Moradores de um bairro em Itaquaquecetuba reclamam de um terreno abandonado pertencente à prefeitura que vem sendo usado como depósito de lixo. O acúmulo de entulho atrai insetos e ratos e causa problemas de infiltração e doenças. A prefeitura prometeu solucionar o problema até segunda-feira.
Lixo e entulho abandonados causam problemas em bairro
1. 24 18 de janeiro de 2014Jornal Popular - O verdadeiro jornal do povo
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Móveis e carros abandonados em terreno
Moradores do bairro reclamam do acúmulo de lixo em terreno que pertence à Prefeitura e está abandonado
Heloisa Ikeda
De Itaquá
Um terreno abando-
nado na Rua Nilópolis,
bairro Jardim São Ro-
berto em Itaquaquece-
tuba, vem sendo usado
como depósito de lixo
e entulho de todo tipo.
Até mesmo carcaças de
carros velhos são dei-
xadas no local. Segundo
a moradora Suelene
da Silva Araújo, que
denunciou a situação,
o terreno pertence a
prefeitura e está aberto
há cerca de 3 anos. Com
a sujeira acumulada
outros problemas aca-
bam surgindo como,
por exemplo, a pro-
liferação de insetos
e ratos, a infiltração
de água nas casas vi-
zinhas, a transmissão
de doenças, além do
perigo para as crianças
que transitam no lugar.
O gesseiro Melquia-
des Dias do Nascimento
sente-se muito preju-
dicado pelo lixo e pelo
esgoto entupido que
há nas ruas. “As pes-
soas jogam lixo aqui e
ninguém vem tirar. Daí
acaba juntando rato
e mosquito”, relata.
Jardim São Roberto
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Pessoas também jogam lixo domiciliar no local, o que atrai ratos e insetos
Ele ainda completa
dizendo que o local
é muito perigoso,
pois além de conter
todo tipo de material
cortante ainda pode
colaborar para a pro-
liferação da dengue.
Nascimento também
afirma que ouviu dizer
que fariam uma área
de lazer para crianças
no local, porém “tudo
ficou só no boato”.
A manicure Suelene
da Silva Araújo que mora
há 8 anos no bairro
contou que o terreno
é da prefeitura e que
teria sido comprado
para que não fizessem
um muro de arrimo na
lateral para impedir
que a água da chuva
chegue até sua casa,
causando prejuízo.
“Não tem aterro nesse
local, todo o lixo que
é deixado aqui infiltra
no solo e contamina
tudo” disse Suelene
que completou: “Da
última vez que vieram
limpar aqui uma retro
escavadeira perdeu o
controle e bateu no
mura da minha casa
e abriu uma rachadura
enorme”. Em outubro
do ano passado foi a
última vez que reali-
zaram uma limpeza na
área, segundo Suelene:
“Mas não constroem
nenhum muro nem
nada para impedir as
pessoas de continua-
rem a jogar lixo, então
volta a sujar tudo de
novo depois”.
Leidzane de Olivei-
ra Santos, operadora
de telemarketing que
também mora ao lado
do terreno também
reclama da umidade
e das rachaduras que
surgem nas paredes
devido aos alagamen-
tos por ser uma casa
abaixo do nível da rua.
Ela também afirma que
muitas crianças vão
brincar no local e aca-
bam se cortando: “As
crianças entram dentro
desses carros velhos e
enferrujados que estão
abandonados aqui para
brincar e acabam se
machucando”.
E os prejuízos cau-
sados pela quantidade
de entulho jogada no
terreno não acabam ai.
“Existe um condomínio
bem ao lado sendo cons-
truído. Que valor que
vai ter uma casa aqui
com esse lixo perto?
Quem, é que vai querer
comprar?”, questiona
Suelene. Ela admite que
a culpa não é apenas
da administração, mas
também da população
que continua jogando
lixo em locais indevidos
da cidade.
Soluções
Na época de campa-
nhas eleitorais, segundo
Suelene, muitos candi-
datos vieram visitar o
bairro e verificaram o
problema do terreno.
A moradora sugeriu
como solução a utili-
zação da área para a
construção de algum
centro educacional para
oferecer cursos para
crianças e adolescen-
tes: “É preciso usar a
área para construir
alguma coisa útil; se
fizerem uma praça
ou área de lazer vai
continuar abandonado
juntando usuários de
drogas como já acon-
tece hoje”. “Se alguém
viesse tentar invadir
o terreno, tenho cer-
teza que viriam para
impedir. Então porque
não pode vir alguém
aqui para arrumar e
usar o local de forma
proveitosa?” reivindica
Suelene.
Além do lixo os
moradores também
reclamam do entu-
pimento da bocas de
lobo que existem bem
em frente ao terreno
citado. Suelene ainda
alegou que já tentou
entrar em contato com
a prefeitura da cidade
para cobrar uma solu-
ção: “Me transferiram
para vigilância sanitária
e mais um monte de
outros setores e a única
resposta que tive foi
que está em projeto.
E ficaram de retornar
depois”.
Outro lado
A assessoria de im-
prensa da prefeitura de
Itaquaquecetuba infor-
mou que a Secretaria
de Serviços Urbanos
estará encaminhando
uma equipe para visto-
riar o local e tomar as
devidas providências.
Segundo a Secretaria, o
caso será solucionado
até a próxima segunda-
feira dia 20 de janeiro.
Local onde a água da chuva fica acumulada
causando infiltrações na Parede da casa de Suelene
Leidzane: crianças
brincam nos carros e
acabam se cortando
Melquiades: o lixo
atrai muitos animais e
mosquitos para cá
Suelene: deveriam usar
a área para construir
útil para o bairro