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RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
1
RÉ CORDA,
DAR CORDA,
RECORDAR.
2010
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
2
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Capa: Marco Aurélio Chagas
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RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR. Marco Aurélio Chagas. ,
MG: Editora , 2010.51p.14x20 cm.
ISBN
1. Poesia brasileira – Brasil. I. Título. II. Série.
CDD- B869.1
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
3
Para meu saudoso pai, Hermínio, minha
querida mãe, Adalgisa, amada esposa,
Maria Elizabeth e adorados filhos,
Fabrício e André, com amor e afeto.
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
4
ÍNDICE:
1 - A BANDA DE MÚSICA /6
2 - A CASA VELHA DO LADO /9
3 - ÁLBUM DE FIGURINHAS /10
4 - BANCO IMOBILIÁRIO /11
5 - BATALHA NAVAL /12
6 - BRINCADEIRAS DE RUA /13
MÃE DA RUA
POLÍCIA E LADRÃO
7 – CHARQUEADA /15
8 – CINEMA /17
9 - CINEMA EM CASA /19
10-COISAS DA INFÂNCIA NO INTERIOR /21
11-ENXURRADA /29
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
5
12-HAVIA TEMPO DE TUDO /31
13-NA ESCOLA /35
14-NA RUA DE MINHA CASA /37
15-NOVELAS DE RÁDIO /38
16-O QUINTAL /40
17-OS CARROS DO MEU PAI /41
18-PIQUENIQUE /43
19-PISCINA /45
20-PROGRAMAS DE TV /46
21-REVISTAS EM QUADRINHOS /48
22-UMA SÓ TRADIÇÃO /50
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
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6
A BANDA DE MÚSICA
Chegava a banda ao coreto,
Tocando um lindo dobrado,
A meninada, em fileira,
Ouvia aquilo calada.
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
7
No fundo o velho gorducho,
Tocava a tuba – bom...bom...
Os pratos rodopiavam,
Resultando em lindo som.
Dando a cadência da marcha,
O tarol batia forte,
A flauta bem estridente
Suavizava o corte
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
8
Que o bumbo intrometido
Soberbo, interferia,
Dando o espaço pro clarim
Equilibrar a harmonia.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
9
A CASA VELHA DO LADO
De tão antiga que era
Sim, parecia assombrada,
Em noite de lua cheia,
Um terror pra garotada.
Uma menina jurava
Que ouvira naquela casa
Um horrível relinchar,
Da tal mula sem cabeça
Numa noite de quaresma.
Quem podia acreditar!
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
10
ÁLBUM DE FIGURINHAS
Eu me recordo de alguns:
De times de futebol,
Marcelino Pão e Vinho.
No bafinha era o tal.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
11
BANCO IMOBILIÁRIO
Era um jogo emocionante
Lidava-se com dinheiro,
Comprando propriedades.
Ocupava um tempo inteiro.
***
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Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
12
BATALHA NAVAL
No colégio se brincava
De um jogo muito legal,
Marcado numa cartela
Era a Batalha Naval.
***
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Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
13
BRINCADEIRAS DE RUA
MÃE DA RUA
Eram bem convidativas
Noites quentes de verão
Para se brincar na rua;
A arma era o correão.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
14
POLÍCIA E LADRÃO
Também se brincava muito
De Polícia e Ladrão,
Violência e correria
E numa só emoção.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
15
CHARQUEADA
Um passeio de criança
Era ir à charqueada
Comprar muita carne fresca
Que tremia, ensanguentada.
E ainda a gente via
O gado ser abatido,
Bem ali na nossa frente.
Cenário bem constrangido!
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
16
A carne era colocada
Dentro de grande bacia
No banco de traz levada
Curioso, como tremia!
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
17
CINEMA
Os filmes de faroeste
Fazem parte da lembrança,
Assistidos no cinema
Em meus tempos de criança.
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
18
Lá nas tardes de domingo,
Antes das exibições,
Trocávamos figurinhas,
Completando as coleções.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
19
CINEMA EM CASA
No quintal de minha casa
Com um projetor de brinquedo
Dirigia um cineminha
CINE MAGIC, o segredo!
