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Baixar para ler offline
¸˜
                                 ATUALIZACAO: JUN/2009




                                                                Por: NASCIMENTO, J. B
                                                           http://lattes.cnpq.br/5423496151598527
                                                     www.cultura.ufpa.br/matematica/?pagina=jbn
                                                  jbn@ufpa.br, joaobatistanascimento@yahoo.com.br


                            HOMENAGENS
                               ´
                UBIRATAN D’AMBROSIO
                     Prˆmio Felix Klein, 2005.
                        e
            (www.pucsp.br/pos/edmat/memubiratan.html )

                     RODRIGUEZ NETO
              Assassinado em 18/04/2008-Ananindeua-Pa


                                                     ´
                                                CONTEUDO1
                         ´                               ´
       FUNDAMENTO HISTORICO E ASPECTOS METODOLOGICOS PARA O USO                                   P´g.2
                                                                                                   a
       DO TEATRO NO ENSINO DE MATEMATICA´
       UMA PROPOSTA DE PECA¸                                                                      P´g. 2
                                                                                                   a
       MONTAGENS
                      ˆ
       A - CLUBE DE CIENCIAS/ NPADC/ UFPA                                                         P´g. 5
                                                                                                   a
       B - CUBT/CURSO DE PEDAGOGIA /ABAETETUBA / UFPA                                             P´g.5
                                                                                                   a
                                                      ´
       C - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU /ITAITUBA-PA                                      P´g.6
                                                                                                   a
                ¸˜
       PUBLICACOES NO TEMA                                                                        P´g. 7
                                                                                                   a
       INFORMES NO TEMA - Uma breve descri¸ao de alguns trabalhos/propostas.
                                          c˜                                                      P´g. 12
                                                                                                   a
                     ˆ                        ˆ
       OUTRAS REFERENCIAS EM TEATRO & CIENCIA & ARTES                                             P´g. 20
                                                                                                   a




      AVISO:         ´
              ESTE E APENAS UM INFORMATIVO, PORTANTO, NAO GERA           ˜
DIREITO. CONSULTE OS AUTORES. No meu caso todos podem fazer contato para
orienta¸oes, j´ que fa¸o parte de uma universidade p´ blica e, desde de j´, ser´ um
       c˜     a       c                             u                    a     a
prazer. JBN
  1
      Inclui-se na Proposta de livro do mesmo autor Matem´tica para Aprender e Ensinar, Vol. I.
                                                         a
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a       2


 Fundamento Hist´rico e Aspecto Metodol´gico do Uso do Teatro
                o                      o
                   no Ensino da Matem´tica
                                     a
    Nem s´ semelhan¸a f´
           o          c ısica guarda o teatro e a sala de aula. De fato, a aula nasceu bem antes deste
aprisionamento e quase confinamento que hoje esta encerra, nos palcos da mais remota antig¨idade.
                                                                                              u
N˜o existe nenhum ind´
  a                       ıcio s´rio que aponte qualquer defasagem, guardando-se as devidas pro-
                                e                                                       `
por¸oes, e isto exige um bom conhecimento matem´tico, em termos de eficiˆncia educacional, entre
    c˜                                               a                         e
a forma inicial de ensino, a teatral, e a atual.
    Por ser a aula ao ar livre, s´ assistia quem quisesse aprender, enquanto hoje s˜o gastos recursos
                                 o                                                    a
preciosos para obrigar. Assim, sacrificamos a liberdade das nossas crian¸as em troca de quase nada.
                                               `                           c
E mesmo que fosse por tudo, nunca deveria ocorrer: educa¸ao s´ come¸a quando a plenitude da
                                                               c˜ o          c
liberdade ´ conquistada.
           e
    O registro que dispomos do uso do cˆnico no ensino da matem´tica, ap´s consolidar-se na
                                              e                           a         o
hist´ria da educa¸ao esta diferencia¸ao entre teatro e sala de aula, ´ o trabalho da monja Rosvita
    o             c˜                   c˜                              e
de Gandersheim, do s´c. X , ao produzir e montar a pe¸a Sabedoria, a qual foi traduzida no
                           e                                  c
trabalho do Professor da USP Luiz Jean Lauand2 .
    A nossa metodologia consiste em trabalhar e pesquisar em grupo para identificar, entender e pro-
mover a aprendizagem dos elementos e conceitos de matem´tica, bem como os temas transversais.
       `                                                      a
Realiza-se simultaneamente, sess˜es de leitura, exposi¸oes, discuss˜es, socializa¸oes dos saberes, re-
                                   o                    c˜           o             c˜
constru¸oes de di´logos e adapta¸oes, que levar´ em conta o contexto do educando, o p´blico alvo
        c˜        a                 c˜            a                                        u
da apresenta¸ao, o rigor dos conceitos matem´ticos e o aprofundamento da aprendizagem. Al´m
              c˜                                 a                                                 e
da pesquisa em matem´tica para amplia¸oes e generaliza¸oes.
                        a                   c˜              c˜


                                        UMA PROPOSTA DE PECA
                                                          ¸
       Autor: Nascimento, J. B.
       T´ıtulo: De Ponto em Ponto Formamos...
       Tema - Elementos da Geometria Plana.
       Objetivos - Disseminar os conceitos b´sicos da geometria plana e temas transversais.
                                            a
       ATOS
       01 - OH! SUJEITO QUADRADO;                    ˆ
                                            02 - TRIANGULO AMOROSO;
       03 - UM C´
                IRCULO VICIOSO;                                  04 - TEM QUE ANDAR NA LINHA;
       05 - PONTO FINALM E N T E;

    IN´ICIO
    Narrador - No reino da matem´tica, l´ no canto da geometria, moram numa folha de papel,
                                       a      a
muitas figuras interessantes. Algumas delas vieram se apresentar, brincar e conversar. Come¸ando    c
com o Quadril´tero!
                a
    ATO 1 - Aparece a faixa com os dizeres: OH! SUJEITO QUADRADO!
    Entra o quadril´tero, explica quem ´ ele( fig.1), falando dos seus elementos principais (v´rtices,
                     a                    e                                                      e
lados, angulo, diagonais), de alguns membros da fam´ ( Retˆngulo, Losango, Quadrado, Trap´zio,
       ˆ                                                  ılia     a                                 e
Dardo e Cometa - fig. 1, 2, 3 e 4 ) e suas caracter´ ısticas particulares (por exemplo, um quadrado pos-
sui todos os lados congruentes e todo o angulo interno reto). Mostra que todo quadrado ´ retˆngulo,
                                         ˆ                                                  e a
mas existem retˆngulos que n˜o s˜o quadrados. O que ´ per´
                 a             a a                             e  ımetro, area e como calcul´-los.
                                                                           ´                a
    Apresenta os jogos que tiver, tipo quebra-cabe¸a, feito de quadril´teros, TANGRAN, por ex-
                                                         c                   a
emplo. Faz com que a plateia leia a frase ¨OH! SUJEITO QUADRADO¨ e discute o sentido. Diz
que n˜o concorda, pois, dentre todos da fam´ o quadrado ´ o mais ¨certinho¨.
      a                                         ılia               e
    - Minha fam´ j´ foi muito importante - diz emocionado acariciando e exibindo a fig. 5 - os
                 ılia a
carros de hoje bem que poderiam ser de outra forma. Pelo menos, n˜o haveria tanto engarrafamento!
                                                                        a
    Fala que o processo de reprodu¸ao tamb´m est´ presente na geometria, pega um quadril´tero,
                                      c˜       e        a                                          a
dobra-o pela diagonal ( certamente j´ picotado nesta ) e rasgando exibe dois triˆngulos. apresenta-o
                                       a                                            a
e o faz entrar no palco.
   2
       LAUAND, L.J. - Educa¸ao, Teatro e Matem´tica Medievais, ed. Perspectiva/ 1986
                           c˜                 a
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a        3


                                                         ˆ
    ATO 2: Aparece a faixa com do dizeres: TRIANGULO AMOROSO
    - Depois vamos conversar direitinho desse neg´cio de que somos um dos seus ¨rasgado¨ - diz
                                                        o
o triˆngulo ao quadril´tero. E, dirigindo-se para a plateia ( o quadril´tero continua em cena, in-
     a                  a                                                  a
clusive ajudando o triˆngulo. E assim ser´ com todos os outros), explica o que ´ triˆngulo e seus
                        a                   a                                        e a
membros quanto aos lados ( Equil´tero, Is´sceles e Escaleno ) e angulos ( Retˆngulo, acutˆngulo
                                     a        o                     ˆ              a             a
e obtusˆngulo ). Exibe casos de triˆngulos retˆngulo, is´sceles e escalenos e fala que n˜o existe
         a                              a            a       o                                a
nenhum triˆngulo retˆngulo equil´tero, pelo fato de que um equil´tero possui todos os angulos
             a          a            a                                 a                        ˆ
iguais a 60o , portanto n˜o podendo ter nenhum igual a 90o para ser retˆngulo.
                          a                                                  a
    - Vou lhe mostrar um membro da fam´ que ´ ¨brilhante¨, principalmente a noite - diz o
                                               ılia        e                           `
triˆngulo ao quadril´tero e exibindo um triˆngulo luminoso, fig. 6.
   a                  a                       a
    - Para que serve isso! - Exclama o quadril´tero.
                                                  a
    - J´ deu pra vermos que de carro tu n˜o entendes nada quadril´tero - Diz o triˆngulo - Oh!
       a                                      a                          a               a
bicho quadrado!
    - N˜o ofende - diz o quadril´tero.
       a                         a
    - Venha c´ - diz o triˆngulo - vou te ensinar. Fa¸a de conta que vocˆ ´ um carro - e colocando o
               a          a                              c                 ee
triˆngulo luminoso no bolso traseiro do quadril´tero - e eu o motorista - coloca as m˜os nos ombros
   a                                               a                                   a
do quadril´tero. Os dois andam pelo palco, com o quadril´tero fazendo o som de carro e o triˆngulo
           a                                                 a                                   a
como estivesse dirigindo.
    - Deu o prego! N˜o se mexa - Diz o triˆngulo, fazendo o gesto de descer do carro e ficando atr´s
                      a                    a                                                       a
do quadril´tero.
           a
    - N˜o pode se mexer - diz o triˆngulo insinuando para a plateia que ir´ mexer no traseiro do
        a                              a                                        a
quadril´tero.
        a
    - Olha o que tu vai fazer! - Diz o quadril´tero.
                                                a
    - Ora essa! - diz o triˆngulo - eu tenho que abrir a traseira do carro para tirar o triˆngulo.
                           a                                                               a
    - Se vocˆ meter a chave - diz o quadril´tero - eu lhe dou umas ”bolachas”.
             e                              a
    - T´ bom! - diz o triˆngulo tirando o triˆngulo, se afastando e abanando o nariz - Tu imitas
        a                  a                     a
muito bem um carro. Mas, precisava ser a alcool?
                                              ´
    - Quando o carro ¨d´ o prego¨ - diz o triˆngulo - coloca-se o triˆngulo longe da traseira do
                           a                        a                      a
carro para que os outros motoristas percebam com bastante antecedˆncia que o carro est´ no prego
                                                                       e                    a
ou se houve algum acidente. Devendo o motorista que vier na estrada diminuir a velocidade, pois
outro pode est´ atrapalhando o trˆnsito ou precisando de ajuda.
                 a                   a
    - Pelo que contam meus ancestrais - diz o triˆngulo dirigindo-se ao quadril´tero - foram dois
                                                        a                           a
triˆngulos que se juntaram formando um quadril´tero e da´ sua fam´ (faz o movimento de juntar
   a                                                  a        ı      ılia
dois triˆngulos formando um quadril´tero).
        a                                a
    - Posso ver, amigo quadril´tero - continua o triˆngulo irˆnico - o retrato da carrocinha que vocˆ
                               a                        a       o                                   e
guarda com tanto carinho. E mostrando as ¨rodas¨ da carro¸a, fala que ir´ trazer ao palco o sujeito
                                                                 c            a
que ¨desempregou¨ a familia dele e apresenta o C´       IRCULO.

    ATO 3 - Aparece a faixa: C´       IRCULO VICIOSO
(estudar um gesto vicioso circular para a personagem. Pode ser ficar circulando o dedo como es-
tivesse discando)
    O c´ırculo apresenta-se e define o que ´ centro, raio e diˆmetro. Explica que n˜o tem lado como
                                               e                   a                   a
os outros e que na fam´ todos tˆm a mesma aparˆncia s´ mudando o centro e o raio, o que ´
                           ılia         e                    e       o                                 e
disco, o Pi, como calcular per´     ımetro e area de c´
                                              ´          ırculo, o que s˜o c´
                                                                        a ırculos concˆntricos e alguma
                                                                                       e
hist´ria envolvendo o c´
    o                     ırculo.
    - Ou quadril´tero - diz o c´
                 a                ırculo dirigindo-se a este - poderias nos mostrar novamente a carro¸a.
                                                                                                     c
    - Estou come¸ando a desconfiar que eles estejam fazendo ¨hora¨ comigo - fala o quadril´tero
                   c                                                                               a
para a plateia, exibindo a figura, enquanto o triˆngulo rir.
                                                       a
    - Veja - diz o c´ırculo - como uma viagem numa carro¸a desta demorava muito, sobrava muito
                                                                  c
tempo para ficar olhando o sol... a lua... tudo redondo. Para tirar vocˆ da´ n˜o custou muito.
                                                                              e ı a
    - E por falar em sol... lua..- diz o c´   ırculo - eles nunca vˆm at´ n´s. Mandam seus raios. Isto
                                                                      e   e o
lembra o nosso amigo SEGMENTO. Nisto entra a personagem.
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a               4


    ATO 4 - Aparece a faixa: TEM QUE ANDAR NA LINHA
    (A personagem tem que andar reto) Define o que ´ reta, semi-reta e segmento. Diz que os outros
                                                       e
s˜o na verdade irm˜o seus que se uniram. Faz o triˆngulo e quadril´tero com segmentos.
 a                  a                                a                  a
    - Ah! Mas n˜o eu! - Diz o c´
                 a              ırculo.
    - Eu n˜o vou fazer aqui, compadre c´
           a                              ırculo - diz o segmento, como fosse dobrar-se - por est´ a
muito velho. Veja! Dobrando um segmento de material flex´ e formando um arco.
                                                              ıvel
    - Quando nos entortamos na forma de c´   ırculo - diz o segmento - recebemos o nome de arco. E
inclusive temos muitas aplica¸oes - exibindo um ”arco”de flecha e mostrando o arco e segmento.
                              c˜
    - Se juntarmos membros de minha fam´ - fala o segmento e pedindo um dardo (fig.2) ao
                                              ılia
quadril´tero - com arcos da fam´ do c´
        a                         ılia   ırculo e membros da fam´ do quadril´tero, teremos um
                                                                     ılia           a
arco e uma flecha. Uma arma poderosa dos nossos ind´      ıgenas. (sai correndo atr´s dos demais como
                                                                                  a
fosse ”flech´-los”).
            a
    - Veja - continua o segmento - que o triˆngulo tem trˆs cantinhos e o quadril´tero quatro e eu
                                             a              e                        a
dois (mostrando). Eles chamam os seus cantinhos de v´rtices e eu de v´rtice ou extremos. E, Por
                                                          e                e
falar deles, eu apresento o amigo PONTO. Nisto entra a personagem.

    ATO 5 - Faixa: PONTO FINAL M E N T E
    Enquanto a personagem ponto adentra, percebe-se que o quadril´tero movimenta-se como es-
                                                                            a
tivesse indo embora.
    - Onde estais indo? - diz o triˆngulo ao quadril´tero. - Num j´ ´ ponto final - diz o quadril´tero.
                                    a                  a               ae                              a
    - Oh! Sujeito quadrado! - diz o c´ ırculo e puxando o quadril´tero de volta.
                                                                     a
    - Nisto, o c´ırculo deixa cair do bolso, desenhos de figuras inscritas no c´     ırculo (dentro do c´
                                                                                                       ırculo
fig.7) para que o triˆngulo veja.
                       a
    - Compadre triˆngulo! - fala o quadril´tero em pˆnico, acusando o c´
                     a                        a            a                     ırculo e escondendo-se por
tr´s do triˆngulo - ele engoliu nossos irm˜os!
  a        a                                 a
    - Calma l´ amigo quadril´tero - Diz o triˆngulo, tentando acalm´-lo - que isto n˜o ´ nada es-
               a                a                 a                         a                  a e
tranho. Veja! (mostrando a fig. 8 - figuras circunscritas ao c´     ırculo/ o c´ırculo por dentro da figura )
    - Valei- me compadre - fala o quadril´tero, mais assustado ainda - somos n´s agora que estamos
                                           a                                            o
comendo o c´  ırculo! Este canibalismo vai acabar com todos n´s.   o
    - Nada disso - diz o ponto e explica o que ´ inscrito e circunscrito e fala que em alguns casos ´
                                                   e                                                          e
preciso haver certa rela¸oes para que isto ocorra. Menos para o triˆngulo, o qual sempre ter´ um
                          c˜                                              a                             a
c´
 ırculo que o inscreve e um outro que o circunscreve.
    - Oh! Amigo quadril´tero! Somos de paz - diz o c´
                          a                              ırculo. Veja, (mostra-lhe a fig.9 ) nossas fam´   ılias
unidas formando um importante sinal de trˆnsito: PERMITIDO ESTACIONAR.
                                                a
       ´
    - E mesmo - diz o triˆngulo e mostrando fig. 10 - e com o segmento o sinal de PROIBIDO
                             a
ESTACIONAR. - E, tamb´m este - diz o segmento, mostrando fig. 11 - de PROIBIDO PARAR E
                             e
ESTACIONAR.
    - Calma l´ segmento - diz o quadril´tero - tu parece mais um pol´
               a                            a                                  ıtico, empregando toda tua
fam´ılia.
    - Amigos! - diz o ponto explicando o significado de cada uma das placas de trˆnsito.     a
    - o segmento tem raz˜o. Terminada a explana¸ao, as cortinas come¸am a descer e todos cantam.
                           a                          c˜                     c
                                                    ´
                                                MUSICA

                                     DE PONTO EM PONTO FORMAMOS SEGMENTOS,
                                     QUE FORMARAM FIGURAS
                                     E QUERO LHE DIZER...
                                                ˜
                                     QUE TODAS SAO IMPORTANTE
                                           ´ BOM VOCE CONHECER.
                                     E QUE E         ˆ

