O documento descreve as atrações turísticas da cidade de Livingstone, na Zâmbia, incluindo safáris, visitas a tribos locais e as famosas Cataratas de Vitória. Destaca o luxuoso hotel The Royal Livingstone, às margens do Rio Zambezi, com belas vistas das cataratas e atividades como passeios de helicóptero, elefante e jatinho. A cultura e hospitalidade local também são ressaltadas, com a descrição de uma visita à tribo Mukuni.
Descubra a África dos Sonhos em Livingstone, na Zâmbia
1. TURISMO texto e fotos Cris Berger
ÁFRICA dos sonhos
De safáris a passeios para conhecer tribos africanas,
um programa cheio de aventuras aguarda os visitantes
em Livingstone, na Zâmbia
Visitantes durante
passeio pela savana
africana a bordo
de elefantes: uma
das muitas opções de
aventura na cidade
de Livingstone,
na Zâmbia
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2. TURISMO
I
nusitados safáris, vôos de helicóptero e passeios pela queda d’água das cataratas e um belo pôr-do-sol.
para conhecer tribos são algumas das atrações da Também é o lugar ideal para pedir um drinque e curtir a
pacata cidade de Livingstone, localizada no sul da chegada da noite.
Zâmbia, na África. É nessa cidadezinha que estão as fa- O restaurante tem um amplo espaço ao ar livre. Uma
mosas cataratas de Victoria Falls, uma das Sete Mara- dica é reservar com antecedência uma mesa que fica em-
vilhas do Mundo, eleitas Patrimônio da Humanidade pe- baixo de uma grande árvore e lá desfrutar de um jantar à
la Unesco em 1989. Longe de ser um destino conhecido luz de velas. Um imenso jardim congrega o deque, com
como a África do Sul, o lugar, que tem cerca de 97 mil ha- bancos para descansar, piscina, tenda de massagens e
bitantes, carrega o autêntico ar africano. A população, sala, onde é servido o high tea. No entanto, café da ma-
98% formada por bantos, é predominantemente negra. nhã, almoço e jantar também dão direito a vista para o
O inglês é a língua oficial, e a moeda local é o kwacha Zambezi. No meio de um gramado verdinho está a pisci-
zambiano. No verão, as temperaturas na região variam na retangular, cercada por espreguiçadeiras brancas –
entre 25 e 35º. cenário ideal para tirar o dia apenas para ler um livro, dar
A melhor dica de hospedagem, e sinônimo de luxo e um mergulho e admirar a beleza das águas do rio em mo-
conforto, é o The Royal Livingstone Hotel, eleito pelos vimento. Aproveite para agendar uma relaxante massa-
leitores da revista especializada Condé Nast Traveller gem na tenda decorada com flores.
como um dos 25 melhores resorts da África. No entardecer, ao voltar para o quarto, o hóspede
Para chegar a Livinsgtone, deve-se embarcar para se depara com uma banheira em estilo vitoriano e uma
Johannesburgo, na África do Sul. De lá, é preciso pegar vela acesa convidando para um aromático banho de Conforto e
exclusividade
mais um vôo, com duração estimada de uma hora e imersão. Após o jantar, desfrute de um saboroso licor são marcas das
meia. O visto é tirado no aeroporto, ao entrar na Zâmbia, acomodações
do The Royal
onde é exigida a vacina contra a febre amarela.
Livingstone Hotel.
Na página ao
NA BEIRA DO RIO ZAMBEZI, UM LUGAR PARA FICAR... lado, zebras
encontradas
Há diversas programações emocionantes para quem vi- durante safáris
sita Livingstone, desde acordar cedo e encarar um safá- diurnos
ri a bordo de um Land Rover até acabar o dia sacolejan-
do em cima de um elefante savana adentro. As ativida-
des podem ser agendadas direto no hotel. Mas antes de
sair para explorar a região, não deixe de curtir as mordo-
mias e a beleza do The Royal Livingstone Hotel, projeta-
do em estilo colonial, com 173 acomodações distribuí-
das em blocos de dois andares. Todos os quartos têm va-
randa com vista para o jardim e decoração africana, sem
cair no exagero.
