Este documento fornece um resumo de notícias e informações sobre a economia da América Latina. Ele destaca que o Brasil se tornou a sexta maior economia mundial, ultrapassando o Reino Unido, e que o México pode se tornar a sétima maior economia até 2020. Além disso, o documento descreve o Peru e o Chile como economias emergentes promissoras na região.
A Latinports apresenta sua nova ferramenta móvel e discute o crescimento econômico da América Latina
1. Janeiro-Abril 2012
Ano 4, No. 1
Latinports Móvel:
Uma Nova Ferramenta
Brasil, Sexta Economia Mundial, e o México
atrás do Sétimo Lugar;
Chile, Peru e Colômbia: Economias
Emergentes na Região
A América Latina liderará a
Recuperação da Economia
Mundial?
Ver mas... Ver mas... Ver mas...
2. CONTEÚDO
Janeiro
Abril
2012
Próximos Eventos
Noticias Portuárias daAmérica Latina
Correio
AAmérica Latina Liderará a Recuperação da
Economia Mundial?
AMarca da China naAmérica Latina:Ajuda ou
Ameaça?
Tratado Constitutivo daAliança do Pacífico:
México, Colômbia, Peru e Chile
Crise Mundial das Companhias Navais:A
Hamburg Süd unifica serviços naAmérica do Sul
com a MSC, e a MaerskAumenta os Fretes
AEmpresa Portuária Nacional da Nicarágua, a
APM Terminals Moin da Costa Rica e
a PortMagdalena da Colômbia afiliam-se à
Latinports
Brasil, Sexta Economia Mundial, e o México
atrás do Sétimo Lugar;
Chile, Peru e Colômbia: Economias
Emergentes na Região
Obituário: Paul Richard Klien, 30.09.1914 -
06.03.2012
Latinports Móvel:
Uma Nova Ferramenta
Editorial
Capa
Latinports Móvil en iPad,
diseñado por Miroamarillo
Studio de Canadá.
Diseño
Julian Pineda
www.miroamarillo.com
studio@miroamarillo.com
Conferência do Diretor Executivo da Latinports na
Andean & CentralAmerican
Infrastructure Summit, em Bogotá
3. Enero - Abril 2012
O Editorial
Com profunda tristeza registramos o falecimento, no dia 6 de março passado, aos
96 anos, do ilustre empresário, brasileiro por adoção, Paul Richard Klien, pai do
presidente do nosso Comitê Executivo, Richard Klien. Seu legado será exemplo
para esta e futuras gerações, precisamente quando o Brasil, país no qual ele tanto
acreditou, acaba de se situar como a sexta economia mundial, substituindo a Grã
Bretanha conforme divulgação feita, coincidentemente no mesmo dia de sua
partida, pelo Centro de Investigação Econômica e Empresarial (CEBR, por sua
sigla em inglês), com sede em Londres.
Como homenagem póstuma a Paul Richard Klien, destacamos nesta edição
a surpreendente recuperação do Brasil e da América Latina em geral, e as
grandes perspectivas da região, reconhecidas por organizações tão importantes
como a Organização Mundial do Comércio, o Fórum Econômico Mundial,
o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Interamericano
de Desenvolvimento, a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe,
CEPAL, e o Fórum de Investidores da América Latina e Ásia Pacífico, e por
destacadas entidades particulares especializadas em mercados a nível regional
e mundial, como a Business News Americas, Goldman Sachs, Bulltick Capital
Markets e Bloomberg Markets Magazine, além de prestigiosas revistas de
economia como a Time, entre outras. E isto apesar do pouco planejamento e
do ainda escasso apoio governamental ao setor privado em muitos casos, o que é
visto como uma das principais barreiras para o desenvolvimento de iniciativas de
infraestrutura onde os portos e a logística de transporte interno devem cumprir
um papel transcendental.
É a hora da América Latina e devemos saber aproveitá-la. Para estar à altura do
que acontece na região e divulgar para o mundo, nesta edição temos o prazer
de apresentar a Latinports Móvel (tema da nossa capa), uma realização do
Miroamarillo Studio do Canadá, através da qual a associação quer oferecer à
comunidade portuária toda a informação possível sobre o nosso setor e atividades
relacionadas na América Latina. Por meio de tecnologia de ponta, aplicações web
e uma nova página, a Latinports pretende chegar ao setor portuário em geral,
proporcionando informação continuamente atualizada que pode ser consultada
da forma mais prática possível através de dispositivos móveis (iPhone, iPad, etc.).
Desta maneira a Latinports se converte na única associação portuária em nível
mundial a oferecer este serviço.
Até a próxima!
jpalacio@latinports.org
www.latinports.org
Julian Palacio
Director Executivo
4. Enero - Abril 2012
OBITUÁRIO:PAUL RICHARD KLIEN
30.09.1914 - 06.03.2012
Paul Richard, pai do Presidente do Comitê Executivo da Latinports Richard Klien, acreditava na imortalidade
da alma. Desejou que quando de sua passagem não deixássemos a tristeza invadir os nossos corações!
Pediu que na cerimônia de sua cremação, realizada na presença de seus familiares, fosse lido o poema VIDA,
de seu amigo Gilbert Carpenter.
YNão morro -
Por esta porta que eu passo sinto lucidez,
Uma ampla, doce visão da eternidade,
Que ultrapassa os sofrimentos e medo
Desta nossa vida.
Pois, não lamentes mas me permite ir
E faz deste adeus a tua minha felicidade.
Desperto com o meu mais caro desejo realizado -
A benção revelada. Aguardarei a tua chegada;
Não corras em deixar algo inacabado;
Mas, como a flor, que vive a abençoar,
Exala o perfume da bondade
Neste mundo de pecado e egoísmo.
E, diante do poderoso oponente que é a morte –
Último obstáculo a transpor –
Serás provido de altiva coragem,
Sustentado por teu amor e tua fé em Deus.
Então, como a névoa que se dissipa sob o sol,
Essa grande decepção, a morte – que só esconde
Dos corações tímidos o Deus aqui e agora –
Também se desmanchará, e tu acharás
Meu amor, tua alegria – um infinito céu divino.
5. Enero - Abril 2012
Utilizando tecnologia de ponta, a latinports.org tem
prazer de apresentar o seu novo website, desenhado
pela empresa especializada Miroamarillo do Canadá
www.miroamarillo.com.
Compatível com dispositivos móveis, a nova página,
pioneira em nível mundial no meio portuário
organizado, está desenhada para dar a todos os seus
usuários informações atualizadas sobre a indústria
portuária da região e sobre tudo aquilo que mais se
destaca no mundo. Todas estas vantagens estão à
sua disposição em três idiomas (espanhol, português
e inglês) e poderão ser vistas em seu iPad, bastando
que se tenha conexão com Internet. Como sabemos
que a tecnologia continua avançando, nosso
próximo passo será prover esta mesma informação
em seus telefones móveis (iPhone, Android,
Samsung, Blackberry) o mais breve possível. Nosso
objetivo é que a comunidade participe de uma forma
mais ativa dos acontecimentos de sua atividade,
e que no futuro seja possível centralizar toda a
informação em um blog, com foros, grupos de
discussão e mesas de negócios virtuais, para que os
associados tirem o máximo proveito da tecnologia
de ponta que oferecemos.
As seguintes informações poderão ser encontradas
no novo site:
- Reportagens especiais com as mais reconhecidas
personalidades da indústria portuária.
- Notícias breves sobre a indústria e outras
relacionadas com a Latinports.
- Relação de eventos recentes e próximos com links
das conferências mais representativas, para que se
mantenham atualizados.
- Lista dos afiliados à Latinports com dados básicos
e localização física, com links direcionando à
empresa de interesse, para informação detalhada.
- Lista e informações de contato das autoridades
portuárias na América Latina.
- Lista histórica dos nossos boletins informativos,
que podem ser consultados diretamente.
- E mais….
Sua participação e comentários neste projeto serão
fundamentais para que ele continue crescendo e
oferecendo cada vez mais uma informação melhor e
atualizada.
Bem-vindos a esta nova era!
LATINPORTS MÓVEL: UMANOVAFERRAMENTA
6. Enero - Abril 2012
De acordo com a emol.economia, o Brasil, que no
início de março divulgou seus últimos dados de
crescimento econômico, se converteu oficialmente
na sexta economia mundial, relegando o Reino
Unido à sétima posição, segundo confirmou o
Centro de Investigação Econômica e Empresarial
(CEBR, por sua sigla em inglês). Em dezembro
passado o CEBR, com sede em Londres,
prognosticou, ao publicar sua tabela anual de países
segundo o tamanho de sua economia, que o Brasil
desbancaria o Reino Unido em volume de Produto
Interior Bruto (PIB), algo que já se confirmou.
“Segundo as cifras hoje apresentadas e aplicando-
se os preços atuais e um tipo de cambio médio, o
Brasil fica confirmado como a sexta economia e o
Reino Unido passa à sétima posição”, declarou à Efe
Tim Ohlenburg, economista chefe desse centro, que
se prepara para apresentar sua próxima tabela em
alguns meses.
De acordo com a lista do CEBR de dezembro,
que agora deverá ser atualizada com os dados de
cada país relativos a 2011, o Brasil ficaria atrás dos
Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França,
nessa ordem. O Governo Brasileiro informou que a
economia brasileira cresceu 2,7% em 2011, até gerar
um PIB total de US$ 2,469 bilhões. Esta montante
contrasta com o PIB britânico em 2011, da ordem de
US$ 2,42 bilhões. “É um movimento natural, pois o
Brasil tem uma grande população, enormes recursos
naturais e uma indústria forte; é um país destinado a
continuar crescendo”, indicou Ohlenburg.
Apesar do crescimento do Brasil em 2011, este
foi bastante inferior ao registrado no ano anterior,
7,5%, o que reflete um aumento dos custos e a falta
de competitividade de alguns setores da economia
brasileira. Por sua parte, a economia britânica,
debilitada desde a crise de crédito de 2008, continua
desacelerada pelo efeito dos cortes nos gastos
públicos, aplicados pelo Governo para reduzir o
déficit, e pelo impacto da crise de divida soberana na
zona do euro. Em 2011, o Produto Interno Bruto
britânico cresceu somente 0,8%, ainda que no último
trimestre tenha experimentado uma contração de
0,2%
BRASIL, SEXTAECONOMIAMUNDIAL, E O MÉXICO
ATRÁS DO SÉTIMO LUGAR
CHILE, PERU E COLÔMBIA: ECONOMIAS
EMERGENTES NAREGIÃO
7. Enero - Abril 2012
O México será a Sétima Maior Economia do
Mundo em 2020: Goldman & Sachs
O México se tornará a sétima maior economia
do mundo em 2020 e contribuirá com 7,8% do
Produto Interno Bruto mundial, mais que a Rússia
e a Índia, afirmou diante de investidores britânicos
o diretor de Fundos de Investimento da Goldman
Sachs, Jim O´Neill, de acordo com informe da
CNN Expansión, fazendo referencia ao fórum de
negócios Mexico Week, realizado em Londres no
último dia 12 de março.
O criador do conceito economia BRIC (Brasil,
Rússia, Índia e China) afirmou que a razão pela
que não incluiu ao México neste bloco de países
emergentes há uma década é porque este país não
vinha crescendo no ritmo da China ou do Brasil.
