Unidade 3.1 Introdução ao Sistema Operacional Linux

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Tecnologia em Redes de ComputadoresTecnologia em Redes de Computadores
Prof. Esp. Juan Carlos Oliveira LamarãoProf. Esp. Juan Carlos Oliveira Lamarão
Abril- 2016

Plano de AulaPlano de Aula
 Unidade III: Servidores Linux
Introdução ao Sistema Operacional Linux
Instalação do Sistema Operacional Linux
Estrutura de Diretórios Linux
Conhecendo e Manipulando o Sistema Linux
Permissões e Propriedades de Arquivos
Recursos do Shell Bash
Comandos de Gerenciamento de Usuário e Processos
Faculdade de Tecnologia do Amapá - META
Curso de Tecnologia em Redes de Computadores - juan@meta.edu.br Página 2

INTRODUÇÃO AO SISTEMA
OPERACIONAL LINUX
Unidade 3

Introdução ao Sistema Operacional LinuxIntrodução ao Sistema Operacional Linux
Em 1965, os laboratórios Bell da AT&T, juntamente com a
companhia General Eletric e o projeto MAC do MIT,
somaram esforços para desenvolver um novo sistema
operacional chamado MULTICS. Como o MULTICS não
atingiu os seus propósitos, os laboratórios Bell saíram do
projeto. Ken Thompson, cientista da AT&T e ex-membro do
grupo MULTICS, começou então a desenvolver um novo
sistema, aproveitando a experiencia adquirida. O novo
sistema, inicialmente escrito em Assembly num computador
PDP-7, foi batizado de UNIX

O uso do UNIX dentro da AT&T cresceu tanto que foi criado um
grupo de suporte interno ao sistema. Nessa época, a AT&T não
comercializava o sistema, mas fornecia cópias do código fonte às
universidades, para fins educacionais, a versão mais popular foi
a BSD Unix. Entre 1977 e 1982, os laboratórios Bell combinavam
várias versões do UNIX AT&T (Thompson) em um único sistema
operacional chamado UNIX System III. Este sistema evoluiu até
chegar ao System V, para o qual a AT&T comprometeu a dar
suporte em 1983.
Até, por volta da década de 1980, o Unix não possuía uma
interface gráfica própria. Porem, com o advento do X Window
System (Sistema de Janelas X), desenvolvida pelo MIT ele
passou a dispor de um sistema gráfico do tipo cliente-servidor e
independente da arquitetura do computador.

O UNIX foi a inspiração para Linus Benedict Torvalds, que
iniciou o projeto de um kernel baseado no minix, um
pequeno sistema UNIX desenvolvido por Andrew
Tannenbaum. O objetivo era criar “um minix melhor que o
minix”. Na primavera de 1991, Linus Torvalds iniciou seu
projeto particular, e depois de algum tempo de trabalho em
seu projeto solitário, conseguiu criar um kernel capaz de
executar os utilitários de programação e os comandos
padrões do Unix, clonado pelo projeto GNU.

Reconhecendo que não conseguiria continuar a
desenvolver sozinho o Linux, ele enviou a seguinte
mensagem (desafio) para a lista de discussão
comp.os.minix:
Você suspira por melhores dias do minix-1.1, quando homens
serão homens e escreveram seus próprios device drivers? Você
está sem um bom projeto e está morrendo por colocar as mãos
em um S.O. no qual você possa modificar de acordo com suas
necessidades? Você está achando frustante colocar as mãos em
um S.O. no qual tudo trabalha em minix? Chega de atravessar
noites para obter programas que trabalhem correto? Então esta
mensagem pode ser para você. […]

Características do Sistema OperacionalCaracterísticas do Sistema Operacional
LinuxLinux
Podem ser citados como características principais do Linux:
Multitarefa e Multiusuário;
Portado para várias arquiteturas de hardware;
Utiliza os conceitos de software livre;
Pose ser usado em uma estação de trabalho ou em um
servidor;
Baseado no padrão POSIX (um conjunto de interfaces
de sistemas operacionais).

LinuxLinux
CopyRights:
O Linux não é um software de domínio público, mas
licenciado sob a licença GPL (GNU Public License), e o
código-fonte do Linux pode permanecer livremente
disponível. As pessoas podem cobrar pela cópia do
Linux, se desejarem, desde que, com isso, não limitem a
sua distribuição.
Muitas pessoas pelo mundo inteiro tem trabalhado
conjuntamente para continuar o desenvolvimento do
Linux, sob a direção de Linus Torvalds, o autor original e
cada uma delas mantêm os direitos do copyright sobre o
código fonte que escrevem.

LinuxLinux
Versões e numerações:
A versão 1.0 do Linux foi liberada no dia 14 de março de 1994 e, depois
disso, foram feitas numerosas versões novas.
O Linux segue o modelo de desenvolvimento aberto e, por isso mesmo a
cada nova versão liberada ao público, é considerado um “produto de
qualidade”. Entretanto, para informar aos usuários se eles estão obtendo
uma versão estável do não, o esquema abaixo foi implementado:
Versões r.x.y onde x é um número par:
São versões estáveis, e, enquanto o y é incrementado, apenas correções
de bug são efetuadas. Assim, da versão 2.0.1 para a 2.0.2 houve apenas
correção de bugs, sem nenhuma característica nova.
Versões r.x.y onde x é um número impar
São versões beta, destinadas apenas a desenvolvedores, podem ser
instáveis e falhar, e estão sujeitas a alterações por tempo indeterminado
Periodicamente, quando o desenvolvimento do kernel for considerado
“estável”, x é trocado por um número par, e o desenvolvimento continua
com uma nova versão (x ímpar).

