dos poderes que me foram conferidos, declaro ritualmente aberta em Câma- ra do Meio esta R L de São João, constituída a Oriente de Cascais sob o ∴ ∴ nº 5 e o nome de M A D . ∴ ∴ ∴ A mim, Veneráveis Mestres. Pelo sinal penal, pela bateria e pela aclamação escocesa O–O-O O-O-O O-O-O HUZZA! HUZZA! HUZZA! M V M - Golpe de malhete Sentem-se, meus Irmãos. LEITURA DA ACTA Venerável Mestre Secretário, lê a prancha traçada dos nossos últimos traba- lhos em Câmara do Meio. O Venerável Mestre Secretário procede à leitura /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 8
  • 9. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues M. V. M. - Golpe de malhete Veneráveis Mestres, têm alguma observação a fazer sobre a redacção da prancha traçada que acabam de ouvir ? (Se não existirem observações) 1º V - Golpe de malhete Muito Venerável mestre, reina silêncio em ambas as colunas. M V M - Convido o Venerável Mestre Orador a apresentar as suas conclusões. O - Visto que nenhum dos Veneráveis Mestres aqui presentes fez qualquer ob- servação sobre a prancha traçada, proponho a sua aprovação. M V M - Aqueles que aprovam as conclusões do Venerável Mestre Orador fa- çam o sinal de assentimento ao meu Golpe de malhete. Golpe de malhete . Alguma opinião contrária? Golpe de malhete. A prancha traçada dos nossos últimos trabalhos está aprovada. Disso será feita menção na prancha de hoje. ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS M V M - Golpe de malhete Veneráveis Mestres, têm alguma proposta a apresentar no interesse da Or- dem em geral ou desta Câmara do Meio, em particular? 1º V - Golpe de malhete Muito Venerável Mestre, reina silêncio em ambas as colunas. PAUSA M V M - Venerável Mestre Primeiro Vigilante, que idade tens? 1º V - Sete anos e mais, Muito Venerável Mestre. M V M - Venerável Mestre Segundo Vigilante, a que horas costumam os Mes- tres Maçons encerrar os trabalhos? 2º V - À meia-noite, Muito Venerável Mestre. M V M - Venerável Mestre Primeiro Vigilante, que horas são ? 1º V - Meia-noite em ponto, Muito Venerável Mestre. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 9
  • 10. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues M V M - Visto que são horas, vamos encerrar os nossos Trabalhos em Câma- ra do Meio. De pé e à Ordem, Veneráveis Mestres; Veneráveis Mestres Experto e Mestre de Cerimónias, peço o vosso auxilio. O M.V.M. dá três vezes, três golpes de malhete, no que é seguido pelos Vigilantes, sucessi- vamente. O Experto e o Mestre de Cerimónias cruzam a espada e o bastão acima das três Grandes Luzes. M V M - À Glória do Grande Arquitecto do Universo, em nome da Maçonaria Universal e sob os auspícios da Grande Loja Regular de Portugal, declaro encerrados os Trabalhos em Câmara do Meio desta R L de S. João, ∴ ∴ constituída a Oriente de Cascais sob o nº 5 e o nome de M A D . ∴ ∴ ∴ A mim, Veneráveis Mestres, pelo sinal penal, pela bateria e pela aclamação escocesa: O-O-O O-O-O O-O-O HUZZA! HUZZA! HUZZA! M V M - Golpe de malhete Sentem-se, meus Irmãos Tira o chapéu no que é seguido por todos os Irmãos. O Experto entrelaça o Compasso e o Esquadro sobre o volume da Lei Sagrada. O Experto retira o quadro do terceiro grau, arruma-o, deixando aparecer o quadro do se- gundo grau. O Mestre de Cerimónias reacende as estrelas das colunetas de Força e Beleza e coloca-os, juntamente com a da sabedoria nos seus lugares. Segue-se o encerramento dos trabalhos no Segundo Grau e depois o Encerramento da Loja no Primeiro Grau utilizando-se os respectivos rituais. CERIMÓNIA DE ELEVAÇÃO A MESTRE PREPARAÇÃO DA LOJA A Loja será revestida de negro. Uma cortina negra, espessa, será colocada à altura dos degraus do Oriente, de modo a iso- lar, no momento oportuno, o Debir (Oriente) do Hekal (o resto do Templo). /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 10
  • 11. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues O DELTA, que se acha no Oriente, ficará aceso durante toda a cerimónia, mas a cortina de- verá ser bastante opaca para manter o resto do Templo na obscuridade. O candelabro sobre a mesa do Muito Venerável Mestre manter-se-á sempre aceso. A Estrela Flamejante será colocada no Ocidente, entre as Colunas, se possível acima da porta e será fracamente iluminada. A coluneta Jónica (Venerável Mestre) será colocada ao pé do Oriente, junto da pedra cúbi- ca. As outras duas colunetas serão colocadas junto das mesas dos Vigilantes, a fim de dei- xar vago o centro do Templo, mas estarão apagadas. Com a mesma finalidade, e em caso de necessidade, (Templo de pequenas dimensões) o Altar dos Juramentos será deslocado para cima dos degraus do Oriente, diante da cortina e sobre ele ficará o volume da Lei Sagrada, aberto, e sobre este coloca-se o Esquadro e por cima deste o Compasso. Ao pé dos degraus do Oriente, no ângulo nordeste, ficará uma mesa pequena, negra ou re- vestida de negro, e uma cadeira para o Muito Venerável Mestre que a ocupará depois da abertura dos trabalhos, no momento em que se iniciará a cerimónia de recepção. Sobre esta mesa e sobre as mesas dos Vigilantes, coloca-se uma luz cuidadosamente dissimulada que permita a leitura do Ritual, sem contudo espalhar a claridade ao redor. No centro da Loja coloca-se um caixão, cabeça para o Ocidente e pés para o Oriente ou, na falta de caixão, um lençol preto estendido no chão. A Ocidente, junto à cabeça do caixão, coloca-se um ESQUADRO, aberto para Ocidente e um ramo de Acácia; e a Oriente, junto aos pés do caixão, um COMPASSO aberto para o caixão. Dos lados do caixão, coloca-se uma régua a Norte e uma alavanca a Sul. A base dos ma- lhetes será estofada de negro, para que o som seja surdo. O átrio manter-se-á devidamente iluminado. Durante estes preparativos, o recipiendário terá sido colocado na Câmara de Reflexões; ele estará revestido do seu avental de Companheiro e sem luvas. Abertos os trabalhos, o Muito Venerável Mestre deixa a sua mesa e coloca-se por detrás da pequena coluneta colocada ao pé dos degraus. Os Veneráveis Mestres Orador, Secretário e os outros Veneráveis Mestres que se acham no Oriente seguem aquele e vão sentar-se nas Colunas. Todos os Veneráveis Mestres ficam sentados e conservarão o chapéu na cabeça, obser- vando profundo silêncio. O Venerável Mestre Experto, assistido por um segundo Experto ou pelo Venerável Mestre de Cerimónias, ambos armados de uma espada, saem da Loja e vão ao encontro do recipi- endário e sem lhe dirigirem palavra tomam-no, cada um por um braço e levam-no à porta do Templo. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 11
