O documento discute a evolução da televisão social e as redes sociais móveis, abordando tópicos como: a conjuntura socio-tecnológica que permite novas formas de socialização em torno da TV; marcos históricos do desenvolvimento de funcionalidades sociais na TV, como chat e mensagens; e desafios do campo, como compreender as dinâmicas sociais e de comunicação mediadas pela tecnologia.
1. Media and Mobile Social Networks
1 | jfa@ua.pt, almeida@ua.pt | MCMM | 08-09
Jorge Trinidad Ferraz de Abreu Outubro 2008
Pedro Alexandre Santos Almeida
Benjamin Junior
Universidade de Aveiro
Departamento de Comunicação e Arte
2. alinhamento
Social (i)TV jorge ferraz de abreu
Social online/AV pedro almeida
Mobile Geo-services(?) benjamin junior
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3. sumário
Social (i)TV – do's and don'ts
Conjuntura tecno-social - uma janela de oportunidade
Alguns marcos da social (i)TV
Desafios…
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4. Social (i)TV
Do’s and don´ts | conjuntura tecno-social | alguns marcos | desafios
Social (i)TV não é “physical
social viewing”
Social (i)TV permite
(independentemente da localização
geográfica dos intervenientes):
– ver TV em comunidade
– transmitir sensação de http://www.flickr.com/groups/peoplewatchingtv/
companhia
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– promover a sociabilidade;
– comentar/falar sobre o que se
viu/vê;
– recomendar…
5. Social (i)TV
Do’s and don´ts | conjuntura tecno-social | alguns marcos | desafios
televisão é promotora de
referenciais comuns que
induzem e suportam diálogos
entre as pessoas:
– potencial de dinamização de
sociabilidade: interacção e
coesão social Klapper (1960), Katz,
Gurevitch e Hassem (1973), McQuail
(1993), Wolton (1997),…
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6. Social (i)TV
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proliferação e segmentação
de canais
– diminuição de referenciais
partilhados entre
telespectadores
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7. Social (i)TV
Do’s and don´ts | conjuntura tecno-social | alguns marcos | desafios
ampla adopção de serviços de
suporte à comunicação interpessoal
– Voz, IM, VC, SMS, …)
– sobre um leque alargado de
terminais: telemóveis, PDAs, PCs
portáteis
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8. Social (i)TV
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telespectadores multitasking
serviços de comunicação em
tempo real, adequados à
integração em plataformas de
televisão interactiva
– utilização do IM aparenta ser
uma das mais compatíveis com
a recepção TV
http://flickr.com/photos/michellecan/1544174309/
– prática telenauta (Lafrance, 2005)
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interesse por soluções de
convergência TV/Internet (re-
apropriação inter-tecnológica e
práticas transmédias)
9. Social (i)TV
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Abril 2000
– Apresentação das ideias base, subjacentes à
conceptualização de uma aplicação de televisão
interactiva com integração de funcionalidades
sociais (Abreu e Silva, 2000)
• VCV - Visionamento Colectivo Virtual
• EAP - Envio de Apontadores de Programas
• TAP - Transcrição Automática de Programas
Junho 2000
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– AOLTV para além de disponibilizar o serviço de e-
mail, integrava os sistemas de chat e de Instant
Messaging desta empresa (Kawamoto, Hu e Miles,
2000)
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10. Social (i)TV
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Setembro 2001
– apresentação da conceptualização da aplicação e
do protótipo 2BeOn, na Workshop Multimédia da
Eurographics (Abreu, Almeida e Branco, 2001)
• mecanismo de presença, funcionalidades de
comunicação e de colaboração
• esboços das interfaces iniciais
Maio 2002
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– apresentação da conceptualização do protótipo
Reality IM da empresa Accenture Labs (Chuah,
2002)
• protótipo baseado num IM boot e na solução
comercial Instant Messenger da Microsoft .
• segundo protótipo, após o 2BeOn, a considerar
(embora conceptualmente) informação de presença.