“Nos últimos dez anos as economias BRIC têm
contribuído com um quarto do crescimento do
Produto Interno Bruto mundial e representam um
quarto da economia mundial”, segundo a Goldman
Sachs, mas a atenção está se voltando aos mercados
em crescimento, ou growth markets. O executivo
afirmou que este ano o México crescerá 3,6%, no
mesmo ritmo do Brasil, e espera-se que em 2013 a
economia cresça 3,8%.
No fórum organizado pela Câmara Mexicana de
Comércio na Grã Bretanha e por sua contraparte no
México, disse que a China continuará contribuindo
com a metade do Produto Interno Bruto mundial
na próxima década, mas que existem outros oito
países -incluído o México- que contribuirão para
o crescimento global. Explicou que existem 15
variáveis para se medir o crescimento, entre as que
se destacam leis, corrupção, estabilidade política,
déficit fiscal, educação, investimento, Internet,
celulares, computadores e abertura econômica,
entre outras. No entanto, reconheceu que o México
deve continuar impulsionando as reformas no
setor energético pois “existe uma percepção de
que a forma como se tem usado o petróleo não
tem sido tão benéfica” para o país. Sobre o tema
da insegurança, O´Neill afirmou que o México
deve trabalhar para melhorar a sua imagem, já que
“tende a atrair a atenção implicando que (o crime e a
insegurança) dominam cada aspecto da vida diária”.
Em 16 de fevereiro, o Instituto Nacional de
Estatística e Geografia (INEGI) informou que a
economia mexicana cresceu 3,9% durante 2011,
cifra inferior à alça de 5,5% registrada em 2010. A
taxa de 3,9% é a menor desde que o México saiu de
uma profunda recessão em meados de 2009, e foi
afetada por uma desaceleração do consumo e um
desmoronamento da atividade agropecuária.
8. Enero - Abril 2012
O Peru e o Chile são considerados a terceira e
quarta economias emergentes com maior projeção
no mundo, depois da China e Tailândia, segundo
um ranking elaborado pela revista Bloomberg
Markets, informou a Gestión. O Peru, que vem
crescendo uma média de 5,7% por ano na última
década, se beneficiará de um aumento no gasto
dos consumidores na América do Sul, afirmou o
presidente executivo da empresa estadunidense
San Mateo, Mark Mobius, segundo a Semana
Económica.
O ranking de mercados emergentes mais
promissores foi liderado pela China, seguida da
Tailândia que atrai os investidores por sua riqueza
agrícola e mão de obra operária. O documento foi
elaborado com base em fatores de investimento,
previsões de crescimento do Produto Bruto Interno
(PBI) e a facilidade de se fazer negócios nos países.
Hoje o mundo está entendendo que a Colômbia
é um das democracias mais dinâmicas e com
uma economia também muito dinâmica, disse o
presidente Juan Manuel Santos à Time, publicação
que o qualificou como o líder latino-americano a
ser seguido, e ao país que dirige, como um modelo.
Em sua presidência, Santos tratou de posicionar
a Colômbia como um jogador-chave em nível
internacional e como um líder na região, e a capa na
revista Time se torna um passo a mais nessa direção.
A publicação se pergunta se Santos é o novo líder da
região, pois após a saída de Lula da Silva do poder
não parece haver outro mandatário latino-americano
que esteja preenchendo esse papel da forma como
vem fazendo o presidente colombiano (não obstante
a Time advirta que Dilma Rousseff também poderia
assumir essa posição).
Peru e Chile entre as Economias Emergentes
mais Promissoras
Presidente da Colômbia, Capa da Time no Mês
de Abril:
De um Estado quase Falido a um Emergente
Jogador Mundial
10. Enero - Abril 2012
Todo este panorama otimista tem feito com que a
Colômbia seja percebida internacionalmente como
uma economia emergente de alto nível, segundo
estudo do Centro de Estudos Econômicos da
Associação Nacional de Empresários da Colômbia,
ANDI, publicado na revista da associação de janeiro-
fevereiro. Diz o estudo que durante os últimos
anos produziram-se na Colômbia importantes
transformações na área econômica, política e social,
mudanças estas que o país pode mostrar com cifras
contundentes:
Nos últimos dez anos, o país passou de um PIB
de menos de US$100 bilhões a cerca de US$335
bilhões; aumentou o PIB per capita de US$ 2 bilhões
a mais de US$ 7 bilhões; multiplicou por quatro seu
comercio exterior, até cifras que este ano alcançarão
mais de US$110 bilhões; aumentou seu Investimento
Estrangeiro Direto de US$1,8 bilhões a níveis atuais
próximos dos US$14 bilhões; e o ambiente macro-
econômico se caracteriza por indicadores próximos
aos parâmetros internacionais.
Alguns exemplos que ilustram esta situação são
os seguintes: o reconhecimento dos mercados
internacionais como uma economia de risco
relativamente baixo, o que se traduziu na recuperação
do grau de investimento por parte dos três grandes
qualificadores de risco, depois de tê-lo perdido
por mais de uma década; sua posição na região,
com o Brasil, Chile, Peru e México, como uma das
economias líderes; e a classificação do país no grupo
dos CIVETS (Colômbia, Indonésia, Vietnam, Egito,
Turquia e África do Sul), grupo de países emergentes
com melhor desempenho recente e melhores
perspectivas para os próximos anos.
De acordo com as estadísticas da Organização
Mundial do Comércio para as 70 economias
que representam 90% do comércio mundial, as
exportações cresceram cerca de 20% entre janeiro e
outubro de 2011 em relação ao mesmo período do
ano anterior, destacando-se os crescimentos da Índia
(50%) e da Colômbia (42%).
11. Enero - Abril 2012
AAMÉRICALATINALIDERARÁARECUPERAÇÃO
DAECONOMIAMUNDIAL?
A América Latina Surpreende o Mundo: BID
“Desde a última Cúpula das Américas, realizada há
quase três anos em Trinidad e Tobago, a América
Latina vem surpreendendo o mundo com sua
rápida recuperação após a recessão mundial”,
escreveu o presidente do Banco Interamericano
de Desenvolvimento-BID no jornal El Tiempo,
por ocasião da Cúpula das Américas que estava
sendo realizando em Cartagena, em meados de
abril, com a presença de quase todos os presidentes
do continente. Ele continua dizendo: “Não só
crescemos mais que os países industrializados como
também vimos reduzindo a pobreza a mínimos
históricos. Hoje somos, junto com a Ásia, um motor
da recuperação econômica mundial. Mais além
dos altos preços e da demanda contínua de nossas
principais exportações de matérias primas, o bom
desempenho dos nossos países também é fruto de
duas décadas de difíceis reformas e uma prudente
gestão macro-econômica. Por isso a América
Latina é vista como uma região com extraordinárias
perspectivas de progresso”.
Escreveu também o presidente do BID que
“mantendo nossa média recente de crescimento
econômico, em menos de uma geração teremos uma
classe média de 500 milhões de pessoas, equivalente à
população atual da União Européia”, acrescentando
que “quem quiser se posicionar nesse mercado
deverá começar a preparar seus planos estratégicos
hoje”, mas que “nossos governos não podem
enfrentar por si só as demandas populares sem
colocar em risco a disciplina fiscal”, razão pela qual
“o setor privado deverá ser parte da resposta, em
alianças com o setor público”.
Luis Alberto Moreno, Presidente do BID
Banco Interamericano
de Desenvolvimento
12. Enero - Abril 2012
FMI: Panorama da América Latina mostra-se
Promissor
A América Latina persiste em um caminho de
crescimento econômico contínuo, mas as autoridades
da região enfrentam uma tarefa cada vez mais difícil
para evitar um superaquecimento e para esquivar-se
dos efeitos da crise européia, disse na terça-feira o
Fundo Monetário Internacional - FMI.
O FMI estima que a América Latina crescerá
3,7% este ano e 4,1% em 2013, cifras estas que
representam um ligeiro aumento em relação às
estimativas de janeiro, que indicavam um crescimento
de 3,6% e 3,9% para esses anos, respectivamente.
A região se expandiria a taxas que duplicam as
previstas para as economias desenvolvidas, inclusive
se o crescimento for inferior ao ritmo dos 4,5%
observado em 2011, segundo as estimativas do
FMI. Estas projeções mostram que a região vem
conseguindo navegar entre as ondas de aversão ao
risco, pela crise européia, e dos importantes fluxos
de capital que pressionam suas moedas. “Esta
combinação de políticas e de resistência diante das
oscilações na confiança mundial fazem com que o
panorama seja promissor”, disse o Fundo em seu
Panorama Econômico Mundial.
Entretanto, a instituição advertiu que as reviravoltas
abruptas nos mercados financeiros estão
complicando a tarefa das autoridades, que devem
“permanecer alertas a possíveis correntes negativas
vindas da Europa e às correntes de alta no fluxo de
capital”.
Pouco antes, no mês de fevereiro, os expertos do
II Fórum de Investidores da América Latina e da
Ásia-Pacífico destacaram, em Hong Kong, que “a
diversificação econômica e o rápido crescimento
da classe média na América Latina impulsionaram
o desenvolvimento sem depender das economias
externas”. Desse evento participaram dirigentes de
companhias de investimento latino-americanas e
asiáticas para a estabulação de negócios, segundo
informou a agencia EFE. O Brasil, seguido do
Chile e da Colômbia, lidera esse desenvolvimento
econômico, que se acelerará a partir do segundo
semestre de 2012 de acordo com prognósticos de
expertos.
Segundo o diretor executivo de mercados
emergentes da CIBC World Markets, John Welch, a
América Latina está perfeitamente posicionada para
os próximos 10 anos por suas boas políticas macro-
econômicas e um considerável crescimento da classe
media. Estamos em uma parte do ciclo onde a
demanda interna é mais importante que a externa, o
que permite maior independência de fluxos externos,
explicou Welch. A diversificação de suas indústrias
permitiu à América Latina sobreviver melhor à
crise econômica e tirar vantagem da desaceleração
econômica global para aumentar suas exportações,
explicaram os expositores durante a primeira jornada
deste fórum latino-asiático. Porém, o baixo índice
de poupança dos países latinos é uma das contas
pendentes da região, afirmou Welch.
13. Enero - Abril 2012
Para o Fórum Econômico Mundial, a América
Latina é um Oásis de Estabilidade
A Região tem Muitas Fortalezas, mas não é
Imune: Banco Mundial
A América Latina foi identificada como um “oásis”
de estabilidade, crescimento e oportunidades durante
o Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça),
em contraste com a insegurança geral causada pela
crise financeira e econômica que fustiga a Europa
e os Estados Unidos. Diferentemente de anos
anteriores, hoje os investidores e empresários olham
primeiro para os países emergentes, antes de olhar
para as grandes potências mundiais. Prova disso é
que na reunião dos maiores e poderosos, em Davos,
a América Latina se destacou como um ímã de
investimentos e um centro para os negócios.
Sob a perspectiva de Lars Moller, economista do
Banco Mundial, é certo que a região tem muitas
fortalezas para enfrentar choques externos, mas
é importante destacar que ela não é imune a
uma possível crise econômica mundial, e sua
heterogeneidade deve ser considerada. A explicação
é a seguinte:
Durante a última década, a região da América
Latina e Caribe, ALC, vem aperfeiçoando seu
sistema imunológico, o que tem tornado a região
muito mais resistente aos choques externos do
que era no passado. Este foi o legado de uma
silenciosa revolução nas políticas macro financeiras,
particularmente na política monetária, mas também
nas políticas de supervisão financeira e fiscal.
