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XVIII CONGRESSO
NORTERIOGRANDENSE
DE CARDIOLOGIA
Natal - RN
www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 105, Nº 3, Suplemento 2, Setembro 2015
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Resumo das Comunicações
Caros Colegas
ÉcomimensoorgulhoqueestamospublicandoosAnaisdoXVIIICongressoNorteoriograndense
de Cardiologia, um evento científico multidisciplinar, realizado em conjunto com as Jornadas
de Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição. O Congresso ocorreu na cidade
de Natal, no Hotel Parque da Costeira nos dias 10 e 11 de abril de 2015 e foi um tremendo
sucesso, com recorde de participantes, aproximadamente 600 inscritos e com aulas
primorosas de grandes nomes locais e expoentes da cardiologia brasileira, enfatizando o
tema a Prática Clínica Baseada em Evidencias. Foi uma oportunidade excepcional para
aprimorar os conhecimentos na área da cardiologia, com grande interação entre palestrantes
e congressistas, com auditórios cheios até o final do evento, que terminou com a animada
gincana de perguntas e respostas, com o sorteio de vários brindes.
O estímulo ao desenvolvimento científico local foi um dos pilares do evento, com atenção
especial dada aos temas livres, que estão a cada evento melhorando de qualidade, e neste
ano foram escolhidos os 5 melhores trabalhos da área médica e os 3 melhores relatos de
caso para apresentação oral, com premiação para os primeiros lugares. Também foram
premiados os melhores trabalhos de Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição e Educação física.
Agradecemos a participação de todos, especialmente aqueles que enviaram os temas livres,
com casos interessantes e trabalhos valiosos, que possibilitaram engradecer o evento e
contribuir para o fortalecimento da cardiologia potiguar.
Um grande Abraço.
Fabio Mastrocola
Presidente do Congresso
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19
Resumos Temas Livres - Cardiologia
3895438927
Evolução da satisfação sexual na qualidade de vida de pacientes acompanhados
em um serviço de referência em Insuficiência Cardíaca do Nordeste do Brasil
RANNA SANTOS PESSOA, LUANA LOPES DE MEDEIROS, DANIEL FERNANDES
MELLO DE OLIVEIRA, VITOR TAVARES PAULA, ILAMARIAFERREIRABENDASSOLLI,
MARIA FERNANDA DE OLIVEIRA CARVALHO e ROSIANE VIANA ZUZA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário
Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL.
Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença crônica, capaz de afetar o
indivíduo em diversos aspectos de sua vida. A dimensão sexual, muitas vezes ignorada
pelas equipes de saúde, repercute diretamente na qualidade de vida dos pacientes
com IC. Estudos recentes demonstram que os pacientes e seus parceiros carecem de
informações sobre sexualidade e que os profissionais de saúde devem esclarecê-los
sobre o assunto3. Avaliar essa dimensão é, portanto, parte fundamental do tratamento
integral da IC. Assim, este estudo tem por objetivo analisar a evolução da qualidade de
vida (QV) de pacientes com IC e seu impacto na satisfação sexual.
Métodos: Trata-se de estudo observacional, longitudinal e descritivo envolvendo 45
pacientes acompanhados no Ambulatório Interprofissional de Insuficiência Cardíaca
(AMIIC), de abril/2011 a abril/2014. O diagnóstico da IC foi feito pelos critérios de Boston
e a QV avaliada pelo Minnesota Living with Hearting Failure Questionnaire (MLHFQ)
no início do acompanhamento e a cada 3 meses, com um seguimento de 6 meses.
Foi analisado, além do escore total, o escore referente ao impacto da IC nas relações
sexuais (item 10) na consulta inicial (C1), após 3 meses (C3) e após 6 meses de C1 (C6).
Resultados: A idade média dos 45 pacientes foi 51±12 anos, sendo 62% homens e 38%
mulheres. Houve melhora da QV ao longo do seguimento, sendo a mediana dos escores
totais 43, 29 e 19, em C1, C3 e C6, respectivamente. De forma global, o desempenho
sexual não foi importante na piora da QV destes pacientes (medianas 0, 0 e 0 em C1, C3
e C6). Entretanto, a análise do desempenho sexual de acordo com o gênero mostrou que
as medianas dos escores para o sexo feminino foram menores durante o seguimento (3,
0 e 0 e 0, 0 e 0 para o sexo feminino e masculino, em C1, C3 e C6, respectivamente).
Conclusões: Observa-se melhora da QV de pacientes acompanhados em serviço terciário
especializado em IC. O desempenho sexual afeta negativamente a QV das mulheres,
havendo melhora deste aspecto ao longo do seguimento. Os resultados demonstram a
necessidade da implementação de estratégias para abordar e trabalhar a sexualidade
dos pacientes, visando a otimizar sua qualidade de vida.
Desenvolvimento de amplificador de sinais bioelétricos de baixo custo para ensino
e uso clínico em eletrocardiografia
GEISIELLY C A FERNANDES, CLAUDIO M T QUEIROZ, ALEXANDRE F S QUEIROZ,
GEORGE C D NASCIMENTO e BRUNO L SOARES
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL.
Introdução:.Apesar de já consagrado, o eletrocardiograma (ECG) não é um exame de fácil
interpretação. Na prática, muitos profissionais sentem-se pouco à vontade para proceder
a leitura dos ECGs ou deparam-se com exames sem laudos. É de grande relevância,
pois, melhorar a formação e capacitação para a melhor utilização desse recurso. O ensino
prático dos princípios do eletrocardiograma e eletrofisiologia durante a graduação na
área da saúde enfrenta dificuldades no país, devido a precariedade da infraestrutura
de laboratórios e a dificuldade em se elaborar um material didático interessante e de
qualidade considerando a dificuldade da técnica. A partir desta realidade e na busca de
uma alternativa metodológica mais interessante que possa ser utilizada desde o ensino
médio até a pós-graduação, pesquisadores da UFRN desenvolveram um amplificador
de sinais bioelétricos, o Sistema de Processamento de Sinais Eletrofisiologicos (SPIX).
O SPIX apresenta um baixíssimo custo de peças (menos de 100 reais) e trata-se de
um sistema de fácil operação, capaz de captar dados de ECG, EEG e EMG, além de
potenciais de ação de células isoladas. Além disso, está associado a um software
de plataforma aberta (AUDACITY) para gravação de áudio, gratuito e disponível na
internet. Métodos:. O SPIX possui dois canais, que são ligados em um plug de áudio
do tipo P2. O cabo P2 liga-se a um notebook ligado na bateria fora da tomada elétrica.
A interface no programa AUDACITY permite identificar a onda P, o complexo QRS e a
onda T do traçado de ECG, além de detectar variações no ritmos cardíacos. Com isso ,
propusemo-nos a testar o registro do sinal das 12 derivações típicas do exame para uso
didático e clínico. Resultados: Com o sistema SPIX, pode –se observar que o sinal foi
satisfatorio para as derivações bipolares, monopolares e precordiais para uso didático.
Diversas práticas e oficinas de biofísica e fisiologia já foram realizadas, evidenciando
os sinais eletrocardiológicos com a ferramenta. Conclusões: Com o SPIX, temos
conseguido difundir os conceitos de eletrofisiologia, bem como democratizar o ensino
dos princípios básicos do eletrocardiograma para a comunidade acadêmica nas áreas
de Saúde, Engenharia e Ciências Biológicas. O próximo passo será a sua validação
para diagnósticos clínicos básicos, tendo em vista o seu uso potencial para além do
meio acadêmico, com foco em locais de atendimento em saúde com recursos limitados.
Análise no balanço autonômico cardíaco de mulheres saudáveis submetidas à
estimulação elétrica nervosa transcutânea
PRISCILLA P F COSTA, EDMILSON G S JUNIOR, POLYANA F F LOPES, ISABELA
D O PIMENTEL, CYNTHIA S S SILVA, GLEIDSON M REBOUAS e ANGELO A P D
NASCIMENTO
Centro Universitário do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A Variabilidade da Frequência Cardíaca descreve as oscilações
dos intervalos entre batimentos cardíacos consecutivos (intervalos R-R) que estão
relacionadas às influências do SNA sobre o nódulo sinusal, que pode ser utilizada
para identificar fenômenos relacionados ao SNA em indivíduos saudáveis, atletas e
portadores de doenças. A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) é um dos
recursos terapêuticos utilizado por fisioterapeutas principalmente para fins analgésicos,
com seu funcionamento baseado na geração de impulsos elétricos para o complexo
neuromuscular, utilizando-se de uma intensidade muito baixa. Nesse contexto o objetivo
desta pesquisa foi analisar as alterações no balanço autonômico através da variabilidade
da frequência cardíaca em mulheres saudáveis submetidas à eletroterapia com o uso
do TENS. METODOLOGIA: A amostra consistiu em oito mulheres com idade entre 20
e 23 anos e estatura entre 1,62 e 1,70m. Foram submetidas ao TENS convencional
por um período de 20 minutos e durante esse período a VFC foi investigada através de
um cardiofrequencímetro da marca POLAR® RS800CX fixado ao tórax dos indivíduos
durante a sessão de fisioterapia. O procedimento ocorreu no setor de fisioterapia
respiratória das Clínicas Integradas do UNI-RN. Os dados foram analisados utilizando-
se de estatística descritiva com medidas de tendência central e de dispersão (média e
desvio padrão) e estatística inferencial através de uma GLM (General Linear Models)
para medidas repetidas a um único fator. RESULTADOS: Os valores dos índices da
VFC tais como VLF (very low frequency), LF (Low Frequency) e HF (High Frequency)
apresentaram diferenças significativas principalmente entre o período de repouso e
logo após início da aplicação.Observou-se que a eletroestimulação causou alteração na
modulação autonômica com diminuição da atividade simpática e aumento da atividade
parassimpática de forma aguda, não sendo esta configuração mantida pelos minutos
subsequentes. CONCLUSÃO:Aeletroestimulação causou alterações no sistema nervoso
autonômico que podem estar relacionadas com a diminuição dos processos dolorosos,
mas nesta amostra de sujeitos clinicamente saudáveis a resposta de biofeedback
restaurou os padrões de normalidade como medida de manutenção da homeostasia.
Palavras-Chave: Eletroterapia;Sistema Nervoso Autônomo;Frequência Cardíaca.
3890438872
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas
atendidos em ambulatório de Pediatria Geral e Puericultura
LUIZ GONZAGADE OLIVEIRAJUNIOR, MÔNICALARISSAPADILHAHONÓRIO, JOSE
ECIO BATISTA ROSADO JUNIOR, RENATA ARAUJO DE LUCENA e LEONARDO
MOURA FERREIRA DE SOUZA
UFRN, Natal, RN, BRASIL.
Introdução: as Cardiopatias Congênitas (CC) são responsáveis por 20% da mortalidade
em crianças de países desenvolvidos; no Brasil, correspondem a 19% em menores
de 1 ano, perfazendo a segunda causa de óbito nessa faixa etária e a principal causa
mortis entre as malformações congênitas. Associa-se às CC, alta taxa de Malformações
Extra-cardíacas (ME), de 7 a 50%, com significativo impacto na morbimortalidade.
Diante disso, esse estudo visa a obter o perfil dos pacientes com CC atendidos em
Ambulatório de Pediatria Geral e Puericultura da Unidade de Atenção a Criança e ao
Adolescente, Hospital Universitário Onofre Lopes, estabelecendo os principais tipos
CC, avaliar presença de ME e características gestacionais dos pacientes. Metodologia:
estudo transversal incluindo todos os pacientes (n=10) com CC acompanhados pelo
serviço no período de 09/2013 a 09/2014. Foram revisados os prontuários, obtendo as
variáveis: sexo, idade, tipo de cardiopatia, ME, peso ao nascer e idade gestacional.
Todos os participantes tiveram confirmação diagnóstica por meio da realização de
ecocardiograma. A análise estatística foi feita por medidas de médias aritmética e
desvio-padrão. Resultados: da amostra, 40% dos pacientes eram do sexo masculino,
a média de idade foi de 7,29 anos ± 5,62 anos (4 meses a 18 anos). 95% das CC eram
acianóticas. Foram identificadas 10 tipos de CC, sendo a comunicação interventricular
a mais frequente, presente em 35% dos casos. ME foram encontradas em 50% dos
pacientes, tanto isoladas como fazendo parte de síndromes, das quais a fissura
labiopalatina foi a mais prevalente, em quase um quarto da amostra. 20% dos pacientes
são portadores de síndromes confirmadas geneticamente, apresentando atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor e prematuridade; 10% apresentou puberdade precoce;
30% apresentou baixo peso ao nascer (<2.500g). Verificou-se também uma associação
direta entre CC, menor idade gestacional e prematuridade, presentes na maioria dos
casos com ME. Além disso, o achado de ME em 50% da amostra é compatível com
dados da literatura. Conclusão: ME são frequentes em CC e estão geralmente ligadas
à síndromes genéticas ao baixo peso ao nascer e à prematuridade. Uma ênfase maior
é necessária na abordagem diagnóstica e terapêutica dessas alterações por serem
comuns e pelo substancial impacto na morbimortalidade dos pacientes.
1
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19
Resumos Temas Livres - Cardiologia
3937339344
O rastreamento do uso de álcool em pacientes com insuficiência cardíaca
MARIA BEATRIZ NOBREGA EBERLIN, ANA BEATRIZ SEABRA SANTOS DE ARAUJO
e ROSIANE VIANA ZUZA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL.
Introdução: Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome na qual o coração possui déficit
em bombear sangue proporcional às necessidades metabólicas ou só consegue bombeá-
lo com uma pressão de enchimento elevada. Sua etiologia pode estar relacionada ao
consumo crônico e/ou excessivo de álcool, que consiste em um fator de risco significativo
para doenças cardiovasculares e, independentemente da quantidade, o uso do álcool
agrava a disfunção miocárdica com prejuízo na sobrevida dos pacientes. Este estudo
tem como objetivo rastrear o uso abusivo de álcool em pacientes com IC. Métodos:
Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo observacional sobre o consumo de álcool
em adultos, de ambos os sexos, com diagnóstico de IC de acordo com os critérios de
Framingham e/ou Boston, acompanhados noAmbulatório Interprofissional de Insuficiência
Cardíaca (AMIIC), entre agosto e dezembro de 2014. Foram excluídos os pacientes que
apresentaram déficit cognitivo e/ou doença impossibilitando a aplicação do questionário.
O rastreamento do uso abusivo de álcool foi feito pelo questionário CAGE, validado e
traduzido para o português. Os dados coletados foram armazenados em planilha excel®
e analisados quantitativamente em busca de padrões e frequências. Resultados: Foram
incluídos no estudo 46 participantes, sendo 28 homens e 18 mulheres, com idade média
de 45 anos. Desse total, 16 (34,7%) pacientes referiram nunca ter ingerido bebida
alcoólica, 23 (50%) eram ex-etilistas, sendo o tempo de interrupção médio de 12 anos,
enquanto o uso de álcool no último ano foi referido por apenas cinco (10,8%) indivíduos.
Esses cinco pacientes responderam ao questionário, uma vez que era necessário que
o paciente estivesse em uso de álcool ou fosse abstêmio no máximo há um ano do
período da coleta de dados. Desses, dois (40%) pacientes possuíam etiologia primária,
dois (40%) etiologia isquêmica e um (20%) etiologia hipertensiva, sendo classe funcional
II (NYHA) a prevalente no momento da aplicação do questionário. Ademais, dois (40%)
pacientes não faziam uso abusivo do álcool (todas as quatro respostas negativas), dois
(40%) apresentaram alto risco para o uso abusivo de bebida alcoólica (uma resposta
positiva), e em um (20%) paciente foi confirmado o uso abusivo de bebida alcóolica (pelo
menos duas respostas positivas). Conclusão: O uso abusivo de álcool e o alto risco de
uso abusivo do mesmo em pacientes com IC foi frequente, embora o consumo habitual
de álcool tenha sido pequeno nesta população.
Diagnostico fetal deAnomalia de Ebstein com evolução para óbito precoce neonatal
GISELE CORREIA PACHECO LEITE, ROMENA LEAO AZEVEDO CATAO, JESSICA AQUINO VILACA,
RAFAELA SOARES DA SILVA, LARISSA KALINE SANTANA DINIZ, ANA KLEYCE CORREIA ROCHA e
ENIO DE OLIVEIRA PINHEIRO
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Maternidade Escola Januário Cicco,
Natal, RN, BRASIL.
Introdução: Anomalia de Ebstein (AE) é uma rara patologia congênita da valva tricúspide, correspondendo
a 0,5% das cardiopatias congênitas, tendo incidência de 1,0/ 200.000 nascidos vivos. É conhecida a sua
gravidade quanto à idade de apresentação, especialmente no período neonatal, com mortalidade aproximada
de 50% dos casos seguindo a história natural, e de cerca de 30% dos pacientes operados nessa faixa etária.
Descrição do caso: Gestante de 23 anos, GIIPIA0, em uso de metildopa para controle da pressão arterial,
apresentou cardiomegalia ao ultrassom obstétrico de 37 semanas de idade gestacional (IG). Ecocardiograma
fetal, neste período, diagnosticouAE com insuficiência tricúspide (IT) moderada.Agestante evoluiu para parto
cesáreo com 39 semanas de IG. Neonato do sexo masculino, peso = 4,170 kg, APGAR 4/7, necessitou de
manobras de reanimação em sala de parto.Apresentou desconforto respiratório precoce, cianose central e
bradicardia, tendo sido submetido a ventilação mecânica, suporte inotrópico e prostaglandina, na Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Ao raio de tórax cardiomegalia significativa. Exames laboratoriais
revelaram leucocitose com desvio à esquerda e plaquetopenia. Associado antibioticoterapia. No primeiro
dia de vida, evoluiu com Saturação de oxigênio em torno de 67 - 82%, hipotensão e oligúria. Otimizado
suporte terapêutico, mas neonato manteve-se gravíssimo, com episódios de hipoglicemia, aparecimento
de petéquias, e progressão para anasarca e anúria. Ecocardiograma no segundo dia de vida evidenciouAE
grave, com deslocamento apical do folheto septal de 20,0 mm/m2 em relação ao anel valvar e IT importante;
Forame Oval Patente, Canal Arterial Patente, derrame pericárdico leve e ascite. Solicitado avaliação da
cirurgia cardíaca, porém paciente evoluiu a óbito às 59 horas de vida. Conclusões: Descreve-se caso de
cardiopatia rara com apresentação grave e evolução desfavorável no período neonatal, apesar do manejo
terapêutico. Destaca-se aqui a importância do ecocardiograma fetal em avaliar a estabilidade hemodinâmica
durante a vida intrauterina, permitindo acompanhamento, tratamento e indicação de interrupção da gestação
para terapêutica neonatal, quando necessária. O diagnóstico pré-natal é extremamente valioso também para
oferecer ao pediatra condições de atendimento ideais a esse recém-nascidos, a partir da realização do parto.
39040 39117
Comparação dos níveis séricos de troponina em pacientes com e sem complicações
após cirurgia de revascularização do miocárdio isolada
RODRIGO VOLQUIND, KARLYSE C BELLI, GUILHERME P P GOMES, FERNANDO A
LUCCHESE, PAULO E LEAES e ERALDO A LUCIO
Hospital São Francisco, Porto Alegre, RS, BRASIL - Santa Casa de Misericórdia, Porto
Alegre, RS, BRASIL.
Introdução: A troponina pode estar associada a complicações pós-operatórias no
pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). Objetivo: Comparar
os níveis séricos de troponina na 24ª hora pós-operatória em pacientes com e sem
complicação pós-operatória de CRM isolada. Métodos: Incluíram-se 118 pacientes
submetidos à CRM isolada (abr/2014-out/2014) e com troponina abaixo de 0,06ng/
mL no pré-operatório. Coletaram-se idade, sexo, hipertensão arterial sistêmica (HAS),
diabetes melittus (DM), tabagismo, dislipidemia, fração de ejeção, depuração de
creatinina endógena (DCE), total de enxertos e incidência de complicação. Considerou-
se complicação: ocorrência de arritmias cardíacas, congestão pulmonar, infarto agudo
de miocárdio perioperatório, insuficiência renal aguda, falha de extubação, ventilação
mecânica prolongada, necessidade de reoperação ou óbito. Dosou-se a troponina I: no
pré-operatório e na 24ª hora do pós-operatório.Apresentaram-se os dados categóricos em
frequência absoluta e relativa, os dados numéricos em média e desvio padrão ou mediana
e quartis. Testaram-se associações com qui-quadrado, teste t e odds ratio. Resultados:
Os pacientes eram na maioria homens (89, 75%) e os grupos com e sem complicação
não apresentaram diferenças quanto a idade (63±9x61±8anos, P=0,28), DM [28(45%)
x25(45%), P=0,95], dislipidemia [20(32%)x20(36%), P=0,69] e tabagismo [26(42%)
x33(60%), P=0,06]; Por outro lado, os pacientes com complicação apresentaram maior
prevalência de HAS [53(80%)x39(70%), 2,57(1,04-6,36), P=0,04]. Os grupos não diferiram
quanto a fração de ejeção [60±3x61±12, 0,78], DCE <30mL/min/m² [4(6%)x3(5%), P=0,80]
e total de enxertos [3±1x3±1, P=0,51]. A troponina I estava mais elevada no grupo com
complicação [3,45(1,07-9,56)x1,95(1,05-3,39)ng/mL, P=0,04). Conclusões: A amostra
estudada com complicação no pós-operatório de CRM apresentou troponina I mais
elevada na 24ª hora do pós-operatório, quando comparada ao grupo sem complicação.
Achados eletrocardiograficos em atletas de futebol do rio grande do norte
CARLOS V Q BAPTISTA, ANTÔNIO J B LESSA, NESTOR R O NETO, FELIPE E F
GUERRA, LEANDRO R JULIASSE, ANTÔNIO F Q JÚNIOR, PATRÍCIA B A M COS,
CLÓVIS AUGUSTO DE MIRANDA NETO, FRANCISCO DE ASSIS MACHADO FILHO
e ANA CLÁUDIA PEREIRA PINTO SOLANO VALE
Universidade federal do rio grande do norte, natal, RN, BRASIL.
Introdução : A prática regular de atividade física competitiva pode causar alterações
nos eletrocardiogramas dos atletas, simulando aspectos patológicos .Este estudo
foi elaborado para avaliar a prevalência de alterações eletrocardiográficas em uma
população de atletas de futebol.
Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, onde foram analisados
eletrocardiogramas de repouso, que é um exame não invasivo, de baixo custo, alta
disponibilidade e sem contraindicações todos feitos em atletas profissionais de futebol
de campo com idade até 35 anos.
Resumo: Na avaliação dos resultados dos ECG colhidos na Clínica do Exercício de
Natal, vimos que a idade média foi em torno de 24 +-12 anos. Bradicardia sinusal
(FC<60bpm) foi demonstrado em 21 atletas de futebol( 41%). No presente estudo não
avaliamos atletas em ritmo juncional nem com BAV 2 grau Mobitz 1, mas BAV 1 grau
foram encontrados em 12 atletas.
Conclusões: Os achados eletrocardiográficos em atletas podem simular aspectos
patológicos sendo que sua avaliação deve ser feita por profissional treinado para
esta determinada população, evitando diagnósticos e investigações adicionais sem
necessidade.
2
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19
Resumos Temas Livres - Cardiologia
Hipertensão renovascular como manifestação de Arterite de Takayasu: relato
de caso.
ANAH S MAIA, FERDINAND G S S MAIA,ANTÔNIO F Q JÚNIOR, FABIO MASTROCOLA
e ITAMAR R OLIVEIRA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário
Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL.
