SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 32
Baixar para ler offline
SOLDA OXIACETILENO
1
SOLDA OXIACETILENO
 A soldagem oxi-acetilênica é um processo no qual
a união das peças é obtida pela fusão localizada
do metal por uma chama gerada pela reação
entre o oxigênio e o acetileno.
 Pode ser necessário a utilização de material de
adição, que em forma de arames é aplicado pelo
soldador com uma mão, enquanto que, com a
outra, ele manipula o maçarico.
 A proteção do metal fundido é proporcionada
pelos gases resultantes da queima primária em
uma chama corretamente ajustada.
2
SOLDA POR FUSÃO
1 - As superfícies a serem soldadas
são aquecidas pela chama até a
fusão das bordas , formando uma
poça de fusão, que estabelece a
interação entre as duas peças.
(autógena)
2 - Conforme a espessura ou as
condições de soldagem do material
base há a necessidade de adição ao
processo de mais material na forma
de varetas (material de adição).
3
SOLDA POR BRASAGEM
Nesse processo, há sempre a
adição de metal não ferroso, que
se funde na região de soldagem,
que estará aquecia a uma
temperatura conveniente.
Assim, a união é feita,
aquecendo-se o material base,
sem fundi-lo, até temperaturas
correspondentes à fluidez do
material de adição.
4
CORTE
O oxi-corte é, na realidade, um
processo de combustão. Quando
uma chapa de aço é cortada o
ferro presente na sua
composição, aquecido por uma
chama à sua temperatura de
ignição, reage com o oxigênio
produzindo óxidos de ferro, que
serão removidos da área de
reação pelo sopro da chama.
5
SOLDA OXIACETILENO
 Dependendo do metal a ser soldado pode ser
necessário a utilização de um fluxo que promove a
remoção e a dissolução dos óxidos e impurezas
superficiais.
 O fluxo normalmente levado até a região da
soldagem com auxilio do arame do material de
adição.
6
SOLDA OXIACETILENO
 A soldagem oxi-acetilênica utiliza um
equipamento simples e de baixo custo e pode
ser usada para a soldagem de diversos tipos
de metais.
 O mesmo equipamento, pode ser utilizado com
diversos maçaricos e “bicos” permitindo
executar cortes, brasagem e tratamento
térmico de pequenas peças.
7
OXIGÊNIO
 É um gás incolor, inodoro, insípido e ligeiramente mais pesado que o
ar.
 Sobre pressão normal se liquefaz a uma temperatura de -182,9 0 C,
formando um líquido claro e azulado .
 Um litro de oxigênio líquido pesa 1,14 Kg .
 Oxigênio comercial é produzido por eletrólise da água ou mais
usualmente pela liquefação do ar atmosférico.
 O princípio básico do processo de liquefação é que os gases
vaporizam a diferentes temperaturas.
 Então, neste processo o ar será filtrado comprimido e resfriado a
temperatura de até -1940 C na qual liquefaz todos os componentes
do ar.
 Depois de liquefeito, faz-se uma destilação fracionada. O nitrogênio e
o argônio vaporizam a temperaturas mais altas, deixando o oxigênio
quase puro.
 No cilindro de oxigênio, este gás é armazenado sob alta pressão, a
qual atinge até cerca de 200 kgf/cm2 em um cilindro cheio. 8
ACETILENO
 O acetileno industrial é um gás incolor, odor picante
característico. Ele é mais leve que o ar e se dissolve
facilmente em líquidos.
 Muito instável, apresenta perigo de explosão quando
comprimido a pressões entre 15 e 20 bar.
 Devido à sua instabilidade a pressões elevadas, o
acetileno é armazenado em cilindros dissolvido em
acetona. Esta, para cada aumento de 1 atm de pressão,
dissolve um volume de acetileno 25 vezes maior do que
o seu.
 O cilindro é cheio até uma pressão de cerca de 17,5
kgf/cm2.
9
ACETILENO
 Usando-se acetileno de um cilindro -
 A vazão de consumo possui um limite acima do qual:
 a sua pressão interna cai rapidamente dando a impressão
de que o cilindro está vazio.
 o acetileno tende a carregar, misturado consigo, uma certa
quantidade de acetona.
 Nunca deve se deitar o cilindro. Nesta situação, a
acetona sairá em grande quantidade misturada com
acetileno.
 A pressão de saída de acetileno não deve exceder 1,5
kgf/cm2.
10
SOLDA OXIACETILENO
 O equipamento básico além de ser utilizado com
acetileno também pode ser utilizado com outros gazes.
 Existindo também maçaricos que trabalham com ar
atmosférico.