Estas medidas converteram os tradicionais fatores
de amplificação de choques externos (moedas,
procedimentos fiscais fracos e/ou sistemas
bancários frágeis) em absorvedores de choques,
através de moedas flexíveis e críveis, finanças
públicas sólidas e um sistema bancário capitalizado
com liquidez. Tudo isto, em conjunto com a
redução dos desajustes nas moedas graças a uma
integração mais segura com os mercados financeiros
internacionais, permitiu à região realizar políticas
monetárias, fiscais e de crédito contra-cíclicas
durante a crise global, o que lhe tem permitido sair
da mesma sem deterioro das folhas de balanço
e reagir de forma rápida e forte a partir de então.
Não obstante, se a situação na Europa se deteriorar
de forma intensa, os países da ALC poderiam
sofrer efeitos adversos e, possivelmente, apresentar
vulnerabilidades que até o momento se mantinham
latentes.
Além das boas políticas durante as últimas décadas,
o desempenho relativamente bem-sucedido da ALC
durante a crise de 2008/2009 foi ajudado pelo fato
de que os padrões de comércio de alguns países da
região se deslocaram um pouco para economias
de mercado emergentes (China em particular e, na
região, Brasil), reduzindo assim a exposição direta
aos epicentros da crise. Também pelo fato de que
a demanda de produtos básicos exportados pelos
países da ALC se manteve elevada devido à alta
demanda da China, apesar da crise global. “Por
último, quero acrescentar que, ainda que a América
Latina tenha se saído bem na crise anterior, as
condiciones iniciais de hoje são diferentes das de
2007/2008 e o motor de crescimento da China pode
não estar em condições de oferecer um contrapeso
para a recessão na Europa ou lentidão nos EE.UU.,
como fez em 2008/2009”, ressalta Lars Moller do
Banco Mundial.
14. Enero - Abril 2012
Para Alberto Bernal, Diretor de Pesquisas da Bulltick
Capital Markets, a região tinha regras de jogo muito
mais estritas para o setor financeiro quando estourou
a crise de 2008: os bancos da região tinham uma
base de depósitos bastante estáveis e a influência era
relativamente baixa. Portanto, os bancos não tiveram
que sair à venda de carteira para se capitalizar a curto
prazo (não tiveram que implementar “fire sales”,
como tiveram que fazer os bancos da Wall Street
durante 2008 e 2009).
A região já implementou, há vários anos, importantes
reformas no sistema de aposentadoria, que mudaram
sua estrutura de um sistema baseado na generosidade
inter-gerações a um baseado na capitalização
individual. Isto é importante para a estabilidade fiscal
a longo prazo e reduz o risco de que os mercados
endividados comecem a atacar os ativos da região (da
forma como vem sendo feito nos países europeus).
A experiência vem demonstrando que os sistemas de
taxa fixa de câmbio aumentam a virulência das crises
financeiras dentro das respectivas economias reais. A
América Latina possui, com muito poucas exceções,
sistemas do tipo de câmbio flexível, fato que ajudou
a amortecer a queda do comércio internacional via
depreciações materiais no tipo de câmbio.
Expertos da Comissão Econômica para a América
Latina e Caribe (CEPAL) indicam que América
Latina hoje se encontra em uma situação privilegiada
em meio à crise que vem sendo enfrentada por
alguns países europeus. Especialmente, destacaram
o controle das finanças públicas e a sustentabilidade
da dívida, ativos regionais que devem ser mantidos,
enfatizaram. “A qualidade das finanças públicas
melhorou na América Latina, a divida pública vem
sendo reduzida de forma drástica e seu perfil e
composição são mais equilibrados; as entradas fiscais
e a taxa tributária média aumentaram, a redução
do pagamento de juros gerou importantes espaços
fiscais e o gasto público social vem se mantendo”,
disse a Secretária Executiva da CEPAL.
A América Latina estava Preparada para a
Crise: Bulltick Capital Markets
América Latina se Encuentra Hoy en una
Situación Privilegiada: Cepal
15. Enero - Abril 2012
Com a economia mundial movendo-se em câmara
lenta, as companhias de retail ativam seus radares
para detectar onde estão as oportunidades, e o
GPS aponta para a América Latina. Segundo dados
do Euromonitor International, citado pelo Clarín
de Buenos Aires, em 2011 o crescimento real das
vendas na região foi de 4%, o más alto do mundo.
A pesquisa mostra que a América Latina se expande
a um ritmo maior que o da Ásia Pacífico, anterior
meca do comércio varejista, e já é “o novo motor do
crescimento do retail mundial”. Para isto existem três
fatores combinados: atividade econômica em alta,
mais pessoas que deixam a pobreza para integrar-se à
classe media, e maior e melhor acesso ao crédito em
alguns mercados, segundo postula o Euromonitor. O
gasto per capita, na zona, no comércio varejista foi de
US$1.700 em 2011, enquanto que na Ásia Pacífico
esse indicador foi de US$900. Na Europa Oriental
o gasto é maior, US$2.300, mas o salto diferencial
se dá com a Europa Ocidental e com os Estados
Unidos, onde cada pessoa desembolsa uma média de
US$6.000 por ano.
As projeções do Euromonitor apontam para um
aumento entre 3,5% e 4% nas vendas varejistas neste
lado do mundo de hoje a 2016. “O Brasil e o México
serão os responsáveis pela grande maioria destas
novas vendas através de canais inovadores, como
as redes de farmácias e as lojas maioristas”, diz Jon
Wright, executivo do Euromonitor.
Apesar dos cortes às projeções de crescimento das
economias latino-americanas para 2012, provocados
pelas turbulências da crise global, o sector de
infraestrutura da região tem uma perspectiva
positiva para este ano, revela a Pesquisa 2012 sobre
Infraestrutura da BNamericas, feita com expertos e
executivos da indústria entre novembro e dezembro
de 2011. Existe um consenso evidente em torno
de que os níveis de risco-retorno na América
Latina para os investimentos de infraestrutura
prometem ser mais atrativos ou, pelo menos, iguais
aos de outros mercados emergentes em 2012.
Essa percepção otimista é alimentada também pela
confiança da maioria dos entrevistados em que o
deterioro do ambiente econômico internacional não
afetará os projetos de infraestrutura na região. Mas
também existem preocupações adiante. A ausência
de planejamento e de apoio governamental foi
mencionada como uma das principais barreiras para
o desenvolvimento de iniciativas de infraestrutura,
déficit este que é mais evidente entre os entrevistados
do México, que também são os mais pessimistas em
relação ao possível impacto da crise global.
De acordo com a pesquisa, os países com maiores
oportunidades de investimento são: Brasil, Colômbia,
Chile, Peru e México.
A América Latina é o novo paraíso das Vendas
Varejistas
Perspectiva Positiva para o Setor de
Infraestrutura da Região:
Resumo Executivo da Pesquisa 2012 da
Business News Americas
16. Enero - Abril 2012
A MARCA DA CHINA NA AMÉRICA
LATINA: AJUDA OU AMEAÇA?
Desde que Deng Xiaoping formulou sua política
das “quatro modernizações”, em 1978, a China
é apresentada ao mundo como “o motor da
economia”, devido ao crescimento sustentável
que vem mantendo durante os últimos 30 anos.
Estas quatro modernizações -que recaíram sobre
a agricultura, a indústria, a tecnologia e a defesa-
deram como resultado “um aumento considerável no
desenvolvimento das forças produtivas e, a médio prazo, a
economia que obrigou a migração dos camponeses à cidade e o
controle do crescimento de sua população”. Assim afirmou
a acadêmica da Universidade Francisco de Victoria
da Espanha, Gloria Claudio, que acrescentou que a
China leva vários anos superando o Produto Interno
Bruto (PIB) das grandes potências, alcançando
11,4% por ano, porcentagem esta que representa
o quinto consecutivo daqueles países que superam
os 10%, e o maior do mundo nos últimos 20 anos.
Um cenário que também descreveu a fundo em seu
artigo “China, 30 anos de crescimento econômico”.
Aparentemente, alguns acreditam que este
crescimento segue sem freios pois, segundo o estudo
Power Transitions. Strategies for the 21 Countries,
da Universidade de Claremont (Estados Unidos),
a expansão econômica de China continuará firme
durante os próximos anos e substituirá os Estados
Unidos como primeira potência mundial na primeira
metade deste século na América Latina e Caribe,
visto ser considerada o segundo sócio comercial
mais importante da região. Para Enrique Dussel,
professor da Universidad Autónoma de México
(UNAM), a presença da China na América Latina
irá aumentando cada vez mais, porque “a região conta
com fortes cimentos econômicos que a tem mantido incólume
diante da atual crise. Além disso, destaca-se o alto e crescente
déficit comercial da região com a China, que foi de 50 bilhões
de dólares em 2008, e que é a causa das importações”.
O acadêmico acrescentou que as empresas
transnacionais chinesas têm demonstrado diversas
estratégias para entrar e se manter no mercado
latino-americano. “Por um lado, o governo central chinês
constantemente diversifica suas reservas de energia e matérias
primas para o futuro e, em segundo termo, graças aos tratados
e convênios que a região assinou com a China, o país asiático
conseguiu importantes investimentos sem estas limitações, como o
fez no Brasil, Peru e México”, enfatizou Dussel.
Entretanto, o auge dos intercâmbios comerciais
entre os países da região com a China não tem sido o
mesmo para todos. A Venezuela e a América Central
foram prejudicadas pelas importações de produtos
manufaturados e estão sendo substituídas no
mercado dos Estados Unidos. Em um comunicado,
17. Enero - Abril 2012
A demanda de matérias primas latino-americanas por
parte da China ajudará a região a contornar os efeitos
da crise global, que ainda implica grandes riscos
apesar dos últimos avanços na Europa, disseram
autoridades do Fundo Monetário Internacional no
princípio de março, em um seminário sobre políticas
macroeconômicas em Punta Del Este, Uruguai,
conforme informação da agência Reuters.
A China, com seu voraz apetite pelas matérias
primas agrícolas e metais exportados pela região,
tem contribuído para que a América Latina resista
melhor que em outras ocasiões às atuais turbulências
do mundo desenvolvido. “A China continuará
o coeditor do livro “China no século XXI.
Economia, política e sociedade de uma potência
emergente”, José Luis León-Manríquez, sustentou
que a “China tem ocupado certos pontos vazios deixados pelos
Estados Unidos, já que Washington está mais preocupado
com outros assuntos, como a guerra contra o terrorismo, suas
intervenções no Afeganistão e no Iraque, a nuclearização da
Coréia do Norte e do Irã e a necessidade de reconstruir a
Aliança Atlântica”. León-Manríquez agregou que,
ainda que a presença da China na América Latina
não parece derivar de uma estratégia política que
busque suplantar os Estados Unidos como poder
regional, é por sua vez previsível que enquanto
as fontes energéticas continuem escasseando e as
reservas mundiais de petróleo diminuam, a rivalidade
entre o primeiro e o segundo consumidor de cru
vá aumentando; o campo dessa batalha não será só
a América Latina, mas também o Oriente Médio,
a Rússia, a África, o Cáspio e qualquer outro lugar
onde exista o petróleo.
