SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
Baixar para ler offline
TEORIA MUSICAL
O QUE É MÚSICA?
A música é a arte de combinar bem os sons. Este, tem quatro propriedades:
1. Duração – tempo de produção do som.
2. Intensidade – som mais forte ou mais fraco.
3. Altura – som mais grave ou mais agudo. (Pitch)
4. Timbre – permite reconhecer a origem do som. (Voice of Instrument)
PAUTA/PENTAGRAMA
É o conjunto de 5 linhas paralelas, horizontais, formando entre si 4 espaços onde se
escrevem as notas.
As linhas e os espaços se contam de baixo para cima. As notas podem ser escritas
nas linhas e nos espaços.
5a
linha _____________________________________________
4a
linha _____________________________________________ 4o
espaço
3a
linha _____________________________________________ 3o
espaço
2a
linha _____________________________________________ 2o
espaço
1a
linha _____________________________________________ 1o
espaço
NOMES DAS NOTAS
A música é a verdadeira linguagem universal.
É muito mais fácil aprender a ler música do que aprender a ler um idioma falado.
As palavras do texto da música são feitas com as notas, e há somente sete notas no
alfabeto musical. Seus nomes são:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
TECLAS DE PIANO
Aqui está uma seção do teclado de piano.
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Os sete sons musicais encontram-se nas notas brancas de Dó até Dó, como neste
desenho. Como compreende 8 notas, de Dó a Dó, chama-se "uma oitava", e de cada
oitava temos uma ESCALA.
CLAVE
As linhas da pauta em si não nos dizem nada, porque tem que haver um sinal de
clave para dar nome às notas.
Temos que observar um sinal que se encontra no princípio da pauta e que se chama
clave.
Há sete claves, mas aqui vamos estudar as duas que se usam na música dos nossos
hinários.
Clave de Sol Clave de
Fá
NOMES DAS LINHAS DA CLAVE DE SOL
Mil sol Si re fa
NOMES DOS ESPAÇOS DA CLAVE DE SOL
Fá la do mi
NOMES DAS LINHAS DA CLAVE DE FÁ
Sol si re fa la
NOMES DOS ESPAÇOS DA CLAVE DE FÁ
La do mi sol
2
QUADRO DE 4 OITAVAS NO TECLADO com a “pauta grande”
3
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
LINHAS SUPLEMENTARES
Os sons que uma pessoa pode cantar ou tocar não podem ser colocados todos dentro
dos limites da pauta, por isso se empregam fragmentos de linhas acima e abaixo do
pauta. Estas são chamadas "linhas suplementares".
AS NOTAS
Na música temos tipos de valores representados por várias figuras.
Estas figuras nos indicam com precisão matemática exatamente quanto tempo
devemos sustentar a nota.
A posição da nota na pauta nos indica seu som.
O tipo de figura nos indica a sua duração.
PARTES DAS NOTAS
TIPOS DAS NOTAS
Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia Fusa Semifusa
A semibreve constitui a unidade musical e vale 4 tempos num compasso quaternário,
4/4. As demais figuras são frações desta.
4
Dó
Dó
Dó Central
Haste
Cabeça
Bandeirola
VALORES DAS NOTAS
Aqui está o importante. A mínima vale a metade do valor da semibreve, a Semínima a
metade da mínima, etc. (Observe que cada vez que acrescentamos algo á figura da
nota, diminuímos seu valor para a metade da anterior.)
Isto poderia ser ilustrado com a figura de uma roda (sempre em função da semibreve).
1 Semibreve = 2 Mínimas = 4 Semínimas = 8 Colcheias = 16 Semicolcheias
1 semibreve = 4 tempos
5
Semibreve =
4 tempos ou
1 Compasso
Mínima =
2 tempos ou
1/2 de 1 Compasso
Semínima =
1 tempos ou
1/4 de 1 Compasso
Colcheia =
1/2 tempos ou
1/8 de 1 Compasso
Semicolcheia =
1/4 tempos ou
1/16 de 1 Compasso
(1 semibreve/compasso)
1 mínima = 2 tempos
(2 mínimas/compasso)
1 semínima = 1 tempo
(4 semínimas/compasso)
2 cholcheias = 1 tempo
(8 cholcheias/compasso)
4 semícolcheias = 1 tempo
(16 semícolcheias/compasso)
************************
PONTO DE AUMENTO
Um ponto à direita da nota chama-se ponto de aumento, e serve para aumentar à figura
a metade do seu valor original.
Por exemplo: Quando a semínima vale um tempo, se tiver um ponto de aumento à
sua direita passa a valer um tempo e meio. Se a mínima vale 2 tempos, com o ponto
de aumento valerá 3, etc.
2 + 1 = 3 1 + ½ = 1 ½ ½ + ¼ = ¾
PAUSA
A música tem símbolos que indicam silêncio que se chama pausas.
Para saber a duração do período de silêncio ou pausa, emprega-se o
mesmo sistema de frações que se utiliza nas notas.
