O documento resume o julgamento de dois membros da família Ntakirutimana por crimes cometidos durante o genocídio de Ruanda em 1994. O filho foi condenado a 25 anos de prisão por assassinato e ataques contra tutsis, enquanto o pai, um pastor, recebeu 10 anos por levar atacantes a uma igreja e ordenar a morte de refugiados. O documento também menciona o gerente de hotel Paul Rusesabagina, que salvou mais de mil pessoas e ficou conhecido como o "Oskar Schindler
5. Continuação
Ele foi sentenciado a 25 anos de prisão, pela morte de duas pessoas e por atirar
em refugiados tutsis em vários locais. Foi condenado também por participar em
vários ataques contra tutsis na Colina de Murambi e na Colina de Muyira, no
Ruanda. O pai, o Pastor Elizaphan Ntakirutimana, 78 anos, presidente da
associação da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Mugonero, no oeste do
Ruanda, foi condenado a 10 anos de prisão por crimes a menores. O presidente
Elizaphan levou os atacantes para a Igreja Adventista de Murambi, em Bisesero,
onde era pastor, e ordenou a remoção do telhado do edifício, a fim de localizar
os tutsis que lá estavam abrigados. O ato conduziu à morte de muitos dos que
estavam no local. Consigo levou os atacantes a vários locais, para caçar os tutsis.
7. "Nós desejamos informá-lo de que amanhã seremos mortos juntamente com
nossas famílias“.
As milícias hútu, segundo testemunhas, chegaram pouco tempo depois com os
Ntakirutimanas. Só alguns tutsis sobreviveram às agressões. Os Ntakirutimanas
disseram no tribunal que eles tinham deixado a área antes dos assassinatos. O
presidente Elizaphan Ntakirutimana fugiu para os Estados Unidos depois do
massacre, mas foi extraditado para a Tanzânia.
O gerente do Hotel Mille Collines, em Kigali, foi o responsável pelo salvamento de
1.268 tutsis e hútus, abrigando-os no hotel. Paul Rusesabagina ficou
mundialmente conhecido ao ser retratado no filme Hotel Ruanda. Rusesabagina,
hoje residente da Bélgica afirma que se não forem tomadas posições firmes contra
o tribalismo em Ruanda, o genocídio poderá voltar a ocorrer, agora pelas mãos dos
tutsis, "governantes" do país desde o fim dos assassinatos. Rusesabagina ficou
conhecido como o Oskar Schindler de Ruanda.