Outros países que têm se beneficiado com a
presença da China na região são o Chile, o Brasil,
a Argentina e o Peru, graças aos saldos comerciais
positivos e o aumento do investimento direto. Na
coluna de opinião “Para uma maior aproximação
China-Chile”, a diretora do Instituto de Estudos
Latino-americanos e catedrática de economia
internacional da University of International Business &
Economics (China), Zhao Xuemei, disse que no caso
do Chile o acelerado crescimento de intercâmbio de
produtos se deve a quatro razões principais: a mútua
complementaridade de produtos de intercâmbio; a
importância da abertura econômica; a coincidência
na aplicação de estratégias para diversificar os
mercados externos por parte de ambos os países;
e uma relação bastante estável das duas nações no
âmbito político. Xuemei acrescentou que entre
a China e o Chile existe uma necessidade mútua
de produtos, como a farinha de peixe, vendas
agroalimentares, florestais e vitivinícolas, que são
considerados muito importantes para o crescimento
econômico da China. “Enquanto isso, as exportações
chinesas ao país sul-americano se concentram basicamente
no setor de bens manufaturados, tais como aparelhos
eletrodomésticos e computadores, entre outros. Neste cenário, o
comércio bilateral apresenta resultados favoráveis para ambas as
partes, com a conseguinte aproximação econômica e comercial”,
indicou. De forma clara, a impressão deixada até
agora pelo gigante asiático em diversos países da
América Latina é cada vez mais notória; e apesar de
que hoje sua projeção de crescimento diante da crise
econômica global seja a mais baixa em oito anos,
segundo o informe apresentado por seu próprio
ministro, Wen Jiabao, a China continua vendo a
região como um de seus principais sócios comerciais
no futuro.
Demanda Chinesa Ajudará a América Latina a
Contornar a Crise
18. Enero - Abril 2012
sendo um elemento fundamental de demanda dos
nossos produtos; as notícias são alentadoras”, disse
em uma conferência de prensa o diretor do FMI
para o Hemisfério Ocidental, Nicolás Eyzaguirre.
Entretanto, o funcionário recomendou à região
não se descuidar em relação à entrada de capital
estrangeiro, pois é uma ameaça latente em momentos
em que os Estados Unidos e a Europa mantêm suas
taxas de juros baixas e uma onda de capitais chega à
América Latina em busca de altos rendimentos.
A região também não deve baixar a guarda diante
dos prognósticos que antecipam uma desaceleração
da economia chinesa. Nessa linha, o subdiretor
gerente do FMI, Min Zhu, advertiu que se a situação
na Europa piorar e Pequim não adotar as medidas
fiscais necessárias, o crescimento da economia
chinesa poderia retroceder em até quatro pontos
porcentuais; se, ao contrario, forem aplicadas a
tempo as medidas necessárias, essa desaceleração se
reduziria significativamente a um ponto porcentual,
explicou.
De acordo com o Educamericas, o surgimento da
China como potência comercial gerou preocupação
quanto a se pode vir a representar uma ameaça para
as exportações de outros países. Diversas pesquisas
concluiram que efetivamente poderia haver efeitos
adversos, principalmente para o México e para a
América Central. Entretanto, também poderia haver
efeitos positivos derivados tanto do alto crescimento
da China, com taxas médias anuais superiores a 9%,
como do fato de concentrar um quinto da população
mundial, o que faz com que esse mercado possa
representar realmente uma oportunidade comercial.
Em um estudo realizado pelo Centro de Estudos
Econômicos do Colégio do México para a
Faculdade de Economia da Universidade do Chile,
foi analisado o efeito da China através de distintos
canais: como mercado, como concorrente e
como fornecedor. Como mercado, os resultados
obtidos indicam que todos os grupos de países da
América Latina apresentam para suas exportações
elasticidades ingresso-demanda da China iguais ou
superiores às das demais regiões ou grupos de países
considerados, com exceção dos países do Leste da
Ásia. Isto implica que não é possível então falar de
“oportunidades perdidas” no mercado chinês para a
América Latina.
Esta análise permitiu avaliar em que grau a China
se tornou um sério concorrente das exportações
latino-americanas. Contrariamente ao esperado,
de acordo com o enfatizado em certo veículo
de imprensa sobre “a ameaça chinesa”, em nível
agregado não se detectou que as importações que os
sócios comerciais latino-americanos fazem da China
tenham deslocado as importações que fazem da
América Latina. Ao analisar o efeito da China como
fornecedor, só se encontrou um efeito positivo nas
exportações de países do Cone Sul: um aumento das
importações da China está associado a um aumento
das exportações a terceiros mercados. Esta análise foi
realizada em nível agregado e como tal permite, de
forma importante, considerar os efeitos de equilíbrio
geral. Por exemplo, um país pode perder mercado
em um determinado setor devido à maior presença
chinesa como concorrente, mas pode ganhar
mercados em outros setores devido tanto à maior
integração econômica como à presença de insumos e
bens de capital a menores custos.
A China Ameaça o Comércio Internacional da
América Latina?
20. Enero - Abril 2012
TRATADO CONSTITUTIVO DA
ALIANÇA DO PACÍFICO:
MÉXICO, COLÔMBIA, PERU E CHILE
Chile, México, Peru e Colômbia deram um empurrão
final à Aliança do Pacífico ao obter, durante uma
inédita reunião virtual dos seus presidentes em
5 de março passado, um acordo sobre o tratado
constitutivo desta iniciativa de integração regional,
informou o Diario Financiero DF, do Chile.
“Conseguimos definir os pontos fundamentais para
se poder assinar o tratado que dá vida à Aliança para
o Pacífico”, anunciou o governante colombiano,
Juan Manuel Santos, que liderou a videoconferência
desde a sede do Executivo em Bogotá. Santos e
seus colegas do México, Felipe Calderón, do Chile,
Sebastián Piñera, e do Peru, Ollanta Humala, se
reuniram virtualmente para colocar um ponto final às
questões da criação da Aliança do Pacífico, iniciativa
na qual seus países trabalham desde 2011. O
encontro, o terceiro deste mecanismo de integração
em potencial, também teve como observadores os
governantes do Panamá, Ricardo Martinelli, e da
Costa Rica, Laura Chinchilla.
Na videoconferência, de apenas uma hora e
meia, os quatro chefes de Estado chegaram a um
acordo sobre os “três pontos fundamentais” para
a constituição da Aliança do Pacífico, identificados
em 4 de dezembro passado durante uma Reunião
na cidade mexicana de Mérida. Ali, Piñera, Calderón,
Humala e Santos coincidiram em dar preferência às
questões do movimento de pessoas, de negócios e
facilitação migratória, do comércio e integração, e
dos serviços e capitais, que deixaram em mãos de
“grupos técnicos”.
A Aliança do Pacífico é uma proposta de bloco
comercial à iniciativa do anterior presidente do Peru,
Alan García, que inicialmente estendeu o convite aos
seus homólogos do Chile, da Colômbia, do México
e do Panamá, com o propósito de aprofundar
a integração entre estas economias e definir as
ações conjuntas para a vinculação comercial com
a Ásia Pacífico, com base nos acordos comerciais
bilaterais existentes entre os estados membros. O
propósito desta aliança é incentivar a integração
regional e um maior crescimento, desenvolvimento
e competitividade das economias dos seus países,
ao mesmo tempo avançando progressivamente no
objetivo de obter a livre circulação de bens, serviços,
capitais e pessoas.
Presidentes Martinelli, do Panamá; Piñera, do Chile; Calderón, do México;
Santos,da Colômbia; e Humala, do Peru
21. Enero - Abril 2012
(Preditor da Crise Económica Mundial em 2008)
CORREDOR BI-OCEÂNICO ACONCAGUA
(CHILE-ARGENTINA):
EM SETEMBRO SERÁ DETERMINADA A
SUA VIABILIDADE
La Segunda online, do Chile, informou que no
mês de março passado os presidentes do Chile,
Sebastián Piñera, e da Argentina, Cristina Fernández,
concordaram em prosseguir com o processo de
avaliação das pesquisas técnicas requeridas em relação
ao projeto do Corredor Bi-oceânico Aconcagua e
seu túnel ferroviário a baixa altura entre os Andes e
Mendoza, de 52 quilômetros, para o que instruíram
a entidade binacional que analisa estes documentos
a determinar, em um prazo de 6 meses que acabará
em setembro, a viabilidade de realização da obra.
Também anunciaram que, para agilizar o processo,
a entidade binacional iniciará a elaboração de uma
proposta de bases para convocação a empresas que
manifestarem interesse no projeto. O anterior é
parte de uma Declaração Conjunta assinada pelos
dois mandatários no marco da visita oficial de
Estado da Presidente da Argentina ao Chile, cujo
objetivo central foi avançar com força em projetos de
integração física e comercial entre ambas as nações.
“O Corredor Bi-oceânico Aconcagua e seu
túnel ferroviário a baixa altura deram um passo
transcendental para sua concreção com o anúncio
feito pelos presidentes do Chile e da Argentina.
Foram atingidos os objetivos que esperávamos,
o que nos impulsiona com mais força a esperar a
convocação para licitação desta obra binacional”,
expressou Hugo Eurnekian, vice-presidente da
argentina Corporación América, que com as
empresas navais do Chile, a Mitsubishi Corporation
do Japão, a Geodata da Itália e a Contreras
Hermanos da Argentina, leva adiante o projeto
com um investimento privado que supera os US$
3 bilhões. Eurnekian agregou que “a Presidente
Fernández deu um formidável apoio ao túnel de
baixa altura”, referindo-se ao discurso da mandatária,
no jantar em sua homenagem, quando indicou que
“faremos real o sonho dos nossos Libertadores
San Martin e O’Higgins quando nos unamos
pela integração física no túnel sob a Cordilheira e
deixemos atrás o velho paradigma da Argentina no
Atlântico e o Chile no Pacifico”.
22. Enero - Abril 2012
CRISE NAVAL MUNDIAL:
HAMBURG SÜD UNIFICA SERVIÇOS NA
AMÉRICA DO SUL COM A MSC,
E A MAERSK AUMENTA OS FRETES
Desde janeiro a Hamburg Süd unificou com a
Mediterranean Shipping Company, MSC, seus
serviços na rota Mar Mediterrâneo-Costa Leste da
América do Sul, com o que as duas companhias têm
oito navios com capacidade de 5.900 TEUs (sete da
MSC e um da Hamburg Süd). Essa reestruturação
nas linhas foi necessária, segundo a Hamburg Süd,
devido às atuais condições do mercado, afetado
por uma maior oferta de transporte marítimo que
a demanda, e pela conseqüente redução nos fretes.
Lembremos que em novembro passado, devido à
crise mundial, a CMA já havia feito uma aliança com
a CMA-CGM por dois anos para os tráfegos entre
Ásia, Norte da Europa, África do Sul e rotas sul-
americanas, efetiva desde o mês de março deste ano.
De sua parte, a Maersk, a principal companhia naval
do mundo com 16% do mercado, está reduzindo sua
frota em 9% e aumentando seus fretes (no Brasil, por
exemplo, o aumento médio é de 30% para distintos
destinos, como a Europa, Ásia, Meio Oriente e
Estados Unidos, o que certamente acontecerá
também com as demais rotas da América Latina). Os
aumentos se devem à sua política de recomposição
tarifária, que procura tornar o negócio rentável
depois de um ano 2011 no qual a empresa registrou
perdas de US$ 602 milhões em suas operações
mundiais. “2012 será um ano crítico para a navegação
mundial”, disse à Valor o diretor geral da Maersk no
Brasil, Peter Gyde, acrescentando que atualmente,
em nível mundial, cerca de 6% dos navios de
contêineres estão parados e que no começo de 2011
essa porcentagem chegou a quase 12%.
