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1
Universidade Federal de Minas Gerais
Escola de Engenharia
Depto. de Engenharia de Materiais e Construção
Principais Sistemas de Pinturas e suas
Patologias
Autor: Giulliano Polito
Março 2006
2
1. Conceito
Pintar significa proteger e embelezar. É necessário assegurar que as qualidades da tinta
permanecerão firmes e aderidas ao substrato mantendo por um determinado tempo, as
propriedades essenciais. Esta mesma preocupação deverá ser direcionada à preparação das
superfícies a serem pintadas. Sem o que tudo estará comprometido. Por fim, dever-se-á
exigir profissionais com qualidade, experiência e, porque não, equipamentos modernos.
2. A história da tinta
A história do uso das cores e da pintura se confunde com a própria história da humanidade.
O ser humano na pré-história, possuidor de limitados recursos verbais para transmitir suas
experiências, viu-se obrigado a desenvolver alternativas que complementassem sua
comunicação e que perpetuasse a informação.
2.1. A cor na pré-história
Descobertas atuais demonstram que as gravuras encontradas em cavernas remetem ao
último Período Glacial. Os nossos ancestrais perceberam que certos produtos, como o
sangue por exemplo, uma vez espalhado nas rochas deixavam marcas que não
desapareciam. Logo estes materiais começaram a ser utilizados para transmitir informações.
Com a necessidade de aumentar a durabilidade das pinturas e diversificar as cores, as
chamadas pinturas rupestres passaram a utilizar óxidos naturais, presumivelmente
abundantes junto à superfície do solo naquele tempo, como os ocres e vermelhos.
Para que fosse possível "pintar" era necessário um ligante que pudesse fixar os pigmentos à
superfície conferindo alguma durabilidade. A solução foi misturá-los ao sebo ou seiva
vegetal.
Com o aprimoramento da competência artesanal, ainda no período glacial, começaram a
surgir as primeiras ferramentas e equipamentos auxiliares para executar as pinturas, bem
como para manufaturar as matérias-primas utilizadas na preparação das tintas.
Depois disso, durante milhares de anos, pouco se acrescentou às descobertas iniciais. A
história começa a registrar novidades quando várias civilizações surgem do longo período
de maturação da mente humana.
2.2. Egito
Durante o período de 8000 a 5800 a.C. surgiram, desenvolvidos pelos egípcios, os
primeiros pigmentos sintéticos. Estes pigmentos eram derivados de compostos de cálcio,
alumínio, silício e cobre, razão pela qual possuíam grande gama de azuis, como o até hoje
utilizado Azul do Egito. Além do desenvolvimento de pigmentos baseados em materiais
minerais também foram desenvolvidos os de origem orgânica.
3
Os produtos usados como ligantes incluíam goma arábica, albumina de ovo, cera de abelha
entre outros.
2.3. Grécia e Roma
Gregos e romanos utilizavam pigmentos como os egípcios, tendo desenvolvido grande
variedade de pigmentos minerais, derivados de chumbo, zinco, ferro e orgânicos; derivados
de ossos. Assim como no Egito, os bálsamos naturais eram utilizados como proteção para
navios, revestindo os cascos.
Neste período da história são relatados usos de ferramentas como espátulas e trinchas.
2.4. A pintura no Oriente
Os orientais utilizavam diversos materiais orgânicos e minerais para suas pinturas.
Os chineses e japoneses preparavam materiais para decoração de suas porcelanas, sendo
que os indianos e persas faziam uso de trinchas e elementos de corte para executar a
pintura.
Ainda neste período os maiores desenvolvimentos se davam em função do uso decorativo
da pintura, sem grande importância ao aspecto de conservação.
2.5. As Américas
Os índios das Américas, especialmente no que hoje conhecemos como América do Norte,
faziam uso de vários materiais de origem vegetal nas suas pinturas e em seus cosméticos,
além dos minerais retirados de rios e lagos.
Os nativos da América do Sul utilizavam penas de pássaros para a confecção de seus
apetrechos de pintura. Neste período, algumas pinturas já possuíam boa durabilidade.
2.6. Idade Média
Neste período surgem os primeiros registros da utilização de vernizes como proteção para
superfícies.
Estes materiais eram preparados a partir do cozimento de óleos naturais e adição de alguns
ligantes.
2.7. O impulso da Revolução Industrial
Assim como em outros setores industriais, foi durante o período da Revolução Industrial
que a indústria de tintas e vernizes se desenvolveu com maior rapidez.
O copal e o âmbar eram as resinas mais comumente utilizadas.
As primeiras indústrias surgiram na Inglaterra, França, Alemanha e Áustria.
As fórmulas eram tratadas sob sigilo absoluto, e tidas como uma informação de poucos
privilegiados.
2.8. Novos desenvolvimentos
4
Durante o século XX, a indústria de tintas passou por grande evolução tecnológica, o que
gerou o aparecimento de novos materiais, cada vez mais adequados ao usuário.
Os desenvolvimentos também trouxeram produtos de maior resistência, garantindo
longevidade às superfícies tratadas.
2.9. Início desta atividade industrial no Brasil
A história da indústria de tintas brasileira teve início por volta do ano 1900, quando os
pioneiros Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da Usina
São Cristóvão, ambos imigrantes alemães, iniciaram suas atividades na nova pátria e lar.
Sucessivamente outras empresas, atraídas pelo novo mercado potencial, começaram a se
instalar em nosso País e desenvolver fortemente o setor.
3. Tipos
Existem duas classificações básicas para tintas:
• À base de óleo ou solventes
• À base de água
As denominações citadas espelham a principal diferença entre as duas categorias de tintas,
denominada porção líquida, ou veículo da tinta. A porção líquida de uma tinta à base de
óleo contém solventes como o mineral spirits. Nas tintas à base de látex. A porção líquida
contém água.
3.1. As vantagens das tintas a base de solvente são:
• Proporciona melhor cobertura na primeira demão
• Adere melhor a superfícies que não estão muito limpas
• Tempo de abertura maior (espaço de tempo em que a tinta pode ser aplicada com
pincel antes de começar a secar)
• Depois de seca apresenta maior resistência à aderência e a abrasão
3.2. As vantagens das tintas à base de água são:
• Melhor flexibilidade em longo prazo
• Maior resistência a rachaduras e lascas
• Maior resistência ao amarelecimento, em ares prot4egidas da luz do sol
• Exala menos cheiro
• Pode ser limpa com água
• Não é inflamável
5
3.3. Tintas à base de óleo
As tintas à base de óleo têm boa cobertura (característica da tinta de cobrir ou mudar a
superfície original) e adesão ao substrato aplicado. Por outro lado, em aplicações externas,
algumas destas tintas tendem a oxidar, fazendo com que a película, com o passar do tempo
torne-se quebradiça, ocorrendo diversas linhas de trincas e fissuras. Em aplicações internas,
costuma ocorrer o amarelamento e, às vezes, pequenos desplacamentos da película. Estas
tintas são mais difíceis de aplicação que as formuladas com látex, demorando de 8 a 24
horas para proceder a secagem da película aplicada.
Não devem ser aplicadas sobre superfícies com características alcalinas e, mais
especificamente, sobre aquelas que não se apresentem totalmente curadas. Também não
devem ser aplicadas diretamente sobre superfícies metálicas galvanizadas. Em ambos os
casos há esta contra indicação devido ao fato de que, desta forma, haverá a saponificação
do filme.
ÓLEO LÁTEX
Durabilidade
Adesão excelente. Oferecem elhor
adesão que as de látex quando
pintadas sobre superfícies
padronizadas
Adesão excelente em todo tipo de
superfícies, oferecendo melhor
elasticidade que as tintas à base de óleo
Retenção de
cor
Não são melhores que as látex. A
película pode se degradar em
contato com o sol
Grande resistência contra a deterioração
da película, quando exposta à luz solar.
Facilidade de
aplicação
São mais difíceis de aplicar, pois é
Mais pesada. No entanto, com
apenas uma demão, oferecem maior
cobertra
São mais fáceis de aplicar
Resistência ao
mofo
Sendo formadas á base de óleos
vegetais, fornecem nutrientes para o
crescimento ou desenvolvimento do
mofo.
Oferecem poucas condições ao
crescimento de colônias de mofo. O uso
de fungicidas inibe o crescimento do
mofo.
Versabilidade
Podem ser aplicadas na maioria das
superfícies,menos em superfícies
cujo aglomerante seja o cimento
portland, como concreto, emboços e
rebocos tradicionais. Dever-se-á
aplicar um protetor penetrante para
isolar a superfície. Não podem ser
aplicadas diretamente sobre
superfícies galvanizadas
Podem ser aplicadas praticamente sobre
todo tipo de superfície. Sugere-se usar
primer antes
Limpeza
Só é possível com solventes
derivados de petróleo, como xilol,
toluol e etc.
Lavam-se apenas com água
Tempo de
secagem
de 8 a 24 horas 1 a 6 horas, permitindo repintura
Tabela comparativa da performanceara avaliação de tintas de qualidade
6
3.4. Tintas base água
As tintas base água dividem-se em acrílicas e copolímero de acetato de vinila (PVA).
3.4.1. Tintas à base de PVA
As tintas à base de PVA oferecem mais qualidades para fins externos que as tintas à base de
óleo, já que apresentam maior variedade de cores, retenção do brilho, melhor resistência a
surgência de fissuras, à radiação UV e ao desenvolvimento de mofo.
3.4.2. Tintas à base de Acrílico
As tintas de acrílico de fórmula pura oferece em relação ao látex maior resistência:
• Ao amolecimento por gordura
• Ao descascamento
• À formação de bolhas
• Ao crescimento de algas e fungos
• À formação de manchas por água, mostarda, molho de tomate, café
• Aos produtos de limpeza doméstica
• Manutenção de cor
• Adesão em condições úmidas
A qualidade das tintas à base de látex para utilização externa, hoje, é inquestionável,
Particularmente aquelas formuladas com resinas 100% acrílicas, já que seu filme mantém a
flexibilidade por anos.
7
65%
8%
27%
Tinta com brilho
65%
9%
26%
Tinta semi-brilho
65%
12%
23%
Tinta acetinada
65%
15%
20%
Tinta fosca
para interiores
65%
19%
16%
Tinta fosca para
interiores de
baixa qualidade
75%
19%
6%
Tinta fosca para
interiores de
baixa qualidade
e preço
PIGMENTO
RESINA
ÁGUA,
ADITIVOS
E CARGAS
COMPOSIÇÃO TÍPICA DE UMA
TINTA LÁTEX
8
4. Componentes
Todas as tintas são compostas por quatro componentes básicos, que darão efeitos
particulares em suas performances, desconsiderando o fato de serem à base de solvente ou
água. Os componentes são: O pigmento, a resina, a porção líquida e os aditivos. Os três
últimos formam o veículo da tinta.
4.1. Pigmento
São materiais insolúveis, geralmente com grande finura, sendo sintéticos ou naturais, que
dão cor e poder de cobertura à tinta. O dióxido de titânio, pigmento branco, é o mais
empregado na formulação das tintas, é um dos ingredientes que melhora a qualidade da
tinta, garantindo alto poder de cobertura, alvura, durabilidade, brilho e opacidade.. Os
“extenders” ou “cargas” também são pigmentos, inertes como o carbonato de cálcio,
silicatos de magnésio e de alumínio, sílica, etc., que são adicionados às tintas de modo a dar
volume, sem acrescentar praticamente nada em seu custo.
Os pigmentos podem ser divididos em Orgânicos e inorgânicos.Os inorgânicos são todos os
pigmentos brancos e cargas e uma grande faixa de pigmentos coloridos, sintéticos ou
naturais. Os orgânicos são substâncias corantes insolúveis e normalmente não tem
características ou funções anticorrosivas. Uma dos aspectos mais importantes a se observar,
é sua durabilidade ou propriedade de permanência sem alteração de cor.
4.1.1.Pigmentos inorgânicos
4.1.2.Pigmentos Orgânicos
Cargas
Pigmentos verdadeiros
Dióxido de titânio
Óxido de ferro
Cromatos de chumbo
Cromatos de zinco
Verdes de cromo
Azul de Prússia
Óxido de zinco
Oxido de cromo
Negro fumo
Pigmentos metálicos
Fosfato de zinco
Monoazóicos
Vermelho toluidina
Vermelho paraclorado
Laranja de dinitroanilina
9
4.2. Resina
É um material ligante ou aglomerante, normalmente um polímero, normalmente um
polímero, não volátil, também chamado de “veículo sólido” que fixa, junta e faz aderir as
partículas do pigmento, dando integridade à película de pintura. Propriedades da tinta como
dureza, resistência à abrasão, resistência aos álcalis e adesão são governadas basicamente
pela resina.
Quando a pintura é aplicada e seca, seu poder de aderência à superfície deve-se à resina que
, dependendo do tipo e quantidade adicionada à formulação da tinta será fundamental para
dar resistência ou retenção de cor, brilho, flexibilidade ao filme e, finalmente, durabilidade.
Deduz-se, portanto, que uma tinta com pouca ou nenhuma resina terá uma performance
deficiente e, por fim uma durabilidade extremamente baixa. A caiação é uma tinta que ,
essencialmente, não contém resina.
Propriedade Dureza Estabilidade Cores Custo
Luz solar Ambientes Abrasão Atmosfera Álcalis Solventes ao calor relativo
Úmidos ou ácida
imersão
Hidrocarbonetos 1 5 2 5 3 0 1 0 limitada 1,00
Nitrocelulósicas 2 1 2 2 2 1 1 0 todas 1,90
Borracha clorada 2 5 3 5 3 0 2 1 muitas 3,80
Borracha clorada/ 3 2/3 2 2/3 2 0 1 2 todas 2,80
alquídicas amarela
Vinílica / 3 3 2 3 2 2 1 2 todas 3,90
alquídica amarela
levemente
PVC 3 5 3 5 3 2 2 3 todas 5,50
copolimerizado
PVC 3 5 5 5 5 2 2 4 restrições 6,00
Vinil / acrílica 4 4 3 4 4 2 2 3 todas 5,20
Acrílica 5 3 3 3 4 2 2 3 todas 4,60
Epóxi poliamida 2 4/5 4 4 3 4 3 4/5 restrições 6,60
Epóxi poliamina 2 4/5 5 5 5 5 4 4/5 restrições 7,00
Poliuretano aromático 2 3 5 4 5 5 4 4/5 restrições 7,00
Poliuretano alifático 5 3 5 5 5 5 4 4/5 todas 10,40
Resistência a
Legenda 5 = Excelente 4 = Muito bom 3 = Bom 2 = Regular 1= Insuficiente 0 = Não indicado
10
As tintas compostas de solventes podem ser formuladas com resinas sintéticas ou naturais.
É interessante ressaltar que mais de 90% das tintas a base de solvente usam resinas
alquídicas (reação de álcools polihidricos, como os glicols e a glicerina, adicionando-se
ácidos orgânicos como o maleic e o sebaic) como aglomerante. Este aglomerante,
explicando de outra maneira, é composto por resinas modificadas com óleos vegetais, como
o de linhaça e de tungue que secam rapidamente e formam uma película dura,
diferentemente dos óleos vegetais e resinas sintéticas. Estas tintas não devem ser aplicadas
diretamente sobre paredes ou superfícies alcalinas, a não ser que se aplique um isolante
resistente aos álcalis. De outra forma, ocorrerá a saponificação do veículo. Nas tintas à base
d´água, a resina é essencialmente sintética, sendo que a acrílica ( ou 100% acrílica) e a vinil
acrílica( também chamada acetato de polivinil ou PVA) são mais comuns. Já é de
conhecimento geral que as tintas formadas com 100% de resina acrílica promovem melhor
adesão à superfície e dão maior durabilidade que as tintas vinil acrílicas, particularmente
em superfícies alcalinas ( existem tiras de papel e lápis que medem o PH da superfície)
4.3. Porção líquida ou volátil ( solvente)
Com diferentes funções, dependendo do tipo da tinta, mantém os pigmentos e as resinas
dispersas ou dissolvidas em um estado fluido ou com baixa viscosidade, tornando a tinta
fácil de aplicar. Após a aplicação da tinta, a porção líquida evapora totalmente e deixa atrás
uma película de pigmentos estruturada com a resina. Normalmente não reagem com os
constituintes da tinta.
A porção volátil mais freqüente nas tintas à base de óleo são: a trupentina (solvente
destilado do pinheiro) e os derivados do petróleo como xilol, toluol, etc., que dissolvem a
resina.
São os produtos que tem a capacidade de dissolver outros materiais sem alterar suas
propriedades químicas. O resultado dessa interação é denominado solubilização. Os
solventes são, via de regra, voláteis e na sua maioria inflamáveis. Eles estão presentes nas
tintas com duas finalidades.
• Solubilizar a resina
• Conferir viscosidade adequada à aplicação
A solubilização da resina é necessária para que haja um melhor contato da tinta com o
substrato, favorecendo a aderência. A utilização de solventes inadequados, que não tenham
poder de solvência sobre a resina, pode causar problemas nas tintas, como a coagulação ou
precipitação da resina, perda de brilho, diminuição da resistência à água.
Normalmente, são utilizados composições de solventes com diferentes pontos de ebulição,
de maneira que os solventes “ mais leves” formam a película logo após a aplicação,
evitando o escorrimento, e os “ mais pesados” possibilitam a correção de imperfeições
como marcas de pincel e crateras.
11
Características gerais:
• Incolores
• Voláteis, sem formação de resíduos
• Quimicamente estáveis, não se alterando no armazenamento
• Neutros (não devem reagir com os demais componentes da tinta)
• Inodoros ou de odor fraco ou agradável
• Estáveis, com propriedades físicas constantes.
Os solventes mais amplamente utilizados são :
• Hidrocarbonetos alifáticos (poder de solvência e volatilidade baixo devido
seu alto peso molecular) e aromáticos (forte poder de solvência e odor. São
eles: benzeno, tolueno, etc.). São muito utilizados devido ao seu custo
relativamente baixo e indicação para a maioria das resinas.
• Oxigenados: Caracterizado genericamente por ser hidrosolúveis. São eles:
Álcoois, ésteres, cetonas e os glicóis.
Limites de tolerância.