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11. Social (i)TV
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menu off de CiP
+FriendsOn
serviços
ChannelsOn
FriendsOn2002
MsgOn
menu principal
Julho
acesso a vários serv.
acesso às 4 secções
procura e menu
acesso ao gestão
consulta saberAvaliação
permite –
principais: msg.
das qual
de IM
principal Up
canal
contactos do protótipo 2BeOn
o estado dos
recebidas enquanto
FriendsOn
“amigos” ocupado
offline ou
ClipEmail
canal Down
MsgOn
APTV ao TVChat
acesso
ChannelsOn
Email privacidade
gestão
+FriendsOn
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12. Social (i)TV
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Excerto de vídeo da reportagem apresentada no
programa 2010 do canal 2 (RTP)
Setembro 2002
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– Introdução do serviço Message 2 Mobile na
plataforma da Sky Active.
• para além de permitir o normal envio de SMS a
partir do televisor, permite também receber as
respectivas respostas no próprio televisor
(Skyinteractive, 2006b)
• actualmente é o terceiro serviço mais popular da
plataforma Sky Active.
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13. Social (i)TV
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Novembro 2002
– A plataforma da SKY passa a integrar o serviço de
mensagens instantâneas da AOL.
– Ao canal de notícias Sky News é também associado o
serviço de chat da AOL (Saunders, 2003), (Krauser,
2003), permitindo que telespectadores que não se
conheçam possam conversar entre eles;
– A Sky implementa serviços de comunicação por chat
em programas específicos, como é o caso do MTV
EMA (European Music Awards)
Março 2003
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– serviço FotoChat
• permitia a participação dos telespectadores no
programa “Operação Triunfo” (Textually.org, 2003) e
“Vitamina N” (TVdi.net, 2003).
• os utilizadores podiam associar às mensagens
enviadas uma fotografia (idêntico ao que actualmente
é permitido pelas MMS - mensagens multimédia dos
telemóveis)
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Abril 2004
– Lançamento da aplicação da Alcatel AmigoTV
(Coppens, Trappeniers e Godon, 2004)
• BuddyMosaic (mosaico de amigos) que mostra que canal
de televisão é que está a ser visto por cada um dos
amigos do utilizador (Bouwen, Vanderlinden e Staneker,
2005).
• Solução triple-play - parceiras com a Microsoft e com o
operador T-Com da Eslováquia.
Setembro 2004
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– Lançamento da versão Windows XP Media Center
Edition (Microsoft, 2005)
• passou a incluir a aplicação de Instant Messaging
(Messenger) da Microsoft (Thurrott, 2004).
• Ver as outras soluções mais recentes na tese (na
parte sobre plataformas parecidas e no paper)
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15. Social (i)TV
Do’s and don´ts | conjuntura tecno-social | alguns marcos | desafios
Março 2005
– Pura conceptualização de software social para Set-
Top-Boxes (Coates, 2005)
• Buddy list
• Join viewing
• Chatting
• The top shows in your social circle
e muitos outros
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– Telebuddies (Luyten et al., 2006);
– PARC Social TV (Oehlberg et al., 2006);
– Reflexion (Cullinam & Agamanolis, 2006);
– ConnecTV – TNO (Boertjes, 2007);
– CollaboraTv – AT&T (Harrison & Amento, 2007);
– Fokus Media Client - Fraunhofer Institute, 2008
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• .
16. Social (i)TV
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dinâmica comportamental e social dos telespectadores;
compreensão das dinâmicas da comunicação interpessoal
tecnologicamente mediada;
identificação de PODs (Princípios Orientadores de Design de
interfaces para aplicações de televisão interactiva);
+ personalização
– TV em casa - actividade, geralmente, partilhada
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• torna difícil personalizar quer o conteúdo televisivo quer a interface do utilizador.
– Se se pede mais personalização a solução está nos terminais pessoais (desktop/
mobile based)
• Conteúdo AV/TV online
• TV móvel.
17. Social (i)TV
Do’s and don´ts | conjuntura tecno-social | alguns marcos | desafios
dinâmica comportamental e social do telespectador 1/2
elevado enraizamento da televisão na sociedade:
– não é prudente:
• assumir que os telespectadores venham, facilmente, a abdicar das suas
rotinas para se adaptarem a novas tecnologias “televisivas”.
