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1950 2010
A proclamação do dogma da Assunção de Maria ao Céu, a 1 de novembro de 1.950.
Todos os povos e todas as nações estavam representados naquela imensa multidão ondulante; os cantos e as orações fundiam-se harmonicamente. Precedido da branca procissão dos Bispos em pluvial e mitra, apareceu na sédia gestatória o Papa. Depois de ter implorado a assistência do Espírito Santo, Pio XII definiu solenemente "ser dogma revelado por Deus que a Imaculada Mãe de Deus sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrena, foi assunta em alma e corpo à glória celeste"   ( Pio XII, Munificentissimus   Deus, in Denz-H., n° 3903. Cfr. também o texto in AAS, 42 (1950), pp. 767-770.)
 
Desde a madrugada daquele dia, a Praça de São Pedro, ainda submersa no silêncio, "transformou-se num amplo e desmesurado mar, em que se revezavam incessantemente correntes inconteníveis  de povo"  (I rmã Pascalina LEHNERT, "Pio XII.  Il privilegio di servirlo", tr. it., Rusconi, Milão, 1984, p. 172 )
O mundo inteiro, exultante, acompanhou pela rádio as cerimônias que decorriam na praça. "Parecia uma visão, mas era uma realidade: Pio XII abençoou até alta noite porque a multidão não cessava de o chamar. Quando a janela se fechou, cada caudal de povo que deixava a praça era substituído por outro. Todos queriam ser abençoados ainda mais uma vez antes que aquele dia maravilhoso acabasse"  (Irmã P. LEHNERT, "Pio XII", cit., p. 174. )
 
Constitución Munificentisimus Deus: Pio XII ¨Depois de  elevar a  Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a Luz  do Espírito da Verdade, para a glória  de Deus onipotente, que deu à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para  honra de seu filho, rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória de tão augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, do bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrena, foi assunta em corpo e alma ao céu.¨
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O Papa falando " ex-cathedra ", quer dixer, que fala e determina algo em virtude da autoridade suprema que tem como Vigário de Cristo e Cabeça Visível da Igreja, Mestre Supremo da Fé, com intenção de propor um assunto como crença obrigatória dos fiéis Católicos.
 
“ O dogma da Assunção  afirma que o corpo de María foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, mesmo que para os demais homens a ressurreição dos corpos terá lugar no fim do mundo, para María a glorificação de seu corpo se anticipou por singular privilégio" ( Pp JP II, 2-julio-97).
 
"Contemplando o mistério da  Assunção da Virgem , é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito à humanidade: depois de Cristo, Verbo encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realiza o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade, prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos" (JP II , Audiência General del 9-julho-97).
Continúa o Papa: "Maria Santíssima nos mostra o destino final de quem `ouve a Palavra de Deus e a cumpre' (Lc. 11, 28).  Nos estimula a elevar nosso olhar para as alturas, onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde está também a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial" (JP II, 15-agosto-97)
 
São Bernardo   (1º Sermão para a Assunção  ) «Hoje a Virgem Maria sobe, gloriosa, ao céu. É o cúmulo de alegria dos anjos e dos santos. Com efeito, se uma simples palavra sua de saudação fez exultar o menino que ainda estava no seio materno (Lc 1, 44), qual não terá sido o regozijo dos anjos e dos santos, quando puderam ouvir a sua voz, ver o seu rosto, e gozar da sua presença abençoada! E para nós, irmãos bem-amados, que festa a da sua assunção gloriosa, que motivo de alegria e que fonte de júbilo temos hoje! A presença de Maria ilumina o mundo inteiro, a tal ponto resplandece o céu, irradiado pelo brilho desta Virgem plenamente santa. Por conseguinte, é justificadamente que ecoa nos céus a ação de graças e o louvor”.
 