                                                                       FIM
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a         5




                             MONTAGENS DA PECA PROPOSTA
                                            ¸
                   ´                  ˆ
     A - DEP. MATEMATICA / CLUBE DE CIENCIAS (NPADC) / UFPA
                                           Crian¸as integrantes do projeto de extens˜o ATIVIDADES DE
                                                c                                    a
                                                   ´                            ´
                                         MATEMATICA PARA 3o E 4o SERIES. Uma realiza¸ao do      c˜
                                         Clube de Ciˆncias/ NPADC e o Dep.Mat. UFPA, em 2003, e
                                                      e
                                         desenvolvido pelos licenciandos em Matem´tica da UFPa:
                                                                                   a
                                         ALDENORA PERRONE AMADOR;
                                           ´
                                         FATIMA CRISTINA COSTA DE ALMEIDA;
                                         LUCIANA SAYURI TSUCHIYA MASUDA;
                                              ´
                                         JOSE MARCOS NUNES DO AMARANTE;
                                         E do curso de Forma¸ao de Professores da UEPA:
                                                              c˜
                                         DIENE ELLEN AMADOR.
     Orientador do Projeto: Prof. Msc. J.B. Nascimento - Dep. Mat - UFPA
     Coord. Clube de Ciˆncia: Doutorando Jesus Cardoso Brabo (SEDUC / Pa)
                       e
     Coord. NPADC/UFPA: Profa. Dra. Terezinha Valim Oliver Gon¸alves c

                         ´
     B - CAMPUS UNIVERSITARIO DO BAIXO TOCANTINS / UFPA
    Licenciandos(as) de Pedagogia, Turma 2000, do CUBT em Abaetetuba-Pa, na disci-
plina Fundamentos Te´ricos e Metodol´gicos para o Ensino de Matem´tica, ministrada pelo Prof.
                    o               o                            a
AUBEDIR SEIXAS COSTAS, docente efetivo do Colegiado de Matem´tica do CUBT / UFPA,
                                                                     a
que tamb´m desenvolveu apresenta¸oes com turmas de Breves-Pa, Tailˆndia-Pa e Conc´rdia
          e                      c˜                                  a                  o
do Par´.a
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a   6


                                            ´
     C - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
                         ´
          CURSO DE MATEMATICA / ITAITUBA-Pa




       Prof. Paulo Cleber Mendon¸a
                                c
            clebermt@uft.edu.br




       Recebi DVD repassado pelo Prof. Paulo Cleber, onde foi documentado a ex-
periˆncia. O objetivo mais consequente na forma¸˜o foi atingido: unirem-se profissional-
     e                                           ca
mente em torno de uma a¸ao. Depois disto, tudo o mais que ´ necess´rio trabalhar na
                        c˜                                 e       a
melhoria da educa¸˜o das nossas crian¸as, que ´ uma imensa trag´dia, pode ser cons-
                    ca                c       e                  e
tru´ıdo. Desejo que ajudem seus educandos a chegar at´ esta alegria que ficou imor-
                                                      e
talizada no cora¸˜o de cada um de vocˆs. Pesquisem, reformulem, ensinem e deixem,
                 ca                   e
assim como aconteceu com vocˆs, que suas crian¸as assumam o palco por completo, se
                              e                c
tornem donas do saber. Nos colocamos ao dispor, n´s que fazemos o Departamento de
                                                   o
Matem´tica da UFPa, de todos nesta longa, e agora menos penosa, jornada por meio
        a
do ensino da matem´tica.
                      a

     Prof. Jo˜o Batista do Nascimento - Dep. Mat. UFPa
             a
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a                     7


            ¸˜
     PUBLICACOES NO TEMA.




        Com di´logo entre os personagens,
               a
     alunos fixam melhor os conceitos das
     aulas
     Da reportagem
         Imagine uma pe¸a de teatro em cada ato
                         c
     tenha nomes nada convencional como Oh! Sujeito
     quadrado; Triˆngulo Amoroso; Um C´
                  a                     ırculo vicioso;
     Tem que andar na linha e Ponto Finalmente.
         Qualquer semelhan¸a com aulas de matem´tica
                             c                    a
     n˜o ´ mera coincidˆncia. Os atos com nomes
       a e                 e
     estranhos fazem parte da pe¸a De ponto em ponto
                                 c
     formamos... do Projeto Matem´tica & Teatro - da
                                   a
     Constru¸ao L´cida a Formaliza¸ao, criado pelo pro-
             c˜ u        `         c˜
     fessor Jo˜o Batista do Nascimento da Universidade
              a
     Federal do Par´ (UFPA)
                   a
         A pe¸a ´ a segunda produ¸ao realizada no pa´
              c e                  c˜                 ıs,
     atr´s somente a obra do Professor da USP L.J.
        a                                                                        Projeto de extens˜o da UFPA obteve
                                                                                                  a
     Laund[++]. A ideia surgiu exatamente porque Nasci-
     mento percebeu a possibilidade de abordar conceitos
                                                                                 resultados animadores (Foto: Licenc.
     da disciplina de forma menos burocr´tica e chata.
                                         a                                       Pedag. UFPA/Abaet.PA)

        Por conta disso, a solu¸ao encontrada foi adequar os conceitos da disciplina com uma forma l´dica de
                               c˜                                                                   u
           ´
aprender. ¨E inconceb´ que uma crian¸a estude Matem´tica durante 12 anos e ainda se sinta amedrontada
                      ıvel               c               a
diante de uma raiz quadrada¨, explica, refor¸ando a necessidade de implanta¸ao de sua ideia: ¨um dos erros
                                            c                                 c˜
cometidos pelos educadores ´ n˜o pensar em adequar os conte´dos a uma forma mais simples da crian¸a
                             e a                                u                                         c
aprender. Por isso, ´ que cada teatro ´ essencialmente constru´ pelo aluno. Eu os considero portadores e
                    e                  e                        ıda
executores natos do l´dico¨.
                     u
       Os participantes e personagens da (de uma montagem, e.n) pe¸a forma alunos da 4 a s´rie do Ensino
                                                                  c                       e
Fundamental , participantes do projeto de extens˜o da UFPA. Os resultados observados foram forma ani-
                                                a
madores, o que confirma a facilidade das crian¸as aprender por meio de brincadeiras. ¨As crian¸as nunca
                                              c                                                c
tˆm problemas de absolver as novidades. N´s ´ que, muitas das vezes, n˜o nos preocupamos em inventar
 e                                        o e                         a
novos m´todos¨
       e
     Elabora¸˜o da Pe¸a
            ca       c
        Para criar uma pe¸a de teatro dentro dos conceitos da disciplina, Nascimento explica que ´ necess´rio
                          c                                                                      e       a
que os alunos pesquisem, estudem e se identifiquem com o tema. Depois, com o aux´ do professor, se r˜o
                                                                                     ılio                  a
elaborados os di´logos. Ao final de cada apresenta¸ao, ´ poss´ constatar uma mudan¸a positiva nos estu-
                a                                  c˜ e      ıvel                        c
dantes. ¨No final a crian¸a n˜o vai apenas repassar os conhecimentos para um papel frio de prova, mas ir´
                         c a                                                                                a
defender o seu saber com todos os recursos e emo¸oes que estejam dispon´
                                                  c˜                       ıveis¨
       Os educadores interessados em conhecer os trabalho do professor Jo˜o Batista do Nascimento po-
                                                                         a
dem obter informa¸oes por meio do site http://www.cultura.ufpa.br/matematica/?pagina=jbn. O e-mail
                 c˜
para contado com o professor ´ jbn@ufpa.br.
                             e
                                                               ´
   AGRADECEMOS AO JORNAL A TRIBUNA DE SANTOS, ATRAV ES DAS JORNALIS-
                          ´
 TAS QUE FIZERAM A MATERIA, S´   ILVIA COSTA E TATIANA AUDE. acesso direto:
 http://atribunadigital.globo.com/bn_conteudo.asp?opr=77&cod=170669#
 [++] Corre¸˜o: O professor da USP LUIZ JEAN LAUAND no seu livro Educa¸ao, Teatro e Matem´tica
            ca                                                             c˜                a
 Medieval, Ed.Perspectiva, 1986, traduziu a pe¸a ¨SABEDORIA¨, de autoria da professora ROSVITA DE
                                              c
 GANDERSHEIM, S´c. X, na qual s˜o abordados conceitos da matem´tica.
                    e                a                            a
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a       8


     SBPCNET 08-SET-2004,http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=21324



                                          ´           ´
     TEATRO FAVORECE APRENDIZAGEM DE MATEMATICA NO PARA

    Segundo o pesquisador, a utiliza¸ao dos recursos da linguagem teatral possui alto poder de
                                     c˜
fixa¸ao de conceitos e grande teor l´dico, contribui para atrair o interesse e curiosidade dos alunos e
    c˜                             u
criar um ambiente favor´vel a aprendizagem, e supera o temor comum que as opera¸oes matem´ticas
                       a `                                                           c˜         a
costumam registrar nas hist´rias escolares de muita gente.
                            o
    Mestre pela Universidade Federal do Cear´, pesquisador de Matem´tica Pura e Metodolo-
                                                a                      a
gias de Ensino Matem´tico,Jo˜o Batista Nascimento acredita que as metodologias tradicionais,
                      a       a
utilizadas em muitas salas de aulas, geram verdadeiro temor nos alunos em rela¸ao a mat´ria.
                                                                                c˜ `      e
”Nossa experiˆncia de trabalho e pesquisas provam que a aprendizagem da matem´tica pode ser
              e                                                                  a
prazerosa. As crian¸as nunca tˆm problemas em absorver as novidades. N´s ´ que, na maioria das
                   c          e                                       o e
vezes, n˜o nos preocupamos em inventar novos m´todos”, diz Nascimento.
        a                                       e
    ¨De forma resumida, a nossa metodologia consiste em identificar, pesquisar e estudar os ele-
mentos e conceitos de matem´tica e os temas transversais envolvidos na pe¸a. Depois disto, s˜o
                                a                                                 c                  a
definidas sess˜es de leitura e de constru¸ao do texto, das falas, dos di´logos e adapta¸oes, que levar˜o
             o                          c˜                             a              c˜             a
em conta o p´blico-alvo da apresenta¸ao, o rigor dos conceitos matem´ticos, aprofundamentos da
             u                         c˜                                  a
aprendizagem, conceitos e pesquisa matem´tica, inclusive para amplia¸oes e generaliza¸oes, afirma
                                            a                             c˜               c˜
Jo˜o Batista.
  a
    Participa¸˜o
               ca
- Pelos registros hist´ricos, antigamente a aprendizagem era em escala reduzida e n˜o havia salas de
                      o                                                             a
aula como hoje conhecemos. Chegava a ser semelhante as apresenta¸oes teatrais, com professores
                                                           `            c˜
perform´ticos e alunos participativos. ”Sendo ao ar livre, s´ assistia a aula quem quisesse aprender.
         a                                                   o
Hoje, gastamos recursos para obrigar a assistˆncia dos alunos e, depois de quatro ou cinco anos de
                                                e
estudos, registramos uma aprendizagem p´     ıfia. Logo, sacrificamos a liberdade das nossas crian¸as
                                                                                                  c
em troca de quase nada e mesmo que fosse por tudo, nunca deveria ocorrer. Educa¸ao s´ come¸a
                                                                                       c˜ o        c
quando a plenitude da liberdade ´ conquistada”, acredita o pesquisador.
                                    e
    Parte das pesquisas do professor Jo˜o Batista foi realizada com crian¸as carentes do Bairro
                                         a                                  c
Guam´, em Bel´m. Foi poss´ registrar o n´ de alegria e participa¸ao espontˆneas dos alunos
       a         e           ıvel             ıvel                     c˜         a
nas atividades da metodologia desenvolvida. ”Nossa expectativa ´ a de que o ensino de matem´tica
                                                                 e                           a
possa ser feito com alunos sorridentes e felizes. A escola n˜o tem s´ que ensinar. Tem que ajudar
                                                            a       o
na felicidade dos alunos”, acredita o professor.
    A pe¸a intitulada ”De ponto em ponto formamos...”possui atos com nomes como Oh! Sujeito
         c
quadrado; Triˆngulo Amoroso; Um C´
              a                        ırculo Vicioso; Tem que andar na linha e Ponto Finalmente.
Ela faz parte do projeto Matem´tica & Teatro - da constru¸˜o l´ dica ` formaliza¸˜o,
                                    a                               ca u          a          ca
                        ´
criado pelo professor. ”E inconceb´ que uma crian¸a estude matem´tica durante 12 anos e ainda
                                  ıvel                c              a
se sinta amedrontada diante de uma raiz quadrada”, explica Jo˜o Batista. E acrescenta: ”Um dos
                                                                a
erros cometidos pelos educadores ´ n˜o pensar em adequar os conte´dos a uma forma mais simples
                                  e a                              u
da crian¸a aprender. Por isso ´ que cada apresenta¸ao da pe¸a ´ essencialmente constru´ pelo
         c                     e                      c˜       c e                       ıda
aluno. Eu os considero portadores e executores natos do l´dico”. Mais informa¸oes sobre o projeto
                                                          u                    c˜
podem ser conseguidas no site: www.cultura.ufpa.br/matematica/?pagina=jbn (Jos´ Leit˜o, da
                                                                                    e      a
assessoria de comunica¸ao do MEC).
                        c˜
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a      9


                       ´          ´
              JORNAL DIARIO DO PARA (www.diariodopara.com.br), 13/09/2004
   Mestre pela Universidade Federal do Cear´, pesquisador de Matem´tica Pura e Metodologias
                                               a                          a
de Ensino Matem´tico e professor da UFPA, Jo˜o Batista Nascimento acredita que as metodologias
                   a                            a
tradicionais, utilizadas em muitas salas de aulas, geram verdadeiro temor nos alunos em rela¸ao    c˜
a Matem´tica. Segundo o pesquisador, a utiliza¸ao de recursos da linguagem teatral possui alto
`        a                                        c˜
poder de fixa¸ao de conceitos e grande teor l´dico, contribui para atrair o interesse e curiosidade dos
              c˜                            u
alunos e criar um ambiente favor´vel a aprendizagem, e supera o temor comum que as opera¸oes
                                 a    `                                                           c˜
matem´ticas costumam registrar nos boletins escolares de muita gente.
       a

                                                           METODOLOGIA
    A metodologia consiste em identificar, pesquisar e estudar os elementos e conceitos de Matem´tica
                                                                                               a
e os temas transversais envolvidos numa pe¸a, intitulada ”De ponto em ponto formamos....”, ide-
                                             c
alizada por Jo˜o Batista. Depois, s˜o definidas sess˜es de leitura e de constru¸ao do texto, das
                 a                   a                o                           c˜
falas, dos di´logos e adapta¸oes, que levar˜o em conta o p´blico da apresenta¸ao, o rigor dos con-
             a              c˜             a               u                   c˜
ceitos matem´ticos, aprofundamentos da aprendizagem, conceitos e pesquisa matem´tica, inclusive
               a                                                                      a
para amplia¸oes e generaliza¸oes. Parte das pesquisas do professor Jo˜o Batista foi realizada com
             c˜              c˜                                        a
crian¸as carentes do Bairro Guam´.
      c                            a




     Portal da Universidade Federal do Par´, www.ufpa.br em 16/09/2004
                                          a
                        ´     ´
                   MATEMATICA E ENSINADA POR MEIO DO TEATRO
                                                   a      ´
   Uma nova metodologia para o ensino de matem´tica. E o que prop˜e o grupo de professores do
                                                                      o
projeto de extens˜o Matem´tica e Teatro - da Constru¸ao L´dica a Formaliza¸ao, do Departamento
                  a        a                          c˜ u      `           c˜
de Matem´tica da UFPA. Criado pelo professor Jo˜o Batista do Nascimento, que trabalha nessa
          a                                         a
area h´ cinco anos, o projeto esteve ”em turnˆ”pelo interior do Par´ com a pe¸a ”De ponto em
´     a                                        e                     a           c
ponto formamos...”. Em Abaetetuba, por exemplo, o projeto recebeu grande aceita¸ao por parte
                                                                                    c˜
de professores e alunos. A equipe j´ planeja a publica¸ao de um livro sobre o assunto.
                                   a                  c˜

    O professor Jo˜o Nascimento percebeu que havia um abismo entre a produ¸ao cient´
                   a                                                       c˜      ıfica dos p´los
                                                                                             o
de pesquisa no pa´ e a matem´tica ensinada nas salas de aula do ensino b´sico. ”A universidade
                   ıs          a                                          a
faz um trabalho de ponta, mas que n˜o chega ao povo”, afirma ele, ”o professor das s´ries iniciais
                                     a                                               e
n˜o sabe matem´tica”. Segundo o professor, isso ocorre porque os educadores, geralmente formados
 a               a
em pedagogia, sempre tiveram medo da disciplina. Ele ainda critica os livros did´ticos por serem
                                                                                 a
obscuros e terem abordagens confusas. Como uma prova incontest´vel de que a metodologia de
                                                                    a
ensino convencional est´ equivocada, Jo˜o Nascimento resgata os n´meros de uma recente pesquisa
                       a                a                         u
do Ibope: 79% dos brasileiros s˜o analfabetos em matem´tica. ”O problema ´ metodol´gico, afinal,
                               a                        a                  e         o
as pessoas n˜o s˜o burras”.
            a a

    O coordenador do projeto garante que a linguagem do teatro ´ mais agrad´vel tanto para o
                                                                    e            a
educador quanto para o aluno. Mas isso n˜o significa que h´ simplifica¸ao dos conceitos. ”Pelo
                                            a                  a           c˜
contr´rio, ´ amplia¸ao. Tudo que est´ escrito nos livros n´s ensinamos, s´ que a crian¸a aprende”,
     a     e        c˜                a                   o               o           c
explica. Apesar dos bons resultados, o projeto ainda encontra muita resistˆncia. ”Principalmente
                                                                             e
no interior, aonde alguns diretores chegam a impedir nossa atividade”, o lamenta e, que atribui isso
ao imp´rio da ”matem´tica terrorista”.
       e               a

    Mesmo entre os professores que j´ utilizam o m´todo proposto por Jo˜o Nascimento, n˜o houve
                                    a             e                    a               a
um rompimento completo com o tradicional. ”H´ pessoas que querem usar a pe¸a para que as
                                                  a                              c
crian¸as decorem”, critica. ”Cada apresenta¸ao deve ser uma experiˆncia diferente, porque as in-
     c                                       c˜                    e
terpreta¸oes poss´
        c˜       ıveis s˜o muitas”.
                        a
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a     10


    O livro que a equipe formada por professores e estudantes da universidade est´ escrevendo ´
                                                                                  a             e
direcionado aos educadores do ensino b´sico, no qual apresentam a nova metodologia, que engloba
                                       a
n˜o s´ o teatro, mas a produ¸ao de jornais, jogos e outras dinˆmicas. Eles procuram uma editora
 a o                           c˜                             a
que se interesse pelo projeto. ”O movimento ´ incipiente, mas tem for¸as. Precisamos mobilizar os
                                             e                       c
professores de matem´tica”, conclui. No momento eles escrevem mais duas pe¸as.
                      a                                                      c
                        Nota de esclarecimentos (Reportagem anterior)
    I - DIRECAO¸ ˜ ESCOLAR & NOVOS METODOS           ´
    O problema que n´s acusamos na rela¸ao Dire¸ao escolar & novas metodologias ´ o seguinte:
                        o                    c˜       c˜                                e
se um professor de matem´tica deseja implantar na escola uma nova metodologia, este fica depen-
                            a
dendo, em essˆncia, da aprova¸ao ou n˜o da Dire¸ao, quando esta n˜o possui meios t´cnicos para
               e                c˜        a          c˜                a                 e
tomar uma decis˜o. Assim decide, j´ que tem mesmo que fazˆ-lo, pelo sim ou pelo n˜o, correndo
                  a                   a                         e                        a
riscos de toda ordem.
    De fato quem deveria respaldar/participar da nova metodologia deveria ser o centro que formou
o professor. E, se o resultado for certo, que todos fossem laureados e publique-se. E, pelo contr´rio,
                                                                                                 a
que se apontem as falhas, os respons´veis e o mecanismo de corre¸ao imediata e publique-se, at´
                  `                     a                            c˜                              e
para prevenir novos erros.
                            ´
     II - ASPECTOS DA ¨MATEMATICA TERRORISTA¨
   A) NO ENSINO: propostas metodol´gicas, como a que sugere para a crian¸a JOGAR UM
                                         o                                     c
                  ´
GATINHO DO SETIMO ANDAR PARA APRENDER O NUMERO SETE.       ´
                     ¸˜
   B) NA AVALIACAO: org˜os p´blicos, como o INEP, aplicam provas de matem´tica e n˜o d˜o
                           ´ a    u                                              a     a a
conhecimento p´blico de todas as provas e as resolu¸oes que acham ter cada quesito. Este fato
                u                                   c˜
encobre erros [ at´ o mais terrorista, como constar na prova conceito ou fato que o aluno n˜o
                   e                                                                        a
poderia jamais saber, mesmo se houvesse aprendido toda bibliografia do certame], incompetˆncias
                                                                                        e
e permite transferir para os educandos toda culpa.