– é prudente identificar:
• os principais aspectos que as audiências televisivas tentam satisfazer
vigilância | identidade pessoal | integração e interacção social | distracção
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• os padrões comunicacionais mediados pelo consumo televisivo – que
justificam a pertinência da aplicação e que a mesma deve operacionalizar
• as características do consumo/recepção televisiva
ambos com impacto nas componentes de:
design de serviços (requisitos funcionais da aplicação)
design de interfaces (PODs)
18. Social (i)TV
Do’s and don´ts | conjuntura tecno-social | alguns marcos | desafios
dinâmica comportamental e social do telespectador 2/2
TV como elemento catalisador da comunicação interpessoal
– fornece interesses partilhados que estão na base:
• de interacções sociais (obedecendo a diversos padrões comunicacionais):
entre pessoas conhecidas e desconhecidas;
síncronas e assíncronas com o conteúdo televisivo (centradas no mesmo ou
divergentes);
que ocorrem presencialmente ou suportadas por diversos terminais externos ao televisor.
• do estabelecimento de comunidades on-line.
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– dimensão possível de ser alterada pela proliferação da oferta televisiva
• corrobora o interesse em revigorar dinâmicas promotoras de sociabilidade
características do consumo/recepção televisiva
– diferentes níveis de atenção do telespectador;
– diferentes contextos de visualização (telespectador sozinho/acompanhado);
– afinidade interpessoal em função dos hábitos televisivos.
19. Social (i)TV
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comunicação interpessoal tecnologicamente mediada
processos sociais e tecnológicos que sustentam o relacionamento social
entre as pessoas de uma forma organizada
– relevância dos mecanismos de detecção de presença (reforço do sentido de
comunidade e de companhia – mesmo que virtual)
diferentes níveis de aceitação da interactividade (utilizadoraplicação e
util.util.) em função de condicionalismos sociais e emocionais
– interactividade não deve ser imposta nem gerar descontinuidades na
experiência de entretenimento
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20. Social (i)TV
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identificação de PODs de interfaces para TV Interactiva
espec. requisitos
percurso metodológico do utilizador
espec. contexto de prod. de soluções
– ISO 13407 - UCD utilização para o design
– análise e envolvimento do aval. design em
utilizador no processo de função dos req.
design
completo
identificação de PODs (afinados ao longo do processo iterativo de desenvolvimento)
– aspectos comportamentais do telespectador – na base de 8 PODs
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• níveis de atenção; predisposição à interacção; contextos sociais; sel. de canais;
ocultação e intrusão; msg. de erro; tempos de resposta; modos de interacção TV
– factores técnicos (televisor + telecomando) – na base de 4 + 4 PODs
• área útil do ecrã; informação irrelevante; padrões e cores; fontes e iconografia
• correspondência ecrã/telecomando; ergonomia; feedback; pos. de retrocesso
– princípios básicos de usabilidade – na base de 5 PODs
• correspondência mundo real; consistência; localização, diferentes perfis de
literacia tecnológica, ajuda e documentação
21. Social (i)TV
Do’s and don´ts | conjuntura tecno-social | alguns marcos | desafios
PODs - Princípios Orientadores de Design de Interfaces
exemplos de PODs com impacto ao nível funcional
– níveis de atenção
implementação de avisos sonoros; redimensionamento automático interface IM
– adequação a diferentes contextos sociais de visualização
login de grupo + redireccionamento de msg. para o telemóvel
exemplos de PODs com impacto ao nível do design gráfico
– evitar informação irrelevante
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limitação do nº de ícones + códigos de cores
– primazia ao programa de televisão
posicionamento do logo e menus no canto sup. direito + disposição vertical + layouts da
interface sobreposto e embebido
exemplos de PODs com impacto ao nível do design de interacção
– modos de interacção adaptados à televisão
atalhos cromáticos + TMD + teclas dedicadas
– velocidade de navegação optimizada
ordenamento automático da lista de contactos e de canais + antecipação da próxima acção