São Germano de Constantinopla:   «Quando deixaste a terra, evidentemente subiste ao céu; mas devo dizer que antes não estavas excluída dos céus, e que depois, ao elevar-te por cima dos coros celestiais, mostrando-te muito superior às criaturas terrestres, não deixaste a terra; na verdade, ao mesmo tempo embelezaste os céus e iluminaste a terra com uma grande claridade, ¡oh Mãe de Deus! Tua vida neste mundo não se tornou diferente à vida celestial; teu transito tampouco modificou tuas relações espirituais com os homens.
Por isso, podemos estar bem seguros de que assim como durante tua estadia neste mundo permanecias junto a Deus, tua mudança da condição humana não foi  motivo para que abandones aos que estão no mundo. Todos ouvimos tua voz, e todas nossas vozes chegam aos teus ouvidos atentos; tu nos conheceis quando nos socorreis e nós reconhecemos teu auxilio sempre magnífico, e que nada -falo de tua morte- pôde constituir um obstáculo para o conhecimento mutuo entre tu e teus servidores».
 
 
São Bernardo: «Um precioso presente enviou ao céu nossa terra hoje, para que, dando e recebendo, se associe, em trato feliz de amizade, o humano ao divino, o terreno ao celestial, o ínfimo ao sumo. Porque para lá ascendeu o fruto sublime da terra, de onde descendem as preciosíssimas dádivas e os dons perfeitos. Subindo, pois, ao alto, a Virgem bem-aventurada outorgará copiosos dons aos homens. E como não dará? Não lhe falta poder nem vontade.
Rainha dos céus és, misericordiosa és; finalmente, Mãe do Unigênito Filho de Deus. Nada há que possa dar-nos maior excelsa idéia da grandeza de seu poder ou de sua piedade, a não ser que alguém pudesse chegar a crer que o Filho de Deus se nega a honrar a sua Mãe ou pudesse duvidar de que estão como impregnadas da mais bela caridade as entranhas de Maria, nas quais a mesma caridade que procede de Deus descansou corporalmente  nove meses».
 
 
 
 
Plìnio Correa de Oliveira: "Santo do Dia", 10 de agosto de 1968 Nosso Senhor quis que Nossa Senhora tivesse a mesma forma de glória (que Ele teve), e que assim como Ela tinha participado de maneira única do mistério da cruz, participasse também da glorificação dEle. E a glorificação dEla se dava por esta forma, sendo levada aos céus. Mas era uma assunção e não uma ascensão. A ascensão era a subida de Nosso Senhor ao Céu por Sua própria força, pelo Seu próprio poder. A assunção não é uma ascensão. Nossa Senhora não subiu ao Céu por um poder inerente à sua natureza: Ela subiu ao Céu pelo ministério dos Anjos, Ela foi carregada, foi levada ao Céu pelos Anjos.
E esta foi a grande glorificação dEla nesta terra, prelúdio da glorificação dEla no Céu; porque no momento em que Ela subiu ao Céu, foi coroada como Filha dileta do Padre Eterno, como Mãe admirável do Verbo Encarnado e como Esposa fidelíssima do Divino Espírito Santo. Ela teve uma glorificação na terra e depois uma glorificação no Céu .
E nós devemos conceber a Assunção como tendo sido um fenômeno gloriosísimo. Infelizmente, os pintores da Renascença, e os que de lá para cá nos apresentaram a Assunção, não souberam descrever de um modo adequado a glória que deve ter cercado este espetáculo. Nós devemos imaginar o seguinte: é próprio às coisas da terra que quando se quer glorificar alguém, todo mundo - vamos dizer numa casa, por exemplo - se põe nos seus melhores trajes, na casa se exibem os melhores objetos, se ornamenta a casa com flores, tudo o que há de mais nobre na casa é exibido para glorificar a pessoa a quem se quer homenagear.
Esta regra está dentro da ordem natural das coisas e é seguida também no Céu. E é claro que o maior brilho da natureza angélica, o fulgor mais estupendo da glória de Deus nos Anjos tem que ter aparecido exatamente no momento em que subiu ao Céu Nossa Senhora. E deveriam estar - se for permitido aos mortais considerarem os Anjos com seus próprios olhos - rutilantíssimos, com um esplendor absolutamente invulgar.
E se não foi dado a todos os mortais contemplar os Anjos nesta ocasião, é certo pelo menos que a presença deles se fazia sentir de um modo imponderável; porque muitas vezes na história a presença dos Anjos se faz sentir de um modo imponderável, embora não seja propriamente uma visão, ou uma revelação deles.
E é natural também que nesta hora o sol tenha brilhado de um modo magnífico, que o céu tenha ficado com cores variadas refletindo de modo diverso, como numa verdadeira sinfonia, a glória de Deus. E é natural que as almas das pessoas felizes que estavam ali presentes tenham sentido essa glória em si de um modo extraordinário, de maneira tal que tenha havido ali uma verdadeira manifestação do esplendor de Deus em Nossa Senhora. Mas nenhum desses esplendores podia se comparar com o próprio esplendor de Nossa Senhora subindo ao Céu.
À medida que Ela ia subindo, com certeza, como numa verdadeira transfiguração, como num verdadeiro monte Tabor, a glória interior dEla ia transparecendo aos olhos dos homens. Falando dEla diz o Antigo Testamento:  omnis glória filia regis ab intos  - toda [a] glória da filha do rei lhe vem de dentro, daquilo que está dentro dEla. E com certeza essa glória interna que Ela tinha se manifestou do modo mais estupendo quando, já no alto de sua trajetória celeste, Ela olhou uma última vez para os homens, antes de definitivamente deixar esse vale de lágrimas e ingressar diante da glória de Deus.
Devemos considerar o fato que todo mundo conta, que a tradição narra, a respeito de São Tomé. São Tomé, duvidou e porque ele duvidou foi convidado por Nosso Senhor a meter a mão na chaga sagrada do flanco dEle, para certificar-se que era realmente Nosso Senhor. Ele recebeu Pentecostes, se tornou um apóstolo confirmado em graça, tornou-se um grande santo. Mas conta uma tradição venerável que, porque duvidou, na hora da morte de Nossa Senhora ele não estava presente, nem na hora da Assunção; e que chegou quando Nossa Senhora já estava subindo ao Céu, já estava a certa distância da terra; foi aí que ele foi trazido pelos Anjos para contemplar o resto da Assunção.
 