Introdução: Hipertensão renovascular, definida pela presença de hipertensão e estenose
significativa de artéria renal, manifesta-se clinicamente como hipertensão refratária
associada à insuficiência renal. A Arterite de Takayasu é a terceira etiologia mais
frequente. O diagnóstico etiológico permite o tratamento adequado, com melhores
desfechos para o paciente. Relato: Mulher, 13 anos, apresentando perda ponderal
significativa e febre vespertina há 8 meses. Internada em outro serviço por suspeita de
tuberculose, apresentou hipertensão arterial (HAS) e cardiomegalia, descartando-se
etiologias infecciosas. Evoluiu com HAS refratária e piora de função renal (Creat 6)
após uso de IECA, sendo encaminhada para o Hospital Universitário Onofre Lopes
(HUOL) com a hipótese de HAS renovascular por vasculite sistêmica. No exame
admissional: assimetria de pulsos nos membros superiores e de níveis tensionais (MSD
190x100, MSE 130x80, MMII 180x90 mmHg, com pulsos filiformes em MSE); sopro
de regurgitação aórtico, sopro em região de subclávia esquerda e sopro abdominal
bilateral, mais audível à esquerda. VHS de 45 mm, PCR de 28 mg/dL. ECG: sobrecarga
ventricular esquerda. Ecocardiograma: cardiopatia dilatada com disfunção moderada
do VE. Angio-tomografia de abdome e pelve: estenose significativa de artérias renais
bilateralmente, infarto em terço superior do rim esquerdo, redução do calibre de aorta
abdominal. Diagnosticado Arterite de Takayasu, iniciou-se terapia imunossupressora
(metilprednisolona e metotrexato) e tratamento para HAS (Bisoprolol 10mg/dia,Anlodipino
10mg/dia, Furosemida 80mg/dia). Houve melhora do quadro inflamatório e recuperação
de função renal (Creat 0,86), mantendo HAS de difícil controle. Fez Arteriografia renal
seletiva: estenose à direita de 70% e à esquerda de 80%. Realizado angioplastia de aa.
renais “ad hoc”, restando lesão residual à direita de 10%, confirmada com Ecodoppler
arterial renal 2 meses após. Atualmente possui bom controle pressórico, em uso de
Bisoprolol 2,5mg, e função ventricular normal. Conclusão: Hipertensão renovascular é
causa potencialmente reversível de HAS e o rápido diagnóstico permite evitar lesões
em órgãos-alvo. Arterite de Takayasu é uma causa tratável e deve ser lembrada no
diagnóstico diferencial dessa patologia em indivíduos jovens. O tratamento da estenose
de artérias renais ainda é controverso. Neste caso, o tratamento percutâneo mostrou-se
uma opção segura e eficaz.
Fístula coronária direita para artéria pulmonar em idoso com infarto agudo do
miocárdio
ANTONIO LUIZ DO NASCIMENTO, CESIMAR SEVERIANO DO NASCIMENTO, FABIO
MASTROCOLA e THALITA RAFAELLA OLIVEIRA TRINDADE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL, RN, BRASIL -
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES, NATAL, RN, BRASIL.
Introdução: Fístula de artéria coronária é uma anormalidade anatômica que consiste
na comunicação entre uma artéria coronária e as câmaras cardíacas ou algum vaso
sanguíneo. São raras, sendo estimado em 0,002% na população geral e 0,25%
entre aqueles submetidos a cateterismo cardíaco. Geralmente são anormalidades
congênitas, podendo ser adquiridas, sobretudo de forma iatrogênica. As principais
artérias envolvidas são a coronária direita e a descendente anterior, e mais raramente
a circunflexa. Sua apresentação clínica depende principalmente do local, dimensão e
fluxo da fístula, podendo ser assintomático ou ter manifestações que vão de dispnéia,
angina e síncope até mesmo a franca insuficiência cardíaca ou morte súbita. Tem sido
diagnosticada desde recém-nascidos até idosos, sendo usados ecocardiografia e estudo
hemodinâmico. Tratamento expectante, clínico, endovascular ou cirúrgico poderá ser
indicado. No presente trabalho é relatado um caso de fístula da artéria coronária direita
para artéria pulmonar.
Descrição do caso: Relata-se o caso de um paciente, sexo masculino, de 75 anos,
hipertenso, com história de acidente vascular encefálico anterior, admitido no setor de
hemodinâmico do HUOL/UFRN por infarto com supra de parede anterior, Killip I; Mantinha
dor após 24h sem tratamento de reperfusão. Realizado o cateterismo, demonstrou-se
lesão de 100% em descendente anterior, sendo realizada angioplastia com sucesso (fluxo
timi III). Durante procedimento, demonstrou-se ainda lesão de 95% em 1ª diagonal, 60%
em coronária direita e outras lesões de menor importância. Foi identificado fístula da
artéria coronária direita para a artéria pulmonar. Após estabilização clínica, realizados
ecocardiograma transtorácico e transesofágico não se identificaram quaisquer anomalias
anatômicas associadas. Mostrou-se aumento discreto das câmaras esquerdas, disfunção
diastólica e sistólica (47%), acinesia médio-apical da parede antero-septal e refluxo
mitral leve (calcificação). O paciente recebeu alta com tratamento para DAC e mantem
acompanhamento ambulatorial, sem queixas.
Conclusões: A terapêutica clínica da fístula coronária deverá ser avaliada em cada caso,
sendo a acompanhamento clínico sem intervenções invasivas uma possibilidade nos
casos leves ou assintomáticos, sobretudo em idosos.
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TAQUICARDIA VENTRICULAR ESFORÇO-INDUZIDA COMO APRESENTAÇÃO DE
DISPLASIA ARRITMOGÊNICA DE VENTRICULO DIREITO
ANTÔNIO FILGUEIRADE QUEIROZ JÚNIOR, JOSE ECIO BATISTAROSADO JUNIOR,
RENATAARAUJO DE LUCENA, LIVIADEANDRADE FREIRE, TAIANE KELLY LIMADA
SILVA, LUIZ GONZAGADE OLIVEIRAJUNIOR e MÔNICALARISSAPADILHAHONÓRIO
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A Displasia Arritmogênica do Ventrículo Direito (DAVD) é uma doença
do músculo cardíaco geneticamente determinada, caracterizada pela substituição do
miocárdio por tecido fibrogorduroso. É potencialmente letal e ainda pouco entendida,
e tem sido associada a arritmias, insuficiência cardíaca e morte súbita em atletas.
Sua prevalência é de 1:5000. A importância do diagnóstico precoce está no fato de o
tratamento com cardioversor-desfibrilador implantável reduzir a mortalidade.
RELATO: P.X.B., 42 anos, casado, 2 filhos, zelador de chácara, natural de Macaíba/
RN e procedente de Nísia Floresta/RN. Relata que dia 27/01/15, iniciou quadro de
dor em região epigástrica, em caráter progressivo, desencadeada pelo esforço físico
(partida de futebol), sem irradiação, associada a palpitações taquicárdicas, tontura, e
sudorese fria. Relata episódios semelhantes anteriores, sendo o primeiro há 15 anos
e os 3 últimos, nos 3 últimos anos. Nesta ocasião foi internado em outro serviço, com
eletrocardiograma mostrando taquicardia ventricular sustentada de origem do VD,
sendo submetido à cardioversão elétrica com sucesso. Foi medicado inicialmente com
Clexane,AAS,Amiodarona e Sinvastatina. Marcadores de necrose miocárdica, eletrólitos
e função renal estavam dentro dos limites da normalidade. Apresenta ECO TT do dia
06/02/15 mostrando Fração de Ejeção do VE (FEVE) de 60,76%, aumento moderado
de cavidades direitas edéficit moderado a importante de função sistólica do VD. Feito
diagnóstico de displasia arritmogênica de VD, iniciado terapia com beta bloqueador e
implante Cardiodesfibrilador < wbr />implantável (CDI).
CONCLUSÃO: Embora o diagnóstico definitivo de DAVD requeira o achado histológico
ou de Ressonância cardíaca, na prática clínica, ele pode ser feito baseado nos critérios
propostos pela Sociedade Europeia de Cardiologia. O tratamento farmacológico é a
opção inicial, com antiarrítmicos, ficando o implante do CDI reservado a casos com
arritmias refratárias, pacientes jovens, morte súbita recuperada e envolvimento de
ventrículo esquerdo.
Cor Triatriatum Sinistrum: relato de caso
GISELE CORREIA PACHECO LEITE, LIVIA MARIA BEZERRA CAMARA, RICARDO
DOUGLAS SANTOS DE FREITAS, ROMENA LEAO AZEVEDO CATAO, RAFAELA
SOARES DA SILVA, JESSICA AQUINO VILACA e RUI ALBERTO DE FARIA FILHO
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário
Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL.
Introdução: Cor Triatriatum (CT) é uma malformação cardíaca congênita de etiologia
desconhecida, rara, com uma incidência estimada em 0,1% de todas as cardiopatias
congênitas, e de óbito infantil em 75% das crianças não tratadas. Geralmente refere-se
ao átrio esquerdo, sendo denominado CT Sinistrum, mas pode ocorrer no átrio direito (CT
Dexter). O CT Sinistrum incide em 0,2 - 0,4% dentre os defeitos cardíacos congênitos,
com uma proporção entre os sexos masculino e feminino de 1,5:1,0. Descrição do
Caso: Paciente do sexo feminino, nascida a termo, de pré-natal sem intercorrências,
não havendo antecedentes familiares de cardiopatia, com 02 anos e 08 meses de idade,
Peso = 11,0 Kg, Estatura = 89 cm, foi encaminhada para hospitalização em Serviço
Universitário objetivando tratamento de pneumonia comunitária de repetição (terceiro
episódio em menos de um ano). Ao exame físico foi auscultado sopro cardíaco, tendo
sido solicitado ecocardiograma. Este, realizado sob difíceis condições técnicas (paciente
pouco cooperativa e sem sedação), evidenciou: membrana em átrio esquerdo com orifício
tendo fluxo no sentido da valva mitral estimando gradiente instantâneo máximo de 12,0
mmHg e médio de 8,5 mmHg, característico de CT Sinistrum; Comunicação Interatrial
Ostium Secundum, aumento de câmaras cardíacas direitas com hipertrofia leve de
ventrículo direito e disfunção sistólica deste. Observado abaulamento precordial e sinais
de insuficiência cardíaca. Iniciado terapêutica específica e solicitado angiotomografia
cardíaca para diagnóstico diferencial com anel supravalvar mitral e melhor avaliação
da drenagem venosa pulmonar. O exame tomográfico confirmou o diagnóstico de CT
Sinistrum, tendo a paciente sido encaminhada para tratamento cirúrgico e mantendo o
seguimento ambulatorial. Conclusões: Descreve-se cardiopatia rara, em paciente sem
fator de risco gestacional e/ou familiar para cardiopatia, sendo do sexo feminino, com
diagnóstico de CT Sinistrum em exame ecocardiográfico, confirmado por angiotomografia.
O diagnóstico permitiu melhoria na qualidade de vida e prognóstico da paciente, diante da
terapêutica instituída. O CT pode ser detectado em exames de imagem não invasivos, e
seu achado precoce permite otimizar o seu manejo terapêutico, uma vez que quando a
doença é adequadamente avaliada e tratada, o resultado clínico é excelente.
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Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19
Resumos Temas Livres - Cardiologia
Análise do manejo da Doença Renal Crônica em pacientes hipertensos e diabéticos:
um estudo seccional
RENNE CUNHA DA SILVA, IZADORA KARINNY DE SOUZA, MARIA JOSE PEREIRA
VILAR e LUIS ALCIDES DE LUCENA MARINHO
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL.
Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é um problema de saúde pública mundial e
a sua prevalência em estágio terminal, a Doença Renal em estágio terminal (DRET), é
crescente. Nesse contexto, um fator que pode conduzir ao mau prognóstico da doença
é a nefropatia diabética, que influencia a DRC por evoluir com aumento progressivo da
excreção de albumina urinária e queda da taxa de filtração glomerular (TGF) associada
ao aumento da pressão arterial (PA). Dessa forma, o profissional de saúde deve estar
preparado para o manejo desses fatores de risco associados a complicações para DRC.
Métodos: Trata-se de um estudo seccional, cujo objetivo é analisar a eficácia de
profissionais da saúde de serviços hospitalares ligados à Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN) na definição do plano terapêutico e conduta para Doença Renal
Crônica em pacientes hipertensos e diabéticos. Participaram do estudo 127 médicos,
sendo 64 médicos preceptores (PR) e 63 médicos residentes (RS). Para avaliação foi
utilizado um questionário baseado nas diretrizes do Kidney Disease Outcomes Quality
Initiative (KDOQI), que foi aplicado entre julho e setembro de 2014. Foi utilizado o SPSS,
versão 14.0 (SPSS Inc, Chicago, IL) para a análise estatística.
Resultados: Quando questionados sobre a meta da pressão arterial para uma paciente
com PA de 148/93 mmHg associada com Diabetes tipo 2, TFG estimada em 70 ml/min
e microalbuminúria, observou-se que 40,94% dos entrevistados (46,03% RS e 35,93%
PR) sabiam que a meta para PAnessa paciente era de 130/80 mmHg. Quanto à conduta,
apenas 33,85% (34,92% RS e 32,81% PR) saberiam manejar a DRC nessa paciente
corretamente a partir da introdução de IECA/BRA e orientações para restrição salina
(<2,4g/d), controle lipídico, controle glicêmico, perda de peso e abstinência ao tabaco.
Conclusões: O aumento na prevalência da Doença Renal Crônica em Estágio Terminal
pode ser justificado parcialmente pelo baixo reconhecimento da doença e dos seus
fatores de risco pelos médicos. Ressalta-se que o controle adequado da pressão arterial
e glicêmico exerce função importante na redução de risco e na progressão da nefropatia
diabética. Sendo assim, é importante o desenvolvimento de estratégias educacionais
direcionadas a classe médica, objetivando aumentar o diagnóstico precoce e conduta
da DRC associada a essas comorbidades.
Atresia tricúspide: do diagnóstico fetal ao neonatal
GISELE CORREIAPACHECO LEITE, NATHÁLIAMARTINSALVES, PEDRO HENRIQUE
MIRANDACAMPOS, MARIANACOELHO COSTA, KAIO CESARAMARALNOGUEIRAE
SILVA, EMANUEL LUCAS DE SOUZALEITE eALINE GOBETT CARDOSO FELICIANO
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Maternidade
Escola Januário
Cicco, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A atresia tricúspide (AT) é patologia que varia de 0,3% a 5,3% entre
todas as cardiopatias congênitas e é a terceira causa mais comum de cardiopatia
congênita cianótica. O diagnóstico e seguimento ecocardiográfico é fundamental na
evolução destes pacientes, pois esta evolução depende da magnitude do fluxo sanguíneo
pulmonar e das anomalias associadas. DESCRIÇÃO DO CASO: Gestante de 16 anos
de idade compareceu para realização de ecocardiograma fetal (ECOF) com 28 semanas
e 05 dias de idade gestacional (IG), devido IgM positivo para citomegalovirose. ECOF
evidenciou AT tipo IC e comunicação interatrial ostium secundum ampla. Orientado à
gestante acompanhamento no pré-natal do alto risco, na cardiologia fetal, e explicado
sobre o diagnóstico e necessidade de seguimento cardiológico com controle posterior
por ECOF. A mesma não conseguiu realizar o ECOF de controle, tendo evoluído para
parto com IG de 32 semanas e 03 dias. Neonato pesando 1.780 kg, com APGAR 8/8,
necessitou de suporte ventilatório ao nascimento. Foi encaminhado à unidade de terapia
intensiva (UTI) neonatal. Ecocardiograma no 12° dia de vida confirmou a AT tipo IC, e
evidenciou forame oval patente, colaterais sistêmico-pulmonares e sinais de hiperfluxo
pulmonar. Otimizado terapêutica clínica. Evoluiu com sepse precoce. Ecocardiograma
de controle no 1° mês de vida manteve o diagnóstico cardiológico. Recebeu alta da
UTI com 33 dias de vida, sendo encaminhado para avaliação da cirurgia cardíaca e
seguimento com pediatria geral e cardiologia pediátrica. CONCLUSÕES: Descreve-se
caso de cardiopatia com apresentação e evolução favorável no período fetal e neonatal.
Destaca-se aqui a importância do ECOF em avaliar a estabilidade hemodinâmica durante
a vida intrauterina, permitindo acompanhamento, tratamento e indicação de interrupção
da gestação para terapêutica neonatal, quando necessária. O diagnóstico pré-natal é
extremamente valioso também para oferecer ao pediatra condições de atendimento
ideais a esses neonatos, a partir da realização do parto.
3942739420
39399 39417
Síndrome do Roubo Coronária- Subclávia pós revascularização cirúrgica do
miocárdio
ANTÔNIO FILGUEIRA DE QUEIROZ JÚNIOR, CARLOS VINICIUS DE QUEIROZ
BAPTISTA, NESTOR RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO, CRISTIANE GUEDES
PITA, MARIA SANALI MOURA DE OLIVEIRA PAIVA, CESIMAR SEVERIANO DO
NASCIMENTO e FABIO MASTROCOLA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, , .
Introdução:A anastomose da artéria Mamária interna esquerda(MIE) ao leito coronário,
faz com que a artéria subclávia esquerda (ASE) seja funcionamente parte da circulação
coronária.A oclusão na ASE proximal à emergência da mamária poderá levar ao roubo
de fluxo, ocasionando isquemia miocárdica e sintomas neurológicos. Relato: Paciente
do sexo feminino, 62 anos, hipertensa e diabética com antecedente de revascularização
cirúrgica do miocárdio há 6 anos:MIE-Descendente anterior (DA), ponte de Safena-1a
Marginal, ponte de Safena-Coronária direita(CD), com história de vertigens recorrentes
há cerca de 06 meses, que pioravam durante a realização das atividades domésticas,
principalmente ao movimentar o membro superior esquerdo (MSE) e há 3 meses com
queixa de dor precordial em queimação, desencadeada pelos esforços habituais, com
duração de 5 a 10 minutos e que cessava ao repouso. Há 15 dias houve piora da dor
precordial, com episódio ao repouso com duração de cerca de 10 minutos, o que a levou
a procurar a unidade de emergência.Após 15 dias foi avaliada no serviço de Cardiologia,
chegando apenas com angina aos esforços, sem novos episódios ao repouso.Ao exame
apresentava pressão arterial de 130X80 mmHg no membro superior direito e 90X60
mmHg no MSE, além de pulsos reduzidos à esquerda(radial e braquial). Realizou
cinecoronariografia e angiografia de vasos supraaórticos que mostrou: lesão grave de
Tronco de coronária esquerda, oclusão de artérias Circunflexa e CD; MIE-ramo diagonal
pérvia com fluxo reduzido e pontes de Safena para CD e Marginal ocluídas; além de
oclusão completa da ASE proximal, enchendo por fluxo reverso pela artéria vertebral
esquerda. Foi otimizado tratamento clínico e posteriormente tentada angioplastia deASE
sem sucesso.Feito então Bypass carotídeosubclávio esquerdo, com resolução completa
dos sintomas neurológicos e melhora da angina.Conclusão:Aincidência da síndrome do
Roubo Coronário-Subclávia é baixa, complicando cerca de 0,4% das revascularizações
cirúrgicas do miocárdico e deve fazer parte do diagnóstico diferencial das causas de
angina e vertigens neste grupo de pacientes. O tratamento cirúrgico é indicado nos
casos sintomáticos, sendo a intervenção percutânea, na maioria das vezes, a primeira
escolha e, na sua inviabilidade ou insucesso o bypass carotídeo-subclávio constitui-se
numa boa alternativa, como evidenciado neste caso.
Importância da Ressonância Nuclear Magnética no diagnóstico da miocardiopatia
não compactada: um relato de caso
RANNA SANTOS PESSOA, MARLON CESAR MELO DE SOUZA FILHO, ANTÔNIO
FILGUEIRADE QUEIROZ JÚNIOR,ANTÔNIO CORREIADOS SANTOS JÚNIOR, FABIO
MASTROCOLA e ROSIANE VIANA ZUZA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário
Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A Miocardiopatia Não Compactada (MCNC) é uma doença de
ocorrência rara causada caracterizada pela não compactação das fibras musculares
cardíacas no período intrauterino, formando uma malha frouxa endomiocárdica. O
diagnóstico da MCNC é dificultado pelo fato dessa patologia compartilhar características
morfológicas com outras cardiomiopatias, como dilatada e hipertrófica.A ecocardiografia
é o método mais utilizado no diagnostico da MCNC, porém mesmo utilizando critérios
ecocardiográficos padronizados, este pode ser feito inapropriadamente baseado somente
na presença de trabéculas proeminentes no ventrículo esquerdo. A disparidade nos
resultados diagnósticos tem movido a confirmação dos achados patológicos para as
tecnologias de alta resolução não invasivas como a Ressonância Nuclear Magnética
Cardíaca e a Tomografia Computadorizada.
RELATO DE CASO: Paciente sexo masculino, 17 anos, branco, estudante, procedente de
Touros- RN. Há cerca de 40 dias do internamento iniciou quadro de dispneia progressiva
aos esforços, atualmente mesmo no repouso. Associado a isso apresentava sinais de
congestão pulmonar com creptos bibasais e sistêmica representada por turgência jugular
patológica, hepatomegalia dolorosa e ascite. O mesmo teve episódio de Varicela cerca
de 30 dias antes do início do quadro e não conhecia outras comorbidades prévias. O
ecocardiograma mostrou miocardiopatia dilatada de grau severo, com disfunção sistólica
importante e aspecto sugestivo de não compactação do ventrículo esquerdo. Foi iniciado
tratamento para IC sistólica com captopril, espironolactona, carvedilol, furosemida,
digoxina e varfarina, atingindo compensação clínica. A ressonância nuclear magnética
confirmou o diagnóstico de MCNC, e não demonstrou sinais de miocardite.
CONCLUSÃO: Frente a um paciente com histórico recente de infeção viral e com sintomas
e sinais de IC e padrão de cardiopatia dilatada ao Ecocardiograma transtorácico torna-se
difícil o diagnóstico diferencial entre MCNC e miocardite, sendo necessários métodos
complementares mais específicos. Neste caso, a Ressonância Nuclear Magnética
mostrou-se útil na diferenciação entre descompensação de quadro pré-existente de
Miocardiopatia Não Compactada pelo vírus Varicela-Zoster e miocardite por esse
mesmo agente.
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Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19
Resumos Temas Livres - Cardiologia
39455 39470
Ecocardiogramas fetais e pediátricos neonatais: Primeira amostra de cardiopatias
congênitas em maternidade pública terciária
GISELE CORREIA PACHECO LEITE, FILIPE MARINHO PINHEIRO DA CAMARA,
RENNE CUNHADASILVA, VICTOR VINICIUS DE LIRAFERNANDES, VICTOR GALVAO
PINHEIRO, MARIA TERESA DA COSTA URBANO e AMALIA BEATRIZ MARINHO
PINHEIRO DA CAMAR
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Maternidade Escola
Januário Cicco, Natal, RN, BRASIL.
Introdução: As cardiopatias congênitas (CC) constituem-se no principal grupo de
causas de óbito infantil: o seu diagnóstico precoce é fundamental. Neste contexto, o
ecocardiograma tem papel fundamental no rastreamento de cardiopatias. Métodos: Ao
iniciar o serviço de ecocardiografia fetal e pediátrica em Maternidade pública do Hospital
Universitário (HU), elaborou-se formulário ecocardiográfico padrão para levantamento das
cardiopatias encontradas. Posteriormente, fez-se análise descritiva de todos os laudos de
ecocardiogramas (ECO) fetais e neonatais realizados em HU no período de 01/11/13 a
10/12/2014. Resultados: Foram realizados 206 ECOs, sendo 52 fetais e 154 neonatais.
