O documento discute o uso da homeopatia na medicina veterinária, mencionando suas vantagens como baixo custo, ação rápida e ausência de efeitos colaterais. Ele também lista aplicações homeopáticas para problemas respiratórios, do sistema locomotor e digestório em animais, incluindo influenza, cólicas, tendinites e fraturas.
2. HOMEOPATIA NA MEDICINA VETERINÁRIA
1. História da Homeopatia
1.1. “Essai sur un nouveau principe pour decouvrir les
vertus curatives des sustances médicinales”.
(Hahnemann, 1796)
1.2. “L’Oganon”. (Hahnemann, 1810)
“Matière medicale pure”. (Hahnemann ,1821)
2. Homeopatia na Medicina Veterinária
2.1 “Zooiasis”. (Lux, 1833)
2.2. Cláudio Martins Real (Porto Alegre)
2.3. Francisco Brizido Leal (São Paulo)
3. 3.Vantagens da Homeopatia na Veterinária
Remédio homeopático
Baixo custo
Ação rápida
Fácil administração
Não deixa resíduos: carne e leite
Não é detectado no exame de dopping
Ausência de efeitos colaterais
4. Abrangência da Homeopatia
Animais de pequeno porte
Animais de grande porte
Animais selvagens
4. SISTEMA RESPIRATÓRIO
Influenza eqüina / Adenite eqüina
Allium cepa: Coriza serosa, irritante, acompanhada de lacrimejamento não
irritante. Olhos vermelhos, fotofobia, agravada em ambientes fechados.
Pulsatilla: Coriza c/ catarro amarelo ou amarelo esverdeado, não irritante, fluido,
acompanhada de pouca sede.
Kali bichromicum: Coriza c/ catarro amarelo ou amarelo esverdeado, irritante,
filamentoso e grudento.
Euphrasia: Coriza serosa / mucoide, não irritante, com lacrimejamento irritante.
Fotofobia acompanhada de tosse.
5. SISTEMA LOCOMOTOR
Laminite
Arnica: reduz o edema.
Histaminum: atua impedindo a degranulação dos mastócitos.
Bryonia: atenua a dor.
Pulsatilla: congestão venosa nas extremidades.
6. SISTEMA DIGESTÓRIO
Cólica (abdômen agudo):
Aconitum: cólica espasmódica aguda, com desejo constante e ineficaz de
urinar. Paralisia e inatividade do colo transverso acompanhada
sensibilidade no baixo ventre.
Alumina: cólica flatulenta com distensão abdominal. Elimina gases e não
melhora. Retenção fecal
Antimonium crudum: cólicas por alimentação inadequada. Abdomen
distendido parecendo que vai romper. Transpiração fria.
Argentum nitricum: cólica gástrica. Dispnéia e agitação. Flatulência.
Sudorese profusa.
7. Arsenicum album: logo após frio intenso ou após ter se alimentado.
Abdômen inchado (mais no hipocôndrio
esquerdo). Extremidades frias.
Angustia e agitação.
Belladona: dor intensa agg. ao caminhar. Timpanismo no cólon transverso.
Taquicardia com pulso cheio e duro. Pupilas dilatadas. Pele seca, quente e
extremidades frias.
Carbo vegetabilis: Causalidade: friagem e/ou após ter sido transportado.
Ingestão de água fria ou vegetais “flatulentos”. Cólica gástrica. Flatulência
na parte anterior do abdômen. Pulso fraco e fino. Extremidades geladas.
Sudorese fria.
8. Colocynthis:
cólica
surgida
após
ter
sido
repreendido.
Melhora
movimentando-se e arqueando o dorso. Flatulência. Pulso duro e rápido.
Catarro na fezes.
Chamomilla: abdômen distendido. Gases na região do hipocôndrio.
Elimina os gases e não melhora. Irritabilidade. Não tolera ser tocado.
Inquietação extrema.
China: cólica após beber água fria. Borborigmos intestinais aumentados.
Gases ocupando todo o abdome. Flatos fétidos, que não aliviam a dor.
Melhora em locais quentes e pelo movimento.
9. Lachesis:
abdômen
distendido,
quente
e
sensível.
Borborígmos
aumentados e acompanhados de diarréia. Flatos eliminados de forma
ruidosa. Tenesmo vesical.
Opium: cólica com obstrução intestinal. Flatulência acumulada na parte
anterior do abdômen. Sudorese quente.
Lycopodium: distensão abdominal, com flatos localizados especialmente
no ângulo esplênico do cólon e parte inferior do abdomen. Ruídos de
líquidos e borborígmos. Hipersensibilidade à dor. Disúria. Sudorese fria.
10. Nux vomica: sensibilidade e tensão
da parede abdominal. Distensão
flatulenta com cólicas espasmódicas. Timpanismo acentuado na região do
hipocôndrio, acompanhado de borborígmos ruidosos. Flatuelência. Cólicas
causada
por
alimentos
não
digeridos.
Intussuscepção.Irritabilidade
extrema.
Phosphorus: flatos concentrados no hipocôndrio direito Timpanismo no
cecum e cólon transverso. Corpo frio e cabeça quente. Sudorese.
Plumbum: obstipação e disúria. Tenesmo vesical. Sudorese fria. O animal
muda constantemente de lugar.
11. SISTEMA LOCOMOTOR
Tendinites, sinovites e artrites
Rhus toxicodendron: dor melhora com movimentos leves, piora com
aplicação fria no local e agg por pressão local. Melhora com aplicação de
calor. (Não se deve enfaixar e nem aplicar ducha fria.)
Bryonia alba: dor melhora com repouso e pressão local. Melhora com
aplicação fria no local. (Deve ser enfaixado e receber ducha fria)
Ruta: quando há rompimento de ligamentos peri-articulares.
12. Traumatismos nos tecidos moles
Arnica montana: Com ou sem hematoma. Ação antiflogística: acelera a
reabsorção do edema e alivia a dor. Indicado no pós-parto.
Bellis perenis: traumatismo medular. Equimoses.
Ledum palustres: provocado por objetos pontiagudos. Traumatismo nos
olhos e pálpebras acompanhado de equimose.
Staphisagria: provocado por objetos cortantes. Indicado no pós-operatório
imediato.
Hypericum: traumatismos em regiões muito sensíveis. (Região palmoplantar e coxis)
13. Traumatismos nos tecidos duros
Ruta graveolens: nos ossos, acompanhado de grande extravasamento
de sangue.
Natrum sulfuricum: traumatismo craniano ou medular.
Symphytum: nos ossos, quando provocado por objetos contundentes.
14. Fraturas
Arnica montana: usada logo após o acidente reduz o edema e a dor.
Calendula: em fraturas expostas. (Tintura-mãe: uso tópico)
Calcarea phosphorica: estimula a formação do calo ósseo.
Symphytum: alivia a dor e favorece a consolidação.
Silicea: quando a consolidação estiver lenta. Na osteomielite provoca a
eliminação do seqüestro.