 
Assumpta est  Maria in caelum; gaudet exercitus angelorum. Alleluia.
 
 

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  • 2. A proclamação do dogma da Assunção de Maria ao Céu, a 1 de novembro de 1.950.
  • 3. Todos os povos e todas as nações estavam representados naquela imensa multidão ondulante; os cantos e as orações fundiam-se harmonicamente. Precedido da branca procissão dos Bispos em pluvial e mitra, apareceu na sédia gestatória o Papa. Depois de ter implorado a assistência do Espírito Santo, Pio XII definiu solenemente "ser dogma revelado por Deus que a Imaculada Mãe de Deus sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrena, foi assunta em alma e corpo à glória celeste"  ( Pio XII, Munificentissimus   Deus, in Denz-H., n° 3903. Cfr. também o texto in AAS, 42 (1950), pp. 767-770.)
  • 4.  
  • 5. Desde a madrugada daquele dia, a Praça de São Pedro, ainda submersa no silêncio, "transformou-se num amplo e desmesurado mar, em que se revezavam incessantemente correntes inconteníveis  de povo" (I rmã Pascalina LEHNERT, "Pio XII.  Il privilegio di servirlo", tr. it., Rusconi, Milão, 1984, p. 172 )
  • 6. O mundo inteiro, exultante, acompanhou pela rádio as cerimônias que decorriam na praça. "Parecia uma visão, mas era uma realidade: Pio XII abençoou até alta noite porque a multidão não cessava de o chamar. Quando a janela se fechou, cada caudal de povo que deixava a praça era substituído por outro. Todos queriam ser abençoados ainda mais uma vez antes que aquele dia maravilhoso acabasse" (Irmã P. LEHNERT, "Pio XII", cit., p. 174. )
  • 7.  
  • 8. Constitución Munificentisimus Deus: Pio XII ¨Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a Luz do Espírito da Verdade, para a glória de Deus onipotente, que deu à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra de seu filho, rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória de tão augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, do bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrena, foi assunta em corpo e alma ao céu.¨
  • 9.
  • 10. O Papa falando " ex-cathedra ", quer dixer, que fala e determina algo em virtude da autoridade suprema que tem como Vigário de Cristo e Cabeça Visível da Igreja, Mestre Supremo da Fé, com intenção de propor um assunto como crença obrigatória dos fiéis Católicos.
  • 11.  
  • 12. “ O dogma da Assunção afirma que o corpo de María foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, mesmo que para os demais homens a ressurreição dos corpos terá lugar no fim do mundo, para María a glorificação de seu corpo se anticipou por singular privilégio" ( Pp JP II, 2-julio-97).
  • 13.  
  • 14. "Contemplando o mistério da Assunção da Virgem , é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito à humanidade: depois de Cristo, Verbo encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realiza o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade, prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos" (JP II , Audiência General del 9-julho-97).
  • 15. Continúa o Papa: "Maria Santíssima nos mostra o destino final de quem `ouve a Palavra de Deus e a cumpre' (Lc. 11, 28). Nos estimula a elevar nosso olhar para as alturas, onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde está também a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial" (JP II, 15-agosto-97)
  • 16.  