A água é o único solvente absolutamente sem perigo como, porém, muitas substâncias não
se dissolvem na água, houve na segunda guerra um extraordinário desenvolvimento do uso
de solventes orgânicos.
Entre eles alguns são poucos nocivos, como o etanol e a acetona. Outros como o benzeno, o
dissulfeto de carbono e o sulfato de dimetila, são extremamente perigosos. Em função do
perigo potencial que eles representam os higienistas fixaram limites de tolerância diária, os
quais não devem ser ultrapassados em locais de trabalho. Estes limites estão definidos nas
NRs.
Nas tintas à base de látex, a porção líquida principal é a água, que não dissolve a resina,
mantendo-a apenas dispersada, funcionando como um diluente. Além da água, nas tintas à
base de látex, são usados outros solventes coalescentes que aderem à resina, amolecendo-a,
fazendo com que a tinta sofra uma secagem mais rápida.
4.4. Aditivo
Combinam-se aos componentes primários, de modo a incrementar a performance da tinta.
Os aditivos variam, de preservativos (que impedem que a tinta estrague ao ser estocada na
prateleira) aos fungicidas (que evitam o crescimento de colônias de mofo na superfície da
película aplicada). As sílicas garantem a homogeneidade do revestimento, evitando o
surgimento de fissuras e outros tipos de deformação, seus principais benefícios são: alto
poder de fosqueamento, alta porosidade, consistência, fácil dispersão e qualidade de filme,
proporcionando excelente resistência a riscos e manchas. O glicol também entra na
composição das tintas com a função de impedir que, após a aplicação o filme seque
rapidamente.
12
Os modificadores reológicos são uma outra linha de aditivos usado nas tintas à base de
látex, coma função de melhorar suas propriedades de aplicação e a aparência do produto
final, fazendo com que o sistema tenha boa fluidez ou espalhamento, interferindo
eficazmente na cobertura da pintura e, principalmente, em sua durabilidade.
Quanto ao mecanismo de atuação, os aditivos dividem-se em:
• Aditivos de cinética
o Secantes
o Catalisadores
o Antipeles
• Aditivos de Reologia
o Espessantes
o Niveladores
o Antiescorrimento
• Aditivos de processo
o Surfactantes
• Aditivos de preservação
o Biocidas
o Estabilizantes de ultravioleta
5. Qualidade
Ao variar a quantidade e o tipo de resina, pigmento, porção, líquida e aditivos, podem criar
uma vasta variedade de tintas. O teor de sólidos, o conteúdo de pigmentos e a qualidade de
óxido de titânio são os três indicadores da qualidade de uma tinta.
Quanto maior a porcentagem de sólidos em volume, não em peso, na tinta; maior espessura
da película, considerando-se uma determinada taxa de espalhamento. Esta vantagem,
simplesmente traduz-se em uma melhor cobertura e, obviamente, em uma verdadeira
proteção da superfície, significando, no fim das contas, durabilidade.
Por exemplo, as tintas comuns à base de látex apresentam-se com cerca de 15 a 20% de
sólidos em volume e 80 a 85% de água. As boas tintas ou de qualidade, normalmente
apresentam cerca de 35 a 35% de sólidos e, conseqüentemente, 55 a 65% de água.
Se pintarmos com uma tinta de qualidade e uma tinta comum, em igualdade de condições,
uma mesma espessura de filme molhado (recém pintado), após a secagem obteremos uma
película mais espessa, que dará mais proteção e durabilidade. De fato, com uma tinta de
40% de sólidos em volume após a secagem da pintura, obteremos uma película seca (EPS)
três vezes mais espessa do que com a tinta 30% de sólidos.
13
Líquidos
E
Aditivos
Resina e Pigmentos
Líquidos
E
Aditivos
Resina e Pigmentos
Espessura do filme
antes da secagem
Espessura do filme após da secagem
Alta Qualidade
TINTA LATEX
Baixa Qualidade
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6. Características que uma boa tinta deve ter
Variáveis da formação Mudança Benefícios
Teor de sólidos
Espessura do filme
seco
Cobertura e
durabilidade
Pigmento: proporção com a resina
Porosidade e
integridade do filme
Retenção da tinta,
resistência à
desintegração ( perda
de pigmento, etc) e à
formação de trincas
Fungicida
Modificação Reológica
Viscosidade, fluidez
estruturação do filme
Cobertura, aparência e
durabilidade
Tipo de resina
Adesão, resist6encia à
chuva, flexibilidade,
resistência aos álcalis e
à radiação UV.
Nível de TIO2 Opacidade Cobertura
Seleção de Carga Durabilidade
Tinta com alta
resistência à
desintegração ( perda
de pigmento, etc.)
Variáveis para formulação de tintas de qualidade
TINTA À ÓLEO TINTA LÁTEX
Pigmentos para dar cobertura
e cor
TiO2, cores orgânicas,
cores inorgânicas, cargas.
TiO2, cores orgânicas, cores
inorgânicas, cargas.
Líquidos para uma
consistência adequada solvente água
Resinas para
promoveradesão e
estruturação do filme
Óleo de linhaça, óleo de
tungue ou alquídico
100% acrílico ou vinil/acrílico
ou terpolímero vinílico
Diferença de componentes
15
6.1. Componentes
As tintas são compostas por quatro categorias de componentes: pigmentos, ligantes,
líquidos e aditivos.Como uma regra geral, quanto maior a quantidade de pigmento e ligante,
melhor será a qualidade da tinta.
• Pigmentos: responsáveis pela cor e poder de cobertura.
• Ligantes: dão "liga" aos pigmentos e proporcionam integridade e adesão ao filme.
• Líquidos: também conhecidos como veículo, proporcionam a consistência desejada.
• Aditivos: proporcionam à tinta propriedades específicas.
6.2. Características de aplicação
As principais características de aplicação são:
Característica Benefício
Excelente alastramento e nivelamento Suavidade da aplicação e boa aparência
Capacidade superior de cobertura
Aparência, rapidez de aplicação,
necessidade de menos demãos
Não respinga quando aplicada com rolo Facilidade de limpeza e rapidez no trabalho
16
6.3. Características de resistência e durabilidade
As características de resistência estão intimamente relacionadas com a qualidade da tinta.
Tintas para Interiores
Tintas para Exteriores
6.4. Teor de pigmentos
A proporção de pigmentos, volumetricamente falando, referida ao volume total de sólidos
de resina e pigmentos de uma tinta é chamada de teor de pigmentos, e é expressa em
porcentagem.
Teores de pigmentos entre 10 e 2% representam uma proporção baixa na relação
pigmento/resina, significando, certamente, uma tinta com brilho. De forma inversa, as tintas
Característica Benefício
Alto grau de adesão Menor possibilidade de formação de
bolhas, descascamento, maior resistência a
umidade e a lavagem
Resistência a abrasão Maior resistência a limpeza
Resistência a polimento Não fica brilhante quando polida ou limpa
Resistência a manchas
Não absorve sujeira e maior facilidade de
limpeza
Resistência a aderência
Superfícies que não grudam quando se
tocam
Característica Benefício
Alta adesão Menor possibilidade de formar bolhas ou
de descascar
Resistência a calcinação
Menor desbotamento, menor escurecimento
da superfície e baixa taxa de erosão
Resistência a mofo (bolor) e algas Impede o crescimento de fungos ou algas
Retenção de cores Manutenção da cor e a aparência
Resistência alcalina Resiste à deterioração em alvenaria fresca
Resistência a sujeira
Não aderência de partículas de sujeira em
suspensão no ar
17
com altos teores de pigmentos entre 45 e 75%, apresentam-se com uma proporção superior
à resina, o que resulta em uma pintura ou acabamento fosco, sem brilho.
As pinturas com acabamento acetinado ou com maio brilho apresentam-se, de um modo
geral, com teores de pigmento entre 28 e 385%
Uma outra forma de entender o teor de pigmento é analisando-se a quetão de quanta resina
será necessária para envolver o pigmento. As tintas, com baixos teores de pigmento, são
consideradas, portanto, com alto teor de resina, isto é, mais resina do que pigmento. Logo,
como já afirmamos acima obteremos uma pintura polida, com brilho.
7. Aplicação
7.1. Condições climáticas
Não muito frio
5° C é a temperatura mínima de aplicação para a maior parte das tintas à base de água ou de
solvente, seja em relação à superfície a ser pintada ou ao ambiente.
Temperaturas muito baixas
Dificultam as pinceladas e passadas de rolo
Prolongam o tempo de secagem, o que faz com que a tinta fique mais sujeita a adesão de
partículas de poeira do ar
Não muito quente
Temperaturas muito elevadas podem fazer com que a tinta seque rápido demais,
comprometendo a durabilidade da pintura. Evite pintar sob as seguintes condições,
especialmente se mais de uma estiver presente.
Temperatura do ar ou da superfície superior a 30° C
Luz do sol direta, principalmente ao usar cores escuras
Baixa umidade
Ventilação adequada
Ao usar tintas à base de solventes, cuide para que o local seja muito bem ventilado. Isso
evitará que forte odor do solvente, prejudicial à saúde das pessoas, permaneça no local por
muito tempo.
18
8. Substratos
8.1. Propriedades das superfícies
As propriedades das superfícies, que influem diretamente no comportamento das pinturas
são:
• Permeabilidade: É a propriedade que tem o substrato de permitir a passagem de
gases ou líquidos que poderão resultar em diversas combinações químicas.
• Porosidade: É a relação percentual entre o volume de espaços vazios e o volume
total. Esta relação influenciará substancialmente no grau de absorção dos compostos
líquidos pela tinta.
• Resistência a radiações energéticas: É a propriedade dos materiais de não
sofrerem deterioração ou decomposição quando expostos às radiações energéticas ,
especial as radiações provenientes do sol , como luz ultravioleta.
• Plasticidade / fragilidade: Plasticidade é a propriedade do material de sofrer
alteração de forma sob ação de forças externas e as manter mesmo após a retirada
destas forças, sem o aparecimento de fissuras.
Fragilidade é a propriedade segundo a qual o material se rompe,sob a ação de forças
externas , sem ter sofrido deformação
• Reatividade química:´a capacidade do material de combinar com agentes químicos
ambiantais.
Os materiais de alvenaria são via de regra porosos, absorvem e podem reter água,
desenvolver e abrigar fungos e possuem comportamento alcalino.
As madeiras são porosas, higroscópicas e sofrem decomposição superficial sob efeito dos
fungos e das radiações solares (raios infravermelho e ultravioleta). Por absorverem
umidade, sofrem alteração dimensional provocando empenamentos.
Os metais, basicamente as ligas ferrosas, são altamente sensíveis à corrosão quando em
contato com a umidade, o oxigênio e os elementos poluentes.
As especificações de pintura na construção civil devem ser feitas mediante pleno
conhecimento das condições ambientais e dos diversos tipos de substratos.
ALVENARIA MADEIRA METAIS
Porosidade alta alta nula
Permeabilidade alta alta nula
Retividade química média baixa
muito alta para
metais ferrosos
Resistência a radiações solares alta baixa alta
Caracterísitca básica peculiar alcalinidade higroscopia
sensibilidade à
corrosão
SUPERFÍCIES
PROPRIEDADES
Propriedade de superfícies
19
9. Especificação de sistemas de pintura
9.1. Classificação do ambiente segundo as diretrizes da Norma BS6150
9.2. Classificação do ambiente quanto à agressividade da atmosfera local
Regime anual de
chuvas
baixo Mais de 6 meses secos
elevado até 3 meses secos
Belém. Manaus, Rio
de janeiro, São Paulo
Porto alegre, Curitiba,
Florianópolis, Salvador
Classificação
Exemplo de
cidades brasileiras
médio de 4 a 5 meses secos
Belo Horizonte, Cuiabá
Goiania
Teresina, Fortaleza
Área industrial e marítima
Atmosfera
Área não industrial (rural e urbana)
Área semi-industrial
Baixa
Média
Elevada
Classificação
20
9.3. Sistemas de acabamento para substratos à base de cimento ou cal
Ambiente
externo
área afastada da orla marítima ( mais de 10km),
não industrial e com regime de chuva médio
área próxima à orla marítima,urbana ou
semi-industrial, com regime de chuva médio
Moderado área afastada da orla marítima,urbana ou semi-
industrial, com poluição artmosférica média,
mas afastada de fontes de poluição
área dentro da orla marítima( até 3km), não
industrial, com regime de chuva intenso
área dentro da orla marítima ( até 3km) e com
elevada poluição atmosféria
edifícios residenciais e comerciais
2Intenso
Muito intenso
Ambiente com possibilidade de condensação
de umidade, como cozinhas e
banheiros, ou com pouca necessidade
de limpeza de superfície
Grau de
agressividade
1
2
ou com necessidade de limpeza
freqüente das superfícies
Ambiente industrial e/ou com umidade e
condensação elevadas
1
área industrial, com poluição atmosférica elevada
Ambiente
Interno
Ambiente frequentemente submetido à
umidade e condensação elevada
Ambientes secos, bem ventilados, de
Fraco
Tipo de
ambiente
T B F B F B F A A S
Moderado
X
X
X
X X
X
X
X
X
-
- -
- -
- -
X
- -
-
-
-
- -
- -
- -
- -
- -
- -
-
-
-
-
--
-
-
-
X
R
R
R
R
R
R
-
R
RR
R
R
- -
X
R
R
R
R- - - - -
-
R R
RR - -
- - -R R R R
R R
R
R
R
RR
R R R R
R
R
R R
R
R
R R
-
X
R
R
R
R
Tipos de pinturas
Acrílica Vinílico Esmalte Silicone
Cal Cimento
ExternoInterno
Fraco
Moderado
intenso
2Intenso
Muito intenso
Grau de
1
2
agressividade
1
R
Fraco
R – Recomendável X – Recomendável até dois pavimentos T - Texturizado A- acetinado B – Brilhante
F -Fosco
21
9.4. Definindo o sistema de pintura
CARACTERÍSTICAS Óleo Acrílico
Borracha
Clorada Vinílica
Epóxi
poliamina
Epóxi
poliamida
Epóxi
betuminoso
Dureza Baixa Média Média Média Alta Alta Alta
Flexibilidade Alta Média Média Média édia Média alta Média alta
Resistência à abrasão Baixa Média Média alta Média alta Alta Alta Alta
Resistência a álcalis Baixa média alta Alta Alta Alta Alta Alta
Resistência à água Baixa média alta Alta Alta Alta Alta Alta
Resistência à temperatura até 90ºC até 100ºC até 70ºC até 65ºC até 120ºC até 130ºC até 120ºC
Preparação mínima da
superfície
Limpeza
mecânica sobre fundo Jato Sa2 Jato Sa 2
1/2
Jato Sa 2
1/2
Jato Sa 2
1/2
Jato Sa2
Resistência às intempéries Média Alta Média alta Média alta Média baixa Média baixa Média baixa
Resistência a solventes Baixa Baixa Baixa Baixa Alta Alta Média baixa
Espessura µm/demão 30/40 30/40 35/75 25/70 50/150 50/150 150/250
Ressitência a ácidos Baixa Média Alta Alta Média baixa Média baixa Alta
CARACTERÍSTICA DE DIVERSOS SISTEMAS DE PINTURA
CARACTERÍSTICAS
Alquídica
fenolada Poliuretano
Epóxi rico
em zinco
Silicat rico
em Zn Alquídica Silicone
Dureza Média Alta Alta Alta Média baixa Média alta
Flexibilidade Média alta Média alta Média Baixa Média alta Média
Resistência à abrasão Média Alta Alta Alta Média baixa Média baixa
Resistência a álcalis Média Alta Baixa Baixa Baixa Média alta
Resistência à água Alta Alta Alta Alta Baixa Alta
Resistência à temperatura até 120ºC até 120ºC até 250ºC até 400ºC até 105ºC até 600ºC
Preparação mínima da
superfície Sobre fundo sobre fundo Jato Sa 3 Jato Sa 3 Limpeza mecânica Jato Sa 2
Resistência às intempéries Alta Alta(*) Média alta Média alta Média alta Alta
Resistência a solventes Média baixa Alta Alta Alta Baixa Média baixa
Espessura µm/demão 30/40 30/80 70/80 75 30/40 20/25
Ressitência a ácidos Média alta Alta Baixa Baixa Média baixa Média
(*) Poliretano alifático
CARACTERÍSTICA DE DIVERSOS SISTEMAS DE PINTURA (B)
22
10. Ensaios de uniformidade dos lotes de tintas
TINTAS VERNIZES
TOLERÂNCIA DE
VARIAÇÃO
Material não volátil
(105º) ASTM D-2369 ASTM D-1644 ± 2%
Sólidos NBR - 8621 - ± 2%
Pigmentos NBR - 9944 - ± 2%
Dióxido de titãnio ASTM D-4563 - ± 2%
Espectroscopia de
infravermelho ASTM D-2621 ASTM D-2621
Devem apresentar
espectrogramas de
mesmas
características
Massa específica NBR-5829 NBR-5829 ± 0,1%
Viscosidade ASTM D-562 ASTM D-562 ± 5%
MÉTODOS
DETERMINAÇÕES
23
11. Ensaios de desempenho
ESMALTE
SINTÉTICO
LISO TEXTURIZADO ÓLEO
1 Proj. ABNT 2.02.29-012 I.E I.E I.E - - Tolerância de variação em
2 Proj. ABNT 2.02.29-18 I.E I.E - - I.E relação ao valor indicado
3 Proj. ABNT 2.02.29-17 I.E I.E - - I.E pelo fabricante
4 Resistência à água ASTM d870 - ASTM D 1647 I.E I.E I.E I(*) - Não deve apresentar alterações
5 Resistência a Alcalis ASTM D 1647 I.E I.E I.E I(*) - visíveis a olho nu nem
Resistência a Agentes Químicos deterioração da pelicula
de uso doméstico
7 Resistência à eflorecência Proj. ABNT 2.02.29-005 I.E I.E - I.E I.E
não deve apresentar falha na
pelícla após 3000 ciclos de
ensaio
Resistência ao desenvolvimento Proj. ABNT 2.02.29-011 ou Baixa frequência de
de fungos ASTM D 3273 empolamento
10 Resistência ao Empolamento ASTM D 2366 - - E E** - classificação 38
Fita adesiva ASTM D 3359 I.E - I.E - -
tensão de arrancamento
1,on/mm2
arrancamento ABNT D 2.02.29-008 - I.E - - -
Não deve apresentar
bolhas,fissuração
12
Resistência à
variação de umidade
3ciclos ASTM D 3469 - - I** I** -
alteração de cor, ou
descolamento de película
Weather-o-
metas(1000h) ASTM G-26 E E E E E
C.V.U.B.