  • 12. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues N. B. - O Venerável Mestre de Cerimónias pode fazer a vez de segundo Experto. O Venerável Mestre convida o último Mestre recebido ou, na sua falta, um Mestre designa- do para o efeito, a deitar-se silenciosamente no caixão, os pés para Oriente e colocará so- bre a cara um lenço branco manchado de vermelho. Os dois Expertos conduzindo o, ou os recipiendários, batem como Companheiro (cinco pan- cadas) à porta do Templo. Terão o cuidado de manter o recipiendário de costas voltadas para a porta da Loja. Recomenda-se vivamente à Loja que proceda ao ensaio da cerimónia antes de a iniciar. É bastante difícil, para não dizer impossível realizá-la convenientemente sem ensaio prévio. Não pode ser improvisada à última hora, deve ser previamente preparada. O trabalho exigido a qualquer candidato para passar do 1º ao 2º grau, ou para a sua eleva- ção à mestria, deverá ser sempre acompanhado dum interrogatório sobre o catecismo, ele- mento essencial do ritual e do reconhecimento. No fim da cerimónia, o novo Mestre terá de adquirir um ritual do grau. No Ritual dos Mestres Luzes do Altar do Venerável No grau de Mestre, nas cerimónias de iniciação há apenas uma luz. As três luzes acendem-se apenas na altura em que a cortina preta do Oriente é aberta e a Loja consagra o novo Mestre. COLUNA DE HARMONIA 1. Abertura da Loja 7s a 3m27s Gluck - Dança de Orfeu (PAUSA 10s) 2. Entrada do Grão Mestre e Grandes Oficiais l0s a 1m 28s Respighi - O Sonho de Salomão (PAUSA 10s) /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 12
  • 13. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues RITUAL DE ELEVAÇÃO ORDEM DOS TRABALHOS Recepção do Companheiro no Templo I C - Venerável Mestre Segundo Vigilante, um companheiro bate à porta do Tem- plo. 2º V - Venerável Mestre Primeiro Vigilante, um companheiro bate à porta do Tem- plo. 1º V - Muito Venerável Mestre, um companheiro bate à porta do Templo. M V M - Quem é o Companheiro que ousa tentar penetrar nestes lugares? Quererá ele insultar a nossa dor? Venerável Mestre Primeiro Vigilante, vê quem é o Companheiro e o que pre- tende. 1º V - Venerável Mestre Segundo Vigilante, vê quem é o Companheiro que bate e pergunta-lhe o que pretende! 2º V - Venerável Mestre Cobridor, vê quem é o Companheiro que se apresenta e in- forma-nos do que pretende! Entreabrindo a porta I C - Quem vem lá? Respondendo do exterior I E - Trazemos um Companheiro que encontrámos por aqui e que parecia estar em meditação. M V M - Qual é o nome desse Companheiro? Como ousou aproximar-se deste lugar? O que é que ele procura? I E - É o Companheiro ... (nome) que subiu uma escada em caracol composta por três e cinco degraus, separados por um patamar. Encorajado pelos testemunhos de satisfação que recebeu dos seus Mestres e como recompensa pelo seu trabalho, ele tem esperança de ser admitido na Câmara do Meio. M V M - Golpe de malhete Sendo assim, dá entrada ao Companheiro. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 13
  • 14. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Faz-se entrar o recipiendário, andando aos recuos com as costas sempre voltadas para o Oriente. Ele é retido entre as duas colunas pelos Expertos que o manterão cada um por um braço. Fecha-se a porta da Loja e tudo fica no mais profundo silêncio durante um longo intervalo. Todos os Irmãos estarão numa atitude de tristeza. Venerável Mestre rompendo o silêncio dirige-se ao recipiendário que continuará voltado para o Ocidente M V M - Companheiro! Meditaste bem na audácia do teu procedimento? Tens as mãos bem puras? A tua consciência está totalmente tranquila? Recip - Sim, Venerável Mestre. Elevação ao Grau de Mestre M V M - Meu Irmão, uma grande calamidade caiu sobre a maçonaria e é por culpa dos seus próprios filhos que ela está neste estado. São precisamente aqueles a quem ela prodigalizou os seus favores que a traíram indignamente. Serás tu um desses ingratos? Continuas bem ciente dos deveres que ela te impôs quando da iniciação e cumpriste-os fielmente? Sê sincero! Será me- lhor para ti confessar os erros que lamentaremos contigo, do que procurar enganar-nos! A verdade, que é sempre descoberta, poderá vir ao de cima e teríamos então, que punir dois crimes ao mesmo tempo. Toma, pois, cuidado com as tuas palavras! Crês ter cumprido todos os teus deveres de homem honrado e de Maçon? Recip - Esforcei-me sempre em fazê-lo, Venerável Mestre. M V M - Venerável Mestre Experto! Revista as mãos do Companheiro! Mostra- me o seu avental, a fim de verificar se tudo está bem puro! O Irmão Experto toma as mãos do recipiendário, uma após a outra, e examina-as. Desaper- ta o avental do Companheiro e leva-o ao Venerável Mestre. I E - As mãos do Companheiro parecem-me puras. Eis o seu avental no qual não vejo qualquer mancha. M V M - Venerável Mestre Experto! Manda o Companheiro virar-se para o Ori- ente! A ordem é executada e, pela sua nova posição, o recipiendário pode ver o Irmão que está deitado no caixão. Aguarda-se algum tempo para que ele possa observar o aspecto da Lo- ja. O Irmão Mestre de Cerimónias apaga a Estrela Flamejante. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 14