•combustível: acetileno, GLP, gás natural, hidrogênio, etc,
•comburente : o oxigênio engarrafado, oxigênio do ar atmosférico.
11
ACETILENO
 O acetileno pode
também ser
fornecido através
de geradores que
são dispositivos
que formam este
gás através de
uma reação
química.
12
MANIFOLDS
13
EQUIPAMENTO
14
EQUIPAMENTO
15
CILINDROS COM GASES
 O oxigênio é acondicionado
em cilindros metálicos de
alta pressão (200 bar),
pintados na cor preta (para
uso industrial).
 O acetileno, que por ser um
gás instável, vem dissolvido
em acetona e
acondicionado em cilindros
metálicos pintados na cor
bordô, cheios de uma
massa porosa. A pressão
dos cilindros é ao redor de
15 bar.
16
REGULADORES DE GÁS
 A função principal
desses
equipamentos é o
controle da
pressão do gás.
 Eles reduzem a
pressão alta do
gás que vem do
cilindro para a
pressão de
trabalho do
maçarico,
mantendo-a
constante durante
toda a operação.
17
VÁLVULAS DE RETENÇÃO OU ANTI RETROCESSO
 São válvulas colocadas nas
linhas de oxigênio e acetileno
para evitar o retorno de gás ou
o refluxo da chama.
 Isso pode ocorrer quando a
velocidade da chama é maior
que a velocidade de fluxo do
gás. Neste caso a chama pode
atravessar a câmara de
mistura em sentido contrário e
avançar pela mangueira.
18
MANGUEIRAS
 As mangueiras do
equipamento
oxiacetilênico
obedecem a um
código fixo de cores:
 acetileno – vermelho
 oxigênio – verde.
 As conexões do
oxigênio são de rosca
direita (sentido
horário) e as do
acetileno são de
rosca esquerda
(sentido anti horário).
19
MAÇARICO
 O equipamento básico
é formado por:
 Corpo do maçarico
 Conexões das
mangueiras
 Dois tubos separados
para passagem dos
gases
 Válvulas para controle
da vazão dos gases
 Câmara de mistura
dos gases
 Bicos
20
MAÇARICO DE CORTE
 Maçaricos de corte
possuem dois fluxos de
oxigênio.
 Um dos fluxos do oxigênio é
controlado, por uma
válvula, semelhante à
válvula de acetileno e em
conjunto com o fluxo de
acetileno compõe a mistura
que forma a chama de
aquecimento.
 O outro, acionado por um
gatilho, separado,
acrescenta mais oxigênio à
mistura dos gases, para
formar uma chama
altamente oxidante, que vai
efetuar o corte.
21
CHAMA
 Distribuição da temperatura ao longo da chama
22
CHAMA
 A reação química da chama oxiacetilênica pode ser ajustada pela
variação da relação da mistura do oxigênio / gás combustível,
modificando assim as características da chama:
Chama redutora Chama neutra Chama oxidante
23
MATERIAL DE ADIÇÃO E FLUXO
24
PROCESSO SOLDAGEM
 A chama resultante dessa queima pode atingir temperaturas ao
redor dos 3.200º C.
 A soldagem é na realidade uma fusão que pode ser feita com ou
sem adição de material (material de adição ou eletrodo).
25
PROCESSO DE CORTE
 No corte, é feito um aquecimento do material a ser cortado
até a temperatura de reação do metal com oxigênio
(ignição), no caso de aço, entre 700ºC e 900ºC, quando
toma a coloração vermelho cereja, mas ainda não atingiu a
temperatura de fusão.
 Nesse ponto, o jato de oxigênio puro é acionado, incidindo
diretamente sobre a área pré-aquecida, o que desencadeia
uma reação química exotérmica entre o oxigênio e o metal
aquecido, formando óxido de ferro (escória), que é
deslocado pela força do jato dos gases e abrindo espaço
para a penetração da chama produzindo o corte no metal.
 O corte pode ser feito manualmente de forma relativamente
grosseira, ou em equipamentos controlados, como carrinhos
(tartarugas), pantógrafos copiadores e robotizado
26
PROCESSO DE CORTE
27
PROCESSO DE CORTE
Corte manual Corte com carrinho ou tartaruga
28
PROCESSO DE CORTE
29
PROCESSO DE CORTE
30
PROCESSO
31
OBSERVAÇÕES:
 As mangueiras, de acetileno e de oxigênio, devem ser
purgadas, nesta ordem, antes de acender o maçarico.
 O maçarico deve ser aceso inicialmente com o fluxo de
acetileno somente, e depois aberto o fluxo de oxigênio.
 Nunca deve ser utilizado óleo ou graxa nas roscas e nos
reguladores, bicos, maçaricos, ou qualquer outro
equipamento que entre em contato com o oxigênio.
 O oxigênio nunca deve ser utilizado como ar
comprimido, para limpeza, por exemplo.
 A área de trabalho deve ser mantida livre de qualquer
produto combustível.
32