(500h) ASTM G-53 E E E E E
14 Envelhecimento Natural ( 1 ano) Proj. ABNT 2.02.23-014 E E E E E
15 Ensaio de Névoa Salina (200h) *** ASTM B-117 - - E - - Baixo grau de ferrugem
* apenas para substratos à base de cimento
** apenas em sustratos de madeira
*** apenas indicado para substratos metálicos, em ambiente marítimo ou salino
I - Interno
E - Externo
-I.E I.E I.E I.E
IProj. ABNT 2.02.29-006Resistência a lavabilidade8 --II
ASTM D 1308 I I I
Poder de cobertura
absorção de água
Aderência
Envelhecimento
acelerado
evaporação de água
13
6
9
11
VERNIZ SILICONE EXIGÊNCIAS
I -
Ensaio
n.º MÉTODOS
TINTAS LATEX
PROPRIEDADES
24
12. Conhecendo a qualidade de sua tinta
Os testes mais representativos são os de: lavabilidade, cobertura úmida, cobertura seca e
porosidade.
Para fazer o teste são necessários:
• cartela de extensão - cartão de papel branco com uma tarja preta, justamente para melhor
observar o poder de cobertura da tinta.
• extensor - peça de metal de espessura constante para puxar a tinta sobre a cartela.
Pode-se fazer o teste de uma ou mais tintas colocando-se uma pequena quantidade de
produto sobre a cartela e puxá-las ao mesmo tempo com o extensor.
25
A tinta de melhor cobertura pode ser observada a olho nu, principalmente sobre a tarja
preta.
Uma vez que a tinta tenha secado, pode-se fazer o teste de porosidade, deixando cair sobre
a cartela uma corrente de água com o uso de um conta-gotas, por exemplo. As tintas de
baixa qualidade têm maior porosidade e conseqüentemente absorvem mais água, fazendo
com que a cobertura diminua e deixando transparecer o substrato, independentemente de
ser papel, tijolo ou argamassa. A porosidade da tinta pode ser melhor observada com a
utilização de uma lupa. Os produtos de alta qualidade são menos porosos.
O teste de lavabilidade pode ser realizado friccionando um pedaço de gaze cirúrgica úmida
sobre as tintas aplicadas na cartela de extensão. No exemplo, a tinta A só resistiu a três
ciclos de fricção; a tinta B resistiu a 23 ciclos, e a tinta C não se desgastou da cartela
durante o teste. Segundo o engenheiro Flávio, as tintas de alta qualidade resistem a 500
fricções ou mais, sem desgaste. Por resistirem a poucos ciclos, as tintas A e B são
consideradas de baixa qualidade.
26
13. Patologias
FATORES
DEGRADAÇÃO
Influência
do
• Ataque químico
• Pré-tratamento
• Aplicação
• Elétrico
• Efeitos térmicos
Influência do
meio ambiente
• Temperaturas e
variações
• Tempo
• Radiações
• Gases
• Ação mecânica
• Ataque biológico
• Imersão
o Efeitos cíclicos
o Concentração
o PH
Superfície
• Abrasão
• Pulverulência
• Fissuramento
• Mudança de cor
• Enfraquecimento
o Térmico
o Químico
Interface
pintura-
• Película
soltando
• Impacto
• Bolhas
ATRAVÉS DO
FILME
• Fissuramento
• Flexibilidade
• Distenção ou
deformação por
tração
• Fissuras em V no
filme
• Enfrequecimento
o Térmico
o Químico
RELAÇÃO ENTRE FATORES ENVOLVIDOS NA
DEGRADAÇÃO DE UM FILME
27
Descrição, causas e soluções
13.1. Adesão de duas superfícies
Adesão de duas superfícies quando pressionadas umas sobre as outras. Exemplo: a porta
gruda no batente.
Possíveis Causas
• Não aguardar portas e janelas secarem totalmente antes de fechá-las.
• Uso de tintas alto ou semibrilho de baixa qualidade.
Soluções
• Usar tintas alto ou semibrilho acrílicas de alta qualidade. As tintas de qualidade inferior
possuem pouca resistência ao problema, principalmente sob condições de calor e vapor. As
tintas acrílicas são mais resistentes à esse problema que as tintas vinílica, base óleo ou
alquídica. Esta última, desenvolve sua resistência à adesão com o passar do tempo.
• Siga sempre o tempo de secagem recomendado pelo fabricante.
• A aplicação de talco pode atenuar o problema.
28
13.2. Baixa adesão a metais galvanizados
A tinta não adere à superfícies de metal galvanizado.
Possíveis Causas
• Incorreta preparação da superfície, por exemplo remoção insuficiente da ferrugem.
• Falha na aplicação do selador antes de aplicação de tinta base óleo ou látex vinílico.
• Não lixar corretamente superfícies de acabamento esmaltado ou brilhoso antes da pintura.
Soluções
• Todo e qualquer ponto de ferrugem deve ser eliminado com auxílio de uma escova de aço
e em seguida aplique sobre o substrato um selador resistente à corrosão (uma demão é,
geralmente, suficiente).
• Ao pintar pela primeira vez ou repintar uma superfície galvanizada que não apresente
pontos de ferrugem, pode-se utilizar um látex acrílico sem aplicação prévia de selador. No
caso de usar tintas base óleo ou látex vinílico em superfície bruta, a aplicação de um
selador se torna fundamental.
29
13.3. Baixa resistência a alcalinidade
Perda de cor e deterioração do filme se aplicado sobre alvenaria recém-construída.
Possíveis Causas
• Tinta base óleo ou vinil acrílico aplicada sobre alvenaria recém-construída, que não tenha
sido curada por um ano. Construções novas, geralmente contém cal que é muito alcalino.
• A alcalinidade da construção permanece tão alta a ponto de afetar a integridade do filme
formado sobre a superfície.
Soluções
• O ideal é deixar a superfície sem pintura por até um ano, para que o concreto seque bem.
Se não for possível, espere pelo menos 30 dias. Antes iniciar a pintura, aplique sobre o
substrato um selador resistente à alcalinidade.
• Prefira tintas 100% acrílicas, porque são mais resistentes a esse problema.
30
13.4. Baixa resistência às manchas
A tinta não apresenta resistência contra ao acúmulo de sujeiras e manchas.
Possíveis Causas
• Uso de tinta de baixa qualidade que seja muito porosa.
• Aplicação de tinta em uma superfície que não tenha sido selada.
Soluções
• Tintas base água de alta qualidade contêm mais emulsão, ingrediente que ajuda a evitar
com que as manchas penetrem na superfície pintada. Com isso, a sujeira pode ser removida
com facilidade.
• Superfícies novas, que tenham sido seladas, proporcionam formação do filme em uma
espessura correta, oferecendo fácil remoção de manchas.
31
13.5. Baixa resistência ao atrito
Remoção parcial ou total do filme, quando esfregado.
Possíveis Causas
• Escolha do tipo de brilho incorreto para o ambiente.
• Uso de uma tinta de baixa qualidade.
• Limpar o local com um material muito abrasivo.
• Limpar a superfície sem que a tinta esteja totalmente seca.
Soluções
• Áreas que necessitam de freqüente limpeza ou que estejam expostas a grande tráfego
requerem um tipo de tinta que ofereça grande resistência. Nesses casos é aconselhável o
uso de tintas alto ou semi brilho ao invés de tintas foscas.
• Quando for limpar a superfície utilize um material não abrasivo e um detergente bem
suave.
32
13.6. Baixa retenção de brilho
Deterioração da tinta, resultando em excessiva ou rápida perda de brilho.
Possíveis Causas
• Uso externo de tinta indicada para superfícies internas.
• Uso de tinta de baixa qualidade.
• Uso de tinta alto brilho base óleo ou alquídica em locais que recebem direta luz do sol.
• A incidência luz do Sol diretamente sobre a superfície pode comprometer a emulsão e os
pigmentos da tinta, provocando a calcinação e perda de brilho.
Soluções
• Com o passar do tempo, toda tinta perde um pouco do seu brilho inicial, porém as de
baixa qualidade o processo se dá mais rapidamente.
• Emulsões usadas em tintas acrílicas são mais resistentes aos raios UV, enquanto as
presentes em tintas base óleo e alquídicas absorvem a radiação, causando seu
comprometimento.
• A preparação da superfície deve ser a mesma de locais que apresentam sinais de
calcinação (ver Calcinação).
33
13.7. Baixa uniformidade de brilho
Brilho desigual da pintura que apresenta manchas brilhantes ou foscas sobre a superfície
pintada.
Possíveis Causas
• Desigual taxa de espalhamento durante a pintura.
• Falha na selagem de uma superfície porosa ou superfície que apresenta vários graus de
porosidade.
• Aplicação da tinta de maneira errada.
Solução
• Substratos novos devem ser selados antes da aplicação da tinta, assegurando uma
uniformidade de porosidade na superfície. Se a superfície não for selada, uma segunda
demão de tinta é indicada.
34
13.8. Baixo poder de cobertura
A superfície, mesmo pintada, não encobre totalmente a camada subjacente.
Possíveis Causas
• Uso de uma tinta de baixa qualidade.
• Uso de pincel ou rolo de baixa qualidade.
• Uso de uma combinação imprópria de base de tingimento e cor de tingimento.
• Pobre alastramento e nivelamento da tinta (ver Alastramento e Nivelamento).
• Uso de uma tinta muito mais clara que o substrato ou que contenha pigmentos orgânicos
de baixo poder de cobertura.
• Aplicação de tinta com taxa de espalhamento maior que o recomendado.
Soluções
• Use sempre tintas de alta qualidade, pois proporcionam um melhor escoamento e poder de
cobertura.
• Use rolos ou pincéis de boa qualidade. Quando optar por rolo, verifique se é o tipo
indicado para a pintura.
• Se o substrato for muito escuro ou estiver com papel de parede, utilize um selador antes
da aplicação da tinta.
• Se optar por uma tinta tingida, utilize a base correta.
• Quando a utilização de pigmentos orgânicos de baixo poder de cobertura for necessária,
aplique um selador antes da pintura.
• Siga as recomendações do fabricante quanto a taxa de espalhamento.
35
13.9. Bolhas
Esse problema, geralmente é resultante de perda localizada de adesão e levantamento do
filme da superfície.
Possíveis Causas
• Aplicação de tinta base óleo ou alquídica sobre uma superfície úmida ou molhada.
• Umidade infiltrando através de paredes externas (menos provável com tintas base água).
• Superfície pintada exposta à umidade, logo após a secagem, principalmente se houve
inadequada preparação da superfície.
Soluções
• Se nem todas as bolhas baixaram remova-as, raspando e lixando as regiões
comprometidas e repinte com tinta acrílica, indicada para interiores.
• Se todas as bolhas baixaram elimine a fonte de umidade, raspe e lixe o local e aplique um
selador antes de aplicar a tinta.
• Considere a possibilidade de instalar, um exaustor no ambiente.
36
13.10. Bolor
Esse problema é caracterizado pela existência de manchas ou pontos pretos, acinzentados
ou amarronzados sobre a superfície.
Possíveis Causas
• Aparece, geralmente, em áreas úmidas ou que recebem pouca ou nenhuma luz do sol,
como banheiros, cozinhas ou lavanderias.
• Uso de uma tinta alquídica ou base óleo, ou de uma tinta base água de baixa qualidade.
• Inadequada selagem de uma superfície de madeira, antes da aplicação da tinta.
• Pintura sobre substrato ou camada de tinta na qual o bolor não tenha sido removido.
Soluções
• Certifique-se de que o problema seja mesmo bolor, fazendo o seguinte teste: Pingue
algumas gotas de alvejante doméstico sobre as manchas, se elas clarearem certamente trata-
se de bolor. Em seguida, remova todo o bolor do local com a seguinte solução: 1 parte de
alvejante para 3 de água, protegendo mãos e olhos.
• Pinte a superfície com uma tinta base água de alta qualidade e quando houver necessidade
de limpeza, faça-a com alvejante /detergente.
• A instalação de um exaustor em locais de intensa umidade é uma boa opção.
37
13.11. Calcinação
Formação de finas partículas, semelhantes a um pó esbranquiçado, sobre a superfície
pintada exposta ao tempo, causando o desbotamento da cor. Ainda que algum
desbotamento seja normal, devido ao desgaste natural, em excesso pode causar extrema
calcinação.
Possíveis Causas
• Uso de uma tinta de baixa qualidade, que contenha alta concentração de pigmentação.
• Uso externo de uma tinta indicada para superfícies internas.
Soluções
• Remova a tinta, usando uma escova de aço, todo e qualquer vestígio de calcinação,
enxaguando bem com uma mangueira ou com jatos d’água. Verifique se ainda há presença
de vestígios, passando a mão sobre a superficie já seca.
• Caso o problema persista, aplique um selador base óleo ou látex acrílico e repinte com
uma tinta de alta qualidade, indicada para superfícies externas.
• Se a superfície estiver isenta ou apresentar mínimo sinal de calcinação e a tinta antiga
estiver em boas condições não é necessário utilizar um selador.
38
13.12. Crateras/espumação
Crateras surgem do rompimento de bolhas causadas pela espumação.
Possíveis Causas
• Agitação da lata de tinta parcialmente cheia.
• Uso de uma tinta de baixa qualidade, ou, muito velha.
• Aplicação muito rápida da tinta, especialmente com rolo.
• Uso de rolo com comprimento de pêlo não adequado.
• Passar muitas vezes o rolo ou o pincel sobre o mesmo lugar.
• Aplicação de tinta alto ou semi brilho sobre uma superfície porosa.
Soluções
• Todas as tintas espumam durante a aplicação, entretanto, tintas de alta qualidade são
formuladas para que as bolhas se rompam enquanto a tinta ainda esteja úmida,
proporcionando perfeito fluxo e aparência.
• Evite passar o rolo ou o pincel várias vezes sobre um mesmo local.
• Evite usar uma tinta que tenha sido fabricada há mais de um ano.
• Ao pintar uma superfície com tintas alto ou semi brilho, use sempre um rolo de pêlo curto.
• Antes de pintar uma superfície porosa, aplique um selador.
• Prepare adequadamente a superfície antes de aplicar a tinta.
39
13.13. Desbotamento
Prematuro ou excessivo clareamento da cor original da tinta. Ocorre, geralmente, em
superfícies expostas constantemente à luz do sol. Esse problema pode ser um resultado de
calcinação.
Possíveis Causas
• Uso externo de tinta indicada para superfícies internas.
• Uso de tinta de baixa qualidade, culminando em rápida deterioração do filme.
• Uso de determinadas cores de tinta mais suscetíveis aos raios UV (como tons de
vermelho, azul e amarelo).
• Tingimento de tinta branca não indicada para o processo ou dosagem excessiva de uma
base clara ou média.
Solução
• Quando o problema for decorrente de calcinação, remova todo e qualquer vestígio (ver
Calcinação). Para a repintura, escolha tintas e cores recomendadas pelo fabricante para uso
externo.
40
13.14. Descamação
Ruptura na pintura causada pelo desgaste natural do tempo, levando ao total
comprometimento da superfície. No estado inicial o problema se apresenta como uma fina
fissura e em seguida, num estágio mais avançado, começam a ocorrer as descamações da
tinta.
Possíveis Causas
• Uso de tinta de baixa qualidade, que oferece pouca adesão e flexibilidade.
• Diluição exagerada da tinta.
• Inadequada preparação da superfície, ou aplicação de tinta sobre madeira bruta sem
selador.
• Excessiva fragilização de tinta alquídica envelhecida.
Solução
• Remova todos os fragmentos de tinta com uma raspadeira ou escova de aço e lixe a
superfície. Se as rupturas ocorrerem também nas camadas mais profundas, o uso de uma
massa corrida pode ser necessário. Em superfícies de madeira bruta use selador antes da
repintura.
41
13.15. Eflorescência/manchas
Aspereza e depósito de sais brancos que provocam manchas na superfície.
Possíveis Causas
• Falta de uma adequada preparação da superfície, como total remoção de sinais de
eflorescência anteriores.
• Excesso de umidade passando para a superfície.
• Eflorescências também pode ser decorrente do vapor, principalmente em cozinhas,
banheiros e áreas de serviço.
Soluções
• Se a causa do problema for umidade, elimine- a totalmente. Vede quaisquer fissuras na
superfície com um selante acrílico base d´água ou um acrílico siliconizado.
• Seja a causa umidade ou vapor, remova as manchas com uma escova de aço ou com
auxílio de uma lavadora de alta pressão e enxágüe bem. Aplique um selador para alvenaria
base d´água ou solvente de alta qualidade e, só então aplique a tinta.
• Uma boa opção para evitar que o problema ocorra em áreas suscetíveis a vapor é a
instalação de ventiladores ou exaustores.
42
13.16. Encardimento da superfície
Acúmulo de sujeira, poeira e outros fragmentos sobre a superfície pintada. O problema
pode ser confundido com bolor
Possíveis Causas
• Uso de tintas de baixa qualidade, especialmente acetinada ou semi-brilho de baixa
qualidade.
• Agressores externos, como poluição, aceleram o encardimento da superfície.
Soluções
• Em virtude da semelhança do problema com bolor faça o seguinte teste: pingue algumas
gotas de alvejante doméstico sobre o local, se as manchas desaparecerem é bolor. Nesse
caso, siga as recomendações da seção Bolor. Se as manchas persistirem limpe a região
afetada com uma escova e detergente, enxaguando bem.
• Sujeiras mais acumuladas, portanto de difícil remoção, devem ser limpas com auxílio de
uma lavadora de alta pressão.
• Para evitar a ocorrência do problema, use produtos de alta qualidade. As tintas látex e alto
brilho são boas opções, por oferecerem maior resistência ao acúmulo de sujeira e à lavagem
da superfície.
43
13.17. Enrugamento
Formação de rugas e ondulações sobre a superfície ocorrem quando a tinta ainda está
úmida.
Possíveis Causas
• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa (mais provável com uso de tintas
alquídicas ou base óleo).
