O poema descreve as memórias afetuosas do pai do autor quando criança, como sua forte presença física e sua disciplina rígida. Agora mais velho, o autor reconhece seu pai como uma lenda e acredita que ele continua cuidando de sua família do céu.
1. Gosto de rever
a imagem forte do meu pai,
tremendo o assoalho
ao caminhar,
é doce me lembrar
como se temia
quando ele perdia
a abotoadura,
o guarda-chuva,
a chave de fenda!
Hoje é lenda
a figura enigmática,
a disciplina dura,
a rotina sistemática;
pai não morre,
corre na frente
pra levantar o segredo do
véu
e guardar pra gente
o lugar mais estrelado do
céu.
Meu pai
Ivone Boechat