Ass: Professor Jo˜o Batista do Nascimento - Dep. Mat.- UFPA.
                 a
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a   11


     EM PORTUGAL




 http://www.educacao.te.pt/geral/index.jsp?p=16&idNoticia=3425, 2004-09-06

                                                  ´
                TEATRO PODE INOVAR ENSINO DA MATEMATICA

    Imagine uma pe¸a de teatro em que cada acto tenha nomes nada convencionais, como ¨Oh! Su-
                   c
jeito Quadrado¨, ¨Triˆngulo Amoroso¨, ¨Um C´
                     a                       ırculo Vicioso¨, ¨Tem que andar na linha¨ e ¨Ponto
Finalmente¨.
   Qualquer semelhan¸a com as aulas de Matem´tica n˜o ´ mera coincidˆncia. Os actos com
                     c                          a      a e              e
nomes estranhos fazem parte da pe¸a ”De ponto em ponto formamos...”, concebida pelo Projeto
                                 c
Matem´tica & Teatro - da Constru¸ao L´dica a Formaliza¸ao, criado pelo professor Jo˜o Batista
      a                          c˜ u       `          c˜                          a
do Nascimento, da Universidade Federal do Par´ (UFPA).
                                             a
    A ideia surgiu porque Jo˜o do Nascimento percebeu a possibilidade de abordar conceitos da
                             a
disciplina de forma menos burocr´tica e enfadonha. Assim, a solu¸ao encontrada foi adequar os
                                  a                             c˜
conceitos da disciplina a uma forma l´dica de aprender.
                                     u
    Em declara¸oes ao jornal brasileiro Tribuna de S˜o Paulo, Jo˜o do Nascimento afirma que ”´
               c˜                                     a         a                               e
inconceb´ que uma crian¸a estude Matem´tica durante doze anos e ainda se sinta amedrontada
         ıvel              c                a
diante de uma raiz quadrada”, refor¸ando a necessidade de implanta¸ao de sua ideia: ”um dos erros
                                   c                              c˜
cometidos pelos educadores ´ n˜o pensar em adequar os conte´dos a uma forma mais simples da
                             e a                              u
crian¸a aprender. Por isso ´ que cada espect´culo ´ essencialmente constru´ pelo aluno. Eu os
     c                     e                 a      e                      ıdo
considero portadores e executores natos do l´dico”.
                                            u
    Os participantes e personagens da pe¸a foram alunos da 4.a s´rie do Ensino Fundamental, par-
                                        c                       e
ticipantes do projecto de extens˜o da UFPA. Os resultados observados foram animadores, o que
                                 a
confirma a facilidade das crian¸as em aprender atrav´s de brincadeiras. Segundo o professor, ”as
                               c                    e
crian¸as nunca tˆm problemas em absorver as novidades. N´s ´ que, na maioria das vezes, n˜o nos
     c          e                                         o e                            a
preocupamos em inventar novos m´todos”.
                                   e
   Para criar uma pe¸a de teatro dentro dos conceitos da disciplina, o professor explica que ´
                       c                                                                        e
necess´rio que os alunos pesquisem, estudem e se identifiquem com o tema. Depois, com o aux´
      a                                                                                      ılio
do professor, ser˜o elaborados os di´logos. Ao final de cada apresenta¸ao, ´ poss´ constatar uma
                 a                  a                                c˜ e       ıvel
mudan¸a positiva nos estudantes. Segundo o professor Nascimento, ”no final a crian¸a n˜o vai
       c                                                                             c    a
apenas repassar os conhecimentos para um papel frio de prova, mas ir´ defender o seu saber com
                                                                       a
todos os recursos e emo¸oes que estejam dispon´
                         c˜                     ıveis”.
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a           12


                                                 INFORMES NO TEMA

   1 - PALESTRA DO PROFESSOR AUBEDIR SEIXAS, do Campus Univer-
sit´rio do Baixo Tocantins da UFPA / Regional da SBPC /Bel´m -PA
   a                                                      e




                                 ´
              CAMPUS UNIVERSITARIO DO B. TOCANTINS / UFPA
                                             ˆ
                          CONVITE PARA CONFERENCIA
                        ˆ
          CO-013- EXPERIENCIA: O USO DO TEATRO NA FORMACAO DO¸˜
                                  ´          ´
                  PROF. DE MATEMATICA DAS SERIES INICIAIS
         PROF. ESP. AUBEDIR SEIXAS COSTA, auseixas@ufpa.br (CUBT/UFPA)



                      ´
  2 - A PROPOSTA DE OTAVIO CABRAL, da Universidade Federal de
Alagoas, www.ufal.br.
       No endere¸o eletrˆnico http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=17943, consta o
                 c       o
artigo ¨ Teatro na sala de aula: uma proposta de aprendizagem¨ de sua autoria. Os que
desejarem mais referˆncias, no sistema Lattes (www.cnpq.br) constam todos os dados do professor.
                    e




     3 - A PROPOSTA DE SALVIANO DE CAMPOS, salvicampos@ube.org.br

                                                      Salviano de Campo, natural de Brejo Santos
                                                    (Ce), atualmente reside em S˜o Paulo, Capital. Vez
                                                                                 a
                                                    v´rios cursos na area de dramaturgia, dire¸ao e
                                                     a                 ´                        c˜
                                                         c˜          ´
                                                    atua¸ao teatral. E autor de mais de quarenta pe¸as
                                                                                                   c
     Editora Paulinas
                                                    teatrais, em algumas das quais atuou.

    ¨A matem´tica da educa¸˜o aborda o trabalho de um professor de matem´tica em uma
                 a                ca                                                  a
classe de adolescentes. Com base no respeito pelas diferen¸as, di´logo e muita criatividade, ele con-
                                                          c      a
segue fazer que adolescentes rebeldes se transformem em alunos aplicados. Contraria, num primeiro
momento, as orienta¸oes pedag´gicas da escola, mas a coordena¸ao pedag´gica finalmente se rende
                     c˜         o                                c˜       o
ao sucesso obtido, gra¸as ao seu ”modo afetivo e solid´rio”de lidar com a classe.
                       c                               a
    ´
    E importante citar que instru¸oes detalhadas sobre ambienta¸ao, personagens, objetos de cena,
                                  c˜                              c˜
figurino, cen´rio, ilumina¸ao e sonoplastia s˜o feitas ao longo da a¸ao de cada um deles, sem que
              a           c˜                 a                       c˜
se tolha a liberdade de exercer a criatividade aqueles que j´ disp˜e de uma experiˆncia pr´pria na
                                               `            a      o                e       o
montagem de pe¸as escolares.¨
                  c
         Texto em www.paulinas.org.br/loja/DetalheProduto.aspx?idProduto=7463#Detalhes
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a                     13


     4 - A PROPOSTA DE VILMABEL SOARES GIBON,
     vilmabel@comexsystem.com.br

              ¸˜                      ´
     APRESENTACAO - LIVRO TEATRO PEDAGOGICO
        Trago a vocˆs a minha preocupa¸ao com a educa¸ao que temos nas escolas hoje. Segundo
                    e                  c˜               c˜
o psiquiatra Roberto Shinyashiki numa entrevista com Vanucci, disse: ¨o que as escolas deveriam
fazer ´ ajudar o aluno a desenvolverem suas pr´prias potencialidades...¨.
      e                                       o

       No meu ver, esse depoimento ´ a chave para a revolu¸ao educacional. Por quˆ? Porque a
                                       e                      c˜                     e
solu¸ao est´ no exerc´ da voca¸ao - chamamento, no desenvolvimento das habilidades inatas. E
    c˜     a          ıcio        c˜
´ atrav´s do brincar, do teatro que despertamos para as nossas potencialidades. At´ mesmo porque
e      e                                                                          e
o teatro ´ a maior forma de expressar o ser humano num todo.
         e

       Acredito, que todo educador deveria ter espirito brincalh˜o, empatia e principalmente voca¸ao
                                                                a                                 c˜
para ensinar/ orientar facilitando ao indiv´ıduo suas pr´prias descobertas, o mundo m´gico que
                                                          o                               a
habita dentro de cada ser.
       Por isso me preocupei em escrever o livro sobre a importˆncia do teatro na educa¸ao, o
                                                                     a                        c˜
qual aborda o despertar das Inteligˆncias M´ltiplas (estuda as habilidades inatas) e a Educa¸ao
                                    e         u                                                  c˜
Formativa Comportamental (estuda valores e atitudes - linguagem do afeto) objetivando o auto-
conhecimento t˜o indispens´vel para nossa realiza¸ao pessoal e profissional.
               a           a                       c˜

       Este livro ´ dinˆmico e pr´tico. Neste est´ escrito um programa de 16 encontros, passo a
                  e    a         a               a
passo cada encontro com mais de 80 dinˆmicas entre exerc´
                                         a                  ıcios teatrais, exerc´
                                                                                 ıcios em dinˆmicas
                                                                                             a
de grupo, textos reflexivos como met´foras educacionais entre outros.
                                    a

       Todo educador independente do grau de forma¸ao acadˆmico deveria ser um mero orienta-
                                                       c˜     e
dor/ facilitador do processo ensino-aprendizagem, porque o aprendizado ´ um desabrochar. Como
                                                                        e
descreve Humberto Maturana, bi´logo e cr´
                                  o        ıtico do realismo Matem´tico: Aprender ´ uma decis˜o
                                                                  a                e          a
¨de dentro para fora¨
    Texto com direitos autorais reservados de Vilmabel soares Gibon - professora - brinquedista -
orientadora vocacional - atriz em forma¸ao
                                        c˜
    Fonte: http://www.comexsystem.com.br/vilmabel/textos/teatroped04.htm


                                            ´
     5 - ESPANHA - A PROPOSTA DE ISMAEL ROLDAN CASTRO
                                                                                ´
                                                Autor do livro TEATROMATICO, editado pela editora
                                             Nivola (www.nivola.com/framelibro.asp?ref=40), e nos informa
                                             que ´ composto por diversas pe¸as. Na p´gina eletrˆnica
                                                   e                               c           a           o
                                             www.cica.es/aliens/gittcus/roldan.html encontramos maiores de-
                                             talhes deste autor e quem quiser adquirir o livro pode fazˆ-lo pelo
                                                                                                        e
                                             site da editora ou diversas outras, que pode ser localizada atrav´s
                                                                                                              e
                                             de busca.
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a           14


           ´
     6 - ITALIA - A PROPOSTA DE MARIA ROSA MENZIO

     DADOS PESSOAIS E DE CONTATO

                                            Maria Rosa Menzio
                                            C. Galileo Ferraris 144
                                            10129 Torino-Italy
                                            sito www.teatroescienza.it

     - Torinese, laureata in Matematica (con lode).
   - Lavora sulla Meccanica Simplettica all’Universit` di Torino e scopre il teorema di Menzio-
                                                     a
Tulczjew.
     - Si specializza in Filosofia della Scienza.
     - Si dedica quindi al teatro in specie come autrice

                                      PROGETTO ¨TEATRO E SCIENZA¨
                                          Suoi testi gi` rappresentati
                                                       a
    1999-2000: ”Mangiare il mondo”, teatro Juvarra (Torino), regia di Beppe Navello, TEMA della MEDI-
CINA
    2002: ”Padre Saccheri”teatro Gobetti di Torino, segnalato al concorso F.-la Pastora 1998. Regia di
Gabriele Vacis, con Laura Curino e Michele di Mauro, TEMA della GEOMETRIA
    2003: ”Fibonacci”teatro Gobetti di Torino, testo finalista al premio Fondi 2003. Regia di Beppe Navello,
con Milvia Marigliano e Tommaso Amodio, TEMA dei NUMERI
    2004: teatro Gobetti di Torino: Senza fine, su Ipazia, fra le prime matematiche della storia. Regia di
Michele di Mauro, con Lucilla Giagnoni, TEMA del TEMPO.
    2004: Unione Culturale di Torino, suo collage Galileo a teatro, regia di Oreste Valente, con Maria Rosa
Menzio e Oreste Valente
    2005: Venezia, Convegno ”Matematica e cultura”diretto da Michele Emmer, recita con Oreste Valente
in ”Maat e Talia”selezione di suoi testi
    2005; Unione Culturale di Torino, lettura de ”Il Mulino”
    2005: Montalto di Ivrea, (TO) ”Inchiesta assurda su Cardano,”segnalato a Portovenere Teatro Donna
2005, regia di Oreste Valente, con Daniela Fazzolari, Tino Danesi, Oreste Valente, TEMA delle EQUAZIONI
    2006: teatro Gobetti di Torino, spettacolo ”Il Mulino”, selezionato per ”Science on Stage”on Stage”2005,
Fiera della Parola 2006, regia di Oreste Valente, TEMA dell’ASTRONOMIA
    2006: Atrium, Torino, suo intervento al convegno ”Respiro”per il centenario della nascita di Samuel
Beckett, sezione ”Beckett e il tempo”
    2006: Montalto di Ivrea, (TO) ”Carteggio celeste”, regia di Oreste Valente, con Simona Sola, Alex Botta,
Pamela Guglielmetti, Maria Rosa Menzio e Oreste Valente, TEMA della FISICA




       Apresento uma vers˜o de informe da Professora Maria Rosa Menzio de set/2007, feita pela
                         a
da Coordenada Casa de Estudos Italianos da UFPA, Helo´ Bellini, www.ufpa.br/arni/casas.htm,
                                                           ısa
assim como originais.
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a             15


        ˜                                              ˆ
     UNIAO COLLINA DE TURIM PARA O PROJETO ¨TEATRO & CIENCIA¨
                           APRESENTA A