  • 15. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues M V M - Companheiro, estás perante a causa do nosso luto e a razão da desconfian- ça que te mostrámos! A luz que nos alumiava desapareceu! O melhor dos nossos Irmãos caiu sob os golpes de infames assassinos e nós temos a infeliz certeza que tais bandi- dos são da classe dos Companheiros ... Tens porventura algum conhecimento do conluio formado contra a nossa Or- dem e contra os seus membros? Recip - Não, Venerável Mestre. M V M - Pois bem! Se estás inocente deste crime, podes prová-lo desde já. Aproxima-te deste cadáver que acaba de esfriar; se não és um dos seus as- sassinos, nem um dos cúmplices, não temerás que as feridas voltem a abrir e que o seu sangue corra de novo para te acusar. Venerável Mestre Experto, mostra ao Companheiro como deve proceder. Os Expertos fazem o Companheiro avançar com os passos de Companheiro, de modo que, na última passada ele fica à cabeça do Irmão deitado, do lado esquerdo. Então, ele passa sobre o caixão com três passadas partindo do pé direito, de forma que, ao terceiro passo, o recipiendário estará com os calcanhares juntos, ao pé do caixão, voltado para o Oriente. Nessa posição já não poderá ver o Irmão que estava deitado e que se levanta imediata- mente sem ruído, retomando o seu lugar nas Colunas. Tendo o recipiendário chegado ao Oriente, diz o M V M : M V M - Irmão Primeiro Vigilante! Notaste algum movimento, apesar das feri- das que sofreu o nosso infeliz Irmão? 1º V - Não, Venerável Mestre. M V M - Companheiro, visto que esta primeira prova te foi favorável, a nossa confiança começa a renascer. Dentro em pouco vamos revelar-te as circuns- tâncias do grave crime que foi cometido; antes porém, deves dar-nos a ga- rantia de que mesmo que não sejas admitido entre nós, não revelarás nada daquilo que venhas a saber, quer a profanos, quer a Aprendizes ou mesmo aos Companheiros teus Irmãos. Já deves agora compreender a importância que este segredo tem para, nós, visto que se trata de descobrir os autores do assassínio. Comprometes-te a guardar segredo com a tua palavra de Maçon? Recip - Sim, comprometo-me a guardar segredo pela minha palavra de Maçon. M V M - Pois bem, meu Irmão, registamos o teu compromisso. PAUSA /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 15
  • 16. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Os Expertos deixam o recipiendário. Os dois Vigilantes avançam e colocam-se um pouco atrás dele. O Primeiro Vigilante segura a alavanca, e o Segundo Vigilante a régua. M V M - O Maçon que nós choramos era quem iluminava os nossos trabalhos, que nos consolava nas nossas aflições e que mantinha a nossa coragem nas dificuldades. Ele desapareceu vítima de um detestável crime. O sábio Rei Salomão havia concebido o piedoso desígnio de erigir um templo ao GRANDE ARQUITECTO DO UNIVERSO, único lugar em que Ele recebe- ria o incenso dos homens. HIRAM ABIF, filho de um Sírio e de uma mulher de Israel, conhecedor de to- das as artes e especialmente da arquitectura e do trabalho dos metais, foi enviado a Salomão por HIRAM, Rei de Tiro, para levar a cabo esta nobre e vasta empreitada, e dirigir os obreiros de que foi nomeado chefe e superin- tendente. Para realizar tão grandes trabalhos, HIRAM escolheu diversos tra- balhadores, que sobre as suas ordens foram agrupados em três classes. Os primeiros, sob o título de aprendizes, ocupavam-se de abater árvores no Monte Líbano e prepará-las, a arrancar pedras brutas e mármores e a des- bastá-los. Os segundos, sob o título de companheiros, ocupavam-se de ter- minar as peças esboçadas pelos aprendizes e a colocá-las nos respectivos lugares sob a orientação dos operários da terceira classe; que eram denomi- nados mestres. Estes, recebiam directamente as ordens de HIRAM num lu- gar secreto que se chamava Câmara do Meio, que mais tarde, tornar-se-ia o santuário do Templo. Diz-se que os trabalhadores utilizados na construção do Templo eram 183.600 (cento e oitenta e três mil e seiscentos). É fácil concluir que seria di- fícil governá-los sem uma ordem estabelecida por HIRAM ABIF. Cada classe de obreiros tinha um sinal e uma palavra secreta que o trabalhador deveria dar ao tesoureiro para poder receber o seu salário; desta forma, ninguém po- deria receber salário diferente daquele atribuído à sua classe. Os aprendizes eram promovidos à classe dos companheiros após determina- do tempo, quando eles mereciam uma tal recompensa pelo seu zelo, pela sua inteligência e pela sua assiduidade ao trabalho. Da mesma forma, os companheiros que o mereciam, eram elevados à categoria de Mestres. HIRAM tinha, felizmente, conduzido os trabalhos quase até à perfeição e, em breve, o edifício estaria concluído e consagrado à sua finalidade. Mas, o es- pírito das trevas que via o seu reino ameaçado por causa deste Templo, de- sencadeou todas as paixões para tentar arruinar esta bela obra antes da sua conclusão e criar perturbação entre os obreiros, privando-os subitamente do seu chefe. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 16