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Solda_oxiacetileno.pdf

Oxi acetileno1-090909054457-phpapp02
Oxi acetileno1-090909054457-phpapp02Oxi acetileno1-090909054457-phpapp02
Oxi acetileno1-090909054457-phpapp02
Ginho_Neder
 
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
LukasSeize
 
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
LukasSeize
 
Apostila quimica orgânica_experimental
Apostila quimica orgânica_experimentalApostila quimica orgânica_experimental
Apostila quimica orgânica_experimental
FlaviaRXL
 

Semelhante a Solda_oxiacetileno.pdf (20)

Oxi acetileno1-090909054457-phpapp02
Oxi acetileno1-090909054457-phpapp02Oxi acetileno1-090909054457-phpapp02
Oxi acetileno1-090909054457-phpapp02
 
Brasagem Processo de solda
Brasagem Processo de soldaBrasagem Processo de solda
Brasagem Processo de solda
 
REVISÃO DE QUÍMICA DO 3º ANO
REVISÃO DE QUÍMICA DO 3º ANOREVISÃO DE QUÍMICA DO 3º ANO
REVISÃO DE QUÍMICA DO 3º ANO
 
Brasagem Mecanica
Brasagem MecanicaBrasagem Mecanica
Brasagem Mecanica
 
Coluna revista Industrial Heating, Parte I
Coluna revista Industrial Heating, Parte IColuna revista Industrial Heating, Parte I
Coluna revista Industrial Heating, Parte I
 
Aços e ferros fundidos
Aços e ferros fundidosAços e ferros fundidos
Aços e ferros fundidos
 
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
 
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
1901097rev0 apostila eletrodosrevestidos
 
Revista ferramental molde inj al
Revista ferramental molde inj alRevista ferramental molde inj al
Revista ferramental molde inj al
 
Metais nao ferrosos
Metais nao ferrososMetais nao ferrosos
Metais nao ferrosos
 
MINI AULA nitretaçao e cementação.pptx
MINI AULA nitretaçao e cementação.pptxMINI AULA nitretaçao e cementação.pptx
MINI AULA nitretaçao e cementação.pptx
 
Guia da solda
Guia da soldaGuia da solda
Guia da solda
 
Apostila quimica orgânica_experimental
Apostila quimica orgânica_experimentalApostila quimica orgânica_experimental
Apostila quimica orgânica_experimental
 
ÁCIDO NÍTRICO.pdf
ÁCIDO NÍTRICO.pdfÁCIDO NÍTRICO.pdf
ÁCIDO NÍTRICO.pdf
 
Alumínio e suas ligas
Alumínio e suas ligasAlumínio e suas ligas
Alumínio e suas ligas
 
Soldagem ER
Soldagem ERSoldagem ER
Soldagem ER
 
1901097rev1 apostilaeletrodosrevestidos ok
1901097rev1 apostilaeletrodosrevestidos ok1901097rev1 apostilaeletrodosrevestidos ok
1901097rev1 apostilaeletrodosrevestidos ok
 
Apostila eletrodos revestidos ok
Apostila eletrodos revestidos okApostila eletrodos revestidos ok
Apostila eletrodos revestidos ok
 
Apostila eletrodo revestido esab
Apostila eletrodo revestido   esabApostila eletrodo revestido   esab
Apostila eletrodo revestido esab
 
1901097rev1 apostilaeletrodosrevestidos ok
1901097rev1 apostilaeletrodosrevestidos ok1901097rev1 apostilaeletrodosrevestidos ok
1901097rev1 apostilaeletrodosrevestidos ok
 

Último

FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF LazzeriniFATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
fabiolazzerini1
 
Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .
Geagra UFG
 

Último (7)

608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx
608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx
608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx
 
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF LazzeriniFATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
 
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
 
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdfApresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
 
SustentabilidadeUrbana_DireitoCidade_21Mai10.ppt
SustentabilidadeUrbana_DireitoCidade_21Mai10.pptSustentabilidadeUrbana_DireitoCidade_21Mai10.ppt
SustentabilidadeUrbana_DireitoCidade_21Mai10.ppt
 
Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .
 
70mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm7367.pptx
70mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm7367.pptx70mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm7367.pptx
70mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm7367.pptx
 

Solda_oxiacetileno.pdf

  • 2. SOLDA OXIACETILENO  A soldagem oxi-acetilênica é um processo no qual a união das peças é obtida pela fusão localizada do metal por uma chama gerada pela reação entre o oxigênio e o acetileno.  Pode ser necessário a utilização de material de adição, que em forma de arames é aplicado pelo soldador com uma mão, enquanto que, com a outra, ele manipula o maçarico.  A proteção do metal fundido é proporcionada pelos gases resultantes da queima primária em uma chama corretamente ajustada. 2
  • 3. SOLDA POR FUSÃO 1 - As superfícies a serem soldadas são aquecidas pela chama até a fusão das bordas , formando uma poça de fusão, que estabelece a interação entre as duas peças. (autógena) 2 - Conforme a espessura ou as condições de soldagem do material base há a necessidade de adição ao processo de mais material na forma de varetas (material de adição). 3
  • 4. SOLDA POR BRASAGEM Nesse processo, há sempre a adição de metal não ferroso, que se funde na região de soldagem, que estará aquecia a uma temperatura conveniente. Assim, a união é feita, aquecendo-se o material base, sem fundi-lo, até temperaturas correspondentes à fluidez do material de adição. 4
  • 5. CORTE O oxi-corte é, na realidade, um processo de combustão. Quando uma chapa de aço é cortada o ferro presente na sua composição, aquecido por uma chama à sua temperatura de ignição, reage com o oxigênio produzindo óxidos de ferro, que serão removidos da área de reação pelo sopro da chama. 5
  • 6. SOLDA OXIACETILENO  Dependendo do metal a ser soldado pode ser necessário a utilização de um fluxo que promove a remoção e a dissolução dos óxidos e impurezas superficiais.  O fluxo normalmente levado até a região da soldagem com auxilio do arame do material de adição. 6
  • 7. SOLDA OXIACETILENO  A soldagem oxi-acetilênica utiliza um equipamento simples e de baixo custo e pode ser usada para a soldagem de diversos tipos de metais.  O mesmo equipamento, pode ser utilizado com diversos maçaricos e “bicos” permitindo executar cortes, brasagem e tratamento térmico de pequenas peças. 7
  • 8. OXIGÊNIO  É um gás incolor, inodoro, insípido e ligeiramente mais pesado que o ar.  Sobre pressão normal se liquefaz a uma temperatura de -182,9 0 C, formando um líquido claro e azulado .  Um litro de oxigênio líquido pesa 1,14 Kg .  Oxigênio comercial é produzido por eletrólise da água ou mais usualmente pela liquefação do ar atmosférico.  O princípio básico do processo de liquefação é que os gases vaporizam a diferentes temperaturas.  Então, neste processo o ar será filtrado comprimido e resfriado a temperatura de até -1940 C na qual liquefaz todos os componentes do ar.  Depois de liquefeito, faz-se uma destilação fracionada. O nitrogênio e o argônio vaporizam a temperaturas mais altas, deixando o oxigênio quase puro.  No cilindro de oxigênio, este gás é armazenado sob alta pressão, a qual atinge até cerca de 200 kgf/cm2 em um cilindro cheio. 8
  • 9. ACETILENO  O acetileno industrial é um gás incolor, odor picante característico. Ele é mais leve que o ar e se dissolve facilmente em líquidos.  Muito instável, apresenta perigo de explosão quando comprimido a pressões entre 15 e 20 bar.  Devido à sua instabilidade a pressões elevadas, o acetileno é armazenado em cilindros dissolvido em acetona. Esta, para cada aumento de 1 atm de pressão, dissolve um volume de acetileno 25 vezes maior do que o seu.  O cilindro é cheio até uma pressão de cerca de 17,5 kgf/cm2. 9
  • 10. ACETILENO  Usando-se acetileno de um cilindro -  A vazão de consumo possui um limite acima do qual:  a sua pressão interna cai rapidamente dando a impressão de que o cilindro está vazio.  o acetileno tende a carregar, misturado consigo, uma certa quantidade de acetona.  Nunca deve se deitar o cilindro. Nesta situação, a acetona sairá em grande quantidade misturada com acetileno.  A pressão de saída de acetileno não deve exceder 1,5 kgf/cm2. 10