                                                   ´          ˆ
                                        RESENHA ¨CLASSICA & CIENCIA¨

        Ap´s o sucesso dos seus dois ultimos livros, um de dramas teatrais e o outro um ensaio com fi-
           o                         ´
nalidades did´ticas, Maria Rosa Menzio prossegue o Projeto ¨Teatro & Ciˆncia¨ que tem este ano uma
             a                                                             e
particularidade: o acompanhamento musical.
      M´sica para o Teatro e a Ciˆncia: Maria Rosa Menzio prop˜e este ano uma corajosa resenha
         u                             e                      o
com uma interface expressiva entre teatro, m´sica e ciˆncia.
                                            u         e
        Teremos ent˜o vozes recitantes, m´sica cl´ssica ao vivo, e ciˆncia. No caso de ¨Correspondˆncia
                      a                        u     a                  e                               e
celeste¨, texto principal da Resenha, nos valemos tamb´m de cantores l´
                                                           e              ıricos e de um coral. Colocamos no
palco a difus˜o da ciˆncia, a voz humana e aquela dos instrumentos ao vivo: guitarra com m´sicas originais
              a       e                                                                       u
para o texto sobre a F´ ısica as part´
                                     ıculas elementares, instrumentos que exigem o uso do arco ( violino, vio-
loncelo, viola, etc) com m´sica de Mozart e outros para o texto sobre Matem´tica e ainda arcos com m´sicas
                            u                                                 a                        u
de Pergolesi para ¨Correspondˆncia celeste¨ que aborda tamb´m o tema da Revolu¸ao Galileiana, violoncelo
                                 e                              e                    c˜
com m´sicas de Verdi, Rossini, Leoncavallo para o texto (¨Luziam as estrelas¨) sobre a mulher de Galileo.
       u
        A Resenha, inicia, portanto com Galileu segundo a filha (cartas, verdadeiras ou pensadas, entre o
grande cientista e sua filha, com a condena¸ao e a abjura¸ao) e termina com Galileu segundo a sua mulher
                                           c˜             c˜
(e a difus˜o do telesc´pio), no meio est˜o os textos sobre os constituintes elementares do pensamento e do
          a            o                a
mundo: os n´meros primos (constituintes basilares da Aritm´tica) e as parcelas ou part´
             u                                                e                          ıculas elementares
(constituintes basilares da Mat´ria)
                               e
        Gostar´ıamos de precisar isto: como se diz Chopin repetisse aos seus alunos a frase ¨com facilidade¨
porque o artista n˜o deve mostrar ao mundo a fadiga que lhe custa tocar, pois bem, n´s queremos que o
                   a                                                                      o
grande trabalho feito para unir campos t˜o (aparentemente) distantes n˜o fosse percebido pelos espectadores,
                                         a                             a
mas que estes experimentassem somente a harmonia, mas com...leveza.
        Achamos que a difus˜o da ciˆncia passa por diversas modalidades de express˜es, e que a crise de
                              a        e                                                 o
voca¸oes cient´
    c˜         ıficas em curso em toda a Europa seja tamb´m devido ao modo arido e cansativo com que os
                                                             e                   ´
docentes, as vezes, empregam para ensin´-la. Gostar´
          `                              a            ıamos de dar uma alternativa que se imprimisse de modo
indel´vel na mente dos espectadores. Fa¸amos s´ um exemplo: a simplic´
     e                                   c        o                       ıssima frase ¨a Terra n˜o gira¨ dita
                                                                                                  a
pelo inquisitor a Galileu parece banal se lida friamente, em um tratado, mas se a imaginamos dita em uma
cena teatral, ainda por cima acompanhada de m´sica cl´ssica, eis ent˜o que se pode propor para o ¨teatro
                                                    u     a              a
cient´
     ıfico¨ aquilo que acontecia um s´culo atr´s com a L´
                                      e         a          ırica, quando at´ as costureiras e os oper´rios iam
                                                                           e                         a
ao teatro e saindo cantavam as arias apenas escutadas.
                                 ´
          Eis agora o resumo dos quatro espet´culos teatrais.
                                             a
       Sexta-feira 5 de outubro, hora 21, teatro de Pino Torinese
                       ˆ
     CORRESPONDENCIA CELESTE
     - De Maria Rosa Menzio
     - Vozes recitantes: Nino Bernardini, Eleonora Binando
     - Canto: Caterina Borruso, Roberta Garelli
     - Quinteto de arcos: Mihai Vuluta, Enrico Luxardo, Giulio Arpinati, Franco Mori, Michele Lipani
   - Coro do Teatro Po´tico Sinfˆnico de Mauro Ginestrone sob seq¨ˆncia do ¨Stabat Mater¨ de
                      e         o                                ue
Jacopone da Todi musicado por Pergolesi
     - Regˆncia de Mauro Ginestrone
          e
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a            16


        O texto retira passagens das cartas de Irm˜ Maria Celeste ao Padre Galileu e do dif´ trabalho
                                                  a                                        ıcil
cient´
     ıfico do grande astrˆnomo. Fala-se de Galileu e da terra que se move, do nosso mundo que n˜o ´ o
                         o                                                                      a e
centro do universo, mas tamb´m da dificuldade que tˆm os pioneiros do livre pensamento em afirmar-se.
                             e                     e
        Recordamos a figura da filha de Galileu, que o ajudou com o seu apoio nos momentos mais atormen-
tados da existˆncia do pai.
              e
       Narramos nos seus particulares cotidianos a vicissitude de uma monja que foi sempre um degrau a
mais sobre as outras: filha de tal pai, o compreende, e ainda que respeitasse a vida religiosa, o defende
        Falamos da abjura¸ao com a qual teve que sustentar um gˆnio como Galileu, de descobertas t´cnico-
                          c˜                                        e                                 e
cient´
     ıficas. Com um particular a mais: os pensamentos secretos de Irm˜ Maria Celeste, que deveria ter casado
                                                                        a
e n˜o pode, porque era filha ileg´
   a                                   `
                                ıtima. As vezes retoma a raiva pelo pai, mas temperado por afeto e admira¸ao.
                                                                                                         c˜
          Em todo caso, Galileu cientista permanece sempre homem, e como tal fal´
                                                                                ıvel.
          S´bado 13 de outubro 21 hora, sala do conselho em Marentino
           a
     ARLEQUIM E A COR DO QUARK
     - De Marco Monteno
     - Com Oreste Valente, Simona Sola, Fanny Oliva.
     - m´sicas originais compostas e executadas por Gianni Santoro.
        u
     - Regˆncia de Maria Rosa Menzio
          e
        Haver´ uma festa em pal´cio, e a Rainha acabou de descobrir que os quark , componentes elementares
              a                 a
da mat´ria, podem ser de v´rias cores. Ent˜o pede que Arlequim procure-lhe cores diferentes para pˆ-las em
       e                    a               a                                                        o
um vestido com o qual ela quer presentear sua filha a Princesa, por quem Arlequim est´ apaixonado, e que
                                                                                         a
quer ser sempre a mais elegante e fascinante.
        Arlequim vai ao mercado para comprar os quarks coloridos em uma vendedora de frutas que ´ tamb´m
                                                                                                   e      e
uma estudante de F´ısica e descobre que na realidade as ¨cores¨ dos quarks s˜o muito diferentes das cores que
                                                                            a
vemos hoje em dia. Mas gra¸as a alguns cientistas do CERN Arlequim conseguir´ seu intento de contentar
                             c                                                   a
a Rainha pelo presente.
        Na festa, depois, Arlequim descobre que a vendedora de frutas est´ entre as convidadas e inicia a
                                                                         a
cortej´-la.
      a
     S´bado, 20 de outubro, as 21hs, Igreja dos Bat` de Pecetto
      a                     `                      u
     FICASTE LOUCO
     - De Roberta Decio.
     - Vozes recitantes: Oreste Valente, Simona Sola, Maria Rosa Menzio
     - Arcos: Marco Mosca, Gualtiero Marangoni
     - M´sicas de Mozart, Eccles, Bach, Bizet, Saint-Saens.
        u
     - Regˆncia de Maria Rosa Menzio
          e
        O n´mero dez vai ao analista porque sofre pelas cont´
            u                                               ınuas brigas entre as cifras que o comp˜em: o
                                                                                                   o
zero e o um. Um texto que faz as contas com o infinito e a teoria dos n´meros: sob a aparente facilidade
                                                                         u
de escritura que mant´m acesa, al´m da matem´tica, tamb´m a chama de ciˆncias menos duras como a
                       e          e             a          e                  e
psicologia ou at´ mesmo a filosofia, do ¨C´digo de Salem¨ do s´culo XII, com os seus sacros mist´rios.
                e                        o                    e                                  e
        E depois existem a senhora 13 e o senhor 17 do consultor matrimonial, com toda uma s´rie de ane-
                                                                                               e
dotas sobre estes n´meros, e os seus filhos 2 e 3 e os gˆmeos 5 e 7. Um texto hilariante, que ajuda a uma
                   u                                   e
melhor compreens˜o da aritm´tica em veste culta e cˆmica juntas.
                  a          e                      o
     S´bado 27 de outubro as 21h00, Planet´rio de Pino Torinese
      a                                   a
     LUZIAM AS ESTRELAS
     - De Maria Rosa Pant´
                         e
     - Voz de Lina Bernardi, dire¸ao musical Claudio Fenoglio
                                 c˜
     - M´sicas de Verdi, Rossini, Leoncavallo
        u
     - Regˆncia de Mauro Ginestrone
          e
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a                17


        Marina Gamba, a mulher que amou Galileu nos anos Padovanos (passados na cidade de P´dua),     a
aqueles que ele definiu os mais belos da sua vida, conta a sua est´ria de amor. Ao enamorar-se subitamente
                                                                  o
pelo jovem cientista, o seguiu na vida e nos estudos, deu-lhe juventude, amor e trˆs filhos, sem, por´m con-
                                                                                  e                 e
seguir casar com ele.
        Assim quando ele decidiu voltar a Floren¸a ela parou de segui-lo. ¨Tudo come¸ou com a luneta e
                                           `        c                                     c
tudo acabou com a luneta¨. O grande cientista ´ retratado pela otica particular da sua mulher, bel´
                                                  e                 ´                                  ıssima,
mas iletrada, que, concreta e ligada a terra, n˜o obstante tudo, pelo amor dele, se apaixonou por astronomia.
                                               a
A mulher que foi a Musa de Galileu, de quem ningu´m soube mais nada.
                                                      e
   (*) Os textos sobre N´meros e Quark s˜o publicados no apˆndice de ¨Tigres e Teoremas¨ de
                        u                 a                  e
M.Rosa Menzio, editor Springer-Verlag, o texto ¨Luziam as estrelas¨ foi publicado por Manni em
¨N´s que n˜o fomos Musas¨.
  o       a



                                             UNIONE COLLINA TORINESE
                                      Per il PROGETTO ¨TEATRO & SCIENZA¨
                                                     Presenta la




                                          RASSEGNA ¨CLASSICA & SCIENZA¨

        Dopo il successo dei suoi due ultimi libri, uno di drammi teatrali e l´altro un saggio con finalit`
                                                                                                         a
didattiche,MARIA ROSA MENZIO prosegue il Progetto ¨Teatro & Scienza¨ che ha quest´anno una
particolarit`: l´accompagnamento musicale.
            a
        Musica per il Teatro e la Scienza: Maria Rosa Menzio propone quest´anno un´ardita Rassegna come
crocevia espressivo fra teatro, musica e scienza.
        Avremo quindi voci recitanti, musica classica dal vivo, e scienza. Nel caso di ¨Carteggio celeste¨,
testo di punta della Rassega, ci avvaliamo anche di cantanti lirici e di un coro. Mettiamo sul palcoscenico la
diffusione della scienza, la voce umana e quella degli strumenti dal vivo: chitarra con musiche originali per il
testo sulla Fisica delle particelle elementari, archi con musiche di Mozart e altri per il testo sulla Matematica
e ancora archi con musiche di Pergolesi per ¨Carteggio celeste¨ che affronta anche il tema della Rivoluzione
Galileiana, violoncello con musiche di Verdi, Rossini, Leoncavallo per il testo ¨Lucean le stelle¨ sulla donna
di Galileo.
         La Rassegna inizia quindi con Galileo secondo la figlia (lettere, vere o pensate, fra il grande scien-
ziato e sua figlia, con la condanna e l´abiura) e termina con Galileo secondo la sua donna (e la diffusione
del telescopio), in mezzo vi sono i testi sui costituenti elementari del pensiero e del mondo: i numeri primi
(costituenti basilari dell´Aritmetica) e le particelle elementari (costituenti basilari della Materia).
        Ci teniamo a precisare questo: come si dice che Chopin ripetesse ai suoi allievi la frase ¨con facilit`¨
                                                                                                              a
perch´ l´ artista non deve mostrare al mondo la fatica che gli costa suonare, ebbene noi vorremmo che il
      e
grande lavoro fatto per unire insieme campi cos` (apparentemente) distanti non fosse percepito dagli spetta-
                                                ı
tori, ma che essi ne gustassero solo l´armonia, appunto, con... lievit`.
                                                                      a
        Riteniamo che la diffusione della scienza passi attraverso modalit` espressive diverse, e che la crisi
                                                                            a
di vocazioni scientifiche in atto in tutta Europa sia anche dovuta al modo arido e faticoso che i docenti a
volte impiegano per insegnarla. Vorremmo dare una svolta che si imprimesse in modo indelebile nella mente
degli spettatori. Facciamo solo un esempio: la semplicissima frase ¨la Terra non gira¨ detta dall´Inquisitore
a Galileo pare banale se letta a freddo, in un trattato, ma se la si immagina detta su una scena teatrale, per
di pi` accompagnata da musica classica, ecco allora che si pu` riproporre per il ¨teatro scientifico¨ quello
     u                                                           o
che accadeva un secolo fa per la Lirica, quando anche le sartine e gli operai andavano a teatro e uscendo
cantavano le arie appena udite.
     Ecco ora il sunto dei quattro spettacoli teatrali.
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a                18


                           Venerd` 5 ottobre, ore 21, teatro di Pino Torinese
                                 ı
                                       CARTEGGIO CELESTE
                                        Di Maria Rosa Menzio
                             Voci recitanti: Nino Bernardini, Eleonora Binando,
                                  Canto: Caterina Borruso, Roberta Garelli
       Quintetto d´archi: Mihai Vuluta, Enrico Luxardo, Giulio Arpinati, Franco Mori, Michele Lipani
                           Koro del Teatro Poetico Sinfonico di Mauro Ginestrone
                su sequenze dello ¨Stabat Mater¨ di Jacopone da Todi musicato da Pergolesi
                                       Regia di Mauro Ginestrone

        Il testo trae spunto dalle lettere di Suor Maria Celeste al padre Galileo e dal difficile iter scientifico
del grande astronomo. Si parla di Galileo e della terra che si muove, del nostro mondo che non ` il centro
                                                                                                      e
dell´universo, ma anche della difficolt` che hanno i pionieri del libero pensiero ad affermarsi. Ricordiamo la
                                         a
figura della figlia di Galileo, che lo aiut` col suo appoggio nei momenti pi` travagliati dell´esistenza del padre.
                                         o                                u

        Narriamo nei particolari quotidiani la vicenda di una monaca che fu sempre un gradino pi` su delle
                                                                                                       u
altre: figlia di tale padre, lo comprese, e pur nel rispetto della vita religiosa, lo difese. Parliamo dell´abiura
cui dovette sottostare un genio come Galileo, di scoperte tecnico-scientifiche. Con un particolare in pi`: i   u
pensieri segreti di Suor Maria Celeste, che avrebbe voluto sposarsi e non pot´, perch´ figlia illegittima. A
                                                                                    e        e
volte torna l´astio per il padre, ma temperato da affetto e ammirazione. In ogni caso, Galileo scienziato resta
sempre uomo, e come tale fallibile.


                     Sabato 13 ottobre ore 21, sala consiliare a Marentino
                          ARLECCHINO e il COLORE DEI QUARK
                                        Di Marco Monteno
                         con Oreste Valente, Simona Sola, Fanny Oliva.
                    musiche originali composte ed eseguite da Gianni Santoro
                                  Regia di Maria Rosa Menzio

        Ci sar` una festa a palazzo, e la Regina ha appena scoperto che i quark, componenti elementari
               a
della materia, possono essere di vari colori. Allora chiede ad Arlecchino di procurargliene di colori diversi per
metterli su un abito che vuol regalare a sua figlia, la Principessa, di cui Arlecchino ` innamorato, e che vuol
                                                                                      e
sempre essere la pi` elegante e fascinosa. Arlecchino va al mercato per comprare i quark colorati, li chiede a
                    u
una fruttivendola che ` anche una studentessa di Fisica e scopre che in realt` i ¨colori¨ dei quark sono assai
                        e                                                      a
diversi dai colori che vediamo ogni giorno. Ma grazie ad alcuni scienziati del CERN Arlecchino riuscir` lo   a
stesso ad accontentare la Regina per il regalo. Alla festa, poi, Arlecchino scopre che la Fruttivendola ` fra le
                                                                                                         e
invitate e inizia a corteggiarla...


           Sabato 20 ottobre, ore 21, Chiesa dei Bat` di Pecetto
                                                    u
                             DIAMO I NUMERI
                              Di Roberta Decio
      Voci recitanti: Oreste Valente, Simona Sola, Maria Rosa Menzio.
                  Archi Marco Mosca, Gualtiero Marangoni
 Comparse Marco Ba` , Serena Mazzarello, Giuseppina Mittica, Camilla Belliti
                     u
            Musiche di Mozart, Eccles, Bach, Bizet, Saint-Saens
                        Regia di Maria Rosa Menzio

        Il numero dieci va in analisi perch´ soffre per i continui litigi fra le cifre che lo compongono: lo zero
                                           e
e l´uno. Un testo che fa i conti con l´infinito e la teoria dei numeri: sotto l´apparente facilit` di scrittura
                                                                                                   a
cova, oltre alla matematica, anche il fuoco di scienze meno dure come la psicologia o addirittura la filosofia,
dal ¨Codice di Salem¨ del secolo XII, con i suoi sacri misteri. E poi ci sono la signora 13 e il signor 17 dal
consulente matrimoniale, con tutta una serie di aneddoti sui numeri, e i loro figli 2 e 3 e i gemelli 5 e 7... un
testo esilarante, che aiuta a una migliore comprensione dell´aritmetica in veste colta e comica insieme.
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a                  19


                     Sabato 27 ottobre ore 21, Planetario di Pino Torinese
                                    LUCEAN LE STELLE
                                     Di Maria Rosa Pant` e
                   Voce di Lina Bernardi, direzione musicale Claudio Fenoglio
                             Musiche di Verdi, Rossini, Leoncavallo
                                  Regia di Mauro Ginestrone

     Marina Gamba, la donna che am` Galileo negli anni padovani, quelli che lui defin` i pi` belli della sua
                                        o                                                    ı    u
vita, racconta la sua storia d´amore. Innamoratasi subito del giovane scienziato, lo segu` nella vita e negli
                                                                                               ı
studi, gli diede giovent`, amore e tre figli, senza per` riuscire a farsi sposare. Cos` quando lui decise di tornare
                        u                              o                              ı
a Firenze lei smise di seguirlo. ¨Tutto inizi` con il cannocchiale e tutto fin` con il cannocchiale¨. Viene ritratto
                                             o                                ı
il grande scienziato dall´ottica particolare della sua donna, bellissima ma illetterata, che, concreta e legata
alla terra,
     nonostante tutto, per amore di lui, si appassion` all´astronomia. La donna che fu la Musa di Galileo, di
                                                        o
cui nessuno seppe pi` nulla.
                      u

      I testi su Numeri e Quark sono pubblicati in appendice a ¨Tigri e Teoremi¨ di M. Rosa
Menzio, editore Springer-Verlag, il testo ¨Lucean le stelle¨ ` pubblicato da Manni in ¨Noi che
                                                             e
non fummo Muse¨
Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´
                                          a                                                  a                   20



                                                     RODRIGUEZ NETO
                                          ˆ
                                    A VIOLENCIA TRAGA UMA ESPERANCA
                                                                 ¸

                                                                                 ¨E ovento vai levando tudo embora¨
                                                                     Legi˜o Urbana(Grupo musical), Vento no Litoral
                                                                         a