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
20
Eu desenhava o cartaz
Do filme a ser projetado,
Das crianças cobrava ingresso.
Narrava a fita, afiado.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
21
COISAS DA INFÂNCIA NO INTERIOR
Um ciclista certa vez
Não sei de onde ele surgiu
Seu nome era Zuluaga
Como veio ele partiu.
Mas antes bateu recorde,
Em cima da bicicleta,
Lá na praça dia e noite
Andou e ganhou na certa.
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
22
Um dia lá no mercado
Um fato atraiu a gente,
Num pequeno galinheiro
Havia um frango com dente.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
23
A tanajura surgia
Depois de uma chuvarada
Era espetada a bichinha.
Pra farra da garotada.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
24
Numas noites muito quentes
O besouro aparecia
Era amarrado ao carrinho
E o puxava, em serventia.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
25
Projetava na parede
Papai, no alpendre, com a mão
As sombras de ganso e pato,
De urubu e um cão.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
26
Com um chapéu na cabeça
Todo feito de papel
A gente feliz marchava,
Fazendo grande escarcéu.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
27
O menino era sonâmbulo
De madrugada acordava,
Em pé na cama gritando:
- a velha e depois chorava...
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
28
O peru morre de véspera
Era o que se falava
O do terreiro de casa
Um caroço o entalava.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
29
ENXURRADA
Em dias de muita chuva
Eu brincava na enxurrada
Com os meninos da rua
Descalços, em disparada.
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
30
Os barquinhos de papel
Desciam naquela água
Que corria pela rua
E num bueiro deságua.
Por incrível que pareça
Ninguém machucava o pé
Mergulhado n´água suja
Dessa enxurrada, pois é!
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
31
HAVIA TEMPO DE TUDO
Quando eu era pequenino
Havia tempo pra tudo,
Para empinar papagaio
E também para o estudo.
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
32
Havia tempo de frutas,
De manga, de goiaba e uva,
De brincar de cabra-cega,
De frio e de muita chuva.
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
33
De fieira e de peão,
De finca e bola-de-gude,
De andar só de calção
E de nadar no açude.
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
34
De tempo de assombração,
De brincadeiras de roda,
De andar de pé no chão
E das palavras da moda.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
35
NA ESCOLA
Na escola eu aprendia
Solfejar e a tabuada
E decorava poesia
E canções bem entoadas.
No recreio se brincava
De roda e passar anel,
De amarelinha e pique
E de ver pipas no céu.
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
36
Quando tocava o sinal,
Em fila se ia pra sala,
Era muito natural.
Hoje nisso não se fala.
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
37
NA RUA DE MINHA CASA
Na rua de minha casa,
Em dias de muito vento
Da mangueira do vizinho
Caia a todo o momento
Muita manga despencada,
Na rua e no terreiro.
Uma farra pra garota
E manga pro dia inteiro!
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
38
NOVELAS DE RÁDIO
Eu escutava no rádio
O DIREITO DE NASCER,
O Albertinho Limonta,
Era todo um padecer!
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
39
JERÔNIMO, o grande herói,
Do Sertão deste Brasil,
Ouvia na Nacional,
Novela cheia de ardil!
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
40
O QUINTAL
No quintal de minha casa
Havia fruta a vontade:
Manga, abacate e caju,
Figo e uva de qualidade.
Também tinha um galinheiro
Com galo e muitas galinhas
E uma galinha choca.
Que alegres lembranças minhas!
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
41
OS CARROS DO MEU PAI
O fordinho do papai
Era um carro engraçado:
Nele havia uma manivela,
Pegava sempre empurrado.
Naquele tempo só havia
Carros velhos importados,
Meu pai possuía um Nash
Chrysler. Vivia enguiçado!
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
42
Num passeio que fizemos
Soltou-se a roda do carro
Que passou em sua frente.
Inusitado o que narro!
O meu irmão vendo aquilo
Disse: - isso está parecendo
Meu pequeno velocípede
Que perde a roda, correndo.