• Pintura realizada sob condições extremas de calor ou frio. Isso faz com que a camada
mais externa do filme seque mais rápido, enquanto que a camada de baixo ainda permaneça
úmida.
• Expor uma superfície, que não esteja totalmente seca, à muita umidade.
• Aplicação de uma camada de tinta, sem que, o selador esteja totalmente seco.
• Pintura sobre superfície suja ou engordurada.
Soluções
• Raspe ou lixe a superfície para remover a camada enrugada. Antes de aplicar um selador,
certifique-se de que a superfície esteja totalmente seca. Repinte o local, evitando fazê-lo
sob condições extremas de temperatura e umidade.
• Utilize uma tinta para Interior de alta qualidade.
44
13.18. Escorrimento de calcinação
O escorrimento da calcinação é proveniente da excessiva erosão/desgaste de tinta antiga
existente sobre o substrato, comprometendo a sua aparência.
Possíveis Causas
• Uso de tinta de baixa qualidade que contenha alta concentração de pigmentação.
• Uso externo de tinta indicada para superfícies internas.
Soluções
• Remova totalmente os resíduos de calcinação (ver Calcinação). Limpe bem as áreas
manchadas, esfregando detergente sobre elas, com o auxílio de uma brocha. Em seguida,
enxágüe bem. Em casos de manchas mais resistentes, substitua o detergente por um produto
ácido.
• Caso ocorra clareamento de cor nos locais que foram limpos, aplique uma tinta base água
de alta qualidade.
45
13.19. Escorrimento de tinta
Escorrimento de tinta, logo após ser aplicada, resulta em cobertura irregular da superfície.
Possíveis Causas
• Aplicação de uma camada muito espessa.
• Aplicação da tinta sob condições de frio ou umidade.
• Uso de uma tinta muito diluída.
• Usar pistola com o bico muito próximo à superfície que recebe a tinta.
Soluções
• Se a tinta ainda estiver úmida, passe o rolo novamente sobre o local a fim de uniformizar
a superfície.
• Se a tinta estiver seca, lixe a superfície e reaplique uma nova demão.
• Não dilua a tinta para fazê-la render mais.
• Evite realizar a pintura sob condições de frio e umidade.
• Lixe superfícies brilhantes, antes de pintá-las.
A tinta deve ser aplicada com taxa de espalhamento indicada pelo fabricante.
• Duas demãos de tinta, na taxa de espalhamento recomendada, são melhores do que uma
demão extremamente espessa.
• Ao pintar portas, convém, se possível, retirá-las e pintá-las na posição horizontal.
46
13.20. Ferrugem
Manchas marrom avermelhadas sobre a tinta.
Possíveis Causas
• Pregos de ferro não galvanizado tendem à enferrujar, causando comprometimento de toda
superfície.
• Pregos não galvanizados que não tenham sido colocados até o fim.
• Pregos galvanizados enferrujam após longa exposição ao tempo.
Soluções
• Ao pintar uma superfície que não apresente ferrugem, mas na qual há pregos não
galvanizados, primeiramente bata-os bem, de maneira que suas cabeça fiquem pouco
abaixo da superfície, vede-os usando um selante acrílico base água ou acrílico siliconizado
e aplique tinta apenas sobre eles, para depois pintar a superfície toda.
• A pintura de uma superfície que já esteja enferrujada requer além dos procedimentos
citados acima, limpeza do local e lixamento das "cabeças" dos pregos.
47
13.21. Incompatibilidade de tintas
Perda da adesão de uma tinta látex aplicada sobre outra camada de uma tinta alquídica ou
base óleo.
Possível Causa
• Uso de tinta base água sobre mais de três ou quatro camadas já existentes de tinta base
óleo ou alquídica envelhecidas faz com que as tintas velhas descolem do substrato.
Solução
• Repinte a superfície, usando tinta base óleo ou alquídica. Se optar por usar tinta látex,
remova totalmente a tinta existente e prepare a superfície; limpando, lixando e
impermeabilizando onde houver necessidade.
48
13.22. Mancha por migração de Tanino
Amarelecimento ou perda da cor escura da madeira, devido à migração do tanino através do
substrato, chegando até a superfície pintada. Geralmente ocorre em madeiras manchadas,
como sequóia, cedro e mogno.
Possíveis Causas
• Impermeabilização incorreta da superfície antes da pintura.
• Uso de um selador insuficientemente resistente à manchas.
• Excesso de umidade passando pela madeira. A água acaba conduzindo as manchas até a
superfície.
Solução
• Elimine a umidade, se existir (ver Eflorescência e Manchas). Após a superfície estar
completamente limpa, aplique um selador base óleo ou acrílico de alta qualidade. Em casos
extremos, uma segunda demão de selador pode ser aplicada após secagem total da primeira.
Para finalizar, aplique uma tinta de alta qualidade base água.
49
13.23. Manchas causadas pelo rolo
Marcas causadas pelo uso de um rolo inadequado.
Possíveis Causas
• Uso do tipo de rolo errado.
• Uso de uma tinta de baixa qualidade.
• Uso de um rolo de baixa qualidade.
• Uso incorreto das técnicas de pintura com rolo.
Soluções
• Use um rolo apropriado à superfície a ser pintada.
• Use um rolo de boa qualidade.
• Tintas de alta qualidade tendem a deslizar com maior facilidade, devido à alta
concentração de conteúdos sólidos e as propriedades de nivelamento que possui.
• Umedeça o rolo com água e tire o excesso antes de molhá-lo com tinta base água.
• Ao pintar uma parede, comece bem próximo ao teto e vá descendo. Procure pintar a
superfície por partes (seção de aproximadamente 1m2
), fazendo a forma de zigzag (M ou
W). Em seguida, preencha os espaços, sem tirar o rolo da superfície, em linhas paralelas e
uniformes.
50
13.24. Migração de sulfactantes
Concentração de ingredientes solúveis em água sobre superfície pintada com tinta base
água. Geralmente, aparece no teto de ambientes que possuem alta umidade ( banheiros e
cozinhas ). Pode se tornar evidente pela formação de manchas amareladas ou
amarronzadas, adquirindo, às vezes, aspecto brilhante, áspero e pegajoso.
Possível Causa
• Todas as tintas base água podem desenvolver esse problema se aplicadas em áreas
úmidas, como em banheiros, principalmente no teto.
Soluções
• Lave a área, que apresenta as manchas, com água e sabão e enxague bem. Só então
repinte-a. O problema pode ocorrer mais uma ou duas vezes até que os surfactantes sejam
totalmente removidos.
• Remova todas as manchas antes de repintar.
• Quando uma tinta for aplicada em banheiros, certifique-se que superfície pintada está seca
antes de utilizar o chuveiro.
51
13.25. Não uniformidade de cor
Efeito de cor não uniforme, pode aparecer quando uma superfície é pintada com rolo, e os
cantos são com pincel. Geralmente, os recortes pintados com pincel ficam mais escuros e,
às vezes, mais brilhantes.
Isso também pode ocorrer quando a aplicação da tinta nos recortes é feita com pistola.
Possíveis Causas
• Usualmente um efeito de diferença na cobertura. Pinturas feitas com pincel, geralmente,
resultam em menor taxa de espalhamento que o rolo, produzindo assim, um filme mais
espesso e conseqüentemente com maior cobertura.
• Adição de corantes em uma tinta imprópria para tingimento ou uso em quantidade
inadequada de corante.
Solução
• Certifique-se de que a taxa de espalhamento seja similar, tanto com uso de pincel ou de
rolo. Não faça os recortes com pincel em todo o ambiente antes da aplicação do rolo.
Trabalhe em pequenos espaços para manter uma borda úmida. Isso evitará, que ao iniciar a
pintura de um novo trecho, o anterior não esteja totalmente seco. Se usar tintas tingidas,
certifique-se de que tenha sido usada a combinação correta da base de corantes.
52
13.26. Pele de jacaré
A superfície da tinta apresenta uma série de pequenas rachaduras, semelhantes à pele de um
jacaré.
Possíveis Causas
• Aplicação de uma demão de tinta que apresenta formação de filme extremamente duro ou
rígido, como esmalte alquídico, sobre uma camada mais flexível, como a de um selador
base água.
• Aplicação de outra camada de tinta, sem que a inferior esteja totalmente seca.
• Influência de agentes externos, como oscilação de temperatura e constantes movimentos
de expansão e retração sofridos pelo substrato comprometem a elasticidade do filme,
principalmente se a tinta existente for base óleo.
Soluções
• Remova toda tinta velha existente na superfície rapando-a e lixando-a.
• Antes de aplicar a tinta, prepare a superfície com um selador base óleo ou água de alta
qualidade.
53
13.27. Pobre alastramento/nivelamento
Ao secar, a tinta apresenta marcas visíveis de rolo ou pincel.
Possíveis Causas
• Uso de tinta de baixa qualidade.
• "Retoque" em áreas parcialmente secas.
• Uso de tipo rolo ou pincel de baixa qualidade ou inadequados.
• Uso de tipo errado de rolo, ou de um pincel de baixa qualidade.
Soluções
• Use tintas base água de alta qualidade que, geralmente, são formuladas com ingredientes
que aumentam o poder de escoamento da tinta, evitando a ocorrência de marcas de pincel
ou de rolo sobre a superfície. Isso resulta em um acabamento liso e uniforme.
• Quando usar rolo, verifique se é o tipo indicado para a pintura.
• Se optar por uso do pincel,é importante escolher um de boa qualidade, pois um pincel
ruim pode causar insuficiente escoamento e nivelamento da tinta.
54
13.28. Polimento da tinta
Aumento do brilho e poder de reflexão da tinta, quando esfregada.
Possíveis Causas
• Uso de tintas foscas em locais de grande tráfego, onde é aconselhável usar tintas alto
brilho.
• O local recebe freqüente limpeza para a remoção de manchas.
• Móveis pressionados contra a parede.
• Uso de tintas de baixa qualidade, que oferecem pouca resistência a manchas e à limpeza
(ver baixa resistência a manchas).
Soluções
• Pinte áreas que sofrem desgaste constante e necessitam de limpeza diária, como portas,
janelas, rodapés e peitoril de janelas, com uma tinta base água de alta qualidade, pois esse
tipo de tinta oferece maior durabilidade e facilidade de limpeza.
• Em áreas de grande tráfego escolha uma tinta alto ou semi brilho ao invés de fosca.
• Para a limpeza de superfícies pintadas use um pano ou esponja macia e não abrasiva e
enxágüe bem.
55
13.29. Rachaduras na superfície
Rachaduras profundas e irregulares na superfície.
Possíveis Causas
• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa, geralmente, sobre superfície porosa.
• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa, a fim de melhorar o poder de cobertura
de um produto de baixa qualidade.
• Acúmulo de tinta nos cantos da superfície, durante a aplicação.
Soluções
• Remova a camada afetada, raspando e lixando a superfície. Em alguns casos, apenas o
lixamento é necessário. Em seguida, prepare a superfície e repinte-a com uma tinta base
água de alta qualidade. Esse tipo de tinta, geralmente, previne o reaparecimento do
problema, por ser mais flexível que as tintas alquídicas, base óleo e, mesmo, à base água de
baixa qualidade.
• Tintas de alta qualidade têm alta concentração de conteúdos sólidos, que reduzem a
tendência a rachaduras na superfície, facilitando a aplicação e proporcionando grande poder
de cobertura, o que evita a aplicação de demãos muito espessas.
56
13.30. Respingo
O rolo respinga tinta durante a aplicação.
Possíveis Causas
• Uso interno de uma tinta indicada para superfícies externas.
• Uso de uma tinta base água de baixa qualidade.
Soluções
• Tintas de boa qualidade são formuladas para minimizar os respingos.
• Rolos de boa qualidade, também reduzem o risco de respingos.
• Em alguns casos, pode-se usar uma tinta indicada para paredes, no teto, para a diminuição
de respingos.
• Excesso de tinta no rolo resultará em excessivo respingamento e desperdício de tinta.
• Procure pintar a superfície por partes (seções de aproximadamente 1m2
), fazendo a forma
de zigzag (M ou W). Em seguida, preencha os espaços, sem tirar o rolo da superfície, em
linhas paralelas e uniformes.
57
14. Estudo de caso
14.1. Patologias sobre rebocos e concretos
Introdução
Emboços, rebocos e concreto aparente caracterizam-se por sua alcalinidade, porosidade,
friabilidade e propensão a absorver e reter a umidade. Vamos analisar estas características .
Alcalinidade
A maioria dos revestimentos calcários e cimentícios são alcalinos por natureza. Esta
alcalinidade é usualmente, derivada da cal no revestimento ou propriamente do concreto
aparente pela hidratação do tricálcio .
As vezes o álcali é introduzido deliberadamente na forma de cal. Acrescentamos também
sais solúveis. Na presença da cal, o sal solúvel produz poderosos hidróxidos álcali
metálicos através da simples reação inorgânica.
Os hidróxidos álcali metálicos como os de sódio e potássio são bem mais agressivos que os
hidróxidos terra alcalinos (como a cal). São exatamente estes álcalis, a fonte de todos os
problemas entre os substratos e a pintura com resinas sensíveis aos álcalis.
Na presença de umidade, os álcalis atacam rapidamente os grupos éster da resina que
estrutura a película das tintas à base de óleo ou as alquídicas simples, quebrando a ligação
éster e formando o conhecido sabão. Este processo é conhecido como saponificação ou
hidrólise induzida por álcalis.
1 ( 3 CaO SiO2) + 5.5H2O 3 CaO 2SiO2 2.5H2O + Ca (OH)2
Silicato tricálcico Hidrato de silicato Hidróxido
de cálcio de cálcio
Ca (OH)2 + K2SO4 CaSO4 + 2KOH
Hidróxido Sulfato Sulfato Hidróxido
de cálcio de potássio de cálcio de potássio
58
O
C O CH + NaOH + H2O
O
C O CH
OH-
O
C O CH
OH-
O
C OH + O -
CH
O
C -
O Na OH CH
“Ligação” éster
na resina da
película da tinta
Hidróxido de
sódio
Água
Resina
Saponificada
(sabão)
Resíduo
hidroxiladoSaponificação do grupo ester
59
A umidade necessária para a reação é facilmente disponível no substrato formado devido ao
processo de hidratação do emboço ou concreto aplicados. À medida que a reação é
completada e substrato seca, o problema da alcalinidade diminui, muito embora formem
grande porosidade absorver grandes quantidades de chuva.
O grau de afetamento da película aplicada sobre o substrato alcalino dependerá de pH dessa
superfície, da composição da tinta (composição do tipo éster do polímero), da idade da
tinta, da persistência a este ciclo.
Os efeito variam, podendo ocorrer formação de escamas e desplacamento da película,
diretamente relacionados às tintas à base de ésteres aplicadas em rebocos ainda “verdes” ou
em processo de cura. Isto também acontece quando o reboco retem água, fazendo com que
fique pegajoso no contato com o dedo. O filme oleoso torna-se solúvel em água. Se secar
ficará quebradiço, fraturando a película, perda de adesão, perda do brilho e muito
comumente, uma descoloração um tanto parda. As tintas látex a base de acetato de vinil e
acrílicas oferecem grande resistência ao álcali.
Porosidade
Todas as superfícies a base de cimento portland são porosas., portanto são excessivamente
absorventes. Isto traz inúmeros problemas e algumas vantagens para a película de tinta..
As superfícies porosas dão mais base à película de tinta, permitindo melhor adesão
mecânica do que superfícies lisas e duras. No entanto, estas superfícies contaminam
facilmente quando qualquer líquido adentra nos poros.levando consigo sugidades e
substâncias químicas.
Quando pintadas com tintas viscosas ou de cura rápida, a película fecha os poros e as
bolhas de ar que na fase de cura no filme, são expulsas resultando em milhares de furinhos
na película de tinta.Esse problema é resolvido com o uso de primers de baixa viscosidade.
60
Friabilidade
Esta característica é muito comum em rebocos que não apresentam um processo de
hidratação adequado, ocorrendo com muita freqüência em materiais calcáreos. Caracteriza-
se pela ausência de coesão e adesão à real superfície do substrato. Nesta situação, torna-se
necessário reforçar tais superfícies aplicando primers do tipo penetrantes com baixa energia
superficial e reduzida viscosidade. As tinta látex a base d´água não devem ser aplicadas
pois possuem alta energia superficial e pelo tamanho de suas partículas. A remoção desta
camada friável é sempre uma boa opção, utilizando-se o ataque ácido com posterior
neutralização por hidrojateamento, lixamento ou jato de areia.
O que ocorre é que o filme adere na camada superficial e a área imediatamente abaixo
permanece sem coesão para agüentar qualquer tensionamento. O processo de ruína devido a
coesão lateral,no interior do substrato, se torna inevitável. A medida que e película desplaca
nota-se perfeitamente a fragilidade da camada imediatamente abaixo.. Não é um problema
causado pela tinta.
61
Eflorescência
Sais Inorgânicos Solúveis (SIS)- Os mais comumente encontrados são os sulfatos de sódio,
cálcio e magnésio.Após a construção a água dissolve estes sais fazendo com que a solução
escorra pelo substrato. Uma vez escorrendo pelo substrato, seca com facilidade, formando
um filme cristalino ou ficando depositado na superfície aquele material pulverulento
branco. Este fenômeno é chamado eflorescência.
Quando a superfície é pintada com tinta impermeável,os sais se depositam sob sua
película, causando trincas no filme com presença de eflorescência , conduzindo o filme à
ruína. Quando a película tem uma excelente poder de adesão,os sais vão se depositando nos
poros do substrato,imediatamente abaixo do filme,criando uma pressão cristalina que
desintegrará o sistema substrato/revestimento. Este fenômeno particular é conhecido como
criptoflorescência.
A única maneira correta de eliminarmos as eflorescências é preenchendo os locais por onde
a água tem acesso
62
63
14.2. Calcinação de pintura epóxi
A tinta epóxi possui uma excelente resistência, principalmente à abrasão, confirmado pelo
estado interno do corrimão das rampas, área com alto tráfego. O mesmo desempenho não se
aplica às intempéries. Fato também confirmado pelos guarda corpos expostos ao tempo.