A redução de frota por parte da Maersk será
facilitada por um acordo de navios compartilhados
com a linha de contêineres francesa CMA CGM,
ao serem fusionados vários serviços de ambas as
empresas, alguns deles na América Latina.
23. Enero - Abril 2012
Em sua edição do mês de março, o editor da
Container Management, Geoff Adams, disse que
“uma vez mais as linhas navais estão procurando
reduzir a capacidade, pois alguns mercados estão
escapulindo”, e citou Neil Dekker, autor do
Container Forecaster trimestral de Drewry, que
em novembro do ano passado predisse, nessa
publicação, que um excesso de capacidade nas rotas-
chave significaria que algumas companhias navais de
contêineres não cobririam seus custos.
Confirmando isto, o Grupo NOL anunciou em
fevereiro um prejuízo líquido de US$ 478 milhões
em 2011, levando o diretor executivo do Grupo,
Ng Yat Chung, a descrever o desempenho do
transporte em contêineres como decepcionante.
“O excesso de capacidade e os maiores custos
de combustível afetaram negativamente toda a
indústria do transporte em contêineres. Estamos
solucionando urgentemente os custos e todos os
demais fatores sob nosso controle para melhorar
nosso desempenho,” disse, agregando que apesar das
recentes melhoras nas taxas de fretes, os resultados
ainda são incertos devido à economia mundial. A
empresa reconheceu que a indústria de transporte
em contêineres continua enfrentando um excesso de
capacidade e que se estas condições continuarem, o
desempenho financeiro continuará sendo fraco.
O último e ambicioso plano de resgate da Eurozona
para a Grécia vem sendo recebido por muitos com
precaução, ao invés de ser visto como a “colocação
em marcha” daquilo que a economia européia
necessitava para novamente retomar um crescimento
real, o que aumenta a possibilidade de um percurso
de volta à estabilidade para essa região, que bem
poderia ver o comércio nas rotas Ásia-Europa
operando abaixo da média durante um tempo
considerável. Agregando o espectro dos primeiros
dez navios Triple-E (18.000 TEUs de capacidade)
que serão visto no horizonte no ano 2013-2014,
poderíamos nos perguntar se haverá suficiente
re-balanceamento da oferta sobre a demanda
para ver se as linhas se livram do pior, ou se isto é
apenas o começo de mais no futuro. É isto o que
Dekker teve que dizer em novembro: “Os maiores
transportadores marítimos buscam economias
de escala com os cada vez maiores super post-
Panamax, mas ao fazê-lo, a indústria corre o grande
risco de introduzir muita capacidade ao mesmo
tempo e arruinar o já frágil balanço entre a oferta e a
demanda.”
Editorial da Container Management sobre as
Dificuldades das Companhias Navais
24. Enero - Abril 2012
Modernizar os terminais portuários é o desafio
assumido pelo governo nicaraguense desde o dia
10 de janeiro de 2007, com o convencimento de
que conseguirá emergir diante dos seus mais fortes
concorrentes da região centro-americana. Maiores
informações em www.epn.gob.ni
O presidente da EPN, Virgilio Silva vsilva@epn.gob.
ni apresentou o projeto portuário de Monkey Point,
no Caribe, durante a Andean Infrastructure Summit,
realizada no final de março em Bogotá.
Com um investimento de quase US$1 bilhão
e uma concessão por 33 anos, iniciada no ano
passado quando o governo da Costa Rica
adjudicou a construção e operação do Terminal
de Contêineres Moín, TCM, a multinacional
holandesa APM Terminals construirá em Limón,
Caribe costarriquense, um quebra-mar de 2,2 km
que contra-arrestará as condições climáticas que
impedem o funcionamento normal de um porto
moderno. Com a dragagem, também a cargo da
APM Terminals, se passará de um canal de acesso
A EMPRESA PORTUÁRIA NACIONAL DA
NICARÁGUA, A APM TERMINALS MOIN
DA COSTA RICA E A PORTMAGDALENA DA
COLÔMBIA, SE AFILIAM À LATINPORTS
de 10,5 metros de profundidade a um de 18 metros,
o que permitirá atender navios muito maiores
com capacidade de até 8.500 contêineres, gerando
economias de escala e redução de custos. O TCM
terá 1.500 metros de cais e 5 atracadouros com 9
gruas pórtico. As obras serão iniciadas em 2013 e a
primeira etapa deve estar operativa em 2014. Maiores
informações em www.apmterminalsmoin.com
O gerente geral da APM Terminals Moin é o Capitão
Paul Gallie Paul.Gallie@apmterminals.com
Este novo membro corporativo da Latinports é
um terminal fluvial e marítimo do grupo Zona
Franca de Barranquilla que presta serviços a navios
de alto-mar, especializado em cargas de granel
líquido, especialmente produtos químicos e produtos
brancos derivados do petróleo. Localizado a 20
quilômetros da desembocadura do rio Magdalena,
conta com um abrigo natural que facilita a navegação
e as operações portuárias. Atualmente mobiliza
cerca de um milhão de toneladas de carga. Maiores
informações em www.portmagdalena.com.co
A gerente da PortMagdalena é Patricia Montoya
pmontoya@portmagdalena.com.co
25. Enero - Abril 2012
CONFERÊNCIA DO DIRETOR EXECUTIVO DA
LATINPORTS NA ANDEAN & CENTRAL
AMERICAN INFRASTRUCTURE SUMMIT
Enero - Abril 2012
PRÓXIMOS EVENTOS
Em conjunto com o diretor geral da Corporación
Autónoma Regional del Rio Grande de la
Magdalena, Cormagdalena, em 29 de março, em
Bogotá, o diretor executivo da Latinports, Julián
Palacio, fez uma apresentação sobre os Avanços
do Projeto de Navegação no Rio Magdalena, em
seguimento ao primeiro seminário especializado da
Latinports realizado no mês de setembro do ano
passado sobre este tema.
Foi muito satisfatório para a Cormagdalena e a
Latinports poder anunciar que o esforço conjunto
do governo colombiano e da Associação Latino-
Americana de Portos e Terminais começou a dar
seus frutos: aquilo que no seminário de setembro
era apenas uma expectativa tornou-se real no mês de
março, com o anúncio do presidente da República,
Juan Manuel Santos, da disponibilidade de recursos
de US$400 milhões para tornar realidade o mais
ambicioso projeto de infraestrutura de transporte
na história da Colômbia: a navegação desde e para o
centro do país.
21-25 de Maio de 2012
Hotel Riu Plaza, Panamá
O Maritime Week Americas 2012 será realizado no
Panamá, um dos maiores centros marítimos do
mundo e justo no coração de algumas das mais
interessantes mudanças que impactam as indústrias
mundiais de navegação, portos e bunkering.
O diretor executivo da Latinports, Julián
Palacio, participará com uma conferência
denominada Economia dos Navios Post-
Panamax: Sobreviverão os Maiores? (Seu Efeito
na América Latina), e atuará como moderador
da Sessão de Mesa Redonda Portuária
Regional: Desafios em um Mundo Incerto.
Para maiores informações sobre este evento, por
favor, clique em www.maritimeweekamericas.com ou
entre em contato com events@petrospot.com
26. Enero - Abril 2012
A CWA-Expo Carga é a plataforma onde 18
mil especialistas do setor do comércio exterior e
transporte de carga convergem para fazer negócios
entre a América, a Europa, a Ásia e o resto do
mundo. Este evento reúne:
• Iniciativa privada
• Câmaras e Associações
• Dependências Governamentais
Para maiores informações, clique em www.expo-
carga.com ou entre em contato diretamente com
Verónica Velásquez vvelasquez@gfidaltex.com
telefone: 52 (55) 54425760 Ramal 188.
Neste fórum poderá ser visto o contexto e
tendências internacionais no transporte de
contêineres, e estratégias e desafios diante dos
tratados de livre comércio, TLC, com ênfase na
realidade nacional e nos diferentes pontos da rede
logística: a atividade portuária, a gestão e segurança
no transporte interno e o desenvolvimento de pátios
de contêineres, entre outros temas, como eixos vitais
de uma boa logística de contêiner.
Para maiores informações, favor comunicar-se com
forocontenedores@andi.com.co
5-7 de Junho de 2012
World Trade Center, México, D.F. FÓRUM PORTOS E CONTÊINERES –
LOGÍSTICA E COMPETITIVIDADE
Associação Nacional de Empresários da
Colômbia
5-6 de Julho de 2012
Hotel AR, Bogotá
27.
28. Enero - Abril 2012
Noticias Portuárias Latinoamericanas
Argentina
Árabes Planejam Investir US$300 Milhões no
Porto de Buenos Aires
De acordo com o Infobae.com, investidores dos
Emirados Árabes selaram um acordo em sua
visita a Buenos Aires junto com uma delegação de
empresários no mês de março. O presidente do
Diretoria da Dubai Ports World, o Sultão Bin Sulayem,
fez parte da comitiva encabeçada pelo ministro de
Relações Exteriores, Xeique Abdullah bin Zayed Al
Nahyan. Com o acordo serão iniciadas as obras e
geradas mil novas vagas de emprego, o que permitirá
contar com uma infraestrutura de última geração em
2015.
O projeto de modernização portuária foi elaborado
pela Terminales Río de la Plata (TRP) -operador
argentino da rede Dubai Port World- junto com
a Administração Geral de Portos, a Secretaria de
Transporte e o Ministério de Planejamento. O
novo projeto permitirá dotar o comércio exterior
argentino de economias de escala em transporte
marítimo, evitando transbordos em outros portos da
costa Leste da América do Sul, o que gera demoras e
custos adicionais à rede de valor.
A Terminales Río de la Plata (TRP) está localizada em
Puerto Nuevo, Buenos Aires, e possui a concessão
da operação portuária. Com uma área de 430.000
m2 completamente adaptados e remodelados, a
TRP opera as 24 horas do dia, 362 dias por ano.
Em 2011, investiu US$25 milhões no Terminal de
Cruzeiros Benito Quinquela Martín, inaugurado
nesse ano.
A Dubai Port World é um dos principais operadores
portuários do mundo, com 45 terminais de
contêineres em 29 países.
A Câmara Argentina de Empresas Navais e
Armadores, CAENA, citada pelo Infobae.com,
anunciou que o setor buscará potencializar o apoio
às operações off shore, aspirando aumentar a presença
de navios e embarcações próprias destinadas ao
transporte marítimo e/ou fluvial de cargas líquidas,
gases liquidificados e sólidos
A CAENA aposta no trabalho em várias linhas de
atuação, com a intenção de potencializar o negócio
marítimo nacional: por um lado, tentará apoiar a
assinatura de uma Lei de Marinha Mercante que
Companhias Navais Prevêem Investimentos da
Ordem de US$ 50 milhões
29. Enero - Abril 2012
Brasil
Scanner para Contêiner ainda é Polémico
Noticias Portuárias Latinoamericanas
polêmica no setor. No Brasil, conforme o texto,
armadores avaliam que a medida travará o comércio
exterior, com impactos desastrosos nos custos e
tempos de operação. Na outra ponta, terminais
portuários e exportadores dizem que a fiscalização
dará mais transparência às trocas comerciais. A
matéria informa que a Santos Brasil, “maior
operadora de terminais de contêineres no país”,
investiu R$ 21,12 milhões na compra de cinco
equipamentos de fiscalização. Segundo Mauro
Salgado, director de Santos Brasil, a empresa já
está preparada para as mudanças e o investimento
agilizará os processos de verificação das cargas.
