1. A CONSTRUÇÃO COLABORATIVA DO DISCURSO EM SALA DE AULA DE
L2/LE: FOCO NAS ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO
Carla Janaína Figueiredo
Várias pesquisas (Tarone,1980; Faerch e Kasper, 1984; Pica et al.,1996; Cohen,
1998) mostram que a interação, a colaboração e as estratégias comunicativas são alguns
dos instrumentos imprescindíveis na superação das dificuldades que os aprendizes têm
na produção oral de uma língua.
Este estudo tem como objetivo investigar o comportamento lingüístico e
comunicativo de nove aprendizes de língua inglesa, atendendo as exigências da
produção oral na L2/LE no ambiente da sala de aula. Em vista ao interesse pela
interação, espera-se compreender se as estratégias comunicativas utilizadas pelos alunos
possuem em valor colaborativo e de que forma essa colaboração contribui com a
construção da interação em sala de aula de L2/LE.
Aprendizagem de L2/LE: alguns fatores determinantes deste processo
As investigações do processo de aprendizagem de uma L2/LE mostram como as
pessoas aprendem uma nova língua e o seu grau de competência. O processo de
aprendizagem de uma L2/LE é complexo, pois ao ter contato com o input da nova
língua, o aprendiz passa a desenvolver sua interlíngua – sistema lingüístico único,
baseado no output observado e que, por sua vez, resulta de tentativas do aprendiz de
produzir as normas da língua-alvo.
Importa também a competência do aprendiz, tanto do que ele sabe quanto do que
pode produzir. A utilização e produção dessa competência constituem seu desempenho
lingüístico. Hymes (1972,1994) mostra outro conceito de igual importância: a
competência comunicativa - adquirimos o conhecimento de sentenças gramaticalmente
aceitáveis e também somos capazes de usá-las em diferentes contextos comunicativos.
Canale e Swain (1980) diz que a competência comunicativa do aprendiz é
compreendida pelo conhecimento que o falante tem acerca do que seja um
comportamento verbal correto e este deve adequar-se a alvos comunicativos específicos
em contextos socioculturais.