  • 11. SOLDA OXIACETILENO  O equipamento básico além de ser utilizado com acetileno também pode ser utilizado com outros gazes.  Existindo também maçaricos que trabalham com ar atmosférico. •combustível: acetileno, GLP, gás natural, hidrogênio, etc, •comburente : o oxigênio engarrafado, oxigênio do ar atmosférico. 11
  • 12. ACETILENO  O acetileno pode também ser fornecido através de geradores que são dispositivos que formam este gás através de uma reação química. 12
  • 16. CILINDROS COM GASES  O oxigênio é acondicionado em cilindros metálicos de alta pressão (200 bar), pintados na cor preta (para uso industrial).  O acetileno, que por ser um gás instável, vem dissolvido em acetona e acondicionado em cilindros metálicos pintados na cor bordô, cheios de uma massa porosa. A pressão dos cilindros é ao redor de 15 bar. 16
  • 17. REGULADORES DE GÁS  A função principal desses equipamentos é o controle da pressão do gás.  Eles reduzem a pressão alta do gás que vem do cilindro para a pressão de trabalho do maçarico, mantendo-a constante durante toda a operação. 17
  • 18. VÁLVULAS DE RETENÇÃO OU ANTI RETROCESSO  São válvulas colocadas nas linhas de oxigênio e acetileno para evitar o retorno de gás ou o refluxo da chama.  Isso pode ocorrer quando a velocidade da chama é maior que a velocidade de fluxo do gás. Neste caso a chama pode atravessar a câmara de mistura em sentido contrário e avançar pela mangueira. 18
  • 19. MANGUEIRAS  As mangueiras do equipamento oxiacetilênico obedecem a um código fixo de cores:  acetileno – vermelho  oxigênio – verde.  As conexões do oxigênio são de rosca direita (sentido horário) e as do acetileno são de rosca esquerda (sentido anti horário). 19
  • 20. MAÇARICO  O equipamento básico é formado por:  Corpo do maçarico  Conexões das mangueiras  Dois tubos separados para passagem dos gases  Válvulas para controle da vazão dos gases  Câmara de mistura dos gases  Bicos 20
  • 21. MAÇARICO DE CORTE  Maçaricos de corte possuem dois fluxos de oxigênio.  Um dos fluxos do oxigênio é controlado, por uma válvula, semelhante à válvula de acetileno e em conjunto com o fluxo de acetileno compõe a mistura que forma a chama de aquecimento.  O outro, acionado por um gatilho, separado, acrescenta mais oxigênio à mistura dos gases, para formar uma chama altamente oxidante, que vai efetuar o corte. 21
  • 22. CHAMA  Distribuição da temperatura ao longo da chama 22
  • 23. CHAMA  A reação química da chama oxiacetilênica pode ser ajustada pela variação da relação da mistura do oxigênio / gás combustível, modificando assim as características da chama: Chama redutora Chama neutra Chama oxidante 23
  • 24. MATERIAL DE ADIÇÃO E FLUXO 24
  • 25. PROCESSO SOLDAGEM  A chama resultante dessa queima pode atingir temperaturas ao redor dos 3.200º C.  A soldagem é na realidade uma fusão que pode ser feita com ou sem adição de material (material de adição ou eletrodo). 25
  • 26. PROCESSO DE CORTE  No corte, é feito um aquecimento do material a ser cortado até a temperatura de reação do metal com oxigênio (ignição), no caso de aço, entre 700ºC e 900ºC, quando toma a coloração vermelho cereja, mas ainda não atingiu a temperatura de fusão.  Nesse ponto, o jato de oxigênio puro é acionado, incidindo diretamente sobre a área pré-aquecida, o que desencadeia uma reação química exotérmica entre o oxigênio e o metal aquecido, formando óxido de ferro (escória), que é deslocado pela força do jato dos gases e abrindo espaço para a penetração da chama produzindo o corte no metal.  O corte pode ser feito manualmente de forma relativamente grosseira, ou em equipamentos controlados, como carrinhos (tartarugas), pantógrafos copiadores e robotizado 26
  • 28. PROCESSO DE CORTE Corte manual Corte com carrinho ou tartaruga 28
  • 32. OBSERVAÇÕES:  As mangueiras, de acetileno e de oxigênio, devem ser purgadas, nesta ordem, antes de acender o maçarico.  O maçarico deve ser aceso inicialmente com o fluxo de acetileno somente, e depois aberto o fluxo de oxigênio.  Nunca deve ser utilizado óleo ou graxa nas roscas e nos reguladores, bicos, maçaricos, ou qualquer outro equipamento que entre em contato com o oxigênio.  O oxigênio nunca deve ser utilizado como ar comprimido, para limpeza, por exemplo.  A área de trabalho deve ser mantida livre de qualquer produto combustível. 32