Dos ECO fetais, representando a 1° amostra deste tipo de exame realizada em serviço
público local, foram atendidas 47 gestantes, das quais 4 realizaram mais de um ECO
durante o seguimento. Houve 18 (38,3%) exames normais e 29 (61,7%) alterados. A
cardiopatia congênita mais encontrada foi a Comunicação Interventricular (CIV) isolada,
ocorrendo em 13 (44,8%) casos. Cardiopatias graves foram evidenciadas em 8 (27,6%)
exames, sendo: 5 (17,2%) Defeitos do SeptoAtrioventricular (DSAV); 1 (3,5%) Coarctação
de Aorta (CoAo); 1 (3,5%) Anomalia de Ebstein e 1 (3,5%) Atresia Tricúspide. Dos 154
ECO realizados em 140 neonatos, 13 repetiram o exame durante o seu seguimento
neonatal. Os ECO foram considerados normais em 6 (4,3%) exames e alterados em 134
(95,7%). As CC mais encontradas foram: Forame Oval Patente, 101 (75,4%) neonatos;
e CIV isolada, 65 (48,5%). Outras observadas foram: 52 (38,8%) Persistência do Canal
Arterial; 11 (8,2%) Estenose da Artéria Pulmonar; 10 (7,5%) Comunicação Interatrial
Ostium Secundum; 5 (3,7%) CoAo; 4 (3,0%) DSAV e outras CC graves, como Anomalia
de Ebstein, Interrupção doArcoAórtico,Atresia Tricúspide, Tetralogia de Fallot e Truncus
Arteriosus. Análise global revelou que as CC mais frequentes foram Forame Oval
Patente, CIV e Persistência do Canal Arterial. A ocorrência de CC grave foi de 15,4%
(28). Conclusões: Descreve-se primeiro levantamento de CC atendidas em serviço de
referência que representa a demanda do Estado. A aplicação do ecocardiograma de
modo sistemático nos atendimentos para diagnóstico de CC mostrou-se instrumento
importante na estruturação de um sistema de informações que possibilita melhorar a
assistência e levantar dados que permitam elaboração de planos de seguimento clínico,
terapêutico e de prevenção primária.
Abordagem cirúrgica precoce na endocardite infecciosa complicada com
aneurisma micótico e transformação hemorrágica de embolização séptica para
sistema nervoso central
CAIO GUEDES DE SOUSA, DANIEL BARROS ROGERIO, ANDREZA FERNANDES
SIMONETTI FRANCO, RAQUELANDRESADUARTE GOMES, FABIO MASTROCOLA,
CRISTIANE GUEDES PITA e ANTÔNIO FILGUEIRA DE QUEIROZ JÚNIOR
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL.
INTRODUÇÃO: o tratamento cirúrgico da endocardite infecciosa (EI), quando bem
indicado e associado a antibioticoterapia, está relacionado a menor mortalidade. O
benefício da cirurgia parece ser maior nos que evoluem com sinais de insuficiência
cardíaca (IC) moderada a severa, mas o momento para indicá-la é incerto e depende de
variáveis como resposta ao tratamento clínico e presença de complicações. Relatamos
um caso de EI de valva nativa complicada com embolizações sépticas, aneurisma
micótico e IC cujo tratamento cirúrgico foi indicado de forma precoce.
Mulher, 23 anos, sem comorbidades, com febre há 3 semanas, apresentou cefaleia
súbita, dor em hipocôndrio esquerdo e sopro cardíaco. Tomografia (TC) de crânio
mostrou lesões isquêmicas em lobo temporal à esquerda e TC abdominal, áreas de
infarto esplênico. Ecocardiograma mostrou vegetação aderida à valva mitral (24 mm)
e imagem aderida ao aparelho subvalvar mitral, com insuficiência mitral importante.
Iniciado tratamento para EI, paciente evoluiu com IC e déficit neurológico motor à
direita. Nova TC de crânio mostrou transformação hemorrágica de lesão isquêmica
prévia em lobo temporal esquerdo, e controle evolutivo dos eventos encefálicos
embólicos, realizado 72 horas após, revelando aneurisma micótico em região temporal
direita. Angioressonância mostrou dilatação em artéria cerebral média direita, lesões
isquêmicas com sinais de transformação hemorrágica em região temporal esquerda,
novas lesões isquêmicas agudas em região insular direita. Hemoculturas (4 amostras)
negativas. Ecocardiograma transesofágico mostrou vegetações, na valva mitral, a maior
de 2,2 cm, valva aórtica com coaptação inadequada com refluxo importante e sinais
de hipertensão pulmonar. Realizado embolização percutânea de aneurisma micótico
e indicado abordagem cirúrgica cardiaca por sinais de IC e persistência de eventos
embólicos a despeito de tratamento. Realizada troca valvar mitral e aórtica 7 dias após
o procedimento neurocirúrgico, com colação de próteses biológicas, com paciente
evoluindo sem complicações hemorrágicas no pós-operatório.
CONCLUSÃO: Indicado tratamento cirúrgico para EI, definir o momento para a
abordagem é um desafio na prática médica. Apesar das complicações hemorrágicas
cerebrais, a indicação cirúrgica precoce, mesmo com uso de circulação extra corpórea,
se mostrou benéfica neste caso, observando-se evolução satisfatória da paciente e
ausência de complicações hemorrágicas relacionadas ao tratamento.
39447 39452
PREVALENCIA DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES NO NORDESTE
IZAURA TEREZA SILVA GUEDES, PRISCILLA SILVA DE CARVALHO SALGADO,
ATHENA TAMIRIS DANTAS DE A M QUEIROZ e LARA ANDRADE VIEIRA
Universidade Potiguar, Natal, RN, BRASIL - RN
INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, observou-se no Brasil uma tendência à queda
da mortalidade por doenças do aparelho circulatório, porém ainda continuam sendo a
principal causa de morte no Brasil. As doenças cardiovasculares compreendem um
espectro amplo de síndromes clínicas, tendo nas doenças relacionadas à aterosclerose
a sua principal contribuição. São inúmeros os fatos que podem estar relacionados com
a importância cada vez maior destas doenças, como o envelhecimento da população,
a sobrevida das doenças infecciosas, a incorporação de novas tecnologias com
diagnóstico mais precoce das doenças, redução de letalidade e controle inadequado
dos fatores de risco.
OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é avaliar o número de internações por doenças
cardiovasculares na região Nordeste.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo baseado em dados coletados do
Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS), em que foram identificados
estados do Nordeste que mais têm internações devido a doenças cardiovasculares,
como também as doenças mais e as menos prevalentes, englobando indivíduos de 0 a
mais de 80 anos de idade, no período de 2014.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nesse período, houve 107.075 internações. Os estados
que mais tiveram internações foram Bahia (31.612), Pernambuco (25.236) e Ceará
(18.659).As doenças mais prevalentes foram hipertensão essencial (17.361), insuficiência
cardíaca (31.034), acidente vascular cerebral não específico hemorrágico ou isquêmico
(21.581), infarto agudo do miocárdio (8.853), transtornos de condução e arritmias
cardíacas (4.063). As doenças menos prevalentes foram febre reumática aguda (963),
doença reumática crônica do coração (920), embolia pulmonar (336).
CONCLUSÃO: As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de
morte no Brasil. Portanto, as mais prevalentes são hipertensão essencial e insuficiência
cardíaca sendo a Bahia o estado que tem o maior número de internações no Nordeste.
Uma saída para diminuir essa prevalência seria instruir a população para buscar a
prevenção dessas doenças, principalmente nas cidades com maior prevalência de
internação por cardiopatias.
IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA POR HOSPITALIZAÇÃO NO NORDESTE POR
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
IZAURA TEREZA SILVA GUEDES, PRISCILLA SILVA DE CARVALHO SALGADO,
ATHENA TAMIRIS DANTAS DE A M QUEIROZ e LARA ANDRADE VIEIRA
Universidade Potiguar, Natal, RN, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca é a consequênciada maioria das doenças
cardíacas, sendo sua principal etiologia, no Brasil, a cardiopatia isquêmica crônica
associada à hipertensão arterial. A prevalência da insuficiência cardíaca está em
ascensão, em decorrência do incremento na expectativa de vida de nossa população
e maior efetividade dos novos medicamentos para o tratamento, prolongando a vida,
gerando um alto custo para a saúde pública brasileira.
OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é avaliar o número de internações por faixas
etárias mais acometidas por Insuficiência Cardíaca.
MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo baseado em dados coletados
do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS), em que foram identificadas as
faixas etáriasque passaram por internação devido a insuficiência cardíaca, englobando
indivíduos de 0 a mais de 80 anos, no período de 2014 em todo o Nordeste.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nesse período, houve 31.034 internações. As faixas
etárias mais acometidas por internações no Nordeste foram as de 70 a 74 anos de idade
(3.968), 75 a 79 anos (3.910) e 80 anos ou mais (7.011). Em relação às faixas etárias
menos prevalentes, percebe-se o predomínio de 5 a 9 anos de idade (55) e 1 a 4 anos
(84). Os gastos com a saúde durante esse período no Nordeste foram R$ 67.135.472,10.
CONCLUSÃO: A principal etiologia da insuficiência cardíaca é a cardiopatia crônica,
a qual no Brasil a maioria é decorrente de hipertensão arterial e a faixa etária mais
prevalente é dos 70 aos 74 anos. Em virtude disso, vê-se a importância de políticas com
o objetivo de prevenção dessas cardiopatias, pois o impacto financeiro na saúde devido
às internações é muito alto, reduzindo assim gastos hospitalares.
5
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19
Resumos Temas Livres - Cardiologia
39474 39476
Primeira amostra de ecocardiogramas fetais realizados em Maternidade Pública
terciária do Rio Grande do Norte
GISELE CORREIA PACHECO LEITE, RENNE CUNHA DA SILVA, FILIPE MARINHO
PINHEIRO DA CAMARA, VICTOR VINICIUS DE LIRA FERNANDES, MARIA TERESA
DA COSTA URBANO, VICTOR GALVAO PINHEIRO e AMALIA BEATRIZ MARINHO
PINHEIRO DA CAMARA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Maternidade Escola
Januário Cicco, Natal, RN, BRASIL.
INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas (CC) constituem-se no principal grupo de
causas de óbito infantil: o seu diagnóstico precoce é fundamental. Neste contexto,
o ecocardiograma fetal (ECOF) tem papel fundamental no rastreamento precoce de
CC, na possibilidade de intervenção precoce e oportuna e, sobretudo, na melhoria do
prognóstico e morbimortalidade. MÉTODOS: Com o intuito de se verificar os resultados
da primeira amostra de ECOF realizados em Maternidade pública terciária de referência,
elaborou-se formulário padrão para descrição dos achados ecocardiográficos e arquivou-
se todos os exames realizados em disco rígido. Posteriormente, fez-se análise descritiva
dos laudos de ECOF realizados no período de 22/02/14 a 04/02/15. RESULTADOS:
Foram realizados 58 ECOF, em 52 gestantes, das quais 5 realizaram mais de um
ECOF durante o seguimento. A idade das gestantes variou de 15 a 43 anos (média de
28,4) e a idade gestacional (IG) variou entre 17,29 e 40,29 semanas (média de 29,9).
Classificou-se 24 (41,4%) exames como normais e 34 (58,6%) como alterados, sendo as
alterações mais frequentes: comunicação interventricular isolada em 14 (26,9%) fetos,
e Golf Ball em 7 (13,5%). CC grave foi identificada em 8 (15,4%) fetos: 5 (9,6%) Defeito
do Septo Atrioventricular, 1 (1,9%) Coarctação de Aorta com importante repercussão
hemodinâmica, 1 (1,9%) Anomalia de Ebstein e 1 (1,9%) Atresia Tricúspide. Além
destas, ocorreram 06 (11,5%) casos de hipertrofia septal e 3 (5,8%) alterações do ritmo
cardíaco – 02 (3,8%) casos de bloqueio atrioventricular.As gestantes de fetos cardiopatas
passaram a ser acompanhadas em ambulatório da cardiologia fetal, conjuntamente com o
pré-natal do alto risco da Maternidade, sendo orientado o diagnóstico da CC e as condutas
diante da mesma. Os casos de CC cujo tratamento eram cirúrgicos, confirmados por
ecocardiograma no período neonatal, foram encaminhados para tratamento específico,
havendo suporte clínico otimizado para melhorar a condição pré-operatória do neonato.
A avaliação global dos fetos assistidos permite concluir melhorias na assistência ao pré-
natal do feto cardiopata. CONCLUSÕES: Diante dos achados de 58,6% alterações nos
exames de ECOF realizados na primeira amostra deste exame em Maternidade pública
de referência, permitindo melhor planejamento clínico-terapêutico ao feto cardiopata e
à gestante, vem-se mostrar a importância da implementação do ECOF às gestantes do
Rio Grande Norte na assistência pré-natal.
PSEUDOANEURISMA DE VENTRICULO ESQUERDO - RELATO DE CASO
ELIANE PEREIRA DA SILVA, JOSE ECIO BATISTA ROSADO JUNIOR, ERNESTO
JOSCELIN CARNEIRO PINTO, RENATA ARAUJO DE LUCENA, LIVIA DE ANDRADE
FREIRE e TAIANE KELLY LIMA DA SILVA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL.
INTRODUÇÃO: O pseudoaneurisma de ventrículo esquerdo (VE) é uma complicação
mecânica bastante rara após um infarto agudo do miocárdio (IAM) ou cirurgia cardíaca,
que resulta de ruptura da parede ventricular sem tamponamento cardíaco. A maioria
dos diagnósticos é feita na fase crônica do pseudoaneurisma, que pode evoluir por
muitos anos sem ruptura. Os casos crônicos evoluem frequentemente assintomáticos.
Os aneurismas verdadeiros de VE são formados pelo adelgaçamento, expansão e
cicatrização de uma área infartada da parede de VE. Esse processo geralmente induz
a formação de uma estrutura com colo largo. De forma diversa o pseudoaneurisma se
forma em decorrência da ruptura aguda de uma área infartada da parede de VE, sua
parede é composta por pericárdio e adesões e o colo é habitualmente estreito. RELATO:
S.M.C., feminino, 84 anos, hipertensa, diabética, procurou serviço de urgência com
queixa de precordialgia intensa, hipotensa, FC 38bpm, saturando 95% em ar ambiente
e com ausculta cardíaca não audível. Foi instituído reposição volêmica rigorosa, com
estabilização após 30 minutos, porem a precordialgia persistiu. Foi iniciado AAS
300mg e oxigênioterapia. Eletrocardiograma apresentou bradicardia sinusal e bloqueio
atrioventricular de 1º grau, sendo encaminhada para serviço de referência. Realizou
cateterismo, com delta T de 12 horas, que mostrou diagonal 80% de obstrução, circunflexa
95% de obstrução, coronária direita com 100% de obstrução, todas em terço médio,
e 1ª marginal obstrução de 95% no terço proximal. Foi submetida a angioplastia com
recanalização da coronária direita após implante de dois stents (TIMI 0 – TIMI 3). ECO
transtorácico evidenciou comprometimento segmentar do miocárdio, pseudoaneurisma
em parede inferior, na porção médiobasal da parede septal, e disfunção diastólica tipo
1. Evoluiu com pneumonia, injúria renal crônica agudizada. Foi a óbito no 18ª dia de
internação por choque cardiogênico não revertido. CONCLUSÃO: Por ser uma condição
de alta morbidade e mortalidade, a realização de investigação não invasiva deve ser
precoce, visando o tratamento cirúrgico pois o risco de ruptura do miocárdio está presente.
Devido idade e comorbidades da paciente não foi possível realizar tratamento cirúrgico.
39477 39478
Dissecção aguda de aorta concomitante à endocardite infecciosa em valva aórtica
bicúspide em mulher jovem.
ANDREZA FERNANDES SIMONETTI FRANCO, CAIO GUEDES DE SOUSA, DANIEL
BARROS ROGERIO,ANTÔNIO FILGUEIRADE QUEIROZ JÚNIOR,AMANDASILVEIRA
DA SILVA, CESIMAR SEVERIANO DO NASCIMENTO e FABIO MASTROCOLA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL.
INTRODUÇÃO:Aincidência de dissecção aguda da aorta na população geral é estimada
entre 2,6-3,5 por 100.000 pessoas-anos. Os pacientes em geral são homens entre 60
a 80 anos de idade. Em uma revisão de 464 pacientes do Registro Internacional de
Dissecção Aguda de Aorta (IRAD), 65% eram do sexo masculino e a média de idade
foi de 63 anos. Mulheres que se apresentam com dissecção aórtica tendem a ser mais
velhas do que os homens (67x60 anos). A associação de dissecção aguda de aorta e
endocardite infecciosa não foi relatada na literatura em decorrência da sua raridade.
RELATO: Mulher de 42 anos com queixa de dor torácica de forte intensidade, com piora
progressiva, irradiação para dorso que limitou deambulação e motivou restrição no leito
há aproximadamente um mês, período que iniciou a busca por atendimento em diversos
serviços. Foi internada para investigação diagnóstica. Ao exame físico não apresentava
estigmas de marfam. Como antecedentes apresentava hipertensão arterial e obesidade.
Angiotomografia de aorta revelou dissecção de aorta tipo A de Stanford, com dissecção
de flap intimal de aorta ascendente até bifurcação das ilíacas. Durante o período inicial
do internamento, apresentou febre intermitente. ECOTT evidenciou vegetação em face
ventricular do folheto aórtico, além de valva bicúspide e insuficiência aórtica de grau
importante. Penicilina cristalina e gentamicina foram prontamente prescritas e a paciente
foi submetida à cirurgia de urgência de Bentall e de Bono com endoprótese aórtica. Cultura
de fragmento de válvula positiva para Streptococcus sp, o que motivou manutenção de
antibioticoterapia por quatro semanas. O manejo clínico da paciente se deu através
do controle da frequência cardíaca e da pressão arterial, além de anticoagulação com
marevan objetivando INR entre 2-3. Recebeu alta hospitalar clinicamente estável e com
programação de seguimento ambulatorial especializado no próprio serviço.
CONCLUSÃO: No contexto de um paciente com diagnóstico e abordagem tardios de
dissecção aguda de aorta, e quadro febril intermitente, é importante não negligenciar
a endocardite infecciosa como possível, ainda que rara complicação. O atraso no
diagnóstico e tratamento da dissecção está diretamente relacionado com o quadro
infeccioso em questão, tendo em vista que a paciente não apresenta complicações
locais de endocardite.
Perfil etiológico e evolução hospitalar da endocardite infecciosa em hospitais
terciários: Importância das hemoculturas
FILIPE MARINHO PINHEIRO DA CAMARA, ALEXANDRA RÉGIA DANTAS BRÍGIDO,
FRANCISCO CABRAL DE OLIVEIRA NETO, EPIFANIO SILVINO DO MONTE JUNIOR,
JOSÉ ROBERTO FREIRE DE OLIVEIRA, CESIMAR SEVERIANO DO NASCIMENTO,
GRAZIELASEVERIANO DACOSTA, CAMILAREGINAPEREIRABATISTADE MACEDO,
AMALIA BEATRIZ MARINHO PINHEIRO DA CAMAR e ROSIANE VIANA ZUZA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário
Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL - Hospital Giselda Trigueiro, Natal, RN, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A Endocardite Infecciosa (EI) apesar dos avanços da medicina, mantém
altas taxas de mortalidade, chegando a 20-40% em curto prazo. O diagnóstico é
baseado em manifestações clínicas, ecocardiograma (ECO) e cultura. As hemoculturas
são importantes, pois direcionam o tratamento antimicrobiano. Este estudo teve o
objetivo de identificar os agentes prevalentes nos hospitais de referência, determinar
a taxa de positividades das hemoculturas e o desfecho hospitalar dos indivíduos com
EI. METODOLOGIA: Estudo transversal, observacional, com análise de prontuários
dos indivíduos internados com diagnóstico de EI de Janeiro/99 a Janeiro/15 em dois
hospitais terciários de Natal/RN, com posterior separação em 2 grupos pelo resultado
da hemocultura. RESULTADOS: Dos 181 prontuários alocados, 11 foram reinternações.
Maioria dos pacientes é do sexo masculino (67,4%), procedentes de casa (51,4%), com
idade média de 37,9 anos e internação média de 38,1 dias. Destes, 70,7% tiveram alta,
13,3% foram a óbito e 13,8% transferidos. Hipertensão (30,9%) e doença reumática
(33,1%) foram as comorbidades mais prevalentes. Sopro cardíaco (90,6%), febre
(88,4%) e dispneia (47,5%) foram os achados clínicos mais encontrados. Os ECOs
detectaram vegetações em 68% dos indíviduos, sendo as localizações mais frequentes
válvula/prótese mitral (28,3%) e válvula/prótese aórtica (23,3%). 75,1% dos pacientes
eram considerados de alto risco e 28,2% tinham prótese valvar. Em G1 (hemocultura
positiva), alocou-se 51 (28,2%) casos, idade média de 43,7 anos (p<0,05) e internação
média de 41,94 dias (p=0,19). Em G2 (hemocultura negativa/não realizada), alocou-se
130 (71,8%) casos, com idade média de 35,6 anos e internação média de 36,6 dias.
11,7% em G1 e 13,8% em G2 foram a óbito (p=0,18); 23,5% G1 e 9,2% G2 tinham
doença renal crônica (p<0,05); G2 (52,3%) apresentou mais dispneia do que G1 (35,3%
- p<0,05); 80% G1 e 35,2% G2 apresentavam vegetações (p<0,05); em G1, 31,4%
usaram antibiótico previamente a coleta de hemoculturas e 40% em G2 (p=0,051). O
agente etiológico mais prevalente foi o Sthapylococcus aureus (29,4%). CONCLUSÃO:
A doença acomete indivíduos em idade produtiva com internações prolongadas. O
agente etiológico mais prevalente foi S. aureus. A taxa de hemoculturas negativas ainda
é baixa, possivelmente relacionada ao uso prévio de antibióticos. Houve associação
entre positividade das culturas e presença de vegetações, entretanto, sem diferença
de desfecho entre os grupos.
6
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19
Resumos Temas Livres - Cardiologia
39487 39492
Impacto da Realização De Prova Isquêmica Na Taxa De Readmissão Na Unidade
De Dor Torácica Em Pacientes De Baixo E Moderado Risco
EDUARDO ROQUE, FATIMA CRISTINA MONTEIRO PEDROTI, FERNANDA BENTO
DE OLIVEIRA, MARCOS VIANNA VESCOVI JUNIOR, BIANCA DADALTO, CAROLINA
FREITAS BORLOT, ELIANE MARIA,ANDRE SOUZABRANDÃO eANTENÓRIOAIOLFI
HOSPITAL METROPOLITANO, SERRA, ES, BRASIL.
Objetivo:Avaliar o impacto da realização do teste de esforço na ocorrência de readmissões
em 30 dias por dor torácica em pacientes avaliados como baixo ou intermediário risco
de morte.
Métodos: Avaliamos 506 pacientes em que foi aberto protocolo de dor torácica de
abril à dezembro de 2014. Os dados foram coletados em software desenvolvido na
instituição e os pacientes foram contactados em 30 dias após o atendimento.Analisamos
características basais, antecedentes pessoais, modalidade de apresentação da SCA,
alterações eletrocardiográficas. Os pacientes de alto risco, com dor definitivamente não
anginosa e os casos em que o protocolo foi cancelado foram excluídos. Os pacientes
foram divididos em dois grupos – entre aqueles que realizaram prova isquêmica antes
da alta hopitalar e aqueles em que receberam alta para avaliação functional posterior.