Uma folga na direção
Era a desculpa que havia
Pras batidas no portão
Do abrigo quando saia.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
43
PIQUENIQUE
Domingo de manhãzinha
Corria o carro na estrada
Procurando um campo e árvore
Para dar uma parada.
Em local belo e escolhido
À sombra se colocava
Uma toalha bem branquinha
Onde ali se preparava
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
44
Um delicioso banquete
Com muita macarronada
E um frango bem tostadinho
Atraia a garotada.
Passava-se o dia ali
No campo à sombra agradável,
Comendo e brincando muito.
Era um passeio saudável!
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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PISCINA
Nadava desde pequeno.
Seu Mário era o treinador,
Ensinava os quatro nados
Que aprendi com o professor.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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PROGRAMAS DE TV
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Com os brinquedos da Estrela
Que todo menino quer.
***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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Presenteava o bom aluno,
Sabatinas Maizena,
Que respondia as perguntas
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***
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
48
REVISTAS EM QUADRINHOS
Era fã da LULUZINHA,
O PATETA e ZÉ COLMÉIA
Eram dois bem trapalhões,
Mas eu amava MEMÉIA!
O BOLINHA com o clubinho,
“MENINA NÃO ENTRA”, o máximo!
TIO PATINHAS, avarento,
Não ligava pra o próximo.
RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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***
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Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
51
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Recordando a infância no interior

  • 1. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 1 RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR. 2010
  • 2. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 2 Copyright© Marco Aurélio Chagas Capa: Marco Aurélio Chagas Diagramação: Chagas 1ª edição 1ª impressão (2010) Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida - em qualquer meio ou forma, nem apropriada e estocada sem a expressa autorização de Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas. Chagas, Marco Aurélio Bicalho de Abreu RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR. Marco Aurélio Chagas. , MG: Editora , 2010.51p.14x20 cm. ISBN 1. Poesia brasileira – Brasil. I. Título. II. Série. CDD- B869.1
  • 3. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 3 Para meu saudoso pai, Hermínio, minha querida mãe, Adalgisa, amada esposa, Maria Elizabeth e adorados filhos, Fabrício e André, com amor e afeto.
  • 4. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 4 ÍNDICE: 1 - A BANDA DE MÚSICA /6 2 - A CASA VELHA DO LADO /9 3 - ÁLBUM DE FIGURINHAS /10 4 - BANCO IMOBILIÁRIO /11 5 - BATALHA NAVAL /12 6 - BRINCADEIRAS DE RUA /13 MÃE DA RUA POLÍCIA E LADRÃO 7 – CHARQUEADA /15 8 – CINEMA /17 9 - CINEMA EM CASA /19 10-COISAS DA INFÂNCIA NO INTERIOR /21 11-ENXURRADA /29
  • 5. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 5 12-HAVIA TEMPO DE TUDO /31 13-NA ESCOLA /35 14-NA RUA DE MINHA CASA /37 15-NOVELAS DE RÁDIO /38 16-O QUINTAL /40 17-OS CARROS DO MEU PAI /41 18-PIQUENIQUE /43 19-PISCINA /45 20-PROGRAMAS DE TV /46 21-REVISTAS EM QUADRINHOS /48 22-UMA SÓ TRADIÇÃO /50
  • 6. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 6 A BANDA DE MÚSICA Chegava a banda ao coreto, Tocando um lindo dobrado, A meninada, em fileira, Ouvia aquilo calada.
  • 7. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 7 No fundo o velho gorducho, Tocava a tuba – bom...bom... Os pratos rodopiavam, Resultando em lindo som. Dando a cadência da marcha, O tarol batia forte, A flauta bem estridente Suavizava o corte
  • 8. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 8 Que o bumbo intrometido Soberbo, interferia, Dando o espaço pro clarim Equilibrar a harmonia. ***
  • 9. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 9 A CASA VELHA DO LADO De tão antiga que era Sim, parecia assombrada, Em noite de lua cheia, Um terror pra garotada. Uma menina jurava Que ouvira naquela casa Um horrível relinchar, Da tal mula sem cabeça Numa noite de quaresma. Quem podia acreditar!