LinuxLinux
Distribuições do Linux (sabores)
Diversas empresas e organizações de voluntários
decidiram juntar os programas do Linux em “pacotes”
próprios aos quais elas fornecem suporte. Esses
“pacotes” são chamados de distribuições e, entre elas as
mais famosas, destacam-se: Red Hat, Mandrake*,
Conectiva (brasileira)*, Debian, Slackware, SUSE, e
Ubuntu.

FHS (Filesystem Hierarchy Standard)
Após a criação das distribuições, verificou-se a
necessidade de uma padronização geral. O FSH,
direcionado especialmente para desenvolvedores, foi
criado com o intuito de promover uma padronização de
diretórios e seus conteúdos. Com isso, é possível
predizer a localização de qualquer arquivo, em qualquer
distribuição que esteja em seu padrão.
LinuxLinux

Usuários e Grupos:
O Linux é um sistema operacional com um mecanismo
de segurança multiusuário. Em outras palavras, cada
usuário tem sua área de disco privada, seus privilégios e
limitações. Para utilizar o sistema, o usuário precisa
identificar-se através de um nome de usuário login e
uma senha (processo de autenticação). A autenticação é
necessária para garantir a integridade do trabalho de
cada usuário, impedindo que este altere o trabalho de
outro usuário. O conjunto do login e senha (chave de
entrada) é o chamado de conta do sistema. Necessário
para conseguir acesso a uma máquina Linux.
LinuxLinux

Usuários e Grupos:
Cada usuário possui uma identificação dentro do sistema.
Esta identificação é um número, chamado UID (User
Identification). Não podem existir UIDs repetidos no sistema.
O principal usuário de um sistema Linux é o superusuário ou
root. É através da conta de root que é feita a administração
do sistema.
Os usuários ainda são separados por grupos, o que permite
uma maior flexibilidade na definição de privilégios. É possível
por exemplo, permitir que apenas determinado grupo de
usuários tenha acesso a um determinado recurso. Por
padrão, ao criar um usuário o mesmo é inserido em um grupo
com o seu nome.
LinuxLinux

X Window System:
Também chamado de Sistema de Janelas X, é o coração do
modo gráfico, sendo responsável por gerenciar o hardware
(mouse, teclado, adaptadores de vídeo, monitor, etc) e prover
uma API gráfica para ser utilizada por outros programas.
É importante salientar que a responsabilidade pelo ambiente
gráfico em um sistema Linux não é do kernel, e sim do X
Window System. Ele é que faz o processamento de aplicações
gráficas locais ou pela rede, utilizando-se do protocolo X e de
um relacionamento cliente/servidor.
O X.org é uma implementação do X Window System. Ele é
composto por servidores e clientes, provendo bibliotecas,
utilitários de configuração de desenho gráficos e drivers para a
interação com o hardware de vídeo.
LinuxLinux

Gerenciador de Janela:
Embora o X.org faça o desenho que é solicitado na tela,
ele não é capaz de criar um ambiente gráfico, nem de
gerenciar as janelas dos aplicativos do ambiente. Esta
interação final do sistema X Window com o usuário se
dá através de programas chamados de gerenciadores
de janelas, que fornecem a aparência de um ambiente
gráfico. Operações de janelas como mover, maximizar,
minimizar e fechar uma janela são todas de sua
responsabilidades.
São exemplos de gerenciadores de janelas:
Kwin, WindowMaker e Fludbox.
LinuxLinux

Ambientes gráficos:
Projetos como o KDE, GNOME e UNITY provêm o que
chamamos de ambientes gráficos ou desktops. A ideia
desses projetos não é só de prover um gerenciador de
janelas, mas sim um ambiente completo com um
conjunto de programas padrão que estejam integrados,
com o mesmo visual e funcionalidades compartilhadas.
O Gnome 3 é o ambiente padrão no OpenSuse, já no
Mandriva Linux é o KDE, porem cada usuário ou
administrador é livre para escolher o seu independente
de qual distribuição será usada.
LinuxLinux

Razor-qtRazor-qt

UnityUnity

GnomeGnome

Revisão de ConteúdoRevisão de Conteúdo
Marque a(s) alternativa(s) correta(s).
O Linux:
( ) É um software livre;
( ) Deve ser disponibilizado exclusivamente de graça;
( ) É um sistema monousuário;
( ) Pode ser utilizado em terminais e interface gráfica;
( ) Tem como uma das características ser multitarefa;
( ) Não é interessante para empresas;
( ) Pode ser utilizado em servidores ou estações de
as trabalho;
( ) É empacotado e personalizado em várias distribuições.

Revisão de ConteúdoRevisão de Conteúdo
Relacione as colunas.
1 – Padronização de diretórios
2 – Usuário + Senha
3 – Sistema que utiliza o
protocolo X
4 – Administrador do sistema
5 – Famoso gerenciador de
janelas
6 – Exemplo de distribuição
Linux
( ) Root
( ) KDE
( ) Conta
( ) Linux Mint
( ) FHS
( ) X.org

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