Resultados: Em 98 pacientes foi realizado avaliação isquêmica antes da alta hospitalar
e 408 pacientes receberam alta com orientação para avaliação posterior. No grupo que
fez prova isquemica ainda na internação havia um percentual maior de pacientes com
hipertensão arterial (53% x 35% - p <0,001) , dislipidemia (43% x 26,7% - p <0,05) e
doença do refluxo gastro esofágico (27% x 10,7% - p 0,04). Os pacientes que fizeram
algum avaliçnao de isquemia retornaram ao pronto Socorro em função de dor torácica
em apenas 4% dos casos e os pacientes que receberam alta para reavaliação posterior
retornaram em 29,4%.
Conclusão: Por meio deste registro encontramos um aumento importante da taxa de
readmissões precoces no departamento de emergência para os pacientes que recebem
alta sem avaliação funcional. Esta elevada taxa de readmissão implica em elevados
custos e sobrecarga de serviços de urgência.
Registro De Dor Torácica De Um Hospital do Espirito Santo Usando Diferentes
Escores de Risco
EDUARDO ROQUE, BIANCADADALTO,ANDRE SOUZABRANDÃO, MARCOS VIANNA
VESCOVI JUNIOR, ANTENÓRIO AIOLFI, CAROLINA FREITAS BORLOT, FERNANDA
BENTO DE OLIVEIRA, ELIANE MARIA e FATIMA CRISTINA MONTEIRO PEDROTI
HOSPITAL METROPOLITANO, SERRA, ES, BRASIL.
Objetivo: Descrever as características de pacientes em que foi aberto protocolo de
dor torácica, identificando-se suas caracteristicas básicas e a mortalidade em 30 dias.
Métodos: Avaliamos 1090 pacientes em que foi aberto protocol de dor torácica de
abril à dezembro de 2014. Analisamos características basais, antecedentes pessoais,
modalidade
de apresentação da SCA, medicamentos de uso prévio, TIMI risk e Grace Risk.
Os pacientes foram divididos em grupos conforme a avaliação inicial em baixo
risco de morte(BR-598pacientes), risco intermediário(RI-208pacientes) e alto
risco(AR284pacientes). Resultados: A idade foi significativamente diferente nos 3
grupos, BR(41,9±13,8), RI(53,8±13,6) e AR(58,8±16,4). O percentual de pacientes do
sexo masculino foi respectivamente foi 48%(BR) 52%(RI) e 53% (AR). A prevalência de
HAS foi 30,6%(BR) 72%(RI) e 80%(AR). A Prevalência de DM foi 45,1%(RI) e 27%(AR).
A prevalência de dislipidemia foi foi 14%(BR), 66,3%(RI) e 61,6%(AR). A prevalência
de tabagismo foi 5,8%(BR), 12,5%(RI) e 123%(AR). A prevalência de sedentarismo
foi 39,2%(BR), 70,2%(RI) e 69,3%(AR). O percentual de pacientes em uso de AAS
na apresentação foi 10%(BR), 31,7%(RI) e 41%(AR). Os pacientes do grupo BR foram
classificados de acordo com TIMI (90.7% baixo risco(br), 8% risco intermediário(ri) e
1.3% alto risco(ar)), no grupo RI (35%(br), 61,5%(ri) e 2,5%(ar)) e no grupo AR (17%(br),
38%(ri) e 43%(ar)). Quando classificados com Grace o grupo BR ( 95.8% baixo risco
morte em 30 dias e 4,2% como risco intermediário). No grupo Intermediário
risco (85% com baixo risco e 15% com risco intermediário) e no grupo deAlto risco (baixo
risco 39.6%, intermediário 37.4% e alto risco 23%). A mortalidade em 30 dias foi 0.8%
no grupo de baixo risco, 2,4% no grupo de risco intermediário e 5,2% no grupo de alto
risco. Conclusão: Por meio deste registro apresentamos uma descrição de pacientes
que foram estratificados por dor torácica, avaliando características demográficas com
diferentes métodos de estratificação de risco pelos escores mais usados atualmente. A
mortalidade encontrada encontra-se dentro da esperada pelos registros Internacionais.
39481 39482
Transposição corrigida das grandes artérias associada a Bloqueio AV total, com
apresentação clínica tardia, em homem de 45 anos.
RANNASANTOS PESSOA,ALISON WAGNERAZEVEDO BARROSO, MARLON CESAR
MELO DE SOUZA FILHO, ANTÔNIO FILGUEIRA DE QUEIROZ JÚNIOR, NESTOR
RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO, CESIMAR SEVERIANO DO NASCIMENTO e
FABIO MASTROCOLA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário
Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL.
Introdução: A transposição corrigida das grandes artérias (TCGA) é uma forma de
doença cardíaca rara, sendo responsável por 0,5-1,4% das cardiopatias congênitas.
É caracterizada pela discordância atrioventricular e entriculoarterial simultâneas.
Os átrios estão normoposicionados, mas o átrio direito (AD) drena para o ventrículo
esquerdo morfológico, mas que se encontra à direita e que ejeta o sangue para a
circulação pulmonar, já o átrio esquerdo drena para o ventrículo direito morfológico
(VD) que encontra-se à esquerda e ejeta para a circulação sistêmica. Geralmente está
associada a outros defeitos cardíacos como no septo ventricular, das valvas e bloqueio
átrio ventricular total (BAVT).
Relato do caso: Homem 45 anos, sem comorbidades prévias conhecidas, com história de
dispneia progressiva há 3 anos até ortopnéia, tosse seca e edema de membros inferiores,
momento em que foi admitido no hospital com diagnóstico de Insuficiência Cardíaca
descompensada. Ausculta cardíaca com B2 hiperfonética em Foco Tricúspide(FT),
sopro sistólico em foco mitral, FT e pulmonar, pressão arterial 100x60mmHg. Sinais de
congestão hepática e pulmonar. Edema de membros inferiores. Eletrocardiograma com
BAVT com escape de QRS estreito. Ecocardiograma mostrou TCGA com VD sistêmico
aumentado, apresentando disfunção sistólica global e insuficiência tricúspide importantes.
Angiotomografia de tórax com aumento de área cardíaca, arco aórtico à direita e agenesia
ou obstrução antiga do segmento proximal da artéria subclávia esquerda. Evoluiu com
melhora após tratamento com Furosemida e Espironolactona Submetido a implante de
marca-passo bicameral (eletrodos em AD e no Ventriculo à direita) com compensação
do quadro. Seguiu ambulatorialmente, assintomático, em uso de Enalapril e Carvedilol,
mantendo-se em classe funcional I.
Conclusões: A sobrevida de pacientes com TGGA é rara especialmente acima dos 50
anos (30%), tanto pela sobrecarga instalada no VD ao longo dos anos como pelas demais
alterações cardíacas que podem estar associadas, ausentes neste caso. A ocorrência
de arritmias, incluindo BAVT, é um dos fatores de piora clínica e óbito nestes pacientes,
e está associada ao deslocamento do nó atrioventricular da posição habitual; ou ainda
à fibrose do sistema de condução. Descrevemos o caso de uma cardiopatia congênita
rara com diagnóstico tardio, por insuficiência cardíaca e BAVT, em que poucos pacientes
sobrevivem a essa idade.
Dupla Câmara De Ventrículo Direito Isolada: Relato De Caso
GISELE CORREIA PACHECO LEITE, RANNA SANTOS PESSOA, RAFAEL BRUNO
DIAS DE MEDEIROS DANTAS, RICARDO DOUGLAS SANTOS DE FREITAS, MARLON
CESAR MELO DE SOUZAFILHO, FELLIPE LIMANOBRE DE QUEIROZ e RUIALBERTO
DE FARIA FILHO
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário
Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL.
Introdução: A estenose pulmonar (EP) corresponde a cerca de 10% das cardiopatias
congênitas. Pode se apresentar isolada ou associada a obstruções em nível infundibular
e medioventricular. Neste último caso, caracteriza uma variação denominada Dupla
Câmara de Ventrículo Direito (DCVD), cujo tratamento é cirúrgico e tem associação com
Comunicação Interventricular (CIV) em 80-90% dos casos.
Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, de 05 anos de idade, em investigação
para síndrome genética, assintomática, comparece ao serviço da cardiologia pediátrica
com ecocardiograma realizado em 2011, evidenciando estenose de valva pulmonar com
gradiente máximo de 20 mmHg, sem repercussão, e possibilidade de CIV. No seguimento,
ecocardiograma realizado em 2013 evidenciou EP infundíbulo valvar leve (gradiente de
16 mmHg) e imagem sugestiva de DCVD e CIV. Solicitado Angiotomografia Cardíaca,
afastado a CIV e confirmado a DCVD isolada. Fez-se orientação sobre a terapêutica e
o seguimento.Atualmente a paciente encontra-se assintomática e em acompanhamento
multidisciplinar.
Conclusões: O ecocardiograma e a Angiotomografia cardíaca são exames de grande
valia no diagnóstico da DCVD, principalmente em termos de diagnóstico diferencial,
pois no ecocardiograma pode-se confundir o jato sistólico da CIV com aquele da
banda muscular anômala da DCVD, levando a não diagnóstico da DCVD. Os exames
definidores do diagnóstico dessa cardiopatia são peça chave no estabelecimento de
sua conduta e seguimento.
7
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19
Resumos Temas Livres - Cardiologia
3950039497
Frequência cardíaca de recuperação e qualidade de vida em pacientes com
insuficiência cardíaca
LUCIANA BATISTA SANTOS, LAYANA MARQUES DE OLIVEIRA, GENTIL GOMES DA
FONSECA FILHO, RUDOLFO HUMMEL GURGEL VIEIRA, IVAN DANIEL BEZERRA
NOGUEIRA e PATRICIA A. M. S. NOGUEIRA
UFRN, natal, RN, BRASIL.
Introdução: A recuperação da frequência cardíaca (RFC) tem sido apontada como uma
ferramenta valiosa na avaliação da resposta vagal pós-exercício, sendo relacionada
com o prognóstico do paciente. No entanto, a literatura carece de pesquisas a respeito
da RFC e qualidade de vida.
Objetivo:Correlacionar a RFC com a qualidade de vida de pacientes com insuficiência
cardíaca submetidos ao teste da caminhada de seis minutos (TC6M).
Materiais e Métodos: O presente estudo trata-se de um estudo observacional do tipo
analítico transversal, onde os pacientes eram submetidos a dois TC6M e respondiam ao
questionário de qualidade de vida Minnesota. Os TC6M foram desenvolvidos de acordo
com a recomendação da American ThoracicSociety. O questionário de Minnesota é
composto por x questões, com escores variando de 1 a 5, em que 1 representa a melhor
qualidade de vida e 5 a pior.ARFC foi realizada subtraindo-se a frequência cardíaca (FC)
imediatamente ao final do TC6M e a FC após o 1º e o 2º minuto pós TC6M.
Análise Estatística: Para a análise estatísica utilizou-se o programa SPSS versão 20.0.
Os resultados foram expressos em média e desvio-padrão. Empregou-se o teste de
correlação de Pearson para as correlações entre RFC e qualidade de vida, com nível
de significância inferior à 5% e intervalo de confiança de 95%.
Resultados: A amostra foi composta por 25 pacientes (60,2 ± 16,2 anos). Verificou-se
correlação entre o Minnesota e a RFC no 1º e 2º TC6M (r=-0,3, p=0,1 e r=-0.5, p=0,02*;
respectivamente). Houve ainda correlação entre RFC e distância percorrida no TC6M
no 1º e 2º teste (r=0,5, p=0,02* e r=0,3, p=0,1; respectivamente).
Conclusão: Os resultados evidenciaram relação entre a RFC e a qualidade de vida, quanto
maior a RFC melhor a qualidade de vida. Evidenciaram ainda associação entre a distância
percorrida no TC6M e a RFC, quanto maior a distância percorrida no TC6M maior a RFC.
Coarctação da Aorta fetal com repercussão hemodinâmica: Shelf Aórtico neonatal
GISELE CORREIA PACHECO LEITE, TASSILA GOMES MAIA, BEATRIZ FERREIRA
DIAS XAVIER, ALINE GOBETT CARDOSO FELICIANO, KAIO CESAR AMARAL
NOGUEIRA E SILVA, PEDRO HENRIQUE MIRANDA CAMPOS e NATHÁLIA MARTINS
ALVES
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Maternidade Escola
Januário Cicco, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes , Natal, RN,
BRASIL.
Introdução: A coarctação da aorta (CoAo) no período neonatal pode ter mortalidade
significativa, especialmente se houver lesões intracardíacas associadas. O diagnóstico
fetal é difícil, sendo chamado de “calcanhar de Aquiles” da ecocardiografia fetal (ECOF),
especialmente nos casos menos graves. Apenas uma pequena proporção relativa dos
casos detectados no feto podem ser tipo CoAo shelf , apresentada como baixo risco
para CoAo na infância tardia. Descrição do caso: Gestante de 15 anos de idade, peso
44 kg, estatura 1,46 m, hospitalizada em Maternidade pública de referência devido
apresentar dor em baixo ventre e exames ultrassonográficos evidenciarem oligoâmnio
e cardiomegalia. Encaminhada para ECOF com 35 semanas e 03 dias de idade
gestacional (IG). O exame foi realizado com grande dificuldade técnica, estando a
gestante apresentando contrações abdominais, revelando apenas a cardiomegalia, com
aumento do diâmetro da artéria pulmonar e golf ball. Orientado controle ecocardiográfico
que ocorreu 7 dias após, evidenciando CoAo com importante repercussão hemodinâmica,
cardiomegalia com aumento de câmaras cardíacas direitas, dilatação de artéria pulmonar
e aorta descendente, hipertrofia ventricular direita, ducto arterioso com fluxo turbulento
e aumento da velocidade sistólica, e lâmina pericárdica. Houve interrupção da gestação
no dia seguinte, devido ultrassom obstétrico evidenciar oligoâmnio severo. O neonato
pesou 1,880 kg, apresentou APGAR 8/9 e dispneia leve. Ecocardiograma no 2° dia de
vida evidenciou: Shelf Aórtico, com fluxo anterógrado laminar na aorta descendente,
sem ocasionar gradiente local; forame oval patente; dilatação de átrio direito, aumento
e hipertrofia ventricular direita, insuficiência mitral mínima e função sistólica e diastólica
biventricular preservada. Evoluiu com icterícia (2+/4+), tendo sido submetido à fototerapia
no 3° dia de vida. Recebeu alta hospitalar no 7° dia de vida, em excelentes condições
clínicas, sendo orientado segmento na pediatria geral e na cardiologia pediátrica.
Conclusões: A CoAo permanece como diagnóstico difícil no pré-natal, principalmente
em suas formas leves, como no caso relatado. O diagnóstico precoce é fundamental
para programação clínica e terapêutica e influência positiva no prognóstico do paciente.
Mesmo nas formas brandas, como o shelf, orienta-se seguimento ecocardiográfico, pois
alguns casos podem evoluir para CoAo na fase adulta.
39495 39496
Dextrocardia, Situs Inversus Cardíaco e Abdominal, e Transposição Corrigida Das
Grandes Artérias: diagnóstico por imagem de dardiopatia complexa
GISELE CORREIA PACHECO LEITE, LEANY FARIAS DE MEDEIROS, RAFAEL
BRUNO DIAS DE MEDEIROS DANTAS, LUCIANA MEDEIROS BEZERRA DE MELO,
RUI ALBERTO DE FARIA FILHO e ITAMAR RIBEIRO DE OLIVEIRA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário
Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL.
Introdução: A incidência da dextrocardia associada a situs inversus (SI) na população
em geral é de 1:10.000 em nascidos vivos e de somente 1:900.000 na população
adulta. A transposição corrigida das grandes artérias (TCGA) é uma malformação
cardíaca rara, com incidência anual de cerca de 1/33.000 nascidos-vivos, representando
aproximadamente 0,05% das malformações cardíacas congênitas. Descrição do caso:
Paciente com um ano e nove meses de idade, tendo diagnóstico prévio de Dupla Via de
Saída do Ventrículo direito + Situs solitus em dextroposição, foi admitido em unidade de
terapia intensiva (UTI) em instabilidade hemodinâmica, taquicárdico (FC=160 bpm), com
cianose importante (Sat O2 = 30%), desidratação grave, hiporreatividade e sonolência.
Diagnosticado infecção respiratória e gastrointestinal, recebeu cuidados intensivos,
com posterior estabilidade hemodinâmica. Realizado Ecocardiograma e evidenciado
SI abdominal, SI cardíaco com levocardia, Comunicação Interatrial Tipo Seio Venoso
Superior ampla, Comunicação Interventricular de via de Entrada ampla,Atresia Pulmonar
com os grandes vasos da base em transposição, Canal arterial patente amplo e disfunção
biventricular. Diagnóstico confirmado por exame tomográfico. Evoluiu com melhora clínica
com a antibioticoterapia, chegando a ter Sat O2 de 89%. Repetido Ecocardiograma, após
14 dias da hospitalização, evidenciado melhora da contratilidade e dinâmica cardíaca,
e ausência de sinais de endocardite. O lactente evoluiu com picos febris e cianose
importante (Sat O2 de 30-35%), sendo encaminhado para hemodinâmica. Identificado
estenose grave no local de anastomose do Canal Arterial com a artéria pulmonar,
sendo implantado stent neste local, com melhora significativa (saturação periférica
final 70%). Houve persistência da febre e aparecimento de rash cutâneo eritematoso
difuso. Exames laboratoriais e sorologias aventaram possibilidade de quadro viral.
Recebeu suporte medicamentoso, recebendo alta hospitalar no 6º dia pós-implante de
stent, com significativa melhora clínica. Conclusão: Relata-se caso raro de associação
de cardiopatias incomuns, diagnosticadas por exames de imagens não invasivos, que
permitiu adequado manejo terapêutico, melhorando o prognóstico do paciente.
Eficácia do Protocolo de Prevenção de Nefropatia Em Pacientes Submetidos a
Cineroronarioangiografia
EDUARDO ROQUE, BIANCA DADALTO, ANDRE SOUZA BRANDÃO, FERNANDA
BENTO DE OLIVEIRA, CAROLINA FREITAS BORLOT, ELIANE MARIA, MARCOS
VIANNA VESCOVI JUNIOR, ANTENÓRIO AIOLFI e FATIMA CRISTINA MONTEIRO
PEDROTI
HOSPITAL METROPOLITANO, SERRA, ES, BRASIL.
CENARIO:Aocorrência de lesão renal aguda implica em piora importante do prognóstico
em pacientes submetidos a exames contrastados. Objetivo:Avaliar a eficácia de protocolo
de prevenção para nefropatia por contraste em diminuir a ocorrência de lesão renal aguda
e necessidade de hemodiálise. Métodos: Estudo coorte, com dados coletados no banco
de dados da instituição, onde avaliamos a eficácia de protocolo de prevenção para
nefropatia por contraste em diminuir a ocorrência de lesão renal aguda e necessidade
de hemodiálise. O protocolo avalia o risco de lesão renal aguda e preconiza a infusão de
solução de 150ml de bicarbonato de sódio a 8,4% diluídos em 850ml de água destilada
nos pacientes de risco intermediário ou maior. Usa-se 3ml/kg 1 hora, da solução
bicarbonatada, antes do procedimento e manutenção 1ml/kg/h até o término da infusão.
Nós avaliamos 416 pacientes entre junho 2011 e dezembro de 2013. Os pacientes foram
classificados como risco baixo (206), intermediário (117), alto (52) e muito alto (41) de
desenvolver lesão renal aguda. Os dados analisados são de exames para diagnóstico e
terapêuticos. Foi analisado a creatinina no dia do procedimento e 48h depois.
Resultados: A incidência de lesão renal aguda era esperada em 69 pacientes e ocorreu
em 14 pacientes (p<0,0001) e necessidade de hemodiálise esperava-se em 9 pacientes
e ocorreu em 2 casos (p<0,0001). Conclusão: O protocolo de prevenção de nefropatia
com solução usando bicarbonato de sódio a 8,4% foi efetivo em reduzir a ocorrência
esperada de lesão renal aguda e hemodiálise.