A localização do hotel é perfeita, às margens do Rio
Zambezi e próximo da Victoria Falls, em sintonia total
com a natureza. Um dos lugares mais concorridos do ho-
tel é o deque, de onde se pode ver a fumaça produzida
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3. TURISMO
ra quem quer ter uma noção real da beleza e da dimensão das catara-
tas, o ideal é fazer um vôo panorâmico. Logo que o helicóptero ganha
altitude é possível enxergar uma nuvem de fumaça branca no horizon-
te. À medida que ele se aproxima, percebe-se um grande buraco, on-
de a água cai com tremenda força e volume. Uma ponte liga os dois
países e a partir dela os mais corajosos fazem saltos de bungee jump.
Não encerre a temporada sem conhecer os mukuni. O passeio va-
le pela experiência de observar como vive uma tribo africana. Nada
foi construído para turistas, apenas “as portas estão abertas”.
Inclusive a proposta é bem organizada. Uma moradora que faz papel
de guia leva os visitantes para conhecer os hábitos e as moradias da
aldeia de Leya, que existe desde o século 11 e onde hoje vivem cerca
de 6.000 pessoas. Enquanto você caminha pelo vilarejo e conhece
Em sentido horário, a partir da página à esquerda, pôr-do-sol
no deque do The Royal Livingstone Hotel, zambiense
mostra artesanato local e sobremesa servida no hotel
na sala do high tea, que tem um suntuoso piano de cauda preto,
além de bar, sofás e um terraço com mesinhas e cadeiras viradas
para o rio. Todos os dias, às cinco da tarde, um verdadeiro manjar
com quitutes doces e salgados é servido aos hóspedes. Em uma
mesa de bufê, pequenas porções apresentadas de forma muito de- um dos elefantes, dois passageiros e o condutor. O pas-
licada são a mais bem-vinda perdição. seio dura em torno de duas horas. O guia passa o tempo
todo falando com seu “meio de transporte” e você reza
AVENTURA AFRICANA para que eles estejam se entendendo.
No quesito safári há duas opções: dentro e fora do Rio Zambezi. Os Um passeio que jamais poderia ficar de fora é ver as
safáris motorizados com Land Rovers acontecem bem cedinho, águas da Victoria Falls – na fronteira entre a Zâmbia e o
quando o sol está baixo e os animais ainda não foram dormir. É à Zimbábue – o mais perto possível. As cataratas estão den-
noite que acontecem as caças; por isso, o amanhecer é o melhor tro do Parque Mosi-ao-Tunya, e lá trilhas levam de um mi-
momento para avistar girafas, zebras, elefantes, rinocerontes e ou- rante a outro. De repente, você se depara com uma pon-
tros animais. O safári dentro do rio é realizado a bordo de um jet te, pensa em atravessá-la e vê capas de chuva e chinelos
boat, de onde é possível observar um número incrível de pássaros, para alugar. Para quê? O motivo é óbvio: não se molhar.
além de crocodilos e hipopótamos. Mas a verdade é que o mais divertido é sair encharcado –
Passear em cima de um elefante é divertido e rende uma bela apenas leve uma sacola plástica para proteger sua câme-
história para contar. Uma espécie de cadeirinha é acomodada no ra. No mais, deixe-se molhar pelas milhares de gotículas
animal e a partida acontece a partir de uma plataforma. O guia toma causadas pela queda de 650 milhões de litros d’água,
a frente nos assentos improvisados, e a aventura começa. Em cada que despencam de mais de cem metros de altura. Mas pa-
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como a tribo divide o trabalho e se organiza, vai escutar a história do
missionário escocês David Livingstone (1813-1873), que fazia expedi-
ções pela África à procura do Rio Nilo e chegou por essas bandas em
1866 – quando foi recebido com espanto pelos mukunis, pois eles
nunca haviam visto um homem de pele branca antes. Passada a sur-
presa, Livingstone se tornou um grande amigo da tribo e fez muito por
ela. Sua presença e atuação foram tão relevantes que a cidade ga-
nhou o seu nome. O artesanato é uma forma de subsistência dos mu-
kunis. Os produtos estão à venda no final do tour.
Depois dessa dose de aventura e do mergulho na cultura zam-
biense, seu passaporte nunca mais será o mesmo.
SERVIÇO:
Quem voa:
South African Airways: www.flysaa.com
Quem leva:
Maktour: www.maktour.com.br
À esquerda, árvore presente em área da tribo
mukuni, que pode ser visitada pelos turistas. No
alto da página, animais locais e, acima, zambiense
em Livingstone. Na página ao lado, vista aérea
das impressionantes cataratas de Victoria Falls
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