  • 17. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Assim, instalou o veneno da inveja e do ciúme no espírito dos trabalhadores das categorias inferiores; inspirou-lhes a aversão pelo trabalho; fez nascer neles o desejo presunçoso de obterem salários mais elevados, sem a preo- cupação de os adquirirem pela assiduidade, pelo estudo e pela aplicação. Ele insinuou esse espírito de desordem mais particularmente entre os compa- nheiros que, sendo já iniciados nos primeiros segredos da arte, considera- vam-se vítimas da injustiça e da parcialidade, porque não tinham sido equipa- rados aos mestres. Contudo, o respeito que HIRAM sabia inspirar pela sua bondade, pelas suas virtudes, pela sua imparcialidade, continha ainda os espíritos revoltados e tudo iria talvez reentrar na ordem, quando três dos companheiros formaram o projecto de arrancar, a bem ou a mal, a palavra sagrada dos mestres, a fim de se introduzirem fraudulentamente na Câmara do Meio. Combinaram então entre si a forma de atacar de surpresa o nosso Mestre HIRAM. Eles resolveram que poderiam intimidar HIRAM com ameaças a fim de lhe arrancarem, pelo medo, o que não poderiam obter de livre vontade; mas, quer fossem bem sucedidos, quer não, estavam resolvidos a matá-lo, a fim de escaparem ao justo castigo desse comportamento. Contavam também po- der ocultar aos outros trabalhadores o conhecimento da sua comparticipação no assassínio do Mestre. Inútil pretensão! As ferramentas que eles utilizariam para cometer o crime, revelariam também a categoria dos obreiros em que se inseriam os autores! Tendo assim combinado o seu crime e tomado as necessárias medidas, es- peraram pelo momento, no fim do dia, em que os trabalhadores, terminadas as suas tarefas, deixariam a oficina; então, o Mestre que era sempre o últi- mo, ficaria sozinho e indefeso. PAUSA O Templo tinha três portas: uma a Oriente, que comunicava com a Câmara do Meio e que era reservada aos mestres; outra no Sul e uma terceira no Ocidente; esta era a entrada comum a todos os trabalhadores; era também por ela que HIRAM costumava retirar-se após ter verificado o trabalho do dia. Os conspiradores, que eram três, colocaram-se em cada uma daquelas, por- tas, a fim de que, caso o mestre escapasse a um, não poderia fugir aos ou- tros. PAUSA Após alguns instantes de espera, HIRAM saiu da Câmara do Meio para visi- tar os trabalhos e, como de costume, certificar-se de que os seus planos ha- viam sido correctamente executados. O mestre viu um dos conjurados, arma- /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 17
  • 18. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues do com uma pesada régua, perto da saída e perguntou-lhe a razão porque não tinha ido com os outros trabalhadores e o que pretendia de si. O companheiro respondeu-lhe descaradamente: "Mestre, há muito tempo que me manténs nas categorias inferiores; desejo finalmente avançar; admiti- me, pois, na classe dos mestres". - Eu não posso disse HIRAM com a sua habitual bondade - eu não posso decidir sozinho; é necessário consultar os meus irmãos; quando tiveres completado o teu tempo e estiveres devidamen- te instruído, será meu dever propor-te ao conselho dos mestres. "Estou bas- tante instruído e não te deixarei sem obter de ti a palavra dos mestres" - res- pondeu o companheiro. Estás louco? Não foi assim que eu a recebi e não é assim que ela pode ser pedida! Trabalha e serás recompensado" - prosseguiu HIRAM. O companheiro insistiu e passou à ameaça. HIRAM, sempre bondoso, mas firme, respondeu com calma que era inútil ele esperar obter, por essa via, o beneficio que solicitava. Fez o gesto com a mão para o levar a retirar-se; no mesmo instante, o bandido quis dar-lhe uma violenta pancada na cabeça com a régua que tinha na mão. Contudo, o golpe foi desviado por um gesto de HIRAM e a régua caiu sobre o ombro direito do mestre, paralisando-lhe os movimentos do braço e incapacitando-o de desarmar o adversário. O Segundo Vigilante bate com a sua régua, levemente, no ombro direito do recipiendário. HIRAM tenta sair precipitadamente pela porta do Sul. Mas ali, era esperado pelo segundo conjurado que, de uma forma ainda mais áspera, lhe pediu a palavra de mestre. HIRAM, que começou aperceber o pe- rigo que corria, sobretudo se fosse perseguido pelo primeiro companheiro, correu para a porta do Ocidente, dando a mesma resposta que já havia dado ao primeiro conjurado. Mas não fugiu com a rapidez suficiente para evitar um golpe de alavanca que o miserável tentou dar-lhe na cabeça e que só o atin- giu na nuca. O Primeiro Vigilante dá, com a sua alavanca, um leve golpe na nuca do recipiendário. Completamente atordoado com este golpe, o mestre dirigiu-se vacilante para a última saída do Templo, por onde tentou ainda escapar-se. Aí foi travado pelo terceiro conjurado que lhe repetiu o pedido de palavra de mestre, recu- sando-se uma vez mais, HIRAM, a trair o segredo mesmo que o matassem. Nesse instante, o terceiro companheiro, aplica-lhe violento Golpe de malhete na cara que o fez imediatamente cair de vez. Dizendo estas palavras, o Muito Venerável Mestre levanta-se, aproxima-se do recipiendário e simula o golpe com o malhete. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 18
  • 19. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Imediatamente os dois Vigilantes derrubam o companheiro e deitam-no no caixão que está atrás dele, cobrem-no com um pano preto e tapam-lhe a cara com o seu avental. Colocam a seguir, um ramo de acácia sobre o corpo. O Muito Venerável Mestre regressa ao seu lugar. M V M - Assim caiu o homem justo, que permaneceu fiel ao seu dever até à morte. Os Vigilantes regressam aos respectivos lugares. Durante alguns momentos observa-se o mais rigoroso silêncio. Então: M V M - Meus Irmãos! Depois do trágico acontecimento que nos privou do Mestre, o mundo, para nós, ficou nas mais espessas trevas. Todos os traba- lhos estão suspensos. Que poderemos fazer para recuperar a Luz? Meus Irmãos, que tristeza, que desalento. Se o homem duma tão eminente virtude teve de sucumbir, como poderemos nós esperar melhor sorte? Aliás, só ele possuía o segredo da obra começada; quem ousaria apresentar-se para o substituir? Meus Irmãos, não percamos a coragem. Após termos chorado o nosso Mes- tre, procuremos o seu corpo que os assassinos certamente esconderam, a fim de rendermos as honras devidas aos restos mortais. Talvez possamos re- colher alguns indícios da sua sabedoria; talvez a luz possa ainda reaparecer! Meus Irmãos, pesquisem do Ocidente a Oriente, do Norte ao Sul, até que consigam descobrir o lugar sagrado em que esses indignos poderão ter es- condido o corpo do nosso Respeitável Mestre. Os Veneráveis Mestres Experto e Mestre de Cerimónias, seguidos de sete Veneráveis Mes- tres dão volta à Loja, dextrorsum. Seguidamente param de forma que o Experto fique junto do ramo de acácia. Segundo Vigilante do seu lugar 2º V - Esse ramo funerário, essa acácia, indica uma sepultura. Não foi plantada à muito tempo; talvez esconda o túmulo do nosso Respeitável Mestre HI- RAM.... Primeiro Vigilante do seu lugar 1º V - Sim! Foi dito que a sabedoria se acha à sombra da acácia! Este lugar deserto leva-me a crer que poderá ser, de facto, o túmulo do nosso Mestre. Mas, o que é isto? Já não tenho dúvidas, vejo um esquadro e um compasso que pa- recem ter, sido ali colocados propositadamente. Não toquemos nessa terra até avisarmos o Mestre! Três Irmãos ficam aqui, enquanto nós vamos relatar a nossa descoberta. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 19