  • 17. São Bernardo (1º Sermão para a Assunção ) «Hoje a Virgem Maria sobe, gloriosa, ao céu. É o cúmulo de alegria dos anjos e dos santos. Com efeito, se uma simples palavra sua de saudação fez exultar o menino que ainda estava no seio materno (Lc 1, 44), qual não terá sido o regozijo dos anjos e dos santos, quando puderam ouvir a sua voz, ver o seu rosto, e gozar da sua presença abençoada! E para nós, irmãos bem-amados, que festa a da sua assunção gloriosa, que motivo de alegria e que fonte de júbilo temos hoje! A presença de Maria ilumina o mundo inteiro, a tal ponto resplandece o céu, irradiado pelo brilho desta Virgem plenamente santa. Por conseguinte, é justificadamente que ecoa nos céus a ação de graças e o louvor”.
  • 18.  
  • 19. São Germano de Constantinopla: «Quando deixaste a terra, evidentemente subiste ao céu; mas devo dizer que antes não estavas excluída dos céus, e que depois, ao elevar-te por cima dos coros celestiais, mostrando-te muito superior às criaturas terrestres, não deixaste a terra; na verdade, ao mesmo tempo embelezaste os céus e iluminaste a terra com uma grande claridade, ¡oh Mãe de Deus! Tua vida neste mundo não se tornou diferente à vida celestial; teu transito tampouco modificou tuas relações espirituais com os homens.
  • 20. Por isso, podemos estar bem seguros de que assim como durante tua estadia neste mundo permanecias junto a Deus, tua mudança da condição humana não foi motivo para que abandones aos que estão no mundo. Todos ouvimos tua voz, e todas nossas vozes chegam aos teus ouvidos atentos; tu nos conheceis quando nos socorreis e nós reconhecemos teu auxilio sempre magnífico, e que nada -falo de tua morte- pôde constituir um obstáculo para o conhecimento mutuo entre tu e teus servidores».
  • 21.  
  • 22.  
  • 23. São Bernardo: «Um precioso presente enviou ao céu nossa terra hoje, para que, dando e recebendo, se associe, em trato feliz de amizade, o humano ao divino, o terreno ao celestial, o ínfimo ao sumo. Porque para lá ascendeu o fruto sublime da terra, de onde descendem as preciosíssimas dádivas e os dons perfeitos. Subindo, pois, ao alto, a Virgem bem-aventurada outorgará copiosos dons aos homens. E como não dará? Não lhe falta poder nem vontade.
  • 24. Rainha dos céus és, misericordiosa és; finalmente, Mãe do Unigênito Filho de Deus. Nada há que possa dar-nos maior excelsa idéia da grandeza de seu poder ou de sua piedade, a não ser que alguém pudesse chegar a crer que o Filho de Deus se nega a honrar a sua Mãe ou pudesse duvidar de que estão como impregnadas da mais bela caridade as entranhas de Maria, nas quais a mesma caridade que procede de Deus descansou corporalmente nove meses».
  • 25.  
  • 26.  
  • 27.  
  • 28.  
  • 29. Plìnio Correa de Oliveira: "Santo do Dia", 10 de agosto de 1968 Nosso Senhor quis que Nossa Senhora tivesse a mesma forma de glória (que Ele teve), e que assim como Ela tinha participado de maneira única do mistério da cruz, participasse também da glorificação dEle. E a glorificação dEla se dava por esta forma, sendo levada aos céus. Mas era uma assunção e não uma ascensão. A ascensão era a subida de Nosso Senhor ao Céu por Sua própria força, pelo Seu próprio poder. A assunção não é uma ascensão. Nossa Senhora não subiu ao Céu por um poder inerente à sua natureza: Ela subiu ao Céu pelo ministério dos Anjos, Ela foi carregada, foi levada ao Céu pelos Anjos.
  • 30. E esta foi a grande glorificação dEla nesta terra, prelúdio da glorificação dEla no Céu; porque no momento em que Ela subiu ao Céu, foi coroada como Filha dileta do Padre Eterno, como Mãe admirável do Verbo Encarnado e como Esposa fidelíssima do Divino Espírito Santo. Ela teve uma glorificação na terra e depois uma glorificação no Céu .