  • 10. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 10 ÁLBUM DE FIGURINHAS Eu me recordo de alguns: De times de futebol, Marcelino Pão e Vinho. No bafinha era o tal. ***
  • 11. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 11 BANCO IMOBILIÁRIO Era um jogo emocionante Lidava-se com dinheiro, Comprando propriedades. Ocupava um tempo inteiro. ***
  • 12. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 12 BATALHA NAVAL No colégio se brincava De um jogo muito legal, Marcado numa cartela Era a Batalha Naval. ***
  • 13. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 13 BRINCADEIRAS DE RUA MÃE DA RUA Eram bem convidativas Noites quentes de verão Para se brincar na rua; A arma era o correão. ***
  • 14. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 14 POLÍCIA E LADRÃO Também se brincava muito De Polícia e Ladrão, Violência e correria E numa só emoção. ***
  • 15. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 15 CHARQUEADA Um passeio de criança Era ir à charqueada Comprar muita carne fresca Que tremia, ensanguentada. E ainda a gente via O gado ser abatido, Bem ali na nossa frente. Cenário bem constrangido!
  • 16. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 16 A carne era colocada Dentro de grande bacia No banco de traz levada Curioso, como tremia! ***
  • 17. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 17 CINEMA Os filmes de faroeste Fazem parte da lembrança, Assistidos no cinema Em meus tempos de criança.
  • 18. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 18 Lá nas tardes de domingo, Antes das exibições, Trocávamos figurinhas, Completando as coleções. ***
  • 19. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 19 CINEMA EM CASA No quintal de minha casa Com um projetor de brinquedo Dirigia um cineminha CINE MAGIC, o segredo!
  • 20. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 20 Eu desenhava o cartaz Do filme a ser projetado, Das crianças cobrava ingresso. Narrava a fita, afiado. ***
  • 21. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 21 COISAS DA INFÂNCIA NO INTERIOR Um ciclista certa vez Não sei de onde ele surgiu Seu nome era Zuluaga Como veio ele partiu. Mas antes bateu recorde, Em cima da bicicleta, Lá na praça dia e noite Andou e ganhou na certa.
  • 22. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 22 Um dia lá no mercado Um fato atraiu a gente, Num pequeno galinheiro Havia um frango com dente. ***
  • 23. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 23 A tanajura surgia Depois de uma chuvarada Era espetada a bichinha. Pra farra da garotada. ***
  • 24. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 24 Numas noites muito quentes O besouro aparecia Era amarrado ao carrinho E o puxava, em serventia. ***
  • 25. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 25 Projetava na parede Papai, no alpendre, com a mão As sombras de ganso e pato, De urubu e um cão. ***
  • 26. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 26 Com um chapéu na cabeça Todo feito de papel A gente feliz marchava, Fazendo grande escarcéu. ***
  • 27. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 27 O menino era sonâmbulo De madrugada acordava, Em pé na cama gritando: - a velha e depois chorava... ***
  • 28. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 28 O peru morre de véspera Era o que se falava O do terreiro de casa Um caroço o entalava. ***
  • 29. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 29 ENXURRADA Em dias de muita chuva Eu brincava na enxurrada Com os meninos da rua Descalços, em disparada.
  • 30. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 30 Os barquinhos de papel Desciam naquela água Que corria pela rua E num bueiro deságua. Por incrível que pareça Ninguém machucava o pé Mergulhado n´água suja Dessa enxurrada, pois é!
  • 31. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 31 HAVIA TEMPO DE TUDO Quando eu era pequenino Havia tempo pra tudo, Para empinar papagaio E também para o estudo.
  • 32. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 32 Havia tempo de frutas, De manga, de goiaba e uva, De brincar de cabra-cega, De frio e de muita chuva.
  • 33. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 33 De fieira e de peão, De finca e bola-de-gude, De andar só de calção E de nadar no açude.
  • 34. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 34 De tempo de assombração, De brincadeiras de roda, De andar de pé no chão E das palavras da moda. ***
  • 35. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 35 NA ESCOLA Na escola eu aprendia Solfejar e a tabuada E decorava poesia E canções bem entoadas. No recreio se brincava De roda e passar anel, De amarelinha e pique E de ver pipas no céu.