  • 20. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Três Mestres colocam-se ao lado do caixão, dois à cabeceira, à direita e à esquerda e o ter- ceiro aos pés, de frente para o corpo. O Experto; o Mestre de Cerimónias e os outros Mes- tres voltam aos respectivos lugares. 1º V - Golpe de malhete M V M - Golpe de malhete Que tens a comunicar-me, meu Irmão? 1º V - Ao caminhar para o Oriente encontrámos à luz do crepúsculo uma acácia e à sua sombra, um túmulo cuja terra ainda está fresca; um esquadro e um com- passo colocados por cima, fizeram-nos pensar que é ali que repousa o nosso Mestre HIRAM; mas não nos atrevemos a perturbar o repouso do seu cadá- ver e apressámo-nos a vir comunicar-te esta descoberta. Pedimos-te que ve- nhas connosco verificar se as nossas suposições são correctas. Três dos nossos Irmãos ficaram a guardar aquele respeitável lugar. M V M - Meus Irmãos, não percamos tempo. Confirmemos as vossas suposi- ções. Levem-me até ao local Golpe de malhete De pé e à ordem, meus Irmãos! O Venerável Mestre deixa o seu lugar precedido pelo Experto. Os dois Vigilantes vão juntar- se a ele; os três dão a volta à Loja e regressam à cabeceira do caixão. Então, os três Mes- tres, que ficaram a guardar o túmulo, colocam-se junto daqueles. à sua aproximação, diz o 2º V - Reconheço os nossos Irmãos a quem confiamos a guarda do túmulo. Eis o sinal que chamou a nossa atenção. Eis a acácia! M V M - Aproximemo-nos. Dizendo isto, o Muito Venerável Mestre e os Veneráveis Mestres Vigilantes aproximam-se da cabeceira do caixão. O Muito Venerável Mestre retira o avental que tapa a cara do reci- piendário e exclama: É HIRAM, o nosso Mestre! Elevando ambas as mãos, volvendo os olhos para cima e deixando cair as mãos para as coxas, acrescenta: Óh meu Deus! Seguidamente retira o lençol, descobrindo inteiramente o recipiendário e diz: Valha-me Deus! Pela maneira como ele está colocado e pelas ferramentas aqui abandonadas, não é difícil concluir qual a categoria dos trabalhadores em que devemos procurar os culpados! /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 20
  • 21. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Parece que ele ainda respira. A sua nobre face, respeitada pela morte, expri- me a calma da consciência e a paz da alma, tão profundamente estavam em si gravados os traços da virtude. PAUSA Meus Irmãos, levemos para a oficina os restos mortais tão queridos e tão preciosos a fim de lhes dar-mos uma sepultura mais conveniente! O Venerável Mestre de Cerimónias retira o esquadro, o compasso e os outros utensílios co- locados em volta do caixão. Os três Veneráveis Mestres que guardavam o túmulo voltam aos respectivos lugares. O Venerável Mestre e os dois Vigilantes vão colocar-se no Ociden- te, junto do caixão, ficando o Primeiro Vigilante à direita e o Segundo Vigilante à esquerda do Venerável Mestre. PAUSA O Irmão Segundo Vigilante pega então no indicador da mão direita do recipiendário e diz fingindo que o dedo lhe escapa: 2º V - A carne solta-se dos ossos! O Irmão Primeiro Vigilante pega logo no dedo médio da mesma mão do recipiendário e diz: 1º V - “J ... N” Mas o dedo também se lhe escapa, e acrescenta: 1º V - Tudo se desune! M V M - Lembremo-nos, meus Irmãos, que nada conseguimos sem o auxílio dos outros. Ajudem-me! Então o Muito Venerável Mestre coloca-se junto do recipiendário, põe o seu pé direito con- tra os pés daquele, inclina-se e toma-lhe a mão direita com o toque de Mestre puxando-o para si ajudado pelos Vigilantes que amparam o recipiendário pelas axilas, erguendo-o duma vez. Seguidamente, o Muito Venerável Mestre coloca o seu joelho direito contra o jo- elho direito do recipiendário e pousa a sua mão esquerda no ombro daquele. Os Vigilantes colocam também a mão esquerda do recipiendário entre o ombro e o pescoço do Muito Ve- nerável Mestre. Assim, o Muito Venerável Mestre recebe-o pelos Cinco Pontos Perfeitos da Mestria, dá-lhe o beijo fraterno e diz-lhe em voz baixa: "M ... N!" Deus seja louvado! O Mestre foi reencontrado e reaparece mais radioso que nunca! PAUSA /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 21
  • 22. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues O Venerável Experto coloca-se ao lado do recipiendário. O Venerável Mestre de Cerimóni- as afasta prontamente a cortina que tapava o DEBIR e reacende todas as luzes de modo a tornar o Templo o mais iluminado possível. O Venerável Mestre retoma o seu lugar no Ori- ente. Os Vigilantes voltam aos respectivos lugares. M V M - Golpe de malhete Meus Irmãos, sentemo-nos. Venerável Mestre de Cerimónias peço o teu au- xilio. O Venerável Mestre de Cerimónias, ajudado por quem determinar, faz desaparecer, sem ruído, o caixão bem como a pequena mesa e a cadeira que serviram ao Venerável Mestre e depois repõe, se for o caso, o Altar dos Juramentos no lugar habitual. Coloca no pavimento mosaico os quadros dos três graus, sobrepostos de forma a apresentar o do terceiro grau tendo por baixo o do segundo e depois o do terceiro que serão depois postos em evidência, sucessivamente, aquando do encerramento dos trabalhos. O Mestre de Cerimónias volta para junto do recipiendário. M V M - Golpe de malhete Meus Irmãos, celebremos por aclamações de alegria este dia feliz que devol- ve à nossa entristecida Loja a luz que julgávamos perdida para sempre! O nosso Mestre revive, ao renascer na pessoa do nosso muito querido Irmão (nome)! 