O documento discute a geopolítica da energia e como a inovação, sustentabilidade e eficiência energética estão mudando o cenário. A riqueza mundial está crescendo mais rápido que o consumo de energia devido a esses fatores. O texto também analisa como eventos climáticos extremos podem ser resposta a um sistema ambiental caótico induzido pela ação humana.
Como realizar a terceira revolução energética no mundo
2
1. O nosso primeiro post com os temas ai do lado,
o
, inovação, sustentabilidade e eficiência
energética, tem a ver com um conceito bem conhecido, a chamada geopolítica da energia Sem
,
energia.
floreios: para garantir suprimento e preservar estoques, povos se aventuraram, dominaram,
p
invadiram e guerrearam (e mataram, evidentemente) outros. Em busca do óleo de baleia, os
europeus do norte, já nos anos 1600, pescavam na Groelândia. E atravessaram o Atlântico para
Atlântico,
chegar às latitudes mais altas da América, dizem, ainda antes de Colombo. Aventuras iguais
ocorriam também nos mares da China e do Japão. E não precisa nem comentar as barbáries que
aindam acontecem hoje por conta do petróleo, né,?
De fato, a geopolítica da energia, como a entendemos atualmente, iniciou-se com a exploração
se
do petróleo, em meados do século XIX, e se desenvolveu par e passo com a primeira revolução
industrial. Mas, como todo produto humano desmorona frente à imutabilidade do tempo, parece
que a instabilidade chegou também a esse domínio: o desenvolvimento de um sistema dinâmico
domínio
complexo é suscetível a bifurcações, perturbações, catástrofes e caos . / The development of a
dynamical complex system create bifurcations,instabilities, catastrophes and chaos / Do
creates
equilíbrio sustentado por aventuras, invasões e guerras para a instabilidade produzida por
inovação e tecnologia disruptivas, regulações públicas, conscientização e pressão social.
disruptivas
,
Um dos princípios da geopolítica da energia é (ou era...): para que não haja um desequilíbrio
m
(
):
entre as estruturas produtivas de parceiros comerciais, países, o preço da energia deve ser
s
minimamente paritário. Um exemplo no nosso quintal: os financiamentos internacionais para as
grandes hidrelétricas do Brasil, Itaipú, etc, foram concedidos com requisitos de garantia de
preços mínimos da energia comercializada (no caso específico de Itaipú, lá por volta dos 70s
comercializa
a
70s,
estabeleceu-se que a receita fosse calculada pela capacidade de produção, isto é, a potência da
se
,
Usina, independentemente do que fosse efetivamente gerado e consumido de energia para
mente
energia,
garantir uma receita constante ao longo dos anos). Talvez isso até explique os preços elevados
anos
da energia elétrica no país, mesmo após a amortização, há anos, década, dos financiamentos:
inércia.
Mas voltemos aos temas: três notícias da semana passada chamaram atenção e estão
s
relacionadas com eles. A primeira, um artigo de C. Ruehl, economista chefe da petroleira
britânica BP, publicado pelo Financial Times, mostra que o PIB mundial está crescendo com
uma menor densidade de energia. Isto é, há mais PIB por unidade de energia; a riqueza mundial
or
estaria crescendo em ritmo superior ao crescimento do consumo de energia. As razões?
Inovação, ações de sustentabilidade, maior eficiência energética e mudanças da estru
estrutura
econômica da sociedade.
2. A inovação está na sua (leitor...) frente: os monitores de tubo, há 10 anos, consumiam 40% da
energia de seu desktop; hoje, um de LED consome, no máximo, 10%. A sua TV de 10 anos, e a
de hoje, idem. Se sua casa ainda não é iluminada com leds, ainda será. Uma parcela de pessoas,
embora pequena, já trabalha remotamente, não precisa de ir todos os dias ao escritório, usar o
carro, transporte coletivo, graças à Internet, às fibras óticas, ao TCP/IP, ao VOIP, ao streaming,
à Web, etc, etc...
Hoje ficamos por aquí. No post da semana que vem comentarei as duas outras notícias e
veremos o que sustentabilidade, eficiência energética e mudanças da estrutura econômica das
sociedades têm a ver com o que já foi dito. Enquanto eu sigo fritando os miolos para tentar
escrever algo razoável sobre essas coisas, nesta temporada de eventos limítrofes (calor, chuva,
frio, um vendaval derrubou metade da moringa oleífera do meu quintal, uma árvore tão
desfolhada e que parecia estável...), deixo-o matutando: esses eventos são respostas, induzidas
pela ação humana, de um sistema (dinâmico e complexo) ambiental caótico, como afirmam
muitos. Ou quá?
Fernando
Algumas referências:
-
Sobre a geopolítica da energia, Geopolitics of energy: Belfer Center for Science and Internat. Affairs, Harvard University >>
http://belfercenter.ksg.harvard.edu/project/43/environment_and_natural_resources.html?page_id=334
-
Instabilidades, bifurcação, catástrofe e caos na Teoria dos Sistemas Dinâmicos (biológicos) >> Waddington, C. H., Tools for
thought: how to understand and apply the latest scientific techniques of problem solving. Basic Books (1977).
-
Itaipú e outras >> http://www.cbdb.org.br/documentos/A_Historia_das_Barragens_no_Brasil.pdf
-
A pesca da baleia, Whale hunting, Wikipedia >> http://en.wikipedia.org/wiki/Whaling
-
Sobre a exploração do petróleo >> http://www.dep.fem.unicamp.br/drupal/?q=node/27
-
Civilizações, apogeu, queda, dominação, guerra >> Guns, Germs, and Steel: The Fates of Human Societies, J.M.
-
O artigo do C. Ruehl, Over the Hump for Oil Demand, Financial Times / Commodities, 15/01/14 >>
Diamond (1999)
http://www.ft.com/intl/cms/s/0/5485867c-7d43-11e3-a579-00144feabdc0.html#axzz2rCy5pu73
-
E a Moringa Oleífera, a árvore do milagre >>
http://sempresustentavel.com.br/terrena/moringa-oleifera/moringa-oleifera.htm