“Não estamos prevendo impactos negativos para
operação”, disse. A mesma visão tem o gerente-
geral de logística do Grupo Curimbaba, Fabrizio De
Paulis. “Aumenta a segurança da carga exportada.
Não acho que o procedimento provocará atrasos.”
Antes, porém, o presidente da Maersk Line na
América Latina e Caribe, Robbert Jan van Trooijen,
afirma que “na prática, essa lei é impossível de
implementar, porque fisicamente não dá para
fiscalizar. A cada dois anos os EUA adiam a data-
limite. Agora virou 2014 e nós achamos que poderá
virar 2016, 2018”. Para Sérgio Salomão, da Abratec,
no entanto, “a lei americana foi a inspiração para a
Receita, mas a exigência passará a ser geral, tanto
na exportação como na importação, e não apenas
aos EUA”. No final, o texto comenta que a vistoria
do contêiner na entrada do terminal, porém, não é
garantia plena de segurança, pois até ser embarcado
no navio ele poderá, em tese, ser manipulado. “Na
SEP, defendíamos a rastreabilidade do contêiner
e da carga da origem ao destino”, diz o sócio-
diretor da consultoria Agência Porto, Fabrizio
Pierdomenico, que foi secretário de Planejamento
e Desenvolvimento Portuário da SEP. Segundo ele,
apesar de todos países que exportam aos EUA terem
reúne o critério conjunto buscado entre armadores e
grêmios embarcadores e, por outro lado, contribuirá
para a consolidação de um sistema previsível que
multiplique a presença da bandeira argentina na
Hidrovia Paraguai-Paraná.
“Este esforço contínuo está voltado à ampliação
das fontes de emprego que já produz o setor. Em
valores de hoje e com um crescimento contínuo, as
empresas sociais da CAENA geram mais de 2.000
vagas de emprego diretas para tripulantes argentinos
a bordo. O salário bruto médio mensal, que oscila
ao redor de US$5.000, posiciona-se como um dos
espaços mais pujantes e melhor remunerado do
país”, indicou a entidade em um comunicado. Este
setor, por sua vez, gera ao redor de 20.000 empregos
indiretos, relacionados com oficinas navais,
fornecedores, agências marítimas e outros.
Com este título, reportagem no Valor no final
de abril, destaca que a determinação do governo
dos Estados Unidos de obrigar que 100% dos
contêineres marítimos de importação sejam
escaneados nos portos de origem tem gerado
30. Enero - Abril 2012
Investimentos no Setor:
Prioridade para as Hidrovias:
ICerca de R$ 30 bilhões em investimentos estão
sendo realizados ou são planejados para o setor
portuário brasileiro, afirmou o diretor-geral em
exercício da Antaq, Tiago Lima, durante sua
participação na feira Intermodal, feita em meados
de abril em São Paulo. Os projetos são referentes à
construção de terminais portuários (R$20.5 bilhões
em investimentos para novos portos privados, e R$
9,5 bilhões têm como destino terminais de portos
públicos). Do total, R$ 9,5 bilhões têm como
destino terminais de portos públicos. O restante será
aplicado na construção, na ampliação ou na operação
de terminais de uso privativo (TUP). A Tribuna
acrescentou um dado importante do contexto atual:
o Brasil possui 34 portos públicos e 129 TUPs e a
coluna deu ênfase aos portos públicos, informando
que a maioria dos investimentos nessas instalações
será aplicada na Região Sudeste, que receberá R$ 5,4
Noticias Portuárias Latinoamericanas
de arcar com o custo extra, o Brasil tem um “senão”
a mais. “Acaba sendo desigual para o Brasil por causa
da nossa carga tributária. A preocupação que temos
é quem vai pagar a conta desses investimentos feitos
pelos terminais”, diz. “É evidente que o terminal
repassará os custos”, afirma Salomão, da Abratec.
bilhões. As unidades do Nordeste terão R$ 2 bilhões,
enquanto os do Norte, R$ 1,5 bilhão, e os do Sul,
R$ 600 milhões. Estão sendo aplicados em Santos
R$ 3,5 bilhões, com a implantação dos terminais
da Embraport e da BTP, que devem entrar em
operação no próximo ano – conforme a Tribuna.
O Secretário de Política Nacional de Transportes
do Ministério de Transportes, Marcelo Perrupato,
defendeu um pacto em defesa do modal hidroviário
cobrindo todo o país. Segundo ele, o crescimento
na navegação “deve ser encarado como prioridade
nacional” pela sociedade brasileira como um todo,
conforme informou a Tribuna. Perrupato comentou
que o governo federal está buscando equilibrar a
matriz de transporte nacional, mencionando que o
Plano Nacional de Logística e Transporte determina
que, em 2025, 33% das cargas brasileiras serão
mobilizadas por estrada, 32% por ferrovias e 29%
por hidrovias. O restante (6%) ficaria para outros
tipos de transporte.
Marcelo Perrupato
31. Enero - Abril 2012
Espera-se que o Novo Terminal de Manaus
Comece a Operar em 2014:
A Presidente da República anuncia
investimento no Porto Cubano de Mariel
Noticias Portuárias Latinoamericanas
A Valor, em um especial sobre a Zona Franca de
Manaus, destacou seu impulso para o crescimento
da cidade, que passou de 250.000 habitantes
em 1967 (quando foi criada a zona franca) a 2.2
milhões atualmente em sua área metropolitana.
Hoje, o Pólo Industrial de Manaus sobre o Rio
Amazonas, a pouco mais de 1.000 quilômetros de
sua desembocadura, acolhe mais de 600 empresas e
mais de 5.000 usuários comerciais, constituindo-se
no centro econômico e cultural da Região Norte do
Brasil.
No caso do porto, atualmente insuficiente, seu alivio
chegará a partir de meados de 2014, quando deverá
estar concluída a construção de um novo terminal
de carga com um custo de US$230 milhões, a ser
operado através de concessão à empresa privada,
duplicando a capacidade dos terminais existentes.
Antes da visita que a presidente Dilma Rousseff
faria a Cuba em 31 de janeiro, diversos jornais
brasileiros informaram que o ponto central de
sua visita era o anúncio do financiamento do
BNDES para a ampliação do porto de Mariel. A
Câmara de Comércio Exterior, Camex, aprovou
a liberação de uma partida de US$230 milhões do
financiamento para as obras, projeto que no total
deve chegar a US$600 milhões. Esse valor equivale
apenas à parte brasileira das obras do porto, em
cuja região os cubanos pretendem instalar um pólo
industrial. Segundo a Valor, Mariel é a maior aposta
brasileira em Cuba. O investimento neste projeto de
exportação de bens e serviços representa 70% de
todos os financiamentos do BNDES em operações
que têm Cuba como destino final nos últimos 15
anos .
32. Enero - Abril 2012
De acordo com a Tribuna, a Log-In, que tem 25%
do mercado na área, projeta um crescimento de pelo
menos 10% anuais nos próximos quatro anos. Nos
cinco anos que vem trabalhando em cabotagem, a
empresa vem tendo um crescimento médio de 27%
por ano em movimento de contêineres, e grandes
clientes foram conquistados pelas vantagens que
a modalidade representa, tal como a segurança do
transporte marítimo para a integridade do produto. A
Log-In conta com 11 navios: oito porta-contêineres e
três de granéis.
que todos os portos brasileiros juntos, ao passar
de 3,2 milhões em 2011 a 8 milhões em 2013”,
explicando que o aumento de capacidade será o
resultado de uma série de ampliações, compra de
equipamentos de última geração e a entrada em
operação de novos projetos privados, como o
Embraport, DP World e Brasil Terminal Portuário,
BTP, este último controlado pela Europe Terminal
que, segundo Serra, entrará antecipadamente em
operação em outubro de 2012. O presidente da
CODESP lembrou que os atuais operadores do
porto, como a Santos Brasil, Libra e Tecondi,
fizeram relevantes investimentos que resultarão em
um aumento adicional do crescimento.
Empresas de cabotagem confiam no
crescimento do setor
Noticias Portuárias Latinoamericanas
Uma reportagem do Brasil Econômico sobre
transporte e logística destaca o segmento de
contêineres, citando um comentário do ex-secretário
de política do Ministério de Transportes e atual
diretor executivo de Agência T1, José Augusto
Valente, segundo o qual “a falsa discussão instalada
no país de que os portos públicos estão saturados
e travam o crescimento da economia está sendo
enterrada pela realidade”. Segundo o especialista,
desde 2003 se fala de apagões logísticos e portuários
que nunca se confirmam; “ao contrário, os portos
dobrarão sua capacidade para contêineres nos
próximos quatro anos”, afirma Valente, ressaltando
assim um ponto crucial para reverter o negativismo
em várias matérias sobre o setor. A reportagem
mostra que o comércio exterior brasileiro quase se
quadriplicou em oito anos (2002 a 2010) e que os
contêineres passaram de 2 milhões em 2002 a 4,5
milhões no ano passado, comentando que esses
números demonstram que a logística portuária tem
dado apoio à expansão da economia e do comércio
exterior, ainda que seriam desejáveis melhores
indicadores em produtividade e serviço.
Por outro lado, o Estado publicou uma reportagem
com o presidente da Companhia Docas do
Estado de São Paulo-CODESP, José Roberto
Serra, segundo o qual ”Santos, o maior porto da
América Latina, duplicará sua capacidade em 2013,
mobilizando a mesma quantidade de contêineres
Portos dobrarão sua capacidade para
contêineres nos próximos quatro anos
33. Enero - Abril 2012
O Terminal Pacífico Sur (TPS) e a Empresa
Portuaria Valparaíso (EPV) assinaram, em 9 de
janeiro, a modificação do contrato que permitirá
dar início às obras de ampliação do Sitio 3, uma das
medidas consideradas no Plano de Expansão do
porto que permitirá manter sua competitividade nos
próximos anos.
.
O projeto de extensão do Sitio 3, que será a primeira
ampliação da frente de atracação do Valparaíso em
mais de 80 anos, contempla um alongamento de
120 metros e o reforço estrutural dos sítios 4 e 5,
para lhes propiciar uma condição antissísmica. A
execução destas obras permitirá atender dois navios
Post Panamax de forma simultânea e acompanhar
o crescimento das linhas navais ou atrair outras,
abrindo vagas de trabalho para a atividade e
mantendo a competitividade do Porto de Valparaíso.
Estima-se que uma vez concluídos os estudos de
engenharia e simulação de manobras, e depois de
recebidas as aprovações e respectivas autorizações
das correspondentes autoridades, os trabalhos serão
iniciados no primeiro trimestre de 2013 e levarão
cerca de 18 meses.
O gerente geral da TPS, Francesco Schiaffino,
indicou que “esta iniciativa demonstra nosso
compromisso de manter a competitividade do Porto
de Valparaíso através da execução de um projeto
criativo e ambicioso”
O executivo acrescentou que “o nosso desafio é que
este Terminal continue sendo um ator-chave para
a cidade, para a região e para o país, pois estamos
convencidos de que o Valparaíso conta com todas as
condições para se projetar a longo prazo, de maneira
sustentável, como um pólo portuário moderno e de
grande escala”.
ATribuna ressaltou que nos últimos anos vem sendo
ensaiada uma reativação, inclusive com a chegada de
novos atores ao mercado, mas que para crescer ainda
mais, além dos 13% de participação no movimento
de carga do país, “é necessário um empurrão”. A
cabotagem já foi forte no Brasil, mas se debilitou
nas décadas de 1970 e 1980 devido à falta de
investimento e intolerância a demoras em momentos
de alta inflação.