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Anais congresso norte riograndense cardio 2015
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Anais congresso norte riograndense cardio 2015

  • 1. Resumo das Comunicações XVIII CONGRESSO NORTERIOGRANDENSE DE CARDIOLOGIA Natal - RN www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 105, Nº 3, Suplemento 2, Setembro 2015
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  • 3. Conselho Editorial Brasil Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior (GO) Alfredo José Mansur (SP) Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho (ES) Amanda G. M. R. Sousa (SP) Ana Clara Tude Rodrigues (SP) André Labrunie (PR) Andrei Sposito (SP) Angelo A. V. de Paola (SP) Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP) Antonio Carlos C. Carvalho (SP) Antônio Carlos Palandri Chagas (SP) Antonio Carlos Pereira Barretto (SP) Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ) Antonio de Padua Mansur (SP) Ari Timerman (SP) Armênio Costa Guimarães (BA) Ayrton Pires Brandão (RJ) Beatriz Matsubara (SP) Brivaldo Markman Filho (PE) Bruno Caramelli (SP) Carisi A. Polanczyk (RS) Carlos Eduardo Rochitte (SP) Carlos Eduardo Suaide Silva (SP) Carlos Vicente Serrano Júnior (SP) Celso Amodeo (SP) Charles Mady (SP) Claudio Gil Soares de Araujo (RJ) Cláudio Tinoco Mesquita (RJ) Cleonice Carvalho C. Mota (MG) Clerio Francisco de Azevedo Filho (RJ) Dalton Bertolim Précoma (PR) Dário C. Sobral Filho (PE) Décio Mion Junior (SP) Denilson Campos de Albuquerque (RJ) Djair Brindeiro Filho (PE) Domingo M. Braile (SP) Edmar Atik (SP) Emilio Hideyuki Moriguchi (RS) Enio Buffolo (SP) Eulógio E. Martinez Filho (SP) Evandro Tinoco Mesquita (RJ) Expedito E. Ribeiro da Silva (SP) Fábio Vilas-Boas (BA) Fernando Bacal (SP) Flávio D. Fuchs (RS) Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP) Gilson Soares Feitosa (BA) Glaucia Maria M. de Oliveira (RJ) Hans Fernando R. Dohmann (RJ) Humberto Villacorta Junior (RJ) Ínes Lessa (BA) Iran Castro (RS) Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP) João Pimenta (SP) Jorge Ilha Guimarães (RS) José Antonio Franchini Ramires (SP) José Augusto Soares Barreto Filho (SE) José Carlos Nicolau (SP) José Lázaro de Andrade (SP) José Péricles Esteves (BA) Leonardo A. M. Zornoff (SP) Leopoldo Soares Piegas (SP) Lucia Campos Pellanda (RS) Luís Eduardo Rohde (RS) Luís Cláudio Lemos Correia (BA) Luiz A. Machado César (SP) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Marcia Melo Barbosa (MG) Maria da Consolação V. Moreira (MG) Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC) Maurício I. Scanavacca (SP) Max Grinberg (SP) Michel Batlouni (SP) Murilo Foppa (RS) Nadine O. Clausell (RS) Orlando Campos Filho (SP) Otávio Rizzi Coelho (SP) Otoni Moreira Gomes (MG) Paulo Andrade Lotufo (SP) Paulo Cesar B. V. Jardim (GO) Paulo J. F. Tucci (SP) Paulo R. A. Caramori (RS) Paulo Roberto B. Évora (SP) Paulo Roberto S. Brofman (PR) Pedro A. Lemos (SP) Protásio Lemos da Luz (SP) Reinaldo B. Bestetti (SP) Renato A. K. Kalil (RS) Ricardo Stein (RS) Salvador Rassi (GO) Sandra da Silva Mattos (PE) Sandra Fuchs (RS) Sergio Timerman (SP) Silvio Henrique Barberato (PR) Tales de Carvalho (SC) Vera D. Aiello (SP) Walter José Gomes (SP) Weimar K. S. B. de Souza (GO) William Azem Chalela (SP) Wilson Mathias Junior (SP) Exterior Adelino F. Leite-Moreira (Portugal) Alan Maisel (Estados Unidos) Aldo P. Maggioni (Itália) Cândida Fonseca (Portugal) Fausto Pinto (Portugal) Hugo Grancelli (Argentina) James de Lemos (Estados Unidos) João A. Lima (Estados Unidos) John G. F. Cleland (Inglaterra) Maria Pilar Tornos (Espanha) Pedro Brugada (Bélgica) Peter A. McCullough (Estados Unidos) Peter Libby (Estados Unidos) Piero Anversa (Itália) Diretora Científica Maria da Consolação V. Moreira Editor-Chefe Luiz Felipe P. Moreira Editores Associados Cardiologia Clínica José Augusto Barreto-Filho Cardiologia Cirúrgica Paulo Roberto B. Evora Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos Cardiologia Pediátrica/Congênitas Antonio Augusto Lopes Arritmias/Marcapasso Mauricio Scanavacca Métodos Diagnósticos Não-Invasivos Carlos E. Rochitte Pesquisa Básica ou Experimental Leonardo A. M. Zornoff Epidemiologia/Estatística Lucia Campos Pellanda Hipertensão Arterial Paulo Cesar B. V. Jardim Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein Primeiro Editor (1948-1953) † Jairo Ramos REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948www.arquivosonline.com.br
  • 4. Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos Sociedade Brasileira de Cardiologia Presidente Angelo Amato V. de Paola Vice-Presidente Sergio Tavares Montenegro Presidente-Eleito Marcus Vinícius Bolívar Malachias Diretor Financeiro Jacob Atié Diretora Científica Maria da Consolação V. Moreira Diretor Administrativo Emilio Cesar Zilli Diretor de Qualidade Assistencial Pedro Ferreira de Albuquerque Diretor de Comunicação Maurício Batista Nunes Diretor de Tecnologia da Informação José Carlos Moura Jorge Diretor de Relações Governamentais Luiz César Nazário Scala Diretor de Relações com Estaduais e Regionais Abrahão Afiune Neto Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular – SBC/Funcor Carlos Costa Magalhães Diretor de Departamentos Especializados Jorge Eduardo Assef Diretora de Pesquisa Fernanda Marciano Consolim Colombo Editor-Chefe dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia Luiz Felipe P. Moreira Assessoria Especial da Presidência Fábio Sândoli de Brito Governador - ACC Brazil Chapter Antonio Carlos de Camargo Carvalho Coordenadorias Adjuntas Editoria do Jornal SBC Nabil Ghorayeb e Fernando Antonio Lucchese Coordenadoria de Educação Continuada Estêvão Lanna Figueiredo Coordenadoria de Normatizações e Diretrizes Luiz Carlos Bodanese Coordenadoria de Integração Governamental Edna Maria Marques de Oliveira Coordenadoria de Integração Regional José Luis Aziz Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais SBC/AL - Carlos Alberto Ramos Macias SBC/AM - Simão Gonçalves Maduro SBC/BA - Mario de Seixas Rocha SBC/CE - Ana Lucia de Sá Leitão Ramos SBC/CO - Frederico Somaio Neto SBC/DF - Wagner Pires de Oliveira Junior SBC/ES - Marcio Augusto Silva SBC/GO - Thiago de Souza Veiga Jardim SBC/MA - Nilton Santana de Oliveira SBC/MG - Odilon Gariglio Alvarenga de Freitas SBC/MS - Mércule Pedro Paulista Cavalcante SBC/MT - Julio César de Oliveira SBC/NNE - Jose Itamar Abreu Costa SBC/PA - Luiz Alberto Rolla Maneschy SBC/PB - Helman Campos Martins SBC/PE - Catarina Vasconcelos Cavalcanti SBC/PI - João Francisco de Sousa SBC/PR - Osni Moreira Filho SBC/RJ - Olga Ferreira de Souza SBC/RN - Rui Alberto de Faria Filho SBC/RO - João Roberto Gemelli SBC/RS - Carisi Anne Polanczyk SBC/SC - Marcos Venício Garcia Joaquim SBC/SE - Fabio Serra Silveira SBC/SP - Francisco Antonio Helfenstein Fonseca SBC/TO - Hueverson Junqueira Neves SBC/DA - José Rocha Faria Neto SBC/DECAGE - Josmar de Castro Alves SBC/DCC - José Carlos Nicolau SBC/DCM - Maria Alayde Mendonça da Silva SBC/DCC/CP - Isabel Cristina Britto Guimarães SBC/DIC - Arnaldo Rabischoffsky SBC/DERC - Nabil Ghorayeb SBC/DFCVR - Ricardo Adala Benfatti SBC/DHA - Luiz Aparecido Bortolotto SOBRAC - Luiz Pereira de Magalhães SBCCV - Marcelo Matos Cascudo SBHCI - Hélio Roque Figueira SBC/DEIC - Dirceu Rodrigues Almeida GERTC - Clerio Francisco de Azevedo Filho GAPO - Danielle Menosi Gualandro GEECG - Joel Alves Pinho Filho GEECABE - Mario Sergio S. de Azeredo Coutinho GECETI - Gilson Soares Feitosa Filho GEMCA - Álvaro Avezum Junior GECC - Mauricio Wajngarten GECHOSP - Evandro Tinoco Mesquita GECO - Roberto Kalil Filho GECIP - Gisela Martina Bohns Meyer GECESP - Ricardo Stein GECN - Ronaldo de Souza Leão Lima GERCPM - Artur Haddad Herdy GETAC - João David de Souza Neto GEMIC - Félix José Alvarez Ramires GEICPED - Estela Azeka
  • 5. Volume 105, Nº 3, Suplemento 2, Setembro 2015 Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da SBC. Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, "a propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)". Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço: www.arquivosonline.com.br. Av. Marechal Câmara, 160 - 3º andar - Sala 330 20020-907 • Centro • Rio de Janeiro, RJ • Brasil Tel.: (21) 3478-2700 E-mail: arquivos@cardiol.br www.arquivosonline.com.br SciELO: www.scielo.br Arquivos Brasileiros de Cardiologia Departamento Comercial Telefone: (11) 3411-5500 e-mail: comercialsp@cardiol.br Produção Editorial SBC - Tecnologia da Informação e Comunicação Núcleo Interno de Publicações Produção Gráfica e Diagramação SBC - Tecnologia da Informação e Comunicação Núcleo Interno de Design
  • 6. XVIII CONGRESSO NORTERIOGRANDENSE DE CARDIOLOGIA NATAL - RN Resumo das Comunicações
  • 7. Caros Colegas ÉcomimensoorgulhoqueestamospublicandoosAnaisdoXVIIICongressoNorteoriograndense de Cardiologia, um evento científico multidisciplinar, realizado em conjunto com as Jornadas de Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição. O Congresso ocorreu na cidade de Natal, no Hotel Parque da Costeira nos dias 10 e 11 de abril de 2015 e foi um tremendo sucesso, com recorde de participantes, aproximadamente 600 inscritos e com aulas primorosas de grandes nomes locais e expoentes da cardiologia brasileira, enfatizando o tema a Prática Clínica Baseada em Evidencias. Foi uma oportunidade excepcional para aprimorar os conhecimentos na área da cardiologia, com grande interação entre palestrantes e congressistas, com auditórios cheios até o final do evento, que terminou com a animada gincana de perguntas e respostas, com o sorteio de vários brindes. O estímulo ao desenvolvimento científico local foi um dos pilares do evento, com atenção especial dada aos temas livres, que estão a cada evento melhorando de qualidade, e neste ano foram escolhidos os 5 melhores trabalhos da área médica e os 3 melhores relatos de caso para apresentação oral, com premiação para os primeiros lugares. Também foram premiados os melhores trabalhos de Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição e Educação física. Agradecemos a participação de todos, especialmente aqueles que enviaram os temas livres, com casos interessantes e trabalhos valiosos, que possibilitaram engradecer o evento e contribuir para o fortalecimento da cardiologia potiguar. Um grande Abraço. Fabio Mastrocola Presidente do Congresso
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  • 9. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19 Resumos Temas Livres - Cardiologia 3895438927 Evolução da satisfação sexual na qualidade de vida de pacientes acompanhados em um serviço de referência em Insuficiência Cardíaca do Nordeste do Brasil RANNA SANTOS PESSOA, LUANA LOPES DE MEDEIROS, DANIEL FERNANDES MELLO DE OLIVEIRA, VITOR TAVARES PAULA, ILAMARIAFERREIRABENDASSOLLI, MARIA FERNANDA DE OLIVEIRA CARVALHO e ROSIANE VIANA ZUZA Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL. Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença crônica, capaz de afetar o indivíduo em diversos aspectos de sua vida. A dimensão sexual, muitas vezes ignorada pelas equipes de saúde, repercute diretamente na qualidade de vida dos pacientes com IC. Estudos recentes demonstram que os pacientes e seus parceiros carecem de informações sobre sexualidade e que os profissionais de saúde devem esclarecê-los sobre o assunto3. Avaliar essa dimensão é, portanto, parte fundamental do tratamento integral da IC. Assim, este estudo tem por objetivo analisar a evolução da qualidade de vida (QV) de pacientes com IC e seu impacto na satisfação sexual. Métodos: Trata-se de estudo observacional, longitudinal e descritivo envolvendo 45 pacientes acompanhados no Ambulatório Interprofissional de Insuficiência Cardíaca (AMIIC), de abril/2011 a abril/2014. O diagnóstico da IC foi feito pelos critérios de Boston e a QV avaliada pelo Minnesota Living with Hearting Failure Questionnaire (MLHFQ) no início do acompanhamento e a cada 3 meses, com um seguimento de 6 meses. Foi analisado, além do escore total, o escore referente ao impacto da IC nas relações sexuais (item 10) na consulta inicial (C1), após 3 meses (C3) e após 6 meses de C1 (C6). Resultados: A idade média dos 45 pacientes foi 51±12 anos, sendo 62% homens e 38% mulheres. Houve melhora da QV ao longo do seguimento, sendo a mediana dos escores totais 43, 29 e 19, em C1, C3 e C6, respectivamente. De forma global, o desempenho sexual não foi importante na piora da QV destes pacientes (medianas 0, 0 e 0 em C1, C3 e C6). Entretanto, a análise do desempenho sexual de acordo com o gênero mostrou que as medianas dos escores para o sexo feminino foram menores durante o seguimento (3, 0 e 0 e 0, 0 e 0 para o sexo feminino e masculino, em C1, C3 e C6, respectivamente). Conclusões: Observa-se melhora da QV de pacientes acompanhados em serviço terciário especializado em IC. O desempenho sexual afeta negativamente a QV das mulheres, havendo melhora deste aspecto ao longo do seguimento. Os resultados demonstram a necessidade da implementação de estratégias para abordar e trabalhar a sexualidade dos pacientes, visando a otimizar sua qualidade de vida. Desenvolvimento de amplificador de sinais bioelétricos de baixo custo para ensino e uso clínico em eletrocardiografia GEISIELLY C A FERNANDES, CLAUDIO M T QUEIROZ, ALEXANDRE F S QUEIROZ, GEORGE C D NASCIMENTO e BRUNO L SOARES Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL. Introdução:.Apesar de já consagrado, o eletrocardiograma (ECG) não é um exame de fácil interpretação. Na prática, muitos profissionais sentem-se pouco à vontade para proceder a leitura dos ECGs ou deparam-se com exames sem laudos. É de grande relevância, pois, melhorar a formação e capacitação para a melhor utilização desse recurso. O ensino prático dos princípios do eletrocardiograma e eletrofisiologia durante a graduação na área da saúde enfrenta dificuldades no país, devido a precariedade da infraestrutura de laboratórios e a dificuldade em se elaborar um material didático interessante e de qualidade considerando a dificuldade da técnica. A partir desta realidade e na busca de uma alternativa metodológica mais interessante que possa ser utilizada desde o ensino médio até a pós-graduação, pesquisadores da UFRN desenvolveram um amplificador de sinais bioelétricos, o Sistema de Processamento de Sinais Eletrofisiologicos (SPIX). O SPIX apresenta um baixíssimo custo de peças (menos de 100 reais) e trata-se de um sistema de fácil operação, capaz de captar dados de ECG, EEG e EMG, além de potenciais de ação de células isoladas. Além disso, está associado a um software de plataforma aberta (AUDACITY) para gravação de áudio, gratuito e disponível na internet. Métodos:. O SPIX possui dois canais, que são ligados em um plug de áudio do tipo P2. O cabo P2 liga-se a um notebook ligado na bateria fora da tomada elétrica. A interface no programa AUDACITY permite identificar a onda P, o complexo QRS e a onda T do traçado de ECG, além de detectar variações no ritmos cardíacos. Com isso , propusemo-nos a testar o registro do sinal das 12 derivações típicas do exame para uso didático e clínico. Resultados: Com o sistema SPIX, pode –se observar que o sinal foi satisfatorio para as derivações bipolares, monopolares e precordiais para uso didático. Diversas práticas e oficinas de biofísica e fisiologia já foram realizadas, evidenciando os sinais eletrocardiológicos com a ferramenta. Conclusões: Com o SPIX, temos conseguido difundir os conceitos de eletrofisiologia, bem como democratizar o ensino dos princípios básicos do eletrocardiograma para a comunidade acadêmica nas áreas de Saúde, Engenharia e Ciências Biológicas. O próximo passo será a sua validação para diagnósticos clínicos básicos, tendo em vista o seu uso potencial para além do meio acadêmico, com foco em locais de atendimento em saúde com recursos limitados. Análise no balanço autonômico cardíaco de mulheres saudáveis submetidas à estimulação elétrica nervosa transcutânea PRISCILLA P F COSTA, EDMILSON G S JUNIOR, POLYANA F F LOPES, ISABELA D O PIMENTEL, CYNTHIA S S SILVA, GLEIDSON M REBOUAS e ANGELO A P D NASCIMENTO Centro Universitário do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL. INTRODUÇÃO: A Variabilidade da Frequência Cardíaca descreve as oscilações dos intervalos entre batimentos cardíacos consecutivos (intervalos R-R) que estão relacionadas às influências do SNA sobre o nódulo sinusal, que pode ser utilizada para identificar fenômenos relacionados ao SNA em indivíduos saudáveis, atletas e portadores de doenças. A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) é um dos recursos terapêuticos utilizado por fisioterapeutas principalmente para fins analgésicos, com seu funcionamento baseado na geração de impulsos elétricos para o complexo neuromuscular, utilizando-se de uma intensidade muito baixa. Nesse contexto o objetivo desta pesquisa foi analisar as alterações no balanço autonômico através da variabilidade da frequência cardíaca em mulheres saudáveis submetidas à eletroterapia com o uso do TENS. METODOLOGIA: A amostra consistiu em oito mulheres com idade entre 20 e 23 anos e estatura entre 1,62 e 1,70m. Foram submetidas ao TENS convencional por um período de 20 minutos e durante esse período a VFC foi investigada através de um cardiofrequencímetro da marca POLAR® RS800CX fixado ao tórax dos indivíduos durante a sessão de fisioterapia. O procedimento ocorreu no setor de fisioterapia respiratória das Clínicas Integradas do UNI-RN. Os dados foram analisados utilizando- se de estatística descritiva com medidas de tendência central e de dispersão (média e desvio padrão) e estatística inferencial através de uma GLM (General Linear Models) para medidas repetidas a um único fator. RESULTADOS: Os valores dos índices da VFC tais como VLF (very low frequency), LF (Low Frequency) e HF (High Frequency) apresentaram diferenças significativas principalmente entre o período de repouso e logo após início da aplicação.Observou-se que a eletroestimulação causou alteração na modulação autonômica com diminuição da atividade simpática e aumento da atividade parassimpática de forma aguda, não sendo esta configuração mantida pelos minutos subsequentes. CONCLUSÃO:Aeletroestimulação causou alterações no sistema nervoso autonômico que podem estar relacionadas com a diminuição dos processos dolorosos, mas nesta amostra de sujeitos clinicamente saudáveis a resposta de biofeedback restaurou os padrões de normalidade como medida de manutenção da homeostasia. Palavras-Chave: Eletroterapia;Sistema Nervoso Autônomo;Frequência Cardíaca. 3890438872 Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendidos em ambulatório de Pediatria Geral e Puericultura LUIZ GONZAGADE OLIVEIRAJUNIOR, MÔNICALARISSAPADILHAHONÓRIO, JOSE ECIO BATISTA ROSADO JUNIOR, RENATA ARAUJO DE LUCENA e LEONARDO MOURA FERREIRA DE SOUZA UFRN, Natal, RN, BRASIL. Introdução: as Cardiopatias Congênitas (CC) são responsáveis por 20% da mortalidade em crianças de países desenvolvidos; no Brasil, correspondem a 19% em menores de 1 ano, perfazendo a segunda causa de óbito nessa faixa etária e a principal causa mortis entre as malformações congênitas. Associa-se às CC, alta taxa de Malformações Extra-cardíacas (ME), de 7 a 50%, com significativo impacto na morbimortalidade. Diante disso, esse estudo visa a obter o perfil dos pacientes com CC atendidos em Ambulatório de Pediatria Geral e Puericultura da Unidade de Atenção a Criança e ao Adolescente, Hospital Universitário Onofre Lopes, estabelecendo os principais tipos CC, avaliar presença de ME e características gestacionais dos pacientes. Metodologia: estudo transversal incluindo todos os pacientes (n=10) com CC acompanhados pelo serviço no período de 09/2013 a 09/2014. Foram revisados os prontuários, obtendo as variáveis: sexo, idade, tipo de cardiopatia, ME, peso ao nascer e idade gestacional. Todos os participantes tiveram confirmação diagnóstica por meio da realização de ecocardiograma. A análise estatística foi feita por medidas de médias aritmética e desvio-padrão. Resultados: da amostra, 40% dos pacientes eram do sexo masculino, a média de idade foi de 7,29 anos ± 5,62 anos (4 meses a 18 anos). 95% das CC eram acianóticas. Foram identificadas 10 tipos de CC, sendo a comunicação interventricular a mais frequente, presente em 35% dos casos. ME foram encontradas em 50% dos pacientes, tanto isoladas como fazendo parte de síndromes, das quais a fissura labiopalatina foi a mais prevalente, em quase um quarto da amostra. 20% dos pacientes são portadores de síndromes confirmadas geneticamente, apresentando atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e prematuridade; 10% apresentou puberdade precoce; 30% apresentou baixo peso ao nascer (<2.500g). Verificou-se também uma associação direta entre CC, menor idade gestacional e prematuridade, presentes na maioria dos casos com ME. Além disso, o achado de ME em 50% da amostra é compatível com dados da literatura. Conclusão: ME são frequentes em CC e estão geralmente ligadas à síndromes genéticas ao baixo peso ao nascer e à prematuridade. Uma ênfase maior é necessária na abordagem diagnóstica e terapêutica dessas alterações por serem comuns e pelo substancial impacto na morbimortalidade dos pacientes. 1