1) Ponto de ferrugem localizado
2) Desgaste da superfície de tinta
3) Ponto em melhor estado por estar protegido da intempérie
pela planta
1) Pintura em melhor estado de
conservação por estar protegido da
intempérie pela planta
2) Ponto de ferrugem localizado
3) Superfície de pintura desgastada
Pintura interna em perfeito estado de conservação, apresentando excelente resistência a
abrasão, oleosidade e produtos químicos
Aumento gradual da Calcinação proporcional à exposição á
intempéries.
64
14.3. Pintura sobre superfície galvanizada
65
Bibliografia
o Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume1 , 2.º Edição 1995 Abrafati
o Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume2 , 2.º Edição 1995 Abrafati
o Uemmoto K.L , Projeto, Execução e Inspeção de Pinturas, 1.º Edição 2002 CTE
o Recuperar N.º 29 , 1999 Ed Thomastec
o Recuperar N.º 9 , 1996 Ed Thomastec
o Recuperar N.º 18 , 1997 Ed Thomastec
o Recuperar N.º 24 , 1998 Ed Thomastec
o Recuperar N.º 41 , 2001 Ed Thomastec
o Recuperar N.º 21 , 1998 Ed Thomastec
o Paint Quality Institute
66

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Principais Sistemas de Pinturas

  • 1. 1 Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Depto. de Engenharia de Materiais e Construção Principais Sistemas de Pinturas e suas Patologias Autor: Giulliano Polito Março 2006
  • 2. 2 1. Conceito Pintar significa proteger e embelezar. É necessário assegurar que as qualidades da tinta permanecerão firmes e aderidas ao substrato mantendo por um determinado tempo, as propriedades essenciais. Esta mesma preocupação deverá ser direcionada à preparação das superfícies a serem pintadas. Sem o que tudo estará comprometido. Por fim, dever-se-á exigir profissionais com qualidade, experiência e, porque não, equipamentos modernos. 2. A história da tinta A história do uso das cores e da pintura se confunde com a própria história da humanidade. O ser humano na pré-história, possuidor de limitados recursos verbais para transmitir suas experiências, viu-se obrigado a desenvolver alternativas que complementassem sua comunicação e que perpetuasse a informação. 2.1. A cor na pré-história Descobertas atuais demonstram que as gravuras encontradas em cavernas remetem ao último Período Glacial. Os nossos ancestrais perceberam que certos produtos, como o sangue por exemplo, uma vez espalhado nas rochas deixavam marcas que não desapareciam. Logo estes materiais começaram a ser utilizados para transmitir informações. Com a necessidade de aumentar a durabilidade das pinturas e diversificar as cores, as chamadas pinturas rupestres passaram a utilizar óxidos naturais, presumivelmente abundantes junto à superfície do solo naquele tempo, como os ocres e vermelhos. Para que fosse possível "pintar" era necessário um ligante que pudesse fixar os pigmentos à superfície conferindo alguma durabilidade. A solução foi misturá-los ao sebo ou seiva vegetal. Com o aprimoramento da competência artesanal, ainda no período glacial, começaram a surgir as primeiras ferramentas e equipamentos auxiliares para executar as pinturas, bem como para manufaturar as matérias-primas utilizadas na preparação das tintas. Depois disso, durante milhares de anos, pouco se acrescentou às descobertas iniciais. A história começa a registrar novidades quando várias civilizações surgem do longo período de maturação da mente humana. 2.2. Egito Durante o período de 8000 a 5800 a.C. surgiram, desenvolvidos pelos egípcios, os primeiros pigmentos sintéticos. Estes pigmentos eram derivados de compostos de cálcio, alumínio, silício e cobre, razão pela qual possuíam grande gama de azuis, como o até hoje utilizado Azul do Egito. Além do desenvolvimento de pigmentos baseados em materiais minerais também foram desenvolvidos os de origem orgânica.
  • 3. 3 Os produtos usados como ligantes incluíam goma arábica, albumina de ovo, cera de abelha entre outros. 2.3. Grécia e Roma Gregos e romanos utilizavam pigmentos como os egípcios, tendo desenvolvido grande variedade de pigmentos minerais, derivados de chumbo, zinco, ferro e orgânicos; derivados de ossos. Assim como no Egito, os bálsamos naturais eram utilizados como proteção para navios, revestindo os cascos. Neste período da história são relatados usos de ferramentas como espátulas e trinchas. 2.4. A pintura no Oriente Os orientais utilizavam diversos materiais orgânicos e minerais para suas pinturas. Os chineses e japoneses preparavam materiais para decoração de suas porcelanas, sendo que os indianos e persas faziam uso de trinchas e elementos de corte para executar a pintura. Ainda neste período os maiores desenvolvimentos se davam em função do uso decorativo da pintura, sem grande importância ao aspecto de conservação. 2.5. As Américas Os índios das Américas, especialmente no que hoje conhecemos como América do Norte, faziam uso de vários materiais de origem vegetal nas suas pinturas e em seus cosméticos, além dos minerais retirados de rios e lagos. Os nativos da América do Sul utilizavam penas de pássaros para a confecção de seus apetrechos de pintura. Neste período, algumas pinturas já possuíam boa durabilidade. 2.6. Idade Média Neste período surgem os primeiros registros da utilização de vernizes como proteção para superfícies. Estes materiais eram preparados a partir do cozimento de óleos naturais e adição de alguns ligantes. 2.7. O impulso da Revolução Industrial Assim como em outros setores industriais, foi durante o período da Revolução Industrial que a indústria de tintas e vernizes se desenvolveu com maior rapidez. O copal e o âmbar eram as resinas mais comumente utilizadas. As primeiras indústrias surgiram na Inglaterra, França, Alemanha e Áustria. As fórmulas eram tratadas sob sigilo absoluto, e tidas como uma informação de poucos privilegiados. 2.8. Novos desenvolvimentos
  • 4. 4 Durante o século XX, a indústria de tintas passou por grande evolução tecnológica, o que gerou o aparecimento de novos materiais, cada vez mais adequados ao usuário. Os desenvolvimentos também trouxeram produtos de maior resistência, garantindo longevidade às superfícies tratadas. 2.9. Início desta atividade industrial no Brasil A história da indústria de tintas brasileira teve início por volta do ano 1900, quando os pioneiros Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da Usina São Cristóvão, ambos imigrantes alemães, iniciaram suas atividades na nova pátria e lar. Sucessivamente outras empresas, atraídas pelo novo mercado potencial, começaram a se instalar em nosso País e desenvolver fortemente o setor. 3. Tipos Existem duas classificações básicas para tintas: • À base de óleo ou solventes • À base de água As denominações citadas espelham a principal diferença entre as duas categorias de tintas, denominada porção líquida, ou veículo da tinta. A porção líquida de uma tinta à base de óleo contém solventes como o mineral spirits. Nas tintas à base de látex. A porção líquida contém água. 3.1. As vantagens das tintas a base de solvente são: • Proporciona melhor cobertura na primeira demão • Adere melhor a superfícies que não estão muito limpas • Tempo de abertura maior (espaço de tempo em que a tinta pode ser aplicada com pincel antes de começar a secar) • Depois de seca apresenta maior resistência à aderência e a abrasão 3.2. As vantagens das tintas à base de água são: • Melhor flexibilidade em longo prazo • Maior resistência a rachaduras e lascas • Maior resistência ao amarelecimento, em ares prot4egidas da luz do sol • Exala menos cheiro • Pode ser limpa com água • Não é inflamável
  • 5. 5 3.3. Tintas à base de óleo As tintas à base de óleo têm boa cobertura (característica da tinta de cobrir ou mudar a superfície original) e adesão ao substrato aplicado. Por outro lado, em aplicações externas, algumas destas tintas tendem a oxidar, fazendo com que a película, com o passar do tempo torne-se quebradiça, ocorrendo diversas linhas de trincas e fissuras. Em aplicações internas, costuma ocorrer o amarelamento e, às vezes, pequenos desplacamentos da película. Estas tintas são mais difíceis de aplicação que as formuladas com látex, demorando de 8 a 24 horas para proceder a secagem da película aplicada. Não devem ser aplicadas sobre superfícies com características alcalinas e, mais especificamente, sobre aquelas que não se apresentem totalmente curadas. Também não devem ser aplicadas diretamente sobre superfícies metálicas galvanizadas. Em ambos os casos há esta contra indicação devido ao fato de que, desta forma, haverá a saponificação do filme. ÓLEO LÁTEX Durabilidade Adesão excelente. Oferecem elhor adesão que as de látex quando pintadas sobre superfícies padronizadas Adesão excelente em todo tipo de superfícies, oferecendo melhor elasticidade que as tintas à base de óleo Retenção de cor Não são melhores que as látex. A película pode se degradar em contato com o sol Grande resistência contra a deterioração da película, quando exposta à luz solar. Facilidade de aplicação São mais difíceis de aplicar, pois é Mais pesada. No entanto, com apenas uma demão, oferecem maior cobertra São mais fáceis de aplicar Resistência ao mofo Sendo formadas á base de óleos vegetais, fornecem nutrientes para o crescimento ou desenvolvimento do mofo. Oferecem poucas condições ao crescimento de colônias de mofo. O uso de fungicidas inibe o crescimento do mofo. Versabilidade Podem ser aplicadas na maioria das superfícies,menos em superfícies cujo aglomerante seja o cimento portland, como concreto, emboços e rebocos tradicionais. Dever-se-á aplicar um protetor penetrante para isolar a superfície. Não podem ser aplicadas diretamente sobre superfícies galvanizadas Podem ser aplicadas praticamente sobre todo tipo de superfície. Sugere-se usar primer antes Limpeza Só é possível com solventes derivados de petróleo, como xilol, toluol e etc. Lavam-se apenas com água Tempo de secagem de 8 a 24 horas 1 a 6 horas, permitindo repintura Tabela comparativa da performanceara avaliação de tintas de qualidade
  • 6. 6 3.4. Tintas base água As tintas base água dividem-se em acrílicas e copolímero de acetato de vinila (PVA). 3.4.1. Tintas à base de PVA As tintas à base de PVA oferecem mais qualidades para fins externos que as tintas à base de óleo, já que apresentam maior variedade de cores, retenção do brilho, melhor resistência a surgência de fissuras, à radiação UV e ao desenvolvimento de mofo. 3.4.2. Tintas à base de Acrílico As tintas de acrílico de fórmula pura oferece em relação ao látex maior resistência: • Ao amolecimento por gordura • Ao descascamento • À formação de bolhas • Ao crescimento de algas e fungos • À formação de manchas por água, mostarda, molho de tomate, café • Aos produtos de limpeza doméstica • Manutenção de cor • Adesão em condições úmidas A qualidade das tintas à base de látex para utilização externa, hoje, é inquestionável, Particularmente aquelas formuladas com resinas 100% acrílicas, já que seu filme mantém a flexibilidade por anos.
  • 7. 7 65% 8% 27% Tinta com brilho 65% 9% 26% Tinta semi-brilho 65% 12% 23% Tinta acetinada 65% 15% 20% Tinta fosca para interiores 65% 19% 16% Tinta fosca para interiores de baixa qualidade 75% 19% 6% Tinta fosca para interiores de baixa qualidade e preço PIGMENTO RESINA ÁGUA, ADITIVOS E CARGAS COMPOSIÇÃO TÍPICA DE UMA TINTA LÁTEX
  • 8. 8 4. Componentes Todas as tintas são compostas por quatro componentes básicos, que darão efeitos particulares em suas performances, desconsiderando o fato de serem à base de solvente ou água. Os componentes são: O pigmento, a resina, a porção líquida e os aditivos. Os três últimos formam o veículo da tinta. 4.1. Pigmento São materiais insolúveis, geralmente com grande finura, sendo sintéticos ou naturais, que dão cor e poder de cobertura à tinta. O dióxido de titânio, pigmento branco, é o mais empregado na formulação das tintas, é um dos ingredientes que melhora a qualidade da tinta, garantindo alto poder de cobertura, alvura, durabilidade, brilho e opacidade.. Os “extenders” ou “cargas” também são pigmentos, inertes como o carbonato de cálcio, silicatos de magnésio e de alumínio, sílica, etc., que são adicionados às tintas de modo a dar volume, sem acrescentar praticamente nada em seu custo. Os pigmentos podem ser divididos em Orgânicos e inorgânicos.Os inorgânicos são todos os pigmentos brancos e cargas e uma grande faixa de pigmentos coloridos, sintéticos ou naturais. Os orgânicos são substâncias corantes insolúveis e normalmente não tem características ou funções anticorrosivas. Uma dos aspectos mais importantes a se observar, é sua durabilidade ou propriedade de permanência sem alteração de cor. 4.1.1.Pigmentos inorgânicos 4.1.2.Pigmentos Orgânicos Cargas Pigmentos verdadeiros Dióxido de titânio Óxido de ferro Cromatos de chumbo Cromatos de zinco Verdes de cromo Azul de Prússia Óxido de zinco Oxido de cromo Negro fumo Pigmentos metálicos Fosfato de zinco Monoazóicos Vermelho toluidina Vermelho paraclorado Laranja de dinitroanilina
  • 9. 9 4.2. Resina É um material ligante ou aglomerante, normalmente um polímero, normalmente um polímero, não volátil, também chamado de “veículo sólido” que fixa, junta e faz aderir as partículas do pigmento, dando integridade à película de pintura. Propriedades da tinta como dureza, resistência à abrasão, resistência aos álcalis e adesão são governadas basicamente pela resina. Quando a pintura é aplicada e seca, seu poder de aderência à superfície deve-se à resina que , dependendo do tipo e quantidade adicionada à formulação da tinta será fundamental para dar resistência ou retenção de cor, brilho, flexibilidade ao filme e, finalmente, durabilidade. Deduz-se, portanto, que uma tinta com pouca ou nenhuma resina terá uma performance deficiente e, por fim uma durabilidade extremamente baixa. A caiação é uma tinta que , essencialmente, não contém resina. Propriedade Dureza Estabilidade Cores Custo Luz solar Ambientes Abrasão Atmosfera Álcalis Solventes ao calor relativo Úmidos ou ácida imersão Hidrocarbonetos 1 5 2 5 3 0 1 0 limitada 1,00 Nitrocelulósicas 2 1 2 2 2 1 1 0 todas 1,90 Borracha clorada 2 5 3 5 3 0 2 1 muitas 3,80 Borracha clorada/ 3 2/3 2 2/3 2 0 1 2 todas 2,80 alquídicas amarela Vinílica / 3 3 2 3 2 2 1 2 todas 3,90 alquídica amarela levemente PVC 3 5 3 5 3 2 2 3 todas 5,50 copolimerizado PVC 3 5 5 5 5 2 2 4 restrições 6,00 Vinil / acrílica 4 4 3 4 4 2 2 3 todas 5,20 Acrílica 5 3 3 3 4 2 2 3 todas 4,60 Epóxi poliamida 2 4/5 4 4 3 4 3 4/5 restrições 6,60 Epóxi poliamina 2 4/5 5 5 5 5 4 4/5 restrições 7,00 Poliuretano aromático 2 3 5 4 5 5 4 4/5 restrições 7,00 Poliuretano alifático 5 3 5 5 5 5 4 4/5 todas 10,40 Resistência a Legenda 5 = Excelente 4 = Muito bom 3 = Bom 2 = Regular 1= Insuficiente 0 = Não indicado
  • 10. 10 As tintas compostas de solventes podem ser formuladas com resinas sintéticas ou naturais. É interessante ressaltar que mais de 90% das tintas a base de solvente usam resinas alquídicas (reação de álcools polihidricos, como os glicols e a glicerina, adicionando-se ácidos orgânicos como o maleic e o sebaic) como aglomerante. Este aglomerante, explicando de outra maneira, é composto por resinas modificadas com óleos vegetais, como o de linhaça e de tungue que secam rapidamente e formam uma película dura, diferentemente dos óleos vegetais e resinas sintéticas. Estas tintas não devem ser aplicadas diretamente sobre paredes ou superfícies alcalinas, a não ser que se aplique um isolante resistente aos álcalis. De outra forma, ocorrerá a saponificação do veículo. Nas tintas à base d´água, a resina é essencialmente sintética, sendo que a acrílica ( ou 100% acrílica) e a vinil acrílica( também chamada acetato de polivinil ou PVA) são mais comuns. Já é de conhecimento geral que as tintas formadas com 100% de resina acrílica promovem melhor adesão à superfície e dão maior durabilidade que as tintas vinil acrílicas, particularmente em superfícies alcalinas ( existem tiras de papel e lápis que medem o PH da superfície) 4.3. Porção líquida ou volátil ( solvente) Com diferentes funções, dependendo do tipo da tinta, mantém os pigmentos e as resinas dispersas ou dissolvidas em um estado fluido ou com baixa viscosidade, tornando a tinta fácil de aplicar. Após a aplicação da tinta, a porção líquida evapora totalmente e deixa atrás uma película de pigmentos estruturada com a resina. Normalmente não reagem com os constituintes da tinta. A porção volátil mais freqüente nas tintas à base de óleo são: a trupentina (solvente destilado do pinheiro) e os derivados do petróleo como xilol, toluol, etc., que dissolvem a resina. São os produtos que tem a capacidade de dissolver outros materiais sem alterar suas propriedades químicas. O resultado dessa interação é denominado solubilização. Os solventes são, via de regra, voláteis e na sua maioria inflamáveis. Eles estão presentes nas tintas com duas finalidades. • Solubilizar a resina • Conferir viscosidade adequada à aplicação A solubilização da resina é necessária para que haja um melhor contato da tinta com o substrato, favorecendo a aderência. A utilização de solventes inadequados, que não tenham poder de solvência sobre a resina, pode causar problemas nas tintas, como a coagulação ou precipitação da resina, perda de brilho, diminuição da resistência à água. Normalmente, são utilizados composições de solventes com diferentes pontos de ebulição, de maneira que os solventes “ mais leves” formam a película logo após a aplicação, evitando o escorrimento, e os “ mais pesados” possibilitam a correção de imperfeições como marcas de pincel e crateras.
