Uma pesquisa revelou que 27% dos estudantes em Limeira-SP trabalhavam em situação insalubre na produção de jóias. O CEREST-Piracicaba e a Comissão PETI Limeira realizaram uma oficina para 40 membros do conselho municipal e sindicatos para sensibilizá-los sobre os problemas do trabalho infantil e mobilizá-los a debater e propor soluções que não sejam repressivas e sim invirtam o fluxo produtivo, garantindo educação às crianças sem impactar o emprego dos pais.
1. Título: Ações Intersetoriais em Saúde, fortalecendo o controle social nas ações
de erradicação do trabalho infantil em Limeira.
Introdução: A problemática de crianças e adolescentes em situação de trabalho
foi revelada de grande magnitude por pesquisa realizada com estudantes da
rede estadual de ensino no município de Limeira-SP. Foi identificado que o
ramo de jóias e folheados se caracteriza pela informalidade e produção em
domicílios envolvendo crianças e adolescentes (27% dos estudantes) em
trabalho penoso e insalubre. Para o enfrentamento da questão o CEREST-
Piracicaba (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Piracicaba) em
parceria com a Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil de
Limeira (Comissão PETI Limeira) desenvolvem ações desde o inicio do ano de
2007. Objetivo: Este estudo relata experiência de oficina realizada em 2007
pelo CEREST-Piracicaba, em parceria com o CEREST-Rio Claro, enfocando a
saúde dos trabalhadores, enfatizando, a saúde tangente à atividade econômica
infanto-juvenil. O evento foi apoiado pelo Centro de Integração de Ensino e
Serviço – Leste-Paulista (CIES) e pela Comissão PETI Limeira. Metodologia:
Por meio de metodologia problematizadora, a oficina teve como público-alvo
membros do Conselho Municipal de Saúde e do Conselho Municipal de Defesa
dos Direitos das Crianças e Adolescentes, Lideres Sindicais e Comunitários,
totalizando 40 participantes, os quais trabalharam por oito horas consecutivas.
Resultados: Início de desconstrução social de mitos sobre o trabalho infantil
através da sensibilização para o problema dos membros da sociedade civil que
participam ativamente nos espaços de gestão coletiva municipal. A avaliação
dos participantes mostrou satisfação com a discussão, reconhecendo a
importância da ação, mobilizando os diversos setores para o debate e
propositura de projetos de intervenção. Conclusão: O desafio da saúde do
trabalhador é desencadear ações não repressivas às vitimas e suas famílias,
que intervenham na raiz do problema por meio da inversão do fluxo produtivo
de jóias e bijuterias, sem impactar no desemprego dos pais e garantindo às
crianças ensino, cultura, esporte e lazer.
Autores:
Luis Eduardo Cobra Lacorte (Psicólogo do CEREST Piracicaba)
Mara Alice Conti Takahashi (Socióloga do CEREST Piracicaba)
Sandra Renata Canale Duracenko. (Equipe de capacitação do CEREST
Piracicaba)
Ecléa Speridião Bravo. (médica do trabalho do CEREST Piracicaba)
Rodolfo Andrade de Gouveia Vilela (Coordenador do CEREST Piracicaba)
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