Cada nota tem sua respectiva figura para indicar uma pausa.
Cada pausa corresponde em valor à sua respectiva figura. Assim (ainda considerando-
se o valor da semibreve):
6
Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia Fusa Semifusa
A pausa semibreve e a pausa mínima são muito parecidas.
Pode-se pensar num cavalheiro que tira o chapéu e o coloca debaixo da cadeira,
porém um meio-cavalheiro fica como chapéu na cabeça.
Assim, um cavalheiro vale uma unidade, como a semibreve, e um meio-cavalheiro
vale a metade somente da semibreve, como a mínima.
COMPASSOS E AS BARRAS
Um trecho musical consta de partes iguais chamadas compassos, que são separados
por linhas verticais denominadas barras ou travessões.
Compasso Compasso Compasso Compasso
Barras de Conclusão: Ao Término de uma composição encontram-se duas linhas
paralelas que denotam o fim da composição.
7
As Notas
As Pausas
Barra Barra Barra Barro Duplo
Semibreve Mínima
Barras de Repetição: São uma ou duas barras com pontinhos ou dois pares de
pontinhos em sua imediação.
Se os pontinhos estão do lado esquerdo, isso indica que se deve repetir o que antecede.
Se estão do lado direito, indica que desde ali é que começa a repetição.
COMPASSO
Quase sempre os compassos são representados por frações ordinárias.
O sinal de compasso tem dois números, um acima do outro que indicam tudo que
precisamos saber sobre ritmo da música que tocaremos ou cantaremos.
2 3 4
4 4 4
O número superior (numerador) indica quantos tempos ou batidas em cada
compasso.
2 3 4
4 4 4
O número inferior (denominador) indica que tipo de nota vai receber 1
tempo ou 1 batida
4 = 8 = 2 = 1 =
Ás vezes utiliza-se um “C” no lugar do sinal do compasso. Ele indica o compasso
de quatro por quatro ou “tempo comum”.
8
=
Os compassos podem ser:
Binário (2 tempos) Ternário (3 tempos) Quaternário (4 tempos)
Todos os compassos que têm o número “4” pelo numero inferior chama-se
“compassos simples”.
2 3 4
4 4 4
Isso indica que a “semínima” recebe 1 tempo.
Todos os compassos que têm o número “8” pelo numero inferior chama-se
“compassos compostos”.
6 9 12
8 8 8
Isso indica que a “colcheia” recebe 1 tempo.
Para poder ajudar a todos os membros de um coro, congregação ou orquestra a
sentir o ritmo e sempre estarem juntos no compasso, o regente marca o compasso com
a mão, com movimentos iguais em duração.
Compassos de 4 tempos:
1. Para baixo
2. À esquerda
3. À direita
4. Para cima
Compassos de 3 tempos:
1. Para baixo
2. À direita
3. Para cima
9
= 1 tempo
= 1 tempo
2
3
1
4
1
2 3
Compassos de 2 tempos:
1. Para baixo
2. Para cima
NOTA: O primeiro tempo é SEMPRE para baixo.
ANACRUSE
Nota-se que em alguns hinos o primeiro compasso não tem um número completo
de tempos. Se olharmos o final da música, notaremos que o último compasso contém
o que falta ao primeiro.
Nesse caso, este “compasso incompleto inicial” se chama anacruse, e para marcá-lo,
leva-se a mão para cima em vez de para baixo.
4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3
Podemos sentir no compasso da música que o tempo “1” sempre é forte. A mão
tem que vir para baixo em cada tempo forte. Assim será um quadro de compasso:
3/4 4/4
10
2
1
SONS INTERMEDIÁRIOS
Nossa linguagem musical tem doze sons diferentes. Destes doze, sete têm nomes.
(Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si) Aos outros cinco que não têm nomes chamamos sons
intermediários.
Entre um som e outro há um espaço ou distância de meio tom ou semitom.
Para ilustrar, demos uma olhada no teclado do piano. Todas as teclas vêm em
grupos de doze, sete brancas e cinco pretas.
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Vê-se que a tecla preta pegada a Dó não tem nome. Ela é um semitom mais alto
que Dó.
Um SEMITOM é a distância entre qualquer tecla e a PRÓXIMA tecla mais perto
dela.
A maioria dos SEMITONS ficam entre de uma tecla BRANCA e uma tecla
PRETA. Mas, há dois SEMITONS entre teclas BRANCAS–um entre Si e Dó e o outro
entre Mí e Fá.
Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Mas, entre as outras teclas brancas . . . Dó e Ré, Ré e Mi, Fá e Sol, Sol e Lá, e Lá e
Si . . . há um tom inteiro, porque são dois semitons.
11
ESCALAS
As notas das escalas não guardam igual distância entre si. Se cantamos a escala
conforme este desenho vemos e ouvimos onde caem os semitons, porém nossos
