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        Luiz Rodrigues Joaquim Sobrinho, Acadêmico Licenciatura Plena em Ciências Biológicas –UFMT (PIBIC/ CNPq), luiztoddy@gmail.com
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        Carmen Eugenia Rodríguez Ortíz, Depto Botânica e Ecologia /Instituto de Biociências (Orientadora) , cerortiz@ufmt.br
        Isabela Codolo de Lucena, Doutoranda Ecologia e Recursos Naturais UFSCar(Colaboradora), isabelaclucena@gmail.com

  INTRODUÇÃO
  INTRODUÇÃO
    Curatella americana L., popularmente conhecida como lixeira, é uma planta lenhosa, perene, de folhas escleromórficas, com ampla distribuição geográfica. Considerada uma das
 espécies predominantes nas áreas de Cerrado no Estado de Mato Grosso. Estudos sobre o comportamento fenológico possibilitam determinar as consequências dos fatores ambientais
 sobre os aspectos funcionais das espécies, permitindo que sejam entendidos os padrões de regeneração e reprodução das mesmas e a organização temporal dos recursos dentro das
 comunidades.
 OBJETIVOS
 OBJETIVOS
     O presente trabalho teve por objetivo avaliar como diferentes tipos de cobertura do solo promovem alterações nos padrões fenológicos de Curatella americana L.
MATERIAL E MÉTODOS
MATERIAL E MÉTODOS
   Em duas áreas, uma de pastagem e outra de vegetação nativa, ambas inseridas em uma matriz de Cerrado na borda do Pantanal na Baixada Cuiabana, MT, foram marcados 15
indivíduos de C. americana. Em intervalos quinzenais, entre setembro de 2011 a janeiro de 2012 todos os indivíduos amostrados foram visitados e foram registradas a presença ou a
ausência das seguintes fenofases: floração (botões, flores abertas), frutificação (frutos imaturos, frutos maduros e frutos dispersando) e mudança foliar (folhas novas, expandidas e folhas
secas).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
   A produção de flores e maturação dos frutos foi maior na área de pastagem (Figura 3a e 3b) onde a floração foi antecipada em 15 dias, sendo que cerca de 40% dos indivíduos
apresentaram botão floral e 45% flor neste período. Em setembro foi observada também a frutificação da espécie, sendo que 100% dos indivíduos apresentaram frutos imaturos na área
de pastagem, enquanto na área de cerrado apenas 60% dos indivíduos. A dispersão dos frutos ocorre em setembro na área nativa e outubro na área de pastagem.
   Sob vegetação nativa, a frequência de frutos imaturos esteve diretamente correlacionada ao aumento de temperatura do ar (r s= 0,565, p < 0,05), que ocorre entre os meses de
setembro e novembro de 2011. Neste período a temperatura atingiu, em média, valores entre 27,9 aqui e 28, 8 colocar o símbolo de graus C. Em área de pasto, correlação similar foi
registrada para as fenofases frutos imaturos (r s= 0,715, p< 0,001), frutos maturos (rs= 0,732, p < 0,001), dispersão de frutos (r s= 0,644, p < 0,001).




                                                                                                                       Pastagem


                                                                                                                       Área nativa
                                                                                                                                                                               a




                                                                                                                                                                              b



     Figura 1. Freqüência relativa (%) de folhas novas(a); folhas expandidas (b); folhas secas
     (c); frutos imaturos (d); frutos maturos (e) e frutos dispersando (f) em indivíduos de C.
     americana em área de pastagem e de mata nativa.
                                                                                                                                     Figura    3. Exemplar de C. americana
                                                                                                                                     apresentando flores (a) e folhas novas (b) .




                                  Figura 2. Freqüência relativa (%) de botão floral(a); flor aberta(b) em
                                  indivíduos de C. americana em área de pastagem e de mata nativa.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
O registro de uma maior porcentagem de indivíduos de C. americana com determinada fenofase e antecipação dos eventos fenológicos em área de pastagem
comparados com estes eventos na área de cerrado sensu stritu é um forte indicador de que a mudança na cobertura do solo afeta estado hídrico da planta e assim
sua fenologia..