A Log-In lançará em 1° de julho um serviço de
transporte de cabotagem integrando duas regiões:
Nordeste e Sudeste ao Norte do Brasil. A intenção
da empresa é contar com um navio com capacidade
de 1.700 TEUs, que dará maior vazão principalmente
aos produtos eletrodomésticos da zona de Manaus, e
que poderá aumentar para 10.000 TEUs a rota. No
Nordeste, portos como o de Suape, Santos e Rio de
Janeiro estão no foco da empresa.
Segundo o ministro de portos, Leônidas Cristino, a
nova versão do Plano Nacional de Logística Portuária
estimulará a navegação de cabotagem.
O Terminal Pacífico Sul de Valparaíso e a
Empresa Portuária Valparaiso Assinaram
Acordo de Ampliação:
Noticias Portuárias Latinoamericanas
Chile
34. Enero - Abril 2012
Noticias Portuárias Latinoamericanas
Ministro do Transporte Promete Apoio ao
Projeto de Hidrovia Magdalena:
O Rio Magdalena Deve Ser Assumido
como o Grande Alimentador e o Eixo do
Desenvolvimento do Transporte Massivo de e
Para o Interior do País
O ministro do transporte, Germán Cardona,
reafirma seu apoio a um projeto para tornar
navegáveis 256 km da hidrovia Magdalena, visando
transportar bens da região central do país à costa. A
iniciativa de US$400 milhões está sendo executada
pela Corporación Autónoma Regional del Rio
Grande de la Magdalena (Cormagdalena) e também
conta com o apoio do presidente Juan Manuel
Santos, segundo comunicado do Ministério do
Transporte. “Chegou a hora do rio Magdalena”,
indicou Cardona. “É a possibilidade de materializar a
ideia de se ver nesta artéria fluvial a melhor maneira
de levar os produtos pesados do centro do país para
o Caribe”.
Por sua vez, o gerente geral da EPV, Harald Jaeger,
expressou que “estamos muito satisfeitos com a
assinatura desta modificação de contrato com a
TPS pois as obras no Terminal 1, às quais se soma
a próxima licitação do Terminal 2, permitirão ao
Valparaíso contar com dois terminais altamente
competitivos para o comércio internacional chileno e
satisfazer plenamente a demanda regional projetada
para os próximos anos”. A extensão da concessão
chegará até 31 de dezembro de 2029.
Até agora foram investidos cerca de US$21 milhões
nos trabalhos preliminares para o projeto. O
Instituto Nacional de Vias, Invías, assinalou que
administrará e designará todo o financiamento
necessário para melhorar a conectividade rodoviária
com a hidrovia Magdalena. O rio, que se estende
por 900km, atualmente só é navegável em 700km,
e melhorar a hidrovia seria a forma mais rápida de
transporte para a costa do Caribe e ajudaria também
a eliminar cerca de 1.200 caminhões de carga pesada
das vias do país.
O ministro Germán Cardona e o diretor da
Cormagdalena, Augusto García, bem como o
diretor executivo da Latinports, Julián Palacio, se
referiram ao tema no Andean Infrastructure Summit
realizado em Bogotá no final de março.
A agência de investimento regional, Probarranquilla,
informou que a Associação Nacional de
Empresários, ANDI, propôs a definição e
execução de um Plano de Desenvolvimento que
leve Barranquilla a se tornar na Cidade Região que
vem sendo chamada a ser, aproveitando as novas
circunstâncias dos onze tratados de livre comércio
COLÔMBIA
35. Enero - Abril 2012
Barranquilla se Prepara para a Implementação
do TLC com os Estados Unidos: Portos
Fluviais dos Estados Unidos e Europa Expõem
suas Experiências
Noticias Portuárias Latinoamericanas
subscritos ou por subscrever pela Colômbia, e a
nova Lei de Regalias que permite a execução de
projetos de infraestrutura zonais que integrem
territórios específicos e os vinculem a esses novos
mercados internacionais. A proposta contempla
a criação de alguns corredores de comunicação
onde convirjam uma eficiente infraestrutura
rodoviária, excelentes terminais de carga, muito boas
condições de operações do aeroporto e um maior
desenvolvimento da zona portuária, de maneira que
a cidade ofereça ótimos níveis de serviços logísticos,
gere emprego e crescimento econômico, obtenha
um maior desempenho e possa vender melhor suas
possibilidades industriais. A iniciativa foi apresentada
pelo engenheiro de transporte e vias, Edgar Higuera,
diretor executivo da Câmara de Grandes Usuários
de Serviços Logísticos da ANDI, durante um
encontro promovido pela ProBarranquilla e pela
Área Metropolitana de Barranquilla com os prefeitos
eleitos dos municípios que a formam e empresários
do setor.
O especialista parte do fato de que hoje Barranquilla
é a maior e mais desenvolvida cidade da Grande
Bacia Caribe, não apenas em relação à Colômbia,
mas também em nível dos países que a formam,
dado possuir mais zonas industriais, mais
universidades, mais zonas de produção, um rio que
a conecta com o interior do país, uma infraestrutura
básica e um grande aeroporto. Entretanto, em
termos logísticos Barranquilla também apresenta
gargalos que afetam sua competitividade. Pesquisas
da ANDI indicam que entre 20% e 30% dos
custos logísticos são gerados nos terminais
marítimos, e especialmente no que se conhece como
sobrecustos da última milha. Higuera acrescentou
que Barranquilla tem que necessariamente enxergar
o rio Magdalena, explicando que o rio deve ser
assumido como o grande alimentador e o eixo do
desenvolvimento do transporte massivo de e para
o interior do país, mas também como ponto de
referência urbano da cidade por excelência, gerando
para isso um plano de desenvolvimento paralelo
que permita ver claramente que Barranquilla é uma
cidade porto com uma artéria fluvial majestosa que
se integra ao redor de um grande parque.
ENo principal porto marítimo-fluvial da Colômbia,
localizado na desembocadura do rio Magdalena,
na penúltima semana de abril tiveram lugar dois
eventos sobre o Tratado de Livre Comércio-TLC
com os Estados Unidos, a ser implementado em 15
de maio do corrente ano, nos quais foram estudadas
as possibilidades de Barranquilla, uma das principais
cidades da Colômbia.
Dos Estados Unidos, estiveram representadas
Houston e Nova Orleans, e da Europa, Roterdã,
Le Havre e Hamburgo, todas elas situados na
desembocadura dos rios mais importantes de seus
respectivos países. O diretor executivo da Latinports,
Julián Palacio, fez uma apresentação denominada
36. Enero - Abril 2012
Noticias Portuárias Latinoamericanas
No último informe elaborado pela Unidade de
Serviços de Infraestrutura da Comissão Econômica
para a América Latina e Caribe (CEPAL), o porto
de Cartagena, formado pela Sociedad Portuaria
Regional - CONTECAR e Muelles El Bosque, com
um movimento de 1.853.342 TEUs, ocupou no ano
passado o quinto lugar entre os 100 melhores portos
da América Latina e Caribe, substituindo Buenos
Aires. Os dois primeiros lugares pertencem ao
Panamá (Colón e Balboa), o terceiro a Santos, Brasil,
e o quarto a Kingston, Jamaica. Atrás de Cartagena
estão os portos de Buenos Aires, Manzanillo
(México), Callao, Guayaquil y Freeport (Bahamas).
A Americas Gateway Development Corporation
(AMEGA) iniciará a etapa de propostas para o seu
projeto de um terminal de transbordo de US$1.100
milhões na Costa Rica, indicou à BNamericas
seu diretor geral, Aubrey de Young. O projeto,
denominado Megaterminal Transbordo Atlântico
(MTA), consistirá de um terminal de águas
profundas para transbordo de contêineres localizado
em Moín, na costa caribenha da Costa Rica.
A AMEGA ostenta o direito exclusivo de
liderar o projeto desde a etapa de propostas até
a licitação pública de uma concessão de 30 anos
para construção e operação do porto. A etapa
Reabilitação da Hidrovia do Magdalena: Uma
Resposta à Implementação do TLC, com a
qual demonstrou que só com a reabilitação da
hidrovia desde o centro do país, como já anunciou o
presidente da República, Barranquilla se converteria
na capital do TLC, como assim a batizou o ministro
do comércio nessa mesma oportunidade.
Apesar do crescimento de 11% dos portos da região
em 2011, sua participação mundial se mantém
em apenas 7%. A Ásia move mais de 50% dos
contêineres transportados por mar no mundo e a
China, particularmente, representa 29% do comércio
mundial, com 164 milhões de TEUs no ano passado.
Cartagena Retira Buenos Aires do Quinto
Lugar em Tráfico de Contêineres A Amega Inicia Etapa de Propostas do
Terminal de Transbordo Moínn
Costa Rica
37. Enero - Abril 2012
Cuba
Noticias Portuárias Latinoamericanas
De acordo com a agência Reuters, em visita feita pela
presidente Dilma Rousseff a Cuba em 31 de janeiro,
o Brasil pode dar uma grande contribuição para
reanimar a frágil economia de Cuba; com referência
ao porto de Mariel, a 45 quilômetros da Havana, a
presidente acrescentou que “Nós participamos não
só em construir o porto, mas também em trazer
uma cooperação que considero estratégica para o
Brasil e para a Cuba”. Os trabalhos de modernização
de um terminal de contêineres construídos no
porto de Mariel, com financiamento do Brasil,
estão sendo realizados pela empresa brasileira
Odebrecht e devem estar concluídos em janeiro de
2013, com obras que incluem uma zona especial de
desenvolvimento, com indústrias para a exportação e
para o abastecimento do mercado cubano.
Presidente do Brasil Inspeciona Obras no Porto
de Mariel:
de propostas compreende pesquisas técnicas,
ambientais, comerciais e financeiras detalhadas. “O
cronograma de finalização desta etapa indica um
período de 12 meses, mas com a ajuda do governo
esperamos poder diminuir esse prazo. A AMEGA
anunciará importantes acordos nas próximas
semanas”, informou De Young.
O terminal de transferência terá capacidade de
mover 2 milhões de TEUs anuais, com um cais de
1 km, um canal de acesso ao porto de Moín de 19
metros de profundidade e um atracadouro para três
navios porta-contêineres com cerca de 14.000 TEUs.
O projeto MTA estará localizado adjacente a um
terminal de contêineres que está sendo construído
pela APM Terminals, ainda que aparentemente os
dois terminais não estarão em direta concorrência
pois o terminal da AMEGA atenderá um mercado
diferente e realizará o transbordo de carga de até
14.000 TEUs dos maiores navios porta-contêineres
atualmente em serviço ou de futuras embarcações.
O terminal de trasbordo também é atrativo para
outros países centro-americanos, segundo Young.
“Nosso projeto é realmente uma contribuição
estratégica regional, porque não se trata apenas
de carga nacional, mas situa outros países em um
lugar a partir do qual podem ter acesso ao mundo”,
manifestou o executivo.
O vice-presidente costarriquense, Luis Lieberman,
afirmou que o governo deseja que o projeto seja
licitado e adjudicado antes das eleições presidenciais
de 2014.