ouvidos estão afinados a estes semitons.
Podemos mostrar a escala de Dó assim:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
ALTERAÇÕES
Já estudamos que há cinco sons na nossa música que não têm nomes. Para saber
quando tocar ou cantar esses sons emprega-se o sistema de alterações ou acidentes.
O Sustenido: Colocado adiante da nota significa que se deve SUBIR a nota
escrita em meio tom, ou uma tecla à direita.
Dó#
Ré#
Fá#
Sol#
Lá#
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
O Bemol: Colocado adiante da nota significa que se deve BAIXAR a nota
escrita em meio tom, ou uma tecla à esquerda.
Réb
Mib
Solb
Láb
Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
O Bequadro: Anula o efeito de um sustenido ou bemol anterior, fazendo tocar a
nota como está escrita.
12
1 tom
1 tom
1 tom 1 tom 1 tom
½ tom ½ tom
DOIS TIPOS DE ALTERAÇÕES
Alterações ACIDENTAIS: São colocadas adiante das notas dentro do compasso
e seu efeito se estende somente sobre as demais notas de mesmo nome que se
acham dentro do mesmo compasso.
Alterações FIXAS: São encontradas no início do pentagrama ou imediatamente
após a clave. Seu efeito continuará sobre todas as notas do mesmo nome, seja qual
for a oitava em que estiverem colocadas. Servem para toda a peça musical.
Assim, no princípio de um hino notamos a ARMADURA que indica quantos
alterações existem e os usamos para todo o hino.
ARMADURAS DA CLAVE
No princípio de todo hino ou peça musical, logo após o sinal da clave de Sol ou de
Fá, nota-se um conjunto de bemóis ou de sustenidos.
Está apresentado com alterações fixas que formam a armadura da peça musical.
Estas alterações fixas estão em vigência para toda a composição musical, e são
chamadas ARMADURA DA CLAVE.
O seguinte quadro nos ajudará especialmente para conhecer em que tom está escrito
um hino. Também se estamos tocando corinhos que têm o tom anotado ao lado,
saberemos quantos acidentes têm e quais são.
NOME QUANTOS
ARMADURA ACIDENTES QUAIS SÃO
DóM Nenhum
SolM Tem 1#
Fá#
RéM Tem 2#
Fá e Dó#
LáM Tem 3#
Fá, Dó e Sol#
MiM Tem 4#
Fá, Dó, Sol e
Ré#
SiM Tem 5#
Fá, Dó, Sol, Ré e Lá#
FáM
Tem 6#
Fá, Dó, Sol, Ré, Lá e Mi#
13
NOME QUANTOS
ARMADURA ACIDENTES QUAIS SÃO
FáM Tem 1b
Sib
Sib
M Tem 2b
Si e Mib
Mib
M Tem 3b
Si, Mi e Láb
Láb
M Tem 4b
Si, Mi, Lá e Réb
Réb
M Tem 5b
Si, Mi, Lá, Ré e Solb
SolbM
Tem 6b
Si, Mi, Lá, Ré, Sol e Dób
Regra: Quando temos sustenidos na armadura de clave, subimos um semitom no ultimo
sustenido, e isto nos dará o tom ou escala da peça.
Regra: Quando temos bemóis na armadura, o penúltimo bemol nos indicará o tom ou a
escala em que está escrita a obra.
A armadura, com seus correspondentes acidentes, encontra-se ao lado do sinal da clave
de Sol ou de Fá, no princípio de cada peça musical ou hino.
14
Fá Si β Mi β Lá β Ré β Sol β
Sol Ré Lá Mi Si Fá#
LIGADURA
A ligadura é um sinal musical que serve para unir notas do mesmo nome ou de
nomes diferentes, por meio de uma linha curva.
Ligadura Melódica enlaça notas de diferentes nomes para indicar que se liga o
som.
Ao final da ligadura pode-se respirar; serve como o ponto ou a vírgula na leitura de um
texto. (É uma frase.)
Ligadura Harmônica, ligado ou legato é uma linha curva que une duas ou mais
notas do mesmo nome ou som. Tem-se que sustentar o som.
Tem-se que sustentar o som tanto tempo quanto somam os valores ligados.
TERMOS MUSICAIS DE IMPORTÂNCIA
Pianíssimo pp Suavíssimo
Piano p Suave
Forte f Forte
Fortíssimo ff Muito forte
Mezzo Forte mf Meio forte
Crescendo Aumento de sonoridade
Decrescendo Diminuindo em sonoridade
15
1 + 2 = 3 indica que o som é sustentado por 3 tempos
Marcato Marc. Marcado
Legato Leg. Ligado
Staccato .
.
Destacado, picado
Dolce Dol. Doce
Ritardando Rit. Mais lento (pouco a pouco),
morrendo
Accento Acentuado
16
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CURSO DE PIANO, Mário Mascarenhas, 1º Volume para jovens e
adultos, Irmãos Vitale, Editores, 1973.
MINISTRANDO COM MÚSICA, Betty Jane Grams, Editora Vida, 1976.
COMPENDIO DE TEORIA ELEMENTAR DA MÚSICA, Oswaldo
Lacerda, 4ª edição, Editora G.Ricordi & C. a. p. a. – Milão
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE, Maria
Luiza de Mattos Priolli, 1º Volume e 2º Volume, 32ª edição, Editora
Casa Oliveira de Músicas LTDA, 1989.
17
Prof. : Rose Andréia Castanho Mendes Ferreira
18
TEORIA MUSICAL