           Era assim que Benedito Lima Rodrigues Neto, assassinado em 18/04/2008,
       Ananindeua-Pa, assinava os seus trabalhos cˆnicos. Mais sempre o chamamos, quando aluno
                                                       e
       do curso de matem´tica da UFPa, de NETO. E, parafraseando dito j´ bem comum nessa
                           a                                                     a
       ´poca t˜o cruenta, tempos terr´
       e      a                         ıveis passa o educacional quando os mestres sepultam os seus
       ex-alunos.
           Preciso ainda dizer que universidade p´blica, falo pelas que conhe¸o, ´ uma maravilhosa
                                                     u                        c e
       festa. Mais ainda para quem apenas fica sentado e come o bolo do jeito que for servido. J´      a
       para quem sentir algum gosto de terra e/ou um pouco de sujeira no fundo do prato, nada
       ser´ simpl´rio. Mesmo que s´ deseje lavar um pouco algum prato para o pr´ximo convidado
          a       o                   o                                             o
       ser um pouco melhor servido.
           Neto n˜o ficou sentado. Pelo contr´rio, levantou-se, encenou, deu vida e gritou como
                    a                              a
       jamais soube ter ocorrido no curso de matem´tica. O que disso assimilaram ´ uma hist´ria
                                                         a                             e          o
       da educa¸ao com poucas letras ainda.
                c˜
           Seguramente, registro, ´ desse momento que veio a primeira ideia de alinhar, de fato
                                    e
       realinhar, posto que teatro sempre foi um grande instrumento de educa¸ao, o teatro dentro
                                                                                 c˜
       de uma metodologia do ensino da matem´tica. Porquanto, tempos depois produzi e muitos
                                                     a
       aperfei¸oaram, como constam em www.cultura.ufpa.br/matematica/?pagina=jbn, o embri˜o
              c                                                                                     a
       do projeto, que ´ p´blico e dispon´ no link: O uso do Teatro na Aula de Matem´tica. Esse ´
                       e u                ıvel                                           a            e
       a parte mais simples de tudo. Nisso, n˜o quero dizer que tudo j´ feito ´ pouco, pelo contr´rio,
                                                a                      a      e                  a
       ´ imenso, mas s˜o os problemas que assolam o ensino da matem´tica no Brail quem s˜o
       e                 a                                                  a                       a
       assustadoramente dram´ticos.
                                a
           Entretanto, a parte mais vigorosa na consolida¸ao do projeto ainda ´ sonho por precisar
                                                              c˜                 e
       quebrar preconceitos, transpor para dentro das salas de aulas e referenciar melhoras signi-
       ficativas. Para tanto, sempre prescindiu de um talento do n´ que Neto sempre teve, e de
                                                                     ıvel
       sobra. Sua dupla forma¸ao, graduado em matem´tica e p´s-graduado em teatro, sempre o fez
                               c˜                           a     o
       uma esperan¸a s´lida. Afinal, foi ele mesmo quando de passagem pelo curso de matem´tica
                     c o                                                                         a
       da UFPa quem fomentou tudo.
           E, finalmente, espero que essa trag´dia que atingiu Rodriguez Neto sirva para todos
                                                  e
       refletirem o quanto violˆncia, venha de onde vier, pessoal ou institucional, ´ uma praga que
                                e                                                   e
       infesta mentes e cora¸oes, destr´i vidas, sonhos, faz da loucura uma bela normalidade e do
                             c˜           o
       normal a mais patente loucura. S´ que assim, nossas vidas n˜o s˜o mais que sopros de ventos,
                                          o                         a a
       formando tempestade que vare e apaga todo tra¸o de hist´ria; faz-nos entes ocos apenas.
                                                           c      o
       Assina: Prof. Jo˜o Batista do Nascimento- Inst. Mat. UFPa
                        a

                            ˆ                    ˆ
                OUTRAS REFERENCIAS EM TEATRO & CIENCIA & ARTES
    - www.seara.ufc.br/atividades.htm
    - www.arteciencianopalco.com.br/
    - www.ciafabuladafibula.com.br/monocordio/
    - http://teatrotrindade.inatel.pt/html/progrm.html
    - www.ouroboros.rg3.net
    - http://membros.aveiro-digital.net/pinto/
    - www.rc.unesp.br/igce/pgem/gpimem.html
    - www.fe.usp.br/laboratorios/labrimp/cullt.htm
    - www.tvcultura.com.br/artematematica/home.html
    - www.artenaescola.org.br/index.php
    - www.cotas.net/aprendizaje/default.asp
    - IMPAES - Instituto Minidi Pedroso de Arte e Educa¸ao Social, http://www.impaes.org/
                                                          c˜
    - http://www.teatrodetabuas.com.br/teste/index teatro.html
    - www.art-bonobo.com/peticov/antoniopeticov.html
    - V´ a ¨Brasil e a sua Arte¨ em http://blogarte2008.wordpress.com/2009/02/04/arte-brasileira/#comment-1645
       ıdeo
    - Prof . Jurema Sampaio - http://www.jurema-sampaio.pro.br/segunda.htm
    - METODOLOGIAS DO ENSINO DE TEATRO, Ricardo Ottoni Vaz Japiassu, www.educacaoonline.pro.br/ in-
dex.php?option=com content&view=article&id=24:metodologias-do-ensino-de-teatro&catid=4:educacao&Itemid=15

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O Teatro na Aula de Matemática