  • 11. 11 Características gerais: • Incolores • Voláteis, sem formação de resíduos • Quimicamente estáveis, não se alterando no armazenamento • Neutros (não devem reagir com os demais componentes da tinta) • Inodoros ou de odor fraco ou agradável • Estáveis, com propriedades físicas constantes. Os solventes mais amplamente utilizados são : • Hidrocarbonetos alifáticos (poder de solvência e volatilidade baixo devido seu alto peso molecular) e aromáticos (forte poder de solvência e odor. São eles: benzeno, tolueno, etc.). São muito utilizados devido ao seu custo relativamente baixo e indicação para a maioria das resinas. • Oxigenados: Caracterizado genericamente por ser hidrosolúveis. São eles: Álcoois, ésteres, cetonas e os glicóis. Limites de tolerância. A água é o único solvente absolutamente sem perigo como, porém, muitas substâncias não se dissolvem na água, houve na segunda guerra um extraordinário desenvolvimento do uso de solventes orgânicos. Entre eles alguns são poucos nocivos, como o etanol e a acetona. Outros como o benzeno, o dissulfeto de carbono e o sulfato de dimetila, são extremamente perigosos. Em função do perigo potencial que eles representam os higienistas fixaram limites de tolerância diária, os quais não devem ser ultrapassados em locais de trabalho. Estes limites estão definidos nas NRs. Nas tintas à base de látex, a porção líquida principal é a água, que não dissolve a resina, mantendo-a apenas dispersada, funcionando como um diluente. Além da água, nas tintas à base de látex, são usados outros solventes coalescentes que aderem à resina, amolecendo-a, fazendo com que a tinta sofra uma secagem mais rápida. 4.4. Aditivo Combinam-se aos componentes primários, de modo a incrementar a performance da tinta. Os aditivos variam, de preservativos (que impedem que a tinta estrague ao ser estocada na prateleira) aos fungicidas (que evitam o crescimento de colônias de mofo na superfície da película aplicada). As sílicas garantem a homogeneidade do revestimento, evitando o surgimento de fissuras e outros tipos de deformação, seus principais benefícios são: alto poder de fosqueamento, alta porosidade, consistência, fácil dispersão e qualidade de filme, proporcionando excelente resistência a riscos e manchas. O glicol também entra na composição das tintas com a função de impedir que, após a aplicação o filme seque rapidamente.
  • 12. 12 Os modificadores reológicos são uma outra linha de aditivos usado nas tintas à base de látex, coma função de melhorar suas propriedades de aplicação e a aparência do produto final, fazendo com que o sistema tenha boa fluidez ou espalhamento, interferindo eficazmente na cobertura da pintura e, principalmente, em sua durabilidade. Quanto ao mecanismo de atuação, os aditivos dividem-se em: • Aditivos de cinética o Secantes o Catalisadores o Antipeles • Aditivos de Reologia o Espessantes o Niveladores o Antiescorrimento • Aditivos de processo o Surfactantes • Aditivos de preservação o Biocidas o Estabilizantes de ultravioleta 5. Qualidade Ao variar a quantidade e o tipo de resina, pigmento, porção, líquida e aditivos, podem criar uma vasta variedade de tintas. O teor de sólidos, o conteúdo de pigmentos e a qualidade de óxido de titânio são os três indicadores da qualidade de uma tinta. Quanto maior a porcentagem de sólidos em volume, não em peso, na tinta; maior espessura da película, considerando-se uma determinada taxa de espalhamento. Esta vantagem, simplesmente traduz-se em uma melhor cobertura e, obviamente, em uma verdadeira proteção da superfície, significando, no fim das contas, durabilidade. Por exemplo, as tintas comuns à base de látex apresentam-se com cerca de 15 a 20% de sólidos em volume e 80 a 85% de água. As boas tintas ou de qualidade, normalmente apresentam cerca de 35 a 35% de sólidos e, conseqüentemente, 55 a 65% de água. Se pintarmos com uma tinta de qualidade e uma tinta comum, em igualdade de condições, uma mesma espessura de filme molhado (recém pintado), após a secagem obteremos uma película mais espessa, que dará mais proteção e durabilidade. De fato, com uma tinta de 40% de sólidos em volume após a secagem da pintura, obteremos uma película seca (EPS) três vezes mais espessa do que com a tinta 30% de sólidos.
  • 13. 13 Líquidos E Aditivos Resina e Pigmentos Líquidos E Aditivos Resina e Pigmentos Espessura do filme antes da secagem Espessura do filme após da secagem Alta Qualidade TINTA LATEX Baixa Qualidade
  • 14. 14 6. Características que uma boa tinta deve ter Variáveis da formação Mudança Benefícios Teor de sólidos Espessura do filme seco Cobertura e durabilidade Pigmento: proporção com a resina Porosidade e integridade do filme Retenção da tinta, resistência à desintegração ( perda de pigmento, etc) e à formação de trincas Fungicida Modificação Reológica Viscosidade, fluidez estruturação do filme Cobertura, aparência e durabilidade Tipo de resina Adesão, resist6encia à chuva, flexibilidade, resistência aos álcalis e à radiação UV. Nível de TIO2 Opacidade Cobertura Seleção de Carga Durabilidade Tinta com alta resistência à desintegração ( perda de pigmento, etc.) Variáveis para formulação de tintas de qualidade TINTA À ÓLEO TINTA LÁTEX Pigmentos para dar cobertura e cor TiO2, cores orgânicas, cores inorgânicas, cargas. TiO2, cores orgânicas, cores inorgânicas, cargas. Líquidos para uma consistência adequada solvente água Resinas para promoveradesão e estruturação do filme Óleo de linhaça, óleo de tungue ou alquídico 100% acrílico ou vinil/acrílico ou terpolímero vinílico Diferença de componentes
  • 15. 15 6.1. Componentes As tintas são compostas por quatro categorias de componentes: pigmentos, ligantes, líquidos e aditivos.Como uma regra geral, quanto maior a quantidade de pigmento e ligante, melhor será a qualidade da tinta. • Pigmentos: responsáveis pela cor e poder de cobertura. • Ligantes: dão "liga" aos pigmentos e proporcionam integridade e adesão ao filme. • Líquidos: também conhecidos como veículo, proporcionam a consistência desejada. • Aditivos: proporcionam à tinta propriedades específicas. 6.2. Características de aplicação As principais características de aplicação são: Característica Benefício Excelente alastramento e nivelamento Suavidade da aplicação e boa aparência Capacidade superior de cobertura Aparência, rapidez de aplicação, necessidade de menos demãos Não respinga quando aplicada com rolo Facilidade de limpeza e rapidez no trabalho
  • 16. 16 6.3. Características de resistência e durabilidade As características de resistência estão intimamente relacionadas com a qualidade da tinta. Tintas para Interiores Tintas para Exteriores 6.4. Teor de pigmentos A proporção de pigmentos, volumetricamente falando, referida ao volume total de sólidos de resina e pigmentos de uma tinta é chamada de teor de pigmentos, e é expressa em porcentagem. Teores de pigmentos entre 10 e 2% representam uma proporção baixa na relação pigmento/resina, significando, certamente, uma tinta com brilho. De forma inversa, as tintas Característica Benefício Alto grau de adesão Menor possibilidade de formação de bolhas, descascamento, maior resistência a umidade e a lavagem Resistência a abrasão Maior resistência a limpeza Resistência a polimento Não fica brilhante quando polida ou limpa Resistência a manchas Não absorve sujeira e maior facilidade de limpeza Resistência a aderência Superfícies que não grudam quando se tocam Característica Benefício Alta adesão Menor possibilidade de formar bolhas ou de descascar Resistência a calcinação Menor desbotamento, menor escurecimento da superfície e baixa taxa de erosão Resistência a mofo (bolor) e algas Impede o crescimento de fungos ou algas Retenção de cores Manutenção da cor e a aparência Resistência alcalina Resiste à deterioração em alvenaria fresca Resistência a sujeira Não aderência de partículas de sujeira em suspensão no ar
  • 17. 17 com altos teores de pigmentos entre 45 e 75%, apresentam-se com uma proporção superior à resina, o que resulta em uma pintura ou acabamento fosco, sem brilho. As pinturas com acabamento acetinado ou com maio brilho apresentam-se, de um modo geral, com teores de pigmento entre 28 e 385% Uma outra forma de entender o teor de pigmento é analisando-se a quetão de quanta resina será necessária para envolver o pigmento. As tintas, com baixos teores de pigmento, são consideradas, portanto, com alto teor de resina, isto é, mais resina do que pigmento. Logo, como já afirmamos acima obteremos uma pintura polida, com brilho. 7. Aplicação 7.1. Condições climáticas Não muito frio 5° C é a temperatura mínima de aplicação para a maior parte das tintas à base de água ou de solvente, seja em relação à superfície a ser pintada ou ao ambiente. Temperaturas muito baixas Dificultam as pinceladas e passadas de rolo Prolongam o tempo de secagem, o que faz com que a tinta fique mais sujeita a adesão de partículas de poeira do ar Não muito quente Temperaturas muito elevadas podem fazer com que a tinta seque rápido demais, comprometendo a durabilidade da pintura. Evite pintar sob as seguintes condições, especialmente se mais de uma estiver presente. Temperatura do ar ou da superfície superior a 30° C Luz do sol direta, principalmente ao usar cores escuras Baixa umidade Ventilação adequada Ao usar tintas à base de solventes, cuide para que o local seja muito bem ventilado. Isso evitará que forte odor do solvente, prejudicial à saúde das pessoas, permaneça no local por muito tempo.
  • 18. 18 8. Substratos 8.1. Propriedades das superfícies As propriedades das superfícies, que influem diretamente no comportamento das pinturas são: • Permeabilidade: É a propriedade que tem o substrato de permitir a passagem de gases ou líquidos que poderão resultar em diversas combinações químicas. • Porosidade: É a relação percentual entre o volume de espaços vazios e o volume total. Esta relação influenciará substancialmente no grau de absorção dos compostos líquidos pela tinta. • Resistência a radiações energéticas: É a propriedade dos materiais de não sofrerem deterioração ou decomposição quando expostos às radiações energéticas , especial as radiações provenientes do sol , como luz ultravioleta. • Plasticidade / fragilidade: Plasticidade é a propriedade do material de sofrer alteração de forma sob ação de forças externas e as manter mesmo após a retirada destas forças, sem o aparecimento de fissuras. Fragilidade é a propriedade segundo a qual o material se rompe,sob a ação de forças externas , sem ter sofrido deformação • Reatividade química:´a capacidade do material de combinar com agentes químicos ambiantais. Os materiais de alvenaria são via de regra porosos, absorvem e podem reter água, desenvolver e abrigar fungos e possuem comportamento alcalino. As madeiras são porosas, higroscópicas e sofrem decomposição superficial sob efeito dos fungos e das radiações solares (raios infravermelho e ultravioleta). Por absorverem umidade, sofrem alteração dimensional provocando empenamentos. Os metais, basicamente as ligas ferrosas, são altamente sensíveis à corrosão quando em contato com a umidade, o oxigênio e os elementos poluentes. As especificações de pintura na construção civil devem ser feitas mediante pleno conhecimento das condições ambientais e dos diversos tipos de substratos. ALVENARIA MADEIRA METAIS Porosidade alta alta nula Permeabilidade alta alta nula Retividade química média baixa muito alta para metais ferrosos Resistência a radiações solares alta baixa alta Caracterísitca básica peculiar alcalinidade higroscopia sensibilidade à corrosão SUPERFÍCIES PROPRIEDADES Propriedade de superfícies
  • 19. 19 9. Especificação de sistemas de pintura 9.1. Classificação do ambiente segundo as diretrizes da Norma BS6150 9.2. Classificação do ambiente quanto à agressividade da atmosfera local Regime anual de chuvas baixo Mais de 6 meses secos elevado até 3 meses secos Belém. Manaus, Rio de janeiro, São Paulo Porto alegre, Curitiba, Florianópolis, Salvador Classificação Exemplo de cidades brasileiras médio de 4 a 5 meses secos Belo Horizonte, Cuiabá Goiania Teresina, Fortaleza Área industrial e marítima Atmosfera Área não industrial (rural e urbana) Área semi-industrial Baixa Média Elevada Classificação
  • 20. 20 9.3. Sistemas de acabamento para substratos à base de cimento ou cal Ambiente externo área afastada da orla marítima ( mais de 10km), não industrial e com regime de chuva médio área próxima à orla marítima,urbana ou semi-industrial, com regime de chuva médio Moderado área afastada da orla marítima,urbana ou semi- industrial, com poluição artmosférica média, mas afastada de fontes de poluição área dentro da orla marítima( até 3km), não industrial, com regime de chuva intenso área dentro da orla marítima ( até 3km) e com elevada poluição atmosféria edifícios residenciais e comerciais 2Intenso Muito intenso Ambiente com possibilidade de condensação de umidade, como cozinhas e banheiros, ou com pouca necessidade de limpeza de superfície Grau de agressividade 1 2 ou com necessidade de limpeza freqüente das superfícies Ambiente industrial e/ou com umidade e condensação elevadas 1 área industrial, com poluição atmosférica elevada Ambiente Interno Ambiente frequentemente submetido à umidade e condensação elevada Ambientes secos, bem ventilados, de Fraco Tipo de ambiente T B F B F B F A A S Moderado X X X X X X X X X - - - - - - - X - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - X R R R R R R - R RR R R - - X R R R R- - - - - - R R RR - - - - -R R R R R R R R R RR R R R R R R R R R R R R - X R R R R Tipos de pinturas Acrílica Vinílico Esmalte Silicone Cal Cimento ExternoInterno Fraco Moderado intenso 2Intenso Muito intenso Grau de 1 2 agressividade 1 R Fraco R – Recomendável X – Recomendável até dois pavimentos T - Texturizado A- acetinado B – Brilhante F -Fosco
  • 21. 21 9.4. Definindo o sistema de pintura CARACTERÍSTICAS Óleo Acrílico Borracha Clorada Vinílica Epóxi poliamina Epóxi poliamida Epóxi betuminoso Dureza Baixa Média Média Média Alta Alta Alta Flexibilidade Alta Média Média Média édia Média alta Média alta Resistência à abrasão Baixa Média Média alta Média alta Alta Alta Alta Resistência a álcalis Baixa média alta Alta Alta Alta Alta Alta Resistência à água Baixa média alta Alta Alta Alta Alta Alta Resistência à temperatura até 90ºC até 100ºC até 70ºC até 65ºC até 120ºC até 130ºC até 120ºC Preparação mínima da superfície Limpeza mecânica sobre fundo Jato Sa2 Jato Sa 2 1/2 Jato Sa 2 1/2 Jato Sa 2 1/2 Jato Sa2 Resistência às intempéries Média Alta Média alta Média alta Média baixa Média baixa Média baixa Resistência a solventes Baixa Baixa Baixa Baixa Alta Alta Média baixa Espessura µm/demão 30/40 30/40 35/75 25/70 50/150 50/150 150/250 Ressitência a ácidos Baixa Média Alta Alta Média baixa Média baixa Alta CARACTERÍSTICA DE DIVERSOS SISTEMAS DE PINTURA CARACTERÍSTICAS Alquídica fenolada Poliuretano Epóxi rico em zinco Silicat rico em Zn Alquídica Silicone Dureza Média Alta Alta Alta Média baixa Média alta Flexibilidade Média alta Média alta Média Baixa Média alta Média Resistência à abrasão Média Alta Alta Alta Média baixa Média baixa Resistência a álcalis Média Alta Baixa Baixa Baixa Média alta Resistência à água Alta Alta Alta Alta Baixa Alta Resistência à temperatura até 120ºC até 120ºC até 250ºC até 400ºC até 105ºC até 600ºC Preparação mínima da superfície Sobre fundo sobre fundo Jato Sa 3 Jato Sa 3 Limpeza mecânica Jato Sa 2 Resistência às intempéries Alta Alta(*) Média alta Média alta Média alta Alta Resistência a solventes Média baixa Alta Alta Alta Baixa Média baixa Espessura µm/demão 30/40 30/80 70/80 75 30/40 20/25 Ressitência a ácidos Média alta Alta Baixa Baixa Média baixa Média (*) Poliretano alifático CARACTERÍSTICA DE DIVERSOS SISTEMAS DE PINTURA (B)
  • 22. 22 10. Ensaios de uniformidade dos lotes de tintas TINTAS VERNIZES TOLERÂNCIA DE VARIAÇÃO Material não volátil (105º) ASTM D-2369 ASTM D-1644 ± 2% Sólidos NBR - 8621 - ± 2% Pigmentos NBR - 9944 - ± 2% Dióxido de titãnio ASTM D-4563 - ± 2% Espectroscopia de infravermelho ASTM D-2621 ASTM D-2621 Devem apresentar espectrogramas de mesmas características Massa específica NBR-5829 NBR-5829 ± 0,1% Viscosidade ASTM D-562 ASTM D-562 ± 5% MÉTODOS DETERMINAÇÕES
  • 23. 23 11. Ensaios de desempenho ESMALTE SINTÉTICO LISO TEXTURIZADO ÓLEO 1 Proj. ABNT 2.02.29-012 I.E I.E I.E - - Tolerância de variação em 2 Proj. ABNT 2.02.29-18 I.E I.E - - I.E relação ao valor indicado 3 Proj. ABNT 2.02.29-17 I.E I.E - - I.E pelo fabricante 4 Resistência à água ASTM d870 - ASTM D 1647 I.E I.E I.E I(*) - Não deve apresentar alterações 5 Resistência a Alcalis ASTM D 1647 I.E I.E I.E I(*) - visíveis a olho nu nem Resistência a Agentes Químicos deterioração da pelicula de uso doméstico 7 Resistência à eflorecência Proj. ABNT 2.02.29-005 I.E I.E - I.E I.E não deve apresentar falha na pelícla após 3000 ciclos de ensaio Resistência ao desenvolvimento Proj. ABNT 2.02.29-011 ou Baixa frequência de de fungos ASTM D 3273 empolamento 10 Resistência ao Empolamento ASTM D 2366 - - E E** - classificação 38 Fita adesiva ASTM D 3359 I.E - I.E - - tensão de arrancamento 1,on/mm2 arrancamento ABNT D 2.02.29-008 - I.E - - - Não deve apresentar bolhas,fissuração 12 Resistência à variação de umidade 3ciclos ASTM D 3469 - - I** I** - alteração de cor, ou descolamento de película Weather-o- metas(1000h) ASTM G-26 E E E E E C.V.U.B. (500h) ASTM G-53 E E E E E 14 Envelhecimento Natural ( 1 ano) Proj. ABNT 2.02.23-014 E E E E E 15 Ensaio de Névoa Salina (200h) *** ASTM B-117 - - E - - Baixo grau de ferrugem * apenas para substratos à base de cimento ** apenas em sustratos de madeira *** apenas indicado para substratos metálicos, em ambiente marítimo ou salino I - Interno E - Externo -I.E I.E I.E I.E IProj. ABNT 2.02.29-006Resistência a lavabilidade8 --II ASTM D 1308 I I I Poder de cobertura absorção de água Aderência Envelhecimento acelerado evaporação de água 13 6 9 11 VERNIZ SILICONE EXIGÊNCIAS I - Ensaio n.º MÉTODOS TINTAS LATEX PROPRIEDADES
  • 24. 24 12. Conhecendo a qualidade de sua tinta Os testes mais representativos são os de: lavabilidade, cobertura úmida, cobertura seca e porosidade. Para fazer o teste são necessários: • cartela de extensão - cartão de papel branco com uma tarja preta, justamente para melhor observar o poder de cobertura da tinta. • extensor - peça de metal de espessura constante para puxar a tinta sobre a cartela. Pode-se fazer o teste de uma ou mais tintas colocando-se uma pequena quantidade de produto sobre a cartela e puxá-las ao mesmo tempo com o extensor.