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Apostila teoria musical - Rose Andréia.pdf

Apostila iniciacao musical
Apostila iniciacao musicalApostila iniciacao musical
Apostila iniciacao musicalArnaldo Alves
 
Evangelização - Apostila de Música - Teoria Musical Infantil
Evangelização - Apostila de Música - Teoria Musical InfantilEvangelização - Apostila de Música - Teoria Musical Infantil
Evangelização - Apostila de Música - Teoria Musical InfantilAntonino Silva
 
Teoria musical
Teoria musicalTeoria musical
Teoria musicalOMAESTRO
 
Apostila de teoria musical
Apostila de teoria musicalApostila de teoria musical
Apostila de teoria musicalAlex Damasceno
 
metodo Teoria musical
metodo Teoria musicalmetodo Teoria musical
metodo Teoria musicalSaulo Gomes
 
Apostila de Teoria -M.Jorge Nobre.pdf
Apostila de Teoria -M.Jorge Nobre.pdfApostila de Teoria -M.Jorge Nobre.pdf
Apostila de Teoria -M.Jorge Nobre.pdfRcivalAlves1
 
Apostila teoria musical
Apostila teoria musicalApostila teoria musical
Apostila teoria musicalAdriana Reis
 
Teoria musical para iniciante
Teoria musical para iniciante Teoria musical para iniciante
Teoria musical para iniciante FelipeAbreu45
 
Apostilade teoria musical
Apostilade teoria musicalApostilade teoria musical
Apostilade teoria musicaltricolornaveia
 
Apostila de teoria musical 01
Apostila de teoria musical 01Apostila de teoria musical 01
Apostila de teoria musical 01Jorge Oliveira
 
Pauta, Claves E NoçõEs De Partitura
Pauta, Claves E NoçõEs De PartituraPauta, Claves E NoçõEs De Partitura
Pauta, Claves E NoçõEs De PartituraHOME
 
Apostila Iniciação Musical.pdf
Apostila Iniciação Musical.pdfApostila Iniciação Musical.pdf
Apostila Iniciação Musical.pdfRenato Monteiro
 
Curso Canto Gregoriano - Gregorian Chant tutorial in portuguese
Curso Canto Gregoriano - Gregorian Chant tutorial in portugueseCurso Canto Gregoriano - Gregorian Chant tutorial in portuguese
Curso Canto Gregoriano - Gregorian Chant tutorial in portugueseAltair Costa
 