  • 10. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19 Resumos Temas Livres - Cardiologia 3937339344 O rastreamento do uso de álcool em pacientes com insuficiência cardíaca MARIA BEATRIZ NOBREGA EBERLIN, ANA BEATRIZ SEABRA SANTOS DE ARAUJO e ROSIANE VIANA ZUZA Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL. Introdução: Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome na qual o coração possui déficit em bombear sangue proporcional às necessidades metabólicas ou só consegue bombeá- lo com uma pressão de enchimento elevada. Sua etiologia pode estar relacionada ao consumo crônico e/ou excessivo de álcool, que consiste em um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares e, independentemente da quantidade, o uso do álcool agrava a disfunção miocárdica com prejuízo na sobrevida dos pacientes. Este estudo tem como objetivo rastrear o uso abusivo de álcool em pacientes com IC. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo observacional sobre o consumo de álcool em adultos, de ambos os sexos, com diagnóstico de IC de acordo com os critérios de Framingham e/ou Boston, acompanhados noAmbulatório Interprofissional de Insuficiência Cardíaca (AMIIC), entre agosto e dezembro de 2014. Foram excluídos os pacientes que apresentaram déficit cognitivo e/ou doença impossibilitando a aplicação do questionário. O rastreamento do uso abusivo de álcool foi feito pelo questionário CAGE, validado e traduzido para o português. Os dados coletados foram armazenados em planilha excel® e analisados quantitativamente em busca de padrões e frequências. Resultados: Foram incluídos no estudo 46 participantes, sendo 28 homens e 18 mulheres, com idade média de 45 anos. Desse total, 16 (34,7%) pacientes referiram nunca ter ingerido bebida alcoólica, 23 (50%) eram ex-etilistas, sendo o tempo de interrupção médio de 12 anos, enquanto o uso de álcool no último ano foi referido por apenas cinco (10,8%) indivíduos. Esses cinco pacientes responderam ao questionário, uma vez que era necessário que o paciente estivesse em uso de álcool ou fosse abstêmio no máximo há um ano do período da coleta de dados. Desses, dois (40%) pacientes possuíam etiologia primária, dois (40%) etiologia isquêmica e um (20%) etiologia hipertensiva, sendo classe funcional II (NYHA) a prevalente no momento da aplicação do questionário. Ademais, dois (40%) pacientes não faziam uso abusivo do álcool (todas as quatro respostas negativas), dois (40%) apresentaram alto risco para o uso abusivo de bebida alcoólica (uma resposta positiva), e em um (20%) paciente foi confirmado o uso abusivo de bebida alcóolica (pelo menos duas respostas positivas). Conclusão: O uso abusivo de álcool e o alto risco de uso abusivo do mesmo em pacientes com IC foi frequente, embora o consumo habitual de álcool tenha sido pequeno nesta população. Diagnostico fetal deAnomalia de Ebstein com evolução para óbito precoce neonatal GISELE CORREIA PACHECO LEITE, ROMENA LEAO AZEVEDO CATAO, JESSICA AQUINO VILACA, RAFAELA SOARES DA SILVA, LARISSA KALINE SANTANA DINIZ, ANA KLEYCE CORREIA ROCHA e ENIO DE OLIVEIRA PINHEIRO Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Maternidade Escola Januário Cicco, Natal, RN, BRASIL. Introdução: Anomalia de Ebstein (AE) é uma rara patologia congênita da valva tricúspide, correspondendo a 0,5% das cardiopatias congênitas, tendo incidência de 1,0/ 200.000 nascidos vivos. É conhecida a sua gravidade quanto à idade de apresentação, especialmente no período neonatal, com mortalidade aproximada de 50% dos casos seguindo a história natural, e de cerca de 30% dos pacientes operados nessa faixa etária. Descrição do caso: Gestante de 23 anos, GIIPIA0, em uso de metildopa para controle da pressão arterial, apresentou cardiomegalia ao ultrassom obstétrico de 37 semanas de idade gestacional (IG). Ecocardiograma fetal, neste período, diagnosticouAE com insuficiência tricúspide (IT) moderada.Agestante evoluiu para parto cesáreo com 39 semanas de IG. Neonato do sexo masculino, peso = 4,170 kg, APGAR 4/7, necessitou de manobras de reanimação em sala de parto.Apresentou desconforto respiratório precoce, cianose central e bradicardia, tendo sido submetido a ventilação mecânica, suporte inotrópico e prostaglandina, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Ao raio de tórax cardiomegalia significativa. Exames laboratoriais revelaram leucocitose com desvio à esquerda e plaquetopenia. Associado antibioticoterapia. No primeiro dia de vida, evoluiu com Saturação de oxigênio em torno de 67 - 82%, hipotensão e oligúria. Otimizado suporte terapêutico, mas neonato manteve-se gravíssimo, com episódios de hipoglicemia, aparecimento de petéquias, e progressão para anasarca e anúria. Ecocardiograma no segundo dia de vida evidenciouAE grave, com deslocamento apical do folheto septal de 20,0 mm/m2 em relação ao anel valvar e IT importante; Forame Oval Patente, Canal Arterial Patente, derrame pericárdico leve e ascite. Solicitado avaliação da cirurgia cardíaca, porém paciente evoluiu a óbito às 59 horas de vida. Conclusões: Descreve-se caso de cardiopatia rara com apresentação grave e evolução desfavorável no período neonatal, apesar do manejo terapêutico. Destaca-se aqui a importância do ecocardiograma fetal em avaliar a estabilidade hemodinâmica durante a vida intrauterina, permitindo acompanhamento, tratamento e indicação de interrupção da gestação para terapêutica neonatal, quando necessária. O diagnóstico pré-natal é extremamente valioso também para oferecer ao pediatra condições de atendimento ideais a esse recém-nascidos, a partir da realização do parto. 39040 39117 Comparação dos níveis séricos de troponina em pacientes com e sem complicações após cirurgia de revascularização do miocárdio isolada RODRIGO VOLQUIND, KARLYSE C BELLI, GUILHERME P P GOMES, FERNANDO A LUCCHESE, PAULO E LEAES e ERALDO A LUCIO Hospital São Francisco, Porto Alegre, RS, BRASIL - Santa Casa de Misericórdia, Porto Alegre, RS, BRASIL. Introdução: A troponina pode estar associada a complicações pós-operatórias no pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). Objetivo: Comparar os níveis séricos de troponina na 24ª hora pós-operatória em pacientes com e sem complicação pós-operatória de CRM isolada. Métodos: Incluíram-se 118 pacientes submetidos à CRM isolada (abr/2014-out/2014) e com troponina abaixo de 0,06ng/ mL no pré-operatório. Coletaram-se idade, sexo, hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes melittus (DM), tabagismo, dislipidemia, fração de ejeção, depuração de creatinina endógena (DCE), total de enxertos e incidência de complicação. Considerou- se complicação: ocorrência de arritmias cardíacas, congestão pulmonar, infarto agudo de miocárdio perioperatório, insuficiência renal aguda, falha de extubação, ventilação mecânica prolongada, necessidade de reoperação ou óbito. Dosou-se a troponina I: no pré-operatório e na 24ª hora do pós-operatório.Apresentaram-se os dados categóricos em frequência absoluta e relativa, os dados numéricos em média e desvio padrão ou mediana e quartis. Testaram-se associações com qui-quadrado, teste t e odds ratio. Resultados: Os pacientes eram na maioria homens (89, 75%) e os grupos com e sem complicação não apresentaram diferenças quanto a idade (63±9x61±8anos, P=0,28), DM [28(45%) x25(45%), P=0,95], dislipidemia [20(32%)x20(36%), P=0,69] e tabagismo [26(42%) x33(60%), P=0,06]; Por outro lado, os pacientes com complicação apresentaram maior prevalência de HAS [53(80%)x39(70%), 2,57(1,04-6,36), P=0,04]. Os grupos não diferiram quanto a fração de ejeção [60±3x61±12, 0,78], DCE <30mL/min/m² [4(6%)x3(5%), P=0,80] e total de enxertos [3±1x3±1, P=0,51]. A troponina I estava mais elevada no grupo com complicação [3,45(1,07-9,56)x1,95(1,05-3,39)ng/mL, P=0,04). Conclusões: A amostra estudada com complicação no pós-operatório de CRM apresentou troponina I mais elevada na 24ª hora do pós-operatório, quando comparada ao grupo sem complicação. Achados eletrocardiograficos em atletas de futebol do rio grande do norte CARLOS V Q BAPTISTA, ANTÔNIO J B LESSA, NESTOR R O NETO, FELIPE E F GUERRA, LEANDRO R JULIASSE, ANTÔNIO F Q JÚNIOR, PATRÍCIA B A M COS, CLÓVIS AUGUSTO DE MIRANDA NETO, FRANCISCO DE ASSIS MACHADO FILHO e ANA CLÁUDIA PEREIRA PINTO SOLANO VALE Universidade federal do rio grande do norte, natal, RN, BRASIL. Introdução : A prática regular de atividade física competitiva pode causar alterações nos eletrocardiogramas dos atletas, simulando aspectos patológicos .Este estudo foi elaborado para avaliar a prevalência de alterações eletrocardiográficas em uma população de atletas de futebol. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, onde foram analisados eletrocardiogramas de repouso, que é um exame não invasivo, de baixo custo, alta disponibilidade e sem contraindicações todos feitos em atletas profissionais de futebol de campo com idade até 35 anos. Resumo: Na avaliação dos resultados dos ECG colhidos na Clínica do Exercício de Natal, vimos que a idade média foi em torno de 24 +-12 anos. Bradicardia sinusal (FC<60bpm) foi demonstrado em 21 atletas de futebol( 41%). No presente estudo não avaliamos atletas em ritmo juncional nem com BAV 2 grau Mobitz 1, mas BAV 1 grau foram encontrados em 12 atletas. Conclusões: Os achados eletrocardiográficos em atletas podem simular aspectos patológicos sendo que sua avaliação deve ser feita por profissional treinado para esta determinada população, evitando diagnósticos e investigações adicionais sem necessidade. 2
  • 11. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19 Resumos Temas Livres - Cardiologia Hipertensão renovascular como manifestação de Arterite de Takayasu: relato de caso. ANAH S MAIA, FERDINAND G S S MAIA,ANTÔNIO F Q JÚNIOR, FABIO MASTROCOLA e ITAMAR R OLIVEIRA Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL. Introdução: Hipertensão renovascular, definida pela presença de hipertensão e estenose significativa de artéria renal, manifesta-se clinicamente como hipertensão refratária associada à insuficiência renal. A Arterite de Takayasu é a terceira etiologia mais frequente. O diagnóstico etiológico permite o tratamento adequado, com melhores desfechos para o paciente. Relato: Mulher, 13 anos, apresentando perda ponderal significativa e febre vespertina há 8 meses. Internada em outro serviço por suspeita de tuberculose, apresentou hipertensão arterial (HAS) e cardiomegalia, descartando-se etiologias infecciosas. Evoluiu com HAS refratária e piora de função renal (Creat 6) após uso de IECA, sendo encaminhada para o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) com a hipótese de HAS renovascular por vasculite sistêmica. No exame admissional: assimetria de pulsos nos membros superiores e de níveis tensionais (MSD 190x100, MSE 130x80, MMII 180x90 mmHg, com pulsos filiformes em MSE); sopro de regurgitação aórtico, sopro em região de subclávia esquerda e sopro abdominal bilateral, mais audível à esquerda. VHS de 45 mm, PCR de 28 mg/dL. ECG: sobrecarga ventricular esquerda. Ecocardiograma: cardiopatia dilatada com disfunção moderada do VE. Angio-tomografia de abdome e pelve: estenose significativa de artérias renais bilateralmente, infarto em terço superior do rim esquerdo, redução do calibre de aorta abdominal. Diagnosticado Arterite de Takayasu, iniciou-se terapia imunossupressora (metilprednisolona e metotrexato) e tratamento para HAS (Bisoprolol 10mg/dia,Anlodipino 10mg/dia, Furosemida 80mg/dia). Houve melhora do quadro inflamatório e recuperação de função renal (Creat 0,86), mantendo HAS de difícil controle. Fez Arteriografia renal seletiva: estenose à direita de 70% e à esquerda de 80%. Realizado angioplastia de aa. renais “ad hoc”, restando lesão residual à direita de 10%, confirmada com Ecodoppler arterial renal 2 meses após. Atualmente possui bom controle pressórico, em uso de Bisoprolol 2,5mg, e função ventricular normal. Conclusão: Hipertensão renovascular é causa potencialmente reversível de HAS e o rápido diagnóstico permite evitar lesões em órgãos-alvo. Arterite de Takayasu é uma causa tratável e deve ser lembrada no diagnóstico diferencial dessa patologia em indivíduos jovens. O tratamento da estenose de artérias renais ainda é controverso. Neste caso, o tratamento percutâneo mostrou-se uma opção segura e eficaz. Fístula coronária direita para artéria pulmonar em idoso com infarto agudo do miocárdio ANTONIO LUIZ DO NASCIMENTO, CESIMAR SEVERIANO DO NASCIMENTO, FABIO MASTROCOLA e THALITA RAFAELLA OLIVEIRA TRINDADE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL, RN, BRASIL - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES, NATAL, RN, BRASIL. Introdução: Fístula de artéria coronária é uma anormalidade anatômica que consiste na comunicação entre uma artéria coronária e as câmaras cardíacas ou algum vaso sanguíneo. São raras, sendo estimado em 0,002% na população geral e 0,25% entre aqueles submetidos a cateterismo cardíaco. Geralmente são anormalidades congênitas, podendo ser adquiridas, sobretudo de forma iatrogênica. As principais artérias envolvidas são a coronária direita e a descendente anterior, e mais raramente a circunflexa. Sua apresentação clínica depende principalmente do local, dimensão e fluxo da fístula, podendo ser assintomático ou ter manifestações que vão de dispnéia, angina e síncope até mesmo a franca insuficiência cardíaca ou morte súbita. Tem sido diagnosticada desde recém-nascidos até idosos, sendo usados ecocardiografia e estudo hemodinâmico. Tratamento expectante, clínico, endovascular ou cirúrgico poderá ser indicado. No presente trabalho é relatado um caso de fístula da artéria coronária direita para artéria pulmonar. Descrição do caso: Relata-se o caso de um paciente, sexo masculino, de 75 anos, hipertenso, com história de acidente vascular encefálico anterior, admitido no setor de hemodinâmico do HUOL/UFRN por infarto com supra de parede anterior, Killip I; Mantinha dor após 24h sem tratamento de reperfusão. Realizado o cateterismo, demonstrou-se lesão de 100% em descendente anterior, sendo realizada angioplastia com sucesso (fluxo timi III). Durante procedimento, demonstrou-se ainda lesão de 95% em 1ª diagonal, 60% em coronária direita e outras lesões de menor importância. Foi identificado fístula da artéria coronária direita para a artéria pulmonar. Após estabilização clínica, realizados ecocardiograma transtorácico e transesofágico não se identificaram quaisquer anomalias anatômicas associadas. Mostrou-se aumento discreto das câmaras esquerdas, disfunção diastólica e sistólica (47%), acinesia médio-apical da parede antero-septal e refluxo mitral leve (calcificação). O paciente recebeu alta com tratamento para DAC e mantem acompanhamento ambulatorial, sem queixas. Conclusões: A terapêutica clínica da fístula coronária deverá ser avaliada em cada caso, sendo a acompanhamento clínico sem intervenções invasivas uma possibilidade nos casos leves ou assintomáticos, sobretudo em idosos. 3939539383 39374 39377 TAQUICARDIA VENTRICULAR ESFORÇO-INDUZIDA COMO APRESENTAÇÃO DE DISPLASIA ARRITMOGÊNICA DE VENTRICULO DIREITO ANTÔNIO FILGUEIRADE QUEIROZ JÚNIOR, JOSE ECIO BATISTAROSADO JUNIOR, RENATAARAUJO DE LUCENA, LIVIADEANDRADE FREIRE, TAIANE KELLY LIMADA SILVA, LUIZ GONZAGADE OLIVEIRAJUNIOR e MÔNICALARISSAPADILHAHONÓRIO Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL. INTRODUÇÃO: A Displasia Arritmogênica do Ventrículo Direito (DAVD) é uma doença do músculo cardíaco geneticamente determinada, caracterizada pela substituição do miocárdio por tecido fibrogorduroso. É potencialmente letal e ainda pouco entendida, e tem sido associada a arritmias, insuficiência cardíaca e morte súbita em atletas. Sua prevalência é de 1:5000. A importância do diagnóstico precoce está no fato de o tratamento com cardioversor-desfibrilador implantável reduzir a mortalidade. RELATO: P.X.B., 42 anos, casado, 2 filhos, zelador de chácara, natural de Macaíba/ RN e procedente de Nísia Floresta/RN. Relata que dia 27/01/15, iniciou quadro de dor em região epigástrica, em caráter progressivo, desencadeada pelo esforço físico (partida de futebol), sem irradiação, associada a palpitações taquicárdicas, tontura, e sudorese fria. Relata episódios semelhantes anteriores, sendo o primeiro há 15 anos e os 3 últimos, nos 3 últimos anos. Nesta ocasião foi internado em outro serviço, com eletrocardiograma mostrando taquicardia ventricular sustentada de origem do VD, sendo submetido à cardioversão elétrica com sucesso. Foi medicado inicialmente com Clexane,AAS,Amiodarona e Sinvastatina. Marcadores de necrose miocárdica, eletrólitos e função renal estavam dentro dos limites da normalidade. Apresenta ECO TT do dia 06/02/15 mostrando Fração de Ejeção do VE (FEVE) de 60,76%, aumento moderado de cavidades direitas edéficit moderado a importante de função sistólica do VD. Feito diagnóstico de displasia arritmogênica de VD, iniciado terapia com beta bloqueador e implante Cardiodesfibrilador < wbr />implantável (CDI). CONCLUSÃO: Embora o diagnóstico definitivo de DAVD requeira o achado histológico ou de Ressonância cardíaca, na prática clínica, ele pode ser feito baseado nos critérios propostos pela Sociedade Europeia de Cardiologia. O tratamento farmacológico é a opção inicial, com antiarrítmicos, ficando o implante do CDI reservado a casos com arritmias refratárias, pacientes jovens, morte súbita recuperada e envolvimento de ventrículo esquerdo. Cor Triatriatum Sinistrum: relato de caso GISELE CORREIA PACHECO LEITE, LIVIA MARIA BEZERRA CAMARA, RICARDO DOUGLAS SANTOS DE FREITAS, ROMENA LEAO AZEVEDO CATAO, RAFAELA SOARES DA SILVA, JESSICA AQUINO VILACA e RUI ALBERTO DE FARIA FILHO Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL. Introdução: Cor Triatriatum (CT) é uma malformação cardíaca congênita de etiologia desconhecida, rara, com uma incidência estimada em 0,1% de todas as cardiopatias congênitas, e de óbito infantil em 75% das crianças não tratadas. Geralmente refere-se ao átrio esquerdo, sendo denominado CT Sinistrum, mas pode ocorrer no átrio direito (CT Dexter). O CT Sinistrum incide em 0,2 - 0,4% dentre os defeitos cardíacos congênitos, com uma proporção entre os sexos masculino e feminino de 1,5:1,0. Descrição do Caso: Paciente do sexo feminino, nascida a termo, de pré-natal sem intercorrências, não havendo antecedentes familiares de cardiopatia, com 02 anos e 08 meses de idade, Peso = 11,0 Kg, Estatura = 89 cm, foi encaminhada para hospitalização em Serviço Universitário objetivando tratamento de pneumonia comunitária de repetição (terceiro episódio em menos de um ano). Ao exame físico foi auscultado sopro cardíaco, tendo sido solicitado ecocardiograma. Este, realizado sob difíceis condições técnicas (paciente pouco cooperativa e sem sedação), evidenciou: membrana em átrio esquerdo com orifício tendo fluxo no sentido da valva mitral estimando gradiente instantâneo máximo de 12,0 mmHg e médio de 8,5 mmHg, característico de CT Sinistrum; Comunicação Interatrial Ostium Secundum, aumento de câmaras cardíacas direitas com hipertrofia leve de ventrículo direito e disfunção sistólica deste. Observado abaulamento precordial e sinais de insuficiência cardíaca. Iniciado terapêutica específica e solicitado angiotomografia cardíaca para diagnóstico diferencial com anel supravalvar mitral e melhor avaliação da drenagem venosa pulmonar. O exame tomográfico confirmou o diagnóstico de CT Sinistrum, tendo a paciente sido encaminhada para tratamento cirúrgico e mantendo o seguimento ambulatorial. Conclusões: Descreve-se cardiopatia rara, em paciente sem fator de risco gestacional e/ou familiar para cardiopatia, sendo do sexo feminino, com diagnóstico de CT Sinistrum em exame ecocardiográfico, confirmado por angiotomografia. O diagnóstico permitiu melhoria na qualidade de vida e prognóstico da paciente, diante da terapêutica instituída. O CT pode ser detectado em exames de imagem não invasivos, e seu achado precoce permite otimizar o seu manejo terapêutico, uma vez que quando a doença é adequadamente avaliada e tratada, o resultado clínico é excelente. 3
  • 12. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19 Resumos Temas Livres - Cardiologia Análise do manejo da Doença Renal Crônica em pacientes hipertensos e diabéticos: um estudo seccional RENNE CUNHA DA SILVA, IZADORA KARINNY DE SOUZA, MARIA JOSE PEREIRA VILAR e LUIS ALCIDES DE LUCENA MARINHO Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL. Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é um problema de saúde pública mundial e a sua prevalência em estágio terminal, a Doença Renal em estágio terminal (DRET), é crescente. Nesse contexto, um fator que pode conduzir ao mau prognóstico da doença é a nefropatia diabética, que influencia a DRC por evoluir com aumento progressivo da excreção de albumina urinária e queda da taxa de filtração glomerular (TGF) associada ao aumento da pressão arterial (PA). Dessa forma, o profissional de saúde deve estar preparado para o manejo desses fatores de risco associados a complicações para DRC. Métodos: Trata-se de um estudo seccional, cujo objetivo é analisar a eficácia de profissionais da saúde de serviços hospitalares ligados à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) na definição do plano terapêutico e conduta para Doença Renal Crônica em pacientes hipertensos e diabéticos. Participaram do estudo 127 médicos, sendo 64 médicos preceptores (PR) e 63 médicos residentes (RS). Para avaliação foi utilizado um questionário baseado nas diretrizes do Kidney Disease Outcomes Quality Initiative (KDOQI), que foi aplicado entre julho e setembro de 2014. Foi utilizado o SPSS, versão 14.0 (SPSS Inc, Chicago, IL) para a análise estatística. Resultados: Quando questionados sobre a meta da pressão arterial para uma paciente com PA de 148/93 mmHg associada com Diabetes tipo 2, TFG estimada em 70 ml/min e microalbuminúria, observou-se que 40,94% dos entrevistados (46,03% RS e 35,93% PR) sabiam que a meta para PAnessa paciente era de 130/80 mmHg. Quanto à conduta, apenas 33,85% (34,92% RS e 32,81% PR) saberiam manejar a DRC nessa paciente corretamente a partir da introdução de IECA/BRA e orientações para restrição salina (<2,4g/d), controle lipídico, controle glicêmico, perda de peso e abstinência ao tabaco. Conclusões: O aumento na prevalência da Doença Renal Crônica em Estágio Terminal pode ser justificado parcialmente pelo baixo reconhecimento da doença e dos seus fatores de risco pelos médicos. Ressalta-se que o controle adequado da pressão arterial e glicêmico exerce função importante na redução de risco e na progressão da nefropatia diabética. Sendo assim, é importante o desenvolvimento de estratégias educacionais direcionadas a classe médica, objetivando aumentar o diagnóstico precoce e conduta da DRC associada a essas comorbidades. Atresia tricúspide: do diagnóstico fetal ao neonatal GISELE CORREIAPACHECO LEITE, NATHÁLIAMARTINSALVES, PEDRO HENRIQUE MIRANDACAMPOS, MARIANACOELHO COSTA, KAIO CESARAMARALNOGUEIRAE SILVA, EMANUEL LUCAS DE SOUZALEITE eALINE GOBETT CARDOSO FELICIANO Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Maternidade Escola Januário Cicco, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL. INTRODUÇÃO: A atresia tricúspide (AT) é patologia que varia de 0,3% a 5,3% entre todas as cardiopatias congênitas e é a terceira causa mais comum de cardiopatia congênita cianótica. O diagnóstico e seguimento ecocardiográfico é fundamental na evolução destes pacientes, pois esta evolução depende da magnitude do fluxo sanguíneo pulmonar e das anomalias associadas. DESCRIÇÃO DO CASO: Gestante de 16 anos de idade compareceu para realização de ecocardiograma fetal (ECOF) com 28 semanas e 05 dias de idade gestacional (IG), devido IgM positivo para citomegalovirose. ECOF evidenciou AT tipo IC e comunicação interatrial ostium secundum ampla. Orientado à gestante acompanhamento no pré-natal do alto risco, na cardiologia fetal, e explicado sobre o diagnóstico e necessidade de seguimento cardiológico com controle posterior por ECOF. A mesma não conseguiu realizar o ECOF de controle, tendo evoluído para parto com IG de 32 semanas e 03 dias. Neonato pesando 1.780 kg, com APGAR 8/8, necessitou de suporte ventilatório ao nascimento. Foi encaminhado à unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal. Ecocardiograma no 12° dia de vida confirmou a AT tipo IC, e evidenciou forame oval patente, colaterais sistêmico-pulmonares e sinais de hiperfluxo pulmonar. Otimizado terapêutica clínica. Evoluiu com sepse precoce. Ecocardiograma de controle no 1° mês de vida manteve o diagnóstico cardiológico. Recebeu alta da UTI com 33 dias de vida, sendo encaminhado para avaliação da cirurgia cardíaca e seguimento com pediatria geral e cardiologia pediátrica. CONCLUSÕES: Descreve-se caso de cardiopatia com apresentação e evolução favorável no período fetal e neonatal. Destaca-se aqui a importância do ECOF em avaliar a estabilidade hemodinâmica durante a vida intrauterina, permitindo acompanhamento, tratamento e indicação de interrupção da gestação para terapêutica neonatal, quando necessária. O diagnóstico pré-natal é extremamente valioso também para oferecer ao pediatra condições de atendimento ideais a esses neonatos, a partir da realização do parto. 