  • 1. ¸˜ ATUALIZACAO: JUN/2009 Por: NASCIMENTO, J. B http://lattes.cnpq.br/5423496151598527 www.cultura.ufpa.br/matematica/?pagina=jbn jbn@ufpa.br, joaobatistanascimento@yahoo.com.br HOMENAGENS ´ UBIRATAN D’AMBROSIO Prˆmio Felix Klein, 2005. e (www.pucsp.br/pos/edmat/memubiratan.html ) RODRIGUEZ NETO Assassinado em 18/04/2008-Ananindeua-Pa ´ CONTEUDO1 ´ ´ FUNDAMENTO HISTORICO E ASPECTOS METODOLOGICOS PARA O USO P´g.2 a DO TEATRO NO ENSINO DE MATEMATICA´ UMA PROPOSTA DE PECA¸ P´g. 2 a MONTAGENS ˆ A - CLUBE DE CIENCIAS/ NPADC/ UFPA P´g. 5 a B - CUBT/CURSO DE PEDAGOGIA /ABAETETUBA / UFPA P´g.5 a ´ C - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU /ITAITUBA-PA P´g.6 a ¸˜ PUBLICACOES NO TEMA P´g. 7 a INFORMES NO TEMA - Uma breve descri¸ao de alguns trabalhos/propostas. c˜ P´g. 12 a ˆ ˆ OUTRAS REFERENCIAS EM TEATRO & CIENCIA & ARTES P´g. 20 a AVISO: ´ ESTE E APENAS UM INFORMATIVO, PORTANTO, NAO GERA ˜ DIREITO. CONSULTE OS AUTORES. No meu caso todos podem fazer contato para orienta¸oes, j´ que fa¸o parte de uma universidade p´ blica e, desde de j´, ser´ um c˜ a c u a a prazer. JBN 1 Inclui-se na Proposta de livro do mesmo autor Matem´tica para Aprender e Ensinar, Vol. I. a
  • 2. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 2 Fundamento Hist´rico e Aspecto Metodol´gico do Uso do Teatro o o no Ensino da Matem´tica a Nem s´ semelhan¸a f´ o c ısica guarda o teatro e a sala de aula. De fato, a aula nasceu bem antes deste aprisionamento e quase confinamento que hoje esta encerra, nos palcos da mais remota antig¨idade. u N˜o existe nenhum ind´ a ıcio s´rio que aponte qualquer defasagem, guardando-se as devidas pro- e ` por¸oes, e isto exige um bom conhecimento matem´tico, em termos de eficiˆncia educacional, entre c˜ a e a forma inicial de ensino, a teatral, e a atual. Por ser a aula ao ar livre, s´ assistia quem quisesse aprender, enquanto hoje s˜o gastos recursos o a preciosos para obrigar. Assim, sacrificamos a liberdade das nossas crian¸as em troca de quase nada. ` c E mesmo que fosse por tudo, nunca deveria ocorrer: educa¸ao s´ come¸a quando a plenitude da c˜ o c liberdade ´ conquistada. e O registro que dispomos do uso do cˆnico no ensino da matem´tica, ap´s consolidar-se na e a o hist´ria da educa¸ao esta diferencia¸ao entre teatro e sala de aula, ´ o trabalho da monja Rosvita o c˜ c˜ e de Gandersheim, do s´c. X , ao produzir e montar a pe¸a Sabedoria, a qual foi traduzida no e c trabalho do Professor da USP Luiz Jean Lauand2 . A nossa metodologia consiste em trabalhar e pesquisar em grupo para identificar, entender e pro- mover a aprendizagem dos elementos e conceitos de matem´tica, bem como os temas transversais. ` a Realiza-se simultaneamente, sess˜es de leitura, exposi¸oes, discuss˜es, socializa¸oes dos saberes, re- o c˜ o c˜ constru¸oes de di´logos e adapta¸oes, que levar´ em conta o contexto do educando, o p´blico alvo c˜ a c˜ a u da apresenta¸ao, o rigor dos conceitos matem´ticos e o aprofundamento da aprendizagem. Al´m c˜ a e da pesquisa em matem´tica para amplia¸oes e generaliza¸oes. a c˜ c˜ UMA PROPOSTA DE PECA ¸ Autor: Nascimento, J. B. T´ıtulo: De Ponto em Ponto Formamos... Tema - Elementos da Geometria Plana. Objetivos - Disseminar os conceitos b´sicos da geometria plana e temas transversais. a ATOS 01 - OH! SUJEITO QUADRADO; ˆ 02 - TRIANGULO AMOROSO; 03 - UM C´ IRCULO VICIOSO; 04 - TEM QUE ANDAR NA LINHA; 05 - PONTO FINALM E N T E; IN´ICIO Narrador - No reino da matem´tica, l´ no canto da geometria, moram numa folha de papel, a a muitas figuras interessantes. Algumas delas vieram se apresentar, brincar e conversar. Come¸ando c com o Quadril´tero! a ATO 1 - Aparece a faixa com os dizeres: OH! SUJEITO QUADRADO! Entra o quadril´tero, explica quem ´ ele( fig.1), falando dos seus elementos principais (v´rtices, a e e lados, angulo, diagonais), de alguns membros da fam´ ( Retˆngulo, Losango, Quadrado, Trap´zio, ˆ ılia a e Dardo e Cometa - fig. 1, 2, 3 e 4 ) e suas caracter´ ısticas particulares (por exemplo, um quadrado pos- sui todos os lados congruentes e todo o angulo interno reto). Mostra que todo quadrado ´ retˆngulo, ˆ e a mas existem retˆngulos que n˜o s˜o quadrados. O que ´ per´ a a a e ımetro, area e como calcul´-los. ´ a Apresenta os jogos que tiver, tipo quebra-cabe¸a, feito de quadril´teros, TANGRAN, por ex- c a emplo. Faz com que a plateia leia a frase ¨OH! SUJEITO QUADRADO¨ e discute o sentido. Diz que n˜o concorda, pois, dentre todos da fam´ o quadrado ´ o mais ¨certinho¨. a ılia e - Minha fam´ j´ foi muito importante - diz emocionado acariciando e exibindo a fig. 5 - os ılia a carros de hoje bem que poderiam ser de outra forma. Pelo menos, n˜o haveria tanto engarrafamento! a Fala que o processo de reprodu¸ao tamb´m est´ presente na geometria, pega um quadril´tero, c˜ e a a dobra-o pela diagonal ( certamente j´ picotado nesta ) e rasgando exibe dois triˆngulos. apresenta-o a a e o faz entrar no palco. 2 LAUAND, L.J. - Educa¸ao, Teatro e Matem´tica Medievais, ed. Perspectiva/ 1986 c˜ a
  • 3. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 3 ˆ ATO 2: Aparece a faixa com do dizeres: TRIANGULO AMOROSO - Depois vamos conversar direitinho desse neg´cio de que somos um dos seus ¨rasgado¨ - diz o o triˆngulo ao quadril´tero. E, dirigindo-se para a plateia ( o quadril´tero continua em cena, in- a a a clusive ajudando o triˆngulo. E assim ser´ com todos os outros), explica o que ´ triˆngulo e seus a a e a membros quanto aos lados ( Equil´tero, Is´sceles e Escaleno ) e angulos ( Retˆngulo, acutˆngulo a o ˆ a a e obtusˆngulo ). Exibe casos de triˆngulos retˆngulo, is´sceles e escalenos e fala que n˜o existe a a a o a nenhum triˆngulo retˆngulo equil´tero, pelo fato de que um equil´tero possui todos os angulos a a a a ˆ iguais a 60o , portanto n˜o podendo ter nenhum igual a 90o para ser retˆngulo. a a - Vou lhe mostrar um membro da fam´ que ´ ¨brilhante¨, principalmente a noite - diz o ılia e ` triˆngulo ao quadril´tero e exibindo um triˆngulo luminoso, fig. 6. a a a - Para que serve isso! - Exclama o quadril´tero. a - J´ deu pra vermos que de carro tu n˜o entendes nada quadril´tero - Diz o triˆngulo - Oh! a a a a bicho quadrado! - N˜o ofende - diz o quadril´tero. a a - Venha c´ - diz o triˆngulo - vou te ensinar. Fa¸a de conta que vocˆ ´ um carro - e colocando o a a c ee triˆngulo luminoso no bolso traseiro do quadril´tero - e eu o motorista - coloca as m˜os nos ombros a a a do quadril´tero. Os dois andam pelo palco, com o quadril´tero fazendo o som de carro e o triˆngulo a a a como estivesse dirigindo. - Deu o prego! N˜o se mexa - Diz o triˆngulo, fazendo o gesto de descer do carro e ficando atr´s a a a do quadril´tero. a - N˜o pode se mexer - diz o triˆngulo insinuando para a plateia que ir´ mexer no traseiro do a a a quadril´tero. a - Olha o que tu vai fazer! - Diz o quadril´tero. a - Ora essa! - diz o triˆngulo - eu tenho que abrir a traseira do carro para tirar o triˆngulo. a a - Se vocˆ meter a chave - diz o quadril´tero - eu lhe dou umas ”bolachas”. e a - T´ bom! - diz o triˆngulo tirando o triˆngulo, se afastando e abanando o nariz - Tu imitas a a a muito bem um carro. Mas, precisava ser a alcool? ´ - Quando o carro ¨d´ o prego¨ - diz o triˆngulo - coloca-se o triˆngulo longe da traseira do a a a carro para que os outros motoristas percebam com bastante antecedˆncia que o carro est´ no prego e a ou se houve algum acidente. Devendo o motorista que vier na estrada diminuir a velocidade, pois outro pode est´ atrapalhando o trˆnsito ou precisando de ajuda. a a - Pelo que contam meus ancestrais - diz o triˆngulo dirigindo-se ao quadril´tero - foram dois a a triˆngulos que se juntaram formando um quadril´tero e da´ sua fam´ (faz o movimento de juntar a a ı ılia dois triˆngulos formando um quadril´tero). a a - Posso ver, amigo quadril´tero - continua o triˆngulo irˆnico - o retrato da carrocinha que vocˆ a a o e guarda com tanto carinho. E mostrando as ¨rodas¨ da carro¸a, fala que ir´ trazer ao palco o sujeito c a que ¨desempregou¨ a familia dele e apresenta o C´ IRCULO. ATO 3 - Aparece a faixa: C´ IRCULO VICIOSO (estudar um gesto vicioso circular para a personagem. Pode ser ficar circulando o dedo como es- tivesse discando) O c´ırculo apresenta-se e define o que ´ centro, raio e diˆmetro. Explica que n˜o tem lado como e a a os outros e que na fam´ todos tˆm a mesma aparˆncia s´ mudando o centro e o raio, o que ´ ılia e e o e disco, o Pi, como calcular per´ ımetro e area de c´ ´ ırculo, o que s˜o c´ a ırculos concˆntricos e alguma e hist´ria envolvendo o c´ o ırculo. - Ou quadril´tero - diz o c´ a ırculo dirigindo-se a este - poderias nos mostrar novamente a carro¸a. c - Estou come¸ando a desconfiar que eles estejam fazendo ¨hora¨ comigo - fala o quadril´tero c a para a plateia, exibindo a figura, enquanto o triˆngulo rir. a - Veja - diz o c´ırculo - como uma viagem numa carro¸a desta demorava muito, sobrava muito c tempo para ficar olhando o sol... a lua... tudo redondo. Para tirar vocˆ da´ n˜o custou muito. e ı a - E por falar em sol... lua..- diz o c´ ırculo - eles nunca vˆm at´ n´s. Mandam seus raios. Isto e e o lembra o nosso amigo SEGMENTO. Nisto entra a personagem.
  • 4. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 4 ATO 4 - Aparece a faixa: TEM QUE ANDAR NA LINHA (A personagem tem que andar reto) Define o que ´ reta, semi-reta e segmento. Diz que os outros e s˜o na verdade irm˜o seus que se uniram. Faz o triˆngulo e quadril´tero com segmentos. a a a a - Ah! Mas n˜o eu! - Diz o c´ a ırculo. - Eu n˜o vou fazer aqui, compadre c´ a ırculo - diz o segmento, como fosse dobrar-se - por est´ a muito velho. Veja! Dobrando um segmento de material flex´ e formando um arco. ıvel - Quando nos entortamos na forma de c´ ırculo - diz o segmento - recebemos o nome de arco. E inclusive temos muitas aplica¸oes - exibindo um ”arco”de flecha e mostrando o arco e segmento. c˜ - Se juntarmos membros de minha fam´ - fala o segmento e pedindo um dardo (fig.2) ao ılia quadril´tero - com arcos da fam´ do c´ a ılia ırculo e membros da fam´ do quadril´tero, teremos um ılia a arco e uma flecha. Uma arma poderosa dos nossos ind´ ıgenas. (sai correndo atr´s dos demais como a fosse ”flech´-los”). a - Veja - continua o segmento - que o triˆngulo tem trˆs cantinhos e o quadril´tero quatro e eu a e a dois (mostrando). Eles chamam os seus cantinhos de v´rtices e eu de v´rtice ou extremos. E, Por e e falar deles, eu apresento o amigo PONTO. Nisto entra a personagem. ATO 5 - Faixa: PONTO FINAL M E N T E Enquanto a personagem ponto adentra, percebe-se que o quadril´tero movimenta-se como es- a tivesse indo embora. - Onde estais indo? - diz o triˆngulo ao quadril´tero. - Num j´ ´ ponto final - diz o quadril´tero. a a ae a - Oh! Sujeito quadrado! - diz o c´ ırculo e puxando o quadril´tero de volta. a - Nisto, o c´ırculo deixa cair do bolso, desenhos de figuras inscritas no c´ ırculo (dentro do c´ ırculo fig.7) para que o triˆngulo veja. a - Compadre triˆngulo! - fala o quadril´tero em pˆnico, acusando o c´ a a a ırculo e escondendo-se por tr´s do triˆngulo - ele engoliu nossos irm˜os! a a a - Calma l´ amigo quadril´tero - Diz o triˆngulo, tentando acalm´-lo - que isto n˜o ´ nada es- a a a a a e tranho. Veja! (mostrando a fig. 8 - figuras circunscritas ao c´ ırculo/ o c´ırculo por dentro da figura ) - Valei- me compadre - fala o quadril´tero, mais assustado ainda - somos n´s agora que estamos a o comendo o c´ ırculo! Este canibalismo vai acabar com todos n´s. o - Nada disso - diz o ponto e explica o que ´ inscrito e circunscrito e fala que em alguns casos ´ e e preciso haver certa rela¸oes para que isto ocorra. Menos para o triˆngulo, o qual sempre ter´ um c˜ a a c´ ırculo que o inscreve e um outro que o circunscreve. - Oh! Amigo quadril´tero! Somos de paz - diz o c´ a ırculo. Veja, (mostra-lhe a fig.9 ) nossas fam´ ılias unidas formando um importante sinal de trˆnsito: PERMITIDO ESTACIONAR. a ´ - E mesmo - diz o triˆngulo e mostrando fig. 10 - e com o segmento o sinal de PROIBIDO a ESTACIONAR. - E, tamb´m este - diz o segmento, mostrando fig. 11 - de PROIBIDO PARAR E e ESTACIONAR. - Calma l´ segmento - diz o quadril´tero - tu parece mais um pol´ a a ıtico, empregando toda tua fam´ılia. - Amigos! - diz o ponto explicando o significado de cada uma das placas de trˆnsito. a - o segmento tem raz˜o. Terminada a explana¸ao, as cortinas come¸am a descer e todos cantam. a c˜ c ´ MUSICA DE PONTO EM PONTO FORMAMOS SEGMENTOS, QUE FORMARAM FIGURAS E QUERO LHE DIZER... ˜ QUE TODAS SAO IMPORTANTE ´ BOM VOCE CONHECER. E QUE E ˆ FIM
  • 5. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 5 MONTAGENS DA PECA PROPOSTA ¸ ´ ˆ A - DEP. MATEMATICA / CLUBE DE CIENCIAS (NPADC) / UFPA Crian¸as integrantes do projeto de extens˜o ATIVIDADES DE c a ´ ´ MATEMATICA PARA 3o E 4o SERIES. Uma realiza¸ao do c˜ Clube de Ciˆncias/ NPADC e o Dep.Mat. UFPA, em 2003, e e desenvolvido pelos licenciandos em Matem´tica da UFPa: a ALDENORA PERRONE AMADOR; ´ FATIMA CRISTINA COSTA DE ALMEIDA; LUCIANA SAYURI TSUCHIYA MASUDA; ´ JOSE MARCOS NUNES DO AMARANTE; E do curso de Forma¸ao de Professores da UEPA: c˜ DIENE ELLEN AMADOR. Orientador do Projeto: Prof. Msc. J.B. Nascimento - Dep. Mat - UFPA Coord. Clube de Ciˆncia: Doutorando Jesus Cardoso Brabo (SEDUC / Pa) e Coord. NPADC/UFPA: Profa. Dra. Terezinha Valim Oliver Gon¸alves c ´ B - CAMPUS UNIVERSITARIO DO BAIXO TOCANTINS / UFPA Licenciandos(as) de Pedagogia, Turma 2000, do CUBT em Abaetetuba-Pa, na disci- plina Fundamentos Te´ricos e Metodol´gicos para o Ensino de Matem´tica, ministrada pelo Prof. o o a AUBEDIR SEIXAS COSTAS, docente efetivo do Colegiado de Matem´tica do CUBT / UFPA, a que tamb´m desenvolveu apresenta¸oes com turmas de Breves-Pa, Tailˆndia-Pa e Conc´rdia e c˜ a o do Par´.a
  • 6. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 6 ´ C - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU ´ CURSO DE MATEMATICA / ITAITUBA-Pa Prof. Paulo Cleber Mendon¸a c clebermt@uft.edu.br Recebi DVD repassado pelo Prof. Paulo Cleber, onde foi documentado a ex- periˆncia. O objetivo mais consequente na forma¸˜o foi atingido: unirem-se profissional- e ca mente em torno de uma a¸ao. Depois disto, tudo o mais que ´ necess´rio trabalhar na c˜ e a melhoria da educa¸˜o das nossas crian¸as, que ´ uma imensa trag´dia, pode ser cons- ca c e e tru´ıdo. Desejo que ajudem seus educandos a chegar at´ esta alegria que ficou imor- e talizada no cora¸˜o de cada um de vocˆs. Pesquisem, reformulem, ensinem e deixem, ca e assim como aconteceu com vocˆs, que suas crian¸as assumam o palco por completo, se e c tornem donas do saber. Nos colocamos ao dispor, n´s que fazemos o Departamento de o Matem´tica da UFPa, de todos nesta longa, e agora menos penosa, jornada por meio a do ensino da matem´tica. a Prof. Jo˜o Batista do Nascimento - Dep. Mat. UFPa a
  • 7. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 7 ¸˜ PUBLICACOES NO TEMA. Com di´logo entre os personagens, a alunos fixam melhor os conceitos das aulas Da reportagem Imagine uma pe¸a de teatro em cada ato c tenha nomes nada convencional como Oh! Sujeito quadrado; Triˆngulo Amoroso; Um C´ a ırculo vicioso; Tem que andar na linha e Ponto Finalmente. Qualquer semelhan¸a com aulas de matem´tica c a n˜o ´ mera coincidˆncia. Os atos com nomes a e e estranhos fazem parte da pe¸a De ponto em ponto c formamos... do Projeto Matem´tica & Teatro - da a Constru¸ao L´cida a Formaliza¸ao, criado pelo pro- c˜ u ` c˜ fessor Jo˜o Batista do Nascimento da Universidade a Federal do Par´ (UFPA) a A pe¸a ´ a segunda produ¸ao realizada no pa´ c e c˜ ıs, atr´s somente a obra do Professor da USP L.J. a Projeto de extens˜o da UFPA obteve a Laund[++]. A ideia surgiu exatamente porque Nasci- mento percebeu a possibilidade de abordar conceitos resultados animadores (Foto: Licenc. da disciplina de forma menos burocr´tica e chata. a Pedag. UFPA/Abaet.PA) Por conta disso, a solu¸ao encontrada foi adequar os conceitos da disciplina com uma forma l´dica de c˜ u ´ aprender. ¨E inconceb´ que uma crian¸a estude Matem´tica durante 12 anos e ainda se sinta amedrontada ıvel c a diante de uma raiz quadrada¨, explica, refor¸ando a necessidade de implanta¸ao de sua ideia: ¨um dos erros c c˜ cometidos pelos educadores ´ n˜o pensar em adequar os conte´dos a uma forma mais simples da crian¸a e a u c aprender. Por isso, ´ que cada teatro ´ essencialmente constru´ pelo aluno. Eu os considero portadores e e e ıda executores natos do l´dico¨. u Os participantes e personagens da (de uma montagem, e.n) pe¸a forma alunos da 4 a s´rie do Ensino c e Fundamental , participantes do projeto de extens˜o da UFPA. Os resultados observados foram forma ani- a madores, o que confirma a facilidade das crian¸as aprender por meio de brincadeiras. ¨As crian¸as nunca c c tˆm problemas de absolver as novidades. N´s ´ que, muitas das vezes, n˜o nos preocupamos em inventar e o e a novos m´todos¨ e Elabora¸˜o da Pe¸a ca c Para criar uma pe¸a de teatro dentro dos conceitos da disciplina, Nascimento explica que ´ necess´rio c e a que os alunos pesquisem, estudem e se identifiquem com o tema. Depois, com o aux´ do professor, se r˜o ılio a elaborados os di´logos. Ao final de cada apresenta¸ao, ´ poss´ constatar uma mudan¸a positiva nos estu- a c˜ e ıvel c dantes. ¨No final a crian¸a n˜o vai apenas repassar os conhecimentos para um papel frio de prova, mas ir´ c a a defender o seu saber com todos os recursos e emo¸oes que estejam dispon´ c˜ ıveis¨ Os educadores interessados em conhecer os trabalho do professor Jo˜o Batista do Nascimento po- a dem obter informa¸oes por meio do site http://www.cultura.ufpa.br/matematica/?pagina=jbn. O e-mail c˜ para contado com o professor ´ jbn@ufpa.br. e ´ AGRADECEMOS AO JORNAL A TRIBUNA DE SANTOS, ATRAV ES DAS JORNALIS- ´ TAS QUE FIZERAM A MATERIA, S´ ILVIA COSTA E TATIANA AUDE. acesso direto: http://atribunadigital.globo.com/bn_conteudo.asp?opr=77&cod=170669# [++] Corre¸˜o: O professor da USP LUIZ JEAN LAUAND no seu livro Educa¸ao, Teatro e Matem´tica ca c˜ a Medieval, Ed.Perspectiva, 1986, traduziu a pe¸a ¨SABEDORIA¨, de autoria da professora ROSVITA DE c GANDERSHEIM, S´c. X, na qual s˜o abordados conceitos da matem´tica. e a a