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  • 1. . UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica-PIBIC. CARACTERIZAÇÃO DE ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA LIXEIRA NO CERRADO SENSU STRICTO. GPEV Grupo de Pesquisa UFMT em Ecofisiologia Luiz Rodrigues Joaquim Sobrinho, Acadêmico Licenciatura Plena em Ciências Biológicas –UFMT (PIBIC/ CNPq), luiztoddy@gmail.com Vegetal Carmen Eugenia Rodríguez Ortíz, Depto Botânica e Ecologia /Instituto de Biociências (Orientadora) , cerortiz@ufmt.br Isabela Codolo de Lucena, Doutoranda Ecologia e Recursos Naturais UFSCar(Colaboradora), isabelaclucena@gmail.com INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO Curatella americana L., popularmente conhecida como lixeira, é uma planta lenhosa, perene, de folhas escleromórficas, com ampla distribuição geográfica. Considerada uma das espécies predominantes nas áreas de Cerrado no Estado de Mato Grosso. Estudos sobre o comportamento fenológico possibilitam determinar as consequências dos fatores ambientais sobre os aspectos funcionais das espécies, permitindo que sejam entendidos os padrões de regeneração e reprodução das mesmas e a organização temporal dos recursos dentro das comunidades. OBJETIVOS OBJETIVOS O presente trabalho teve por objetivo avaliar como diferentes tipos de cobertura do solo promovem alterações nos padrões fenológicos de Curatella americana L. MATERIAL E MÉTODOS MATERIAL E MÉTODOS Em duas áreas, uma de pastagem e outra de vegetação nativa, ambas inseridas em uma matriz de Cerrado na borda do Pantanal na Baixada Cuiabana, MT, foram marcados 15 indivíduos de C. americana. Em intervalos quinzenais, entre setembro de 2011 a janeiro de 2012 todos os indivíduos amostrados foram visitados e foram registradas a presença ou a ausência das seguintes fenofases: floração (botões, flores abertas), frutificação (frutos imaturos, frutos maduros e frutos dispersando) e mudança foliar (folhas novas, expandidas e folhas secas). RESULTADOS E DISCUSSÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO A produção de flores e maturação dos frutos foi maior na área de pastagem (Figura 3a e 3b) onde a floração foi antecipada em 15 dias, sendo que cerca de 40% dos indivíduos apresentaram botão floral e 45% flor neste período. Em setembro foi observada também a frutificação da espécie, sendo que 100% dos indivíduos apresentaram frutos imaturos na área de pastagem, enquanto na área de cerrado apenas 60% dos indivíduos. A dispersão dos frutos ocorre em setembro na área nativa e outubro na área de pastagem. Sob vegetação nativa, a frequência de frutos imaturos esteve diretamente correlacionada ao aumento de temperatura do ar (r s= 0,565, p < 0,05), que ocorre entre os meses de setembro e novembro de 2011. Neste período a temperatura atingiu, em média, valores entre 27,9 aqui e 28, 8 colocar o símbolo de graus C. Em área de pasto, correlação similar foi registrada para as fenofases frutos imaturos (r s= 0,715, p< 0,001), frutos maturos (rs= 0,732, p < 0,001), dispersão de frutos (r s= 0,644, p < 0,001). Pastagem Área nativa a b Figura 1. Freqüência relativa (%) de folhas novas(a); folhas expandidas (b); folhas secas (c); frutos imaturos (d); frutos maturos (e) e frutos dispersando (f) em indivíduos de C. americana em área de pastagem e de mata nativa. Figura 3. Exemplar de C. americana apresentando flores (a) e folhas novas (b) . Figura 2. Freqüência relativa (%) de botão floral(a); flor aberta(b) em indivíduos de C. americana em área de pastagem e de mata nativa. CONCLUSÃO CONCLUSÃO O registro de uma maior porcentagem de indivíduos de C. americana com determinada fenofase e antecipação dos eventos fenológicos em área de pastagem comparados com estes eventos na área de cerrado sensu stritu é um forte indicador de que a mudança na cobertura do solo afeta estado hídrico da planta e assim sua fenologia..