38. Enero - Abril 2012
El Salvador
Noticias Portuárias Latinoamericanas
EQUADOR
Porto de Manta abre Licitação de Concessão:
A Comissão Executiva Portuária Autônoma
Prevê Receber, em Novembro, Ofertas pela
Concessão de Porto da União
Em 30 de abril, a Autoridade Portuária de Manta,
APM, declarou a iniciação do processo para a
“Concessão da gestão dos serviços públicos
portuários providos pela infraestrutura e facilidades
do terminal multipropósito de águas profundas
do Porto de Manta”. De acordo com a APM,
as condições gerais desta edital estão disponíveis
na página web do porto e poderão ser baixadas
mediante prévia inscrição e pagamento do valor
de US$10.000, não reembolsáveis. Posteriormente
a APM organizará visitas ao porto e habilitará
uma sala de Informação, à qual poderão ter acesso
unicamente os interessados que tenham adquirido
os editais e subscrito e entregue o Compromisso de
Confidencialidade.
O operador portuário nacional de El Salvador, a
Comissão Executiva Portuária Autônoma, CEPA,
espera receber ofertas pela concessão do porto da
União em novembro deste ano, disse o gerente de
concessões da autoridade, Rolando Díaz, durante a
Andean & Central American Infrastructure Summit
realizada em Bogotá no final de março.
A Corporação Financeira Internacional, CFI,
começou a trabalhar com consultoras em janeiro
para preparar as bases de licitação para a concessão,
que poderia se estender por até 30 anos. A
consultora estadunidense de infraestrutura Moffatt
& Nichol está realizando uma análise técnica e de
engenharia.
A CEPA espera publicar as bases de licitação
em agosto: assim, as ofertas serão recebidas
em novembro e o contrato será adjudicado em
dezembro. Uma vez subscrito o contrato, o que
provavelmente ocorrerá em janeiro do ano que vem,
a nova concessionária poderia começar a operar
quase que imediatamente, o que é uma das principais
vantagens do projeto, segundo parecer de Díaz.
“Definitivamente, há interesse. É um processo
contínuo de aproximação com os potenciais
interessados. À medida que vai avançando o
processo e a elaboração das bases, tem que se
ir vendo o que pensa o mercado de tudo isso”,
sustentou o executivo, acrescentando que a CEPA
recebeu manifestações de interesse de operadores
como a APM Terminals, a espanhola Terminal de
Contêineres de Barcelona, o operador do porto
colombiano de Cartagena SPRC e as chilenas
SAAM e Ultramar. Os interessados teriam que
demonstrar que possuem um capital líquido mínimo
de US$40 milhões e experiência na operação de um
39. Enero - Abril 2012
Noticias Portuárias Latinoamericanas
Corredor Interoceânico busca Investidores:
Promulgada a Lei de Associações Público-
Privadas
porto que mobilize pelo menos 600.000 TEUs por
ano.
O porto da União custou US$183 milhões e sua
construção, a cargo do consórcio Toa-Jan De
Nul, foi finalizada em junho de 2008. O porto
multipropósito se especializa no manejo de
contêineres, com capacidade para 850.000 TEUs em
sua primeira etapa e 1,7 milhões de TEUs depois da
segunda e terceira etapa de desenvolvimento.
A empresa Corredor Interoceánico de Guatemala
S.A. busca investidores para o projeto de conexão
férrea para transporte de contêineres e do poliducto
para transporte de combustíveis entre os dois
oceanos, com uma extensão de 336 km cada um.
Adicionalmente, o Corredor Interoceânico, que
custaria US$7,8 bilhões (50% a mais que a ampliação
do Canal do Panamá) e é uma resposta à demanda
de transporte oriundo da Ásia (particularmente
da China), vai requerer a construção de dois mega
portos, um em cada oceano. Em meados de abril
os diretores do projeto estiveram em Bogotá com
essa finalidade, informou o diário colombiano de
economia La República.
Em 15 de janeiro o presidente do México, Felipe
Calderón, promulgou a Lei de Associações Público-
Privadas (APP), que tem como objetivo central
multiplicar o investimento em infraestrutura através
da associação entre setores públicos e privados, lei
enviada ao Congresso, para análise, desde 2009.
O presidente assegurou que a lei de APP e as
modificações relacionadas com a construção de
infraestrutura e provisão de serviços públicos darão
maior segurança e confiança jurídica aos atores
privados que queiram participar de projetos de
infraestrutura complexos que agilizem a resposta à
necessidade de infraestrutura do país, bem como
maior eficiência ao uso de recursos públicos.
A administração do presidente Calderón enviou
ao Congresso um pacote de reformas de diversas
ordens legais para impulsionar o crescimento
econômico e o desenvolvimento do México,
fomentando o aumento do investimento em
infraestrutura a níveis históricos. Atualmente o
governo investe 5% do Produto Interno Bruto em
temas de infraestrutura, comparados com os 3%
registrados em 2000.
Guatemala
México
40. Enero - Abril 2012
Noticias Portuárias Latinoamericanas
Peru
Record em investimentos portuários nos
últimos seis anos
O Callao se Consolidou como Porto Líder do
Pacífico Sul-Americano em 2011
APM Terminals Callao Duplica Produtividade
Os portos do México receberam um investimento
de mais de US$3 bilhões desde a posse do presidente
Felipe Calderón, em 2006. O investimento total,
que inclui fundos tanto públicos como privados, é o
maior concretizado durante qualquer governo nos
últimos 25 anos, disse Calderón no mês de fevereiro.
O porto de Callao se consolidou como o porto
líder do Pacífico Sul-Americano ao mobilizar
1,6 milhões de contêineres em 2011, superando
em 20% os 1,3 milhões de contêineres em 2010,
informou a Comissão Econômica para a América
Latina e Caribe (CEPAL). Desta forma, de acordo
com o Boletim Marítimo da CEPAL, o principal
porto peruano superou o porto de Guayaquil,
que mobilizou 1,4 milhões de contêineres no ano
passado e se posicionou no segundo lugar. O
terceiro e quarto lugar foram ocupados pelos portos
chilenos de Valparaíso e San Antonio, com 973.000
e 854.000 contêineres mobilizados, respectivamente.
São seguidos pelo Buenaventura da Colômbia, que
movimentou 748.000 contêineres.
De acordo com artigo da Container Management
no final de fevereiro, nos sete meses transcorridos
desde que assumiu o controle do Terminal Norte,
em contrato de concessão por 30 anos entre a APM
Terminals e o governo peruano, o terminal, agora
operando como APM Terminals Callao, viu mais
que duplicada sua produtividade, a 26.5 movimentos
por hora-grua, enquanto que o tempo de rotação
diminuiu em 49% (de 57 a 28 minutos).
41. Enero - Abril 2012
Noticias Portuárias Latinoamericanas
Culminou com êxito Prova-Piloto Binacional de
Trânsito Multimodal Estrada-Rio
De acordo com a agência Andina, uma prova-piloto
de trânsito de alfândega comunitário internacional
Peru–Equador–Peru culminou com êxito ao
se conseguir reduzir de 20 a 6 dias o tempo de
transporte de combustível ao seu destino final,
informou a Comunidade Andina (CAN), cuja
Secretaria Geral promoveu a prova. Essa prova,
realizada por solicitação de uma empresa privada,
consistiu no transporte de 60.000 galões de biodiesel
a um acampamento mineiro por um trajeto distinto
da tradicional. O trajeto teve início na cidade de
Talara (Piura), passou por Huaquillas (fronteira
equatoriana com o Peru), Cuenca e Porto Morona,
na selva do Equador, até chegar ao povoado
Sargento Puño, na selva peruana. Para isso foram
realizadas coordenações com as alfândegas do Peru e
do Equador para aprovação da operação de Trânsito
de Alfândega Comunitário e habilitação das vias,
cruzamentos e passagens de fronteira.
A prova permitiu constatar que enquanto o
abastecimento do acampamento por via fluvial
desde a cidade de Iquitos (Loreto) demorava 20 dias,
percorrendo 753 quilômetros, a utilização da nova
rota, que combinava via terrestre e fluvial, reduzia os
custos e o tempo a seis dias no máximo.
O secretário geral da CAN, Adalid Contreras,
manifestou que esta experiência de Trânsito de
Alfândega Comunitário é uma amostra concreta da
utilidade da norma de alfândega comunitária, onde
se rompem as fronteiras e os povos se integram,
poupando tempo e recursos econômicos. Uma
experiência semelhante foi feita entre Colômbia–
Equador–Colômbia, utilizando-se as alfândegas
terrestres de Ipiales (Colômbia) e Tulcán e San
Miguel (Equador), e depois o rio Putumayo, para
levar mercadorias a Leticia (Colômbia).
42. Enero - Abril 2012
Correio
Quero parabenizá-los pelo grande esforço que
têm feito com a Latinports.
Franc Pigna
Diretor Geral
Aegir Ports Property Advisors
USA
Parabéns pela excelente apresentação do
boletim e por nos ter destacado neste.
Fernando Reveco
Gerente de Desenvolvimento e Projetos
Grupo Ultramar
Chile
Estive em sua conferência sobre Investimentos
nos Portos da América Latina em dezembro
passado, em Londres, e nossa empresa está
interessada em obter maiores informações
sobre portos de contêineres.
Harald Sperlein
KfW IPEX-Bank GmbH
Frankfurt, Alemanha
Foi um grande privilégio conhecê-lo ao longo
deste caminho portuário e mais ainda poder
aprender muito com os eventos por você
promovidos na América Latina. Muito
obrigado pelo apoio de sempre e espero poder
continuar trabalhando com você na superação
dos desafios do nosso setor.
Fernando Fialh
Ex-Diretor Executivo
Agência Nacional de Transporte Aquático
Brasil
43. Enero - Abril 2012
Estamos muito interessados em desenvolver
projetos portuários na América Latina.
Temos um programa que promove a
expansão mundial de investimentos das
linhas marítimas coreanas e vemos uma
grande oportunidade em sua região.
Hye Kyeong
International Logistics Research
Department
Korea Maritime Institute
Seul, Coréia
Obrigado pela informação; está bastante
completa.
Leonardo Delgado
Gerente Geral
Armazéns Gerais de Depósito do Banco
Popular
Alpopular
Bogotá, Colômbia
Compartilharemos com todos os afiliados este
material, por ser de interesse do nosso grêmio.
Antonio Felfle
Presidente
Associação Portuária de Barranquilla
Colômbia
Li o último boletim da Latinports e me
pareceu supremamente interessante e variado,
com grande quantidade de valiosa informação
portuária.
Mauricio Esteban
Gerente
Soluciones Financieras, Solfin
Bogotá
Muito bom documento. Parabéns.
Carmen Martín
Superintendente de Logística &
Portos
MPX Colômbia
44.
45. Enero - Abril 2012
ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE PORTOS E TERMINAIS
LATINPORTS
FORMULÁRIO DE AFILIAÇÃO
MEMBRO CORPORATIVO (Porto ou terminal latino-americano): ___
MEMBRO ASSOCIADO (Empresas relacionadas com a indústria portuária
ou portos e terminais de outras regiões do mundo):___
Empresa:
Endereço:
Cidade, País:
Telefone:
Sitio Web:
Representante Legal (Pessoa de Contato):
Cargo:
E-mail:
Breve Descrição da Empresa:
Como membros corporativos (associados) nos comprometemos a pagar
a parcela anual de US$2.500 (US$850) dentro dos 30 dias seguintes à
apresentação da fatura..
ASSINATURA:
NOME E CARGO DE QUEM
PREENCHEU O FORMULÁRIO:
DATA: ________________
Favor devolver este formato preenchido a jpalacio@latinports.org