  • 8. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 8 SBPCNET 08-SET-2004,http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=21324 ´ ´ TEATRO FAVORECE APRENDIZAGEM DE MATEMATICA NO PARA Segundo o pesquisador, a utiliza¸ao dos recursos da linguagem teatral possui alto poder de c˜ fixa¸ao de conceitos e grande teor l´dico, contribui para atrair o interesse e curiosidade dos alunos e c˜ u criar um ambiente favor´vel a aprendizagem, e supera o temor comum que as opera¸oes matem´ticas a ` c˜ a costumam registrar nas hist´rias escolares de muita gente. o Mestre pela Universidade Federal do Cear´, pesquisador de Matem´tica Pura e Metodolo- a a gias de Ensino Matem´tico,Jo˜o Batista Nascimento acredita que as metodologias tradicionais, a a utilizadas em muitas salas de aulas, geram verdadeiro temor nos alunos em rela¸ao a mat´ria. c˜ ` e ”Nossa experiˆncia de trabalho e pesquisas provam que a aprendizagem da matem´tica pode ser e a prazerosa. As crian¸as nunca tˆm problemas em absorver as novidades. N´s ´ que, na maioria das c e o e vezes, n˜o nos preocupamos em inventar novos m´todos”, diz Nascimento. a e ¨De forma resumida, a nossa metodologia consiste em identificar, pesquisar e estudar os ele- mentos e conceitos de matem´tica e os temas transversais envolvidos na pe¸a. Depois disto, s˜o a c a definidas sess˜es de leitura e de constru¸ao do texto, das falas, dos di´logos e adapta¸oes, que levar˜o o c˜ a c˜ a em conta o p´blico-alvo da apresenta¸ao, o rigor dos conceitos matem´ticos, aprofundamentos da u c˜ a aprendizagem, conceitos e pesquisa matem´tica, inclusive para amplia¸oes e generaliza¸oes, afirma a c˜ c˜ Jo˜o Batista. a Participa¸˜o ca - Pelos registros hist´ricos, antigamente a aprendizagem era em escala reduzida e n˜o havia salas de o a aula como hoje conhecemos. Chegava a ser semelhante as apresenta¸oes teatrais, com professores ` c˜ perform´ticos e alunos participativos. ”Sendo ao ar livre, s´ assistia a aula quem quisesse aprender. a o Hoje, gastamos recursos para obrigar a assistˆncia dos alunos e, depois de quatro ou cinco anos de e estudos, registramos uma aprendizagem p´ ıfia. Logo, sacrificamos a liberdade das nossas crian¸as c em troca de quase nada e mesmo que fosse por tudo, nunca deveria ocorrer. Educa¸ao s´ come¸a c˜ o c quando a plenitude da liberdade ´ conquistada”, acredita o pesquisador. e Parte das pesquisas do professor Jo˜o Batista foi realizada com crian¸as carentes do Bairro a c Guam´, em Bel´m. Foi poss´ registrar o n´ de alegria e participa¸ao espontˆneas dos alunos a e ıvel ıvel c˜ a nas atividades da metodologia desenvolvida. ”Nossa expectativa ´ a de que o ensino de matem´tica e a possa ser feito com alunos sorridentes e felizes. A escola n˜o tem s´ que ensinar. Tem que ajudar a o na felicidade dos alunos”, acredita o professor. A pe¸a intitulada ”De ponto em ponto formamos...”possui atos com nomes como Oh! Sujeito c quadrado; Triˆngulo Amoroso; Um C´ a ırculo Vicioso; Tem que andar na linha e Ponto Finalmente. Ela faz parte do projeto Matem´tica & Teatro - da constru¸˜o l´ dica ` formaliza¸˜o, a ca u a ca ´ criado pelo professor. ”E inconceb´ que uma crian¸a estude matem´tica durante 12 anos e ainda ıvel c a se sinta amedrontada diante de uma raiz quadrada”, explica Jo˜o Batista. E acrescenta: ”Um dos a erros cometidos pelos educadores ´ n˜o pensar em adequar os conte´dos a uma forma mais simples e a u da crian¸a aprender. Por isso ´ que cada apresenta¸ao da pe¸a ´ essencialmente constru´ pelo c e c˜ c e ıda aluno. Eu os considero portadores e executores natos do l´dico”. Mais informa¸oes sobre o projeto u c˜ podem ser conseguidas no site: www.cultura.ufpa.br/matematica/?pagina=jbn (Jos´ Leit˜o, da e a assessoria de comunica¸ao do MEC). c˜
  • 9. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 9 ´ ´ JORNAL DIARIO DO PARA (www.diariodopara.com.br), 13/09/2004 Mestre pela Universidade Federal do Cear´, pesquisador de Matem´tica Pura e Metodologias a a de Ensino Matem´tico e professor da UFPA, Jo˜o Batista Nascimento acredita que as metodologias a a tradicionais, utilizadas em muitas salas de aulas, geram verdadeiro temor nos alunos em rela¸ao c˜ a Matem´tica. Segundo o pesquisador, a utiliza¸ao de recursos da linguagem teatral possui alto ` a c˜ poder de fixa¸ao de conceitos e grande teor l´dico, contribui para atrair o interesse e curiosidade dos c˜ u alunos e criar um ambiente favor´vel a aprendizagem, e supera o temor comum que as opera¸oes a ` c˜ matem´ticas costumam registrar nos boletins escolares de muita gente. a METODOLOGIA A metodologia consiste em identificar, pesquisar e estudar os elementos e conceitos de Matem´tica a e os temas transversais envolvidos numa pe¸a, intitulada ”De ponto em ponto formamos....”, ide- c alizada por Jo˜o Batista. Depois, s˜o definidas sess˜es de leitura e de constru¸ao do texto, das a a o c˜ falas, dos di´logos e adapta¸oes, que levar˜o em conta o p´blico da apresenta¸ao, o rigor dos con- a c˜ a u c˜ ceitos matem´ticos, aprofundamentos da aprendizagem, conceitos e pesquisa matem´tica, inclusive a a para amplia¸oes e generaliza¸oes. Parte das pesquisas do professor Jo˜o Batista foi realizada com c˜ c˜ a crian¸as carentes do Bairro Guam´. c a Portal da Universidade Federal do Par´, www.ufpa.br em 16/09/2004 a ´ ´ MATEMATICA E ENSINADA POR MEIO DO TEATRO a ´ Uma nova metodologia para o ensino de matem´tica. E o que prop˜e o grupo de professores do o projeto de extens˜o Matem´tica e Teatro - da Constru¸ao L´dica a Formaliza¸ao, do Departamento a a c˜ u ` c˜ de Matem´tica da UFPA. Criado pelo professor Jo˜o Batista do Nascimento, que trabalha nessa a a area h´ cinco anos, o projeto esteve ”em turnˆ”pelo interior do Par´ com a pe¸a ”De ponto em ´ a e a c ponto formamos...”. Em Abaetetuba, por exemplo, o projeto recebeu grande aceita¸ao por parte c˜ de professores e alunos. A equipe j´ planeja a publica¸ao de um livro sobre o assunto. a c˜ O professor Jo˜o Nascimento percebeu que havia um abismo entre a produ¸ao cient´ a c˜ ıfica dos p´los o de pesquisa no pa´ e a matem´tica ensinada nas salas de aula do ensino b´sico. ”A universidade ıs a a faz um trabalho de ponta, mas que n˜o chega ao povo”, afirma ele, ”o professor das s´ries iniciais a e n˜o sabe matem´tica”. Segundo o professor, isso ocorre porque os educadores, geralmente formados a a em pedagogia, sempre tiveram medo da disciplina. Ele ainda critica os livros did´ticos por serem a obscuros e terem abordagens confusas. Como uma prova incontest´vel de que a metodologia de a ensino convencional est´ equivocada, Jo˜o Nascimento resgata os n´meros de uma recente pesquisa a a u do Ibope: 79% dos brasileiros s˜o analfabetos em matem´tica. ”O problema ´ metodol´gico, afinal, a a e o as pessoas n˜o s˜o burras”. a a O coordenador do projeto garante que a linguagem do teatro ´ mais agrad´vel tanto para o e a educador quanto para o aluno. Mas isso n˜o significa que h´ simplifica¸ao dos conceitos. ”Pelo a a c˜ contr´rio, ´ amplia¸ao. Tudo que est´ escrito nos livros n´s ensinamos, s´ que a crian¸a aprende”, a e c˜ a o o c explica. Apesar dos bons resultados, o projeto ainda encontra muita resistˆncia. ”Principalmente e no interior, aonde alguns diretores chegam a impedir nossa atividade”, o lamenta e, que atribui isso ao imp´rio da ”matem´tica terrorista”. e a Mesmo entre os professores que j´ utilizam o m´todo proposto por Jo˜o Nascimento, n˜o houve a e a a um rompimento completo com o tradicional. ”H´ pessoas que querem usar a pe¸a para que as a c crian¸as decorem”, critica. ”Cada apresenta¸ao deve ser uma experiˆncia diferente, porque as in- c c˜ e terpreta¸oes poss´ c˜ ıveis s˜o muitas”. a
  • 10. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 10 O livro que a equipe formada por professores e estudantes da universidade est´ escrevendo ´ a e direcionado aos educadores do ensino b´sico, no qual apresentam a nova metodologia, que engloba a n˜o s´ o teatro, mas a produ¸ao de jornais, jogos e outras dinˆmicas. Eles procuram uma editora a o c˜ a que se interesse pelo projeto. ”O movimento ´ incipiente, mas tem for¸as. Precisamos mobilizar os e c professores de matem´tica”, conclui. No momento eles escrevem mais duas pe¸as. a c Nota de esclarecimentos (Reportagem anterior) I - DIRECAO¸ ˜ ESCOLAR & NOVOS METODOS ´ O problema que n´s acusamos na rela¸ao Dire¸ao escolar & novas metodologias ´ o seguinte: o c˜ c˜ e se um professor de matem´tica deseja implantar na escola uma nova metodologia, este fica depen- a dendo, em essˆncia, da aprova¸ao ou n˜o da Dire¸ao, quando esta n˜o possui meios t´cnicos para e c˜ a c˜ a e tomar uma decis˜o. Assim decide, j´ que tem mesmo que fazˆ-lo, pelo sim ou pelo n˜o, correndo a a e a riscos de toda ordem. De fato quem deveria respaldar/participar da nova metodologia deveria ser o centro que formou o professor. E, se o resultado for certo, que todos fossem laureados e publique-se. E, pelo contr´rio, a que se apontem as falhas, os respons´veis e o mecanismo de corre¸ao imediata e publique-se, at´ ` a c˜ e para prevenir novos erros. ´ II - ASPECTOS DA ¨MATEMATICA TERRORISTA¨ A) NO ENSINO: propostas metodol´gicas, como a que sugere para a crian¸a JOGAR UM o c ´ GATINHO DO SETIMO ANDAR PARA APRENDER O NUMERO SETE. ´ ¸˜ B) NA AVALIACAO: org˜os p´blicos, como o INEP, aplicam provas de matem´tica e n˜o d˜o ´ a u a a a conhecimento p´blico de todas as provas e as resolu¸oes que acham ter cada quesito. Este fato u c˜ encobre erros [ at´ o mais terrorista, como constar na prova conceito ou fato que o aluno n˜o e a poderia jamais saber, mesmo se houvesse aprendido toda bibliografia do certame], incompetˆncias e e permite transferir para os educandos toda culpa. Ass: Professor Jo˜o Batista do Nascimento - Dep. Mat.- UFPA. a
  • 11. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 11 EM PORTUGAL http://www.educacao.te.pt/geral/index.jsp?p=16&idNoticia=3425, 2004-09-06 ´ TEATRO PODE INOVAR ENSINO DA MATEMATICA Imagine uma pe¸a de teatro em que cada acto tenha nomes nada convencionais, como ¨Oh! Su- c jeito Quadrado¨, ¨Triˆngulo Amoroso¨, ¨Um C´ a ırculo Vicioso¨, ¨Tem que andar na linha¨ e ¨Ponto Finalmente¨. Qualquer semelhan¸a com as aulas de Matem´tica n˜o ´ mera coincidˆncia. Os actos com c a a e e nomes estranhos fazem parte da pe¸a ”De ponto em ponto formamos...”, concebida pelo Projeto c Matem´tica & Teatro - da Constru¸ao L´dica a Formaliza¸ao, criado pelo professor Jo˜o Batista a c˜ u ` c˜ a do Nascimento, da Universidade Federal do Par´ (UFPA). a A ideia surgiu porque Jo˜o do Nascimento percebeu a possibilidade de abordar conceitos da a disciplina de forma menos burocr´tica e enfadonha. Assim, a solu¸ao encontrada foi adequar os a c˜ conceitos da disciplina a uma forma l´dica de aprender. u Em declara¸oes ao jornal brasileiro Tribuna de S˜o Paulo, Jo˜o do Nascimento afirma que ”´ c˜ a a e inconceb´ que uma crian¸a estude Matem´tica durante doze anos e ainda se sinta amedrontada ıvel c a diante de uma raiz quadrada”, refor¸ando a necessidade de implanta¸ao de sua ideia: ”um dos erros c c˜ cometidos pelos educadores ´ n˜o pensar em adequar os conte´dos a uma forma mais simples da e a u crian¸a aprender. Por isso ´ que cada espect´culo ´ essencialmente constru´ pelo aluno. Eu os c e a e ıdo considero portadores e executores natos do l´dico”. u Os participantes e personagens da pe¸a foram alunos da 4.a s´rie do Ensino Fundamental, par- c e ticipantes do projecto de extens˜o da UFPA. Os resultados observados foram animadores, o que a confirma a facilidade das crian¸as em aprender atrav´s de brincadeiras. Segundo o professor, ”as c e crian¸as nunca tˆm problemas em absorver as novidades. N´s ´ que, na maioria das vezes, n˜o nos c e o e a preocupamos em inventar novos m´todos”. e Para criar uma pe¸a de teatro dentro dos conceitos da disciplina, o professor explica que ´ c e necess´rio que os alunos pesquisem, estudem e se identifiquem com o tema. Depois, com o aux´ a ılio do professor, ser˜o elaborados os di´logos. Ao final de cada apresenta¸ao, ´ poss´ constatar uma a a c˜ e ıvel mudan¸a positiva nos estudantes. Segundo o professor Nascimento, ”no final a crian¸a n˜o vai c c a apenas repassar os conhecimentos para um papel frio de prova, mas ir´ defender o seu saber com a todos os recursos e emo¸oes que estejam dispon´ c˜ ıveis”.
  • 12. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 12 INFORMES NO TEMA 1 - PALESTRA DO PROFESSOR AUBEDIR SEIXAS, do Campus Univer- sit´rio do Baixo Tocantins da UFPA / Regional da SBPC /Bel´m -PA a e ´ CAMPUS UNIVERSITARIO DO B. TOCANTINS / UFPA ˆ CONVITE PARA CONFERENCIA ˆ CO-013- EXPERIENCIA: O USO DO TEATRO NA FORMACAO DO¸˜ ´ ´ PROF. DE MATEMATICA DAS SERIES INICIAIS PROF. ESP. AUBEDIR SEIXAS COSTA, auseixas@ufpa.br (CUBT/UFPA) ´ 2 - A PROPOSTA DE OTAVIO CABRAL, da Universidade Federal de Alagoas, www.ufal.br. No endere¸o eletrˆnico http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=17943, consta o c o artigo ¨ Teatro na sala de aula: uma proposta de aprendizagem¨ de sua autoria. Os que desejarem mais referˆncias, no sistema Lattes (www.cnpq.br) constam todos os dados do professor. e 3 - A PROPOSTA DE SALVIANO DE CAMPOS, salvicampos@ube.org.br Salviano de Campo, natural de Brejo Santos (Ce), atualmente reside em S˜o Paulo, Capital. Vez a v´rios cursos na area de dramaturgia, dire¸ao e a ´ c˜ c˜ ´ atua¸ao teatral. E autor de mais de quarenta pe¸as c Editora Paulinas teatrais, em algumas das quais atuou. ¨A matem´tica da educa¸˜o aborda o trabalho de um professor de matem´tica em uma a ca a classe de adolescentes. Com base no respeito pelas diferen¸as, di´logo e muita criatividade, ele con- c a segue fazer que adolescentes rebeldes se transformem em alunos aplicados. Contraria, num primeiro momento, as orienta¸oes pedag´gicas da escola, mas a coordena¸ao pedag´gica finalmente se rende c˜ o c˜ o ao sucesso obtido, gra¸as ao seu ”modo afetivo e solid´rio”de lidar com a classe. c a ´ E importante citar que instru¸oes detalhadas sobre ambienta¸ao, personagens, objetos de cena, c˜ c˜ figurino, cen´rio, ilumina¸ao e sonoplastia s˜o feitas ao longo da a¸ao de cada um deles, sem que a c˜ a c˜ se tolha a liberdade de exercer a criatividade aqueles que j´ disp˜e de uma experiˆncia pr´pria na ` a o e o montagem de pe¸as escolares.¨ c Texto em www.paulinas.org.br/loja/DetalheProduto.aspx?idProduto=7463#Detalhes
  • 13. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 13 4 - A PROPOSTA DE VILMABEL SOARES GIBON, vilmabel@comexsystem.com.br ¸˜ ´ APRESENTACAO - LIVRO TEATRO PEDAGOGICO Trago a vocˆs a minha preocupa¸ao com a educa¸ao que temos nas escolas hoje. Segundo e c˜ c˜ o psiquiatra Roberto Shinyashiki numa entrevista com Vanucci, disse: ¨o que as escolas deveriam fazer ´ ajudar o aluno a desenvolverem suas pr´prias potencialidades...¨. e o No meu ver, esse depoimento ´ a chave para a revolu¸ao educacional. Por quˆ? Porque a e c˜ e solu¸ao est´ no exerc´ da voca¸ao - chamamento, no desenvolvimento das habilidades inatas. E c˜ a ıcio c˜ ´ atrav´s do brincar, do teatro que despertamos para as nossas potencialidades. At´ mesmo porque e e e o teatro ´ a maior forma de expressar o ser humano num todo. e Acredito, que todo educador deveria ter espirito brincalh˜o, empatia e principalmente voca¸ao a c˜ para ensinar/ orientar facilitando ao indiv´ıduo suas pr´prias descobertas, o mundo m´gico que o a habita dentro de cada ser. Por isso me preocupei em escrever o livro sobre a importˆncia do teatro na educa¸ao, o a c˜ qual aborda o despertar das Inteligˆncias M´ltiplas (estuda as habilidades inatas) e a Educa¸ao e u c˜ Formativa Comportamental (estuda valores e atitudes - linguagem do afeto) objetivando o auto- conhecimento t˜o indispens´vel para nossa realiza¸ao pessoal e profissional. a a c˜ Este livro ´ dinˆmico e pr´tico. Neste est´ escrito um programa de 16 encontros, passo a e a a a passo cada encontro com mais de 80 dinˆmicas entre exerc´ a ıcios teatrais, exerc´ ıcios em dinˆmicas a de grupo, textos reflexivos como met´foras educacionais entre outros. a Todo educador independente do grau de forma¸ao acadˆmico deveria ser um mero orienta- c˜ e dor/ facilitador do processo ensino-aprendizagem, porque o aprendizado ´ um desabrochar. Como e descreve Humberto Maturana, bi´logo e cr´ o ıtico do realismo Matem´tico: Aprender ´ uma decis˜o a e a ¨de dentro para fora¨ Texto com direitos autorais reservados de Vilmabel soares Gibon - professora - brinquedista - orientadora vocacional - atriz em forma¸ao c˜ Fonte: http://www.comexsystem.com.br/vilmabel/textos/teatroped04.htm ´ 5 - ESPANHA - A PROPOSTA DE ISMAEL ROLDAN CASTRO ´ Autor do livro TEATROMATICO, editado pela editora Nivola (www.nivola.com/framelibro.asp?ref=40), e nos informa que ´ composto por diversas pe¸as. Na p´gina eletrˆnica e c a o www.cica.es/aliens/gittcus/roldan.html encontramos maiores de- talhes deste autor e quem quiser adquirir o livro pode fazˆ-lo pelo e site da editora ou diversas outras, que pode ser localizada atrav´s e de busca.
  • 14. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 14 ´ 6 - ITALIA - A PROPOSTA DE MARIA ROSA MENZIO DADOS PESSOAIS E DE CONTATO Maria Rosa Menzio C. Galileo Ferraris 144 10129 Torino-Italy sito www.teatroescienza.it - Torinese, laureata in Matematica (con lode). - Lavora sulla Meccanica Simplettica all’Universit` di Torino e scopre il teorema di Menzio- a Tulczjew. - Si specializza in Filosofia della Scienza. - Si dedica quindi al teatro in specie come autrice PROGETTO ¨TEATRO E SCIENZA¨ Suoi testi gi` rappresentati a 1999-2000: ”Mangiare il mondo”, teatro Juvarra (Torino), regia di Beppe Navello, TEMA della MEDI- CINA 2002: ”Padre Saccheri”teatro Gobetti di Torino, segnalato al concorso F.-la Pastora 1998. Regia di Gabriele Vacis, con Laura Curino e Michele di Mauro, TEMA della GEOMETRIA 2003: ”Fibonacci”teatro Gobetti di Torino, testo finalista al premio Fondi 2003. Regia di Beppe Navello, con Milvia Marigliano e Tommaso Amodio, TEMA dei NUMERI 2004: teatro Gobetti di Torino: Senza fine, su Ipazia, fra le prime matematiche della storia. Regia di Michele di Mauro, con Lucilla Giagnoni, TEMA del TEMPO. 2004: Unione Culturale di Torino, suo collage Galileo a teatro, regia di Oreste Valente, con Maria Rosa Menzio e Oreste Valente 2005: Venezia, Convegno ”Matematica e cultura”diretto da Michele Emmer, recita con Oreste Valente in ”Maat e Talia”selezione di suoi testi 2005; Unione Culturale di Torino, lettura de ”Il Mulino” 2005: Montalto di Ivrea, (TO) ”Inchiesta assurda su Cardano,”segnalato a Portovenere Teatro Donna 2005, regia di Oreste Valente, con Daniela Fazzolari, Tino Danesi, Oreste Valente, TEMA delle EQUAZIONI 2006: teatro Gobetti di Torino, spettacolo ”Il Mulino”, selezionato per ”Science on Stage”on Stage”2005, Fiera della Parola 2006, regia di Oreste Valente, TEMA dell’ASTRONOMIA 2006: Atrium, Torino, suo intervento al convegno ”Respiro”per il centenario della nascita di Samuel Beckett, sezione ”Beckett e il tempo” 2006: Montalto di Ivrea, (TO) ”Carteggio celeste”, regia di Oreste Valente, con Simona Sola, Alex Botta, Pamela Guglielmetti, Maria Rosa Menzio e Oreste Valente, TEMA della FISICA Apresento uma vers˜o de informe da Professora Maria Rosa Menzio de set/2007, feita pela a da Coordenada Casa de Estudos Italianos da UFPA, Helo´ Bellini, www.ufpa.br/arni/casas.htm, ısa assim como originais.