  • 31. E nós devemos conceber a Assunção como tendo sido um fenômeno gloriosísimo. Infelizmente, os pintores da Renascença, e os que de lá para cá nos apresentaram a Assunção, não souberam descrever de um modo adequado a glória que deve ter cercado este espetáculo. Nós devemos imaginar o seguinte: é próprio às coisas da terra que quando se quer glorificar alguém, todo mundo - vamos dizer numa casa, por exemplo - se põe nos seus melhores trajes, na casa se exibem os melhores objetos, se ornamenta a casa com flores, tudo o que há de mais nobre na casa é exibido para glorificar a pessoa a quem se quer homenagear.
  • 32. Esta regra está dentro da ordem natural das coisas e é seguida também no Céu. E é claro que o maior brilho da natureza angélica, o fulgor mais estupendo da glória de Deus nos Anjos tem que ter aparecido exatamente no momento em que subiu ao Céu Nossa Senhora. E deveriam estar - se for permitido aos mortais considerarem os Anjos com seus próprios olhos - rutilantíssimos, com um esplendor absolutamente invulgar.
  • 33. E se não foi dado a todos os mortais contemplar os Anjos nesta ocasião, é certo pelo menos que a presença deles se fazia sentir de um modo imponderável; porque muitas vezes na história a presença dos Anjos se faz sentir de um modo imponderável, embora não seja propriamente uma visão, ou uma revelação deles.
  • 34. E é natural também que nesta hora o sol tenha brilhado de um modo magnífico, que o céu tenha ficado com cores variadas refletindo de modo diverso, como numa verdadeira sinfonia, a glória de Deus. E é natural que as almas das pessoas felizes que estavam ali presentes tenham sentido essa glória em si de um modo extraordinário, de maneira tal que tenha havido ali uma verdadeira manifestação do esplendor de Deus em Nossa Senhora. Mas nenhum desses esplendores podia se comparar com o próprio esplendor de Nossa Senhora subindo ao Céu.
  • 35. À medida que Ela ia subindo, com certeza, como numa verdadeira transfiguração, como num verdadeiro monte Tabor, a glória interior dEla ia transparecendo aos olhos dos homens. Falando dEla diz o Antigo Testamento: omnis glória filia regis ab intos - toda [a] glória da filha do rei lhe vem de dentro, daquilo que está dentro dEla. E com certeza essa glória interna que Ela tinha se manifestou do modo mais estupendo quando, já no alto de sua trajetória celeste, Ela olhou uma última vez para os homens, antes de definitivamente deixar esse vale de lágrimas e ingressar diante da glória de Deus.
  • 36. Devemos considerar o fato que todo mundo conta, que a tradição narra, a respeito de São Tomé. São Tomé, duvidou e porque ele duvidou foi convidado por Nosso Senhor a meter a mão na chaga sagrada do flanco dEle, para certificar-se que era realmente Nosso Senhor. Ele recebeu Pentecostes, se tornou um apóstolo confirmado em graça, tornou-se um grande santo. Mas conta uma tradição venerável que, porque duvidou, na hora da morte de Nossa Senhora ele não estava presente, nem na hora da Assunção; e que chegou quando Nossa Senhora já estava subindo ao Céu, já estava a certa distância da terra; foi aí que ele foi trazido pelos Anjos para contemplar o resto da Assunção.
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  • 39. Assumpta est Maria in caelum; gaudet exercitus angelorum. Alleluia.
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