1º V - Golpe de malhete Meus Irmãos, unamo-nos ao Muito Venerável Mestre para celebrarmos o re- gresso da Luz e da Verdade! 2º V - Golpe de malhete Meus Irmãos, unamo-nos ao Muito Venerável Mestre para celebrarmos o re- gresso da Luz e da Verdade! M V M - Golpe de malhete De pé e à Ordem, meus Irmãos! A mim, pelo sinal penal. Pela bateria e pela aclamação escocesa: O-O-O O-O-O O-O-O HUZZA! HUZZA! HUZZA! PAUSA JURAMENTO O Venerável Experto coloca-se ao lado do recipiendário. O Venerável Mestre de M.V.M. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 22
  • 23. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues M V M - Agora, meu Irmão ... (nome), vais prestar o solene juramento de Mestre Ma- çon, aceitas? Recip - Aceito, Venerável Mestre. M V M - Veneráveis Mestre Experto e Mestre de Cerimónias, peço o vosso au- xílio. O Venerável Mestre de Cerimónias faz ajoelhar o recipiendário como na ocasião dos jura- mentos para o primeiro e segundo graus. Nesta posição, o recipiendário aguarda que o Ve- nerável lhe dite a formula. Os Veneráveis Mestres Experto e Mestre de Cerimónias cruzam a espada e o bastão acima do recipiendário de modo a que eles formem um esquadro. O Venerável Mestre dá um Golpe de malhete, repetido pelo primeiro e segundo Vigilantes. M V M - Golpe de malhete De pé e à Ordem, meus Irmãos! Dirigindo-se ao recipiendário M V M - Meu muito querido Irmão (nome), repete comigo: Compromisso Eu, ... (nome) de minha livre vontade, na presença do GRANDE ARQUI- TECTO DO UNIVERSO e desta respeitável Assembleia de Mestres Ma- çons, juro e prometo solene e sinceramente, nunca revelar a qualquer profano, ou mesmo a qualquer Aprendiz ou Companheiro, os segredos do grau de Mestre. Juro e prometo cumprir fielmente e com zelo as obri- gações que são impostas por este Sublime Grau. Renovo a promessa de amar os meus Irmãos, de socorrê-los e ir em seu auxilio. Se Alguma vez me tornar perjuro que, segundo o castigo tradici- onal, o meu corpo seja cortado em dois e que eu seja desonrado para sempre e que não fique de mim memória junto dos Maçons. Que o Grande Arquitecto me ajude e me livre duma tal infelicidade! Após este compromisso, o Venerável Mestre pega na espada com a mão esquerda, coloca- a sobre a cabeça do recipiendário e diz: M V M -À glória do GRANDE ARQUITECTO DO UNIVERSO, em nome da Maçonaria Universal, sob os auspícios da Grande Loja Regular de Portugal, em virtude dos poderes que me foram conferidos, Irmão ... (nome) eu te recebo e constituo Mestre Maçon. Tens daqui em dian- te, o poder de comandar tanto os Companheiros como os Aprendizes. Fá-lo condignamente. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 23
  • 24. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Seguidamente o Muito Venerável Mestre dá três golpes de malhete na lâmina da espada, coloca-os no lugar e ergue o recipiendário. M V M - Meu Irmão ... (nome), aproxima-te e recebe de mim o abraço fraterno em nome de todos os Mestres desta Respeitável Loja. Abraça o novo Mestre M V M - Golpe de malhete. Sentemo-nos, meus Irmãos. Meu Irmão, daqui em diante trabalharás na prancheta e receberás o teu salário na Câmara do Meio. Agora vou comunicar-te os segredos do grau de Mestre de Maçon. O novo Mestre executa as instruções guiado pelo Venerável Mestre Experto E - Meu Irmão, os segredos do grau de Mestre consistem em quatro sinais, um toque, duas palavras, os cinco pontos perfeitos e uma marcha. Sinal de Ordem Leva a mão direita horizontalmente ao flanco esquerdo, tendo os dedos es- tendidos e juntos, mas o polegar separado em esquadria. Sinal Penal Estando à ordem, desloca horizontalmente a mão direita, da esquerda para a direita, como se cortasse o corpo em duas partes; em seguida deixa cair a mão. Trata-se de uma alusão ao castigo tradicional referido no teu juramento. Sinal de Horror Ergue as mãos acima da cabeça, tendo os dedos estendidos e separados e diz: A S M D ! ∴ ∴ ∴ ∴ Após esta exclamação deixa cair as mãos sobre o avental, para marcar a surpresa e o abatimento. Executa este sinal ao entrares na Câmara do Meio, depois deteres feito o sinal penal. Sinal de Socorro Se alguma vez te encontrares em grave perigo, chama os Irmãos em teu so- corro, com o seguinte sinal: atira o pé direito para trás, com o busto inclinado; ergue ambas as mãos acima da cabeça, tendo os dedos entrelaçados, as palmas viradas para cima e exclama: A M O F D V ! ∴ ∴ ∴ ∴ ∴ ∴ /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 24
  • 25. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Toque Pressiona o polegar sobre a primeira falange do dedo médio do Irmão reco- nhecido. Trata-se do pedido da palavra de passe. Palavra de Passe T ... Os Cinco Pontos Perfeitos da Mestria 1. Toma-me a mão direita com a tua mão direita, formando uma garra. 2. Coloca o teu pé direito contra o meu pé direito pelo interior. 3. Coloca o teu joelho direito contra o meu joelho direito. 4. Cada um coloca a sua mão esquerda no ombro direito do outro, da parte de trás, para ficarmos mais apertados e abraçamo-nos. 5. É somente nesta posição que se comunica a palavra sagrada, silabando- a alternativamente de um ouvido ao outro. Palavra Sagrada No Rito Escocês Antigo e Aceite, a que nós pertencemos, a palavra é "M∴ B ". Outros Ritos empregam a palavra "M B " que é conveniente fixar ∴ ∴ ∴ também para reconhecimento eventual de Mestres pertencentes a esses Ri- tos. Marcha do Mestre Dão-se os três passos de Aprendiz; seguidamente pomo-nos de Ordem de Aprendiz e executa o sinal. Em seguida faz os dois passos de companheiro seguidos do sinal de grau. Finalmente, põe-se à Ordem de Mestre e dá um passo à direita, descrevendo um arco com o pé direito obliquamente para a frente e à direita e junta o pé esquerdo, em esquadria; seguidamente um passo à esquerda, descrevendo uma curva como se para transpor um cai- xão; depois passa o pé direito que vamos juntar ao esquerdo, também em esquadria; finalmente, coloca-se de novo na linha mediana, levando obliqua- mente para a frente e à direita, primeiro o pé direito e depois o pé esquerdo, unindo-os em esquadria. Esta marcha termina-se pelo sinal penal, seguido do sinal de horror e da ex- clamação ritual. Bateria É constituída por três batidas de palmas feitas três vezes. O-O-O O-O-O O-O-O /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 25