Semelhante a Apostila teoria musical - Rose Andréia.pdf (20)

Apostila iniciacao musical
Apostila iniciacao musicalApostila iniciacao musical
Apostila iniciacao musical
 
Lendo partitura.docx
Lendo partitura.docxLendo partitura.docx
Lendo partitura.docx
 
Evangelização - Apostila de Música - Teoria Musical Infantil
Evangelização - Apostila de Música - Teoria Musical InfantilEvangelização - Apostila de Música - Teoria Musical Infantil
Evangelização - Apostila de Música - Teoria Musical Infantil
 
Leitura de partitura
Leitura de partituraLeitura de partitura
Leitura de partitura
 
Teoria musical
Teoria musicalTeoria musical
Teoria musical
 
Apt000002
Apt000002Apt000002
Apt000002
 
Apostila de teoria musical
Apostila de teoria musicalApostila de teoria musical
Apostila de teoria musical
 
metodo Teoria musical
metodo Teoria musicalmetodo Teoria musical
metodo Teoria musical
 
Apostila de Teoria -M.Jorge Nobre.pdf
Apostila de Teoria -M.Jorge Nobre.pdfApostila de Teoria -M.Jorge Nobre.pdf
Apostila de Teoria -M.Jorge Nobre.pdf
 
Apostila de Música.pdf
Apostila de Música.pdfApostila de Música.pdf
Apostila de Música.pdf
 
Apostila teoria musical
Apostila teoria musicalApostila teoria musical
Apostila teoria musical
 
Teoria musical para iniciante
Teoria musical para iniciante Teoria musical para iniciante
Teoria musical para iniciante
 
Exercicios
ExerciciosExercicios
Exercicios
 
Apostila de teoria musical
Apostila de teoria musicalApostila de teoria musical
Apostila de teoria musical
 
Teoria musical
Teoria musicalTeoria musical
Teoria musical
 
Apostilade teoria musical
Apostilade teoria musicalApostilade teoria musical
Apostilade teoria musical
 
Apostila de teoria musical 01
Apostila de teoria musical 01Apostila de teoria musical 01
Apostila de teoria musical 01
 
Pauta, Claves E NoçõEs De Partitura
Pauta, Claves E NoçõEs De PartituraPauta, Claves E NoçõEs De Partitura
Pauta, Claves E NoçõEs De Partitura
 
Apostila Iniciação Musical.pdf
Apostila Iniciação Musical.pdfApostila Iniciação Musical.pdf
Apostila Iniciação Musical.pdf
 
Curso Canto Gregoriano - Gregorian Chant tutorial in portuguese
Curso Canto Gregoriano - Gregorian Chant tutorial in portugueseCurso Canto Gregoriano - Gregorian Chant tutorial in portuguese
Curso Canto Gregoriano - Gregorian Chant tutorial in portuguese
 