  • 25. 25 A tinta de melhor cobertura pode ser observada a olho nu, principalmente sobre a tarja preta. Uma vez que a tinta tenha secado, pode-se fazer o teste de porosidade, deixando cair sobre a cartela uma corrente de água com o uso de um conta-gotas, por exemplo. As tintas de baixa qualidade têm maior porosidade e conseqüentemente absorvem mais água, fazendo com que a cobertura diminua e deixando transparecer o substrato, independentemente de ser papel, tijolo ou argamassa. A porosidade da tinta pode ser melhor observada com a utilização de uma lupa. Os produtos de alta qualidade são menos porosos. O teste de lavabilidade pode ser realizado friccionando um pedaço de gaze cirúrgica úmida sobre as tintas aplicadas na cartela de extensão. No exemplo, a tinta A só resistiu a três ciclos de fricção; a tinta B resistiu a 23 ciclos, e a tinta C não se desgastou da cartela durante o teste. Segundo o engenheiro Flávio, as tintas de alta qualidade resistem a 500 fricções ou mais, sem desgaste. Por resistirem a poucos ciclos, as tintas A e B são consideradas de baixa qualidade.
  • 26. 26 13. Patologias FATORES DEGRADAÇÃO Influência do • Ataque químico • Pré-tratamento • Aplicação • Elétrico • Efeitos térmicos Influência do meio ambiente • Temperaturas e variações • Tempo • Radiações • Gases • Ação mecânica • Ataque biológico • Imersão o Efeitos cíclicos o Concentração o PH Superfície • Abrasão • Pulverulência • Fissuramento • Mudança de cor • Enfraquecimento o Térmico o Químico Interface pintura- • Película soltando • Impacto • Bolhas ATRAVÉS DO FILME • Fissuramento • Flexibilidade • Distenção ou deformação por tração • Fissuras em V no filme • Enfrequecimento o Térmico o Químico RELAÇÃO ENTRE FATORES ENVOLVIDOS NA DEGRADAÇÃO DE UM FILME
  • 27. 27 Descrição, causas e soluções 13.1. Adesão de duas superfícies Adesão de duas superfícies quando pressionadas umas sobre as outras. Exemplo: a porta gruda no batente. Possíveis Causas • Não aguardar portas e janelas secarem totalmente antes de fechá-las. • Uso de tintas alto ou semibrilho de baixa qualidade. Soluções • Usar tintas alto ou semibrilho acrílicas de alta qualidade. As tintas de qualidade inferior possuem pouca resistência ao problema, principalmente sob condições de calor e vapor. As tintas acrílicas são mais resistentes à esse problema que as tintas vinílica, base óleo ou alquídica. Esta última, desenvolve sua resistência à adesão com o passar do tempo. • Siga sempre o tempo de secagem recomendado pelo fabricante. • A aplicação de talco pode atenuar o problema.
  • 28. 28 13.2. Baixa adesão a metais galvanizados A tinta não adere à superfícies de metal galvanizado. Possíveis Causas • Incorreta preparação da superfície, por exemplo remoção insuficiente da ferrugem. • Falha na aplicação do selador antes de aplicação de tinta base óleo ou látex vinílico. • Não lixar corretamente superfícies de acabamento esmaltado ou brilhoso antes da pintura. Soluções • Todo e qualquer ponto de ferrugem deve ser eliminado com auxílio de uma escova de aço e em seguida aplique sobre o substrato um selador resistente à corrosão (uma demão é, geralmente, suficiente). • Ao pintar pela primeira vez ou repintar uma superfície galvanizada que não apresente pontos de ferrugem, pode-se utilizar um látex acrílico sem aplicação prévia de selador. No caso de usar tintas base óleo ou látex vinílico em superfície bruta, a aplicação de um selador se torna fundamental.
  • 29. 29 13.3. Baixa resistência a alcalinidade Perda de cor e deterioração do filme se aplicado sobre alvenaria recém-construída. Possíveis Causas • Tinta base óleo ou vinil acrílico aplicada sobre alvenaria recém-construída, que não tenha sido curada por um ano. Construções novas, geralmente contém cal que é muito alcalino. • A alcalinidade da construção permanece tão alta a ponto de afetar a integridade do filme formado sobre a superfície. Soluções • O ideal é deixar a superfície sem pintura por até um ano, para que o concreto seque bem. Se não for possível, espere pelo menos 30 dias. Antes iniciar a pintura, aplique sobre o substrato um selador resistente à alcalinidade. • Prefira tintas 100% acrílicas, porque são mais resistentes a esse problema.
  • 30. 30 13.4. Baixa resistência às manchas A tinta não apresenta resistência contra ao acúmulo de sujeiras e manchas. Possíveis Causas • Uso de tinta de baixa qualidade que seja muito porosa. • Aplicação de tinta em uma superfície que não tenha sido selada. Soluções • Tintas base água de alta qualidade contêm mais emulsão, ingrediente que ajuda a evitar com que as manchas penetrem na superfície pintada. Com isso, a sujeira pode ser removida com facilidade. • Superfícies novas, que tenham sido seladas, proporcionam formação do filme em uma espessura correta, oferecendo fácil remoção de manchas.
  • 31. 31 13.5. Baixa resistência ao atrito Remoção parcial ou total do filme, quando esfregado. Possíveis Causas • Escolha do tipo de brilho incorreto para o ambiente. • Uso de uma tinta de baixa qualidade. • Limpar o local com um material muito abrasivo. • Limpar a superfície sem que a tinta esteja totalmente seca. Soluções • Áreas que necessitam de freqüente limpeza ou que estejam expostas a grande tráfego requerem um tipo de tinta que ofereça grande resistência. Nesses casos é aconselhável o uso de tintas alto ou semi brilho ao invés de tintas foscas. • Quando for limpar a superfície utilize um material não abrasivo e um detergente bem suave.
  • 32. 32 13.6. Baixa retenção de brilho Deterioração da tinta, resultando em excessiva ou rápida perda de brilho. Possíveis Causas • Uso externo de tinta indicada para superfícies internas. • Uso de tinta de baixa qualidade. • Uso de tinta alto brilho base óleo ou alquídica em locais que recebem direta luz do sol. • A incidência luz do Sol diretamente sobre a superfície pode comprometer a emulsão e os pigmentos da tinta, provocando a calcinação e perda de brilho. Soluções • Com o passar do tempo, toda tinta perde um pouco do seu brilho inicial, porém as de baixa qualidade o processo se dá mais rapidamente. • Emulsões usadas em tintas acrílicas são mais resistentes aos raios UV, enquanto as presentes em tintas base óleo e alquídicas absorvem a radiação, causando seu comprometimento. • A preparação da superfície deve ser a mesma de locais que apresentam sinais de calcinação (ver Calcinação).
  • 33. 33 13.7. Baixa uniformidade de brilho Brilho desigual da pintura que apresenta manchas brilhantes ou foscas sobre a superfície pintada. Possíveis Causas • Desigual taxa de espalhamento durante a pintura. • Falha na selagem de uma superfície porosa ou superfície que apresenta vários graus de porosidade. • Aplicação da tinta de maneira errada. Solução • Substratos novos devem ser selados antes da aplicação da tinta, assegurando uma uniformidade de porosidade na superfície. Se a superfície não for selada, uma segunda demão de tinta é indicada.
  • 34. 34 13.8. Baixo poder de cobertura A superfície, mesmo pintada, não encobre totalmente a camada subjacente. Possíveis Causas • Uso de uma tinta de baixa qualidade. • Uso de pincel ou rolo de baixa qualidade. • Uso de uma combinação imprópria de base de tingimento e cor de tingimento. • Pobre alastramento e nivelamento da tinta (ver Alastramento e Nivelamento). • Uso de uma tinta muito mais clara que o substrato ou que contenha pigmentos orgânicos de baixo poder de cobertura. • Aplicação de tinta com taxa de espalhamento maior que o recomendado. Soluções • Use sempre tintas de alta qualidade, pois proporcionam um melhor escoamento e poder de cobertura. • Use rolos ou pincéis de boa qualidade. Quando optar por rolo, verifique se é o tipo indicado para a pintura. • Se o substrato for muito escuro ou estiver com papel de parede, utilize um selador antes da aplicação da tinta. • Se optar por uma tinta tingida, utilize a base correta. • Quando a utilização de pigmentos orgânicos de baixo poder de cobertura for necessária, aplique um selador antes da pintura. • Siga as recomendações do fabricante quanto a taxa de espalhamento.
  • 35. 35 13.9. Bolhas Esse problema, geralmente é resultante de perda localizada de adesão e levantamento do filme da superfície. Possíveis Causas • Aplicação de tinta base óleo ou alquídica sobre uma superfície úmida ou molhada. • Umidade infiltrando através de paredes externas (menos provável com tintas base água). • Superfície pintada exposta à umidade, logo após a secagem, principalmente se houve inadequada preparação da superfície. Soluções • Se nem todas as bolhas baixaram remova-as, raspando e lixando as regiões comprometidas e repinte com tinta acrílica, indicada para interiores. • Se todas as bolhas baixaram elimine a fonte de umidade, raspe e lixe o local e aplique um selador antes de aplicar a tinta. • Considere a possibilidade de instalar, um exaustor no ambiente.
  • 36. 36 13.10. Bolor Esse problema é caracterizado pela existência de manchas ou pontos pretos, acinzentados ou amarronzados sobre a superfície. Possíveis Causas • Aparece, geralmente, em áreas úmidas ou que recebem pouca ou nenhuma luz do sol, como banheiros, cozinhas ou lavanderias. • Uso de uma tinta alquídica ou base óleo, ou de uma tinta base água de baixa qualidade. • Inadequada selagem de uma superfície de madeira, antes da aplicação da tinta. • Pintura sobre substrato ou camada de tinta na qual o bolor não tenha sido removido. Soluções • Certifique-se de que o problema seja mesmo bolor, fazendo o seguinte teste: Pingue algumas gotas de alvejante doméstico sobre as manchas, se elas clarearem certamente trata- se de bolor. Em seguida, remova todo o bolor do local com a seguinte solução: 1 parte de alvejante para 3 de água, protegendo mãos e olhos. • Pinte a superfície com uma tinta base água de alta qualidade e quando houver necessidade de limpeza, faça-a com alvejante /detergente. • A instalação de um exaustor em locais de intensa umidade é uma boa opção.
  • 37. 37 13.11. Calcinação Formação de finas partículas, semelhantes a um pó esbranquiçado, sobre a superfície pintada exposta ao tempo, causando o desbotamento da cor. Ainda que algum desbotamento seja normal, devido ao desgaste natural, em excesso pode causar extrema calcinação. Possíveis Causas • Uso de uma tinta de baixa qualidade, que contenha alta concentração de pigmentação. • Uso externo de uma tinta indicada para superfícies internas. Soluções • Remova a tinta, usando uma escova de aço, todo e qualquer vestígio de calcinação, enxaguando bem com uma mangueira ou com jatos d’água. Verifique se ainda há presença de vestígios, passando a mão sobre a superficie já seca. • Caso o problema persista, aplique um selador base óleo ou látex acrílico e repinte com uma tinta de alta qualidade, indicada para superfícies externas. • Se a superfície estiver isenta ou apresentar mínimo sinal de calcinação e a tinta antiga estiver em boas condições não é necessário utilizar um selador.
  • 38. 38 13.12. Crateras/espumação Crateras surgem do rompimento de bolhas causadas pela espumação. Possíveis Causas • Agitação da lata de tinta parcialmente cheia. • Uso de uma tinta de baixa qualidade, ou, muito velha. • Aplicação muito rápida da tinta, especialmente com rolo. • Uso de rolo com comprimento de pêlo não adequado. • Passar muitas vezes o rolo ou o pincel sobre o mesmo lugar. • Aplicação de tinta alto ou semi brilho sobre uma superfície porosa. Soluções • Todas as tintas espumam durante a aplicação, entretanto, tintas de alta qualidade são formuladas para que as bolhas se rompam enquanto a tinta ainda esteja úmida, proporcionando perfeito fluxo e aparência. • Evite passar o rolo ou o pincel várias vezes sobre um mesmo local. • Evite usar uma tinta que tenha sido fabricada há mais de um ano. • Ao pintar uma superfície com tintas alto ou semi brilho, use sempre um rolo de pêlo curto. • Antes de pintar uma superfície porosa, aplique um selador. • Prepare adequadamente a superfície antes de aplicar a tinta.
  • 39. 39 13.13. Desbotamento Prematuro ou excessivo clareamento da cor original da tinta. Ocorre, geralmente, em superfícies expostas constantemente à luz do sol. Esse problema pode ser um resultado de calcinação. Possíveis Causas • Uso externo de tinta indicada para superfícies internas. • Uso de tinta de baixa qualidade, culminando em rápida deterioração do filme. • Uso de determinadas cores de tinta mais suscetíveis aos raios UV (como tons de vermelho, azul e amarelo). • Tingimento de tinta branca não indicada para o processo ou dosagem excessiva de uma base clara ou média. Solução • Quando o problema for decorrente de calcinação, remova todo e qualquer vestígio (ver Calcinação). Para a repintura, escolha tintas e cores recomendadas pelo fabricante para uso externo.
  • 40. 40 13.14. Descamação Ruptura na pintura causada pelo desgaste natural do tempo, levando ao total comprometimento da superfície. No estado inicial o problema se apresenta como uma fina fissura e em seguida, num estágio mais avançado, começam a ocorrer as descamações da tinta. Possíveis Causas • Uso de tinta de baixa qualidade, que oferece pouca adesão e flexibilidade. • Diluição exagerada da tinta. • Inadequada preparação da superfície, ou aplicação de tinta sobre madeira bruta sem selador. • Excessiva fragilização de tinta alquídica envelhecida. Solução • Remova todos os fragmentos de tinta com uma raspadeira ou escova de aço e lixe a superfície. Se as rupturas ocorrerem também nas camadas mais profundas, o uso de uma massa corrida pode ser necessário. Em superfícies de madeira bruta use selador antes da repintura.
  • 41. 41 13.15. Eflorescência/manchas Aspereza e depósito de sais brancos que provocam manchas na superfície. Possíveis Causas • Falta de uma adequada preparação da superfície, como total remoção de sinais de eflorescência anteriores. • Excesso de umidade passando para a superfície. • Eflorescências também pode ser decorrente do vapor, principalmente em cozinhas, banheiros e áreas de serviço. Soluções • Se a causa do problema for umidade, elimine- a totalmente. Vede quaisquer fissuras na superfície com um selante acrílico base d´água ou um acrílico siliconizado. • Seja a causa umidade ou vapor, remova as manchas com uma escova de aço ou com auxílio de uma lavadora de alta pressão e enxágüe bem. Aplique um selador para alvenaria base d´água ou solvente de alta qualidade e, só então aplique a tinta. • Uma boa opção para evitar que o problema ocorra em áreas suscetíveis a vapor é a instalação de ventiladores ou exaustores.
  • 42. 42 13.16. Encardimento da superfície Acúmulo de sujeira, poeira e outros fragmentos sobre a superfície pintada. O problema pode ser confundido com bolor Possíveis Causas • Uso de tintas de baixa qualidade, especialmente acetinada ou semi-brilho de baixa qualidade. • Agressores externos, como poluição, aceleram o encardimento da superfície. Soluções • Em virtude da semelhança do problema com bolor faça o seguinte teste: pingue algumas gotas de alvejante doméstico sobre o local, se as manchas desaparecerem é bolor. Nesse caso, siga as recomendações da seção Bolor. Se as manchas persistirem limpe a região afetada com uma escova e detergente, enxaguando bem. • Sujeiras mais acumuladas, portanto de difícil remoção, devem ser limpas com auxílio de uma lavadora de alta pressão. • Para evitar a ocorrência do problema, use produtos de alta qualidade. As tintas látex e alto brilho são boas opções, por oferecerem maior resistência ao acúmulo de sujeira e à lavagem da superfície.
  • 43. 43 13.17. Enrugamento Formação de rugas e ondulações sobre a superfície ocorrem quando a tinta ainda está úmida. Possíveis Causas • A tinta é aplicada em uma camada muito espessa (mais provável com uso de tintas alquídicas ou base óleo). • Pintura realizada sob condições extremas de calor ou frio. Isso faz com que a camada mais externa do filme seque mais rápido, enquanto que a camada de baixo ainda permaneça úmida. • Expor uma superfície, que não esteja totalmente seca, à muita umidade. • Aplicação de uma camada de tinta, sem que, o selador esteja totalmente seco. • Pintura sobre superfície suja ou engordurada. Soluções • Raspe ou lixe a superfície para remover a camada enrugada. Antes de aplicar um selador, certifique-se de que a superfície esteja totalmente seca. Repinte o local, evitando fazê-lo sob condições extremas de temperatura e umidade. • Utilize uma tinta para Interior de alta qualidade.