  • 36. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 36 Quando tocava o sinal, Em fila se ia pra sala, Era muito natural. Hoje nisso não se fala.
  • 37. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 37 NA RUA DE MINHA CASA Na rua de minha casa, Em dias de muito vento Da mangueira do vizinho Caia a todo o momento Muita manga despencada, Na rua e no terreiro. Uma farra pra garota E manga pro dia inteiro! ***
  • 38. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 38 NOVELAS DE RÁDIO Eu escutava no rádio O DIREITO DE NASCER, O Albertinho Limonta, Era todo um padecer!
  • 39. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 39 JERÔNIMO, o grande herói, Do Sertão deste Brasil, Ouvia na Nacional, Novela cheia de ardil! ***
  • 40. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 40 O QUINTAL No quintal de minha casa Havia fruta a vontade: Manga, abacate e caju, Figo e uva de qualidade. Também tinha um galinheiro Com galo e muitas galinhas E uma galinha choca. Que alegres lembranças minhas!
  • 41. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 41 OS CARROS DO MEU PAI O fordinho do papai Era um carro engraçado: Nele havia uma manivela, Pegava sempre empurrado. Naquele tempo só havia Carros velhos importados, Meu pai possuía um Nash Chrysler. Vivia enguiçado!
  • 42. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 42 Num passeio que fizemos Soltou-se a roda do carro Que passou em sua frente. Inusitado o que narro! O meu irmão vendo aquilo Disse: - isso está parecendo Meu pequeno velocípede Que perde a roda, correndo. Uma folga na direção Era a desculpa que havia Pras batidas no portão Do abrigo quando saia. ***
  • 43. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 43 PIQUENIQUE Domingo de manhãzinha Corria o carro na estrada Procurando um campo e árvore Para dar uma parada. Em local belo e escolhido À sombra se colocava Uma toalha bem branquinha Onde ali se preparava
  • 44. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 44 Um delicioso banquete Com muita macarronada E um frango bem tostadinho Atraia a garotada. Passava-se o dia ali No campo à sombra agradável, Comendo e brincando muito. Era um passeio saudável! ***
  • 45. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 45 PISCINA Nadava desde pequeno. Seu Mário era o treinador, Ensinava os quatro nados Que aprendi com o professor. ***
  • 46. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 46 PROGRAMAS DE TV Era muito divertido O Aguarre o que Puder, Com os brinquedos da Estrela Que todo menino quer. ***
  • 47. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 47 Presenteava o bom aluno, Sabatinas Maizena, Que respondia as perguntas Feitas a ele, em cena. ***
  • 48. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 48 REVISTAS EM QUADRINHOS Era fã da LULUZINHA, O PATETA e ZÉ COLMÉIA Eram dois bem trapalhões, Mas eu amava MEMÉIA! O BOLINHA com o clubinho, “MENINA NÃO ENTRA”, o máximo! TIO PATINHAS, avarento, Não ligava pra o próximo.
  • 49. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 49 Grande mágico, MANDRAKE. O genial ZÉ CARIOCA. ZORRO e FANTASMA, os clássicos, TICO e TECO, em sua toca. O brasileiro SACI PERERÊ e sua turma, Do cartunista Ziraldo, Pra que mineiro não durma. Afinal TURMA DA MÔNICA Conquistou grande mercado, Das revistas em quadrinho, Desbancando o importado. ***
  • 50. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 50 UMA SÓ TRADIÇÃO Há uma só tradição Que deve ser respeitada E seguida: é o exemplo, De forma bem adequada. ***
  • 51. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas 51 Obras DO AUTOR: As Leis Universais; Código de Defesa do Consumidor em versos sem reverso; Contos Curtos – Des-contos; Estatuto do Idoso em versinhos; Exegese Poética; Mineiridade; Miscelânea Poética; Mixórdia Poética; O Cotidiano de uma Vida; O Direito em Poesia; Panorama; Poemas Diversos; Um Pouco de Mitologia; Um Turbilhão de Poemas; Uma Nova Concepção do Direito; Valores Éticos no Exercício da Advocacia; Vida Em Poesia, Artigos & Pareceres.
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