  • 15. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 15 ˜ ˆ UNIAO COLLINA DE TURIM PARA O PROJETO ¨TEATRO & CIENCIA¨ APRESENTA A ´ ˆ RESENHA ¨CLASSICA & CIENCIA¨ Ap´s o sucesso dos seus dois ultimos livros, um de dramas teatrais e o outro um ensaio com fi- o ´ nalidades did´ticas, Maria Rosa Menzio prossegue o Projeto ¨Teatro & Ciˆncia¨ que tem este ano uma a e particularidade: o acompanhamento musical. M´sica para o Teatro e a Ciˆncia: Maria Rosa Menzio prop˜e este ano uma corajosa resenha u e o com uma interface expressiva entre teatro, m´sica e ciˆncia. u e Teremos ent˜o vozes recitantes, m´sica cl´ssica ao vivo, e ciˆncia. No caso de ¨Correspondˆncia a u a e e celeste¨, texto principal da Resenha, nos valemos tamb´m de cantores l´ e ıricos e de um coral. Colocamos no palco a difus˜o da ciˆncia, a voz humana e aquela dos instrumentos ao vivo: guitarra com m´sicas originais a e u para o texto sobre a F´ ısica as part´ ıculas elementares, instrumentos que exigem o uso do arco ( violino, vio- loncelo, viola, etc) com m´sica de Mozart e outros para o texto sobre Matem´tica e ainda arcos com m´sicas u a u de Pergolesi para ¨Correspondˆncia celeste¨ que aborda tamb´m o tema da Revolu¸ao Galileiana, violoncelo e e c˜ com m´sicas de Verdi, Rossini, Leoncavallo para o texto (¨Luziam as estrelas¨) sobre a mulher de Galileo. u A Resenha, inicia, portanto com Galileu segundo a filha (cartas, verdadeiras ou pensadas, entre o grande cientista e sua filha, com a condena¸ao e a abjura¸ao) e termina com Galileu segundo a sua mulher c˜ c˜ (e a difus˜o do telesc´pio), no meio est˜o os textos sobre os constituintes elementares do pensamento e do a o a mundo: os n´meros primos (constituintes basilares da Aritm´tica) e as parcelas ou part´ u e ıculas elementares (constituintes basilares da Mat´ria) e Gostar´ıamos de precisar isto: como se diz Chopin repetisse aos seus alunos a frase ¨com facilidade¨ porque o artista n˜o deve mostrar ao mundo a fadiga que lhe custa tocar, pois bem, n´s queremos que o a o grande trabalho feito para unir campos t˜o (aparentemente) distantes n˜o fosse percebido pelos espectadores, a a mas que estes experimentassem somente a harmonia, mas com...leveza. Achamos que a difus˜o da ciˆncia passa por diversas modalidades de express˜es, e que a crise de a e o voca¸oes cient´ c˜ ıficas em curso em toda a Europa seja tamb´m devido ao modo arido e cansativo com que os e ´ docentes, as vezes, empregam para ensin´-la. Gostar´ ` a ıamos de dar uma alternativa que se imprimisse de modo indel´vel na mente dos espectadores. Fa¸amos s´ um exemplo: a simplic´ e c o ıssima frase ¨a Terra n˜o gira¨ dita a pelo inquisitor a Galileu parece banal se lida friamente, em um tratado, mas se a imaginamos dita em uma cena teatral, ainda por cima acompanhada de m´sica cl´ssica, eis ent˜o que se pode propor para o ¨teatro u a a cient´ ıfico¨ aquilo que acontecia um s´culo atr´s com a L´ e a ırica, quando at´ as costureiras e os oper´rios iam e a ao teatro e saindo cantavam as arias apenas escutadas. ´ Eis agora o resumo dos quatro espet´culos teatrais. a Sexta-feira 5 de outubro, hora 21, teatro de Pino Torinese ˆ CORRESPONDENCIA CELESTE - De Maria Rosa Menzio - Vozes recitantes: Nino Bernardini, Eleonora Binando - Canto: Caterina Borruso, Roberta Garelli - Quinteto de arcos: Mihai Vuluta, Enrico Luxardo, Giulio Arpinati, Franco Mori, Michele Lipani - Coro do Teatro Po´tico Sinfˆnico de Mauro Ginestrone sob seq¨ˆncia do ¨Stabat Mater¨ de e o ue Jacopone da Todi musicado por Pergolesi - Regˆncia de Mauro Ginestrone e
  • 16. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 16 O texto retira passagens das cartas de Irm˜ Maria Celeste ao Padre Galileu e do dif´ trabalho a ıcil cient´ ıfico do grande astrˆnomo. Fala-se de Galileu e da terra que se move, do nosso mundo que n˜o ´ o o a e centro do universo, mas tamb´m da dificuldade que tˆm os pioneiros do livre pensamento em afirmar-se. e e Recordamos a figura da filha de Galileu, que o ajudou com o seu apoio nos momentos mais atormen- tados da existˆncia do pai. e Narramos nos seus particulares cotidianos a vicissitude de uma monja que foi sempre um degrau a mais sobre as outras: filha de tal pai, o compreende, e ainda que respeitasse a vida religiosa, o defende Falamos da abjura¸ao com a qual teve que sustentar um gˆnio como Galileu, de descobertas t´cnico- c˜ e e cient´ ıficas. Com um particular a mais: os pensamentos secretos de Irm˜ Maria Celeste, que deveria ter casado a e n˜o pode, porque era filha ileg´ a ` ıtima. As vezes retoma a raiva pelo pai, mas temperado por afeto e admira¸ao. c˜ Em todo caso, Galileu cientista permanece sempre homem, e como tal fal´ ıvel. S´bado 13 de outubro 21 hora, sala do conselho em Marentino a ARLEQUIM E A COR DO QUARK - De Marco Monteno - Com Oreste Valente, Simona Sola, Fanny Oliva. - m´sicas originais compostas e executadas por Gianni Santoro. u - Regˆncia de Maria Rosa Menzio e Haver´ uma festa em pal´cio, e a Rainha acabou de descobrir que os quark , componentes elementares a a da mat´ria, podem ser de v´rias cores. Ent˜o pede que Arlequim procure-lhe cores diferentes para pˆ-las em e a a o um vestido com o qual ela quer presentear sua filha a Princesa, por quem Arlequim est´ apaixonado, e que a quer ser sempre a mais elegante e fascinante. Arlequim vai ao mercado para comprar os quarks coloridos em uma vendedora de frutas que ´ tamb´m e e uma estudante de F´ısica e descobre que na realidade as ¨cores¨ dos quarks s˜o muito diferentes das cores que a vemos hoje em dia. Mas gra¸as a alguns cientistas do CERN Arlequim conseguir´ seu intento de contentar c a a Rainha pelo presente. Na festa, depois, Arlequim descobre que a vendedora de frutas est´ entre as convidadas e inicia a a cortej´-la. a S´bado, 20 de outubro, as 21hs, Igreja dos Bat` de Pecetto a ` u FICASTE LOUCO - De Roberta Decio. - Vozes recitantes: Oreste Valente, Simona Sola, Maria Rosa Menzio - Arcos: Marco Mosca, Gualtiero Marangoni - M´sicas de Mozart, Eccles, Bach, Bizet, Saint-Saens. u - Regˆncia de Maria Rosa Menzio e O n´mero dez vai ao analista porque sofre pelas cont´ u ınuas brigas entre as cifras que o comp˜em: o o zero e o um. Um texto que faz as contas com o infinito e a teoria dos n´meros: sob a aparente facilidade u de escritura que mant´m acesa, al´m da matem´tica, tamb´m a chama de ciˆncias menos duras como a e e a e e psicologia ou at´ mesmo a filosofia, do ¨C´digo de Salem¨ do s´culo XII, com os seus sacros mist´rios. e o e e E depois existem a senhora 13 e o senhor 17 do consultor matrimonial, com toda uma s´rie de ane- e dotas sobre estes n´meros, e os seus filhos 2 e 3 e os gˆmeos 5 e 7. Um texto hilariante, que ajuda a uma u e melhor compreens˜o da aritm´tica em veste culta e cˆmica juntas. a e o S´bado 27 de outubro as 21h00, Planet´rio de Pino Torinese a a LUZIAM AS ESTRELAS - De Maria Rosa Pant´ e - Voz de Lina Bernardi, dire¸ao musical Claudio Fenoglio c˜ - M´sicas de Verdi, Rossini, Leoncavallo u - Regˆncia de Mauro Ginestrone e
  • 17. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 17 Marina Gamba, a mulher que amou Galileu nos anos Padovanos (passados na cidade de P´dua), a aqueles que ele definiu os mais belos da sua vida, conta a sua est´ria de amor. Ao enamorar-se subitamente o pelo jovem cientista, o seguiu na vida e nos estudos, deu-lhe juventude, amor e trˆs filhos, sem, por´m con- e e seguir casar com ele. Assim quando ele decidiu voltar a Floren¸a ela parou de segui-lo. ¨Tudo come¸ou com a luneta e ` c c tudo acabou com a luneta¨. O grande cientista ´ retratado pela otica particular da sua mulher, bel´ e ´ ıssima, mas iletrada, que, concreta e ligada a terra, n˜o obstante tudo, pelo amor dele, se apaixonou por astronomia. a A mulher que foi a Musa de Galileu, de quem ningu´m soube mais nada. e (*) Os textos sobre N´meros e Quark s˜o publicados no apˆndice de ¨Tigres e Teoremas¨ de u a e M.Rosa Menzio, editor Springer-Verlag, o texto ¨Luziam as estrelas¨ foi publicado por Manni em ¨N´s que n˜o fomos Musas¨. o a UNIONE COLLINA TORINESE Per il PROGETTO ¨TEATRO & SCIENZA¨ Presenta la RASSEGNA ¨CLASSICA & SCIENZA¨ Dopo il successo dei suoi due ultimi libri, uno di drammi teatrali e l´altro un saggio con finalit` a didattiche,MARIA ROSA MENZIO prosegue il Progetto ¨Teatro & Scienza¨ che ha quest´anno una particolarit`: l´accompagnamento musicale. a Musica per il Teatro e la Scienza: Maria Rosa Menzio propone quest´anno un´ardita Rassegna come crocevia espressivo fra teatro, musica e scienza. Avremo quindi voci recitanti, musica classica dal vivo, e scienza. Nel caso di ¨Carteggio celeste¨, testo di punta della Rassega, ci avvaliamo anche di cantanti lirici e di un coro. Mettiamo sul palcoscenico la diffusione della scienza, la voce umana e quella degli strumenti dal vivo: chitarra con musiche originali per il testo sulla Fisica delle particelle elementari, archi con musiche di Mozart e altri per il testo sulla Matematica e ancora archi con musiche di Pergolesi per ¨Carteggio celeste¨ che affronta anche il tema della Rivoluzione Galileiana, violoncello con musiche di Verdi, Rossini, Leoncavallo per il testo ¨Lucean le stelle¨ sulla donna di Galileo. La Rassegna inizia quindi con Galileo secondo la figlia (lettere, vere o pensate, fra il grande scien- ziato e sua figlia, con la condanna e l´abiura) e termina con Galileo secondo la sua donna (e la diffusione del telescopio), in mezzo vi sono i testi sui costituenti elementari del pensiero e del mondo: i numeri primi (costituenti basilari dell´Aritmetica) e le particelle elementari (costituenti basilari della Materia). Ci teniamo a precisare questo: come si dice che Chopin ripetesse ai suoi allievi la frase ¨con facilit`¨ a perch´ l´ artista non deve mostrare al mondo la fatica che gli costa suonare, ebbene noi vorremmo che il e grande lavoro fatto per unire insieme campi cos` (apparentemente) distanti non fosse percepito dagli spetta- ı tori, ma che essi ne gustassero solo l´armonia, appunto, con... lievit`. a Riteniamo che la diffusione della scienza passi attraverso modalit` espressive diverse, e che la crisi a di vocazioni scientifiche in atto in tutta Europa sia anche dovuta al modo arido e faticoso che i docenti a volte impiegano per insegnarla. Vorremmo dare una svolta che si imprimesse in modo indelebile nella mente degli spettatori. Facciamo solo un esempio: la semplicissima frase ¨la Terra non gira¨ detta dall´Inquisitore a Galileo pare banale se letta a freddo, in un trattato, ma se la si immagina detta su una scena teatrale, per di pi` accompagnata da musica classica, ecco allora che si pu` riproporre per il ¨teatro scientifico¨ quello u o che accadeva un secolo fa per la Lirica, quando anche le sartine e gli operai andavano a teatro e uscendo cantavano le arie appena udite. Ecco ora il sunto dei quattro spettacoli teatrali.
  • 18. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 18 Venerd` 5 ottobre, ore 21, teatro di Pino Torinese ı CARTEGGIO CELESTE Di Maria Rosa Menzio Voci recitanti: Nino Bernardini, Eleonora Binando, Canto: Caterina Borruso, Roberta Garelli Quintetto d´archi: Mihai Vuluta, Enrico Luxardo, Giulio Arpinati, Franco Mori, Michele Lipani Koro del Teatro Poetico Sinfonico di Mauro Ginestrone su sequenze dello ¨Stabat Mater¨ di Jacopone da Todi musicato da Pergolesi Regia di Mauro Ginestrone Il testo trae spunto dalle lettere di Suor Maria Celeste al padre Galileo e dal difficile iter scientifico del grande astronomo. Si parla di Galileo e della terra che si muove, del nostro mondo che non ` il centro e dell´universo, ma anche della difficolt` che hanno i pionieri del libero pensiero ad affermarsi. Ricordiamo la a figura della figlia di Galileo, che lo aiut` col suo appoggio nei momenti pi` travagliati dell´esistenza del padre. o u Narriamo nei particolari quotidiani la vicenda di una monaca che fu sempre un gradino pi` su delle u altre: figlia di tale padre, lo comprese, e pur nel rispetto della vita religiosa, lo difese. Parliamo dell´abiura cui dovette sottostare un genio come Galileo, di scoperte tecnico-scientifiche. Con un particolare in pi`: i u pensieri segreti di Suor Maria Celeste, che avrebbe voluto sposarsi e non pot´, perch´ figlia illegittima. A e e volte torna l´astio per il padre, ma temperato da affetto e ammirazione. In ogni caso, Galileo scienziato resta sempre uomo, e come tale fallibile. Sabato 13 ottobre ore 21, sala consiliare a Marentino ARLECCHINO e il COLORE DEI QUARK Di Marco Monteno con Oreste Valente, Simona Sola, Fanny Oliva. musiche originali composte ed eseguite da Gianni Santoro Regia di Maria Rosa Menzio Ci sar` una festa a palazzo, e la Regina ha appena scoperto che i quark, componenti elementari a della materia, possono essere di vari colori. Allora chiede ad Arlecchino di procurargliene di colori diversi per metterli su un abito che vuol regalare a sua figlia, la Principessa, di cui Arlecchino ` innamorato, e che vuol e sempre essere la pi` elegante e fascinosa. Arlecchino va al mercato per comprare i quark colorati, li chiede a u una fruttivendola che ` anche una studentessa di Fisica e scopre che in realt` i ¨colori¨ dei quark sono assai e a diversi dai colori che vediamo ogni giorno. Ma grazie ad alcuni scienziati del CERN Arlecchino riuscir` lo a stesso ad accontentare la Regina per il regalo. Alla festa, poi, Arlecchino scopre che la Fruttivendola ` fra le e invitate e inizia a corteggiarla... Sabato 20 ottobre, ore 21, Chiesa dei Bat` di Pecetto u DIAMO I NUMERI Di Roberta Decio Voci recitanti: Oreste Valente, Simona Sola, Maria Rosa Menzio. Archi Marco Mosca, Gualtiero Marangoni Comparse Marco Ba` , Serena Mazzarello, Giuseppina Mittica, Camilla Belliti u Musiche di Mozart, Eccles, Bach, Bizet, Saint-Saens Regia di Maria Rosa Menzio Il numero dieci va in analisi perch´ soffre per i continui litigi fra le cifre che lo compongono: lo zero e e l´uno. Un testo che fa i conti con l´infinito e la teoria dei numeri: sotto l´apparente facilit` di scrittura a cova, oltre alla matematica, anche il fuoco di scienze meno dure come la psicologia o addirittura la filosofia, dal ¨Codice di Salem¨ del secolo XII, con i suoi sacri misteri. E poi ci sono la signora 13 e il signor 17 dal consulente matrimoniale, con tutta una serie di aneddoti sui numeri, e i loro figli 2 e 3 e i gemelli 5 e 7... un testo esilarante, che aiuta a una migliore comprensione dell´aritmetica in veste colta e comica insieme.
  • 19. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 19 Sabato 27 ottobre ore 21, Planetario di Pino Torinese LUCEAN LE STELLE Di Maria Rosa Pant` e Voce di Lina Bernardi, direzione musicale Claudio Fenoglio Musiche di Verdi, Rossini, Leoncavallo Regia di Mauro Ginestrone Marina Gamba, la donna che am` Galileo negli anni padovani, quelli che lui defin` i pi` belli della sua o ı u vita, racconta la sua storia d´amore. Innamoratasi subito del giovane scienziato, lo segu` nella vita e negli ı studi, gli diede giovent`, amore e tre figli, senza per` riuscire a farsi sposare. Cos` quando lui decise di tornare u o ı a Firenze lei smise di seguirlo. ¨Tutto inizi` con il cannocchiale e tutto fin` con il cannocchiale¨. Viene ritratto o ı il grande scienziato dall´ottica particolare della sua donna, bellissima ma illetterata, che, concreta e legata alla terra, nonostante tutto, per amore di lui, si appassion` all´astronomia. La donna che fu la Musa di Galileo, di o cui nessuno seppe pi` nulla. u I testi su Numeri e Quark sono pubblicati in appendice a ¨Tigri e Teoremi¨ di M. Rosa Menzio, editore Springer-Verlag, il testo ¨Lucean le stelle¨ ` pubblicato da Manni in ¨Noi che e non fummo Muse¨
  • 20. Proposta: O Uso do Teatro na Aula de Matem´tica, Nascimento, J.B, Universidade Federal do Par´ a a 20 RODRIGUEZ NETO ˆ A VIOLENCIA TRAGA UMA ESPERANCA ¸ ¨E ovento vai levando tudo embora¨ Legi˜o Urbana(Grupo musical), Vento no Litoral a Era assim que Benedito Lima Rodrigues Neto, assassinado em 18/04/2008, Ananindeua-Pa, assinava os seus trabalhos cˆnicos. Mais sempre o chamamos, quando aluno e do curso de matem´tica da UFPa, de NETO. E, parafraseando dito j´ bem comum nessa a a ´poca t˜o cruenta, tempos terr´ e a ıveis passa o educacional quando os mestres sepultam os seus ex-alunos. Preciso ainda dizer que universidade p´blica, falo pelas que conhe¸o, ´ uma maravilhosa u c e festa. Mais ainda para quem apenas fica sentado e come o bolo do jeito que for servido. J´ a para quem sentir algum gosto de terra e/ou um pouco de sujeira no fundo do prato, nada ser´ simpl´rio. Mesmo que s´ deseje lavar um pouco algum prato para o pr´ximo convidado a o o o ser um pouco melhor servido. Neto n˜o ficou sentado. Pelo contr´rio, levantou-se, encenou, deu vida e gritou como a a jamais soube ter ocorrido no curso de matem´tica. O que disso assimilaram ´ uma hist´ria a e o da educa¸ao com poucas letras ainda. c˜ Seguramente, registro, ´ desse momento que veio a primeira ideia de alinhar, de fato e realinhar, posto que teatro sempre foi um grande instrumento de educa¸ao, o teatro dentro c˜ de uma metodologia do ensino da matem´tica. Porquanto, tempos depois produzi e muitos a aperfei¸oaram, como constam em www.cultura.ufpa.br/matematica/?pagina=jbn, o embri˜o c a do projeto, que ´ p´blico e dispon´ no link: O uso do Teatro na Aula de Matem´tica. Esse ´ e u ıvel a e a parte mais simples de tudo. Nisso, n˜o quero dizer que tudo j´ feito ´ pouco, pelo contr´rio, a a e a ´ imenso, mas s˜o os problemas que assolam o ensino da matem´tica no Brail quem s˜o e a a a assustadoramente dram´ticos. a Entretanto, a parte mais vigorosa na consolida¸ao do projeto ainda ´ sonho por precisar c˜ e quebrar preconceitos, transpor para dentro das salas de aulas e referenciar melhoras signi- ficativas. Para tanto, sempre prescindiu de um talento do n´ que Neto sempre teve, e de ıvel sobra. Sua dupla forma¸ao, graduado em matem´tica e p´s-graduado em teatro, sempre o fez c˜ a o uma esperan¸a s´lida. Afinal, foi ele mesmo quando de passagem pelo curso de matem´tica c o a da UFPa quem fomentou tudo. E, finalmente, espero que essa trag´dia que atingiu Rodriguez Neto sirva para todos e refletirem o quanto violˆncia, venha de onde vier, pessoal ou institucional, ´ uma praga que e e infesta mentes e cora¸oes, destr´i vidas, sonhos, faz da loucura uma bela normalidade e do c˜ o normal a mais patente loucura. S´ que assim, nossas vidas n˜o s˜o mais que sopros de ventos, o a a formando tempestade que vare e apaga todo tra¸o de hist´ria; faz-nos entes ocos apenas. c o Assina: Prof. Jo˜o Batista do Nascimento- Inst. Mat. UFPa a ˆ ˆ OUTRAS REFERENCIAS EM TEATRO & CIENCIA & ARTES - www.seara.ufc.br/atividades.htm - www.arteciencianopalco.com.br/ - www.ciafabuladafibula.com.br/monocordio/ - http://teatrotrindade.inatel.pt/html/progrm.html - www.ouroboros.rg3.net - http://membros.aveiro-digital.net/pinto/ - www.rc.unesp.br/igce/pgem/gpimem.html - www.fe.usp.br/laboratorios/labrimp/cullt.htm - www.tvcultura.com.br/artematematica/home.html - www.artenaescola.org.br/index.php - www.cotas.net/aprendizaje/default.asp - IMPAES - Instituto Minidi Pedroso de Arte e Educa¸ao Social, http://www.impaes.org/ c˜ - http://www.teatrodetabuas.com.br/teste/index teatro.html - www.art-bonobo.com/peticov/antoniopeticov.html - V´ a ¨Brasil e a sua Arte¨ em http://blogarte2008.wordpress.com/2009/02/04/arte-brasileira/#comment-1645 ıdeo - Prof . Jurema Sampaio - http://www.jurema-sampaio.pro.br/segunda.htm - METODOLOGIAS DO ENSINO DE TEATRO, Ricardo Ottoni Vaz Japiassu, www.educacaoonline.pro.br/ in- dex.php?option=com content&view=article&id=24:metodologias-do-ensino-de-teatro&catid=4:educacao&Itemid=15