  • 44. 44 13.18. Escorrimento de calcinação O escorrimento da calcinação é proveniente da excessiva erosão/desgaste de tinta antiga existente sobre o substrato, comprometendo a sua aparência. Possíveis Causas • Uso de tinta de baixa qualidade que contenha alta concentração de pigmentação. • Uso externo de tinta indicada para superfícies internas. Soluções • Remova totalmente os resíduos de calcinação (ver Calcinação). Limpe bem as áreas manchadas, esfregando detergente sobre elas, com o auxílio de uma brocha. Em seguida, enxágüe bem. Em casos de manchas mais resistentes, substitua o detergente por um produto ácido. • Caso ocorra clareamento de cor nos locais que foram limpos, aplique uma tinta base água de alta qualidade.
  • 45. 45 13.19. Escorrimento de tinta Escorrimento de tinta, logo após ser aplicada, resulta em cobertura irregular da superfície. Possíveis Causas • Aplicação de uma camada muito espessa. • Aplicação da tinta sob condições de frio ou umidade. • Uso de uma tinta muito diluída. • Usar pistola com o bico muito próximo à superfície que recebe a tinta. Soluções • Se a tinta ainda estiver úmida, passe o rolo novamente sobre o local a fim de uniformizar a superfície. • Se a tinta estiver seca, lixe a superfície e reaplique uma nova demão. • Não dilua a tinta para fazê-la render mais. • Evite realizar a pintura sob condições de frio e umidade. • Lixe superfícies brilhantes, antes de pintá-las. A tinta deve ser aplicada com taxa de espalhamento indicada pelo fabricante. • Duas demãos de tinta, na taxa de espalhamento recomendada, são melhores do que uma demão extremamente espessa. • Ao pintar portas, convém, se possível, retirá-las e pintá-las na posição horizontal.
  • 46. 46 13.20. Ferrugem Manchas marrom avermelhadas sobre a tinta. Possíveis Causas • Pregos de ferro não galvanizado tendem à enferrujar, causando comprometimento de toda superfície. • Pregos não galvanizados que não tenham sido colocados até o fim. • Pregos galvanizados enferrujam após longa exposição ao tempo. Soluções • Ao pintar uma superfície que não apresente ferrugem, mas na qual há pregos não galvanizados, primeiramente bata-os bem, de maneira que suas cabeça fiquem pouco abaixo da superfície, vede-os usando um selante acrílico base água ou acrílico siliconizado e aplique tinta apenas sobre eles, para depois pintar a superfície toda. • A pintura de uma superfície que já esteja enferrujada requer além dos procedimentos citados acima, limpeza do local e lixamento das "cabeças" dos pregos.
  • 47. 47 13.21. Incompatibilidade de tintas Perda da adesão de uma tinta látex aplicada sobre outra camada de uma tinta alquídica ou base óleo. Possível Causa • Uso de tinta base água sobre mais de três ou quatro camadas já existentes de tinta base óleo ou alquídica envelhecidas faz com que as tintas velhas descolem do substrato. Solução • Repinte a superfície, usando tinta base óleo ou alquídica. Se optar por usar tinta látex, remova totalmente a tinta existente e prepare a superfície; limpando, lixando e impermeabilizando onde houver necessidade.
  • 48. 48 13.22. Mancha por migração de Tanino Amarelecimento ou perda da cor escura da madeira, devido à migração do tanino através do substrato, chegando até a superfície pintada. Geralmente ocorre em madeiras manchadas, como sequóia, cedro e mogno. Possíveis Causas • Impermeabilização incorreta da superfície antes da pintura. • Uso de um selador insuficientemente resistente à manchas. • Excesso de umidade passando pela madeira. A água acaba conduzindo as manchas até a superfície. Solução • Elimine a umidade, se existir (ver Eflorescência e Manchas). Após a superfície estar completamente limpa, aplique um selador base óleo ou acrílico de alta qualidade. Em casos extremos, uma segunda demão de selador pode ser aplicada após secagem total da primeira. Para finalizar, aplique uma tinta de alta qualidade base água.
  • 49. 49 13.23. Manchas causadas pelo rolo Marcas causadas pelo uso de um rolo inadequado. Possíveis Causas • Uso do tipo de rolo errado. • Uso de uma tinta de baixa qualidade. • Uso de um rolo de baixa qualidade. • Uso incorreto das técnicas de pintura com rolo. Soluções • Use um rolo apropriado à superfície a ser pintada. • Use um rolo de boa qualidade. • Tintas de alta qualidade tendem a deslizar com maior facilidade, devido à alta concentração de conteúdos sólidos e as propriedades de nivelamento que possui. • Umedeça o rolo com água e tire o excesso antes de molhá-lo com tinta base água. • Ao pintar uma parede, comece bem próximo ao teto e vá descendo. Procure pintar a superfície por partes (seção de aproximadamente 1m2 ), fazendo a forma de zigzag (M ou W). Em seguida, preencha os espaços, sem tirar o rolo da superfície, em linhas paralelas e uniformes.
  • 50. 50 13.24. Migração de sulfactantes Concentração de ingredientes solúveis em água sobre superfície pintada com tinta base água. Geralmente, aparece no teto de ambientes que possuem alta umidade ( banheiros e cozinhas ). Pode se tornar evidente pela formação de manchas amareladas ou amarronzadas, adquirindo, às vezes, aspecto brilhante, áspero e pegajoso. Possível Causa • Todas as tintas base água podem desenvolver esse problema se aplicadas em áreas úmidas, como em banheiros, principalmente no teto. Soluções • Lave a área, que apresenta as manchas, com água e sabão e enxague bem. Só então repinte-a. O problema pode ocorrer mais uma ou duas vezes até que os surfactantes sejam totalmente removidos. • Remova todas as manchas antes de repintar. • Quando uma tinta for aplicada em banheiros, certifique-se que superfície pintada está seca antes de utilizar o chuveiro.
  • 51. 51 13.25. Não uniformidade de cor Efeito de cor não uniforme, pode aparecer quando uma superfície é pintada com rolo, e os cantos são com pincel. Geralmente, os recortes pintados com pincel ficam mais escuros e, às vezes, mais brilhantes. Isso também pode ocorrer quando a aplicação da tinta nos recortes é feita com pistola. Possíveis Causas • Usualmente um efeito de diferença na cobertura. Pinturas feitas com pincel, geralmente, resultam em menor taxa de espalhamento que o rolo, produzindo assim, um filme mais espesso e conseqüentemente com maior cobertura. • Adição de corantes em uma tinta imprópria para tingimento ou uso em quantidade inadequada de corante. Solução • Certifique-se de que a taxa de espalhamento seja similar, tanto com uso de pincel ou de rolo. Não faça os recortes com pincel em todo o ambiente antes da aplicação do rolo. Trabalhe em pequenos espaços para manter uma borda úmida. Isso evitará, que ao iniciar a pintura de um novo trecho, o anterior não esteja totalmente seco. Se usar tintas tingidas, certifique-se de que tenha sido usada a combinação correta da base de corantes.
  • 52. 52 13.26. Pele de jacaré A superfície da tinta apresenta uma série de pequenas rachaduras, semelhantes à pele de um jacaré. Possíveis Causas • Aplicação de uma demão de tinta que apresenta formação de filme extremamente duro ou rígido, como esmalte alquídico, sobre uma camada mais flexível, como a de um selador base água. • Aplicação de outra camada de tinta, sem que a inferior esteja totalmente seca. • Influência de agentes externos, como oscilação de temperatura e constantes movimentos de expansão e retração sofridos pelo substrato comprometem a elasticidade do filme, principalmente se a tinta existente for base óleo. Soluções • Remova toda tinta velha existente na superfície rapando-a e lixando-a. • Antes de aplicar a tinta, prepare a superfície com um selador base óleo ou água de alta qualidade.
  • 53. 53 13.27. Pobre alastramento/nivelamento Ao secar, a tinta apresenta marcas visíveis de rolo ou pincel. Possíveis Causas • Uso de tinta de baixa qualidade. • "Retoque" em áreas parcialmente secas. • Uso de tipo rolo ou pincel de baixa qualidade ou inadequados. • Uso de tipo errado de rolo, ou de um pincel de baixa qualidade. Soluções • Use tintas base água de alta qualidade que, geralmente, são formuladas com ingredientes que aumentam o poder de escoamento da tinta, evitando a ocorrência de marcas de pincel ou de rolo sobre a superfície. Isso resulta em um acabamento liso e uniforme. • Quando usar rolo, verifique se é o tipo indicado para a pintura. • Se optar por uso do pincel,é importante escolher um de boa qualidade, pois um pincel ruim pode causar insuficiente escoamento e nivelamento da tinta.
  • 54. 54 13.28. Polimento da tinta Aumento do brilho e poder de reflexão da tinta, quando esfregada. Possíveis Causas • Uso de tintas foscas em locais de grande tráfego, onde é aconselhável usar tintas alto brilho. • O local recebe freqüente limpeza para a remoção de manchas. • Móveis pressionados contra a parede. • Uso de tintas de baixa qualidade, que oferecem pouca resistência a manchas e à limpeza (ver baixa resistência a manchas). Soluções • Pinte áreas que sofrem desgaste constante e necessitam de limpeza diária, como portas, janelas, rodapés e peitoril de janelas, com uma tinta base água de alta qualidade, pois esse tipo de tinta oferece maior durabilidade e facilidade de limpeza. • Em áreas de grande tráfego escolha uma tinta alto ou semi brilho ao invés de fosca. • Para a limpeza de superfícies pintadas use um pano ou esponja macia e não abrasiva e enxágüe bem.
  • 55. 55 13.29. Rachaduras na superfície Rachaduras profundas e irregulares na superfície. Possíveis Causas • A tinta é aplicada em uma camada muito espessa, geralmente, sobre superfície porosa. • A tinta é aplicada em uma camada muito espessa, a fim de melhorar o poder de cobertura de um produto de baixa qualidade. • Acúmulo de tinta nos cantos da superfície, durante a aplicação. Soluções • Remova a camada afetada, raspando e lixando a superfície. Em alguns casos, apenas o lixamento é necessário. Em seguida, prepare a superfície e repinte-a com uma tinta base água de alta qualidade. Esse tipo de tinta, geralmente, previne o reaparecimento do problema, por ser mais flexível que as tintas alquídicas, base óleo e, mesmo, à base água de baixa qualidade. • Tintas de alta qualidade têm alta concentração de conteúdos sólidos, que reduzem a tendência a rachaduras na superfície, facilitando a aplicação e proporcionando grande poder de cobertura, o que evita a aplicação de demãos muito espessas.
  • 56. 56 13.30. Respingo O rolo respinga tinta durante a aplicação. Possíveis Causas • Uso interno de uma tinta indicada para superfícies externas. • Uso de uma tinta base água de baixa qualidade. Soluções • Tintas de boa qualidade são formuladas para minimizar os respingos. • Rolos de boa qualidade, também reduzem o risco de respingos. • Em alguns casos, pode-se usar uma tinta indicada para paredes, no teto, para a diminuição de respingos. • Excesso de tinta no rolo resultará em excessivo respingamento e desperdício de tinta. • Procure pintar a superfície por partes (seções de aproximadamente 1m2 ), fazendo a forma de zigzag (M ou W). Em seguida, preencha os espaços, sem tirar o rolo da superfície, em linhas paralelas e uniformes.
  • 57. 57 14. Estudo de caso 14.1. Patologias sobre rebocos e concretos Introdução Emboços, rebocos e concreto aparente caracterizam-se por sua alcalinidade, porosidade, friabilidade e propensão a absorver e reter a umidade. Vamos analisar estas características . Alcalinidade A maioria dos revestimentos calcários e cimentícios são alcalinos por natureza. Esta alcalinidade é usualmente, derivada da cal no revestimento ou propriamente do concreto aparente pela hidratação do tricálcio . As vezes o álcali é introduzido deliberadamente na forma de cal. Acrescentamos também sais solúveis. Na presença da cal, o sal solúvel produz poderosos hidróxidos álcali metálicos através da simples reação inorgânica. Os hidróxidos álcali metálicos como os de sódio e potássio são bem mais agressivos que os hidróxidos terra alcalinos (como a cal). São exatamente estes álcalis, a fonte de todos os problemas entre os substratos e a pintura com resinas sensíveis aos álcalis. Na presença de umidade, os álcalis atacam rapidamente os grupos éster da resina que estrutura a película das tintas à base de óleo ou as alquídicas simples, quebrando a ligação éster e formando o conhecido sabão. Este processo é conhecido como saponificação ou hidrólise induzida por álcalis. 1 ( 3 CaO SiO2) + 5.5H2O 3 CaO 2SiO2 2.5H2O + Ca (OH)2 Silicato tricálcico Hidrato de silicato Hidróxido de cálcio de cálcio Ca (OH)2 + K2SO4 CaSO4 + 2KOH Hidróxido Sulfato Sulfato Hidróxido de cálcio de potássio de cálcio de potássio
  • 58. 58 O C O CH + NaOH + H2O O C O CH OH- O C O CH OH- O C OH + O - CH O C - O Na OH CH “Ligação” éster na resina da película da tinta Hidróxido de sódio Água Resina Saponificada (sabão) Resíduo hidroxiladoSaponificação do grupo ester
  • 59. 59 A umidade necessária para a reação é facilmente disponível no substrato formado devido ao processo de hidratação do emboço ou concreto aplicados. À medida que a reação é completada e substrato seca, o problema da alcalinidade diminui, muito embora formem grande porosidade absorver grandes quantidades de chuva. O grau de afetamento da película aplicada sobre o substrato alcalino dependerá de pH dessa superfície, da composição da tinta (composição do tipo éster do polímero), da idade da tinta, da persistência a este ciclo. Os efeito variam, podendo ocorrer formação de escamas e desplacamento da película, diretamente relacionados às tintas à base de ésteres aplicadas em rebocos ainda “verdes” ou em processo de cura. Isto também acontece quando o reboco retem água, fazendo com que fique pegajoso no contato com o dedo. O filme oleoso torna-se solúvel em água. Se secar ficará quebradiço, fraturando a película, perda de adesão, perda do brilho e muito comumente, uma descoloração um tanto parda. As tintas látex a base de acetato de vinil e acrílicas oferecem grande resistência ao álcali. Porosidade Todas as superfícies a base de cimento portland são porosas., portanto são excessivamente absorventes. Isto traz inúmeros problemas e algumas vantagens para a película de tinta.. As superfícies porosas dão mais base à película de tinta, permitindo melhor adesão mecânica do que superfícies lisas e duras. No entanto, estas superfícies contaminam facilmente quando qualquer líquido adentra nos poros.levando consigo sugidades e substâncias químicas. Quando pintadas com tintas viscosas ou de cura rápida, a película fecha os poros e as bolhas de ar que na fase de cura no filme, são expulsas resultando em milhares de furinhos na película de tinta.Esse problema é resolvido com o uso de primers de baixa viscosidade.
  • 60. 60 Friabilidade Esta característica é muito comum em rebocos que não apresentam um processo de hidratação adequado, ocorrendo com muita freqüência em materiais calcáreos. Caracteriza- se pela ausência de coesão e adesão à real superfície do substrato. Nesta situação, torna-se necessário reforçar tais superfícies aplicando primers do tipo penetrantes com baixa energia superficial e reduzida viscosidade. As tinta látex a base d´água não devem ser aplicadas pois possuem alta energia superficial e pelo tamanho de suas partículas. A remoção desta camada friável é sempre uma boa opção, utilizando-se o ataque ácido com posterior neutralização por hidrojateamento, lixamento ou jato de areia. O que ocorre é que o filme adere na camada superficial e a área imediatamente abaixo permanece sem coesão para agüentar qualquer tensionamento. O processo de ruína devido a coesão lateral,no interior do substrato, se torna inevitável. A medida que e película desplaca nota-se perfeitamente a fragilidade da camada imediatamente abaixo.. Não é um problema causado pela tinta.
  • 61. 61 Eflorescência Sais Inorgânicos Solúveis (SIS)- Os mais comumente encontrados são os sulfatos de sódio, cálcio e magnésio.Após a construção a água dissolve estes sais fazendo com que a solução escorra pelo substrato. Uma vez escorrendo pelo substrato, seca com facilidade, formando um filme cristalino ou ficando depositado na superfície aquele material pulverulento branco. Este fenômeno é chamado eflorescência. Quando a superfície é pintada com tinta impermeável,os sais se depositam sob sua película, causando trincas no filme com presença de eflorescência , conduzindo o filme à ruína. Quando a película tem uma excelente poder de adesão,os sais vão se depositando nos poros do substrato,imediatamente abaixo do filme,criando uma pressão cristalina que desintegrará o sistema substrato/revestimento. Este fenômeno particular é conhecido como criptoflorescência. A única maneira correta de eliminarmos as eflorescências é preenchendo os locais por onde a água tem acesso
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  • 63. 63 14.2. Calcinação de pintura epóxi A tinta epóxi possui uma excelente resistência, principalmente à abrasão, confirmado pelo estado interno do corrimão das rampas, área com alto tráfego. O mesmo desempenho não se aplica às intempéries. Fato também confirmado pelos guarda corpos expostos ao tempo. 1) Ponto de ferrugem localizado 2) Desgaste da superfície de tinta 3) Ponto em melhor estado por estar protegido da intempérie pela planta 1) Pintura em melhor estado de conservação por estar protegido da intempérie pela planta 2) Ponto de ferrugem localizado 3) Superfície de pintura desgastada Pintura interna em perfeito estado de conservação, apresentando excelente resistência a abrasão, oleosidade e produtos químicos Aumento gradual da Calcinação proporcional à exposição á intempéries.
  • 64. 64 14.3. Pintura sobre superfície galvanizada
  • 65. 65 Bibliografia o Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume1 , 2.º Edição 1995 Abrafati o Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume2 , 2.º Edição 1995 Abrafati o Uemmoto K.L , Projeto, Execução e Inspeção de Pinturas, 1.º Edição 2002 CTE o Recuperar N.º 29 , 1999 Ed Thomastec o Recuperar N.º 9 , 1996 Ed Thomastec o Recuperar N.º 18 , 1997 Ed Thomastec o Recuperar N.º 24 , 1998 Ed Thomastec o Recuperar N.º 41 , 2001 Ed Thomastec o Recuperar N.º 21 , 1998 Ed Thomastec o Paint Quality Institute
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