3942739420 39399 39417 Síndrome do Roubo Coronária- Subclávia pós revascularização cirúrgica do miocárdio ANTÔNIO FILGUEIRA DE QUEIROZ JÚNIOR, CARLOS VINICIUS DE QUEIROZ BAPTISTA, NESTOR RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO, CRISTIANE GUEDES PITA, MARIA SANALI MOURA DE OLIVEIRA PAIVA, CESIMAR SEVERIANO DO NASCIMENTO e FABIO MASTROCOLA Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, , . Introdução:A anastomose da artéria Mamária interna esquerda(MIE) ao leito coronário, faz com que a artéria subclávia esquerda (ASE) seja funcionamente parte da circulação coronária.A oclusão na ASE proximal à emergência da mamária poderá levar ao roubo de fluxo, ocasionando isquemia miocárdica e sintomas neurológicos. Relato: Paciente do sexo feminino, 62 anos, hipertensa e diabética com antecedente de revascularização cirúrgica do miocárdio há 6 anos:MIE-Descendente anterior (DA), ponte de Safena-1a Marginal, ponte de Safena-Coronária direita(CD), com história de vertigens recorrentes há cerca de 06 meses, que pioravam durante a realização das atividades domésticas, principalmente ao movimentar o membro superior esquerdo (MSE) e há 3 meses com queixa de dor precordial em queimação, desencadeada pelos esforços habituais, com duração de 5 a 10 minutos e que cessava ao repouso. Há 15 dias houve piora da dor precordial, com episódio ao repouso com duração de cerca de 10 minutos, o que a levou a procurar a unidade de emergência.Após 15 dias foi avaliada no serviço de Cardiologia, chegando apenas com angina aos esforços, sem novos episódios ao repouso.Ao exame apresentava pressão arterial de 130X80 mmHg no membro superior direito e 90X60 mmHg no MSE, além de pulsos reduzidos à esquerda(radial e braquial). Realizou cinecoronariografia e angiografia de vasos supraaórticos que mostrou: lesão grave de Tronco de coronária esquerda, oclusão de artérias Circunflexa e CD; MIE-ramo diagonal pérvia com fluxo reduzido e pontes de Safena para CD e Marginal ocluídas; além de oclusão completa da ASE proximal, enchendo por fluxo reverso pela artéria vertebral esquerda. Foi otimizado tratamento clínico e posteriormente tentada angioplastia deASE sem sucesso.Feito então Bypass carotídeosubclávio esquerdo, com resolução completa dos sintomas neurológicos e melhora da angina.Conclusão:Aincidência da síndrome do Roubo Coronário-Subclávia é baixa, complicando cerca de 0,4% das revascularizações cirúrgicas do miocárdico e deve fazer parte do diagnóstico diferencial das causas de angina e vertigens neste grupo de pacientes. O tratamento cirúrgico é indicado nos casos sintomáticos, sendo a intervenção percutânea, na maioria das vezes, a primeira escolha e, na sua inviabilidade ou insucesso o bypass carotídeo-subclávio constitui-se numa boa alternativa, como evidenciado neste caso. Importância da Ressonância Nuclear Magnética no diagnóstico da miocardiopatia não compactada: um relato de caso RANNA SANTOS PESSOA, MARLON CESAR MELO DE SOUZA FILHO, ANTÔNIO FILGUEIRADE QUEIROZ JÚNIOR,ANTÔNIO CORREIADOS SANTOS JÚNIOR, FABIO MASTROCOLA e ROSIANE VIANA ZUZA Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL. INTRODUÇÃO: A Miocardiopatia Não Compactada (MCNC) é uma doença de ocorrência rara causada caracterizada pela não compactação das fibras musculares cardíacas no período intrauterino, formando uma malha frouxa endomiocárdica. O diagnóstico da MCNC é dificultado pelo fato dessa patologia compartilhar características morfológicas com outras cardiomiopatias, como dilatada e hipertrófica.A ecocardiografia é o método mais utilizado no diagnostico da MCNC, porém mesmo utilizando critérios ecocardiográficos padronizados, este pode ser feito inapropriadamente baseado somente na presença de trabéculas proeminentes no ventrículo esquerdo. A disparidade nos resultados diagnósticos tem movido a confirmação dos achados patológicos para as tecnologias de alta resolução não invasivas como a Ressonância Nuclear Magnética Cardíaca e a Tomografia Computadorizada. RELATO DE CASO: Paciente sexo masculino, 17 anos, branco, estudante, procedente de Touros- RN. Há cerca de 40 dias do internamento iniciou quadro de dispneia progressiva aos esforços, atualmente mesmo no repouso. Associado a isso apresentava sinais de congestão pulmonar com creptos bibasais e sistêmica representada por turgência jugular patológica, hepatomegalia dolorosa e ascite. O mesmo teve episódio de Varicela cerca de 30 dias antes do início do quadro e não conhecia outras comorbidades prévias. O ecocardiograma mostrou miocardiopatia dilatada de grau severo, com disfunção sistólica importante e aspecto sugestivo de não compactação do ventrículo esquerdo. Foi iniciado tratamento para IC sistólica com captopril, espironolactona, carvedilol, furosemida, digoxina e varfarina, atingindo compensação clínica. A ressonância nuclear magnética confirmou o diagnóstico de MCNC, e não demonstrou sinais de miocardite. CONCLUSÃO: Frente a um paciente com histórico recente de infeção viral e com sintomas e sinais de IC e padrão de cardiopatia dilatada ao Ecocardiograma transtorácico torna-se difícil o diagnóstico diferencial entre MCNC e miocardite, sendo necessários métodos complementares mais específicos. Neste caso, a Ressonância Nuclear Magnética mostrou-se útil na diferenciação entre descompensação de quadro pré-existente de Miocardiopatia Não Compactada pelo vírus Varicela-Zoster e miocardite por esse mesmo agente. 4
  • 13. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19 Resumos Temas Livres - Cardiologia 39455 39470 Ecocardiogramas fetais e pediátricos neonatais: Primeira amostra de cardiopatias congênitas em maternidade pública terciária GISELE CORREIA PACHECO LEITE, FILIPE MARINHO PINHEIRO DA CAMARA, RENNE CUNHADASILVA, VICTOR VINICIUS DE LIRAFERNANDES, VICTOR GALVAO PINHEIRO, MARIA TERESA DA COSTA URBANO e AMALIA BEATRIZ MARINHO PINHEIRO DA CAMAR Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Maternidade Escola Januário Cicco, Natal, RN, BRASIL. Introdução: As cardiopatias congênitas (CC) constituem-se no principal grupo de causas de óbito infantil: o seu diagnóstico precoce é fundamental. Neste contexto, o ecocardiograma tem papel fundamental no rastreamento de cardiopatias. Métodos: Ao iniciar o serviço de ecocardiografia fetal e pediátrica em Maternidade pública do Hospital Universitário (HU), elaborou-se formulário ecocardiográfico padrão para levantamento das cardiopatias encontradas. Posteriormente, fez-se análise descritiva de todos os laudos de ecocardiogramas (ECO) fetais e neonatais realizados em HU no período de 01/11/13 a 10/12/2014. Resultados: Foram realizados 206 ECOs, sendo 52 fetais e 154 neonatais. Dos ECO fetais, representando a 1° amostra deste tipo de exame realizada em serviço público local, foram atendidas 47 gestantes, das quais 4 realizaram mais de um ECO durante o seguimento. Houve 18 (38,3%) exames normais e 29 (61,7%) alterados. A cardiopatia congênita mais encontrada foi a Comunicação Interventricular (CIV) isolada, ocorrendo em 13 (44,8%) casos. Cardiopatias graves foram evidenciadas em 8 (27,6%) exames, sendo: 5 (17,2%) Defeitos do SeptoAtrioventricular (DSAV); 1 (3,5%) Coarctação de Aorta (CoAo); 1 (3,5%) Anomalia de Ebstein e 1 (3,5%) Atresia Tricúspide. Dos 154 ECO realizados em 140 neonatos, 13 repetiram o exame durante o seu seguimento neonatal. Os ECO foram considerados normais em 6 (4,3%) exames e alterados em 134 (95,7%). As CC mais encontradas foram: Forame Oval Patente, 101 (75,4%) neonatos; e CIV isolada, 65 (48,5%). Outras observadas foram: 52 (38,8%) Persistência do Canal Arterial; 11 (8,2%) Estenose da Artéria Pulmonar; 10 (7,5%) Comunicação Interatrial Ostium Secundum; 5 (3,7%) CoAo; 4 (3,0%) DSAV e outras CC graves, como Anomalia de Ebstein, Interrupção doArcoAórtico,Atresia Tricúspide, Tetralogia de Fallot e Truncus Arteriosus. Análise global revelou que as CC mais frequentes foram Forame Oval Patente, CIV e Persistência do Canal Arterial. A ocorrência de CC grave foi de 15,4% (28). Conclusões: Descreve-se primeiro levantamento de CC atendidas em serviço de referência que representa a demanda do Estado. A aplicação do ecocardiograma de modo sistemático nos atendimentos para diagnóstico de CC mostrou-se instrumento importante na estruturação de um sistema de informações que possibilita melhorar a assistência e levantar dados que permitam elaboração de planos de seguimento clínico, terapêutico e de prevenção primária. Abordagem cirúrgica precoce na endocardite infecciosa complicada com aneurisma micótico e transformação hemorrágica de embolização séptica para sistema nervoso central CAIO GUEDES DE SOUSA, DANIEL BARROS ROGERIO, ANDREZA FERNANDES SIMONETTI FRANCO, RAQUELANDRESADUARTE GOMES, FABIO MASTROCOLA, CRISTIANE GUEDES PITA e ANTÔNIO FILGUEIRA DE QUEIROZ JÚNIOR Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL. INTRODUÇÃO: o tratamento cirúrgico da endocardite infecciosa (EI), quando bem indicado e associado a antibioticoterapia, está relacionado a menor mortalidade. O benefício da cirurgia parece ser maior nos que evoluem com sinais de insuficiência cardíaca (IC) moderada a severa, mas o momento para indicá-la é incerto e depende de variáveis como resposta ao tratamento clínico e presença de complicações. Relatamos um caso de EI de valva nativa complicada com embolizações sépticas, aneurisma micótico e IC cujo tratamento cirúrgico foi indicado de forma precoce. Mulher, 23 anos, sem comorbidades, com febre há 3 semanas, apresentou cefaleia súbita, dor em hipocôndrio esquerdo e sopro cardíaco. Tomografia (TC) de crânio mostrou lesões isquêmicas em lobo temporal à esquerda e TC abdominal, áreas de infarto esplênico. Ecocardiograma mostrou vegetação aderida à valva mitral (24 mm) e imagem aderida ao aparelho subvalvar mitral, com insuficiência mitral importante. Iniciado tratamento para EI, paciente evoluiu com IC e déficit neurológico motor à direita. Nova TC de crânio mostrou transformação hemorrágica de lesão isquêmica prévia em lobo temporal esquerdo, e controle evolutivo dos eventos encefálicos embólicos, realizado 72 horas após, revelando aneurisma micótico em região temporal direita. Angioressonância mostrou dilatação em artéria cerebral média direita, lesões isquêmicas com sinais de transformação hemorrágica em região temporal esquerda, novas lesões isquêmicas agudas em região insular direita. Hemoculturas (4 amostras) negativas. Ecocardiograma transesofágico mostrou vegetações, na valva mitral, a maior de 2,2 cm, valva aórtica com coaptação inadequada com refluxo importante e sinais de hipertensão pulmonar. Realizado embolização percutânea de aneurisma micótico e indicado abordagem cirúrgica cardiaca por sinais de IC e persistência de eventos embólicos a despeito de tratamento. Realizada troca valvar mitral e aórtica 7 dias após o procedimento neurocirúrgico, com colação de próteses biológicas, com paciente evoluindo sem complicações hemorrágicas no pós-operatório. CONCLUSÃO: Indicado tratamento cirúrgico para EI, definir o momento para a abordagem é um desafio na prática médica. Apesar das complicações hemorrágicas cerebrais, a indicação cirúrgica precoce, mesmo com uso de circulação extra corpórea, se mostrou benéfica neste caso, observando-se evolução satisfatória da paciente e ausência de complicações hemorrágicas relacionadas ao tratamento. 39447 39452 PREVALENCIA DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES NO NORDESTE IZAURA TEREZA SILVA GUEDES, PRISCILLA SILVA DE CARVALHO SALGADO, ATHENA TAMIRIS DANTAS DE A M QUEIROZ e LARA ANDRADE VIEIRA Universidade Potiguar, Natal, RN, BRASIL - RN INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, observou-se no Brasil uma tendência à queda da mortalidade por doenças do aparelho circulatório, porém ainda continuam sendo a principal causa de morte no Brasil. As doenças cardiovasculares compreendem um espectro amplo de síndromes clínicas, tendo nas doenças relacionadas à aterosclerose a sua principal contribuição. São inúmeros os fatos que podem estar relacionados com a importância cada vez maior destas doenças, como o envelhecimento da população, a sobrevida das doenças infecciosas, a incorporação de novas tecnologias com diagnóstico mais precoce das doenças, redução de letalidade e controle inadequado dos fatores de risco. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é avaliar o número de internações por doenças cardiovasculares na região Nordeste. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo baseado em dados coletados do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS), em que foram identificados estados do Nordeste que mais têm internações devido a doenças cardiovasculares, como também as doenças mais e as menos prevalentes, englobando indivíduos de 0 a mais de 80 anos de idade, no período de 2014. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nesse período, houve 107.075 internações. Os estados que mais tiveram internações foram Bahia (31.612), Pernambuco (25.236) e Ceará (18.659).As doenças mais prevalentes foram hipertensão essencial (17.361), insuficiência cardíaca (31.034), acidente vascular cerebral não específico hemorrágico ou isquêmico (21.581), infarto agudo do miocárdio (8.853), transtornos de condução e arritmias cardíacas (4.063). As doenças menos prevalentes foram febre reumática aguda (963), doença reumática crônica do coração (920), embolia pulmonar (336). CONCLUSÃO: As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no Brasil. Portanto, as mais prevalentes são hipertensão essencial e insuficiência cardíaca sendo a Bahia o estado que tem o maior número de internações no Nordeste. Uma saída para diminuir essa prevalência seria instruir a população para buscar a prevenção dessas doenças, principalmente nas cidades com maior prevalência de internação por cardiopatias. IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA POR HOSPITALIZAÇÃO NO NORDESTE POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA IZAURA TEREZA SILVA GUEDES, PRISCILLA SILVA DE CARVALHO SALGADO, ATHENA TAMIRIS DANTAS DE A M QUEIROZ e LARA ANDRADE VIEIRA Universidade Potiguar, Natal, RN, BRASIL. INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca é a consequênciada maioria das doenças cardíacas, sendo sua principal etiologia, no Brasil, a cardiopatia isquêmica crônica associada à hipertensão arterial. A prevalência da insuficiência cardíaca está em ascensão, em decorrência do incremento na expectativa de vida de nossa população e maior efetividade dos novos medicamentos para o tratamento, prolongando a vida, gerando um alto custo para a saúde pública brasileira. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é avaliar o número de internações por faixas etárias mais acometidas por Insuficiência Cardíaca. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo baseado em dados coletados do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS), em que foram identificadas as faixas etáriasque passaram por internação devido a insuficiência cardíaca, englobando indivíduos de 0 a mais de 80 anos, no período de 2014 em todo o Nordeste. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nesse período, houve 31.034 internações. As faixas etárias mais acometidas por internações no Nordeste foram as de 70 a 74 anos de idade (3.968), 75 a 79 anos (3.910) e 80 anos ou mais (7.011). Em relação às faixas etárias menos prevalentes, percebe-se o predomínio de 5 a 9 anos de idade (55) e 1 a 4 anos (84). Os gastos com a saúde durante esse período no Nordeste foram R$ 67.135.472,10. CONCLUSÃO: A principal etiologia da insuficiência cardíaca é a cardiopatia crônica, a qual no Brasil a maioria é decorrente de hipertensão arterial e a faixa etária mais prevalente é dos 70 aos 74 anos. Em virtude disso, vê-se a importância de políticas com o objetivo de prevenção dessas cardiopatias, pois o impacto financeiro na saúde devido às internações é muito alto, reduzindo assim gastos hospitalares. 5
  • 14. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19 Resumos Temas Livres - Cardiologia 39474 39476 Primeira amostra de ecocardiogramas fetais realizados em Maternidade Pública terciária do Rio Grande do Norte GISELE CORREIA PACHECO LEITE, RENNE CUNHA DA SILVA, FILIPE MARINHO PINHEIRO DA CAMARA, VICTOR VINICIUS DE LIRA FERNANDES, MARIA TERESA DA COSTA URBANO, VICTOR GALVAO PINHEIRO e AMALIA BEATRIZ MARINHO PINHEIRO DA CAMARA Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Maternidade Escola Januário Cicco, Natal, RN, BRASIL. INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas (CC) constituem-se no principal grupo de causas de óbito infantil: o seu diagnóstico precoce é fundamental. Neste contexto, o ecocardiograma fetal (ECOF) tem papel fundamental no rastreamento precoce de CC, na possibilidade de intervenção precoce e oportuna e, sobretudo, na melhoria do prognóstico e morbimortalidade. MÉTODOS: Com o intuito de se verificar os resultados da primeira amostra de ECOF realizados em Maternidade pública terciária de referência, elaborou-se formulário padrão para descrição dos achados ecocardiográficos e arquivou- se todos os exames realizados em disco rígido. Posteriormente, fez-se análise descritiva dos laudos de ECOF realizados no período de 22/02/14 a 04/02/15. RESULTADOS: Foram realizados 58 ECOF, em 52 gestantes, das quais 5 realizaram mais de um ECOF durante o seguimento. A idade das gestantes variou de 15 a 43 anos (média de 28,4) e a idade gestacional (IG) variou entre 17,29 e 40,29 semanas (média de 29,9). Classificou-se 24 (41,4%) exames como normais e 34 (58,6%) como alterados, sendo as alterações mais frequentes: comunicação interventricular isolada em 14 (26,9%) fetos, e Golf Ball em 7 (13,5%). CC grave foi identificada em 8 (15,4%) fetos: 5 (9,6%) Defeito do Septo Atrioventricular, 1 (1,9%) Coarctação de Aorta com importante repercussão hemodinâmica, 1 (1,9%) Anomalia de Ebstein e 1 (1,9%) Atresia Tricúspide. Além destas, ocorreram 06 (11,5%) casos de hipertrofia septal e 3 (5,8%) alterações do ritmo cardíaco – 02 (3,8%) casos de bloqueio atrioventricular.As gestantes de fetos cardiopatas passaram a ser acompanhadas em ambulatório da cardiologia fetal, conjuntamente com o pré-natal do alto risco da Maternidade, sendo orientado o diagnóstico da CC e as condutas diante da mesma. Os casos de CC cujo tratamento eram cirúrgicos, confirmados por ecocardiograma no período neonatal, foram encaminhados para tratamento específico, havendo suporte clínico otimizado para melhorar a condição pré-operatória do neonato. A avaliação global dos fetos assistidos permite concluir melhorias na assistência ao pré- natal do feto cardiopata. CONCLUSÕES: Diante dos achados de 58,6% alterações nos exames de ECOF realizados na primeira amostra deste exame em Maternidade pública de referência, permitindo melhor planejamento clínico-terapêutico ao feto cardiopata e à gestante, vem-se mostrar a importância da implementação do ECOF às gestantes do Rio Grande Norte na assistência pré-natal. PSEUDOANEURISMA DE VENTRICULO ESQUERDO - RELATO DE CASO ELIANE PEREIRA DA SILVA, JOSE ECIO BATISTA ROSADO JUNIOR, ERNESTO JOSCELIN CARNEIRO PINTO, RENATA ARAUJO DE LUCENA, LIVIA DE ANDRADE FREIRE e TAIANE KELLY LIMA DA SILVA Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL. INTRODUÇÃO: O pseudoaneurisma de ventrículo esquerdo (VE) é uma complicação mecânica bastante rara após um infarto agudo do miocárdio (IAM) ou cirurgia cardíaca, que resulta de ruptura da parede ventricular sem tamponamento cardíaco. A maioria dos diagnósticos é feita na fase crônica do pseudoaneurisma, que pode evoluir por muitos anos sem ruptura. Os casos crônicos evoluem frequentemente assintomáticos. Os aneurismas verdadeiros de VE são formados pelo adelgaçamento, expansão e cicatrização de uma área infartada da parede de VE. Esse processo geralmente induz a formação de uma estrutura com colo largo. De forma diversa o pseudoaneurisma se forma em decorrência da ruptura aguda de uma área infartada da parede de VE, sua parede é composta por pericárdio e adesões e o colo é habitualmente estreito. RELATO: S.M.C., feminino, 84 anos, hipertensa, diabética, procurou serviço de urgência com queixa de precordialgia intensa, hipotensa, FC 38bpm, saturando 95% em ar ambiente e com ausculta cardíaca não audível. Foi instituído reposição volêmica rigorosa, com estabilização após 30 minutos, porem a precordialgia persistiu. Foi iniciado AAS 300mg e oxigênioterapia. Eletrocardiograma apresentou bradicardia sinusal e bloqueio atrioventricular de 1º grau, sendo encaminhada para serviço de referência. Realizou cateterismo, com delta T de 12 horas, que mostrou diagonal 80% de obstrução, circunflexa 95% de obstrução, coronária direita com 100% de obstrução, todas em terço médio, e 1ª marginal obstrução de 95% no terço proximal. Foi submetida a angioplastia com recanalização da coronária direita após implante de dois stents (TIMI 0 – TIMI 3). ECO transtorácico evidenciou comprometimento segmentar do miocárdio, pseudoaneurisma em parede inferior, na porção médiobasal da parede septal, e disfunção diastólica tipo 1. Evoluiu com pneumonia, injúria renal crônica agudizada. Foi a óbito no 18ª dia de internação por choque cardiogênico não revertido. CONCLUSÃO: Por ser uma condição de alta morbidade e mortalidade, a realização de investigação não invasiva deve ser precoce, visando o tratamento cirúrgico pois o risco de ruptura do miocárdio está presente. Devido idade e comorbidades da paciente não foi possível realizar tratamento cirúrgico. 