Apostila teoria musical - Rose Andréia.pdf

  • 1. TEORIA MUSICAL O QUE É MÚSICA? A música é a arte de combinar bem os sons. Este, tem quatro propriedades: 1. Duração – tempo de produção do som. 2. Intensidade – som mais forte ou mais fraco. 3. Altura – som mais grave ou mais agudo. (Pitch) 4. Timbre – permite reconhecer a origem do som. (Voice of Instrument) PAUTA/PENTAGRAMA É o conjunto de 5 linhas paralelas, horizontais, formando entre si 4 espaços onde se escrevem as notas. As linhas e os espaços se contam de baixo para cima. As notas podem ser escritas nas linhas e nos espaços. 5a linha _____________________________________________ 4a linha _____________________________________________ 4o espaço 3a linha _____________________________________________ 3o espaço 2a linha _____________________________________________ 2o espaço 1a linha _____________________________________________ 1o espaço NOMES DAS NOTAS A música é a verdadeira linguagem universal. É muito mais fácil aprender a ler música do que aprender a ler um idioma falado. As palavras do texto da música são feitas com as notas, e há somente sete notas no alfabeto musical. Seus nomes são: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si TECLAS DE PIANO Aqui está uma seção do teclado de piano. Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
  • 2. Os sete sons musicais encontram-se nas notas brancas de Dó até Dó, como neste desenho. Como compreende 8 notas, de Dó a Dó, chama-se "uma oitava", e de cada oitava temos uma ESCALA. CLAVE As linhas da pauta em si não nos dizem nada, porque tem que haver um sinal de clave para dar nome às notas. Temos que observar um sinal que se encontra no princípio da pauta e que se chama clave. Há sete claves, mas aqui vamos estudar as duas que se usam na música dos nossos hinários. Clave de Sol Clave de Fá NOMES DAS LINHAS DA CLAVE DE SOL Mil sol Si re fa NOMES DOS ESPAÇOS DA CLAVE DE SOL Fá la do mi NOMES DAS LINHAS DA CLAVE DE FÁ Sol si re fa la NOMES DOS ESPAÇOS DA CLAVE DE FÁ La do mi sol 2
  • 3. QUADRO DE 4 OITAVAS NO TECLADO com a “pauta grande” 3 Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
  • 4. LINHAS SUPLEMENTARES Os sons que uma pessoa pode cantar ou tocar não podem ser colocados todos dentro dos limites da pauta, por isso se empregam fragmentos de linhas acima e abaixo do pauta. Estas são chamadas "linhas suplementares". AS NOTAS Na música temos tipos de valores representados por várias figuras. Estas figuras nos indicam com precisão matemática exatamente quanto tempo devemos sustentar a nota. A posição da nota na pauta nos indica seu som. O tipo de figura nos indica a sua duração. PARTES DAS NOTAS TIPOS DAS NOTAS Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia Fusa Semifusa A semibreve constitui a unidade musical e vale 4 tempos num compasso quaternário, 4/4. As demais figuras são frações desta. 4 Dó Dó Dó Central Haste Cabeça Bandeirola
  • 5. VALORES DAS NOTAS Aqui está o importante. A mínima vale a metade do valor da semibreve, a Semínima a metade da mínima, etc. (Observe que cada vez que acrescentamos algo á figura da nota, diminuímos seu valor para a metade da anterior.) Isto poderia ser ilustrado com a figura de uma roda (sempre em função da semibreve). 1 Semibreve = 2 Mínimas = 4 Semínimas = 8 Colcheias = 16 Semicolcheias 1 semibreve = 4 tempos 5 Semibreve = 4 tempos ou 1 Compasso Mínima = 2 tempos ou 1/2 de 1 Compasso Semínima = 1 tempos ou 1/4 de 1 Compasso Colcheia = 1/2 tempos ou 1/8 de 1 Compasso Semicolcheia = 1/4 tempos ou 1/16 de 1 Compasso
  • 6. (1 semibreve/compasso) 1 mínima = 2 tempos (2 mínimas/compasso) 1 semínima = 1 tempo (4 semínimas/compasso) 2 cholcheias = 1 tempo (8 cholcheias/compasso) 4 semícolcheias = 1 tempo (16 semícolcheias/compasso) ************************ PONTO DE AUMENTO Um ponto à direita da nota chama-se ponto de aumento, e serve para aumentar à figura a metade do seu valor original. Por exemplo: Quando a semínima vale um tempo, se tiver um ponto de aumento à sua direita passa a valer um tempo e meio. Se a mínima vale 2 tempos, com o ponto de aumento valerá 3, etc. 2 + 1 = 3 1 + ½ = 1 ½ ½ + ¼ = ¾ PAUSA A música tem símbolos que indicam silêncio que se chama pausas. Para saber a duração do período de silêncio ou pausa, emprega-se o mesmo sistema de frações que se utiliza nas notas. Cada nota tem sua respectiva figura para indicar uma pausa. Cada pausa corresponde em valor à sua respectiva figura. Assim (ainda considerando- se o valor da semibreve): 6
