O documento discute os desafios impostos pelo rápido crescimento populacional mundial. A população atingiu 7 bilhões de pessoas em 2011 e deve chegar a 9,3 bilhões em 2050. Isso trará questões sobre o equilíbrio entre populações idosas e jovens, uso de recursos naturais e desenvolvimento sustentável de cidades, que abrigarão 70% da população. No Brasil, com 192 milhões de habitantes, há tendência ao envelhecimento da população e desafios do crescimento ur
População Mundial 7 Bilhões - Desafios Urbanos e Envelhecimento
1. Demografia - Atualidades - UOL Educação Página 1 de 2
ATUALIDADES
Demografia
Os desafios de um planeta com 7 bilhões de pessoas
José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
A população mundial atingiu os 7 bilhões de habitantes no dia 31 de outubro, segundo
estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas). O ritmo acelerado de crescimento
populacional impõe desafios para garantir uma convivência mais equilibrada nos centros
urbanos, nas próximas décadas.
Direto ao ponto: Ficha-resumo
Durante séculos, o número de pessoas na Terra aumentou muito pouco. A marca de 1
bilhão de habitantes foi alcançada em 1800. A partir dos anos 1950, porém, melhorias nas
condições de vida em regiões mais pobres provocaram uma rápida expansão. Em apenas
meio século, a população mais do que dobrou de tamanho, chegando a 6 bilhões em 2000.
As projeções indicam que, em 2050, serão 9,3 bilhões de habitantes no planeta, índice que
atingirá os 10 bilhões até o final do século, antes de estabilizar. O aumento ocorrerá
principalmente em países africanos que registram altas taxas de fertilidade.
A China é hoje o país mais populoso do mundo, com 1,35 bilhão de pessoas, seguida da
Índia, com 1,24 bilhão. Mas, segundo a ONU, em 2025 a Índia terá 1,46 bilhão de
habitantes, ultrapassando os estimados 1,39 bilhão de chineses nesta data.
O problema não é acomodar tanta gente: há espaço de sobra. As questões envolvem o
balanço entre população idosa e jovem, uso de recursos naturais, fluxo migratório e
desenvolvimento sustentável em zonas urbanas, que concentrarão 70% da população
mundial.
Em 2008, pela primeira vez na historia, havia mais gente morando em cidades que no
campo. Em 1975, havia três megacidades (aglomerados urbanos com mais de 10 milhões
de pessoas) no mundo: Nova York, Tóquio e Cidade do México. Hoje, são 21, entre elas
São Paulo e Rio de Janeiro. Essas cidades demandam soluções para problemas como
trânsito, violência, saneamento básico e desemprego.
O aumento populacional cria também disparidades sociais. Nos países mais pobres, como
no continente africano, as altas taxas de fecundidade e o crescimento da população mais
jovem dificultam o desenvolvimento. Não há emprego para todos e nem acesso à educação
de qualidade.
Já em nações ricas, como o Japão e países europeus, o problema é o envelhecimento do
povo. O maior número de pessoas idosas reduz a força de trabalho e sobrecarrega os
sistemas previdenciários, onerando o Estado.
Por isso, governos usam estratégias opostas: campanhas de controle da natalidade no
primeiro caso, como prevenção de gravidez na adolescência, e estímulo econômico às
mulheres para que tenham mais filhos, no segundo.
Em geral, as taxas de fecundidade (número médio de filhos por mulher) caíram de 6 filhos
para cada mulher para 2,5, desde os anos 1970. As causas foram os avanços sociais e
econômicos, que permitiram às mulheres acesso à educação, trabalho e métodos
contraceptivos.
Mas, ao mesmo tempo, a expectativa de vida passou de 48 anos, no início da década de
1950, para 68 anos na primeira década do século. E a mortalidade infantil, que era de 133
mortes para cada 1 mil nascimentos, na década de 1950, caiu para 46 mortes em cada 1
mil, no período entre 2005-2010.
Jovens com menos de 25 anos compõem 43% da população mundial. Eles representam
uma importante mão de obra para estimular economias, sobretudo aquelas em crise; mas,
para isso, precisam ter educação, saúde e emprego.
Brasil
No Brasil, há uma tendência para o envelhecimento da população, que é hoje de 192
milhões de habitantes. Em 1960, cada mulher tinha uma média de 6 filhos, taxa reduzida
para 2,4 no começo deste século.
Na última década, projeções apontam uma tendência de queda para índices entre 1,8 e
1,9, abaixo da taxa de reposição de 2,1 filhos. São taxas de fecundidade próxima a países
como Alemanha, Espanha, Itália, Japão e Rússia.
O aspecto positivo é que isso contribui para a diminuição da pobreza, pois o Estado tem
menos crianças para assistir e há mais mulheres no mercado de trabalho. Contudo, nesse
http://educacao.uol.com.br/atualidades/demografia-os-desafios-de-um-planeta-com-7-... 18/01/2012
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população brasileira, superando a parcela de pessoas economicamente ativas.
Enquanto isso, o país aproveita uma característica demográfica que favorece o crescimento
econômico: há um número maior de adultos, ou seja, de pessoas em idade produtiva que
não dependem do Estado. É o chamado “bônus demográfico”, que dura um tempo
determinado e deve ser aproveitado.
Por esta razão, especialistas afirmam que agora é o momento de pensar políticas públicas
para lidar com o envelhecimento dos brasileiros. Outro ponto importante é o planejamento
urbano. O Brasil, com 85% pessoas vivendo nas cidades, é um dos países mais
urbanizados do mundo, e, com mais gente vivendo nas cidades, há mais demanda por
habitação, saneamento e transporte público, postos de trabalho, saúde e educação.
Direto ao ponto
A população mundial atingiu os 7 bilhões de habitantes no dia 31 de
outubro, segundo estimativas da ONU (Organização das Nações
Unidas). A China é hoje o país mais populoso do mundo, com 1,35
bilhão de pessoas, seguida da Índia, com 1,24 bilhão.
As projeções indicam que, em 2050, serão 9,3 bilhões de habitantes
no planeta, índice que atingirá os 10 bilhões até o final do século,
antes de estabilizar. O aumento ocorrerá principalmente em países
africanos que registram altas taxas de fertilidade.
O ritmo acelerado de crescimento populacional impõe desafios para
garantir uma convivência mais equilibrada nos centros urbanos, nas
próximas décadas. O problema não é acomodar tanta gente: há
espaço de sobra. As questões envolvem o balanço entre população
idosa e jovem, uso de recursos naturais, fluxo migratório e
desenvolvimento sustentável em zonas urbanas, que concentrarão
70% da população mundial.
No Brasil, com 192 milhões de habitantes, há uma tendência para o
envelhecimento da população. Na última década, projeções apontam
uma tendência de queda para índices de fecundidade próximos aos
registrados em países europeus. Outro desafio é a vida em centros
urbanos: o Brasil, com 85% da população vivendo nas cidades, é um
dos países mais urbanizados do mundo.
Saiba mais
Situação da População Mundial 2011 (disponível em PDF): relatório da ONU que
analisa tendências para a vida em sociedade em um mundo com 7 bilhões de
pessoas.
No Mundo de 2020 (1973): ficção científica dos anos 1970 que imagina as
consequências desastrosas do crescimento populacional no planeta.
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