3. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
3
Para meu saudoso pai, Hermínio, minha
querida mãe, Adalgisa, amada esposa,
Maria Elizabeth e adorados filhos,
Fabrício e André, com amor e afeto.
4. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
4
ÍNDICE:
1 - A BANDA DE MÚSICA /6
2 - A CASA VELHA DO LADO /9
3 - ÁLBUM DE FIGURINHAS /10
4 - BANCO IMOBILIÁRIO /11
5 - BATALHA NAVAL /12
6 - BRINCADEIRAS DE RUA /13
MÃE DA RUA
POLÍCIA E LADRÃO
7 – CHARQUEADA /15
8 – CINEMA /17
9 - CINEMA EM CASA /19
10-COISAS DA INFÂNCIA NO INTERIOR /21
11-ENXURRADA /29
5. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
5
12-HAVIA TEMPO DE TUDO /31
13-NA ESCOLA /35
14-NA RUA DE MINHA CASA /37
15-NOVELAS DE RÁDIO /38
16-O QUINTAL /40
17-OS CARROS DO MEU PAI /41
18-PIQUENIQUE /43
19-PISCINA /45
20-PROGRAMAS DE TV /46
21-REVISTAS EM QUADRINHOS /48
22-UMA SÓ TRADIÇÃO /50
6. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
6
A BANDA DE MÚSICA
Chegava a banda ao coreto,
Tocando um lindo dobrado,
A meninada, em fileira,
Ouvia aquilo calada.
7. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
7
No fundo o velho gorducho,
Tocava a tuba – bom...bom...
Os pratos rodopiavam,
Resultando em lindo som.
Dando a cadência da marcha,
O tarol batia forte,
A flauta bem estridente
Suavizava o corte
8. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
8
Que o bumbo intrometido
Soberbo, interferia,
Dando o espaço pro clarim
Equilibrar a harmonia.
***
9. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
9
A CASA VELHA DO LADO
De tão antiga que era
Sim, parecia assombrada,
Em noite de lua cheia,
Um terror pra garotada.
Uma menina jurava
Que ouvira naquela casa
Um horrível relinchar,
Da tal mula sem cabeça
Numa noite de quaresma.
Quem podia acreditar!
10. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
10
ÁLBUM DE FIGURINHAS
Eu me recordo de alguns:
De times de futebol,
Marcelino Pão e Vinho.
No bafinha era o tal.
***
11. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
11
BANCO IMOBILIÁRIO
Era um jogo emocionante
Lidava-se com dinheiro,
Comprando propriedades.
Ocupava um tempo inteiro.
***
12. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
12
BATALHA NAVAL
No colégio se brincava
De um jogo muito legal,
Marcado numa cartela
Era a Batalha Naval.
***
13. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
13
BRINCADEIRAS DE RUA
MÃE DA RUA
Eram bem convidativas
Noites quentes de verão
Para se brincar na rua;
A arma era o correão.
***
14. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
14
POLÍCIA E LADRÃO
Também se brincava muito
De Polícia e Ladrão,
Violência e correria
E numa só emoção.
***
15. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
15
CHARQUEADA
Um passeio de criança
Era ir à charqueada
Comprar muita carne fresca
Que tremia, ensanguentada.
E ainda a gente via
O gado ser abatido,
Bem ali na nossa frente.
Cenário bem constrangido!
16. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
16
A carne era colocada
Dentro de grande bacia
No banco de traz levada
Curioso, como tremia!
***
17. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
17
CINEMA
Os filmes de faroeste
Fazem parte da lembrança,
Assistidos no cinema
Em meus tempos de criança.
18. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
18
Lá nas tardes de domingo,
Antes das exibições,
Trocávamos figurinhas,
Completando as coleções.
***
19. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
19
CINEMA EM CASA
No quintal de minha casa
Com um projetor de brinquedo
Dirigia um cineminha
CINE MAGIC, o segredo!
20. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
20
Eu desenhava o cartaz
Do filme a ser projetado,
Das crianças cobrava ingresso.
Narrava a fita, afiado.
***
21. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
21
COISAS DA INFÂNCIA NO INTERIOR
Um ciclista certa vez
Não sei de onde ele surgiu
Seu nome era Zuluaga
Como veio ele partiu.
Mas antes bateu recorde,
Em cima da bicicleta,
Lá na praça dia e noite
Andou e ganhou na certa.
22. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
22
Um dia lá no mercado
Um fato atraiu a gente,
Num pequeno galinheiro
Havia um frango com dente.
***
23. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
23
A tanajura surgia
Depois de uma chuvarada
Era espetada a bichinha.
Pra farra da garotada.
***
24. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
24
Numas noites muito quentes
O besouro aparecia
Era amarrado ao carrinho
E o puxava, em serventia.
***
25. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
25
Projetava na parede
Papai, no alpendre, com a mão
As sombras de ganso e pato,
De urubu e um cão.
***
26. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
26
Com um chapéu na cabeça
Todo feito de papel
A gente feliz marchava,
Fazendo grande escarcéu.
***
27. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
27
O menino era sonâmbulo
De madrugada acordava,
Em pé na cama gritando:
- a velha e depois chorava...
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28. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
28
O peru morre de véspera
Era o que se falava
O do terreiro de casa
Um caroço o entalava.
***
29. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
29
ENXURRADA
Em dias de muita chuva
Eu brincava na enxurrada
Com os meninos da rua
Descalços, em disparada.
30. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
30
Os barquinhos de papel
Desciam naquela água
Que corria pela rua
E num bueiro deságua.
Por incrível que pareça
Ninguém machucava o pé
Mergulhado n´água suja
Dessa enxurrada, pois é!
31. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
31
HAVIA TEMPO DE TUDO
Quando eu era pequenino
Havia tempo pra tudo,
Para empinar papagaio
E também para o estudo.
32. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
32
Havia tempo de frutas,
De manga, de goiaba e uva,
De brincar de cabra-cega,
De frio e de muita chuva.
33. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
33
De fieira e de peão,
De finca e bola-de-gude,
De andar só de calção
E de nadar no açude.
34. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
34
De tempo de assombração,
De brincadeiras de roda,
De andar de pé no chão
E das palavras da moda.
***
35. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
35
NA ESCOLA
Na escola eu aprendia
Solfejar e a tabuada
E decorava poesia
E canções bem entoadas.
No recreio se brincava
De roda e passar anel,
De amarelinha e pique
E de ver pipas no céu.
36. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
36
Quando tocava o sinal,
Em fila se ia pra sala,
Era muito natural.
Hoje nisso não se fala.
37. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
37
NA RUA DE MINHA CASA
Na rua de minha casa,
Em dias de muito vento
Da mangueira do vizinho
Caia a todo o momento
Muita manga despencada,
Na rua e no terreiro.
Uma farra pra garota
E manga pro dia inteiro!
***
38. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
38
NOVELAS DE RÁDIO
Eu escutava no rádio
O DIREITO DE NASCER,
O Albertinho Limonta,
Era todo um padecer!
39. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
39
JERÔNIMO, o grande herói,
Do Sertão deste Brasil,
Ouvia na Nacional,
Novela cheia de ardil!
***
40. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
40
O QUINTAL
No quintal de minha casa
Havia fruta a vontade:
Manga, abacate e caju,
Figo e uva de qualidade.
Também tinha um galinheiro
Com galo e muitas galinhas
E uma galinha choca.
Que alegres lembranças minhas!
41. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
41
OS CARROS DO MEU PAI
O fordinho do papai
Era um carro engraçado:
Nele havia uma manivela,
Pegava sempre empurrado.
Naquele tempo só havia
Carros velhos importados,
Meu pai possuía um Nash
Chrysler. Vivia enguiçado!
42. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
42
Num passeio que fizemos
Soltou-se a roda do carro
Que passou em sua frente.
Inusitado o que narro!
O meu irmão vendo aquilo
Disse: - isso está parecendo
Meu pequeno velocípede
Que perde a roda, correndo.
Uma folga na direção
Era a desculpa que havia
Pras batidas no portão
Do abrigo quando saia.
***
43. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
43
PIQUENIQUE
Domingo de manhãzinha
Corria o carro na estrada
Procurando um campo e árvore
Para dar uma parada.
Em local belo e escolhido
À sombra se colocava
Uma toalha bem branquinha
Onde ali se preparava
44. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
44
Um delicioso banquete
Com muita macarronada
E um frango bem tostadinho
Atraia a garotada.
Passava-se o dia ali
No campo à sombra agradável,
Comendo e brincando muito.
Era um passeio saudável!
***
45. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
45
PISCINA
Nadava desde pequeno.
Seu Mário era o treinador,
Ensinava os quatro nados
Que aprendi com o professor.
***
46. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
46
PROGRAMAS DE TV
Era muito divertido
O Aguarre o que Puder,
Com os brinquedos da Estrela
Que todo menino quer.
***
47. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
47
Presenteava o bom aluno,
Sabatinas Maizena,
Que respondia as perguntas
Feitas a ele, em cena.
***
48. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
48
REVISTAS EM QUADRINHOS
Era fã da LULUZINHA,
O PATETA e ZÉ COLMÉIA
Eram dois bem trapalhões,
Mas eu amava MEMÉIA!
O BOLINHA com o clubinho,
“MENINA NÃO ENTRA”, o máximo!
TIO PATINHAS, avarento,
Não ligava pra o próximo.
49. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
49
Grande mágico, MANDRAKE.
O genial ZÉ CARIOCA.
ZORRO e FANTASMA, os clássicos,
TICO e TECO, em sua toca.
O brasileiro SACI
PERERÊ e sua turma,
Do cartunista Ziraldo,
Pra que mineiro não durma.
Afinal TURMA DA MÔNICA
Conquistou grande mercado,
Das revistas em quadrinho,
Desbancando o importado.
***
50. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
50
UMA SÓ TRADIÇÃO
Há uma só tradição
Que deve ser respeitada
E seguida: é o exemplo,
De forma bem adequada.
***
51. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
51
Obras DO AUTOR:
As Leis Universais;
Código de Defesa do Consumidor em versos sem reverso;
Contos Curtos – Des-contos;
Estatuto do Idoso em versinhos;
Exegese Poética;
Mineiridade;
Miscelânea Poética;
Mixórdia Poética;
O Cotidiano de uma Vida;
O Direito em Poesia;
Panorama;
Poemas Diversos;
Um Pouco de Mitologia;
Um Turbilhão de Poemas;
Uma Nova Concepção do Direito;
Valores Éticos no Exercício da Advocacia;
Vida Em Poesia,
Artigos & Pareceres.
52. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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53. RÉ CORDA, DAR CORDA, RECORDAR
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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