39477 39478 Dissecção aguda de aorta concomitante à endocardite infecciosa em valva aórtica bicúspide em mulher jovem. ANDREZA FERNANDES SIMONETTI FRANCO, CAIO GUEDES DE SOUSA, DANIEL BARROS ROGERIO,ANTÔNIO FILGUEIRADE QUEIROZ JÚNIOR,AMANDASILVEIRA DA SILVA, CESIMAR SEVERIANO DO NASCIMENTO e FABIO MASTROCOLA Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL. INTRODUÇÃO:Aincidência de dissecção aguda da aorta na população geral é estimada entre 2,6-3,5 por 100.000 pessoas-anos. Os pacientes em geral são homens entre 60 a 80 anos de idade. Em uma revisão de 464 pacientes do Registro Internacional de Dissecção Aguda de Aorta (IRAD), 65% eram do sexo masculino e a média de idade foi de 63 anos. Mulheres que se apresentam com dissecção aórtica tendem a ser mais velhas do que os homens (67x60 anos). A associação de dissecção aguda de aorta e endocardite infecciosa não foi relatada na literatura em decorrência da sua raridade. RELATO: Mulher de 42 anos com queixa de dor torácica de forte intensidade, com piora progressiva, irradiação para dorso que limitou deambulação e motivou restrição no leito há aproximadamente um mês, período que iniciou a busca por atendimento em diversos serviços. Foi internada para investigação diagnóstica. Ao exame físico não apresentava estigmas de marfam. Como antecedentes apresentava hipertensão arterial e obesidade. Angiotomografia de aorta revelou dissecção de aorta tipo A de Stanford, com dissecção de flap intimal de aorta ascendente até bifurcação das ilíacas. Durante o período inicial do internamento, apresentou febre intermitente. ECOTT evidenciou vegetação em face ventricular do folheto aórtico, além de valva bicúspide e insuficiência aórtica de grau importante. Penicilina cristalina e gentamicina foram prontamente prescritas e a paciente foi submetida à cirurgia de urgência de Bentall e de Bono com endoprótese aórtica. Cultura de fragmento de válvula positiva para Streptococcus sp, o que motivou manutenção de antibioticoterapia por quatro semanas. O manejo clínico da paciente se deu através do controle da frequência cardíaca e da pressão arterial, além de anticoagulação com marevan objetivando INR entre 2-3. Recebeu alta hospitalar clinicamente estável e com programação de seguimento ambulatorial especializado no próprio serviço. CONCLUSÃO: No contexto de um paciente com diagnóstico e abordagem tardios de dissecção aguda de aorta, e quadro febril intermitente, é importante não negligenciar a endocardite infecciosa como possível, ainda que rara complicação. O atraso no diagnóstico e tratamento da dissecção está diretamente relacionado com o quadro infeccioso em questão, tendo em vista que a paciente não apresenta complicações locais de endocardite. Perfil etiológico e evolução hospitalar da endocardite infecciosa em hospitais terciários: Importância das hemoculturas FILIPE MARINHO PINHEIRO DA CAMARA, ALEXANDRA RÉGIA DANTAS BRÍGIDO, FRANCISCO CABRAL DE OLIVEIRA NETO, EPIFANIO SILVINO DO MONTE JUNIOR, JOSÉ ROBERTO FREIRE DE OLIVEIRA, CESIMAR SEVERIANO DO NASCIMENTO, GRAZIELASEVERIANO DACOSTA, CAMILAREGINAPEREIRABATISTADE MACEDO, AMALIA BEATRIZ MARINHO PINHEIRO DA CAMAR e ROSIANE VIANA ZUZA Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL - Hospital Giselda Trigueiro, Natal, RN, BRASIL. INTRODUÇÃO: A Endocardite Infecciosa (EI) apesar dos avanços da medicina, mantém altas taxas de mortalidade, chegando a 20-40% em curto prazo. O diagnóstico é baseado em manifestações clínicas, ecocardiograma (ECO) e cultura. As hemoculturas são importantes, pois direcionam o tratamento antimicrobiano. Este estudo teve o objetivo de identificar os agentes prevalentes nos hospitais de referência, determinar a taxa de positividades das hemoculturas e o desfecho hospitalar dos indivíduos com EI. METODOLOGIA: Estudo transversal, observacional, com análise de prontuários dos indivíduos internados com diagnóstico de EI de Janeiro/99 a Janeiro/15 em dois hospitais terciários de Natal/RN, com posterior separação em 2 grupos pelo resultado da hemocultura. RESULTADOS: Dos 181 prontuários alocados, 11 foram reinternações. Maioria dos pacientes é do sexo masculino (67,4%), procedentes de casa (51,4%), com idade média de 37,9 anos e internação média de 38,1 dias. Destes, 70,7% tiveram alta, 13,3% foram a óbito e 13,8% transferidos. Hipertensão (30,9%) e doença reumática (33,1%) foram as comorbidades mais prevalentes. Sopro cardíaco (90,6%), febre (88,4%) e dispneia (47,5%) foram os achados clínicos mais encontrados. Os ECOs detectaram vegetações em 68% dos indíviduos, sendo as localizações mais frequentes válvula/prótese mitral (28,3%) e válvula/prótese aórtica (23,3%). 75,1% dos pacientes eram considerados de alto risco e 28,2% tinham prótese valvar. Em G1 (hemocultura positiva), alocou-se 51 (28,2%) casos, idade média de 43,7 anos (p<0,05) e internação média de 41,94 dias (p=0,19). Em G2 (hemocultura negativa/não realizada), alocou-se 130 (71,8%) casos, com idade média de 35,6 anos e internação média de 36,6 dias. 11,7% em G1 e 13,8% em G2 foram a óbito (p=0,18); 23,5% G1 e 9,2% G2 tinham doença renal crônica (p<0,05); G2 (52,3%) apresentou mais dispneia do que G1 (35,3% - p<0,05); 80% G1 e 35,2% G2 apresentavam vegetações (p<0,05); em G1, 31,4% usaram antibiótico previamente a coleta de hemoculturas e 40% em G2 (p=0,051). O agente etiológico mais prevalente foi o Sthapylococcus aureus (29,4%). CONCLUSÃO: A doença acomete indivíduos em idade produtiva com internações prolongadas. O agente etiológico mais prevalente foi S. aureus. A taxa de hemoculturas negativas ainda é baixa, possivelmente relacionada ao uso prévio de antibióticos. Houve associação entre positividade das culturas e presença de vegetações, entretanto, sem diferença de desfecho entre os grupos. 6
  • 15. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19 Resumos Temas Livres - Cardiologia 39487 39492 Impacto da Realização De Prova Isquêmica Na Taxa De Readmissão Na Unidade De Dor Torácica Em Pacientes De Baixo E Moderado Risco EDUARDO ROQUE, FATIMA CRISTINA MONTEIRO PEDROTI, FERNANDA BENTO DE OLIVEIRA, MARCOS VIANNA VESCOVI JUNIOR, BIANCA DADALTO, CAROLINA FREITAS BORLOT, ELIANE MARIA,ANDRE SOUZABRANDÃO eANTENÓRIOAIOLFI HOSPITAL METROPOLITANO, SERRA, ES, BRASIL. Objetivo:Avaliar o impacto da realização do teste de esforço na ocorrência de readmissões em 30 dias por dor torácica em pacientes avaliados como baixo ou intermediário risco de morte. Métodos: Avaliamos 506 pacientes em que foi aberto protocolo de dor torácica de abril à dezembro de 2014. Os dados foram coletados em software desenvolvido na instituição e os pacientes foram contactados em 30 dias após o atendimento.Analisamos características basais, antecedentes pessoais, modalidade de apresentação da SCA, alterações eletrocardiográficas. Os pacientes de alto risco, com dor definitivamente não anginosa e os casos em que o protocolo foi cancelado foram excluídos. Os pacientes foram divididos em dois grupos – entre aqueles que realizaram prova isquêmica antes da alta hopitalar e aqueles em que receberam alta para avaliação functional posterior. Resultados: Em 98 pacientes foi realizado avaliação isquêmica antes da alta hospitalar e 408 pacientes receberam alta com orientação para avaliação posterior. No grupo que fez prova isquemica ainda na internação havia um percentual maior de pacientes com hipertensão arterial (53% x 35% - p <0,001) , dislipidemia (43% x 26,7% - p <0,05) e doença do refluxo gastro esofágico (27% x 10,7% - p 0,04). Os pacientes que fizeram algum avaliçnao de isquemia retornaram ao pronto Socorro em função de dor torácica em apenas 4% dos casos e os pacientes que receberam alta para reavaliação posterior retornaram em 29,4%. Conclusão: Por meio deste registro encontramos um aumento importante da taxa de readmissões precoces no departamento de emergência para os pacientes que recebem alta sem avaliação funcional. Esta elevada taxa de readmissão implica em elevados custos e sobrecarga de serviços de urgência. Registro De Dor Torácica De Um Hospital do Espirito Santo Usando Diferentes Escores de Risco EDUARDO ROQUE, BIANCADADALTO,ANDRE SOUZABRANDÃO, MARCOS VIANNA VESCOVI JUNIOR, ANTENÓRIO AIOLFI, CAROLINA FREITAS BORLOT, FERNANDA BENTO DE OLIVEIRA, ELIANE MARIA e FATIMA CRISTINA MONTEIRO PEDROTI HOSPITAL METROPOLITANO, SERRA, ES, BRASIL. Objetivo: Descrever as características de pacientes em que foi aberto protocolo de dor torácica, identificando-se suas caracteristicas básicas e a mortalidade em 30 dias. Métodos: Avaliamos 1090 pacientes em que foi aberto protocol de dor torácica de abril à dezembro de 2014. Analisamos características basais, antecedentes pessoais, modalidade de apresentação da SCA, medicamentos de uso prévio, TIMI risk e Grace Risk. Os pacientes foram divididos em grupos conforme a avaliação inicial em baixo risco de morte(BR-598pacientes), risco intermediário(RI-208pacientes) e alto risco(AR284pacientes). Resultados: A idade foi significativamente diferente nos 3 grupos, BR(41,9±13,8), RI(53,8±13,6) e AR(58,8±16,4). O percentual de pacientes do sexo masculino foi respectivamente foi 48%(BR) 52%(RI) e 53% (AR). A prevalência de HAS foi 30,6%(BR) 72%(RI) e 80%(AR). A Prevalência de DM foi 45,1%(RI) e 27%(AR). A prevalência de dislipidemia foi foi 14%(BR), 66,3%(RI) e 61,6%(AR). A prevalência de tabagismo foi 5,8%(BR), 12,5%(RI) e 123%(AR). A prevalência de sedentarismo foi 39,2%(BR), 70,2%(RI) e 69,3%(AR). O percentual de pacientes em uso de AAS na apresentação foi 10%(BR), 31,7%(RI) e 41%(AR). Os pacientes do grupo BR foram classificados de acordo com TIMI (90.7% baixo risco(br), 8% risco intermediário(ri) e 1.3% alto risco(ar)), no grupo RI (35%(br), 61,5%(ri) e 2,5%(ar)) e no grupo AR (17%(br), 38%(ri) e 43%(ar)). Quando classificados com Grace o grupo BR ( 95.8% baixo risco morte em 30 dias e 4,2% como risco intermediário). No grupo Intermediário risco (85% com baixo risco e 15% com risco intermediário) e no grupo deAlto risco (baixo risco 39.6%, intermediário 37.4% e alto risco 23%). A mortalidade em 30 dias foi 0.8% no grupo de baixo risco, 2,4% no grupo de risco intermediário e 5,2% no grupo de alto risco. Conclusão: Por meio deste registro apresentamos uma descrição de pacientes que foram estratificados por dor torácica, avaliando características demográficas com diferentes métodos de estratificação de risco pelos escores mais usados atualmente. A mortalidade encontrada encontra-se dentro da esperada pelos registros Internacionais. 39481 39482 Transposição corrigida das grandes artérias associada a Bloqueio AV total, com apresentação clínica tardia, em homem de 45 anos. RANNASANTOS PESSOA,ALISON WAGNERAZEVEDO BARROSO, MARLON CESAR MELO DE SOUZA FILHO, ANTÔNIO FILGUEIRA DE QUEIROZ JÚNIOR, NESTOR RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO, CESIMAR SEVERIANO DO NASCIMENTO e FABIO MASTROCOLA Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL. Introdução: A transposição corrigida das grandes artérias (TCGA) é uma forma de doença cardíaca rara, sendo responsável por 0,5-1,4% das cardiopatias congênitas. É caracterizada pela discordância atrioventricular e entriculoarterial simultâneas. Os átrios estão normoposicionados, mas o átrio direito (AD) drena para o ventrículo esquerdo morfológico, mas que se encontra à direita e que ejeta o sangue para a circulação pulmonar, já o átrio esquerdo drena para o ventrículo direito morfológico (VD) que encontra-se à esquerda e ejeta para a circulação sistêmica. Geralmente está associada a outros defeitos cardíacos como no septo ventricular, das valvas e bloqueio átrio ventricular total (BAVT). Relato do caso: Homem 45 anos, sem comorbidades prévias conhecidas, com história de dispneia progressiva há 3 anos até ortopnéia, tosse seca e edema de membros inferiores, momento em que foi admitido no hospital com diagnóstico de Insuficiência Cardíaca descompensada. Ausculta cardíaca com B2 hiperfonética em Foco Tricúspide(FT), sopro sistólico em foco mitral, FT e pulmonar, pressão arterial 100x60mmHg. Sinais de congestão hepática e pulmonar. Edema de membros inferiores. Eletrocardiograma com BAVT com escape de QRS estreito. Ecocardiograma mostrou TCGA com VD sistêmico aumentado, apresentando disfunção sistólica global e insuficiência tricúspide importantes. Angiotomografia de tórax com aumento de área cardíaca, arco aórtico à direita e agenesia ou obstrução antiga do segmento proximal da artéria subclávia esquerda. Evoluiu com melhora após tratamento com Furosemida e Espironolactona Submetido a implante de marca-passo bicameral (eletrodos em AD e no Ventriculo à direita) com compensação do quadro. Seguiu ambulatorialmente, assintomático, em uso de Enalapril e Carvedilol, mantendo-se em classe funcional I. Conclusões: A sobrevida de pacientes com TGGA é rara especialmente acima dos 50 anos (30%), tanto pela sobrecarga instalada no VD ao longo dos anos como pelas demais alterações cardíacas que podem estar associadas, ausentes neste caso. A ocorrência de arritmias, incluindo BAVT, é um dos fatores de piora clínica e óbito nestes pacientes, e está associada ao deslocamento do nó atrioventricular da posição habitual; ou ainda à fibrose do sistema de condução. Descrevemos o caso de uma cardiopatia congênita rara com diagnóstico tardio, por insuficiência cardíaca e BAVT, em que poucos pacientes sobrevivem a essa idade. Dupla Câmara De Ventrículo Direito Isolada: Relato De Caso GISELE CORREIA PACHECO LEITE, RANNA SANTOS PESSOA, RAFAEL BRUNO DIAS DE MEDEIROS DANTAS, RICARDO DOUGLAS SANTOS DE FREITAS, MARLON CESAR MELO DE SOUZAFILHO, FELLIPE LIMANOBRE DE QUEIROZ e RUIALBERTO DE FARIA FILHO Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL. Introdução: A estenose pulmonar (EP) corresponde a cerca de 10% das cardiopatias congênitas. Pode se apresentar isolada ou associada a obstruções em nível infundibular e medioventricular. Neste último caso, caracteriza uma variação denominada Dupla Câmara de Ventrículo Direito (DCVD), cujo tratamento é cirúrgico e tem associação com Comunicação Interventricular (CIV) em 80-90% dos casos. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, de 05 anos de idade, em investigação para síndrome genética, assintomática, comparece ao serviço da cardiologia pediátrica com ecocardiograma realizado em 2011, evidenciando estenose de valva pulmonar com gradiente máximo de 20 mmHg, sem repercussão, e possibilidade de CIV. No seguimento, ecocardiograma realizado em 2013 evidenciou EP infundíbulo valvar leve (gradiente de 16 mmHg) e imagem sugestiva de DCVD e CIV. Solicitado Angiotomografia Cardíaca, afastado a CIV e confirmado a DCVD isolada. Fez-se orientação sobre a terapêutica e o seguimento.Atualmente a paciente encontra-se assintomática e em acompanhamento multidisciplinar. Conclusões: O ecocardiograma e a Angiotomografia cardíaca são exames de grande valia no diagnóstico da DCVD, principalmente em termos de diagnóstico diferencial, pois no ecocardiograma pode-se confundir o jato sistólico da CIV com aquele da banda muscular anômala da DCVD, levando a não diagnóstico da DCVD. Os exames definidores do diagnóstico dessa cardiopatia são peça chave no estabelecimento de sua conduta e seguimento. 7
  • 16. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(3Supl.2): 1-19 Resumos Temas Livres - Cardiologia 3950039497 Frequência cardíaca de recuperação e qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca LUCIANA BATISTA SANTOS, LAYANA MARQUES DE OLIVEIRA, GENTIL GOMES DA FONSECA FILHO, RUDOLFO HUMMEL GURGEL VIEIRA, IVAN DANIEL BEZERRA NOGUEIRA e PATRICIA A. M. S. NOGUEIRA UFRN, natal, RN, BRASIL. Introdução: A recuperação da frequência cardíaca (RFC) tem sido apontada como uma ferramenta valiosa na avaliação da resposta vagal pós-exercício, sendo relacionada com o prognóstico do paciente. No entanto, a literatura carece de pesquisas a respeito da RFC e qualidade de vida. Objetivo:Correlacionar a RFC com a qualidade de vida de pacientes com insuficiência cardíaca submetidos ao teste da caminhada de seis minutos (TC6M). Materiais e Métodos: O presente estudo trata-se de um estudo observacional do tipo analítico transversal, onde os pacientes eram submetidos a dois TC6M e respondiam ao questionário de qualidade de vida Minnesota. Os TC6M foram desenvolvidos de acordo com a recomendação da American ThoracicSociety. O questionário de Minnesota é composto por x questões, com escores variando de 1 a 5, em que 1 representa a melhor qualidade de vida e 5 a pior.ARFC foi realizada subtraindo-se a frequência cardíaca (FC) imediatamente ao final do TC6M e a FC após o 1º e o 2º minuto pós TC6M. Análise Estatística: Para a análise estatísica utilizou-se o programa SPSS versão 20.0. Os resultados foram expressos em média e desvio-padrão. Empregou-se o teste de correlação de Pearson para as correlações entre RFC e qualidade de vida, com nível de significância inferior à 5% e intervalo de confiança de 95%. Resultados: A amostra foi composta por 25 pacientes (60,2 ± 16,2 anos). Verificou-se correlação entre o Minnesota e a RFC no 1º e 2º TC6M (r=-0,3, p=0,1 e r=-0.5, p=0,02*; respectivamente). Houve ainda correlação entre RFC e distância percorrida no TC6M no 1º e 2º teste (r=0,5, p=0,02* e r=0,3, p=0,1; respectivamente). Conclusão: Os resultados evidenciaram relação entre a RFC e a qualidade de vida, quanto maior a RFC melhor a qualidade de vida. Evidenciaram ainda associação entre a distância percorrida no TC6M e a RFC, quanto maior a distância percorrida no TC6M maior a RFC. Coarctação da Aorta fetal com repercussão hemodinâmica: Shelf Aórtico neonatal GISELE CORREIA PACHECO LEITE, TASSILA GOMES MAIA, BEATRIZ FERREIRA DIAS XAVIER, ALINE GOBETT CARDOSO FELICIANO, KAIO CESAR AMARAL NOGUEIRA E SILVA, PEDRO HENRIQUE MIRANDA CAMPOS e NATHÁLIA MARTINS ALVES Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Maternidade Escola Januário Cicco, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes , Natal, RN, BRASIL. Introdução: A coarctação da aorta (CoAo) no período neonatal pode ter mortalidade significativa, especialmente se houver lesões intracardíacas associadas. O diagnóstico fetal é difícil, sendo chamado de “calcanhar de Aquiles” da ecocardiografia fetal (ECOF), especialmente nos casos menos graves. Apenas uma pequena proporção relativa dos casos detectados no feto podem ser tipo CoAo shelf , apresentada como baixo risco para CoAo na infância tardia. Descrição do caso: Gestante de 15 anos de idade, peso 44 kg, estatura 1,46 m, hospitalizada em Maternidade pública de referência devido apresentar dor em baixo ventre e exames ultrassonográficos evidenciarem oligoâmnio e cardiomegalia. Encaminhada para ECOF com 35 semanas e 03 dias de idade gestacional (IG). O exame foi realizado com grande dificuldade técnica, estando a gestante apresentando contrações abdominais, revelando apenas a cardiomegalia, com aumento do diâmetro da artéria pulmonar e golf ball. Orientado controle ecocardiográfico que ocorreu 7 dias após, evidenciando CoAo com importante repercussão hemodinâmica, cardiomegalia com aumento de câmaras cardíacas direitas, dilatação de artéria pulmonar e aorta descendente, hipertrofia ventricular direita, ducto arterioso com fluxo turbulento e aumento da velocidade sistólica, e lâmina pericárdica. Houve interrupção da gestação no dia seguinte, devido ultrassom obstétrico evidenciar oligoâmnio severo. O neonato pesou 1,880 kg, apresentou APGAR 8/9 e dispneia leve. Ecocardiograma no 2° dia de vida evidenciou: Shelf Aórtico, com fluxo anterógrado laminar na aorta descendente, sem ocasionar gradiente local; forame oval patente; dilatação de átrio direito, aumento e hipertrofia ventricular direita, insuficiência mitral mínima e função sistólica e diastólica biventricular preservada. Evoluiu com icterícia (2+/4+), tendo sido submetido à fototerapia no 3° dia de vida. Recebeu alta hospitalar no 7° dia de vida, em excelentes condições clínicas, sendo orientado segmento na pediatria geral e na cardiologia pediátrica. Conclusões: A CoAo permanece como diagnóstico difícil no pré-natal, principalmente em suas formas leves, como no caso relatado. O diagnóstico precoce é fundamental para programação clínica e terapêutica e influência positiva no prognóstico do paciente. Mesmo nas formas brandas, como o shelf, orienta-se seguimento ecocardiográfico, pois alguns casos podem evoluir para CoAo na fase adulta. 39495 39496 Dextrocardia, Situs Inversus Cardíaco e Abdominal, e Transposição Corrigida Das Grandes Artérias: diagnóstico por imagem de dardiopatia complexa GISELE CORREIA PACHECO LEITE, LEANY FARIAS DE MEDEIROS, RAFAEL BRUNO DIAS DE MEDEIROS DANTAS, LUCIANA MEDEIROS BEZERRA DE MELO, RUI ALBERTO DE FARIA FILHO e ITAMAR RIBEIRO DE OLIVEIRA Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL - Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, BRASIL. Introdução: A incidência da dextrocardia associada a situs inversus (SI) na população em geral é de 1:10.000 em nascidos vivos e de somente 1:900.000 na população adulta. A transposição corrigida das grandes artérias (TCGA) é uma malformação cardíaca rara, com incidência anual de cerca de 1/33.000 nascidos-vivos, representando aproximadamente 0,05% das malformações cardíacas congênitas. Descrição do caso: Paciente com um ano e nove meses de idade, tendo diagnóstico prévio de Dupla Via de Saída do Ventrículo direito + Situs solitus em dextroposição, foi admitido em unidade de terapia intensiva (UTI) em instabilidade hemodinâmica, taquicárdico (FC=160 bpm), com cianose importante (Sat O2 = 30%), desidratação grave, hiporreatividade e sonolência. Diagnosticado infecção respiratória e gastrointestinal, recebeu cuidados intensivos, com posterior estabilidade hemodinâmica. Realizado Ecocardiograma e evidenciado SI abdominal, SI cardíaco com levocardia, Comunicação Interatrial Tipo Seio Venoso Superior ampla, Comunicação Interventricular de via de Entrada ampla,Atresia Pulmonar com os grandes vasos da base em transposição, Canal arterial patente amplo e disfunção biventricular. Diagnóstico confirmado por exame tomográfico. Evoluiu com melhora clínica com a antibioticoterapia, chegando a ter Sat O2 de 89%. Repetido Ecocardiograma, após 14 dias da hospitalização, evidenciado melhora da contratilidade e dinâmica cardíaca, e ausência de sinais de endocardite. O lactente evoluiu com picos febris e cianose importante (Sat O2 de 30-35%), sendo encaminhado para hemodinâmica. Identificado estenose grave no local de anastomose do Canal Arterial com a artéria pulmonar, sendo implantado stent neste local, com melhora significativa (saturação periférica final 70%). Houve persistência da febre e aparecimento de rash cutâneo eritematoso difuso. Exames laboratoriais e sorologias aventaram possibilidade de quadro viral. Recebeu suporte medicamentoso, recebendo alta hospitalar no 6º dia pós-implante de stent, com significativa melhora clínica. Conclusão: Relata-se caso raro de associação de cardiopatias incomuns, diagnosticadas por exames de imagens não invasivos, que permitiu adequado manejo terapêutico, melhorando o prognóstico do paciente. Eficácia do Protocolo de Prevenção de Nefropatia Em Pacientes Submetidos a Cineroronarioangiografia EDUARDO ROQUE, BIANCA DADALTO, ANDRE SOUZA BRANDÃO, FERNANDA BENTO DE OLIVEIRA, CAROLINA FREITAS BORLOT, ELIANE MARIA, MARCOS VIANNA VESCOVI JUNIOR, ANTENÓRIO AIOLFI e FATIMA CRISTINA MONTEIRO PEDROTI HOSPITAL METROPOLITANO, SERRA, ES, BRASIL. CENARIO:Aocorrência de lesão renal aguda implica em piora importante do prognóstico em pacientes submetidos a exames contrastados. Objetivo:Avaliar a eficácia de protocolo de prevenção para nefropatia por contraste em diminuir a ocorrência de lesão renal aguda e necessidade de hemodiálise. Métodos: Estudo coorte, com dados coletados no banco de dados da instituição, onde avaliamos a eficácia de protocolo de prevenção para nefropatia por contraste em diminuir a ocorrência de lesão renal aguda e necessidade de hemodiálise. O protocolo avalia o risco de lesão renal aguda e preconiza a infusão de solução de 150ml de bicarbonato de sódio a 8,4% diluídos em 850ml de água destilada nos pacientes de risco intermediário ou maior. Usa-se 3ml/kg 1 hora, da solução bicarbonatada, antes do procedimento e manutenção 1ml/kg/h até o término da infusão. Nós avaliamos 416 pacientes entre junho 2011 e dezembro de 2013. Os pacientes foram classificados como risco baixo (206), intermediário (117), alto (52) e muito alto (41) de desenvolver lesão renal aguda. Os dados analisados são de exames para diagnóstico e terapêuticos. Foi analisado a creatinina no dia do procedimento e 48h depois. Resultados: A incidência de lesão renal aguda era esperada em 69 pacientes e ocorreu em 14 pacientes (p<0,0001) e necessidade de hemodiálise esperava-se em 9 pacientes e ocorreu em 2 casos (p<0,0001). Conclusão: O protocolo de prevenção de nefropatia com solução usando bicarbonato de sódio a 8,4% foi efetivo em reduzir a ocorrência esperada de lesão renal aguda e hemodiálise. 8