  • 7. Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia Fusa Semifusa A pausa semibreve e a pausa mínima são muito parecidas. Pode-se pensar num cavalheiro que tira o chapéu e o coloca debaixo da cadeira, porém um meio-cavalheiro fica como chapéu na cabeça. Assim, um cavalheiro vale uma unidade, como a semibreve, e um meio-cavalheiro vale a metade somente da semibreve, como a mínima. COMPASSOS E AS BARRAS Um trecho musical consta de partes iguais chamadas compassos, que são separados por linhas verticais denominadas barras ou travessões. Compasso Compasso Compasso Compasso Barras de Conclusão: Ao Término de uma composição encontram-se duas linhas paralelas que denotam o fim da composição. 7 As Notas As Pausas Barra Barra Barra Barro Duplo Semibreve Mínima
  • 8. Barras de Repetição: São uma ou duas barras com pontinhos ou dois pares de pontinhos em sua imediação. Se os pontinhos estão do lado esquerdo, isso indica que se deve repetir o que antecede. Se estão do lado direito, indica que desde ali é que começa a repetição. COMPASSO Quase sempre os compassos são representados por frações ordinárias. O sinal de compasso tem dois números, um acima do outro que indicam tudo que precisamos saber sobre ritmo da música que tocaremos ou cantaremos. 2 3 4 4 4 4 O número superior (numerador) indica quantos tempos ou batidas em cada compasso. 2 3 4 4 4 4 O número inferior (denominador) indica que tipo de nota vai receber 1 tempo ou 1 batida 4 = 8 = 2 = 1 = Ás vezes utiliza-se um “C” no lugar do sinal do compasso. Ele indica o compasso de quatro por quatro ou “tempo comum”. 8 =
  • 9. Os compassos podem ser: Binário (2 tempos) Ternário (3 tempos) Quaternário (4 tempos) Todos os compassos que têm o número “4” pelo numero inferior chama-se “compassos simples”. 2 3 4 4 4 4 Isso indica que a “semínima” recebe 1 tempo. Todos os compassos que têm o número “8” pelo numero inferior chama-se “compassos compostos”. 6 9 12 8 8 8 Isso indica que a “colcheia” recebe 1 tempo. Para poder ajudar a todos os membros de um coro, congregação ou orquestra a sentir o ritmo e sempre estarem juntos no compasso, o regente marca o compasso com a mão, com movimentos iguais em duração. Compassos de 4 tempos: 1. Para baixo 2. À esquerda 3. À direita 4. Para cima Compassos de 3 tempos: 1. Para baixo 2. À direita 3. Para cima 9 = 1 tempo = 1 tempo 2 3 1 4 1 2 3
  • 10. Compassos de 2 tempos: 1. Para baixo 2. Para cima NOTA: O primeiro tempo é SEMPRE para baixo. ANACRUSE Nota-se que em alguns hinos o primeiro compasso não tem um número completo de tempos. Se olharmos o final da música, notaremos que o último compasso contém o que falta ao primeiro. Nesse caso, este “compasso incompleto inicial” se chama anacruse, e para marcá-lo, leva-se a mão para cima em vez de para baixo. 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 Podemos sentir no compasso da música que o tempo “1” sempre é forte. A mão tem que vir para baixo em cada tempo forte. Assim será um quadro de compasso: 3/4 4/4 10 2 1
  • 11. SONS INTERMEDIÁRIOS Nossa linguagem musical tem doze sons diferentes. Destes doze, sete têm nomes. (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si) Aos outros cinco que não têm nomes chamamos sons intermediários. Entre um som e outro há um espaço ou distância de meio tom ou semitom. Para ilustrar, demos uma olhada no teclado do piano. Todas as teclas vêm em grupos de doze, sete brancas e cinco pretas. Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Vê-se que a tecla preta pegada a Dó não tem nome. Ela é um semitom mais alto que Dó. Um SEMITOM é a distância entre qualquer tecla e a PRÓXIMA tecla mais perto dela. A maioria dos SEMITONS ficam entre de uma tecla BRANCA e uma tecla PRETA. Mas, há dois SEMITONS entre teclas BRANCAS–um entre Si e Dó e o outro entre Mí e Fá. Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Mas, entre as outras teclas brancas . . . Dó e Ré, Ré e Mi, Fá e Sol, Sol e Lá, e Lá e Si . . . há um tom inteiro, porque são dois semitons. 11