  • 26. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues Isto é, são nove palmadas, com duas pequenas pausas depois de cada três batidas. Idade Sete anos e mais. PAUSA M V M - Golpe de malhete Venerável Mestre Experto e Mestre de Cerimónias, a acompanhem o novo Mestre junto do Venerável Primeiro Vigilante para que seja reconhecido por ele como Mestre Maçon. Os Irmãos executam a ordem recebida. O novo Mestre, à Ordem de Mestre, de frente para o Venerável Primeiro Vigilante executa o sinal penal e depois o sinal de horror. Seguida- mente aproxima-se do Venerável Primeiro Vigilante e forma com este os "cinco pontos per- feitos da Mestria" e troca, em voz baixa., a palavra sagrada. Depois põe-se, de novo, à Or- dem de Mestre. 1º V - Muito Venerável Mestre, o Irmão ... (nome) fez-se reconhecer por mim como Mestre Maçon. O Experto e o Mestre de Cerimónias voltam a colocar o novo Mestre entre as colunas, onde permanece à Ordem. M V M - Golpe de malhete Irmão Experto, peço-te que revistas o nosso novo Mestre com o avental e lhe devolvas as suas luvas. O Experto cumpre a ordem. Venerável Mestre ... (nome) é assim que, futuramente, deverás apresentar-te em Loja. PAUSA RECONHECIMENTO DO MESTRE M V M - Golpe de malhete De pé e à Ordem, Veneráveis Mestres. Convido-os a reconhecer daqui em diante, como Mestre Maçon, o Irmão (nome) que se acha entre colunas e a dispensar-lhe todos os direitos e prerrogativas inerentes ao terceiro grau da Maçonaria. Veneráveis Mestres Primeiro e segundo Vigilantes, peço-vos que convidem os Veneráveis Mestres que estão nas Colunas, como eu o faço aos /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 26
  • 27. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues que estão no Oriente, a celebrar por uma bateria de alegria a feliz aquisição que acaba de fazer a Câmara do Meio, na pessoa do nosso Irmão (nome). 1º V - Golpe de malhete Venerável Mestre Segundo Vigilante e Veneráveis Mestres que decoram a Coluna do Sul, o Muito Venerável Mestre convida-os a celebrar por uma ba- teria de alegria a feliz aquisição que acaba de fazer a Câmara do Meio na pessoa do nosso Irmão (nome). 2º V - Golpe de malhete Veneráveis Mestres que decoram a Coluna do Norte, o Muito Venerável Mes- tre convida-os a celebrar por uma bateria de alegria, a feliz aquisição que acaba de fazer a Câmara do Meio, na pessoa do nosso Irmão (nome). 1º V - O anúncio está feito, Muito Venerável Mestre. M V M - Golpe de malhete A mim, Veneráveis Mestres, meus Irmãos, pelo sinal, pela bateria e pela aclamação escocesa. O-O-O O-O-O O-O-O HUZZA! HUZZA! HUZZA! /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 27
  • 28. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues CATECISMO PREÂMBULO É indispensável realizar, pelo menos duas vezes por ano, uma sessão em Câmara do Meio, destinada à instrução de todos os Mestres no ritual do grau. No decurso dessa sessão, procede-se à leitura do texto que se segue e um irmão deverá apresentar uma peça, de arquitectura sobre o simbolismo do grau. Quando a referida instrução for dada em Câmara do Meio, o Primeiro Vigilante faz as per- guntas e o Segundo Vigilante dará as respostas. As respostas que deverão ser dadas textu- almente estão indicadas com letras maiúsculas. INSTRUÇÕES P. - És Maçon? R. - O meus Irmãos reconhecem-me como tal. P. - Qual é a finalidade da Maçonaria? R. - Esclarecer os homens para torná-los melhores. P. - Onde trabalhas? R. - Numa oficina denominada Câmara do Meio. P. - Que significa essa denominação? R. - Significa que o Maçon que atingiu tal grau de instrução ocupa se a traçar, dentro de si, os planos que devem ser seguidos pelos obreiros que se encontram sob a sua vigi- lância. P. - Quais são os obreiros colocados sob a tua vigilância? R. - São os Companheiros e os Aprendizes. P. - Por acaso és Mestre? R. - A acácia é minha conhecida. P. - Como te tornaste Mestre Maçon? R. - Passando do Esquadro ao Compasso sobre o túmulo do nosso Respeitável Mestre HI- RAM. P. - Como chegaste à Câmara do Meio? /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 28
  • 29. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues R. - Subindo uma escada dividida em três partes por três patamares: um lanço de três de- graus, outro de cinco e o último de sete. P. - Que significam esses patamares e o número de degraus que subiste? R. - O primeiro patamar, ao qual se chega por três degraus, é a imagem da iniciação nos mistérios da Maçonaria; o segundo patamar, a que se chega por cinco degraus, é o emblema dos conhecimentos adquiridos no segundo grau, simbolizado pela Estrela Flamejante; e o terceiro patamar, que se atinge depois de sete degraus, representa as sete artes liberais cujo conhecimento me tornou digno de ser recebido no grau de Mestre. P. - Que instrução te foi dada no primeiro grau? R. - Fizeram-me conhecer a existência de Deus, Criador de tudo o que existe. P. - Que aprendeste no segundo grau? R. - Começaram por ensinar-me a conhecer-me a mim mesmo; dirigiram-me para o estudo das artes úteis à