  • 12. ESCALAS As notas das escalas não guardam igual distância entre si. Se cantamos a escala conforme este desenho vemos e ouvimos onde caem os semitons, porém nossos ouvidos estão afinados a estes semitons. Podemos mostrar a escala de Dó assim: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó ALTERAÇÕES Já estudamos que há cinco sons na nossa música que não têm nomes. Para saber quando tocar ou cantar esses sons emprega-se o sistema de alterações ou acidentes. O Sustenido: Colocado adiante da nota significa que se deve SUBIR a nota escrita em meio tom, ou uma tecla à direita. Dó# Ré# Fá# Sol# Lá# Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si O Bemol: Colocado adiante da nota significa que se deve BAIXAR a nota escrita em meio tom, ou uma tecla à esquerda. Réb Mib Solb Láb Sib Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si O Bequadro: Anula o efeito de um sustenido ou bemol anterior, fazendo tocar a nota como está escrita. 12 1 tom 1 tom 1 tom 1 tom 1 tom ½ tom ½ tom
  • 13. DOIS TIPOS DE ALTERAÇÕES Alterações ACIDENTAIS: São colocadas adiante das notas dentro do compasso e seu efeito se estende somente sobre as demais notas de mesmo nome que se acham dentro do mesmo compasso. Alterações FIXAS: São encontradas no início do pentagrama ou imediatamente após a clave. Seu efeito continuará sobre todas as notas do mesmo nome, seja qual for a oitava em que estiverem colocadas. Servem para toda a peça musical. Assim, no princípio de um hino notamos a ARMADURA que indica quantos alterações existem e os usamos para todo o hino. ARMADURAS DA CLAVE No princípio de todo hino ou peça musical, logo após o sinal da clave de Sol ou de Fá, nota-se um conjunto de bemóis ou de sustenidos. Está apresentado com alterações fixas que formam a armadura da peça musical. Estas alterações fixas estão em vigência para toda a composição musical, e são chamadas ARMADURA DA CLAVE. O seguinte quadro nos ajudará especialmente para conhecer em que tom está escrito um hino. Também se estamos tocando corinhos que têm o tom anotado ao lado, saberemos quantos acidentes têm e quais são. NOME QUANTOS ARMADURA ACIDENTES QUAIS SÃO DóM Nenhum SolM Tem 1# Fá# RéM Tem 2# Fá e Dó# LáM Tem 3# Fá, Dó e Sol# MiM Tem 4# Fá, Dó, Sol e Ré# SiM Tem 5# Fá, Dó, Sol, Ré e Lá# FáM Tem 6# Fá, Dó, Sol, Ré, Lá e Mi# 13
  • 14. NOME QUANTOS ARMADURA ACIDENTES QUAIS SÃO FáM Tem 1b Sib Sib M Tem 2b Si e Mib Mib M Tem 3b Si, Mi e Láb Láb M Tem 4b Si, Mi, Lá e Réb Réb M Tem 5b Si, Mi, Lá, Ré e Solb SolbM Tem 6b Si, Mi, Lá, Ré, Sol e Dób Regra: Quando temos sustenidos na armadura de clave, subimos um semitom no ultimo sustenido, e isto nos dará o tom ou escala da peça. Regra: Quando temos bemóis na armadura, o penúltimo bemol nos indicará o tom ou a escala em que está escrita a obra. A armadura, com seus correspondentes acidentes, encontra-se ao lado do sinal da clave de Sol ou de Fá, no princípio de cada peça musical ou hino. 14 Fá Si β Mi β Lá β Ré β Sol β Sol Ré Lá Mi Si Fá#
  • 15. LIGADURA A ligadura é um sinal musical que serve para unir notas do mesmo nome ou de nomes diferentes, por meio de uma linha curva. Ligadura Melódica enlaça notas de diferentes nomes para indicar que se liga o som. Ao final da ligadura pode-se respirar; serve como o ponto ou a vírgula na leitura de um texto. (É uma frase.) Ligadura Harmônica, ligado ou legato é uma linha curva que une duas ou mais notas do mesmo nome ou som. Tem-se que sustentar o som. Tem-se que sustentar o som tanto tempo quanto somam os valores ligados. TERMOS MUSICAIS DE IMPORTÂNCIA Pianíssimo pp Suavíssimo Piano p Suave Forte f Forte Fortíssimo ff Muito forte Mezzo Forte mf Meio forte Crescendo Aumento de sonoridade Decrescendo Diminuindo em sonoridade 15 1 + 2 = 3 indica que o som é sustentado por 3 tempos
  • 16. Marcato Marc. Marcado Legato Leg. Ligado Staccato . . Destacado, picado Dolce Dol. Doce Ritardando Rit. Mais lento (pouco a pouco), morrendo Accento Acentuado 16
  • 17. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CURSO DE PIANO, Mário Mascarenhas, 1º Volume para jovens e adultos, Irmãos Vitale, Editores, 1973. MINISTRANDO COM MÚSICA, Betty Jane Grams, Editora Vida, 1976. COMPENDIO DE TEORIA ELEMENTAR DA MÚSICA, Oswaldo Lacerda, 4ª edição, Editora G.Ricordi & C. a. p. a. – Milão PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE, Maria Luiza de Mattos Priolli, 1º Volume e 2º Volume, 32ª edição, Editora Casa Oliveira de Músicas LTDA, 1989. 17
  • 18. Prof. : Rose Andréia Castanho Mendes Ferreira 18 TEORIA MUSICAL