sociedade. P. - Que ensinamento tiraste desses primeiros conhecimentos? R. - Pelo estudo das faculdades intelectuais e dos segredos da natureza fui levado a apro- fundar o conhecimento até ao Trono do Grande Arquitecto do Universo. P. - Que vens aqui fazer? R. - Buscar a palavra de Mestre que se havia perdido. P. - Como se perdeu a palavra de Mestre? R. - Por três grandes golpes. P. - Quais são esses três grandes golpes? R. - São os que recebeu o nosso Respeitável Mestre quando foi assassinado à porta do Templo por três Companheiros que pretenderam arrancar-lhe a palavra de Mestre ou a vida. P. - Tendo sido perdida a palavra, como foi possível recuperá-la? R. - Desconfiando do assassinato de HIRAM e receando que a palavra de Mestre lhe tives- se sido arrancada à custa de tortura, os Mestres acordaram entre si que a primeira pa- lavra que fosse proferida quando o encontrassem, serviria para se reconhecerem futu- ramente. O mesmo se passou com o sinal e o toque. P. - Quantos Mestres foram enviados à procura de HIRAM? R. - Nove. P. - Onde foi encontrado o corpo do nosso Respeitável Mestre? /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 29
  • 30. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues R. - Num montão de escombros de cerca de nove pés cúbicos sobre o qual havia sido plantado um ramo de acácia. P. - Para que serviria tal ramo? R. - Para os traidores reconhecerem o sítio onde haviam escondido o corpo de HIRAM que eles tencionavam transportar para lugar mais longínquo. P. - Que fizeram do corpo do nosso Respeitável Mestre? R. - Salomão mandou enterrá-lo muito próximo do santuário do Templo e mandou colocar sobre o túmulo uma medalha de ouro, triangular, sobre a qual estava gravada a antiga palavra de Mestre que significa Deus, em hebreu. P. - Que dimensão tinha o túmulo? R. - Tinha sete pés de comprimento, cinco de largura e três de profundidade. P. - De que forma foste recebido Mestre Maçon? R. - Pelos "Cinco Pontos Perfeitos da Mestria", pela "Palavra Sagrada substituía", M B , ∴ ∴ que me foi comunicada pelo Venerável Mestre. P. - Que significa essa palavra? R. - Significa o Filho do Pai ou a Nova Vida. P. - Quais são os outros meios para reconhecimento dos Mestres? R. - O toque, a palavra de passe, o sinal de ordem, o sinal penal, o sinal de horror e o sinal de angústia. P. - Dá-me a palavra de passe. R. - T... P. - Que significa essa palavra? R. - É o nome do artista que, em primeiro lugar, conseguiu trabalhar os metais; ela signifi- ca "os bens deste mundo". P. - O que podem significar os passos da marcha do Mestre? R. - Enquanto os passos do Aprendiz e do Companheiro são dados rente ao chão, os pas- sos do Mestre, passando sobre o corpo de HIRAM, descrevem uma curva que é traça- da com um compasso; é, portanto, a passagem do Esquadro ao Compasso, do plano da matéria para o do espírito. Enfim, a passagem do Mestre por cima do túmulo alude ao maior dos mistérios, sobre o qual é conveniente meditar em silêncio, e pensar no fim terreno de todo o destino humano. P. - Que idade tens? /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 30
  • 31. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues R. - Sete anos e mais. P. - Que significa isso? R. - Que, chegado à sabedoria, o Mestre Maçon está em condições de se aproximar do Conhecimento. P. - Executa a bateria do terceiro grau. R. - O-O-O O-O-O O-O-O P. - Qual é a aclamação? R. - HUZZA! HUZZA! HUZZA! P. - Qual é o significado? R. - Aquela palavra significa: "ESTA É A MINHA FORÇA": alusão ao G A D U . ∴ ∴ ∴ ∴ P. - Que farias, se estando em grande perigo, precisasses do socorro dos teus Irmãos? R. - Faria o "sinal de socorro", exclamando: A M O F D V ! ∴ ∴ ∴ ∴ ∴ ∴ P. - Quais são os sustentáculos da Loja de Mestre? R. - São três colunetas chamadas Sabedoria, Força e Beleza. P. - Quem lhes deu esses nomes? R. - O Rei Salomão, Hiram, Rei de Tiro e HIRAM arquitecto do Templo. P. - Porque se atribui a Sabedoria a Salomão? R. - Porque ele recebeu esse dom de Deus e foi, de facto, o rei mais sábio do seu tempo. P. - Porque se atribui a Força ao rei de Tiro? R. - Porque ele forneceu a Salomão a madeira e os materiais necessários à construção do Templo. P. - Porque se atribui a Beleza a HIRAM? R. - Porque, como Arquitecto do Templo, ele criava todos os ornamentos que deveriam de- corar aquele magnifico monumento. P. - Os três nomes das colunetas não encerram qualquer outro significado? R. - Sim, Venerável Mestre. As colunas simbolizam a divindade; a Sabedoria, a sua essên- cia; a Força, a sua potência infinita; a Beleza exprime quão perfeitas são as obras de Deus. P. - Quais devem ser as qualidades de um Mestre Maçon? R. - Sabedoria, Força e Beleza. /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 31
  • 32. GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues P. - Como pode ele reunir qualidades tão raras? R. - Sabedoria no seu comportamento, Força na união com os seus Irmãos e Beleza no seu carácter. P. - Como se chama um Mestre? R. - Gabaon, que é o nome do lugar onde os Israelitas depositaram a arca da aliança nos tempos difíceis. P. - Que significa isso? R. - Que o coração de um Maçon deve ser suficientemente puro para se constituir num Templo agradável ao G A D U . ∴ ∴ ∴ ∴ P. - Em que trabalham os Mestres? R. - Na prancheta para desenhar. P. - Onde recebem eles o salário? R. - Na Câmara do Meio. P. - Como viajam os Mestres? R. - Do Ocidente para o Oriente e sobre toda a superfície da terra. P. - Porquê? R. - Para ali espalharem a Luz e reunirem o que está disperso. P. - Se perderes um dos teus Irmãos, onde o encontrarás? R. - Entre o Esquadro e o Compasso. P. - Explica-me isso. R. - O Esquadro e o Compasso são os símbolos da Sabedoria e da Justiça: um bom Ma- çon nunca deverá afastar-se deles. Impresso Sábado, 6 de Maio de yyyy, ás 10:59 (versão 2) /home/kurumin/documentos/mac/MM-1.doc Página 32